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O maior plagio da humanidade!

A suposta história de Adão provém de um mito acadiano de um personagem mitológico chamado


Adapa encontrado em um Tablet de Tel Amarna, Adapa filho de Ea deus babilônico da sabedoria 1.
Enquanto o nome tem semelhança com o nome de Adão que significa “homem”, Adapa tem seu
nome com significado de “sábio”, “douto”2.3
Tanto Adapa quanto Adão, passaram por um teste envolvendo a imortalidade. A diferença entre
os dois foi que: Adão comeu do fruto que era proibido, enquanto Adapa rejeitou a bebida da
imortalidade. Um recebeu o conselho “não coma” e outro “coma”.
Adapa foi enganado pelo deus Ea4 para que o mesmo mantivesse a imortalidade apenas entre os
deuses, o que conforme o mito demonstra que por mais que o homem busque viver eternamente
não pode usufruir de algo que apenas os deuses o podem.

1
Robert Graves E Raphael Patai. Hebraicas mitos o livro de Genesis Nova York Greenwich House
Distribuido pela Crow Publishers , Inc 1963, 1964, reimpressão de 1983 , p. 79
2
The best English translation is by E. A. Speiser in ANET, 101-103. Of the extant fragments, three (A,C,D)
derive from the Ashurbanipal library (7th cent. B.C) and the fourth (B) comes from the Amarna archieves
(14 th cent. B.C).
3
Reccentley W.H. Shea, Adam in Ancient Mesopotamian Traditions AUSS 15 (1977): 27-41; reprinted in
Bible and Spade 6 (1977): 38, 39
4
Thus Burrows, “Note on Adapa”, Or, no. 30 (March 1928), p. 24; T. Jacobisen, “The Investiture and
Anoiting of the Adapa in Heaven”, AJSL 46 (1930): 201-203 (reprinted in Towards the image of
Tammuz [Cambridge, Mass, 1970], pp. 48-51; The Treasures of Darkness (New Heaven, Conn., 1976),
pp. 115-116; J. Pedersen, “Winsdom and Immortaly”, Wisdom in Israel and in the Ancient Near East, ed.
M. Noth and D. Winton Thomas (Leiden, 1955): 244; Foster, p. 351; Shea, p. 34

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De acordo com o fragmento A, linha 6, ele era o “modelo dos homens”, um “arquétipo humano”
e como alguns estudiosos tem sugerido, esse traço do caráter de Adapa o identifica como um
homem sábio que possuía inúmeras habilidades. 5
Ele é descrito como um sábio com conhecimento superior que lhe foi dado por Ea o que faz dele
o supervisor geral das atividades humanas da cidade de Eridu conforme o Tablet A, linhas 10-18.
Ele mesmo é contemporâneo do primeiro rei ante-diluviano, Alulim6. Assim ele é considerado o
primeiro Apkallu (homem sábio antediluviano).
O mito demonstra que a imortalidade é privilégio dos deuses e que não pode ser de posse de
nenhum homem, mesmo que seja o mais sábio.
Adapa é contido por Ea de buscar a imortalidade no tribunal de Anu, Adão é contido de perde-la.
Mas, depois de perder sua imortalidade Adão é detido de procurar por ela Gn 3.22.
Adapa e Adão ambos foram chamados perante as divindades para prestar conta de seus atos. Em
paralelo com o relato de Gn 3, Adapa recusou a imortalidade aonde Adão se recusou a evitar
perde-la.
O crime de Adapa foi o de quebrar a asa do vento Sul. Adapa quebrou o vento com sua palavra,
o que fez em posse de poder mágico, algo que explica o encantamento do fragmento D empregado
para dissipar doença.7
Diferente de Adão que se tornou o motivo de erro a não ser seguido pela humanidade, Adapa se
tornou o epítome da sabedoria e modele do que foi para gerações futuras.8
Já era comum na Mesopotâmia transmitir as informações por meio de ilustração. Vemos logo
abaixo um cilindro que mostra a figura feminina e masculina ambos diante de uma árvore, e que
se notarmos bem percebemos a figura de serpentes atrás de ambos:

Vemos claramente que a associação de serpentes e árvores juntamente com o homem e a mulher
não é algo que surgiu com a bíblia, mas, já era existente bem antes dela.

5
B. R. Foster A Visdom and the Gods in Ancient Mesopotamia “ Or n.s, 43 (1974); 345-349
6
Hallo “Antediluviam Cities p. 62 Lmbert and Millard Atra-Hasis p. 27
7
Thus Jacobsen The Investiture and Anoithing of Adapa pp 50-51; Foster p. 349
8
See n. 17 above, also Xella “L” inganno di E anel mito di Adapa pp. 260-61
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Outro cilindro demonstra os protótipos dos chamados querubins registrados no Éden que
impediam a entrada de Adão no paraíso. Aqui os guardas negavam a Adapa o acesso ao pão da
vida que poderia conceder a imortalidade ao homem depois que o deus Anu ordenou a mudança
do domicilio.

Segundo o cristianismo foi a serpente a causadora do engano que levou o homem a perder a
imortalidade. No relato mesopotâmio foi Ea ou Enki o ushumgal “o grande serpente dragão” de
Eridu que impediu com que Adapa comesse o que lhe daria a imortalidade.

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