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What are “factors” in Mendelian explanations?

Ana Carolina Lunardello, Carolina Simões, Larissa Piassi – Turma 52

1) COMPREENSÃO
Thomas Hunt Morgan, em seu texto publicado em 1909 nos Estados Unidos, analisa o Mendelismo
presente na época ao perceber uma tendência em inventar fatores (conhecidos por caracteres) que resultaram
em hipóteses arbitrárias e sem fundamento para explicar a segregação de caracteres. As vantagens dessa
tendência são reconhecidas pelo fato da formulação de hipóteses ser uma etapa natural do progresso
científico, mas há preocupação em relação àqueles que exageram na importância dada a essas suposições. O
assunto abordado no texto abrange a área da genética.
Sua argumentação vai sendo fundamentada a partir de exemplos de herança, deixando claro que a
simplicidade das explicações dadas por Mendel resulta nessa tendência por conta da ampla aplicabilidade e
intrínseca probabilidade destas como, por exemplo, no caso do número de tipos diferentes de ervilhas
produzidas, onde supõe que ervilhas híbridas produzem dois tipos de células germinativas: altas e anãs.
Critica também ideias que considera preformistas, como na hipótese de separação de fatores nos
gametas. A facilidade em explicar processos por meio desta linha de pensamento resulta em sucesso
temporário ao não prover embasamento e não permitir análises posteriores, enquanto a concepção
epigenética, considerada laboriosa e incerta, é defendida pelo autor por prover avanço científico ao encorajar
reavaliação de resultados. O fato de não considerar todas as possibilidades possíveis de explicação resulta na
interpretação de que a hipótese de segregação é simplesmente um procedimento formal.
Termos meta-científicos encontrados: Explicar, provar, resultado, suposição, trabalho, interpretação,
ilustração, associação, probabilidade, concepção, examinar, reexaminar, alternativa, implicações, referidos,
apontar, explicação, visão (de Mendel), conceito, justificar, hipótese, teoria, postular, comparar, considerar,
método, opinião, procedimento, pressuposto, resultados mendelianos, alternativas mendelianas, regras
mendelianas, conhecido.

2) OBJETIVOS E ESTRUTURA GERAL


O objeto de estudo central do texto é a análise de Morgan sobre as suposições feitas por Mendel sobre
fatores (caracteres) que condicionam fatos (ou características). Morgan discute a segregação destes pares de
fatores nos gametas que estão sendo formados em um híbrido, o que resulta em dois tipos dessas células
germinativas. No entanto, no decorrer do texto ele procura analisar alguns pontos desta teoria da segregação
e chega a colocar um ponto de vista seu: os caracteres não estão presentes em um embrião como pressupõe o
método mendeliano, mas sim o embrião contém um material particular que, no curso do desenvolvimento
deste indivíduo, produz o caractere, de maneira ainda desconhecida. O enfoque, portanto, é dado nesta teoria
de Mendel, na qual no início do texto já é de certa forma criticada por Morgan no contexto da época em que
muitos resultados de pesquisas era explicado pelos fatores – conceito formulado por Mendel para explicar o
condicionamento das características nos seres. Além das críticas, Morgan relata que vê validade neste
método mendeliano no que diz respeito à capacidade de agrupar os resultados dos estudiosos dentro de
explicações simples.
O artigo possui começo, meio e fim. No começo ele introduz o assunto ao falar sobre a interpretação do
mendelismo a época; depois, no corpo do texto discute suas ideias com as do método mendeliano; por fim,
faz uma conclusão paralela à outras que ele já havia feito no próprio corpo do texto. Esta conclusão paralela
entra no contexto da embriologia experimental, indo contra à umas ideias preformacionistas que tentavam
explicar o desenvolvimento do embrião. Portanto ele cumpre o que propôs na introdução do texto: ele
descorre o porquê que não se contenta com toda a teoria Mendeliana.
O estilo do texto não se apresenta bem claro. É evidente a necessidade de um conhecimento prévio
sobre o assunto, como a lei da segregação proposta por Mendel e outros conceitos base da genética clássica.
Além disso, sua conclusão final não disse respeito propriamente às conclusões que obteve dentro do assunto
inicial, mas tendeu para o tema da embriologia experimental e o desenvolvimento de órgãos, não citado
anteriormente.
3) FONTES
O autor usa fontes primarias e secundarias que são os trabalhos de Mendel e as interpretações da época sobre
eles, porem as citações são indiretas, sendo feitas implicitamente no trabalho, sem se referir diretamente a
trabalhos específicos.

4) CONTRIBUIÇÕES
O autor concorda parcialmente com as interpretações dos outros autores, pois apesar de reconhecer a
relevância do trabalho de Mendel, critica a utilização de suas ideias como único método para explicar os
fatores presentes nos híbridos. Para justificar seu ponto de vista apresenta novas ideias que justificam o seu
próprio ponto de vista sobre o tema.

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