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freemason.pt/a-lenda-de-hiram-abiff/
A lenda diz que Salomão, querendo fazer do seu corpo um templo digno,
pediu a Hiram, rei de Tiro, um mestre arquitecto de obra. Hiram, Rei
Consciência, envia e recomenda-lhe Hiram Abiff (Mestre Construtor),
filho de uma viúva.
Nesta porta o terceiro o esperava. Era o pior intencionado dos três, que,
recebendo a mesma negativa do Mestre, deu-lhe um golpe mortal sobre
a fronte, com o malhete que tinha levado consigo.
Quando os três se encontraram novamente, comprovaram que nenhum
possuía o Sinal nem a Palavra; horrorizaram-se pelo crime inútil e não
tiveram outro pensamento senão o de ocultá-lo e fazer desaparecer os
seus vestígios. E, assim, de noite, levaram a vítima em direcção ao
Ocidente e a esconderam no cume de uma colina, perto do local da
construção.
Índice
Quando Hiram estava a sair do Templo, foi abordado por três “rufias”,
em sucessão, que exigiram que receber os segredos imediatamente (sem
esperar que o Templo fosse concluído). Ele foi maltratado pelo primeiro
rufia (Jubela), mas escapou. Abordado e manipulado rudemente pelo
segundo rufia (Jubelo), novamente se recusou a divulgar os segredos e
novamente escapou. O terceiro rufia (Jubelum) abordou-o então e,
quando Hiram novamente se recusou a divulgar os segredos, matou-o
com um golpe na testa com um Malho. O corpo foi escondido às pressas
sob algum lixo no Templo até a meia-noite (“doze baixos”), quando foi
levado para o topo de uma colina e enterrado. O túmulo foi marcado por
um galho de Acácia (uma árvore perene comum no Oriente Médio), e os
três rufias tentaram escapar do país. Negada a passagem num navio
para fora do país, retiraram-se para as montanhas para se esconder.
Enquanto isso, de volta ao Templo, foi notado que Hiram estava
desaparecido e o Rei Salomão foi notificado. Salomão imediatamente
ordenou uma busca dentro e ao redor do Templo, sem sucesso. Nesse
ponto, 12 “companheiros” relataram ao rei que eles e três outros (os três
“rufias”) conspiraram para extorquir os segredos de Hiram Abiff, mas
que se arrependeram e se recusaram a prosseguir com o plano
assassino. Eles relataram que foram os outros três que assassinaram o
Grão-Mestre Hiram e o Rei Salomão enviou-os em grupos de três para
fazer buscas em todas as direcções.
O registro bíblico
A Bíblia registra dois homens nomeados Hiram, relativo a construção do
Templo do Rei Salomão; uma é Hiram, Rei de Tire, que era assistente de
Salomão e quem providenciou materiais e trabalhadores para o
projecto.
A conexão egípcia
É o consenso da opinião entre autoridades maçónicas, filósofos e
escritores da doutrina que a lenda de Hiram Abiff somente é a versão
maçónica de uma lenda muito mais antiga que a de Ísis e Osíris, a base
dos Mistérios egípcios.
Após certas aventuras, ela encontrou o corpo com uma Acácia próxima
da parte da cabeça no caixão. Voltando ao lar, ela secretamente enterrou
o corpo, pretendendo dar um verdadeiro enterro assim que os
preparativos fossem feitos. Tifão, por traição, roubou o corpo e cortou-o
em 14 pedaços e escondeu-os em diversos lugares. Ísis então fez uma
segunda busca e localizou todos os pedaços com excepção de um: o
phallus.
O Terceiro Landmark
“A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade
tem sido respeitada. Não existe na Maçonaria nenhum Rito, em
qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os
elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar e,
na verdade, variam; porém, a lenda do construtor do Templo constitui
a essência e a identidade da Maçonaria. Qualquer rito que a excluísse
ou a alterasse materialmente, cessaria, por isso, de ser um rito
maçónico”
Antecedentes Históricos
Elias Ashmole, sábio e antiquário inglês (1617-1692), iniciado em 1646,
teria sido o criador dos rituais dos três graus da Maçonaria simbólica e,
inclusive, da Real Arco, autoria hoje contestada por autores modernos
mas a época em que eles foram criados permanece a mesma e que é uma
época interessante pelos factos históricos que aconteceram e que muito
tem a ver com o desenvolvimento da Maçonaria moderna. Carlos I,
príncipe da dinastia escocesa dos Stuart, foi decapitado em 1649, com o
triunfo da revolução de Oliver Cromwell que instala a sua república
puritana. Elias Ashmole, que era do partido dos Stuart, teria decidido
modificar o Ritual de Mestre fazendo uma alegoria do trágico fim de
Carlos I e para que fora usado tanto os conhecimentos míticos como o
espírito místico; Hiram ressuscita dos mortos assim como Carlos I será
vingado pelos seus filhos.
Antecedentes Bíblicos
A morte de Hiram nas mãos dos três maus companheiros também não é
mencionada na Bíblia pese a que são dedicados muitos capítulos à
construção do Templo de Salomão com dados detalhados da quantidade
de obreiros, financiamento, custos, arquitectura, etc. É mencionada
Hiram Abiff como Hirão de Tiro, (Reis 7, 1 3) ou Hurão Abiú sendo
Hurão, meu pai, (Crónicas 2,13) filho de uma mulher viúva, filha de Dã e
que, junto com ser um homem sábio de grande entendimento, sabia
lavrar todos os materiais. Mas a Bíblia não credita a Hiram Abiff o cargo
de director dos trabalhos de construção do Templo e sim como um
artífice encarregado de criar as obras de arte que iriam a causar
admiração aos visitantes.
Osíris. Osíris é assassinado pelo seu irmão Set por inveja e recupera a
vida quando o seu filho Horus, usa fórmulas mágicas. Horus era filho da
viúva Isis e coincide com a origem da denominação “Filhos da Viúva”
com que os maçons somos conhecidos. Lembremos que Hiram também
era filho de uma viúva.
A lenda e o Zodíaco
As obras do Templo estavam já por terminar-se indicando que o Sol já
teria percorrido as três quartas partes do seu curso anual; os três maus
companheiros situam-se nas portas do Médio dia, Ocidente e Oriente,
ou seja, os pontos do céu por onde sai o Sol, onde alcança a sua maior
força e onde se põe, ao morrer o dia. O primeiro golpe é dado com a
régua de 24 polegadas que representa a revolução diária do Sol. O
segundo golpe é dado com um esquadro; dividindo o círculo zodiacal em
quatro partes temos quatro esquadros de 90 graus sendo que cada um
deles representa uma estação do ano. O terceiro golpe é dado com o
maço que tem uma forma cilíndrica o que acaba representando uma
revolução anual.
Autor desconhecido