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Cvientagéo Vostcionl Oupeconal_ 389 A TECNICA R-O ORIGINAL ‘A Técnica R-O (Realidede Ocupacional) foi desenvolvida por Nora Sturm em companhia de profissionais da Segao de Informagdes do Departamento de Orientagio Vocacional da UNBA. Publicada pela primeira vez nos anais das Primeiras Jornadas Argentinas de Orientacao Vocacional (Sturm, 1965), a técnica se apresentou como ‘um novo recurso na tarefa da informaco ocupacional Inesperadamente, tomou-se um classico entre as técnicas informativas em Orien- tagdo Profissional jé que apresentou iniimeras vantagens, ndo formuladas inicialmen- te, que promoviam o objetivo de aprimorar o trabalho da informaco ocupacional. Conforme a autora, a técnica R-O: Motiva e facilita a tarefa de informagio. E uma tarefa agradavel. Promove um papel ativo ‘Transforma o cliente em um transmissor e em um avaliador de informa- ‘Ges, deixando de ser apenas um receptor destas. Contribui para reduzir as ansiedades, uma vez que permite, ao adolescente, objetivar 0 desenvolvimento do seu pensamento, Permite a0 psicélogo visualizar diretamente a mudanga das imagens ‘ocupacionais formuladas pelos adolescentes, contribuindo, desta forma, para agilizar 0 processo de correca0 e autocorrecdo da informacao deficiente. Em sua proposta inicial, oorientador deveria oferecer ao cliente ou a um grupo de orientandos um mago de cartes, tendo, em cada um, o nome de um curso. Solici- tar que: “ordene os cartdes de acordo com as semelhan¢as e relagdes que encontram entre as ocupacdes apresentadas, ou, de outro modo, de acordo com o grau de paren- tesco entre essas ocupagdes, forme, com elas, uma ou vrias familias”. -TRES GRANDES MOMENTOS DE MUDANCA DAS IMAGENS OCUPACIONAIS A partir dos primeiros estudos, Sturm (1965) observou que, em consequiéncia da transmissio de informaces proporcionada pela técnica, os orientandos passavam por trés grandes momentos de mudanga das imagens ocupacionai |. Momento de confusdo: Os cartdes sfo relacionados entre si sobre a base de identificagdes que refletem categorizagées pouco validas e que se assen- tam sobre a base de relagGes analdgicas. Momento de dissociagdo: 0(s) orientando(s) organiza(m) os cartdes con- forme as dicotomias habituais (exatas, humanas, biomédicas, etc.) ‘Momento de integragdo: Esse momento divide-se em trés etapas: + Algumas ocupagées, que so desconhecidas para 0 orientando, “deslo- cam” o sujeito, afastando-o das primeiras classificagdes dicotémicas, Jevando-o a relativizar essa classificagdo e a tornar mais maleaveis os limites das primeiras categorias. sso somente ocorrerd se 0s processos cognitivos do suite estiverem suficientemente bem-nicio Quinta etapa: Agora vocé chegou d festa. Entrego-Ihe um cartio em branco. Em sjetode que lugar voc® se coloca? proprio : Sexta etapa: Suponha que, em um determinado momento da festa, voce vai tirar i, 1995) uma foto. Posicione os convidados na forma como gostaria que saissem na foto. aplicar ‘Sétima etapa: Inclua-se (com seu cartio branco) na foto; posicione-se oncle voce gostaria de estar na foto. Concluimos, no contexto clinico, que 0 orientador, a0 observar 0 contato que o adolescente tem com a realidade ocupacional, dentro de uma situagao lidica estrutu. ada, agrega novas possibilidades a tarefa diagndstica, A técnica R-O permite uma visualiza¢do dos contetidos afetivos ligados as diversas profissdes, além de um q mapeamento das informagées que o orientando possui. Além disso, ao informar 2 sexo do esclarecer o orientando a respeito das diversas ocupagées, motiva-o a tomar contato screver direto com novas fontes de informacao sem estabelecer um relacionamento assimétrico tidenti- € regressivo, no qual o orientador apenas transmit as informagGes, estimulando que © jovem permanega em um vinculo transferencial de suma passividade. e que o sujeitoe s profis- 0 EMPREGO DA TECNICA R-O EM GRUPO‘ nteresse >conhe- 100 car- stado, 0 s menos © primeiro momento desta técnica ¢ efetivamente de informagio sobre a reali- dade ocupacional. E fundamental trabalhar-se com o jovem todas as formas possiveis de profissionalizaco, no se prendendo apenas as profissdes ligadas aos cursos uni- Dincluindo a nossa experigncia pessoa! e ade alguns aores tais como Bonelli (1995), tendo sempre como base a proposia de Bohoslavsky (1982) ‘Relato da prética do LIOP-Laboratério de Informagao e Orientagto Profissional da UFSC. nfus, Soares & Cols. versitérios, pois sabemos que, hoje em dia, intimeros profissionais esto sendo requi- sitados no mercado de trabalho e sfo verdadeiros autodidatas, como antigamente. Por exemplo, empregos ligados as novas tecnologias como: seguranga da internet, proje- tista de paginas da web, projetista grafico em computagio, bibliotecério do ciberespago, gerenciador de sistema SAP, editor de publicaco on-line, construtor de redes, criador de multimidia sao profissionais que ainda ndo estio sendo formados por nossas uni- versidades; no entanto, estdo sendo requisitados pelo mercado. A classificagao das familias de profissies por semelhancas permite aos jovens lar-se conta da grandeza do mundo do trabalho, das inter-relagoes existentes, da ne- cessidade © da importancia de todas as profissées para a sobrevivéncia do homem sobre a terra, Por exemplo, poderfamos considerar os lixeiros politica e socialmente ‘mais importantes que os professores, pois uma greve de sua categoria prejudica a sociedade como um todo e é resolvida imediatamente. A cidade do Rio de Janeiro nio suportaria mais de dois ou trés dias sem o recothimento do lixo. Uma greve de profes- sores do ensinto médio ou de universidade pode durar meses e acabar sem resolucio, como jé ocorreu intimeras vezes nestes iltimos 10 anos. A confecgao dos cartdes pelos préprios jovens é interessante, pois permite a expressio de suas representagdes a respeito do mundo profissional e de suas inter- Ges. A intervengdo do psicdlogo, no sentido de esclarecer esterestipos, corrigin- do distorgées na percepedo que o jover tem das profissbes € muito importante. Enfocar- se também a questio do trabalho, seu significado no nivel pessoal e também no social € fundamental neste momento. Segundo Bohoslavsky (1982, p. 161), 0 jovem “realiza classificagdes de tipo afetivo, reunindo ocupagdes objetivamente diferentes entre si, mas que tém em co- mum 0 fato de motivarem sentimentos similares nele”. Quando o trabalho adquire ‘uma conotago mais “afetiva”, inicia-se o segundo momento, onde as relagées objetais (Considerando-se a profissdo como 0 abjeto de desejo do jovem) sto trabalhadas em maior profundidade. A aplicacio completa desta técnica grupal nio pode ser feita em apenas um encontro, Sugere-se de 2 a 3 encontros para ser trabalhada com profundidade. Para a realizagdo desta técnica € preciso providenciar anteriormente canetas coloridas ¢ car- tes de papel sulfite de aproximadamente 8 x 4 cm, Geralmente, divide-se 0 grupo em subgrupos, sendo o niimero de 4 a 5 pessoas. 0 ideal para a realizagao deste trabalho, pois 44 oportunidade a todos de participarem. Para melhor ser apresentado, dividiu-se em diversos momentos, sendo sua estrutura atual a seguinte (Soares, 1985, 2002): 12 momento Objerivo ~ Pensar nos diversos profissionais existentes e ja conhecidos pelo Jovem, propiciando um resgate de suas proprias experiéncias corn os mesmos. Procedimento ~ Solicitar a elaboracao de uma lista de profissionais com forma- gio universitéria ou ndo (pode ser feita em casa. como tarefa de pesquisa). Obs.: é importante solicitar que escrevam o nome dos profissionais como dentista (e no codontologia), advogado, juiz (e ndo direito), pediatra, cirurgido, médico (e niio medi- Escrevendo o nome do profissional, fica mais fécil para o jovem, depois, iden- ificar-se com 0 profissional. Seria muito mais dificil identificar-se com uma ciéneia em geral, como a medicina. Orientagdo Vocacional Ocupacional 363 Aconselha-se que a lista contenha 0 maior nimero de profissionais possivel ¢ sugere-se a realizagdo de uma pesquisa com as pessoas mais prOximas, bem como observagses do cotidiano das diferentes profissbes. 2" momento Objetivo — Tornar 0 contato com os profissionais mais ativo e conereto, como também operacionalizar a técnica para os préximos passos. Procedimento ~ Escolher, dentre os profissionais da lista, aqueles a serem escri- tos nos cartées confeccionados anteriormente, O fato de solicitar a escolha de alguns para escrever (porque levaré muito tempo escrever todos ¢ inviabilizard o trabalho posterior) jé induz.0 jovem a experimentar 0 ato de escolher determinadas profissoes, ¢ rejeitar outras. Pela experiéncia com grupos, e com 0 objetivo de apresentar ac Jovem a “realidade ocupacional”, penso que 70 100 cartdes € um ntimero adequado neste momento da técnica 3° momento Objetivo ~ Levar os jovens a sistematizar 0 conhecimento que jé possuem sobre as diversas profissdes, bem como trocar informagdes com os outros partici pantes do grupo. Procedimento ~ Discutir sobre cada uma das profissdes escolhidas, procuran- do responder as seguintes perguntas: O que é7 O que faz? Quais as caracteristicas das pessoas que desempenham esta profissio? Como me sentiria no lugar deste profissional”” Com esse debate, pode-se também trabalhar os estereétipos ¢ conhecimentos distorcidos e insuficientes em relagdo aos profissionais. Muitas vezes os vinculos estabelecidos com as diversas ocupagées dizem respeito as relagbes afetivas signifi- cativas para cada um dos participantes. Esse fato pode prejudicar a sua representagio da profissio tal como ela 6, Neste momento da técnica é importante deixar disponivel para os jovens alguns guias de informacdo profissional oferecidos pelas universida- des ¢ aqueles vendidos em bancas de revistas, como 0 Guia do estudante da Abril Editora. 4° momento Objetivo ~ Organizar e estruturar as diversas éreas profissionais. Procedimento ~ Solicitar a separagdo dos cartdes, dividindo-os em grupo: acordo com as semelhangas e relagdes existentes entre as profissées. ‘Ao solicitar a separagio em grupos das diversas profissdes, buscando as caracte- risticas em comum e as diferengas entre cada uma das profissoes, estamos permitindo a0 jovern organizar o seu conhecimento sobre as mesmas de forma sistematizada, en- contrando, entre as diversas profissdes, os critérios que as agrupam em uma mesma rea, sob 6 ponto de vista do grupo. Neste momento, € importante existir um consenso do grupo, oportunizando uma visto mais real daquela érea. Geralmente uma grande discussao se estabelece, onde todos se comprometem. O coordenador incentiva o deba tena busca de mais argumentos, a fim de explicar aos colegas dos outros grupos a l6gica 364 Levenfus, Soares & Cols dios agrupamentos propostos. interessante estimular-s a criatividade do grupo. prow dos 2B se prender As dteas predefinidas “humans, exatas¢ sale" PO 5 TST z cura pag de uma rquezainfindavel e qualquer organizacto das profisshes £7" GA pamentos poserd sr feta, desde que se estabelegam Cararne"® critérios utilizados aan ump. tivemos grupos que separaram as pofissbes por c/ses 0°10 A.By aeons unio os profissionais de nivel superior como classe A. Mas serd que € assim Sue eat acontecendo? Veros tantos profissionai subaproveiacos ganhando um salle sae ae guem de sua formagao © muito longe de paticiparem da classe brasileira ute separam as profissGes por tipo de aividade e local onde tabs Por exerting plo: profissGes do ar (pilot, aeromosa, engenheio de bordo, comissério, ete), Profs 2 Perma (agrOnomo, veterinario, BiSlogo fazendeo, carponés, engenheiro seer he profisebes da Agua (oceandlogo, bidlogo marinho, ge6log0 marinho, pescadag dea Prreanografo,salva-vidas). Todas as combinagaes podem ser possiveis ei ue peritrioescolhido pelo grupo seja relevante, Omatsimportane nee momento di seo ere quxiiaro jovem a dar-se conta da riqueza de relagées profissionals ext reece ag trabalho e de que todas as prfissGes sfo importantes para o desenvohvig ‘mento social e da vida aqui na terra 5% momento Objetivo — Conscientizar os aspectos comuns, ou os citérios escolhidos, Pars formagdo dos diversos grupos profissionais Fe cilimento ~ Nomear 0s grupos conforme aquilo que tem em comum isto Gag «o que fen com que todas aquelas profissées tenham sido agrupadas ern umn mesmil conjunto. vEeta atividade leva os integrantes do grupo, muitas vezes, a refazer os agrupa@ rmentes, pois analisar, bservam a frace consisténcia existente entre as profissog . Tua relagio com o nome escolhido por eles. Estimula-se a criatividade na nomeacta seegrupes, pedindo que deixem de lado as dreas convencionais (como exatas. Wu see aandde). Acontece do consenso nio ser obtido, fazendo com que 0 grupo busts uma solugao para 0 impasse. 6? momento Objetivo ~ Desafiar o grupo a explicar os arg agrupamento das profissbes, constatando as diferentes possibilidades, om as propostas dos jovens de outros grupos da sala. a er powonto - Soliitar cada grupo a apresentar 0 seu trabalho aos colegas explicarasrazbes dos agrupamentos. Os outros colegas fardo as perguntas 2 sit as para seu entendimento, bem como pod ‘emitir suas opiniées, comparando con ‘0s outros agrupamentos, Se erento, €estimulado odebate, visando aprofundar os aspectos [evant dos nos agrupamentos, bem como mostrar as diferengas existentes ‘dependendo d@: Soto de vista pelo qual € analisado cada conjunto de profisdes, OSS vars free Boentemente, esabelecer-se uma certa competitividade entre os suPsrtsss cada ws aercedo mostrar que o seu trabalho esté mais corretoe mais completo, © orientadoe rofissional deve estimular o debate e aprofundar os pontos referentes As modifi 365 rietagio Voeaconl Ocupcioal aes no mundo do trabalho ea possvelisereto de cada profesional nas mats dife- Tentes éreas. _ 72 momento Objetivo ~ Propor um primeiro movimento na bysc de uma escolha definitiva Seite onto Solicitara cada partcipante a escolhs 0 nt ‘agrupamento com co qual mais se identifique e eserever em wma olha de papel as trés profissdes mais importantes para si citar de urn conhecimento mais abrangente do rol de profissées distribudas em Aen. o jovem pode decdir-se de maneira mais OB ‘Ao pedir que as escreva, jover sente-se mais comprometido com a tt escalha, pensando nas suas diversas pois 0 jovem sente que “tem Gnotivagées. Este momento costuma gerar ansiedade, sm escolher varios agrupamentos, outros Sue escolher”. Muitos perguntam se pode! aierem escolher mais de cinco profissGes. Os ‘sentimentos subjacentes a esses pedi- quetjevem ser explicitados ¢ conversados. Certa ver, HO jjovern escotheu 20 profis soee pelas quais se interessava. No momento posetiof, ‘pede-se ao jovem para procl- Soe Pees de sobre as tes profissbes escolhidas,fazendo Wt ampla pesquisa & ae ev os resultados no proximo encontro. Os ovens desse BAR brincaram com eetfovem, dizendo: “Bem feito, voce vai ter ue pesahiest escrever sobre as 20” ese jover escolheu jomalismo, e seu interesse por Se ‘profissées mostra 0 inte rape o jomalista deve ter por todas as éreas de conhecimento, para se tornar um bom jomnalista 8° momento Objetivo ~ Trabalhar a decisio pessoal da escovhe, Jevando o jovern a assumi-la como an e ndo projetando-a no resultado do teste de jn}er=Ake aocedimento ~ Comparar o resultado do teste de inters® zado) com 2 escolha feta pelo individuo no momen anterior. ‘Se tesultados so analisados pelos prOprios jovens com. auxitio do psicélogo. ste alicn o teste, sua concepgioc sua forma de corresio, ‘Quando nao coincidemo rat ado do teste € a escolha feta, deve-se tentar encontrar of motives, pois geral Trente estdo ligados a fatores subjetivos. .e (quando este € real 2s no. and . - {SECNICA R-O - RELACOES OBJETATS gase ssixi- Alem de fazer a leitura da realidade ocupacional, diverse autores tém apontado com para a rigueza dessa tEonica em trmos de ©/ve\ questbes relativas 8 relagdes Prete, Dessa forma, propoe-se um segundo More ‘da técnica, tendo por objeti- vantaé Ober as elagoesafetivas estabelecias pelo Joven O°" diferentes prot ido do “Ransis como, por exemplo, as identficagdes com *pescoas-profissionais”, com “0 fe, fr site as profissdes slo para mim”, além do “o gue 0 profissées sio em geral”. ida umm Sore abalharrnos dentro da perspectiva clinica Prepon C8 ‘Bohoslavsky: eran shins derivagoes come: loa das pofisdes, f2°°E de profissionais, jagem com profissionais, entre outras 1m profissionais, festa das profissdes, foto co apresentadas a seguir 366 Levent, Soares & Cals S° momento: familia de profissionais Qbietiva — Conscientizar os diversos sentimentos despertados quando as pro- Fasdes assumem ama proximidade maior. Oportunizar a0 jovem dare core deo, Ruéncia familiar na escolha profissional. Neste momento trabelha-ce ae relageg, cbjetais fantasiosas e idealizadas com as diferentes profissdes Precedimento — Montar uma familia com as diversas profissSes. Pode ser uma caubosta” familia, conforme os interesses de cada um, Relacionar cada protector © grau de parentesco, Criar uma hist6ria com base nos parentess nates ongens. Como tentativa de tomar 0 exercicio mais chro, solcita.se qos imaginem uma situagao na qual os parentes estejam interagindo, trocando idésas fog que um personagem falaria para o outro" Durante 2 formasio das familias, o psicélogo analis, junto com o jovem, of Pani ees desPertados quendo as profissdes assumem um comprometimento afetivgy raaigr Observa-se, nas relagdes estabelecidas entre o jovern ea familia proposta a ensacia didealizagao, colocando aquelas profises pelas quais tém alge ine Segakimirago. Mullas vezes sto escolhidas pra os filhos as profssbes que os oes gostariam de realizar, mas, como F apenas uma, resolver dei fete a profissio mais importante para 0 jo ineresegai® Pal ou mie. A elaborago do luto poderd acontever neste momen coloes aes observar-se, também. em que posigio da “suposta familia o joven ‘oloca: se no lugar de um dos cénjuges ou se ainda no lugar des flee dente de historias pelos membros do grupo, além de propiciar um cont Som diferentes profissionais, parece auxilir, em muito, o joven ne refers refereneraa historia. A personificagio das profissbes e o trabalho escrito mobing yeferenciaisinternos no tocante, principalmente, aos vinculos atsoue estabelecid cerning rofissbes. Esta téenica auxiliaojovem a perceber a “nio-casualidade” ae escolha profissional. 40° momento: festa das profissdes Obletivo: Trabalhar as projegdes afetivas aos diferentes profissionais do po de vista da relagio com os iguais (que é diferente da relagio com ne familiares), Procedimento: Solicita-se ao grupo a organizagao e dramatizasao de ann yg endo que a tnica limitagio seria quanto ao némezo de convidadce’ oreo para cg Pessoa. De preferéncia, todas as pessoas convidadas devem ser escelhidne sail vada oo Supe. Também deve ser realizada uma lista dos profissionaie nhc vidados, Durante a dramatizagdo da festa, cada um Tepresenta o papel de um p ‘ional. podendo trocar de papel durante a festa. E uma oportunidad para exper tar-se no lugar de mais de um profissional A seguir, orelato de uma “festa septic de ae £m t0d0 0 Brasil. C. no quis dizer o que era. Estava gu segredo do curso escolhid meteu q) 40 para o vest Orient 367 gio Vocacionsl Ocupacional naturologista renomada, tinha um consultrio. P., formado em linguas, era dono de ‘uma agéncia de turismo. D. era professor universitério, autor de vérios livros. A festa se realiza e cada profissional interage com outro a partir do papel escolhido. 112 momento: foto com profissionais Objetivo: Auxiliar 0 jovema escolher entre os profissionais da festa aqueles que ‘so 0s mais importantes para si. Procedimento: Ao final da festa, informamos a presenga de um fot6grafo para registrar o evento e solicita-se ao jovem posicionar-se junto a um grupo de profissio- nais para ser fotografado. Geralmente o profissional que o jovem escolhe ser coincide coma sua escolha no final do processo de Orientagao Profissional. Em alguns grupos, eles pedem para tirar varias fotos, colocando-se como diferentes profissionais em cada foto, ou sempre como o mesmo profissional 12° momento: carona para um profissional Objetivo: Trabalhar a es definitivo para si. Procedimento: A festa terminow € todos esto indo embora. Como 0s pr nais so de outra cidade, eles esto sem carro naquele dia. Seu carro s6 tem lugar para uma pessoa. Quem vocé convida para ir com voc8? O que voces conversam no cami: nnho até a casa do profissional? Como vocé se sente? Por que vocé escolheu esse profissional para dar carona e nao outro? Obs.: pode acontecer de mais de uma pessoa no grupo querer dar carona para 0 mesmo profissional e s6 tenha um cartéo dispontvel. Esse fato pode ser trabaihado de diferentes maneiras pelo coordenador do grupo: a) os interessados em dar carona para aquela pessoa devem negociar e chegar a um acordo ~ esse fato pode ser relacionado com a competicao tdo acirrada pelas vagas nas universidades pablicas — ndo hé lugar para todo mundo, alguém vai ficar de fora, Esses sentimentos devem ser discutidos; ») outra possibilidade € o coordenador do grupo fazer tantos cartes com o nome do mesmo profissional quantos forem os interessados, neste caso permitindo que cada um faga a sua escolha ‘sem impediments”. ‘olha de um s6 profissional como 0 mais préximo e 13° momento: iagem com profissionais Objerivo: Propor uma relagio afetiva mais intima com os profissionais, auxili- ando a expressio de esterestipos em relagio as profissbes, assim como revivendo possiveis experiéncias marcantes com profissionais. Auxiliar os participantes d. po a identificarem quais as profissdes que Ihes interessam de maneira significativa ‘Trabalhar a escolha inicial de determinados profissionais e, apés a viagem, observar qual a escolha final. O recurso da viagem propicia uma maior participagio dos inte- grantes no processo de escolha, uma vez que uma viagem implica dividir e intimos, ter flexibilidade, enfrentarsituagdes desconhecidas e ter disponibilidade para P Procedimento: Propor ao jovem que escalha alguns profissionas (18s a cinco) com os quais gostaria de realizar uma viagem para um local distante. Solicita-se que 368 _Levenfus, Soares & Col se imaginem indo para o aeroporto, percebendo quem sfio as pessoas que estio com eles. Chegando ao local, devem enfrentar as diversas situagSes pertinentes a uma viagem, incluindo escolha de hospedagem, lugares a serem visitados, compromissos sociais ou profissionais, sempre refletindo como se sentem em cada situaca0, enfocando as caracteristicas pessoais e 0 relacionamento entre os diversos profissionais, perce endo as diferengas entre os profissionais, de acordo com os esterestipos. E interes sante observar-se que tipo de viagem eles escolhem fazer (para lazer, para trabalho, para congressos, etc.). Uma jovem que queria fazer biologia resolveu nio levar 0 bidlogo. Depois de realizada a viagem, nos comentitios, ela falou que passou o tem: 0 todo pensando no bidlogo e como seria bom se ele estivesse ali com ela; visitando Aqueles locais, eles teriam muitas coisas para conversar. No final, disse que se arte pendeu de nio ter levado o bidlogo. 14° momento: a Loja das profissdes* Este momento da técnica é uma adaptagao da “loja de trocas” de Stevens (1977). O ato de escolher uma profissio pressupde deixarese de lado todas as outras profis- sées, de alguma forma almejadas, mas que deverdo ser deixadas de lado neste mo- mento. E importante para o jovem ter claro o que ele esté “perdendo” e o que ele esta “ganhando” coma sua escolha. Objetivos: Trabalhar a escolha propriamente dita, propiciando um espago para expressar, através da fantasia, os medos € ansiedades relacionados a0 ato de escolher. ‘Auxiliar 0 jovem a vivenciat-se no papel das profissdes escolhidas, bem como no daquelas preteridas. Trabalhar a questo do Tuto e da troca ~ 0 que damos em troca quando escolhemos uma profissio. Procedimento: Este momento da técnica pode ser feito através de uma “viagem ou sonho dirigido”. Coloca-se uma misica de fundo e faz-se um relaxamento, solici- tando-se aos participantes que se coloquem em uma posicao confortavel, de olhos fechados, iniciando-se a vivencia de um passeio em uma cidade onde ele encontraré

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