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COBENGE 2016

XLIV CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA


27 a 30 de setembro de 2016
UFRN / ABENGE

SIMULADOR COM MINI SUBESTAÇÃO PARA ENSINO DA


DISCIPLINA SISTEMAS DE POTÊNCIA EM CURSOS DE
ENGENHARIA E ELETRICIDADE

Hudson Afonso Batista da Silva – hudson.silva@ifpa.edu.br


UFPA- Universidade Federal do Pará
Rua Augusto Correa 1 - Campus Universitário Guamá
66075-110 – Belém – Pará

Manoel Ribeiro Filho – manoelrib@unifesspa.edu.br


UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Folha 31 Quadra Especial Lote Especial
68500-000 – Marabá – Pará

Adamos Kalebe – adamos.kalebe@gmail.com


UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Folha 31 Quadra Especial Lote Especial
68500-000 – Marabá – Pará

Walter Ribas – walterribas.contato@gmail.com


UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Folha 31 Quadra Especial Lote Especial
68500-000 – Marabá – Pará

Antonione Lima Marinho – tony_rodox@yahoo.com.br


IFPA – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Industrial Marabá
Folha 22 Quadra Especial Lote Especial II
68500-000 – Marabá – Pará

Resumo: Neste trabalho apresenta-se os estudos realizados utilizando-se da plataforma


Arduino customizada para o emprego em um mini circuito, ou maquete, educativa para a
demonstração do funcionamento físico da Subestação da Eletronorte no município de Marabá
localizada na região Sudeste do estado do Pará. O objetivo é construir um sistema em conjunto
com o simulador que represente fielmente os processos de controle e transmissão de energia
para o ensino de princípios básicos de sistemas de potência. A ferramenta mostra que o sistema
proposto se apresenta como uma boa alternativa a ser explorado em sala de aula contribuindo
para a aprendizagem do tema.

Palavras-chave: Simuladores, Arduino, Educação, Sistemas de Potência.


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1. INTRODUÇÃO
Nesta pesquisa é desenvolvido um componente de treinamento eficiente e por sua vez
de baixo custo e bastante versátil, voltado a realizar as atividades técnicas de uma subestação
em uma plataforma de acompanhamento em tempo real com sincronismo a uma maquete física
da subestação em questão. Desta forma, os pesquisadores em questão no projeto da criação do
simulador que se comunica com a maquete da subestação estão buscando alternativas
tecnológicas com a capacidade de minimizar custos e maximizar informações medidas pelos
sensores e equipamentos. A plataforma Arduino deve ser customizada com um sistema de
comunicação do tipo RJ-45 para interligar a um simulador do Sistema Aberto de Gerenciamento
de Energia – SAGE para a manipulação física do sistema.

1.1. Subestação

Uma subestação (SE) (Figura 1) pode ser definida como um conjunto de equipamentos de
manobra e/ou transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para
dirigir o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de
rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os diferentes tipos de
faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas correm.

Figura 1- Ilustração de Subestação

A classificação de uma subestação pode ser realizada conforme sua função, seu nível de
tensão, seu tipo de instalação e sua forma de operação.
Subestações transformadoras: são aquelas que convertem a tensão de suprimento para um
nível diferente, maior ou menor, sendo designada, respectivamente, SE transformadora
elevadora e SE transformadora abaixadora. Geralmente, uma subestação transformadora
próxima aos centros de geração é uma SE elevadora (elevam a tensão para níveis de transmissão
e subtransmissão proporcionando um transporte econômico da energia). Subestações no final
de um sistema de transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma indústria
é uma SE transformadora abaixadora (diminuem os níveis de tensão evitando inconvenientes
para a população como rádio interferência, campos magnéticos intensos e faixas de passagem
muito largas).
Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento: é aquela que interliga circuitos
de suprimento sob o mesmo nível de tensão, possibilitando a sua multiplicação. É também
adotada para possibilitar o seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos
sucessivos de menor comprimento.
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Subestações de alta tensão (AT): é aquela que tem tensão nominal abaixo de 230 kV;
Subestações de extra alta tensão (EAT): é aquela que tem tensão nominal acima de 230 kV. É
importante enfatizar que em subestações deste tipo são necessários estudos complementares
considerando o Efeito Corona.
A Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.– Eletronorte, sociedade anônima de economia
mista e subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás, é uma concessionária de
serviço público de energia elétrica. Criada em 20 de junho de 1973, com sede no Distrito
Federal, gera e fornece energia elétrica aos nove estados da Amazônia Legal – Acre,
Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por meio
do Sistema Interligado Nacional – SIN, também fornece energia a compradores das demais
regiões do País. Dos 25.478.352 milhões de habitantes que vivem na Região Amazônica,
segundo Censo 2010 do IBGE, mais de 15 milhões se beneficiam da energia elétrica gerada
pela Eletrobrás Eletronorte em suas quatro hidrelétricas – Tucuruí (PA), a maior usina
genuinamente brasileira e a quarta do mundo, Coaracy Nunes (AP), Samuel (RO) e Curuá-Una
(PA) – e em parques termelétricos. A potência total instalada é de 9.294,33 megawatts e os
sistemas de transmissão contam com mais de 9.888,02 quilômetros de linhas.
Para a execução das operações, atualmente no brasil utiliza-se o sistema SAGE, Sistema
Aberto de Gerenciamento de Energia, com o qual é possível operar os mais diversos
equipamentos dentro de uma subestação, o mesmo encontra-se interligado em todo o brasil.
Neste trabalho foi desenvolvido um simulador com o circuito elétrico do SAGE baseado na SE
Marabá, com o qual o estudante poderá simular algumas operações no simulador e vê-las sendo
executadas na mini subestação.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Microcontroladores
Martins (2005) discorre que o surgimento dos micro controladores ocorreu por volta da
década de 70, a Intel baseada na arquitetura, utilizada até então em seus computadores, de um
microprocessador e seus periféricos, resolveu desenvolver um componente que integrava em
uma única unidade toda essa arquitetura. Atualmente, os microcontroladores estão presentes na
maioria dos equipamentos eletrônicos, desde simples rádios a complexos sistemas de
automação residencial. A aplicação deste componente nos aparelhos eletrônicos contribui na
diminuição do seu valor de custo, pois o valor do chip é bem menor em relação às alternativas
encontradas no mercado, além ser capaz de substituir um grande número de outros
componentes, contribuindo para compactação dos equipamentos que utilizam esta tecnologia
(Domínio RoboticaLivre 2016).
Tooly (2007) considera um microcontrolador um computador de um único chip construído
para realizar tarefas de controle, como gerenciar um motor ou enviar um dado para uma porta
serial. Já Martins (2005) define os microcontroladores como pastinhas inteligentes, dotadas de
um processador, pinos de entrada/saída e uma memória. Podemos considerar então que os
microcontoladores integram, em único chip, elementos computacionais – como CPU, memórias
ROM e RAM, contadores, etc. - e que podem ser programados para realização de tarefas
específicas. Todos esses elementos tornam os microcontroladores hardwares extremamente
complexos, essa é a principal característica que diferencia os microcontroladores dos
microprocessadores.
Em comparação aos microprocessadores os microcontroladores são considerados menos
poderosos, pois seu conjunto de instruções é limitado e mais simples, sua frequência de clock
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e espaço na memória endereçada são relativamente menores. Dernadin (2008) relata que a
programação usada nos microcontroladores é mais fácil, porque o acesso aos periféricos
externos ao chip é feito por uma forma padronizada e integrada na linguagem de programação.
Os modelos mais populares no mercado são os da família 8051(fabricado pela intel),
PIC (fabricado pela Microchip), AVR (da Atmel), BASIC Stamp (fabricado pela Parallax) e o
BASIC Step (fabricado por Tato equipamentos). Os microcontroladores favorecem no
desenvolvimento de novos projetos de hadware e software, pois seu uso possibilita aos
desenvolvedores usarem sua criatividade e imaginação. Martins (2005) diz que a utilização
desses equipamentos facilita na concepção de novos softwares e hardware mesmo para
iniciantes, pois no passado a utilização de elementos da eletrônica era sinônimo de elaboração
de circuitos complexos e a maioria das ferramentas eram destinadas para desenvolvedores mais
experientes. Com passar do tempo houve o barateamento dos microcontroladores, além da
facilidade no seu uso, no qual proporcionou o surgimento de ferramentas melhores e mais
simples.
2.2. Sistemas de Potência
Segundo site colaborativo Wikipédia (2016), Sistemas elétricos de potência (SEP) são
grandes sistemas de energia que englobam geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica. A geração de energia elétrica se faz em usinas localizadas em função de suas
características próprias. Usinas hidrelétricas, que usam represamento de rios e lagos, são
localizadas nos pontos dos rios e lagos considerados mais eficientes para o armazenamento do
volume ideal de água. Usinas térmicas podem ser localizadas em pontos mais convenientes para
a transmissão e controle. Geradores eólicos são localizados em pontos com maior volume de
ventos. O sistema elétrico de potência engloba todas as formas de geração de energia elétrica e
sua transmissão até os consumidores.
O SEP, que conforme a norma regulamentadora nº 10, regulamentada pela Portaria n.º
3.214, de 08 de junho de 1978, trata-se do conjunto de instalações e equipamentos destinados
à geração, transmissão, medição e distribuição de energia elétrica. Por exemplo: Subestações,
Geradores, Linhas (Transmissão ou Distribuição), etc. Hoje em dia os sistemas elétricos de
potência representam as maiores e mais complexas máquinas já construídas pelo homem, o que
exige técnicas e estudos cada vez mais precisos e refinados para construir, manter e operar estas
máquinas. Além disso, eles estão expostos a condições adversas e imprevisíveis que podem
levar a situações de falha ou má operação, causando transtornos e problemas a todos que
dependem da energia elétrica.

2.3. O Uso de Simuladores na Educação


Laroza e Seabra (2015), apontam resultados sobre REA-UML: Recurso Educacional
Aberto para Ensino da UML, concluindo que pode-se explorar conteúdos de ensino extra classe
obtendo melhores resultados e maiores ganhos na aprendizagem dos estudantes através de
softwares com diferentes mídias computacionais.
A partir da ideia de que a aprendizagem representa uma mudança de comportamento
(Giusta 1985), buscam-se formas de prover experiência aos alunos. Nesta busca pelo
conhecimento os simuladores têm representado um grande aliado, evoluindo e atraindo
estudantes das mais variadas áreas do conhecimento. Busca-se, normalmente, nestas
simulações, prover informações com características da vida real, permitindo a participação em
cenários e situações próximos às vivenciadas no dia a dia.
Atualmente, não existem definições precisas sobre o termo simulação. Para Machado,
Moraes e Nunes (2009), estas visam apresentar situações práticas vivenciadas no dia-a-dia e
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tem como objetivo principal proporcionar o treinamento de profissionais, em várias áreas do


conhecimento, situações críticas, conscientização de crianças, jovens e adultos.
Ziv et al. (2003) definem simulação como uma “técnica em que se utiliza um simulador,
considerando-se simulador como um objeto ou representação parcial ou total de uma tarefa a
ser replicada”. De acordo com Bass (2006) simulação se refere à aplicação de modelos
computacionais para estudo e previsão de eventos ou comportamentos, disponibilizado para
uma ampla gama de aplicações e sendo utilizada principalmente na área da educação. Para
fins de treinamento, os simuladores podem ser aplicados para apresentar situações críticas, que
envolvam algum tipo de risco, tomada de decisões ou desenvolver habilidades específicas. Com
base nisso, os simuladores para a área médica tem evoluído muito. Em estudos de Muller (1990)
e Vozeniek et al (2004) é evidenciado que a simulação pode ser aplicada tanto no ensino como
na avaliação, pois em função de atividades práticas é possível avaliar tanto o conhecimento
quanto a competência. Bergeron (2006) cita algumas características importantes no
desenvolvimento de simuladores para a área da educação, que são:
a) Precisão de conteúdo (Content accuracy): Estudo preciso sobre o tema abordado
para que o usuário possa aprender conforme a realidade do caso estudado, ou seja,
simulando realmente a vida real.
b) Conhecimento do domínio (Domain experts): Relacionado à precisão e a detalhes
que devem ser observados no desenvolvimento do simulador.
c) Princípio do projeto (Design principles): O projeto deve refletir uma especificação
de requisitos que define a interação dos usuários levando em consideração estilos,
facilidade de uso, entre outros.
d) Pessoal (Staffing): A necessidade de especialização de domínio e precisão do
conteúdo coloca exigências específicas sobre as necessidades de pessoal.
Segundo Rankin e Vargas (2008), muitas vezes os simuladores utilizam recursos gráficos
avançados para envolver o usuário em um ambiente similar ao real para tomadas de decisão.
Podem ser simulados: um ambiente, uma situação, uma ação e reação envolva o assunto. Parte
do pressuposto de que textos longos explicativos podem ser substituídos pela ilustração de
processos. Normalmente, o simulador busca reproduzir fielmente a realidade, contextualizando
o assunto e deixando o usuário explorar possibilidades em um ambiente semelhante ao
encontrado na realidade. O aperfeiçoamento de simuladores para determinada área se dá, em
grande parte, no uso e refinamento da Inteligência Artificial (IA). Nos simuladores a IA pode
ser sumarizada como algoritmos que podem manipular conceitos, uso de heurística,
representação do conhecimento, suporte a dados imprecisos, múltiplas soluções e integrar
mecanismos de aprendizado de máquina (Gamberini et. al. 2009).
De acordo com Bourg e Seemann (Voss et al. 2005) é possível dividir as técnicas de IA em
dois grupos: determinísticas e não determinísticas. As primeiras são previsíveis, fáceis e rápidas
de implementar, porém, a previsibilidade restringe a simulação, depois de algumas iterações o
usuário perceberá quais os próximos estados e eventos. As não determinísticas facilitam a
aprendizagem proporcionando uma simulação com final imprevisível. A dificuldade está na
implementação e na depuração dos erros e testes de eventos específicos comparados aos
determinísticos. Os tipos de simuladores com o uso de IA são divididos por Machado et al.
(2009) de acordo com sua atuação em dois níveis: controle de nível superior e o controle de
nível inferior, este se referindo às decisões relacionadas ao enredo e aquele a decisões
descentralizadas nas tomadas de decisão internas do simulador.
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3. METODOLOGIA
O projeto foi desenvolvido utilizando-se a plataforma arduino, programação em unity3d,
medidores de tensão e corrente, relés de acionamentos de 12vts a 24vts, servo motores a nível
eletrônico, impressora 3d e um simulador com instruções (Figura 2), programado na linguagem
C# dentro da plataforma unity3d que comunica através da conexão lógica RJ-45 com o arduino.
Os componentes citados no texto contemplam basicamente todo o projeto que está sendo
implantado.
Figura 2 – Simulador Desenvolvido do SAGE

Todo o projeto da maquete se baseia no sistema de distribuição de energia da


Eletrobrás/Eletronorte, simulando as quatro linhas de 500KV(127vts) que chegam na SE
Marabá, passando por um banco de capacitores e reatores de pequeno porte(nível eletrônico)
para fim de controle adequado dessa tensão sem haver perdas ou aumentos robustos da mesma
forma como é empregado na SE Marabá em prática; com relés de contato NB e NA que variarão
de 12vts a 24vts serão simulados todos os disjuntores de abertura em carga com extinção de
arco e com resfriamento á óleo e chaves seccionadoras de abertura sem carga que são utilizados
na SE Marabá, transformadores e autotransformadores serão simulados através de
transformadores a nível residencial adaptados dentro de uma forma impressa para a maquete
em questão, intertravamentos são simulados por relés NA e NB de 12vts a 24vts. Os
componentes construídos simulam todo o circuito da SE Marabá de forma que as linhas de
500KV entram na subestação e inicialmente são ligadas em paralelo a um banco de capacitores
e indutores, em seguida passam por um serie de disjuntores e chaves seccionadoras afim de se
ter uma segurança na operação da mesma; na sequência essas linhas seguem para
transformadores que irão abaixar essa tensão para 230KV para seguir para outros centros
urbanos e de acordo com o tamanho do centro urbano na qual se quer distribuir essa energia, é
abaixado ainda mais para 69KV de acordo com a demanda após esse abaixamento, segue-se
linhas para outras centros urbanos com subestações Eletrobrás ou para as concessionárias das
respectivas cidades. Todos os componentes citados no texto acima são controlados pelo
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ambiente virtual criado pelo unity3d simulando a maquete física ligados ao arduino que
comunica com cada componente da maquete através das entradas e saídas digitais.

3.1. Mini Subestação


A mini subestação (Figura 3 e Figura 4) é uma réplica em pequena escala de subestação,
sua finalidade é reproduzir na prática as atividades técnicas referentes ao SAGE (Sistema
Aberto de Gerenciamento de Energia), integrando-o a uma plataforma de software livre
ARDUINO que terá o papel de interpretar os comandos do sistema SAGE e convertê-los em
sinais analógicos que acionaram chaves eletromagnéticas (relés), que por fim acionam: Led’S,
Rotores, etc.

Figura 3 - Sistematização do Esquema de Ensino

COMANDO

CIRCUITO DE CHAVES
Simulador SAGE PLACA DO ARDUINO ELETROMAGNÉTICAS

STATUS DO
COMANDO

MAQUETE DA
SUBESTAÇÃO

Figura 4- Mini Circuito interligado: banco de capacitores, bobinas,


transformadores, relés e circuito de controle.
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4. CONCLUSÃO
Com esta pesquisa aplicada, percebemos que a utilização de uma maquete, ou seja, um
sistema reduzidos que imita uma subestação, leva a uma melhor compreensão e fixação entre
os estudantes do curso de engenharia elétrica e técnico em eletrotécnica sobre os sistemas de
potência e sobre o funcionamento da distribuição e transmissão de energia, levando conceitos
estudados em sala de aula a serem vistos na prática e ainda além da visualização, oferece
também aos discentes a possibilidade de execução de operações através de um simulador, fato
esse que não seria possível através somente em visitas a subestação e aulas expositivas.
Portanto esse sistema de maquete em conjunto de simulador permite a fixação dos
conhecimentos aprendidos em sala de aula, fazendo com que os alunos absorvam maior parte
dos conceitos teóricos estudados e dando uma visibilidade da importância do sistema elétrico e
entendimento prático do mesmo se tornando uma ferramenta adequada para a complementação
do ensino em sala de aula.
O Arduino juntamente com todos os componentes interligados entre si, demonstraram-se
ser uma alternativa viável para o desenvolvimento de tecnologias especificas aplicadas em
controle de sistemas analógicos e digitais, pois atendem as principais necessidades do projeto
como, preço, versatilidade no desenvolvimento, fácil integração com outros circuitos e
sensores, vasta quantidade de Shields, e a possibilidade de desenvolvimento de uma interface
amigável tanto para PC como para o operador do ambiente virtual.
Ao utilizar o Arduino e os demais componentes interligados entre sí ficou claro a
viabilidade no desenvolvimento de soluções, principalmente em relação a construção dos
circuitos e na codificação de software responsável por coletar e processar os dados da maquete
e do ambiente virtual criado em questão. No desenvolvimento percebe-se também o potencial
da plataforma Arduino para solucionar os mais diferentes tipos problemas não somente de sua
aplicação ao SAGE que é o sistema aplicado no controle da SE Marabá, como nas áreas
agrícolas e na indústria.
Para trabalhos futuros, está sendo desenvolvido em conjunto com o simulador e o mini
circuito, modelagens 3d de equipamentos do sistema de potência dentro da subestação para que
o estudante seja inserido em uma realidade virtual e perceba, além do princípio de
funcionamento, o equipamento em escala de proporções reais e detalhes para que seja
enriquecido ainda mais o aprendizado.

Agradecimentos
Gostaria de Agradecer a Deus em primeiro lugar, e posteriormente agradecer ao Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) que em parceria com a Universidade
Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) me
proporcionaram a oportunidade de fazer esta pesquisa através do Professor Manoel Ribeiro que
nos instigou para que o trabalho fosse desenvolvido. Agradecer também a
Eletronorte/Eletrobrás Marabá, na pessoa do senhor Marcio Farias e José Renato, pelos
materiais concedidos e as explicações a respeito de procedimentos na subestação de Marabá.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SIMULATOR WITH MINI SUBSTATION FOR TEACHING


DISCIPLINE IN POWER SYSTEMS ENGINEERING COURSES AND
ELECTRICITY

Abstract: This paper presents the studies using the custom Arduino platform for employment in
a mini circuit, or model , educational for the demonstration of the physical operation of the
substation Eletronorte in Maraba municipality located in the Pará state Southeast region. the
goal is to build a system in conjunction with the simulator that faithfully represents the process
control and power transmission to the teaching of basic principles of power systems . The tool
shows that the proposed system is presented as a good alternative to be explored in the
classroom contributes to the theme of learning.

Key-words: Simulators, Arduino, Education, Power Systems.

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