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Transtorno e Déficit de Atenção e

Hiperatividade
Newra Tellechea Rotta

Psicologia Escolar II
Profª. M.ª Talita Baldin
UNIVERSO, 2020
DEFINIÇÃO
 “É uma síndrome neurocomportamental com
sintomas classificados em três categorias:
desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Caracteriza-se por um nível inadequado de
atenção em relação ao esperado para a idade,
levando a distúrbios motores, perceptivos,
cognitivos e comportamentais”.

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Conforme o DSM-V há três tipos de
apresentação:

Combinado (desatenção + hiperatividade + impulsividade)


Predominantemente desatenta
Predominantemente hiperativa/impulsiva

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Apresenta possibilidade de comorbidade psiquiátrica;

Inicia-se na primeira infância e pode fazer-se evidente
até a idade adulta (10 a 60% dos casos);

Atualmente é uma das maiores questões de saúde
pública (alto custo, estresse, dificuldades acadêmicas,
comportamentais e de autoestima);
 Duas vertentes: 1) dificuldades em manter bom nível de
atenção; 2) hiperatividade com impulsividade;
 Prevalência: 3-30% dos escolares
meninos 2:1 (+ hiperatividade e impulsividade)
meninas 1:2 (+ desatenção) 4
ETIOLOGIA
 MULTIFATORIAL:
Genéticos:
 Pré-natais: infecções, intoxicações e irradiações nas mães;
 Perinatais: maternas, fetais ou do parto;
 Pós-natais: infecções, hemorragias, traumatismos, intoxicações
da criança.

Ambientais:
 Nível socioeconômico, condições psicoafetivas familiares,
desejo e estado mental dos pais.
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DIAGNÓSTICO
 Fundamentado no quadro clínico
comportamental;
 Sem marcador biológico, nem teste diagnóstico;

 1) Identificar a demanda;

 2) História clínica;

 3) História familiar;

 4) Observação dos critérios do DSM-V e Exame

Neurológico (EN) e Neurológico Evolutivo


(ENE); 6
DIAGNÓSTICO
 TDAH é diferente de dificuldades de
aprendizagem, mas podem estar associadas;
 Níveis de gravidade: leve, moderado ou grave;

 Deve-se fazer o diagnóstico diferencial;

 Comorbidades dificultam o diagnóstico


diferencial;
 Bom resultado é efeito de boa anamnese,
história pregressa, exame físico, EN e ENE.
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COMORBIDADES MAIS COMUNS
 Transtornos específicos de aprendizagem;
 Dificuldades de aprendizagem;

 Transtornos de linguagem;

 Transtornos de ansiedade;

 Transtornos de humor;

 Tiques.

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QUADRO CLÍNICO
 Variações da infância para vida adulta
dependem de manejo do tratamento e
alterações corticais;
 Alterações de comportamento: desatenção #
hiperatividade # impulsividade;
 Sinais neurológicos (EN, ENE): desatenção,
inquietação, instabilidade motora;
 Problemas escolares: frustração do indivíduo,

pais e professores; 9
TRATAMENTO

Não visa cura, mas atenuar sintomas;

Reorganização;

Viabilização de comportamentos mais funcionais e
satisfatórios na escola e sociedade;

Diminuição de estereótipos;

Manejo multifatorial e interdisciplinar;

Planejado individualmente;

Visa modificação de comportamento, ajustamento
acadêmico, atendimento psicoterápicos e terapia
farmacológica.
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TRATAMENTO

É essencial que pais e professores estejam bem
esclarecidos;

Uso de medicação: no Brasil, metilfenidato (Ritalina e
Concerta) e dimesilato de lisdexanfetamina (Venvase). Em
geral são utilizados apenas no período escolar.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=m2DTIZfCq0k
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Transtorno do Espectro Autista
Gadia e Rotta

Psicologia Escolar II
Profª. M.ª Talita Baldin
UNIVERSO, 2020
DEFINIÇÃO
 “Transtorno do desenvolvimento que
surge na infância e se caracteriza por
atraso na aquisição da linguagem, na
interação social, com interesses restritos
e comportamentos
estereotipados/repetitivos. Pode estar
associado a diversas patologias,
adquiridas e genéticas”.

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Pelo DSM-V abriga todas as formas de autismo,
com diferentes graus de gravidade.

Dois aspectos principais: alteração da


comunicação social e comportamentos
repetitivos/estereotipados.

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QUADRO CLÍNICO

Diagnóstico se caracteriza por atraso ou comprometimento
significativo na linguagem, interesses restritos, repetitivos e
estereotipados e por dificuldades para socialização;

Há diferenças individuais no comportamento;

Estereotipias pioram quando criança fica isolada;

Sintomas começam a surgir ainda no 1º ano, diagnóstico a
partir do 2º ano;
 Se linguagem se desenvolver até os 5 anos, melhor
prognóstico;
 Principais manifestações são comportamentais, de
interação, comunicação e atividades imaginativas; 15
DIAGNÓSTICO

Diagnóstico precoce:
Não balbucia aos 12 meses;
Não gesticula aos 12 meses (não aponta, não abana);
Tem ausência de palavras com significado aos 16 meses;
Não consegue fazer frases de duas palavras espontaneamente e não
ecolálicas aos 24 meses;
Sofreram alguma perda de linguagem ou habilidades sociais em qualquer
idade.


Critérios pelo DSM-V;

Nível de gravidade: 1) bastante funcional; 2) relativamente
funcional; 3) muito pouco funcional, mesmo sob muitas
intervenções. 16
TRATAMENTO
 Multidisciplinar, envolve terapias: fonológica, terapia
ocupacional, psicopedagogia, psicologia, musicoterapia,
arteterapia, hidroterapia, técnicas de modificação de
comportamento (tem tido os melhores resultados), programas
educacionais e/ou de trabalho;

Análise é feita caso a caso;
 Objetivos das intervenções: 1) ajudar a criança a adquirir
habilidades funcionais para explorar sua potencialidade; e 2)
reduzir os comportamentos mal-adaptativos;
 Uso de fármacos para controlar sintomas (antipsicóticos);

Tratamentos alternativos têm relatado poucas melhoras.
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 Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=wl6rbxlYJ50

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