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OPINIÃO
O jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, linchado até a morte na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Imagem: Reprodução/Facebook
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02/02/2022 11h30
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Inação diante do linchamento público de Moïse remete à escravidão no... https://noticias.uol.com.br/colunas/maria-carolina-trevisan/2022/02/02...
A morte brutal do jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, expõe pelo menos
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"O linchamento tem uma característica que é o compartilhamento social mais abrangente: tem
as pessoas que matam e as pessoas que assistem, que estão no entorno. Esse é um elemento
muito importante e pode ser conectado com a experiência da escravidão no sentido desse algo
público, desse corpo negro sendo exposto publicamente, violentado, a cena pública como a
paisagem de violência sistemática", explica a socióloga Flavia Mateus Rios, professora da
Universidade Federal Fluminense e pesquisadora do Núcleo Afro do Centro Brasileiro de Análise
e Planejamento (Cebrap).
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No
M A Rlivro
I A C "O
AROmassacre
L I N A T R E Vdos
I S A Nlibertos"
(Editora Perspectiva), obra mais recente do sociólogo
Matheus Gato, professor da Unicamp e pesquisador do Núcleo Afro do Cebrap, é possível
compreender como se deu a invenção simbólica de uma "fraternidade racial" sustentada na ideia
da Abolição, mas que na realidade difundia a esperança de liberdade sem, contudo, oferecer
meios básicos de sobrevivência. Essa condição obrigava os libertos e ex-escravos a se
submeterem aos brancos.
Matheus fez uma pesquisa rigorosa sobre o massacre de 17 de novembro de 1889, a maneira
como os fatos foram contados e os seus simbolismos. Na ocasião, em São Luiz (MA), o exército
avançou sobre um protesto negro e matou dezenas de pessoas, em um evento que articulou a
abolição da escravatura e a proclamação da República. "O Massacre de 17 de Novembro é um
acontecimento-chave para entender o estabelecimento de um contexto de clivagem racial de
direitos que se consolida no pós-abolição. Trata-se de um marco na formação de uma cidadania
negra no Brasil; não por constituir um fato historicamente extraordinário, como foi considerado
por vários dos seus cronistas, mas porque dá a ver aquelas práticas, sentimentos, atitudes e
valores que fizeram da raça uma fronteira econômica, política e imaginária entre grupos sociais
na formação do Brasil moderno", explica, em um trecho do livro.
Moïse chegou ao Brasil aos 11 anos em busca da esperança de uma vida livre e digna. Como a
gente explica para as crianças a barbárie que é a sua morte? Como falar com as crianças
negras sobre esse menino, que se tornou um jovem trabalhador e foi linchado até a morte e
sobre os riscos que elas correm por serem negras no Brasil? É dolorido demais. Mas não pode
ser uma responsabilidade solitária das famílias negras. Precisamos falar e cobrar coletivamente
as instâncias da Justiça, exigir políticas de igualdade racial e reparação e o acesso a direitos.
"Ai, Brasil", lamentou, chorando, um parente de Moïse em protesto com outros congoleses. "Ele
trabalhava", disse. O trabalho e a liberdade são valores muito importantes ao povo congolês.
Patrice Lumumba, um importante político do Congo, líder panafricanista que lutou pela
libertação do país, disse: "mostraremos ao mundo o que pode fazer o homem negro quando
trabalha em liberdade, e faremos do Congo o centro de iluminação de toda a África". Ele foi
assassinado em 1961, depois de um golpe, pelos governos da Bélgica e dos Estados Unidos. A
família de Moïse fugiu dos conflitos que ainda envolveu o país.
A violência racial não pode ser parte da nossa paisagem. O compromisso é de todos nós. Ser
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COMUNICAR ERRO
VE J A TA M B É M
Cratera em São Paulo provoca ataques a Doria com foco nas eleições
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