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Lição 3

O MORMONISMO
16 de abril de 2006

TEXTO ÁUREO

“E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”


(2 Tm 4.4).

VERDADE PRÁTICA

O mormonismo é um movimento pagão disfarçado com roupagem cristã que baseia suas
crenças em fábulas e falsas conjecturas.

HINOS SUGERIDOS
Harpa Cristã 132, 149, e 153..

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Timóteo 1.3-6

LEITURA DIÁRIA

Segunda 2 Co 11.3 Um Jesus estranho ao Novo Testamento.


Terça 2 Pe 1.16 O cristianismo se fundamenta em fatos.
Quarta 1 Tm 4.7 As fábulas profanas são nulas.
Quinta Tt 1.14 Devemos rejeitar as fábulas judaicas.
Sexta 1 Co 8.5 O equívoco da fé do paganismo politeísta.
Sábado Gl 1.8,9 O evangelho anátema.

OBJETIVOS
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Interceder pela conversão dos mórmons.
Distinguir a doutrina mórmon da cristã.
Sintetizar a história de Joseph Smith Jr.

PONTO DE CONTATO
Professor, nesta lição, estudaremos a respeito da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
ou simplesmente, Mórmons. Essa seita é uma das mais bem-sucedidas, com mais de 11 milhões de
adeptos em todo o mundo. Estima-se também, que seja a seita que mais cresce, com cerca de 300 mil
convertidos por ano. Os mórmons são um dos grupos sectários mais ricos do mundo, com ativos entre
25 e 30 bilhões de dólares. Possuem universidades, valorizam a educação, seus missionários costumam
ser educadíssimos e muitos dos seus adeptos ocupam cargos importantes nos EUA. No entanto,
constituem-se um grupo sectário ainda não alcançado plenamente pelo evangelho. Ore com os alunos a
favor da conversão dos mórmons.
SÍNTESE TEXTUAL
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, foi fundada no dia 6 de abril de 1830 por
Joseph Smith Jr. e mais cinco pessoas. Smith Jr., nasceu em 23 de dezembro de 1805, na cidade de
Sharon, Estado de Vermont, EUA. Era filho de Joseph e Lucy Smith, conhecidos como místicos e
caçadores de tesouros na região. Em 1820, com a idade de 14 anos, Smith Jr., teve a sua primeira visão
a respeito da apostasia do cristianismo e de outras religiões e seitas. A segunda visão ocorreu em 1823.
Nesta, um anjo identificado como Morôni visitou a casa do profeta e o revelou que havia em Palmyra,
Nova Iorque, um monte onde estava escondido um livro escrito em placas de ouro e também a plenitude
do evangelho eterno. O anjo Morôni afirmava ser filho glorificado de um homem chamado Mórmon –
título que dá nome à seita. Após várias aparições do suposto anjo, e de receber o sacerdócio de Arão e
o de Melquisedeque, Joseph Smith Jr., Oliver Cowdery e outros companheiros, fundaram a seita. Smith
foi candidato à presidência dos Estados Unidos, preso, espancado e, por fim, morto em 27 de junho de
1844, por uma turba indignada.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Nesta lição, usaremos como recurso didático uma Tabela Conceitual. Esta, procura representar um
determinado conceito por meio de suas características gerais. Temos quatro conceitos que podem ser
apresentados graficamente em nossa lição: fundador, sucessor, literatura e fundamentos. Use este
gráfico-visual após o tópico II, a fim de sintetizar os fundamentos principais da seita mórmon.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Um proeminente líder mórmon disse: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias declara-
se, pelo seu nome, distinta da Igreja Primitiva estabelecida por Cristo e seus apóstolos”. Essa é uma
confissão de que eles não são cristãos e de que sua religião é outra. Disso todos nós já sabíamos pelas
suas crenças e práticas, mas esta é uma declaração direta e textual do movimento. A estrutura do
mormonismo está calcada em lendas e mitos pagãos.

I. ORIGEM DO MOVIMENTO
1. Primeiras aparições. Há duas versões contraditórias da origem Placas de
do movimento na sua própria literatura. Uma diz que em 1820, Joseph Era constituída de qautro placas, de Néfi, de Mórmom; de Éte
Smith Jr., andava preocupado por causa de uma agitação anormal
sobre questões religiosas que se generalizou envolvendo batistas,
presbiterianos e metodistas. Quando numa visão o Pai e o Filho, teriam
dito que todas as igrejas se apostataram e seus credos eram
abomináveis. Em 1823, teria recebido a visita de um estranho anjo
chamado Morôni, o qual teria revelado a existência das placas de ouro,
que deram origem ao Livro de Mórmon.
2. Últimas aparições. Em 1829, teria recebido outra visão. Nesta, afirma-se que João Batista teria
conferido a Joseph Smith Jr. e ao seu companheiro, Oliver Cowdery, o sacerdócio de Arão. Em seguida,
os dois companheiros batizaram-se um ao outro, e um ao outro ordenaram-se como sacerdotes, e,
durante muito tempo, abençoaram-se mutuamente. Pouco depois, os dois teriam recebido outra visão:
João, Pedro e Tiago, os quais lhes conferiram o sacerdócio de Melquisedeque. Em 6 de abril de 1830,
Joseph Smith Jr. inaugurou o seu movimento juntamente com cinco amigos.
3. Contradições internas. O breve relato de sua origem apresenta vários problemas e contradições.
A agitação envolvendo questões religiosas, nunca aconteceu. A suposta revelação de 1820 só apareceu
depois de 1842. Até então, os líderes mórmons afirmavam que a primeira “visão” foi em 1823;
contradição essa que envolve idade, local e conteúdo. Joseph Smith Jr. foi condenado, em 1826, por
prática de cristalomancia. Em 1828, procurou se filiar à Igreja Metodista, mas foi recusado pela Igreja por
causa do seu envolvimento com práticas ocultistas.
4. Testemunhos antibíblicos. Analisando essas “visões” à luz da Bíblia, ficam evidentes os enganos
do movimento. A suposta aparição do Pai contradiz o ensino bíblico, pois homem algum jamais viu a
Deus (Jo 1.18; 6.16). Além disso o Senhor Jesus garantiu que sua igreja jamais se apostataria (Mt
16.16-18). Quanto aos sacerdócios, doutrina mórmon em prática ainda hoje, há distorções: a Bíblia
ensina que o sacerdócio de Arão foi removido (Hb 7.11,12) e o de Melquisedeque pertence
exclusivamente a Jesus (Hb 7.21-23), que “tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). A palavra original
para “perpétuo” é aparabatos e significa: “imutável, inalterável, intransferível”.

II. FONTE DE AUTORIDADE

1. Escritos sagrados. Os mórmons consideram inspirados, com a mesma autoridade da Bíblia e, até
acima dela, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios, e Pérola de Grande Valor. O oitavo artigo das
Regras de Fé dos mórmons diz: “Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, o quanto seja correta a sua
tradução; cremos também ser o Livro de Mórmon a Palavra de Deus”. Essa restrição para crer-se na
Bíblia é uma maneira delicada de dizer que não se acredita nela, pois o mormonismo afirma que não
pode haver tradução absolutamente fidedigna da Bíblia e chama de “néscios” os que nela crêem. Como
os muçulmanos, procuram por todos os meios desacreditar a Bíblia.
2. O Livro de Mórmon. O conteúdo do livro de Mórmon nunca foi confirmado pela história e nem pela
arqueologia. O texto está com 3.913 mudanças desde a edição de 1830; a maioria consiste em correção
de erros gramaticais e mudanças doutrinárias.

III. TEOLOGIA MORMONISTA

1. Conceitos mormonistas da divindade. Os mórmons são politeístas e, como no hinduísmo, há


espaço nesse movimento para inúmeros conceitos sobre a divindade. Há muitos conceitos contraditórios
na literatura mórmon. Às vezes, usam o termo “trindade” para Deus, mas também afirmam, que o Pai, o
Filho e o Espírito Santo são três deuses, e que o Pai tem corpo físico como o nosso. Ensinam, ainda:
“como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser”.
2. O Deus revelado na Bíblia. A Bíblia ensina a existência de um só Deus, sendo Deus um só (Dt
6.4; Mc 12.29-32) e que a Trindade não são três deuses, mas um Deus em três Pessoas. O Deus
revelado na Bíblia é Espírito (Jo 4.24) e “espírito não tem carne e nem ossos” (Lc 24.39). Deus é Espírito
Infinito e o Criador de todas as coisas nos céus e na terra e que além dEle não há outro ( Sl 145.3; Is
44.6, 8, 24; 45.5-7). O homem, entretanto, é limitado e criatura; não é, e nunca foi Deus ( Ez 28.2); nem
Deus é, e nunca foi homem (Os 11.9).
3. O outro Jesus. O Jesus do mormonismo é casado e polígamo, não nasceu de uma virgem e é
irmão de Satanás. Os mórmons afirmam que as bodas de Caná da Galiléia era o casamento de Jesus
com as duas irmãs Maria e Marta; e que ele foi gerado de pai humano como qualquer homem.
Este, certamente, não é o Jesus que pregamos (2 Co 11.3). Eles, na verdade, querem sancionar
suas práticas polígamas. Com isso, querem mostrar que são imitadores de Cristo. Todos esses
conceitos mormonistas sobre o Senhor Jesus são uma afronta ao cristianismo.
4. O Jesus que pregamos. A Bíblia diz que Jesus e seus discípulos foram convidados para as bodas
de Caná (Jo 2.2), e ninguém pode ser convidado para o seu próprio casamento. Isso, por si só, reduz a
cinzas os argumentos dos mórmons. A Bíblia ensina explicitamente que Jesus foi concebido pelo
Espírito Santo (Mt 1.18, 20; Lc 1.34, 35). Nada há de Satanás em Jesus (Jo 16.30; Mt 12.22-32); pelo
contrário, Jesus é o Deus verdadeiro (1 Jo 5.20), incomparável e singular! (Ef 3.21).

IV. OUTRAS CRENÇAS E PRÁTICAS

1. A salvação mórmon. Crêem numa salvação geral onde os não-mórmons são castigados e depois
liberados para a salvação; e numa individual, obtida pela fé em Jesus e pela obediência às leis e às
ordenanças. Tais ordenanças consistem na fé em Jesus, no arrependimento, no batismo por imersão e a
imposição de mãos, além de outros requisitos como aceitar a Joseph Smith Jr. como porta-voz de Deus.
Acreditam, ainda, na existência de pecados que o sangue de Jesus não pode purificar.
2. O verdadeiro Salvador do mundo. O Senhor Jesus não precisa de co-salvador. A Bíblia ensina
que Ele é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A salvação não é por mérito humano; ninguém pode ser
salvo pelas boas obras, mas somente pela graça, mediante a fé (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma
salvação, e ela está à disposição de todos os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3).
3. Outras crenças e práticas exóticas. O batismo pelos mortos e o casamento para a eternidade.
Trata-se de um batismo por procuração, visto que sua crença exige o batismo para a salvação; assim, os
mórmons batizam os entes queridos já falecidos. Eles têm interesse especial em genealogias para
batizar seus antepassados. Realizam no templo a cerimônia de selamento para a eternidade, cujos
cônjuges prometem não contrair novas núpcias na viuvez. Esse casamento é para o casal encontrar-se
no céu com o propósito de gerarem filhos-deuses para povoarem os planetas. Similar à mitologia grega.
4. Resposta bíblica. A Bíblia nos ensina a rejeitar as fábulas e genealogias (1 Tm 1.4). O batismo
pelos mortos é prática pagã (1 Co 15.29). O casamento foi estabelecido “para os filhos desse mundo”,
disse Jesus (Lc 20.34), e no mundo vindouro não “hão de casar, nem ser dados em casamento”, porque
não podem mais morrer; pois serão iguais aos anjos e filhos da ressurreição (Lc 20.35,36).

CONCLUSÃO

Os fatos apresentados em nossa lição mostram que se trata de um movimento religioso alienado da
Bíblia, com fontes de autoridade calcadas em fábulas e lendas. O Jesus apresentado não é o mesmo
revelado no Novo Testamento. O mormonismo está, portanto, edificado sobre um fundamento falso. O
ganhador de almas deve estar sempre preparado para a evangelização dessas pessoas, porque elas
precisam conhecer o verdadeiro Jesus (Jo 17.3).

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Apologético

“Erros e Contradições nas Escrituras Mórmons.


1. Livro de Mórmon. Em Néfi 10.18 está escrito: ‘Pois ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre’.
Ora, esta é uma citação de Hebreus 13.8, escrito centenas de anos depois da data alegada pelo Livro de
Mórmon para sua própria origem. Seiscentos anos antes de o apóstolo Paulo nascer, supostamente o
Livro de Mórmon já citava suas palavras em Romanos 7.24: ‘Oh! Que miserável sou eu!’ (2 Néfi 4.17). O
Livro de Omni dá conta dos dons Espirituais do Espírito Santo e de sua operação já em 279 a.C.;
compare Lc 3.16 com Jo 7.37-39. Os dons espirituais não podiam estar presentes no tempo indicado
porque Jesus ainda não fora glorificado. [...] Alma 46.15 fala de um grupo denominado ‘cristãos’. A Bíblia
contradiz esta informação, pois em Antioquia é que os crentes foram pela primeira vez assim chamados
(At 11.26).
2. Doutrina e Convênios. Este livro é uma coleção de 138 revelações principais dadas a Joseph
Smith sobre muitos aspectos das doutrinas e práticas dos Mórmons. Contém muitas aberrações
teológicas que claramente mostram a grande diferença entre o mormonismo e o cristianismo ortodoxo.
3. Pérola de Grande Valor. Este livro contém a terceira revelação extrabíblica acrescentada ao cânon
das escrituras mórmons, sendo encadernadas junto com Doutrinas e Convênios. Possui quatro
elementos: Livro de Moisés, Livro de Abraão, Escritos de Joseph Smith e Regras de Fé. O mormonismo
diz que o livro de Abraão foi escrito por ele próprio – o mesmo do AT – quando estava no Egito. No
entanto, o dito texto foi corretamente identificado como um texto funerário pagão conhecido como Livro
das Respirações.” (RINALDI, N.; ROMEIRO, P. Desmascarando as seitas. Rio de Janeiro: CPAD, 1996,
p.104-6.)

GLOSSÁRIO

Arqueologia: Ciência que estuda as velhas civilizações ou coisas antigas.


Fábulas: História artificiosa que contém um ensino moral.
Fidedigno: Que é digno de fé; que merece crédito.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Sem sugestões

QUESTIONÁRIO
1. Onde está calcada a estrutura mormonista?
R. Em lendas e mitos pagãos.

2. O que significa “sacerdócio perpétuo”?


R. Significa no original que o sacerdócio de Cristo é, imutável, inalterável ou intransferível.

3. Quantas mudanças já aconteceram no Livro de Mórmon desde a sua primeira edição em 1830
até a atualidade?
R. 3.913 mudanças gramaticais e doutrinárias.

4. Qual a resposta bíblica para a doutrina mormonista do homem-deus e de o Deus-Pai ser de


carne e ossos?
R. Deus é Espírito Infinito e Criador (Jo 4.24). O homem não é, e nunca foi Deus; nem Deus é, e
nunca foi homem (Ez 28.2; Os 11.9).

5. O que a Bíblia diz sobre o batismo pelos mortos e o casamento para a eternidade?
R. O batismo pelos mortos é prática pagã (1 Co 15.29); o casamento é para este mundo e não para
a eternidade (Lc 20.35, 36).

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