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Um Modelo Missiológico
Cosmovisão
Calvino inicia sua Institutas observando que “quase toda a soma de nosso
conhecimento, que de fato se deva julgar como verdadeiro e sólido
conhecimento, consta de duas partes: o conhecimento de Deus e o conhecimento
de nós mesmos” (Calvino, 2006a:41). Em seu tratado sobre calvinismo, fazendo
uma leitura da obra de Calvino como um todo, o conhecido teólogo e estadista
holandês Abraham Kuyper (1837–1920) propõe que todo “sistema de
pensamento” é resultante da compreensão que se tem das “três relações
fundamentais de toda a vida humana: a saber, (1) nossa relação com Deus, (2)
nossa relação com o homem, e (3) nossa relação com o mundo” (Kuyper, 2014:28).
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Dentre esses, Schaeffer trouxe uma contribuição imensurável não apenas aos
estudos do conceito de cosmovisão, mas também à aplicação do mesmo ao
aconselhamento e à evangelização, defendendo que o cristianismo é a única
cosmovisão capaz de responder com verdade às crises e questionamentos do ser
humano em todos os lugares e em todos os tempos (Schaeffer, 2010:166).
Duas exceções são Robert Redfield (1941, 1952, 1953), que pesquisou e liderou
pesquisas sobre cosmovisão à luz da antropologia na Universidade de Chicago,
numa perspectiva acentuadamente evolucionista (Redfield, 1953:110), e Michael
Kearney (1975, 1984), que dissertou sobre cosmovisão numa perspectiva
marxista, relacionando a mesma com ideologia (Kearney, 1984:9).
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concebida como um sistema de quatro “camadas”. A primeira seria o
comportamento ou “o que se faz”; a segunda, os valores ou “o que é bom ou
melhor”; a terceira, as crenças ou “o que é verdadeiro”; e a quarta e nuclear, a
cosmovisão ou “o que é real” (Kwast, 1987:438-440).
Por fim, Paul Hiebert, construindo também a partir de Redfield e Kearney, define
“cosmovisão, da perspectiva antropológica, como as pressuposições e estruturas
cognitivas, afetivas e avaliativas fundamentais que um grupo adota em relação à
natureza da realidade e que utiliza para organizar sua vida” (Hiebert, 2016:30-
31).
Principais definições
Por sua vez, James Sire se ocupou em definir e aplicar o conceito em análise de
cosmovisões. Após mais de três décadas refletindo e escrevendo sobre o assunto,
e tendo sido influenciado pelo amplo estudo de Naugle, o teólogo e apologista
reformado elaborou uma definição revisada de cosmovisão, que será adotada
neste trabalho:
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Como se pode observar à luz de tais conceituações, cosmovisão vai muito além
do significado etimológico de “visão de mundo” (Hesselgrave) e mesmo do
antropológico de “pressuposições e estruturas” (Hiebert), estando mais ligada
aos “compromissos do coração” (Sire) ou “crenças” (Nash, Pearcey); sendo,
portanto, menos fundamentada na cognição e mais nas crenças fundamentais
através das quais se interpreta a realidade.
Por sua vez, Sire (2012:197-198) propõe um modelo baseado em sete perguntas:
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2) Qual é a natureza da realidade externa, isto é, do mundo à nossa
volta?
3) O que é um ser humano?
4) O que acontece a uma pessoa quando ela morre?
5) Por que é possível conhecer de fato alguma coisa?
6) Como sabemos o que é certo e o que é errado?
7) Qual é o significado da história humana?
4. Metáforas-raiz
• Realismo ingênuo, instrumentalismo, realismo, crítico, idealismo,
etc.
Algumas críticas têm sido feitas aos estudos de cosmovisão e uma das mais
objetivas vem de Roland Muller, missiólogo e experiente missionário entre
muçulmanos do Oriente Médio. Ele pontua suas dificuldades em aplicar ao
mundo muçulmano os modelos existentes de análise, sugerindo que todo modelo
de cosmovisão é influenciado pela própria cosmovisão de quem o elabora (R.
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Muller, 2013:118). Certamente há algo de verdade nessa crítica, apesar de não
tirar o mérito do estudo em si de cosmovisões nem dos esquemas existentes. Em
contextos de sociedades mais tradicionais, como o caso xamânico que será aqui
abordado, essa mesma limitação tem ficado evidente, não no todo, mas
certamente em algumas das questões sugeridas nos diferentes modelos
analíticos.
Desta forma, será elaborado para esta pesquisa um modelo próprio para
comparação analítica de cosmovisões, naturalmente influenciado pela proposta
em si da pesquisa, mas com questões aplicáveis tanto ao pós-modernismo
ocidental quanto ao xamanismo Yuhupdeh. Tal modelo será construído a partir
da estrutura calvino-kuyperiana de Deus–Homem–Mundo, à luz da teologia
reformada, e numa abordagem não integracionista, mas sim interacionista com
as ciências humanas, lançando mão de instrumentais oferecidos por essas para
fins de análise, porém, jamais para fins de proposições.
Escala de valores
As perguntas dos modelos apresentados são abertas, de forma que, quem não
tem conhecimento dos seus pressupostos conceituais pode dar as mais diferentes
respostas para cada questão. Aqui se dará um passo além, orientando as
respostas dentro de uma escala de valores.
Por fim, Shalom Schwartz (1992) desenvolveu a teoria dos “valores humanos
básicos”, utilizada para analisar de forma comparativa mais de oitenta países em
busca de valores similares em sociedades diferentes. Para Schwartz, apesar de se
manifestarem de formas diferentes, dez valores universais permeiam toda
sociedade humana e estes podem ser organizados em quatro dimensões: abertura
para mudanças, autoaprimoramento, conservação e autotranscendência.
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A título de exemplo, para a pergunta “qual a orientação pessoal em relação ao
grupo?”, a reposta poderá ser “mais coletivista” ou “mais individualista”. Isto
porque, coletivismo e individualismo, são valores presentes em toda sociedade;
porém, cada sociedade terá uma inclinação maior para um ou para outro. Assim,
numa sociedade “mais coletivista” o grupo será mais importante que o
indivíduo, e o contrário acontecerá numa sociedade “mais individualista”. Este
valor fundante terá uma série de desdobramentos nos relacionamentos, no
comportamento perante normas e leis, na forma de se comunicar, na
religiosidade e em tantas outras áreas da vida.
Coletivismo Individualismo
5 – 4 – 3 – 2 – 1 0 1 – 2 – 3 – 4 – 5
Porém, foge ao escopo deste trabalho quantificar cada valor nas sociedades em
análise, pois demandaria uma vasta pesquisa de campo e um método por demais
detalhado; ainda assim, possivelmente maculado por um significativo grau de
subjetividade. Para este trabalho, será suficiente concluir qual valor é
prevalecente e esta conclusão será baseada em fontes bibliográficas confiáveis,
que refletem observações de campo.
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Se propondo a elaborar uma comparação analítica das similaridades entre
xamanismo e pós-modernismo numa perspectiva reformada, tal análise se dará
em dez eixos principais, norteados por perguntas de investigação, agrupadas nas
três dimensões cosmovisionais calvino-kuyperianas Deus–Homem–Mundo.
Fundamentando o Modelo
A “relação com Deus”, nos termos de Kuyper, será aqui nominada de relações
com o divino; a “relação com o homem” de relações com o humano; a “relação
com o mundo” se manterá da forma original. E seguindo a lógica fenomenológica
de Lévi-Strauss e Husserl, a ordem de análise será do mais observável para o
menos observável, portanto, Mundo–Homem–Deus.
Esta é uma relação comum a todos os seres humanos, pois todos necessariamente
precisam interagir com seu meio para suprir suas necessidades. A interação pode
ser direta ou indireta, mas ela necessariamente existirá, sendo uma das relações
mais facilmente observáveis. A questão a observar é qual valor norteia tal relação.
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Bentham, 1973). Neste trabalho, entretanto, a conceituação mais filosófica cederá
espaço para o termo em sua aplicação mais pragmática; ou seja, a forma
instrumental de se relacionar a princípio com o meio-ambiente, mas
extensivamente com todo o mundo em volta. É o que Tim Mulgan chama de
“utilitarismo de atos”:
Assim como com a natureza, a relação com o tempo é universal, mas suas
concepções, formas e manifestações podem ser totalmente distintas. É
igualmente fácil de ser observada, tanto nos comportamentos quanto nas
narrativas.
Veria que todo o passado é repelido pelo futuro, que todo o futuro
segue o passado, que todo passado e futuro tiram sua existência e
curso do eterno presente [...] O passado não existe mais e o futuro
não existe ainda (Agostinho, 1961:346,349).
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Há um pêndulo cultural na relação com o tempo, no qual algumas culturas focam
o presente e outras o não presente. Paul Hiebert chama de “existencialistas” as
culturas centradas no presente, usando o termo em seu sentido geral e não tão
filosófico. Para ele, culturas existencialistas lidam com “questões que têm a ver
com o aqui e agora, com os vivos e não com os mortos” (Hiebert et al, 2009:117).
Gilles Lipovetsky (2004:77) nomeia tal fenômeno de “presentismo”.
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Como bem observa Hiebert, nas culturas antropocêntricas os “humanos são
vistos não apenas como atores do universo, mas como o centro da existência”
(Hiebert et al, 2009:111). Mary Douglas vai além:
Logo, a leitura que se faz da vida terá o homem como referência, influenciando
diretamente as escolhas, comportamentos e relações, o que Naugle (2017:230)
chama de “sistema autorreferente”. A percepção de quem está no centro do
universo é uma das crenças mais fundantes de qualquer cosmovisão, com
diferentes desdobramentos nas mais diferentes áreas da vida.
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a cultura, sendo sua concepção particularizada e, consequentemente, sua
aplicação localizada.
Para esses autores, o traço mais marcante na sociedade influencia a pessoa mais
do que o contrário. Inicialmente, classificaram como mais individualistas regiões
inteiras, como os países da Europa Ocidental, América do Norte, Austrália e
Nova Zelândia; e como mais coletivistas a África, China, Japão e Índia.
Concluíram posteriormente que em todos esses casos existem ambos os traços;
porém, ainda é evidente que um sobressai ao outro.
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Com isso, sociedades de cosmovisão mais coletivistas valorizam o grupo mais do
que o indivíduo. Consequentemente, há maior facilidade na busca por interesses
comuns e maior probabilidade de se formar grupos coesos que, ao final,
protegerão o indivíduo em troca da sua lealdade. Já nas cosmovisões mais
individualistas, os interesses do indivíduo prevalecem em relação aos do grupo,
o que leva a pessoa a se preocupar apenas consigo mesma ou no máximo com
sua família imediata. No coletivismo, há busca por laços associativos, que gerem
sentimento de pertença; enquanto no individualismo, prevalece a busca pela
liberdade e autonomia da pessoa (Walsh & Middleton, 2010:102; Bosch,
2002:434).
Não existe sociedade sem algum tipo de autoridade, mas a relação com esta varia
de cultura para cultura. Estudando as castas indianas, Louis Dumont
(1992:50,66,293-196) faz um contraste entre sociedades hierárquicas e sociedades
igualitárias, observando que o Ocidente tem o igualitarismo como ideal. Porém,
toda sociedade necessita de algum grau de hierarquia.
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organização sociopolítica, bem como, na religiosidade. Cosmovisões fortemente
igualitárias terão um forte afã por autonomia pessoal e moral.
Portanto, uma sociedade de cosmovisão mais altruísta terá como valor moral o
frear seus desejos em benefício do outro ou do meio. Nas relações sociais e
ambientais, a resignação estará presente e pelo menos em parte norteará suas
ações. Já uma sociedade de cosmovisão mais hedonista terá como valor primário
o satisfazer suas vontades, o autorrealizar-se, a despeito de eventuais danos
sociais, econômicos ou ambientais.
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Em sua ampla pesquisa de doutorado, o missiólogo alemão Klaus Müller evita o
termo superego, vindo da psicologia, a favor do termo “elêntica”, vindo do grego
neotestamentário e introduzido na missiologia por Johan Bavink (1960:221).
Assim, o termo elêntica será usado nesse trabalho não no seu sentido filosófico
aristotélico relacionado à controvérsia; mas, sim, como “o estudo da consciência
humana orientada pela vergonha e pela culpa em seu contexto cultural e
religioso”, conforme postulado por K. Müller (2013:87). Discorrendo sobre a
orientação culpa/vergonha, ele pondera:
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9. Religiosidade: Qual o método de relacionamento com o divino? +Adoração
ou +Manipulação?
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Malinowski (1988) sugere que magia, religião e ciências são estágios evolutivos
de um mesmo princípio. Isto não pode ser comprovado visto a coexistências dos
três sistemas em diferentes sociedades com diferentes graus de desenvolvimento
tecnológico; mas, de qualquer forma, o reconhecimento e compreensão do
sistema mágico é fundamental para se compreender a forma de pensar de várias
culturas.
O contraste, porém, entre religião e magia, sugerindo que magia não é religião,
desagradou a muitos ao longo dos anos e diferentes termos têm sido utilizados
para apontar essa distinção metodológica do relacionamento com o sagrado.
Lévi-Strauss (1975, 1989), comparando centenas de sociedades, prefere falar de
“totemismo” e “sacrifício”, enquanto Stephen Hugh-Jones (1996), estudando
cosmovisões xamânicas, utiliza os termos “xamanismo vertical”, que gera
sacerdotes, e “xamanismo horizontal”, que gera magos. Por sua vez, Morten
Pedersen (2001) relaciona tais distinções com “transcendência” e “imanência” e,
no campo da antropologia missionária, Lidório (2014:61) prefere usar
“espiritualismo” como contraste de magia, por entender que esta também é
religião.
Tais termos não são todos sinônimos, sendo utilizados com diferentes nuances,
porém apontam para o fato da existência de dois grandes métodos de
relacionamento com o divino nas diferentes sociedades e cosmovisões. Neste
trabalho, serão utilizados os termos “adoração” e “manipulação”,
respectivamente para o que Frazer chamou de religião e magia.
“Sagrado” não será aqui referido nos termos genéricos de Émile Durkheim (2008)
e Mircea Eliade (1999), nos quais pode ser tanto o divino, transcendente, quanto
objetos que manifestam o divino, mas nos termos mais restritos do teólogo
Rudolf Otto, ao expor sobre o “mistério tremendo e fascinante” (Otto, 2005:23).
Busca-se assim a concepção de dada cosmovisão sobre sua realidade última – ou
seja, Deus ou a ideia que sobre Ele restou.
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Para Schaeffer, todo sistema de pensamento, seja mais religioso ou mais
filosófico, é alicerçado na cosmologia ou concepção das origens, e só há duas
possibilidades plausíveis: origem pessoal ou origem impessoal (2017:46-49). E
aponta como as cosmovisões orientais concebem suas divindades como
impessoais, enquanto as antigas cosmovisões ocidentais, como grega, romana e
teutônica, concebiam suas divindades como pessoais, apesar de finitas (2014:31).
Nos mesmos termos, Pearcey (2017:434) afirma que todas as religiões ou filosofias
“podem ser agrupadas em duas categorias fundamentais: a característica mais
crucial se dá entre sistemas que começam com um Deus pessoal e sistemas que
começam com uma força ou essência não-pessoal”.
Fazendo uma relação entre moralidade e a imagem que se tem de Deus, numa
perspectiva sociológica, Rodney Stark (2003:12) corrobora com tal conclusão,
apontando os grandes tipos de religiões: as baseadas em “deuses como seres
pessoais” e as religiões dos “deuses impessoais” ou “essências divinas
inconscientes”.
Assim, a concepção do sagrado pode variar numa escala entre dois extremos,
tendo de um lado a figura de Deus como ser pessoal e relacional, transcendente
e ao mesmo tempo imanente, essencialmente bom e justo, e de outro lado a ideia
de uma força mística impessoal, não relacional e amoral.
Por ter sido ali primeiramente registrada, tornou-se conhecida por esse nome,
mas pesquisas posteriores revelaram que o conceito de “mana” está presente em
muitas sociedades tracionais de diferentes partes do mundo. Na América do
Norte, a wakan dos Sioux é uma força impessoal, assim como a pokunt dos
Shoshone, manitu dos Algonkin, nauala dos Kwakiul, yek dos Tlinkit, sagâna dos
Haida e orenda dos Iroqueses (Durkheim, 2008:245-246).
John Howitt, linguista iroques, fala sobre a orenda do seu próprio povo:
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Porém, Émile Durkheim é certamente quem mais e melhor explanou sobre o
conceito de forças impessoais, apontando que a mesma é a base para o
totemismo:
O mana, portanto, nos é dado como algo não apenas misterioso, mas
também separado. Em resumo, o mana é primeiramente uma ação
de um certo gênero, isto é, a ação espiritual à distância que se
produz entre seres simpáticos. É igualmente uma espécie de éter,
imponderável, comunicável, e que se espalha por si mesmo (Mauss,
2003:146).
Mas a noção de tais forças não está, de forma alguma, limitada a sociedades
tradicionais, tribais. Alvin Plantinga (2016:193) observa que entre a enorme
variedade de religiões colocadas sob os nomes de “hinduísmo” e “budismo”,
existem religiões “não teístas”, que não se relacionam com nenhum ser pessoal.
Sire (2018:162) conceitua o monismo panteísta oriental, o qual, segundo afirma,
influencia de forma progressiva o Ocidente, como a cosmovisão que concebe uma
força impessoal como sua realidade última. E, Schaeffer (2003:112-113), lidando
com o ambiente secularizado europeu, disserta sobre o desafio do que chama de
“paneverythingism” ou “pantudismo”, que atribuiu a origem humana, portanto
de seres pessoais, a forças impessoais.
Logo, a concepção sobre o sagrado pode ser mais pessoal ou mais impessoal.
Cosmovisões que concebem seu sagrado como mais pessoal tendem a
desenvolver relacionamento afetivo com o mesmo, enquanto cosmovisões que o
concebem como mais impessoal, tendem a manipulá-lo de forma instrumental,
como um químico manipula forças físicas de maneira técnica e utilitária.
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Se é fato que a ideia de Deus é a base de todo o sistema de crenças e
conhecimento, moral e religiosidade, compreender a concepção que se tem do
mesmo é o que há de mais fundamental na busca pela compreensão de qualquer
cosmovisão.
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