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Climatologia 5
Climatologia 5
Material Teórico
Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Revisão Textual:
Prof. Esp. Márcia Ota
Escalas do clima, classificações climáticas
e clima urbano
·· A Unidade tem por objetivo tratar sobre a influência dos fatores de controle nos
climas, abordar as diversas escalas dos climas e analisar o clima urbano e os seus
principais fenômenos típicos.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Contextualização
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Climas microtérmicos
Clima continental ou Temperatura média do ar no mês mais frios < -3°C
D
Clima temperado frio Temperatura média do ar no mês mais quente > 10ºC
Estações de Verão e Inverno bem definidas
Climas polares e de alta montanha
E Clima glacial Temperatura média do ar no mês mais quente < 10°C
Estação do Verão pouco definida ou inexistente
A segunda letra representa a condição de umidade e precipitação dos climas e deve ser
uma letra minúscula, podendo ser complementada por uma apóstrofe em caso de climas com
duplas estações chuvosas. Esta subclassificação é adotada nos climas zonais dos tipos “A”,
“C” ou “D”. Para os climas zonais “B” ou “E” adota-se uma segunda letra maiúscula (“B”) que
representa a precipitação total anual. Assim, temos
Aplica-se
Código Descrição
ao grupo
Clima das estepes
S B
Precipitação anual total média Compreendida entre 380 e 760 mm
Clima desértico
W B
Precipitação anual total média < 250 mm
Clima húmido
F Ocorrência de precipitação em todos os meses do ano A-C-D
Inexistência de estação seca definida
W Chuvas de verão A-C-D
S Chuvas de inverno A-C-D
W’ Chuvas de Verão-outono A-C-D
S’ Chuvas de Inverno-outono A-C-D
Clima de monção:
M Precipitação total anual média > 1500mm A
Precipitação do mês mais seco < 60mm
T Temperatura média do ar mais quente compreendida entre 0 e 10ºC E
F Temperatura média do mês mais quente < 0ºC E
Precipitação abundante
M E
Inverno pouco rigoroso
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Aplica-se
Código Descrição
ao grupo
a: Verão
Temperatura média do ar no mês mais quente ≥ 22ºC C-D
quente
b: Verão Temperatura média do ar no mês mais quente < 22ºC
C-D
temperado Temperaturas médias do ar no 4 meses mais quentes > 10ºC
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Disponível em http://www.hydrol-earth-syst-sci.net/11/1633/2007/hess-11-1633-2007.pdf. Acessado em
10/04/2015
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Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Um dos aspectos mais marcantes da Climatologia moderna é a delimitação das unidades
climáticas. Graças a Max Sorre, a climatologia adquiriu um perfil mais dinâmico e além de
enxergar os climas do ponto de vista escalar, a Climatologia dinâmica atribui ao tempo e aos fatores
de controle os status de ferramentas essenciais de compreensão dos ritmos que caracterizam
a singularidade dos climas, superando as limitações da Climatologia tradicional, considerada
estática demais por conceber o clima como um estado médio das condições atmosféricas.
Nesta unidade, discutiremos as escalas de abrangência dos climas, a diversidade de tipos e
a particularidade dos climas urbanos, suas causas naturais e socioeconômicas. Analisaremos
alguns dos fenômenos climáticos urbanos mais importantes do ponto de vista das suas gêneses
e as consequências que produzem para a população residente.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Podemos notar, na Figura 1, que nas baixas latitudes as taxas de precipitação em mm/ano
são muitos superiores que as de evaporação, embora estas apresentem valores consideráveis.
Isso se deve às altíssimas médias térmicas que caracterizam essas porções da superfície terrestre.
Há uma inversão nos valores nas faixas de média latitude onde os valores de evaporação
superam os de precipitação tendo em vista tratarem-se de regiões de alta pressão e de ar
descendentes seco.
Ainda com base na Figura 1, nas zonas de altas latitudes, as taxas de evaporação caem
drasticamente enquanto que a precipitação se mantém elevada ou aumenta em comparação
com aquelas. A explicação para esse fenômeno está no fato de que a umidade, que é condensada
ou solidificada resultando em chuva ou em neve, vem das latitudes médias, empurrada pelo ar
seco e denso.
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O relevo é um excepcional agente controlador do clima. Tanto as
grandes planícies, de relevo suavizado e de altitudes modestas,
podem ser indicativas de grandes climas regionais, quanto às cadeias
Relevo
montanhosas e serras alongadas ortogonalmente à direção dos ventos
podem influenciar diretamente a distribuição das chuvas. É o caso das
chuvas orográficas e das diferenças do ar a barlavento e a sotavento.
As chuvas orográficas são bastante comuns na faixa costeira leste do Brasil. Como o ar
é forçado a subir desde o nível do mar até o topo da Serra do Mar que varia entre 1.000 a
2.000 m de altitude, ocorre o resfriamento adiabático e, consequentemente, quedas sucessivas
no ponto de orvalho. Esse processo promove a condensação e subsequente precipitação da
umidade existente na chamada face de sotavento, isto é, a que está voltada para a origem do
ar em movimento ou da brisa marinha.
Quando o ar em movimento ascendente termina a escalada pela encosta, as taxas de umidade
já são bem mais baixas e a condensação e a precipitação bem mais modestas. Temos aí o que
chamamos de “sombra de chuva” na face de barlavento ou aquela que está voltada para a
direção do destino do ar em movimento. O esquema da Figura 2 apresenta este processo.
Figura 2. Esquema explicativo para a chuva orográfica
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
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Sistemas produtores de tempo: massas de ar e frentes
Ciclones
Damos o nome de ciclones às perturbações responsáveis pela ocorrência de situações de
baixa pressão (ar quente ascendente) envolvidas por áreas de pressão mais elevada. Os ciclones
podem ser caracterizados por sua mobilidade na superfície terrestre. No hemisfério Norte, os
ciclones movem-se girando no sentido anti-horário e no hemisfério Sul no sentido horário.
O comportamento da atmosfera sob a influência de um ciclone é de bastante instabilidade e
tempestuosidade. Segundo a região de ocorrência na superfície terrestre, os ciclones podem
ser subdivididos em dois grupos: ciclones tropicais e ciclones extratropicais.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Note, na imagem da Figura 4, que é possível identificar o ciclone extratropical que atingiu
o litoral do Estado de Santa Catarina.
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Além dos aspectos já mencionados, as massas de ar podem sofrer modificação térmica e
hídrica por aquecimento ou resfriamento adiabático. Isto se deve à existência das irregularidades
de relevo que “forçam” o ar a subir ou descer, implicando nas alternâncias do tipo sotavento
e barlavento. A Figura 5 apresenta de forma esquemática a disposição das principais massas
de ar da superfície terrestre.
Figura 5. Principais massas de ar
As massas de ar podem ser classificadas segundo diversos critérios. Do ponto de vista da área
de origem, podemos identificar três tipos: equatorial (E); tropical (T) e polar (P). Com relação às
suas propriedades térmicas, as massas são divididas em: quentes (tropical e equatorial) e frias
(polar). Já quanto à umidade podemos distinguir dois tipos: continentais (secas) e marítimas ou
oceânicas (úmidas). Vale destacar que a massa Equatorial que tem origem sobre a Amazônia é
úmida devido às elevadíssimas taxas de evapotranspiração.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Frentes
A frentes podem ser entendidas como as áreas de transição entre massas de ar com
características distintas. As frentes podem ser classificadas da seguinte forma:
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A representação gráfica das frentes foi internacionalmente convencionada e é apresentada
na Figura 7.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Uma das tarefas mais importantes da Climatologia é a definição das escalas climáticas,
além dos componentes e fatores a elas associados. Grosso modo, os climas poderiam ser
subdivididos infinitamente, mas para efeito de análise, compomos as escalas dos climas em
zonal, regional, local, topoclima e microclima. Vejamos resumidamente cada uma das escalas:
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No inverno, devido às formações de zonas de alta pressão sobre o continente asiático, o ar
descendente frio “empurra” toda a umidade devida às baixas pressões sobre Oceano Índico
para a superfície deste, dificultando a precipitações ou provocando a estiagem das chuvas
no continente. E é justamente a sazonalidade do clima de monções que regula as atividades
produtivas e as culturas em todas as regiões anteriormente mencionadas.
As imagens da Figura 8 podem ser exemplos da ação dos fatores de maritimidade, quando
os ventos monçônicos de alta pressão oriundos no Oceano Índico produzem chuva na faixa
costeira do continente asiático. Por outro lado, as monções de inverno originadas sobre
o continente funcionam como inibidores de chuva exemplificando o efeito de controle da
continentalidade sobre o clima de monções.
B - Clima árido: climas das regiões áridas e dos desertos das regiões subtropicais e de
média latitude, apresentando as seguintes variações regionais:
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
C - Clima temperado: climas das regiões oceânicas e marítimas e das regiões costeiras
ocidentais dos continentes, apresentando as seguintes variações regionais:
E - Clima glacial: clima das regiões circumpolares e das altas montanhas, apresentando
as seguintes variações regionais:
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Como exemplo da regionalidade dos climas, podemos analisar, na imagem do item
“Contextualização”, as variações climáticas existentes no Brasil.
Na divisão dos climas brasileiros, pode-se distinguir variações regionais em função de dois
aspectos fundamentais: as taxas de precipitação e de temperatura. Rapidamente, é possível
observar a grande área vermelha que destaca o clima tropical semiárido mediano a muito
forte envolto pelo semiárido moderado (amarelo), na porção Nordeste do território brasileiro,
culturalmente identificada como “Sertão”, onde a Caatinga é a paisagem natural predominante.
O clima temperado ou subtropical encontra-se bem delimitado ao Sul, ocupando os estados do
RS, SC PR e as maiores altitudes ao Sul do estado de SP.
As outras porções do território brasileiro são caracterizadas pelos climas quentes e úmidos,
equatorial e tropical, sendo esse último marcado por estiagens prolongadas no inverno.
Entre as causas mais relevantes destas particularidades climáticas estão as massas de ar que
atuam no território brasileiro (Figura 9).
Caatinga: Bioma brasileiro formado por plantas xerófitas, como: o mandacaru, o xique-xique,
a coroa de frade, todos da família das cactáceas, com elevado nível de resistência às secas
prolongadas ou às chuvas escassas.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Das massas de ar que influenciam os climas no Brasil, a mPa é a que produz os efeitos
mais relevantes dada a sua capacidade de produzir instabilidade por onde passa. Por ser fria,
promove a queda das médias térmicas e a convecção do ar quente e úmido, provocando a
condensação da água e as chuvas frontais por onde passa.
A ação da mPa é mais significativa entre junho e setembro, no inverno, quando pode
chegar ao Norte, produzindo queda nas médias térmicas, originando o fenômeno denominado
regionalmente como “friagem”. No Nordeste, a mPa é responsável, no mesmo período, pelas
chuvas intensas na porção costeira da região. A Figura 10 apresenta o pluviograma da Normal
Climatológica 1961-1990 da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.
Fonte: inmet.gov.br
Topoclima
Como o próprio nome indica, é um tipo de clima definido pelas particularidades do terreno
(declividade, forma e posição em relação ao Sol). Deve-se considerar que cada uma destas
variáveis pode gerar alternâncias atmosféricas em relação às áreas adjacentes de forma isolada
ou inter-relacionada com aqueles.
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Microclima
Esta é a escala climática mais próxima possível do solo, isto é, originalmente, definido por
Rudolf Geiger (1950), a mais ou menos dois metros de altura. Mais recentemente, assumiu-se que
a proposta original era muito abstrata e pouco concreta e a fim de tornar o microclima verificável,
admite-se uma variação de 0,30 a 40 m de altura para a determinação dos microclimas.
Clima urbano
A definição reconhecidamente pioneira de clima urbano é a encontrada no artigo “The
Climate of Towns” (O clima das Cidades) de H. E. Landsberg, em 1956, traduzido e publicado
na Revista do Departamento de Geografia - FFLCH/USP, em 2006. Nesse artigo, Landsberg
defende que a transformação do espaço natural em espaço edificado e adensado leva a
modificações no clima em relação ao entorno não ou menos modificado. Para Landsberg, as
causas para o reconhecimento do clima urbano são três:
O termo “smog” é a junção das palavras de língua inglesa “smoke” (fumaça) e “fog” (nevoa).
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Nos casos em que o fluxo de ar superior e rápido é desviado para a superfície das ruas
sendo desviado por edifícios altos, chamam-se esses fenômenos de “canyons urbanos”.
Por outro lado, as edificações podem servir como obstáculos, desvios e produtores de sombra
para as edificações térreas vizinhas. Além disso, toda a superfície impermeável de concreto
influencia diretamente no albedo da cidade produzindo convecção do ar quente.
Um elemento que pode amenizar significativamente os rigores térmicos e de fluxo de ar
gerados no ambiente urbano, são os jardins, as praças e os parques públicos. A vegetação
arbórea e arbustiva tem relevante papel na absorção de radiação e de CO2, além de redução
da velocidade da circulação do ar e na interceptação de chuva. Sua distribuição planejada e
abrangente pela superfície da cidade proporciona amenização da sensação térmica e, portanto,
maior conforto aos habitantes da cidade.
A Figura 11 representa o imageamento multiespectral da Região Metropolitana de São
Paulo – RMSP e parte da baixada santista, no Estado de São Paulo. Trata-se de um produto de
sensoriamento remoto no qual as cores são implantadas artificialmente não correspondendo
ao que o satélite registrou em termos de infravermelho ou de calor emitido pela superfície,
mas adequada à melhor observação ao olho humano.
Figura 11. Imageamento de satélite da RMSP
Fonte: geografia.fflch.usp.br
Muito embora as cores da imagem da Figura 11 sejam falsas, é possível notar que o
infravermelho do adensamento urbano contrasta ao observado no entorno recoberto por
vegetação. É possível ainda observar pequenas “manchas” verdes em meio ao roxo acinzentado
das edificações e superfície impermeável. Trata-se das áreas verdes urbanas, como praças,
parques e outras superfícies não construídas. O contraste apresentado pelo adensamento em
relação ao seu entorno, acaba correspondendo ao clima urbano.
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O exemplo das unidades climáticas urbanas de São Paulo
Um estudo feito para a confecção do “Atlas Ambiental do Município de São Paulo” resultou na
determinação da criação de unidades climáticas existentes na escala local. A título de comparação,
a Figura 12 apresenta a representação cartográfica das unidades naturais e urbanas.
Figura 12. Unidades climáticas naturais (dir.) e urbanas (esq.) da cidade de São Paulo
Fonte: atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br
A representação das unidades naturais do clima da cidade de São Paulo teve como parâmetros
o fato de o ambiente ser composto de uma superfície de terras altas (entre 720 a 850 m),
denominada de Planalto Atlântico. A topografia apresenta feições geomorfológicas variadas
como planícies aluviais, colinas, morrotes, morros, serras e maciços diversamente orientados.
No caso das unidades climáticas urbanas, a diferenciação dependeu dos fatores de
controles climáticos urbanos, como: uso do solo, fluxo de veículos, densidade populacional,
densidade das edificações, orientação e altura das edificações, áreas verdes, represas,
parques e emissão de poluentes. Esses fatores foram correlacionados a atributos do tipo:
temperatura da superfície, temperatura do ar, umidade, liberação de calor, radiação solar,
qualidade do ar, pluviosidade e ventilação.
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Conceitos associados:
Camada Limite Urbana ou Camada Limite da Influência Urbana: é a parte da
atmosfera em que as características meteorológicas e climáticas são modificadas pela existência
de uma cidade. Vai dos topos dos edifícios à superfície do solo urbano. Pode atingir uma altura
de um a dois km durante o dia e 100 a 300 m à noite. A maior espessura diurna diz respeito
aos processos convectivos gerados pela radiação solar, ausente durante a noite.
Dossel Urbano ou Camada Intraurbana: é camada de ar que se situa entre os edifícios
da cidade o que caracteriza uma heterogeneidade de microclimas devidos às especificidades
arquitetônicas e dos materiais de construção empregados, pois estes acabam influenciando as
taxas de reflexão, absorção e difusão da radiação solar e emissão de radiação infravermelha.
Canyon urbano: é o corredor de edificações altas concentradas e separados por ruas,
responsável pela condução do ar próximo da superfície, já que acaba influenciando na maior
ou menor absorção, reflexão e/ou difusão da radiação solar.
Ilha de calor
O conceito de ilha de calor resulta das anomalias devidas ao adensamento urbano e ao uso
mais intensivo de componentes de elevado albedo. A Figura 13 representa esquematicamente
o fenômeno da ilha de calor.
Figura 13. Ilha de Calor Urbana
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Inversão térmica
A inversão térmica é um fenômeno típico de centros urbanos em situações igualmente à “ilha
de calor”, de ar poluído, céu claro e calmaria, ou seja, falta de condições de dispersão aérea.
Portanto, são condições encontradas em cidades e em condições atmosféricas específicas.
O fenômeno deve-se à camada de smog da cidade conservar o ar da baixa atmosfera mais frio
que o ar que se encontra acima daquela camada.
Nas situações de inversão térmica, a radiação solar aquece mais facilmente o ar sobre a
camada de poluentes tendo dificuldade de aquecer o ar próximo à superfície. Disso resulta
que, ao contrário do que deveria ocorrer, o ar das camadas mais elevadas fica mais quente que
o ar próximo à superfície e vice-versa. A Figura 14 apresenta a condição em que a inversão
térmica pode ser verificada na área urbana de São Paulo durante alguns dias de inverno nos
quais as condições supracitadas podem ser observadas.
Figura 14. Centro urbano de São Paulo
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Material Complementar
Sites:
• Página da Organização Meteorológica Mundial
https://www.wmo.int/pages/index_en.html
• Página do INMet
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/mapaEstacoes
• Página do CPTec
http://www.cptec.inpe.br/
• Página com o histórico da classificação Köppen do clima
http://koeppen-geiger.vu-wien.ac.at/koeppen.htm
• Radar meteorológico do IPMet
http://www.ipmet.unesp.br/index2.php?menu_esq1&abre=ipmet_html/radar/ppi.php
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Referências
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Unidade: Escalas do clima, classificações climáticas e clima urbano
Anotações
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