reitoria

concurso público

002. Prova Objetiva

arquiteto

� Você recebeu sua folha de respostas, este caderno, contendo 40 questões objetivas, e o caderno de prova dissertativa.
� Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.
� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum
problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição desse caderno.
� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
� Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.
� A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de
respostas e para a transcrição das respostas definitivas.
�  Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorrida 1 hora do início das provas.
� Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua
prova, assinando termo respectivo.
� Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de prova dissertativa, a folha de respostas e este caderno.
� Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

Aguarde a ordem do fiscal para abrir este caderno.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

Confidencial até o momento da aplicação.

Confidencial até o momento da aplicação.
 Conhecimentos Gerais 01. De acordo com as informações do texto, é correto
afirmar que

Língua Portuguesa (A) a lentidão dos comboios, que retarda a viagem do

jipe em que o autor se encontra, causa-lhe medo e
apreensão.
Leia o texto de Rubem Braga, escrito em novembro de 1944,
quando o autor era correspondente de guerra, para respon-
(B) a guerra invadiu os lares e também aniquilou as
der às questões de números 01 a 07.
constantes e infrutíferas discussões tão característi-
cas entre famílias vizinhas.
A procissão de guerra
(C) a visão pungente do arbusto que resiste apesar das
Corremos pela estrada, mas o jipe tem de ir lentamente.
adversidades sensibiliza o autor, fatigado de presen-
Em sentido contrário, um pesado e lento comboio de
ciar tanta destruição.
enormes caminhões avança – e em nossa frente, na mesma
direção em que vamos, se arrasta outro.
(D) o autor considera os comboios essenciais, pois levam
É impossível passar. As estradas da Itália são boas, mas tanto munição e armas como as cartas que os solda-
são estreitas. É preciso ter paciência. dos receberão dos filhos.
A esta hora, em milhares de outras estradas do mundo os
caminhões estão assim, em comboios, rodando para a guerra (E) o jipe consegue seguir para outras cidades onde os
ou para a retaguarda. soldados, carentes de esperança, procurarão outros
É a procissão da guerra. sobreviventes na terra calcinada.
Tu segues com uma caneta-tinteiro e um pedaço de cho-
colate no bolso. Aquele leva caixas de comida, o outro caixas
de munição, óculos para ver o inimigo, armas para matá-lo,
botinas, braços e pernas, mapas, cérebros, cartas de mulheres 02. Assinale a alternativa com trechos do texto em que há,
distantes, saudosas ou não, com retratos de crianças, c­apotes respectivamente, gradação na apresentação dos fatos e
– uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engole tudo. ênfase na ideia de exclusão.
Entramos em uma cidade e durante 20 minutos avança-
mos por ruas onde não há uma só casa em pé. (A) … uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engole
Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas tudo. (6o parágrafo) / … onde nem os ratos se arris-
e­stripadas que mostram as vísceras de suas paredes íntimas, cam mais… (11o parágrafo)
num despudor de ruína completa.
Nesses montes de escombros estão soterrados os rei- (B) … uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engo-
nos íntimos, as antigas ternuras, as inúteis e longas discus- le tudo. (6o parágrafo) / A esta hora, em milhares
sões domésticas – e, às vezes, num pedaço de parede que de o­utras estradas do mundo, os caminhões estão
se equilibra entre ruínas, aparece, num ridículo macabro, a assim… (4o parágrafo)
l­egenda da última fanfarronada fascista: Vincere!*
(C) Avançamos entre os montões de tijolos, pó e traves
Avançamos entre os montões de tijolos, pó e traves
quebradas. (10o parágrafo) / A esta hora, em milha­
quebradas.
res de outras estradas do mundo, os caminhões
Agora isso já não interessa aos nossos olhos: essa des-
e­stão assim… (4o parágrafo)
graça é monótona. Entretanto, nessa cidade devastada pela
maldição da guerra, onde nem os ratos se arriscam mais, há (D) Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas
alguma coisa que chama a atenção e comove. estripadas… (8o parágrafo) / … avançamos por ruas
É um arbusto que tombou entre os escombros – mas em onde não há uma só casa em pé. (7o parágrafo) /
meio à montoeira de entulho ainda tenta sobreviver, e perma-
nece verde, sugando, por escassos canais, debaixo da terra (E) Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas
calcinada, alguma seiva rara. estripadas… (8o parágrafo) / … onde nem os ratos
E essa pequena árvore que se recusa a morrer, essa se arriscam mais… (11o parágrafo)
pequena árvore patética, é a única nota de humanidade do
quarteirão arrasado.
Prossegue a nossa procissão e, afinal, nosso jipe se
l­iberta e corre entre as campinas.
(Coleção melhores crônicas: Rubem Braga.
Seleção de Carlos Ribeiro. Global, 2013. Adaptado)

* “Vencer”, frase dita por Benito Mussolini.

Confidencial até o momento da aplicação. 3 VNSP2202/002-Arquiteto

03. Considerando a frase – Agora isso já não interessa aos
nossos olhos: essa desgraça é monótona. (11o pará­grafo)
–, assinale a alternativa que, correta e respectivamente,
indica à qual informação o pronome “isso” faz referência
e traz observação pertinente acerca da declaração intro-
duzida pelos dois-pontos.
(A) Aos poucos suprimentos que todos têm à disposi-
ção; nota-se indiferença.
(B) Ao tumultuado deslocamento pelas estradas italia-
nas; nota-se indignação.
(C) À destruição das cidades atingidas pela violência da
guerra; nota-se desalento.
(D) Às bravatas dos líderes políticos fascistas; nota-se
dissimulação.
(E) À expectativa de que o jipe possa avançar com rapi-
dez; nota-se passividade.
04. Assinale a alternativa correta a respeito das expressões
destacadas nos trechos do texto.
(A) Em – … os caminhões estão assim, em comboios,
rodando para a guerra ou para a retaguarda.
(4o parágrafo) –, está empregada em sentido próprio
significando as fronteiras.
(B) Em – … mapas, cérebros, cartas de mulheres distan-
tes, saudosas ou não, com retratos de crianças…
(6o parágrafo) –, está empregada em sentido figura-
do significando infelizes.
(C) Em – … ruas de casas estripadas que mostram
as vísceras de suas paredes íntimas… (8o pará­
grafo) –, está empregada em sentido figurado signifi-
cando a parte interior.
(D) Em – É um arbusto que tombou entre os escom-
bros… (12o parágrafo) –, está empregada em senti-
do figurado significando destroços.
(E) Em – … sugando, por escassos canais, debaixo da
terra calcinada, alguma seiva rara. (12o parágrafo)
–, está empregada em sentido próprio significando
ramificados.
VNSP2202/002-Arquiteto
05. Assinale a alternativa em que a frase reescrita a partir do
texto mantém o sentido original e atende à norma-padrão
da língua portuguesa.
(A) É preciso ter paciência conforme os veículos bélicos
vagarosamente avançam, porém, mesmo que são
boas, as estradas da Itália são estreitas.
(B) É preciso ter paciência para que os veículos béli-
cos vagarosamente avançam, porque, visto que são
boas, as estradas da Itália são estreitas.
(C) É preciso ter paciência quando os veículos bélicos
vagarosamente avançam, uma vez que, a menos
que sejam boas, as estradas da Itália são estreitas.
(D) É preciso ter paciência enquanto os veículos béli-
cos vagarosamente avançam, pois, ainda que sejam
boas, as estradas da Itália são estreitas.
(E) É preciso ter paciência à medida que os veículos
b­élicos vagarosamente avançam, ou, desde que
s­ejam boas, as estradas da Itália são estreitas.
06. Considere as frases elaboradas com base no texto.
•  Munido de uma caneta-tinteiro e de um pedaço de
chocolate no bolso, o autor observa as ruas desertas
       o jipe segue.
•  Num pedaço de parede,        equilíbrio se faz
entre ruínas, vê-se uma das legendas da fanfarronada
fascista.
•  Perdida entre as ruínas, há alguma coisa        o
autor se atém e que o enternece: uma pequena árvore.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas dessas fra-
ses devem ser preenchidas, respectivamente, por:
(A) pelas quais … onde o … de que
(B) pelas quais … cujo … a que
(C) nas quais … ao qual … de que
(D) com as quais … cujo … a que
(E) com as quais … onde o … de que
07. O sinal indicativo de crase está corretamente empre-
gado em:
(A) Os soldados, em meio à devastação sem preceden-
tes, tornam-se insensíveis à qualquer sofrimento.
(B) Trabalhando à serviço da imprensa, Rubem Braga
se dedicava à relatar as consequências da guerra.
(C) À certo momento, quando a estrada fica livre à frente
do jipe, surge uma sensação de liberdade.
(D) Quanto à figura de Mussolini, o autor alude à ela
e­xternando desprezo e sarcasmo.
(E) O autor rende-se à imagem do arbusto que se opõe
aguerridamente à própria morte.
4 Confidencial até o momento da aplicação.
Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10. 09. Considere as frases elaboradas com base no texto.

A Casa Modernista da Rua Santa Cruz, do ucraniano
Gregori Warchavchik (1896-1972), construída em 1928, é
considerada a primeira obra de arquitetura moderna implan-
tada no Brasil.
Na década de 1920, no campo cultural, a cidade de São
Paulo testemunhava manifestações artísticas de ruptura e
d­iálogo com a tradição, sendo a Semana de Arte Moderna de
1922 o evento mais emblemático do movimento. Tal eferves-
cência cultural teve correspondência na área da arquitetura
em 1925, quando foi publicado o primeiro manifesto voltado a
uma nova postura, “Acerca da Arquitetura Moderna”, de auto-
ria de Warchavchik. O primeiro exemplar arquitetônico só se
concretizou três anos mais tarde, com a construção da casa
da Rua Santa Cruz.
Projetada para ser a residência do arquiteto, recém-casa-
do com Mina Klabin (1896-1969), a casa gerou forte impacto
na opinião pública, com a publicação de artigos favoráveis ou
contrários à estética proposta. Além da edificação (destituí-
da de ornamentações e com volumes prismáticos brancos),
merece destaque o jardim, projetado por Mina, devido ao uso
pioneiro de espécies tropicais.
A casa passou por algumas reformas, pois o arquiteto
procurou adequá-la à família que crescia, mas, de modo
g­eral, o conjunto manteve-se com as mesmas feições até os
dias de hoje.
A família residiu ali até meados dos anos 1970, quando
vendeu a propriedade. Em 1983, uma construtora pretendia
implantar na área um condomínio residencial, combatido
imediatamente pela população local, que criou a “Associação
Pró-Parque Modernista”, em defesa da casa e de sua área
verde, hoje tombadas pelos órgãos públicos.
(www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/sobre-mcsp/casa-modernista/
e www.archdaily.com.br/br/01-17010/classicos-da-arquitetura-casa-
modernista-da-rua-santa-cruz-gregori-warchavchik Textos adaptados)
•  A Casa Modernista, Warchavchik finalizou a casa
em 1928.
•  Em relação às novas manifestações culturais, parte da
sociedade prontamente apoiou essas manifestações.
•  Admirador dos volumes prismáticos brancos, Warchavchik
usaria esses volumes prismáticos brancos em sua
r­esidência da rua Santa Cruz.
Atendendo ao emprego e à colocação dos pronomes
d­eterminados pela norma-padrão, os trechos destacados
podem ser substituídos, por:
(A) finalizou-a; as apoiou; os usaria
(B) finalizou-a; apoiou-as; lhes usaria
(C) a finalizou; as apoiou; usaria-lhes
(D) lhe finalizou; as apoiou; usaria-os
(E) finalizou-lhe; apoiou-as; os usaria
10. Assinale a alternativa que segue a norma-padrão relativa
à concordância verbal e nominal.
(A) No campo das artes, a Casa Modernista mantêm
o prestígio de ser a primeira obra de arquitetura
m­odernista.
(B) Associada aos demais cômodos da residência, há
um jardim com plantas tropicais concebido por Mina
Klabin.

(C) Devido à necessidade de acolher a família que

08. Assinale a alternativa que expõe relação de causa e
consequência entre os fatos apresentados.
(A) O conjunto arquitetônico, apesar das reformas, man-
teve-se praticamente inalterado.  →  A opinião públi-
ca dividiu-se ao julgar as novas estéticas artísticas
do início do século XX.
(B) A Semana de Arte Moderna de 1922 foi conside­rada
o evento mais significativo à época. → A casa foi
projetada para ser a nova residência do casal.
e­
stava crescendo, reformaram-se alguns espaços
da casa.
(D) À época, convencido de que era vital reinterpretar
a arte brasileira, muitos intelectuais defenderam a
ruptura com a tradição.
(E) Excesso de ornamentação, prática comum nas edifi-
cações, não faziam parte das concepções artísticas
do arquiteto ucraniano.

(C) A necessidade de adaptar a casa à família gerou

alterações na estrutura original. → Mina Klabin
inovou ao utilizar vegetação tropical no jardim.

(D) A comunidade criou uma associação em prol do con-

junto arquitetônico de Warchavchik.  → A associa-
ção agiu e conseguiu impedir a construção de um
condomínio no local.

(E) A casa concretizou os ideais do manifesto “Acerca

da Arquitetura Moderna”.  → A família se desfez da
propriedade em 1970.

Confidencial até o momento da aplicação. 5 VNSP2202/002-Arquiteto

 Matemática e Raciocínio Lógico R a s c u n h o

11. A média aritmética simples de três cotações realizadas

em um primeiro momento foi igual a R$ 1.320,00. Em
um segundo momento, as duas cotações com maiores
valores foram substituídas: a primeira cotação de maior
valor foi substituída por outra, com valor R$ 120,00 me-
nor; e a segunda, por outra com valor R$ 99,00 menor.
Após essas substituições, a média aritmética simples do
segundo momento ficou menor, em relação à média do
primeiro momento, em

(A) R$ 73,00.

(B) R$ 89,00.

(C) R$ 109,00.

(D) R$ 153,00.

(E) R$ 219,00.

12. A planta baixa de um grande escritório está representa-

da em uma folha retangular, com área de 600 cm2. Esse
material precisa ser ampliado, de modo que os lados da
nova folha tenham medida 10% maior que as medidas
originais. Nesse caso, a folha ampliada passará a ter
área de

(A) 640 cm2.

(B) 664 cm2.

(C) 682 cm2.

(D) 708 cm2.

(E) 726 cm2.

13. Em uma parede será feita, em determinada altura, uma

linha decorativa com azulejos, e, para tanto, há três tipos
de azulejos: A, B e C. Se nessa decoração não pode ha-
ver dois azulejos iguais, lado a lado, a quantidade total de
formas distintas para realizar a colocação dos 5 primeiros
azulejos dessa decoração é igual a

(A) 12.

(B) 24.

(C) 36.

(D) 48.

(E) 60.

VNSP2202/002-Arquiteto 6 Confidencial até o momento da aplicação.

14. A figura representa uma peça decorativa de parede que RASCUNHO
será construída, com 3 prateleiras paralelas, sendo a
central com comprimento de 42 cm, e a maior prateleira
formando ângulo de 90º com uma lateral vertical. Na figu-
ra, os segmentos tracejados ou pontilhados são apenas
informativos.

Sabendo-se que todas as prateleiras, assim como a late-

ral vertical, utilizarão o mesmo tipo de madeira, despre-
zando-se as quebras, a quantidade mínima de centíme-
tros lineares de madeira necessária para a construção
dessa peça decorativa será igual a

(A) 186.

(B) 194.

(C) 208.

(D) 212.

(E) 220.

15. O gráfico apresenta informações sobre a composição da

fabricação de determinado produto, composto apenas
pelos produtos A e B:
Composição do produto fabricado

Com base nas informações apresentadas, é correto afir-

mar que, em determinado mês cuja produção total foi de
150 mil litros, a diferença entre as quantidades de litros
dos produtos B e A utilizados nessa produção foi de

(A) 100 mil.

(B) 110 mil.

(C) 120 mil.

(D) 130 mil.

(E) 140 mil.

Confidencial até o momento da aplicação. 7 VNSP2202/002-Arquiteto

 Legislação
16. Acerca dos princípios fundamentais, dispostos no Título I,
da Constituição Federal, assinale a alternativa correta.
(A) A República Federativa do Brasil é formada pela
união indissolúvel dos Estados e do Distrito Federal,
constituindo-se em Estado de Direito.
(B) O direito à moradia popular consiste num dos objeti-
vos da República Federativa do Brasil.
(C) O princípio da intervenção, nas relações internacio-
nais, é um vetor para definição das atuações das
Forças Armadas.
(D) Promover o bem de todos, sem preconceitos de ori-
gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
mas de discriminação, consiste num dos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil.
(E) São poderes da União, o Legislativo e o Judiciá-
rio, independentes e harmônicos entre si, de modo
que o Executivo atua como mediador, nas situações
d­eterminadas pela Constituição Federal.
17. Em desastre ambiental, determinada municipalidade pre-
cisou utilizar de propriedade particular, de grandes pro-
porções, para alocar os desabrigados e distribuir man-
timentos. A partir do texto constitucional, a autoridade
competente poderá:
(A) indenizar previamente o proprietário, como condição
para o uso.
(B) usar de propriedade particular, assegurada ao pro-
prietário indenização ulterior, se houver dano.
(C) usar da propriedade particular, somente na hipótese
de não possuir imóvel público que possa ser útil às
necessidades da situação.
(D) pedir judicialmente o uso da propriedade particular,
por meio de pedido liminar, cujas despesas proces-
suais serão de responsabilidade do proprietário.
(E) iniciar a desapropriação do bem, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro.
VNSP2202/002-Arquiteto
18. A respeito da organização político-administrativa da
R­epública Federativa do Brasil, assinale a alternativa cor-
reta, de acordo com a Constituição Federal.
(A) A União, Estados e Distrito Federal são autônomos
entre si, de modo que os Municípios são subordina-
dos aos seus respectivos Estados.
(B) É expressamente vedada a criação de Territórios
F­ederais, dado que os existentes até a promulgação
da Constituição Federal foram extintos e sua origem
remonta ao controle de regiões estratégicas pelo
g­overno federal.
(C) Os Territórios Federais integram a União e poderão
ser criados, transformados em Estado ou reintegra-
dos ao Estado de origem, conforme lei complementar.
(D) Os Municípios, se fundidos, poderão originar novo
Estado.
(E) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios podem estabelecer cultos religiosos em suas
respectivas repartições.
19. Sobre o direito à seguridade social, disposto na Constitui-
ção Federal, assinale a alternativa correta.
(A) Destina-se a assegurar direitos relativos à saúde, à
previdência e à educação.
(B) Será financiada por toda a sociedade, de forma
d­ireta e indireta, contando inclusive com a receita de
concursos de prognósticos (loterias).
(C) Será financiada pelos empregados celetistas, cujo
percentual de contribuição varia de acordo com a
faixa salarial.
(D) Tem como um de seus objetivos o desenvolvimen-
to do transporte urbano, a fim de garantir condições
dignas de locomoção ao trabalhador.
(E) Tem como um de seus objetivos assegurar o acesso
aos níveis mais elevados do ensino, de acordo com
a capacidade de cada um.
20. De acordo com o Regimento Geral da UNESP, assinale
alternativa correta acerca da pesquisa acadêmica.
(A) É inseparável da docência e deve ser estimulada nas
diversas unidades da instituição de ensino, particu-
larmente entre aqueles que trabalham em regime de
dedicação exclusiva.
(B) É apartada da docência, embora seja estimulada
como um dos objetivos da instituição de ensino.
(C) É necessária para a aproximação da instituição de
ensino com empresas privadas, que desejam finan-
ciar pesquisas científicas.
(D) Quando abranger dois ou mais departamentos da
mesma unidade universitária, a coordenação caberá
a todos eles.
(E) O docente da UNESP passa a realizar pesquisa na
hipótese de existir correlato financiamento público ou
privado.
8 Confidencial até o momento da aplicação.
 Conhecimentos Específicos
21. Uma universidade pública planeja maximizar o uso
de recursos renováveis no projeto de uma de suas
novas unidades, a ser construída em uma cidade do
ABC paulista. Contribuirá para esse objetivo, dentre as
a­lternativas, o emprego de materiais como
(A) painéis cerâmicos autoportantes.
(B) argamassa armada pré-fabricada.
(C) madeira com o selo Madeira Legal.
(D) painéis sanduíche em PVC e poliuretano.
(E) solo-cimento com solo do próprio local da obra.
22. Projetos de arquitetura que lidam com a cobertura de
grandes vãos utilizam o concreto armado em superfícies
de dupla curvatura e pequena espessura, como a apre-
sentada a seguir, trabalhando predominantemente com
esforços tangenciais de tração e compressão.
Fonte: Archdaily (https://www.archdaily.com.br/br/869307/
classicos-da-arquitetura-restaurante-los-manantiales-felix-candela/
800px-manantiales_diagrama?next_project=no)
Tais soluções pertencem a uma tipologia de estruturas
denominadas
(A) cascas.
(B) lajes curvas.
(C) lâminas protendidas.
(D) placas tridimensionais.
(E) membranas tracionadas.
Confidencial até o momento da aplicação.
23. Com a retomada do trabalho presencial, uma universida-
de pública paulista, preocupada com as necessidades de
adaptação, a longo prazo, a uma possível fase endêmica
da covid-19 e, também, com a eficiência energética das
edificações, vem implantando melhorias em dependências
de alguns de seus campi que estão situados em regiões
de clima quente e inverno muito ameno, no norte do esta-
do. Trata-se de ambientes utilizados basicamente durante
o dia, entre 8h e 18h, e nos quais é empregada climatiza-
ção artificial, com o uso de diversos modelos de aparelhos
de ar-condicionado. De modo geral, os usuários de cada
ambiente ligam os aparelhos somente a partir do horário
em que há sensação de desconforto devido ao calor. Nes-
sas condições, considerem-se as afirmações a seguir.
I. Mantidos os mesmos aparelhos de climatização
a­rtificial, ambientes climatizados perderão eficiên-
cia energética em função das medidas de contro-
le da covid-19, relativamente a suas condições de
operação anteriores à pandemia, uma vez que há
um maior consumo de energia elétrica para atin-
gir as condições de conforto térmico demandadas
p­elos usuários. Isso exige medidas de projeto para
minimizar o problema, como, por exemplo, a utiliza-
ção de tecnologias de recuperadores de calor.
II. A renovação do ar nos ambientes, climatizados ou
não, deve ser ampliada em função do controle do ví-
rus Sars-CoV-2, que é transmitido pelo ar.
III. Em um ambiente climatizado, nas condições descri-
tas, a entrada de ar e­xterno faz com que o sistema
de climatização t­enha que operar com maior capaci-
dade, uma vez que o ar e­xterno entra no sistema em
temperatura superior à do ar climatizado.
As afirmações
(A) I e II estão corretas e fundamentam III, que está
correta.
(B) II e III estão corretas e fundamentam I, que está
correta.
(C) I e II estão corretas e explicam por que III está
incorreta.
(D) II e III estão corretas e explicam por que I está
incorreta.
(E) I, II e III estão corretas, porém não há relação expli-
cativa entre elas.
9 VNSP2202/002-Arquiteto
24. Considerem-se diferentes formas de transmissão do calor
que é necessário observar no controle térmico da envoltó-
ria de uma edificação, a saber:
I. transmissão do calor na massa dos elementos cons-
trutivos, a partir da superfície de maior temperatura,
em direção à superfície de menor temperatura;
II. movimento ascendente ou descendente do ar, causa-
do pelas diferenças de temperatura entre as superfí-
cies e o ar interno ou externo;
III. recepção e emissão de calor radiante pelos elemen-
tos construtivos.
Essas formas de transmissão do calor estão associadas,
respectivamente, a
(A) convecção, condução (transmitância) e radiação
(irradiância e radiosidade).
(B) condução (transmitância), convecção e radiação
(irradiância e radiosidade).
(C) transparência (transmitância), condução e radiação
(irradiância e radiosidade).
(D) convecção, condução (transmitância) e transparên-
cia (transmitância).
(E) condução (transmitância), convecção e transparên-
cia (transmitância).
25. Um prédio pertencente a universidade pública paulista
será reformado para que seja ampliada uma de suas áreas
de laboratórios. A entrada de energia do prédio, em baixa
tensão, comporta o aumento de cargas correspondente
aos novos equipamentos e usos previstos, porém todos
os circuitos que o quadro geral de distribuição comporta
estão utilizados e o uso efetivo dos circuitos que atendem
atualmente o prédio está próximo ao limite da capacidade
dos condutores, não deixando margem para aumento das
cargas, exceção feita ao circuito de iluminação. Uma for-
ma mais simples de resolver esse problema, no projeto de
instalações elétricas, será, dentre as alternativas,
(A) ampliar a capacidade dos circuitos existentes, por
meio da substituição dos disjuntores hoje instalados
por outros com amperagem adequada às novas car-
gas, e estendê-los à nova área.
(B) estender somente o circuito de iluminação e um circui-
to de alimentação de tomadas, substituindo somente
o disjuntor deste último circuito por outro com ampe-
ragem adequada à nova carga.
(C) estender somente o circuito de iluminação e um cir-
cuito de alimentação de tomadas, substituindo os
disjuntores desses dois circuitos por outros com
amperagem adequada às novas cargas.
(D) criar mais um quadro de distribuição, alimentado a
partir da entrada de energia e dedicado à nova área,
o qual abrigará circuitos dimensionados de acordo
com as novas demandas previstas.
(E) criar mais uma entrada de energia, ligada diretamen-
te à rede pública, para alimentar a nova área e mais
um quadro de distribuição, o qual abrigará circuitos
dimensionados de acordo com as novas demandas
previstas.
VNSP2202/002-Arquiteto
26. Uma universidade pública paulista contratou o desenvol-
vimento dos projetos de um prédio de laboratórios de pes-
quisa, cuja estrutura, em lajes maciças, pilares e vigas de
concreto armado, será formada por uma malha ortogonal
de vigas contínuas sobre os pilares, com balanços equi-
valentes a ¼ do vão e cujos carregamentos, formados por
cargas distribuídas sobre lajes e paredes não estruturais,
internas e externas, sobre vigas, não diferem muito dos
de um prédio de escritórios. Com vistas à elaboração do
a­nteprojeto de arquitetura, o arquiteto contratado apresen-
tou o pré-dimensionamento de vigas, em trechos críticos
em que havia interferência com o uso – tais como alturas
de passagem sob vigas, alturas de portas, caminhamento
horizontal de instalações em forros e outros. Nesse pré-
-dimensionamento, observa-se que o projeto tira partido
de uma redução das espessuras de lajes e da altura de
vigas, quando estas apresentam continuidade do elemen-
to construtivo, além dos apoios, sob a justificativa de que
tal continuidade permitiria considerar efeitos de engasta-
mento entre trechos de vigas (não foram considerados,
para efeito do pré-dimensionamento das vigas, efeitos de
engastamento em pilares). Essa redução
(A) é inadequada por não corresponder ao comporta-
mento real de uma viga, o qual depende da distância
entre pontos de apoio, independentemente de haver
ou não engastes nesses pontos.
(B) não deveria ser maior que 5% por engaste, sendo
portanto pouco significativa e devendo ser revista,
caso as reduções adotadas sejam superiores a esse
valor, para que se evitem surpresas quando do efeti-
vo dimensionamento das vigas, na etapa de cálculo
estrutural.
(C) somente será aceita se estiver limitada aos trechos
em balanço, que descarregam uma carga menor nos
pilares e estão sujeitos a menores esforços de flexão
e cisalhamento do que os trechos entre apoios.
(D) corresponde, conceitualmente, a um efeito de laje
cogumelo, que faz com que parte do carregamen-
to da laje seja descarregado diretamente no pilar,
aliviando as cargas da viga, efeito este que ocorre
somente se as vigas forem contínuas.
(E) corresponde à redução da distância entre pontos
de momento fletor nulo, relativamente à distância
entre apoios, que ocorre, devido ao engastamento,
em vigas contínuas.
10 Confidencial até o momento da aplicação.
27. O dimensionamento de sistemas de drenagem, compre-
endendo a definição de diâmetros e declividades de cada
trecho, parte de fluxo de água, calculado a partir da área
e forma da bacia de contribuição, da proporção de águas
escoando superficionalmente e das chamadas chuvas de
projeto, definidas por parâmetros hidrológicos associados
à localização do terreno e ao tempo de retorno conside-
rado. O resultado desses cálculos, um fluxo expresso em
um volume de água por unidade de tempo, é denominado
(A) tempo de concentração (t).
(B) período de retorno (T).
(C) intensidade (i).
(D) velocidade (V).
(E) vazão (Q).
28. No projeto de um prédio de moradia estudantil, a ser cons-
truída no estado de São Paulo, estão sendo discutidas
medidas de proteção contra incêndio, incluindo as instala-
ções hidráulicas correspondentes. Um eventual emprego
de chuveiros automáticos (sprinklers)
(A) não é admitido pelas normas vigentes para o uso
residencial.
(B) exigirá a instalação de detectores de fumaça para
produzir seu acionamento automático.
(C) reduzirá a exigência de distância máxima a ser
percorrida até uma circulação protegida.
(D) pressupõe a existência de uma central de comando
e controle das instalações prediais para seu aciona-
mento, o que pode ser economicamente inviável.
(E) deve limitar-se a casas de máquinas, casa de bom-
bas, sala de gerador e outros ambientes similares.
Confidencial até o momento da aplicação.
29. A equipe de projetos de luminotécnica de uma universida-
de pública paulista recebeu a encomenda de melhorar os
níveis de aclaramento, medido em lux, das bancadas de
trabalho de um laboratório. A encomenda inicial consistia
em substituir as lâmpadas existentes por outras de maior
potência, que pudessem produzir um maior fluxo lumino-
so, medido em candelas. A solução encontrada, porém,
foi deslocar as luminárias para o alinhamento das ban-
cadas e reduzir sua altura, reduzindo a distância entre
a fonte luminosa e a bancada. Isso diminuiria um pouco
os níveis de aclaramento das áreas de circulação, porém
seria possível fazer com que o aclaramento da bancada
alcançasse os níveis desejados. Com isso, não foi neces-
sário trocar lâmpadas e manteve-se o consumo de ener-
gia do sistema de iluminação do laboratório. Do ponto de
vista conceitual, pode-se dizer que por essa solução
(A) aumentaram-se os níveis de luminância, diminuin-
do-se a área sobre a qual incide cada fonte de luz,
de modo a melhorar o nível de aclaramento das ban-
cadas.
(B) mantiveram-se os níveis de luminância, aumen-
tando-se a área sobre a qual incidem, de modo a
melhorar o nível de luminância nas bancadas.
(C) mantiveram-se os níveis de luminância, diminuindo-se
a área sobre a qual incidem, de modo a melhorar o
nível de luminância nas bancadas.
(D) aumentaram-se os níveis de intensidade luminosa
das fontes, mantendo-se a área sobre a qual inci-
dem, de modo a melhorar o nível de luminância nas
bancadas.
(E) aumentaram-se os níveis de intensidade luminosa
das fontes, diminuindo-se a área sobre a qual inci-
dem, de modo a melhorar o nível de iluminância nas
bancadas.
30. A “concepção de produtos, ambientes, programas e
s­ erviços a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto específico,
i­ncluindo os recursos de tecnologia assistiva” correspon-
de à definição legal de
(A) projeto acessível.
(B) projeto inclusivo.
(C) desenho inclusivo.
(D) desenho universal.
(E) acessibilidade universal.
11 VNSP2202/002-Arquiteto
31. Uma universidade pública paulista utiliza projetos padrão
para construções auxiliares da infraestrutura – como
m­ uros de fechamento, guaritas, casas de bombas e
o­utras – de seus campi por todo o estado. Genericamen-
te, a l­ocalização urbana é considerada para o desenvol-
vimento desses projetos, nas diferentes modalidades.
O projeto prevê o emprego de estruturas de concreto
a­rmado, com fundações projetadas caso a caso, ve-
dações em alvenaria de blocos de concreto aparente,
e­squadrias em alumínio e cobertura em laje plana im-
permeabilizada. Um desses campi, pelas características
de suas atividades de ensino e pesquisa, será localizado
junto ao mar, em antiga instalação portuária, podendo al-
gumas dessas edificações ficar sujeitas a maresia e até
mesmo a respingos de maré. Eventual utilização desses
projetos padrão irá requerer, dentre outras adaptações,
(A) alteração do projeto estrutural, com aumento do
cobrimento de armaduras, o que implicará em ade-
quações dimensionais no projeto de fôrmas e ajus-
tes correspondentes nos demais projetos.
(B) substituição das esquadrias de alumínio por esqua-
drias de aço corten e adequação do traço da arga-
massa de assentamento às condições de salinidade
do ambiente.
(C) substituição da solução em concreto armado por
estrutura mista em aço corten e alumínio, mais
r­esistente à maresia que o concreto armado, e ade-
quação do traço da argamassa de assentamento
às condições de salinidade do ambiente.
(D) adoção de revestimento das paredes com argamas-
sa mista de cimento, cal e areia, para evitar a pas-
sagem da maresia para dentro do ambiente pelos
poros dos componentes de alvenaria, e utilização de
espuma de poliuretano nas juntas entre esquadrias e
alvenarias, com a mesma finalidade.
(E) reposicionamento das aberturas das edificações,
para abrigá-las da incidência direta da maresia e
substituição da solução em concreto armado por
estrutura mista em aço corten e alumínio, mais
r­esistente à maresia que o concreto armado.
VNSP2202/002-Arquiteto
Leia o texto a seguir para responder às questões de números
32 e 33.
Para uso de suas unidades, uma universidade paulista
promoverá a contratação de um conjunto de projetos de edifi-
cações e, posteriormente, das obras correspondentes. Dentro
do planejamento da universidade, prevê-se que os projetos
s­ejam elaborados até meados de 2023 e que as obras sejam
l­icitadas no segundo semestre daquele ano. Embora se trate
de obras convencionais de edificações, está prevista a exe-
cução de itens específicos de obras civis, ligados ao funcio-
namento das unidades da universidade, que não constam de
tabelas de referência oficiais como o Sistema Nacional de Pes-
quisa de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi).
32. Para embasar o Edital de contratação de projetos, as
á­reas técnicas e de planejamento da universidade deve-
rão e­laborar documento contendo a definição do objeto da
contratação, prazos, quantitativos e serviços, descrição
das soluções, fundamentação da contratação, em estudos
técnicos prévios, requisitos da contratação, modelos de
execução do objeto e de gestão do contrato, critérios de
medição e pagamento e outros.
Esse documento é denominado, segundo a legislação
aplicável,
(A) termo de referência.
(B) estudo preliminar de arquitetura.
(C) estudo preliminar de edificações.
(D) estudo de viabilidade técnica econômica e ambiental
(EVTA).
(E) memorial descritivo do empreendimento.
33. Considere-se que a lei prevê as seguintes formas de
d­efinição de preços unitários, para fins de contratação
das obras, observados, em cada caso, os procedimentos
e critérios específicos:
I. contratações similares feitas pela Administração
Pública;
II. pesquisa na base nacional de notas fiscais eletrônicas;
III. composição de custos unitários do Sinapi;
IV. utilização de dados de pesquisa publicada em mídia
especializada, de tabela de referência formalmente
aprovada pelo Poder Executivo federal e de sítios
eletrônicos especializados ou de domínio amplo.
No processo licitatório, o valor estimado de cada preço
unitário, para fins de contratação das obras, será definido
por meio da utilização de tais procedimentos na seguinte
ordem, recorrendo-se ao procedimento seguinte somen-
te quando não seja possível determinar o valor do preço
unitário pelo procedimento utilizado:
(A) I, VI, III e II.
(B) I, III, IV e II.
(C) III, I, IV e II.
(D) III, IV, I e II.
(E) IV, III,II e I.
12 Confidencial até o momento da aplicação.
34. Na orçamentação de uma obra, serão considerados os
itens a seguir:
I. despesas do escritório central da construtora;
II. equipamentos utilizados na obra – betoneira, retro-
escavadeira;
III. encargos sociais sobre a mão de obra.
Tais itens deverão ser considerados no cálculo
(A) I, II e III do BDI.
(B) I, II e II dos preços unitários.
(C) I e III do BDI e II de preços unitários.
(D) I e II do BDI e III de preços unitários.
(E) I do BDI, II e III de preços unitários.
35. Uma universidade pública paulista celebrou contra-
to de doação de recursos oriundos de agência oficial
de cooperação estrangeira. Constam desse contrato
exigências peculiares quanto à contratação de forne-
cedores de serviços de consultoria requeridos para
implementação dos projetos receptores dessa doação,
em linha com aqueles constantes de normas e proce-
dimentos exigidos por essa agência como condição
para a doação. O valor estimado dessa contratação é
de R$ 450.000,00. A assessoria jurídica da universida-
de apontou que tais procedimentos não conflitam com
os princípios constitucionais em vigor, notadamente os
de impessoalidade, moralidade e eficiência. É certo, no
entanto, que tais condições – por exemplo, a elabora-
ção de lista longa e lista curta de empresas convidadas,
o julgamento por menor técnica seguido de negocia-
ção de preços com a empresa vencedora da técnica
– diferem significativamente dos procedimentos e ritos
de contratação estabelecidos pela legislação em vigor.
Nessas condições, a contratação dos serviços
(A) não será possível sem adequação dos termos do
contrato de doação à norma legal de licitações
v­igente no País.
(B) deverá ser feita no país de origem dos recursos, na
forma de licitação internacional, para contornar os
procedimentos da lei brasileira.
(C) dependerá de autorização do Poder Executivo Fede-
ral, por se tratar de adequação legal decorrente de
contrato internacional.
(D) poderá seguir os procedimentos constantes do con-
trato de doação, mesmo que sejam diferentes dos
ritos de contratação prescritos pela lei de licitações.
(E) deverá seguir os ritos prescritos na legislação brasi-
leira, sendo nulas de pleno valor as disposições con-
tratuais em sentido contrário.
Confidencial até o momento da aplicação.
36. Seguindo disposições constantes do edital, termo de
referência, contrato e demais elementos técnicos que
presidiram a contratação de um projeto por universidade
pública paulista, a equipe de fiscalização da contratante
efetuou o recebimento provisório dos serviços que eram
objeto do contrato, tendo aceitado integralmente os ser-
viços prestados. Isso significa que
(A) foi verificado o cumprimento de todas as exigências
contratuais, sem prejuízo da responsabilidade da
contratada sobre problemas que venham a surgir
posteriormente.
(B) foi verificado o cumprimento das exigências de caráter
técnico, sem prejuízo da responsabilidade da contra-
tada sobre problemas que venham a surgir posterior-
mente, sendo a conformidade com as demais exigên-
cias contratuais atestada posteriormente, quando do
recebimento definitivo.
(C) a contratada transferiu à contratante, a partir desse
momento, a responsabilidade civil e ético-profissio-
nal pela qualidade dos serviços, permanecendo, no
entanto, a responsabilidade objetiva do projetista
por eventuais danos causados por falha de projeto,
ainda que verificada posteriormente ao recebimento
definitivo dos serviços.
(D) o projetista exime-se, daí em diante, da responsa-
bilidade objetiva por eventuais danos causados por
falha de projeto, permanecendo, no entanto, sua res-
ponsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade
dos serviços, por toda a vida útil do projeto.
(E) a contratada transferiu à contratante, a partir desse
momento, a responsabilidade civil e ético-profissio-
nal pela qualidade dos serviços, eximindo-se, a partir
daí, da responsabilidade objetiva por eventuais da-
nos causados por falha de projeto, por um período
de cinco anos.
37. A construção da obra civil de uma cabine primária de
f­ormato retangular, com cobertura plana e estrutura em
lajes, pilares e vigas de concreto armado, com pilares
nos quatro cantos, compreende vedação externa com
p­aredes de alvenaria com extensão de 20,00 m, medidos
pelo eixo das paredes, e altura total de alvenaria (até a
face inferior das vigas) igual a 2,20 m, com um vão de
porta de 2,20 m × 1,40 m e uma abertura de ventilação de
0,60 m × 0,80 m (ambos os vãos indicados pela dimensão
nominal da abertura na alvenaria). O critério de medição
utilizado na contratação dessa obra determina que será
descontada da área de alvenaria, no caso de áreas de
abertura que excederem 2,00 m2, a área excedente des-
ses 2,00 m2, e não serão descontadas áreas de aberturas
inferiores a 2,00 m2. Segundo esse critério, a quantidade
resultante, a ser medida, como área de alvenaria de veda-
ção, seria
(A) 40,44 m2.
(B) 40,92 m2.
(C) 42,92 m2.
(D) 44,00 m2.
(E) 44,52 m2.
13 VNSP2202/002-Arquiteto
38. Um perito foi contratado para elaborar laudos de avaliação
de um conjunto de terrenos que compõem o patrimônio de
uma universidade paulista. Parte desses imóveis apresen-
ta dificuldades práticas para se realizar uma pesquisa de
mercado com imóveis semelhantes, e para esses imóveis
o avaliador propôs identificar o valor de mercado a partir
de uma hipótese de aproveitamento o mais eficiente pos-
sível. Para isso, seriam elaborados modelos de estudo de
viabilidade técnico-econômica, para cada um dos imóveis,
tendo como base empreendimentos hipotéticos – lotea-
mentos, incorporações ou outros –, compatíveis com as
características do bem e com as condições do mercado
imobiliário local, considerando-se cenários viáveis para
sua execução e comercialização. Trata-se de uma apli-
cação de métodos de avaliação denominados, segundo a
normatização técnica aplicável,
(A) iterativos.
(B) indutivos.
(C) dedutivos.
40. A área de projetos de uma universidade pública paulista,
que desenvolve seus projetos no software AutoCad™,
iniciou um processo de implantação de processos de
modelagem da informação da construção – Building
I­nformation Modelling (BIM) –, que permite a modelagem
tridimensional, em programas específicos, dos diferentes
sistemas e elementos da construção do edifício, asso-
ciados a propriedades geométricas e não geométricas,
tanto do projeto de arquitetura quanto dos de estrutura
e de instalações prediais. Como benefícios imediatos
dessa implantação, passa a ser possível, no projeto de
edifícios, desenvolver operações que anteriormente não
poderiam ser desenvolvidas, tais como
(A) elaborar quantitativos de itens como luminárias,
mobiliário e peças de elétrica e hidráulica, desde
que definidos como blocos.
(B) visualizar mais diretamente as interferências entre
sistemas (clash detection) e coordenar as diferentes
modalidades dos projetos.

(D) involutivos. (C) automatizar a produção dos edifícios, por meio dos
controles digitais sobre operações de produção e
(E) comparativos. montagem de elementos e componentes no canteiro
de obras.

(D) otimizar a arquitetura, do ponto de vista econômi-

39. A área técnica de uma universidade pública paulista foi
consultada com relação à aquisição de licenças dos pro-
gramas da AutoDesk™, no sentido de analisar um pacote
mais acessível que permite a utilização do AutoCad™ LT,
em versões constantemente atualizadas. Relativamente
à versão completa (um pacote full) do mesmo programa,
a versão LT
(A) permite a elaboração e edição de desenhos bidimen-
sionais, devendo a montagem de folhas e a interface
de impressão serem obtidas na versão completa ou
por serviço on-line.
co, com tecnologias de inteligência artificial apoian-
do decisões de projeto e atualização de planilhas
de quantitativos em tempo real.
(E) trabalhar os projetos das diferentes modalidades
com detalhes realistas de todos os componentes da
edificação, em termos de formas, cores e texturas,
transformando a experiência de elaborar o projeto.

(B) permite a elaboração e edição de desenhos bi e

tridimensionais, devendo a montagem de folhas e
a interface de impressão serem obtidas na versão
completa ou por serviço on-line.

(C) apresenta as funcionalidades da versão completa no

tocante a desenho bidimensional, criação e utiliza-
ção de blocos, visualização e montagem de folhas
de desenho (paper space), mas não permite o traba-
lho de modelos em três dimensões e a configuração
para impressão.

(D) apresenta as funcionalidades da versão completa no

tocante a desenho bi e tridimensional, criação e utili-
zação de blocos, e de visualização, mas não permite
a montagem folhas de desenho (paper space) e a
configuração para impressão.

(E) apresenta as principais funcionalidades da versão

c­
ompleta no tocante a desenho bidimensional, cria-
ção e utilização de blocos, visualização, montagem
de f­olhas de desenho (paper space) e impressão, mas
não permite o trabalho de modelos em três dimensões.

VNSP2202/002-Arquiteto 14 Confidencial até o momento da aplicação.

Confidencial até o momento da aplicação. 15 VNSP2202/002-Arquiteto
Confidencial até o momento da aplicação.