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Nota: Esse material foi desenvolvido totalmente por mim (Carol Coelho) com base nos

ensinamentos que eu tive, absorvi e levo pra vida. Existem muitas formas de abordagem
para o tarot, muitas formas de jogar e levar esses ensinamentos pra vida. Tem muito
material contraditório na internet porque, como eu disse, são muitas formas de se levar o
tarot tanto no jogo quanto no aprendizado. Sinta-se a vontade pra buscar mais materiais e,
se algo não bater ou não fizer sentido pra você, também sinta-se a vontade para questionar.
Ter alguém um pouco mais experiente auxiliando nessa caminhada torna as coisas bem
mais fáceis, porque informação contraditória e que pode acabar te prejudicando tem aos
montes. Espero que esteja claro, compreensível e ajude você nessa jornada ♥ Favor
desconsiderar quaisquer erros de ortografia.
Aqui você vai encontrar informações sobre o que é o tarot, como ele funciona, história dos
principais decks, perguntas frequentes, alguns textos complementares, entre outras coisas.
Introdução

★ O que é o tarot?
O tarot é um oráculo de cartas, amplo, antigo e muito vasto. Pode ser utilizado para
questões de autoconhecimento e também para previsões futuras. Lembrando
sempre, e isso é muito importante o tarólogo ter em mente para poder passar para
seus consulentes: O tarot não é uma sentença, é uma possibilidade.
Para além do propósito divinatório (previsões), pode ser usado com abordagem
terapêutica, para o autoconhecimento.

Perguntas frequentes:
— Devo ser de alguma religião pra jogar tarot? Não.
— Preciso ter mediunidade pra jogar tarot? Não.
— Do que eu preciso pra jogar tarot? Primeiramente, vontade de aprender. Tarot
demanda muito estudo, dedicação e paciência. Segundamente, você vai precisar de
um deck.
— Qual deck comprar? A recomendação mais comum para iniciantes é o tarot de
Waite, por ser o mais popular e ter muito mais material disponível (é com ele que
vamos trabalhar). Mas nada te impede de comprar outro deck por achar ele bonito,
ou por sentir alguma conexão com as cartas.
— Quais os rituais depois da compra? Isso é algo muito pessoal. É o seu
momento de se conectar com seu deck, é importante que vocês estejam alinhados
para fazer bons jogos. Alguns exemplos de limpeza: bater nas cartas com um galho
de arruda, guardar junto com uma pedra selenita, deixar em cima de um copo com
água e sal, passar carta por carta pelo fogo, deixar por algumas horas sob a luz da
lua ou do sol.
Alguns exemplos de rituais para se conectar: dormir com o deck em baixo do
travesseiro, olhar as cartas atentamente. Eu considero o estudo em si um baita
momento de conexão, quando você olha para a carta, sente a energia dela e estuda
sobre ela, de preferência com ela a vista. Mas, também, é algo muito pessoal. É o
seu momento com o seu tarot.
— Quais os rituais para jogar? Novamente, outra questão pessoal que varia de
tarólogo para tarólogo. É importante ao menos lavar as mãos e limpar
energeticamente o ambiente, pode ser incenso, colocar cristais na sua mesa,
pendurar arruda, espada de são jorge ou algumas outras plantas. Tem gente também
que só senta e joga, não há problema. Aqui deve ser feito um momento seu com seu
baralho, individual. É bacana construir seus próprios rituais antes e depois do jogo.
Lembre-se sempre de agradecer.
— Quando e quanto cobrar? Eu jogava de graça no começo pra pegar experiência,
mas isso atrai muita gente folgada (sério). Joguei de graça pra minha família e
amigos mais próximos e, quando começaram a perguntar quanto eu cobrava, foi
quando comecei a cobrar. Novamente, vai de cada um. Muitas pessoas jogam por
lazer, caridade e não cobram nada. Outras cobram valores simbólicos, como eu.
Outros já cobram valores um pouco mais salgados. Vai de cada um o valor que acha
que seu serviço vale. Sempre tome cuidado quando alguém lhe pedir tiragens grátis,
vira um encosto.
★ Como o tarot funciona?
Tudo vibra, tudo emite energia. O tarot faz uma análise das energias que cercam
uma questão, uma situação ou uma área específica da vida e explica tudo isso
através da simbologia das cartas. O tarólogo é o intérprete que faz a “tradução” dos
símbolos do tarot.
Como dito acima, o tarot é uma possibilidade, não uma sentença. Por analisar as
energias que cercam a questão no momento da tiragem, ele pode fazer uma
projeção de resultados, efeitos e consequências. Porém é muito importante lembrar
que as coisas podem mudar, energias mudam o tempo inteiro. O tarot de forma
alguma deve ser utilizado como uma resposta única, verdadeira e absoluta. Serve
para guiar, orientar, jamais deve ser fator decisivo para alguma questão. É uma
lanterna nas mãos para que se ilumine o caminho, mas o caminho seguido deve ser
escolha do próprio consulente.
As energias podem mudar. O livre arbítrio das pessoas vai interferir. Se o resultado
não o for agradável, saber dele é o necessário para que se possa mudar os
caminhos antes de acontecer. O tarot não deve ser utilizado como muleta, gerando
assim um vício onde a pessoa não consegue tomar decisões sem antes consultar o
oráculo.

★ Onde ele surgiu?


As primeiras manifestações do que hoje conhecemos como tarot surgiram
primeiramente no norte da Itália. Os primeiros e mais rudimentares antecessores do
tarot moderno conservaram boa parte da sua essência ao longo dos séculos, em
especial os naipes: ouros, copas, paus e espadas, presentes também do baralho de
jogos. O grupo de “trunfos” seriam os arcanos maiores, cujo Louco se transportou
para o baralho de jogo como o coringa e somente ele. São 22 arcanos maiores e 56
menores.

Imagens dos primeiros decks de tarot, antes mesmo de terem esse


nome ou serem popularizados como ferramenta divinatória.
O Tarot de Marselha surgiu na cidade de Marselha na França, onde ficaram
concentradas a maior parte das produções de tarot entre os séculos XVII e XVIII.
Criou-se um “estilo” comum a todos os baralhos produzidos nessa cidade, que se
espalhou pela Europa toda, suprimindo algumas criações originais. Esse estilo
comum fundou o Tarot de Marselha, feito em cores primárias com imagens bastante
rudimentares. Foi a primeira manifestação do tarot na forma como conhecemos hoje.
As cartas mais antigas tinham por finalidade jogos de azar e entretenimento, sendo
transformadas no nosso baralho de jogos que conhecemos hoje em dia. Os arcanos
menores foram todos mantidos, com exceção da carta do cavaleiro. Dos arcanos
maiores, a única carta que resistiu ao temo foi o Louco, tratado por coringa nos
baralhos de jogo.

Na década de 30, uma editora francesa passou a editar reproduções modernas desse tarot
inicial produzido em Marselha, que são as versões que chegam para nós até hoje.

Uma característica importante do tarot de Marselha, que pode dificultar sua compreensão
para os iniciantes é a ausência de figuras nas cartas dos arcanos menores (como a última
imagem acima mostra).
Houveram várias reproduções, réplicas e alterações no tarot de Marselha até os dias de
hoje, mas suas características principais são as mantidas: sem ilustrações nos arcanos
menores e cores primárias fortes.
A autoria das ilustrações se perdeu no tempo. O que se sabe mais ou menos é apenas o
nome das editoras onde eram reproduzidos.

O tarot de Waite, ou Rider-Waite-Smith, foi idealizado por volta de 1909, pelo místico
inglês Arthur Edward Waite, inspirado no tarot de Marselha, com um grande diferencial de
conter ilustrações até nos arcanos menores, ao invés de somente os naipes, sendo
desenhados pela artista Pamela Colman Smith. Foi um verdadeiro marco na história do tarot
e inspirou a criação de vários outros tarots e oráculos. Seu primeiro editor foi William Waite,
surgindo daí o nome tarot de Rider-Waite-Smith (ou só tarot de Waite).
Essa revolução, por assim dizer, tornou a cultura do tarot muito mais acessível, pois antes
somente iniciados em artes mágicas tinha acesso aos seus conhecimentos.
Curiosamente, no tarot de Waite nota-se a inversão dos arcanos Justiça e a Força. Waite
acreditava que a Justiça deveria ser a carta central dos arcanos maiores (número 11), então
quando lançou sua versão, fez essa alteração que é utilizada até hoje. No tarot de Marselha,
a Justiça entra como arcano 8 e a Força como arcano 11.
Será o deck utilizado para fins de estudo por ser mais fácil de encontrar materiais sobre. É
uma releitura moderna, completa e bem mais simples do que o Marselha, mantendo sua
simbologia, significados e mistérios.

★ Estrutura do tarot
O tarot conta com 78 cartas ao total. Qualquer oráculo que fuja dessa estrutura, não
é considerado tarot. Pode ser outro oráculo de cartas (como baralho cigano) e
funcionar de forma semelhante, mas não deve ser chamado de tarot. A estrutura é
essa: 78 cartas dividas entre arcanos maiores e menores.
○ Arcanos maiores
22 cartas — Nomeadas e numeradas do 0 ao 21. Por vezes, exclui o número
0 e coloca o primeiro arcano — o Louco — como o número 22. A ordem das
cartas é a seguinte:
0 — O Louco; 1— O Mago; 2— A Sacerdotisa (ou Papisa); 3— A Imperatriz;
4— O Imperador; 5— O Papa (ou Sumo Sacerdote ou Hierofante); 6— Os
Enamorados (ou Os Amantes); 7— O Carro; 8— A Força; 9— O Eremita;
10— A Roda da Fortuna; 11— A Justiça; 12— O Enforcado (ou O
Pendurado); 13— A Morte; 14— A Temperança; 15— O Diabo; 16— A Torre;
17— A Estrela; 18— A Lua; 19— O Sol; 20— O Julgamento; 21— O Mundo
(ou O Universo).

São obrigatórias em uma tiragem de tarot. Pode-se fazer um jogo somente


com os arcanos maiores, porém nunca somente com os menores. Trata-se
de, literalmente, uma jornada — a Jornada do Louco. Os arcanos maiores
tratam de questões intensas, geralmente kármicas e quando saem mais de
um em uma tiragem, aponta uma questão que merece atenção dobrada.

○ Arcanos menores
56 cartas — São as cartas e os naipes do baralho que conhecemos hoje:
copas, ouros, paus e espadas. Vão numeradas do Ás (1) ao Dez e cada
naipe tem quatro cartas da corte (Pajem, Cavaleiro, Rainha e Rei). Tratam de
assuntos mais mundanos, terrenos. Os naipes são polarizados entre
femininos (ouros e copas) e masculinos (paus e espadas), sendo cada um
representado por um elemento que vem a ser o tema central das cartas
daquele naipe. Copas, do elemento água, fala sobre amor, afeto, frustrações,
enfim sentimentos e emoções; Ouros, do elemento terra, sobre bens
materiais, questões de trabalho, financeiras; Paus, do elemento fogo, traz
questões evolutivas, atitudes, ações e pode falar sobre trabalho também;
Espadas, do elemento ar, traz questões voltadas para o mental, o intelecto,
ideais, metas e objetivos.

■ Cartas da corte
Muitos dizem que as cartas da corte tratam de pessoas que podem
estar em nossos caminhos, porém como o tarot foi criado na europa e
suas ilustrações modernas feitas na idade média, é bastante incerto
definir características físicas usando arcanos.
São elas o Rei, a Rainha, o Pajem e o Cavaleiro, cada um tratando de
assuntos específicos dos seus naipes.

★ Ética
O tarólogo é sim reconhecido como profissional e tem reconhecimento pelo
ministério do trabalho, podendo ser regulamentado pelo CRT – Conselho de Auto
Regulamentação da Terapia Holística. Não é necessária nenhuma permissão
especial para atuar.
Mesmo os profissionais autônomos devem se atentar à algumas regrinhas de ética.
Nunca desenvolveu-se nada oficial, mas existe o consenso entre algumas questões
e situações. Fica ao tarólogo o livre arbítrio do que abordar em suas consultas, mas
é sempre importante saber como se abordar, especialmente notícias delicadas.
○ Informações
Informações trocadas durante uma consulta são confidenciais, não devem ser
de conhecimento de mais ninguém além do tarólogo e do consulente. Durante
o começo, é normal ir em grupos pedir “pitacos” na leitura (onde você coloca
a pergunta, a sua tiragem e a sua interpretação, seja uma tiragem pra você
ou para os outros), mas de forma alguma a identidade do cliente deve ser
revelada nesse caso.
○ Morte
É algo que não pode ser previsto. As cartas dificilmente vão anunciar uma
morte física (a morte no tarot é simbólica, representa mudanças). Pela ética,
não se deve falar sobre morte física pois é uma força além de qualquer
controle e previsão, são tiragens dificilmente assertivas e podem trazer
problemas para o tarólogo, sem mencionar ao consulente.
○ Doenças/Questões de saúde
São facilmente interpretadas de forma errônea e, convenhamos, é absurda a
ideia de deixar de buscar um atendimento médico para consultar o tarot. Sem
mais. O máximo de assertividade que se pode ter em uma tiragem de tarot é
sobre gravidez, mas ainda é um assunto delicado que deve ser abordado
com cautela.

Em questões de traição, perda de emprego, gravidez, entre outras notícias mais


delicadas, devem ter uma abordagem também cautelosa, por não se saber o que o
consulente espera. Sempre deixe claro a possibilidade de mudança e saiba ter tato
ao dar esse tipo de notícia, sendo sempre o mais sincera possível.

★ Fazer e não fazer em uma consulta


Primeiramente, deve-se conectar com a energia do consulente. Normalmente
perguntando nome e data de nascimento, se concentrando. É importante se
concentrar na pergunta e que ela seja o mais detalhada possível. É importante
honestidade ao ouvir e ao falar.
Mantenha o clima agradável, tranquilo. Se necessário, explique mais de uma vez, de
jeitos diferentes, a tiragem para o cliente caso ele não a compreenda. Puxe mais
uma carta de esclarecimento sempre que necessário.
Se você não se sente confortável ou confiante pra responder alguma pergunta, não
responda. É sobre esperanças que estamos falando e sua resposta pode criar
expectativas muito altas ou jogar alguém no fundo do poço. É necessário muito tato e
delicadeza para responder algumas questões.
Textos complementares

★ Sobre caminhos do futuro no tarot (@2decopas.tarot)


"Ai, mas você é boa mesmo né? Assertiva? Fui em uma taróloga há pouco tempo e
até bateu um pouco, mas quase nada do que ela disse aconteceu!"
.
Eu vivo batendo nessa tecla: o futuro no tarot é uma possibilidade, não uma
sentença. O oráculo mostra os caminhos, mas seu destino está nas suas mãos. Seja
senhor da sua própria existência, é o convite que o tarot nos faz, tanto aos mestres,
professores e tarólogos quanto aos consulentes, simpatizantes e curiosos.
.
Todas as ferramentas divinatorias existem não para nos aprisionar numa expectativa
de futuro, nos tornando reféns e impotentes perante toda a força do tempo e do
destino. Elas existem para nos auxiliar a ter tudo isso em mãos. Existem para nos
convidar a tomar o controle sobre nós mesmos, uma vez tendo compreendido melhor
o caminho que se estende a nossa frente. Cabe a nós analisar o conjunto de coisas
que o compõe e ver o que dali não nos cabe, ou não cabe nos ideais que temos para
o futuro.
.
Apesar do tarot ser conhecido como "a jornada do Louco", acredito que conhecer
seus caminhos, a extensão das suas possibilidades, conhecer a si mesmo e
aprender a entender suas falhas e as origens delas, é uma jornada guiada pelo
Carro. Tomada de decisão, poder, iniciativa, impulso. Tomada de controle das
próprias rédeas.
.
Justamente por esses e outros motivos, não devemos nos apegar às cartas de tal
forma que não seja possível realizar nada sem antes fazer uma consulta. É uma
ferramenta poderosa e ampla demais e deve ser utilizada da forma correta e para
nos ajudar, não nos aprisionar em uma expectativa de futuro imutável. Tudo flui e nós
somos os responsáveis pelo rumo que as coisas tomam. Tudo muda e tudo se move.
Uma vez identificados esses movimentos, cabe a nós interrompê-los ou deixá-los
seguir.

★ Como elaborar perguntas para o tarot? (@2decopas.tarot)


Primeiramente, o consulente deve ser o mais honesto possível com a questão. Não
deixe pontas soltas, tente entender exatamente o que ele quer saber. Quanto mais
completas forem as informações passadas sobre uma questão, mais completa será a
resposta. Acontece bastante do tarólogo ter que reformular a pergunta na hora de
tirar as cartas, deixando sempre o mais claro possível para o oráculo. O cartomante
pode ser enganado, as cartas não.
É sempre bom estipular um tempo para as perguntas. Normalmente uso o prazo de 3
meses. Um período de tempo muito mais extenso que isso pode se tornar incerto por
motivos que já citei: energias que podem mudar, livre arbítrio dos envolvidos na
questão, etc.
No caso de uma pergunta sobre outra pessoa, pergunte pelo menos o nome e, se
possível, data de nascimento.
Evite perguntas de sim ou não. O tarot é muito amplo e complexo para responder
simplesmente sim ou não. Busque trazer pontos positivos e negativos, com o tempo
fica mais fácil identificar se a resposta está mais próxima do sim ou não, então
quando chegarem perguntas desse tipo, sempre explique o porquê.
Evite também perguntas do tipo “eu deveria fazer tal coisa?”. O tarot não pode
decidir por ninguém. Ele mostra possibilidades, possíveis resultados e, com base
nisso deve ser decidido qual o melhor caminho a tomar, se deve ser feito algo para
impedir a situação de ocorrer daquela forma ou se deve deixar as coisas
continuarem fluindo. A decisão deve ser sempre tomada pelo consulente, o jogo não
pode interferir no livre arbítrio de ninguém. Tendo consciência das possíveis
consequências de uma decisão, cabe ao consulente decidir o que fazer ou não.
Bons exemplos de pergunta seriam:
— Como eu deveria me comportar perante tal situação?
— O que posso esperar do trabalho nos próximos três meses?
— Como fulano está se sentindo com relação a mim?
— Quais as possíveis consequências dessa ação?
Um mau exemplo de pergunta seria:
— Eu deveria largar o meu emprego?
Aqui não está sendo pedido um conselho, mas sim que o tarot tome a decisão. Uma
alteração adequada seria “Quais as consequências caso eu largue meu emprego?”,
e então a decisão pode ser tomada com base na resposta. Essa pequena alteração
pode ser feita pelo tarólogo na hora de tirar, sendo passadas essas informações para
o consulente na resposta. Evite ao máximo colocar sua opinião pessoal nos jogos,
por mais que seja difícil as vezes. Somente o autor da pergunta pode avaliar se as
consequências serão positivas ou negativas com base nos seus planos futuros.
Busque sempre trazer questões que permitam olhar a situação e os problemas de
um ângulo diferente, mais amplo. O tarot não vai pegar na sua mão e te dizer o que
deve ser feito. O objetivo é conhecimento e, com base nele, avaliar o que lhe cabe
melhor.
O tarot te ajuda a encontrar o caminho, como uma lanterna nas suas mãos
iluminando as possibilidades, mas só você pode escolher qual é o melhor para você,
lembrando sempre que tudo é mutável.
O oráculo coloca o poder do seu destino nas suas mãos, não te aprisiona. Ele liberta,
através da análise, reflexão e autoconhecimento. O caminho é seu, a jornada é sua.
O tarot pode ser seu copiloto nessa aventura, mas jamais pode estar acima da
própria consciência.

★ Quando se consultar com o tarot? (@2decopas.tarot)


O tarot chegou até nós como uma ferramenta da espiritualidade, conectando o
universo e o nosso inconsciente através de vibrações energéticas. O objetivo do tarot
enquanto oráculo é tornar nossa passagem pela terra o mais suave possível. Tendo
isso em mente, fica a pergunta: quanto devo consultar as cartas?
A resposta é: sempre que se sentir angustiada com alguma questão! Sendo uma
ferramenta para facilitar nossa existência, devemos consultar sempre que acharmos
necessário, tomando o cuidado de não tornar isso um vício.
Com isso me refiro à pessoas que não conseguem realizar nada sem antes consultar
o oráculo, seja ele qual for. Ele está ali para nos ajudar a ter um olhar mais amplo
sobre questões angustiantes, sejam elas quais forem, não para nos aprisionar e se
tornar uma muleta. O tarot não pode ser culpabilizado por consequências que não
saíram como esperado.
Ressalto: não existem perguntas fúteis quando feitas com consciência.
Primeiro, consciência de que você pode ouvir algo que não quer. Segundo
consciência de que nada ali é uma sentença. Muitas pessoas chegam para se
consultar esperando receber na palma das mãos uma solução mágica, mas não é
assim que funciona. O tarot não dia a sua vida, ele anuncia tendências. Cabe a cada
um saber o que fazer com isso.
Nunca é bom levar as mesmas questões para tarólogos diferentes (salvo o caso de
não ter gostado de um atendimento específico, ou de não se identificar com o
tarólogo, ou não se sentir confortável durante a consulta). Primeiro porque demonstra
falta de confiança no trabalho da pessoa. Uma coisa é não gostar do atendimento,
outra é pular de tarólogo em tarólogo por pura teimosia até ouvir algo que você
deseja ouvir. De nada adianta ficar repetindo as perguntas esperando que as
respostas mudem se você não faz nada para mudá-las e isso vale quando você se
consulta com o mesmo tarólogo ou com tarólogos diferentes. É sempre bom dar um
período de tempo antes de trazer a mesma questão novamente para o tarot, seja
com um profissional ou com vários, a egrégora do tarot é a mesma para todos. As
energias se bagunçam, as respostas saem cada vez menos assertivas, o consulente
se confunde, o tarólogo também porque as respostas vão sair cada vez mais
conflitantes e com menos sentido.
O tarot e sua egrégora são seculares, são praticamente algo vivo. Não se dribla algo
assim. A primeira resposta normalmente é a mais correta, nós é que temos
dificuldade em aceitar e reconhecer de forma prática na nossa vida.
Portanto, busque o tarot sempre que se encontrar em uma situação que obscurece a
sua mente, te impede de ver soluções, caminhos, saídas, possibilidades. O tarot vem
como luz que clareia.
Obs: Existem algumas questões que demandam ajuda profissional, como médicos,
psicólogos e advogados. Saiba identificá-las e alertar seu consulente, porque pode te
causar uma confusão enorme. Tarot não tampa buraco, nem cura doença, nem
resolve processo jurídico. É uma ferramenta fantástica de autoconhecimento e
predição de tendências. Não hesite em recomendar um profissional adequado para
determinadas questões.
Referências

http://www.clubedotaro.com.br/site/h22_1_origens.asp
http://www.clubedotaro.com.br/site/h23_17_marselha.asp
https://lotusesoterismo.com.br/tarot/tarot-rider-waite/
http://www.clubedotaro.com.br/site/h23_20_waite-livia.asp

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