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5.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CONCENTRAÇÃO Concentraçã o e desconcentraçã o administrativa sã o expressõ es que se referem, respectivamente, à reuniã o de competências ou à distribuiçã o de
ADMINISTRATIVA competências entre ó rgã os de uma mesma pessoa.
A concentraçã o e a desconcentraçã o sempre pressupõ em uma pessoa: uma pessoa reparte (desconcentraçã o) ou uma pessoa reú ne
X (concentraçã o). Ambos sã o fenô menos internos, os quais ocorrem dentro de uma ú nica pessoa.
DESCONCENTRAÇÃO a)Concentração: é uma reuniã o das competências administrativas em alguns ó rgã os. O resultado da concentraçã o é a extinçã o de ó rgã os.
ADMINISTRATIVA b) Desconcentração: é a repartiçã o das competências entre ó rgã os de uma mesma pessoa. O resultado da desconcentraçã o é a criaçã o de ó rgã os.
Tanto para concentrar quanto para desconcentrar, há necessidade de lei especifica. Isso porque ó rgã o se cria e se extingue por lei específica.
a) Centralização: o pró prio Estado, por meio de ó rgã os internos, exerce a funçã o administrativa (forma centralizada).
b) Descentralização: o Estado transfere para outra pessoa o encargo de exercer a funçã o administrativa. Na descentralizaçã o, há uma
pluralidade de pessoas: há o Estado (titular da atividade administrativa) e mais outra pessoa.

b.1) Formas de Descentralização


I) Descentralização geográfica ou territorial
O Estado cria a pessoa jurídica de direito pú blico e transfere a competência administrativa genérica e a limita a um territó rio, o qual é definido
em lei. Quando o Estado cria uma pessoa jurídica de direito pú blico, tudo o que ele pode fazer, no exercício da funçã o administrativa, a pessoa
criada também pode, pois o regime jurídico é o mesmo.

CENTRALIZAÇÃO II) Descentralização técnica, por serviços ou funcional


ADMINISTRATIVA O Estado cria uma outra pessoa jurídica de direito pú blico ou privado. Neste caso, o Estado transfere à pessoa criada a titularidade e a execuçã o
X da atividade administrativa, mas atribui a essa entidade uma capacidade administrativa especifica, denominada princípio da especialidade.
Capacidade administrativa especifica corresponde ao principio da especialidade, o Estado cria a pessoa para desempenhar uma ú nica atividade
DESCENTRALIZAÇÃO
especifica.
ADMINISTRATIVA Obs: A criaçã o das pessoas jurídicas da administraçã o pú blica indireta se encaixa nessa forma de descentralizaçã o, isso porque o Estado está
transferindo para as pessoas da administraçã o indireta a atividade administrativa.

III) Descentralização por colaboração ou delegação


O Estado nã o cria nenhuma pessoa jurídica, mas transfere para pessoa que já existe, apenas a execuçã o da atividade administrativa. Isso é feito
por meio de um contrato ou de um ato administrativo unilateral. Neste caso, o titular da atividade administrativa continua sendo o Estado, pois
esse apenas transfere a execuçã o.

III.I) Formas de Delegação


O Estado está descentralizando a atividade administrativa para outra pessoa que já existe, neste caso transfere apenas a execuçã o da atividade
administrativa. Sã o formas de delegaçã o:
o Concessão de Serviços Públicos
A concessã o pode ser comum ou especial (PPP – parceria pú blico privada).
1°) Concessão Comum de Serviços Públicos (Lei n° 8.987/95) – pode ser:
- Concessão de Serviços Públicos (art. 2°, II, Lei n° 8.987/95): a delegaçã o de sua prestaçã o, feita pelo poder concedente, mediante licitaçã o,
na modalidade concorrência ou diá logo competitivo, a pessoa jurídica ou consó rcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
- Concessão de Obra Pública (art. 2°, III, Lei n° 8.987/95): a construçã o, total ou parcial, conservaçã o, reforma, ampliaçã o ou melhoramento
de quaisquer obras de interesse pú blico, delegados pelo poder concedente, mediante licitaçã o, na modalidade concorrência ou diá logo
competitivo, a pessoa jurídica ou consó rcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realizaçã o, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessioná ria seja remunerado e amortizado mediante a exploraçã o do serviço ou da obra por prazo determinado;
2°) Concessão Especial de Serviços Públicos (Lei n° 11.079/04) – pode ser:
- PPP Patrocinada (art. 2°, §1°, Lei n° 11.079/04): é a concessã o de serviços pú blicos ou de obras pú blicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de
CENTRALIZAÇÃO fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuá rios contraprestaçã o pecuniá ria do parceiro pú blico ao parceiro
ADMINISTRATIVA privado.
X - PPP Administrativa (art. 2°, §2°, Lei n° 11.079/04): é o contrato de prestaçã o de serviços de que a Administraçã o Pú blica seja a usuá ria
DESCENTRALIZAÇÃO direta ou indireta, ainda que envolva execuçã o de obra ou fornecimento e instalaçã o de bens.
ADMINISTRATIVA
o Permissão de Serviços Públicos (art. 2°, IV da Lei n° 8.987/95 e art. 40 da Lei n° 8.987/95)
- art. 2°, IV: a delegaçã o, a título precá rio, mediante licitaçã o, da prestaçã o de serviços pú blicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou
jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
- Art. 40: a permissã o de serviço pú blico será formalizada mediante contrato de adesã o, que observará os termos desta Lei, das demais normas
pertinentes e do edital de licitaçã o, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.

o Autorização de Serviços Públicos


Autorizaçã o de serviços pú blicos é ato administrativo unilateral.
- Ato administrativo: se é ato administrativo, nã o requer licitaçã o, visto que esta é utilizada para contratos.
- Unilateral: somente depende da manifestaçã o de vontade da Administraçã o.

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