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O que é o Teorema de Thévenin?

O Teorema de Thévenin estabelece que:

Qualquer circuito linear, visto de um ponto, pode ser representado por uma fonte
de tensão (igual à tensão do ponto em circuito aberto) em série com uma
impedância (igual à impedância do circuito vista deste ponto). – Wikipedia.

Em resumo, esse enunciado afirma que qualquer circuito linear (formado por
resistores), pode ser substituído por um circuito equivalente simples.

Essa análise é utilizada, quando precisamos saber a corrente elétrica ou a tensão


em determinado componente de um circuito elétrico. Isso, sem considerar os
parâmetros elétricos de todos os outros componentes, transformando este circuito
em um circuito equivalente.

Agora que compreendemos o que é o teorema, vamos entender como aplicar este
método.

Aplicando Teorema de Thévenin para Análise de Circuitos Elétricos

Agora que, já conhecemos sobre o teorema, vamos colocar em prática para


analisar um circuito elétrico. Para isso, são necessários alguns conhecimentos de
eletricidade, mais precisamente, saber utilizar a Lei de Ohm e utilizar as Leis de
Kirchhoff. Seguindo um passo a passo, você resolve, praticamente, qualquer
circuito elétrico. Então, vamos nessa. Os passos são:

• Determinar a resistência equivalente de Thévenin (RTh);


• Determinar a tensão equivalente de Thévenin (VTh);
Obs.: As fontes de tensão devem ser curto circuitadas no cálculo da resistência
equivalente de Thévenin e as fontes de corrente abertas.
Vamos aplicar o passo a passo na prática com um exercício, considerando o
circuito da imagem a seguir:

A primeira coisa que devemos fazer é descobrir a resistência equivalente de


Thévenin. Para isso, vamos curto circuitar as fontes de tensão deste circuito:

Feito isso, percebe-se que os resistores R1, R2 e R3 estão em paralelo. Para


calcular o valor de RTh, faça o parelelo destes resistores:

A resistência RTh, para este exemplo, ficou aproximadamente 7,06Ω.

Feito isto, vamos encontrar a tensão equivalente de Thévenin. Para isso, você vai
precisar saber utilizar análise de malhas…
Voltando ao circuito original, percebemos que temos duas malhas, que vou
nomear de M1 e M2. Não entrarei em detalhes, sobre como montar a equação da
mesma, pois foi tratado em outro post. Seguindo equacionamento, temos que:

Ao resolver esta malha, temos que:

I1 = 97,06mA
I2 = 212mA

Percebe-se que, os pontos A e B estão em paralelo ao resistor R3, sendo assim:

Com a corrente I2 e com o valor de R3 conhecido, basta aplicar a Lei de Ohm, e


temos o valor de 2,12V. Com isso, obtemos o seguinte circuito equivalente:

Mas por que fazer tudo isso?


Antes de tudo, vou mostrar para você o porquê isso facilita a vida. Já
simplificamos o circuito do exemplo para um mais simples, agora vamos colocar
um RL de 30Ω. A tensão, em cima deste resistor, deve ser a mesma. Vamos
comprovar:

Aplicar o Teorema de Thévenin serve para simplificar circuitos elétricos. E,


permite a você, identificar parâmetros importantes sem precisar olhar todo o
circuito, mas sim simplificá-lo.
Este é um exemplo simples com 2 malhas. Agora, imagine um circuito com 6 ou
mais malhas, e que você precisa entender como se comportará saída com
diferentes cargas? Simplificando o circuito com o Teorema de Thévenin,
simplificará seu trabalho! Afinal, para calcular os parâmetros da carga,
simplesmente, você aplicará a Lei de Ohm.

Algumas aplicações do Teorema de Thévenin.


Esta metodologia é, largamente, utilizada em análise de diversos circuitos como:

Circuitos amplificadores;
Polarizações de transistores bipolares;
Análise de circuitos de áudio;
Entre outros.
Ou seja, dominar esta forma de analisar circuitos é fundamental…

O que é o Teorema de Norton?


O Teorema de Norton estabelece que:

O teorema de Norton para circuitos elétricos afirma que, qualquer coleção de


fontes de tensão, fontes de corrente e resistores, com dois terminais, é
eletricamente equivalente a uma fonte de corrente ideal, I, em paralelo com um
único resistor, R. – Wikipédia.

Em resumo, esse enunciado diz que, qualquer circuito linear (formado por
resistores) pode ser substituído por um circuito equivalente simples, formado por
uma fonte de corrente e um resistor em paralelo.

Aplicando o Teorema de Norton para Análise de Circuitos Elétricos


Agora que conhecemos o Teorema de Norton, vamos colocar em prática esse
conceito, analisando um circuito elétrico. Para isso, são necessários alguns
conhecimentos prévios de eletricidade: Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff. Assim
como nas outras metodologias, você segue um passo a passo para resolução e
consegue resolver, praticamente, qualquer circuito elétrico. Os passos são:

• Determinar a resistência equivalente de Norton (RTN);


• Determinar a corrente equivalente de Norton (IN).
Obs.: As fontes de tensão devem estar curto circuitadas no cálculo da resistência
equivalente de Norton e as fontes de correntes abertas.
Parece confuso? Vamos fazer um exemplo prático com o passo a passo,
considerando o circuito da imagem a seguir:

A primeira coisa, que devemos fazer, é descobrir a resistência equivalente de


Norton. Para isso, curto circuitaremos as fontes de tensão deste circuito:

Feito isso, percebe-se que R2 e R3 estão em série e o equivalente Req1 está em


paralelo com R4 e seu equivalente Req2 estaŕá em série ao resistor R1.
Matematicamente:

A resistência de Norton RTN para este exemplo de é de 43,08Ω.


Feito isso, encontraremos a corrente equivalente de Norton. Para isso, devemos
curto circuitar os pontoa A e B, e prosseguiremos com o equacionamento das
malhas. Neste circuito, temos duas malhas M1 e M2 e, ao montar o
equacionamento:

Ao resolver esta malha, temos que:

I1 = 332,14mA

I2 = 146,43mA

Perceba que, os pontos A e B estão na malha fechada M1. Sendo assim, a corrente
de Norton equivale a I1, ou seja, IN = 332,14mA.

Mas por que fazer tudo isso?


Assim como no Teorema de Thevénin, o Teorema de Norton tem um simples
motivo, a simplificação dos circuitos elétricos para um circuito equivalente.
Agora que simplificamos o circuito valor colocar um resistor de carga RL de
100Ω. A tensão em cima deste resistor, tanto no circuito original, como no
equivalente de Norton, deve ser a mesma:
Como podem observar nesta simulação, a tensão em cima do resistor RL é de
10V, tanto no circuito original como no circuito equivalente. Percebemos que,
também, existe uma relação entre os Teoremas de Norton e Thevénin. E, convido
a você resolver esse exercício com o Teorema de Thevénin e o do post anterior
com o Teorema de Norton. Isso, para comprovar essa equivalência, já descrita
nesta postagem.

Este é um exemplo com 2 malhas. Você perceberá como é importante, simplificar


e transformar em um circuito equivalente, circuitos mais complexos. Aplicando o
Teorema de Norton, você facilitará sua vida ao analisar o comportamento do
circuito com diferentes cargas.

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