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Cromatografia gasosa

O que é cromatografia? Método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura


em duas fases por meio da migração diferencial.
A Cromatografia Gasosa (CG) é uma técnica para separação e análise de misturas de
substâncias voláteis. (A amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo de um gás adequado
denominado de fase móvel (FM) ou gás de arraste). Este fluxo de gás com a amostra vaporizada
passa por um tubo contendo a fase estacionária FE (coluna cromatográfica), onde ocorre a
separação da mistura. A FE pode ser um sólido adsorvente (Cromatografia Gás-Sólido) ou, mais
comumente, um filme de um líquido pouco volátil, suportado sobre um sólido inerte
(Cromatografia Gás-Líquido com Coluna Empacotada ou Recheada) ou sobre a própria parede
do tubo (Cromatografia Gasosa de Alta Resolução).
Na cromatografia gás-líquido (CGL), os dois fatores que governam a separação dos constituintes
de uma amostra são:

1. A solubilidade na FE: quanto maior a solubilidade de um constituinte na FE, mais lentamente


ele caminha pela coluna.

2. A volatilidade: quanto mais volátil a substância (ou, em outros termos, quanto maior a
pressão de vapor), maior a sua tendência de permanecer vaporizada e mais rapidamente
caminha pelo sistema.

A técnica consiste na introdução da amostra, através de um sistema de injeção (onde amostras


líquidas são vaporizadas). Em seguida, um gás inerte (geralmente hélio*, hidrogênio ou argônio),
“arrasta” a amostra pela coluna cromatográfica. A fase estacionária, presente na coluna, é
responsável pela separação dos compostos, fazendo com que cada um saia da coluna, a um
tempo diferente (tempo de retenção). Por fim, um detector é responsável pela identificação dos
sinais eletrônicos produzidos pelo sistema de GC e um software específico é utilizado para
transformar estes sinais em picos cromatográficos.As substâncias separadas saem da coluna
dissolvidas no gás de arraste e passam por um detector; dispositivo que gera um sinal elétrico
proporcional à quantidade de material eluido. O registro deste sinal em função do tempo é o
cromatograma, sendo que as substâncias aparecem nele como picos com área proporcional à
sua massa, o que possibilita a análise quantitativa

Não há necessidade de bomba pois a amostra é arrastada pela pressão exercida pelo gás.
Requisitos para analisar em CG: a amostra deve ser termicamente estável (estável a temperatura
de volatilização para não se degradar quando for aquecer e analisar), volátil (amostra pode ser
sólida mas deve ser volátil), deve ter ponto de ebulição de até 300ºC. Esses requisitos também
acabam por ser uma limitação da técnica
A grande limitação deste método é a necessidade de que a amostra seja volátil ou estável
termicamente, embora amostras não voláteis ou instáveis possam ser derivatizadas
quimicamente

CG: a fase estacionária pode ser líquida ou sólida


fase móvel: gasosa - gás de arraste é um gás inerte. Na HPLC o líquido da fase móvel interagem
com a amostra, enquanto em CG o gás vai servir apenas para empurrar a amostra pela coluna,
mas não vai interagir em nada. Esse gás deve ser puro porque se houver impurezas eles vão
interagir com a fase estacionária e vão estragar a coluna (pode ocorrer hidrólise, aparecimento de
um pico que não existe na amostra. ex: gás hélio

Instrumentação:

1 - Cilindro de Gás
Cilindros que possuem a fase móvel que é um gás inerte - gases com alto grau de pureza. O gás
de arraste fica contido em cilindros sob pressão

2- Filtros
Para o gás chegar no cromatógrafo deve ter um cano/linha de gás que deve ter um filtro que irá
remover as impurezas (água, oxigênio e hidrocarbonetos) - coluna de carvão que retém
partículas, umidade, óleo mineral

3- Controles de Vazão /fluxo


São controladores de fluxo que podem fazer um ajuste fino para que se tenha um fluxo constante.
São dispositivos que reduzem a pressão de fornecimento dos gases, padrão (de calibração) e de
arraste, para uma
pressão adequada ao equipamento de análise cromatográfica.

4 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.


Na versão mais simples, trata-se de um bloco de metal conectado à coluna cromatográfica e à
alimentação de gás de arraste. Este bloco contém um orifício com um septo, geralmente de
borracha de silicone, pelo qual amostras líquidas ou gasosas podem ser injetadas com
microseringas (Figura 9) ou através de válvulas de injeção (Figuras 10 e 11). Amostras sólidas
podem ser dissolvidas em um solvente adequado. O injetor deve estar aquecido a uma
temperatura acima do ponto de ebulição dos componentes da amostra, para que a amostra se
volatilize completa e instantaneamente e seja carregada para a coluna. Se a temperatura for
excessivamente alta, pode ocorrer decomposição da amostra. A amostra deve entrar na coluna
na forma de um segmento estreito, para evitar alargamento dos picos
Injeção modo Split: Na injeção no modo split, normalmente, a amostra encontra-se no estado
líquido, sendo introduzida em um espaço aquecido, que rapidamente vaporiza a amostra,
misturando-a com o gás de arraste e gerando um fluxo turbulento. O fluxo da mistura gasosa é
rapidamente conduzido para a coluna, sendo que apenas uma fração dessa mistura (vapor da
amostra + gás de arraste) adentra a coluna; o restante é descartado. - utilizado para amostra
mais concentradas
Injeção modo splitless: a válvula de divisão de fluxo está fechada, e tudo que é injetado vai para a
coluna (agrotóxico, doping, toxicológico, análise de traços - amostras menos concentradas).
Injeção on colunn: Nesse tipo de injeção, a amostra é injetada diretamente na coluna; em
seguida, um sistema de resfriamento é colocado em torno do injetor para que as amostras
possam ser injetadas a baixas temperaturas

3 - Coluna Cromatográfica

Nas colunas empacotadas, a FE líquida é depositada sob a forma de um filme fino e uniforme
sobre partículas de um suporte adequado. O suporte deve ser um sólido poroso com grande área
superficial, inerte e de boa resistência mecânica. O tamanho das partículas e dos poros deve ser
o mais uniforme possível.
Se o material de enchimento não for colocado na coluna de forma compacta e uniforme, os
espaços vazios resultantes funcionarão como câmaras de diluição para a amostra. Os resultados
serão picos mais largos e menor eficiência.
Além da natureza da FE e da qualidade do empacotamento, existem duas variáveis importantes
que influem no desempenho de uma coluna empacotada: A percentagem de FE no material de
enchimento (se a FE for muito baixa, partes da superfície do suporte ficarão expostas à amostra,
que poderá ser adsorvida. O resultado é o alargamento ou deformação dos picos.) e o diâmetro
das partículas do suporte (Quanto menor o diâmetro das partículas do suporte, maior a eficiência
da coluna. A uniformidade das partículas também é importante.)
Nas colunas tubulares abertas, a FE é depositada na forma de um filme sobre a superfície interna
de um tubo fino. A sua grande vantagem sobre as colunas empacotadas é que, pelo fato de
serem tubos abertos, podem ser feitas colunas capilares de grandes comprimentos. Como,
quanto maior o comprimento, mais pratos teóricos contém a coluna (e maior a sua eficiência),
colunas capilares são muito mais eficientes que as empacotadas - melhor passagem das
amostras.
O parâmetro para analisar a eficiência de uma coluna cromatográfica são os pratos teóricos. Um
prato teórico é o estágio hipotético no qual duas fases de uma substância (sua fase líquida e de
vapor) estabelecem um equilíbrio. O alto número de pratos (N) fornece: Picos agudos e estreitos -
Representa a eficiência de uma coluna.

4 - Detector.
Irá detectar o sinal analítuco

Temperatura em CG : faz-se gradiente de temperatura para melhorar a resolução. Programação


de temperatura na sua coluna para evitar o aumento rápido da pressão de vapor da amostra
Rampas de temperatura para se obter o sinal de todos os analitos separadamente.

O tipo de mecanismo da CG é a partição. Colunas maiores conseguem ter melhor resolução por
conseguir detectar um maior número de substâncias.

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