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UNIDADE
FICHA CATALOGRÁFICA
Presidente: Revisora:
Renato Casagrande Eryka Kalana Torisco da Silva
Designer Instrucional:
Iara Aparecida Pereira Penkal
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
APRESENTAÇÃO
SAIBA +
Uma terceira fragilidade, compreende a visão fragmentada de muitos gestores no Para ampliar seu
conhecimento a
âmbito da instituição. Essa é uma prática legada da visão behaviorista, já não mais respeito assista
cabível na contemporaneidade. Atualmente, necessitamos dos processos inte- ao vídeo “Método
e pensamento
grados e visão sistêmica. Ter presente a visão do todo é fundamental ao orientar sistêmico - André
Chaves - TV FCA”
A gestão educacional frente às demandas contemporâneas da sociedade • UA01 5 Clique aqui.
os processos, pois as partes precisam estar harmonizadas para que o todo funcione de
forma integrada.
Orientar o funcionamento institucional com a cultura das partes separadas, o que ainda
está impregnado na mente de muitos gestores, já não responde mais às necessidades
da atualidade. O gestor orientador precisa fortalecer as partes (setores...), ter organizado
os fluxos e as funções (papel do gestor organizador), para poder, embasado no planeja-
mento institucional, orientar e acompanhar a gestão sistêmica.
Ainda um outro aspecto que precisa ser repensado pelo gestor como orientador é o foco
para o interior da instituição. Muitos gestores ficam absortos com os problemas diários e se
esquecem do mundo fora das instituições. O gestor, para orientar, precisa estar atento para
os cenários contemporâneos a nível global, refletir os impactos que as diversas mudanças
trazem para a instituição educacional e realinhar continuamente a sua orientação. Em
suma, é constante o desafio de desapegar-se dos modelos que vão sendo ultrapassados
e, exercitando a resiliência, readaptar-se continuamente. Isso, convenhamos, é um exer-
cício diário complexo a ser feito por cada gestor.
Por fim, nunca é demais lembrar que, para orientar, é preciso que o gestor
seja capaz de dar o exemplo daquilo que orienta. Sem o exemplo, não há
orientação que se sustente.
Esse é outro problema, muitas vezes, percebido nas instituições, ou seja, a distância entre
o que muitos gestores dizem e fazem. É comum verificar nos regimentos, normas de
conduta para os estudantes, professores e colaboradores administrativos. A legitimidade
do gestor orientador se manifesta quando ele mesmo se esforça, mesmo com limitações
que são comuns a todos nós seres humanos, para ser exemplo e cumprir com as normas
institucionais.
A seguir são apresentadas as três grandes competências que um gestor precisa ter para
desempenhar com propriedade o seu papel de orientador.
Gerenciar os processos/rotinas
de acordo com as normas e
diretrizes institucionais são de
extrema importância para que a
instituição se fortaleça.
Fonte: Autoral
Percebe-se, novamente, que os papéis não são fragmentados. Nesse caso, por exemplo,
para haver orientação de qualidade é preciso antes ter tido organização de qualidade.
Entende-se por organização formal aquela que está expressa na legislação, nos manuais,
nos discursos dos gestores e é por meio dela que a organização realiza suas atividades.
ESTRUTURA INFORMAL
É importante mencionar que a estrutura informal é um bom lugar para líderes formais se
desenvolverem. Não são poucos os casos em que a organização, ao ver nascerem líderes
informais, procura atraí-los para a estrutura formal, atribuindo-lhes uma ocupação ou um
cargo. Na prática, contudo, verificamos que nem sempre um grande líder informal será
um eminente líder formal. Esse líder que surge da informalidade pode falhar em função
do medo do confronto com a própria estrutura informal que liderou ou, ainda, pelo receio
da responsabilidade formal.
Assista ao vídeo do prof. Ronaldo Casagrande que aborda como fazer para
que a estrutura formal da instituição prevaleça sobre a estrutura informal.
ESTRUTURA FORMAL
A estrutura formal pode ser entendida como uma estrutura deliberadamente planejada e
formalmente representada, geralmente por meio de organograma, com a denominação
e a representação dos cargos e a descrição das funções e das atividades desenvolvidas.
É ela que de fato deve conduzir a instituição. A estrutura deve ser concebida com base
nos objetivos definidos, nas atividades a serem executadas, nas funções administrativas
a serem distribuídas, enfim, na amplitude adequada e na complexidade necessária.
Autoridade
Autoridade, segundo Daft (2002), é o direito formal e legítimo do gestor de tomar deci-
sões, dar ordens e alocar recursos para atingir os resultados desejados pela organização.
De acordo com o autor, a autoridade é distinguida por três características:
▶ Flui para baixo na hierarquia vertical. As posições de topo da hierarquia são inves-
tidas de maior autoridade funcional que as posições de base.
Uma definição muito aceita de autoridade é a de Barnard (1971) que define autoridade
como característica de uma comunicação (ordem) numa organização formal, em virtude
da qual ela é aceita por um membro da organização, dirigindo ou determinando o que
ele faz, ou o que ele não deve fazer no que tange à organização. Desse modo, na teoria
tradicional da administração, a autoridade é imposta em função do cargo e é garantida
pela imposição. Ela é uma forma de poder.
Responsabilidade
Delegação
Seguem, abaixo, alguns motivos que foram identificados em pesquisa realizada com dire-
tores escolares e comentada em Casagrande (2002), que mapeia a dificuldade que os
gestores educacionais têm em delegar atividades a seus subordinados:
▶ Há uma forte crença nas instituições educacionais de que se dá mais valor ao trabalho
técnico. Poucos consideram o trabalho que envolve habilidades conceituais como uma
atividade propriamente dita. Portanto, as pessoas podem ter a impressão de que o
diretor faz “corpo mole” e não cumpre seu papel.
▶ O diretor tem dificuldade de delegar atividades que lhe são prazerosas. Geralmente,
há atividades na escola que ele gosta de fazer e não abre mão de realizar.
Além dos motivos expostos na pesquisa, existe outra razão considerada funda-
mental: trata-se da responsabilidade do diretor sobre todos os atos que acon-
tecem na escola. O responsável geral pela instituição, também, responderá por
todos os atos praticados pelas pessoas que trabalham na instituição.
SAIBA +
Delegar pressupõe um processo de acompanhamento, de controle. Para ampliar seus
conhecimentos a
respeito, assista
Antes de delegar, é preciso criar e estruturar instrumentos e mecanismos de ao vídeo “Como
delegar sem se
controle e de acompanhamento. No entanto, sabemos que a escola possui poucos preocupar - Dica
de Liderança”:
Clique aqui.
A gestão educacional frente às demandas contemporâneas da sociedade • UA01 13
instrumentos que facilitam o controle, o que permite que situações como a do exemplo
acima aconteçam. Muitos confiam na sorte, mas sabem que estão sempre “sob o fio da
navalha”, pois a responsabilidade que pesa, diariamente, em seus ombros é grande.
A seguir, são elencadas algumas razões relevantes para convencer você sobre a impor-
tância da delegação das atividades:
▶ Sobra tempo para o diretor executar outras atividades que não são passíveis de dele-
gação. Quando o diretor não delega, muitas dessas atividades deixam de ser execu-
tadas por falta de tempo. Com a delegação, sempre surgem novos líderes, pessoas
que se mostram mais competentes e que podem ser mais bem aproveitadas na cons-
trução do projeto da escola.
Por fim, os resultados aparecem e o êxito da gestão passa a ser endossado por toda a
comunidade escolar e todos saem ganhando.
No final desta competência, pode-se questionar: mas o que todos esses aspectos têm a
ver com o Gestor como Orientador? Como resposta, podemos afirmar que todos esses
aspectos são fundamentais e devem ser observados pelo gestor se quiser ter sucesso em
seu papel de orientador.
DAFT, Richard L. ORGANIZAÇÕES – Teoria e projetos. Tradução: Cid Knipel Moreira. São
Paulo: Thomson, 2002.