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Aula 2.1.

h – Estudo do
Comportamento Mecânico dos
Condutores
Vãos Isolados e Planos
Figura característica: catenária (do latim, catena = corrente)
Y

A
T
A B
F

'
M
f

H O X
To ps
hs

Distância A = vão; Pontos A e B à mesma altura  curva simétrica; Ponto O = “Vértice


da catenária” e centro do par de eixos de coordenadas X e Y; distância OF = f “flecha”;
hS = distância de segurança estabelecida por norma.

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Vãos Isolados e Planos
p [kgf/m] = peso unitário do condutor; L [m] = comprimento do condutor  L>A
Y

A
T M = ponto qualquer da curva;
A B
F
s = Comprimento OM;
'
M
f
Forças atuantes em OM:
H O X
ps = peso de s;
To ps T0 = Tração tangente em O;
hs T = Tração tangente em M.

Projetando essas forças sobre o eixo OY: Tsen   p  s (1)

Projetando essas forças sobre o eixo OX: T cos   T0 (2)

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Vãos Isolados e Planos
Considerando agora todo o segmento OB  M se deslocará para B e T
passará a ser tangente à curva em B.
Y

A
T
A B
F

'
M
f

H O X
To ps
hs

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Vãos Isolados e Planos
Novas equações de equilíbrio

pL
Tsen   3
2
T cos   T0 4 

T equilibra as demais forças, é chamada reação da estrutura ao sistema de


forças atuantes, quais sejam:
a) uma força horizontal e constante T0  T cos 
pL
b) uma força vertical V   Tsen 
2

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Vãos Isolados e Planos
Y
Observações:
A
T
1. T varia ao longo da
A B curva, em função de s;
F

' 2. será mínimo para ’=0,


M
f quando T=T0;
O
H X
3. será máximo em A ou p  L
hs
To ps
B, quando     actg 2T 6
0
4. na prática a variação de
T é muito pequena.

ps p s
Tsen   p  s (1) Dividindo (1) por (2): tg     arctg
T0 T0
T0
T cos   T0 (2) Da equação (2): T  5
cos 

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Vãos Isolados e Planos – Exemplo 1
 Para 350 m (admitindo LA)
 LT de 138 kV.   arctg
pL
 arctg
0,7816  350

 Cabo CAA: 30 fios de AL 2T0 2  1.545
e 7 de aço – oriole,   5,055925o
336.4 MCM. T 1.545
T 0   1.551,0428 kgf
 S = 210,3 mm2. cos  cos5,05925
 CR = 7.735 kgf. T  0,391 %
 p = 0,7816 kgf/m.  Para 1.000 m (admitindo LA)
 T0 = 1.545 kgf. pL 0,7816  1.000
  arctg  arctg 
 T nos ponto de 2T0 2  1.545
suspensão? Para:   14,19494o
 A = 350 m, e
T 1.545
 A = 1.000 m. T 0   1.593,6592 kgf
cos  cos14,19494
T  3,1495 %

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Vãos Isolados e Planos – Exemplo 2
No exemplo anterior calcular o valor do vão que levará o condutor a se
romper nos suportes.

T
De (4)  T0 = T cos  cos = 0
T
T0  1.545Kgf
Fazendo: 
T  7.735Kgf ( corresponde a tensão de ruptura do condutor)
pL
De (6)  tg = Para L  A 
2T0
  1.545 
2 1.545  tg cos 1 
2T0 tg   7. 735 
A   19.393,95 m
p 0,7816

Portanto para A  19.400 m o cabo se romperia nos pontos de suporte;


(observação: situação teórica, pois os vãos não são, na prática, tão
extensos).

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Grandes Travessias
Sistema 132kV
Groelândia (travessia de um fiorde)
Vão: 5374 m
Altura: 18 m

9/38
Grandes Travessias

Sistema Tucuruí 500kV


Travessia do Rio Tocantins
Vão: 1335 m
Altura: 116 m

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Equação dos Cabos Suspensos
ps dy
Y
tg  Chamando: tg  z
A
T0 dx
T
ps
A
F
B
z Diferenciando:
'
T0
M
f
p p
H O X dz  ds  dx 2  dy 2
To ps T0 T0
hs

dz p dz p
ou:  1  z2   dx
dx T0 1  z2 T0


Integrando: n  z  1  z 2    p
T0
x , com constante de integração nula pois para x=0, z=0.

 z  1  z 2  ep T0 x

Subtraindo ep T0 x  e  p T0 x  x 
Portanto:  membro a z   senh  
 z  1  z 2  e  p T0 x membro:
2  T0 p 
Como z=dy/dx, vem, por integração: Para x=0, y=0, cosh(0)=1  C=-T0/p:
T0   x   Equação
T  x 
y  0 cosh    C y cosh   1 7  da
p T /
 0  p p  T / p
 0   catenária

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Equação dos Cabos Suspensos
T0   x   T0
A partir da equação da catenária: y   cosh    1 7 , designando: C1 
p  T / p
 0   p

 x 
y  C1 cosh  1, desenvolvendo cos h(x/C1) em série:
 C1 

x x2 x4 x6 xn
cosh  1   
2 4 6
C1 2C1 4!C1 6!C1 n!C1n

Nas linhas reais C1 > 1.000  é suficiente empregar os dois primeiros termos da série:

x 2 px 2
y  8 Equação de uma parábola cujo coeficiente é p/2T 0
2C1 2T0

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Expressões para as Flechas Y

A
T
A B
F

M '
f

H O X
To ps
hs

T0   x    A 
Catenária: y   cosh    1  f  C1 cosh  1
p   T0 / p    2C1 
A
Para x = yf
2 px 2 pA 2
Parábola: y  f 
2T0 8T0

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Cálculo de Flechas - Exemplo
Flecha (m)
 LT de 138 kV.
 Cabo CAA: 30 fios de Vão (m)

AL e 7 de aço – oriole, Catenária Parábola


336.4 MCM.
 p = 0,7816 kgf/m. 7,7464
350 7,7515
 T0 = 1.545 kgf. f=5,1 mm
 Flecha para:
63,2363
 A = 350 m, e 1.000 63,5741
f=337,8 mm
 A = 1.000 m.
Na prática o uso da equação da parábola leva a resultados plenamente satisfatórios

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Cálculo do Comprimento dos Cabos
De acordo com a geometria analítica, para uma curva qualquer:
2
x2 x2  dy 
Lx  x dx  2
 dy  
2
x 1    dx
1 1  dx 
dy x x 2 x
Foi visto que: z   senh , sabendo que: cosh  1  senh
dx C1 C1 C1

x 2 x x x x
Integrando de 0 a x: Lx  0 1  senh
C1
dx  0 cosh
C1
dx  C1senh
C1

A
Para a curva inteira no vão A: L  2C1senh Fórmula exata para a catenária
2C1
A
Desenvolvendo senh e considerando apenas os dois primeiros termos:
2c1
A 3p 2
LA Fórmula aproximada para a parábola.
24T02

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Cálculo dos Comprimentos - Exemplo

 LT de 138 kV. Comprimento (m)


 Cabo CAA: 30 fios de
Vão (m)
AL e 7 de aço – oriole,
336.4 MCM. Catenária Parábola
 p = 0,7816 kgf/m.
 T0 = 1.545 kgf. 350 350,4573
350,4572
f=0,1 mm
 Comprimentos para:
 A = 350 m, e 1010,6635
 A = 1.000 m. 1.000 1010,6977
f=34,2 mm

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Suportes a Diferentes Alturas
Ae = vão equivalente

Da catenária:

 x 
y  C1 cosh  1
 C1 

Da figurax1  x 2  A

x1  x 2  A'

 x   x 2   x x2 
h  y1  y 2  C1  cosh 1  1   cosh  1  h  C1 cosh 1  cosh 
 C1  
a VB
TTo A
Y
Ae
f
sf f'es
A'

TBV
ToB
B'

X2 X X1
h=Bfo

C1   C1 C1 
x1  x 2 x x
Que pode ser transformada em: h  2C1senh senh 1 2
2C1 2C1

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Cálculo do Vão Equivalente
Lembrando que:x1  x 2  A x  x2
h  2C1senh 1
x  x2
senh 1 
 2C1 2C1
x1  x 2  A '
A A A' h 1 h A
h  2C1senh senh  senh   cos ech (*)
2C1 2C1 2C1 2C1 senh A 2C1 2C1
2C1
3
x3 x5 A' A'  A '  1
Da série do seno: senhx  x      senh     
3! 5! 2C1 2C1  2C1  3!
1 x 7x3  A  1 A
Da co-secante: cos echx       cos ech    
x 6 360 2C
 1 A 12 C1
2C1
Utilizando os primeiros termos das series e substituindo em (*)

A' h 1 2h 2hT0 2hT0


  A  C1   A e  A  A  A 
2C1 2C1 A A Ap Ap
2C1

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Cálculo dos Esforços
Carga vertical no ponto superior
de suspensão, A:

1 Ap hT0
VA  A e p  VA   kgf 
2 2 A

Carga vertical no ponto inferior de


suspensão, B:

1  1 
VB   A e  A' p   A  A  A p
2  2 
TA
2hT0 VA
A e  A  A; A 
Ap TA  VA2  T02
Ap hT0
 VB   kgf  Cálculo da tração axial: T0
2 A VB TB
A e2 p TB  VB2  T02
Flecha do vão equivalente: f e 
8T0 T0

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Cálculo dos Esforços - Exemplo
Forças verticais:
 LT de 138 kV. Suporte superior
 Cabo CAA: 30 fios de AL e VA 
Ap hT0 350 x 0,7816 40x1.545
    313,351Kgf
2 A 2 350
7 de aço – oriole, 336.4
Suporte inferior
MCM.
Ap hT0 350x 0,7816 40x1.545
VB      39,7914Kgf
 p = 0,7816 kgf/m. 2 A 2 350
 T0 = 1.545 kgf. Observar que : VB<0 (estrutura em
arrancamento). Verificação a partir de Ae:
 A = 350 m. 2hT0 2 x 40x1.545
Ae  A   350   801,82 m
 Vão desnivelado (h=40 m). Ap 350x 0,7816
Ae
 Calcular os esforços A  350  Ocorrerá arrancamento.
2
atuantes. TA  15452  313,352  1.576,46 kgf
Forças axiais:
TB  15452   39,792  1.545,51 kgf

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Comprimento dos Cabos para Vãos em
Desnível Fazendo mudanças de coordenadas
desenvolvendo em séries 
e

A Para a
L  B2  4C12senh 2
2C1 catenária

Fazendo h=B=0 (vãos nivelados):


A
L  2C1senh
2C1

2

2 A 2  . Fazendo B = 0 e lembrando que para <<1:
Para a parábola: L  B  A 1 
 12C 2 
 1  2 2
1   1
3 2 2
A p
 L A (Equação para vãos nivelados)
24T02

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Flechas em vãos Inclinados
fs: é importante quando o
perfil do terreno é mais ou
h=B
menos paralelo à linha entre
apoios

f0: é importante na definição


do afastamento dos cabos a
obstáculos que a linha cruza
nesse ponto.

Pode ser mostrado que

2
A 2 A 2p  h 
fS   f 0  fS 1  
8C1 8T0  4f S

22/38
Vãos Contínuos e Iguais

Premissas:

• suportes são rígidos;


• os cabos podem deslizar livremente sobre os suportes intermediários;
• nessas condições, o condutor tomará, em cada um dos vãos intermediários,
a mesma forma;
A
• comprimento dos vãos: a  , n = número de suportes.
n 1

23/38
Vãos Contínuos e Iguais

Suportes extremos Suportes intermediários


pl pa pl pl
Forças verticais: VA  VB   V   pl  pa
2 2 2 2
T0 As componentes
TA  TB 
cos  horizontais se anulam.
Forças axiais: pa
  arctg 2
2  pa 
2T0 T V  T02     T02
 2 

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Vãos Contínuos e Desiguais

a a  a  a3 genericamente a  a i 1
VC  V2  V3  p 2  3   p 2 Vi  p i kgf
 2 2  2 2
Ti e Ti+1 serão diferentes: são maiores para os vãos maiores.

As flechas se distribuirão na razão dos quadrados pa i2 pa i21 f  a 


2
dos vãos: fi  ; f i 1   i   i 
8T0 8T0 f i 1  a i 1 

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Conceitos Adicionais

a i  a i 1
am  [m]
2

 Vão médio (am) de uma estrutura: semi-soma dos vãos


adjacentes (vão de vento).
 Vão gravante (aG) de uma estrutura: indica o valor da força vertical
que um cabo transmite à estrutura (vão de peso).

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Sucessão de Vãos Desiguais e Cabos
Suspensos em Alturas Diferentes

DEVC0T DCVV
CBDV CBV hCD0T OdDEF0T OEDV000T=TT
D
hBC BATTTTTTV Oc E Oe
hAB 0TacBCObV BA000
Onaa BC
VA0 TT0AB bmn
A aAB BCcma cCDna dm dDEna EFena

27/38
Estrutura em Arrancamento

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Efeito da Variação da Temperatura – Equação da
Mudança de Estado-Vão Isolado
Avaliação física:
Dilatação térmica:
t: t1 t2  L 2  L1  L1 t t 2  t1  m  L  L 2  L1  L1 t t 2  t1 
onde: t [1/ºc] =coeficiente de dilatação térmica linear.
Deformações elásticas:
Cabos presos aos suportes  T0 : T01 T02

Obedecem a Lei de Hook: “as deformações elásticas são proporcionais as tensões aplicadas”
. L1 T02  T01 
Deformação elástica: L elastica 
ES
Sendo: E [Kgf/mm2] = módulo de elasticidade do condutor e S [mm 2] = área da seção
transversal
L1 T02  T01 
Variação total no comprimento do condutor: L 2  L1  L1 t t 2  t1   ES
(*)

29/54
Efeito da Variação da Temperatura – Equação da
Mudança de Estado-Vão Isolado
Avaliação geométrica:
A e A T01 e
C 
T02
Sabendo que: L1  2C1senh L 2  2 C 2 senh , onde C1  2
2C1 2C 2 p p

 A A 
L 2  L1  2 C 2senh  C1senh  (**)
 2C 2 2C1 

Igualando (*) e (**) e simplificando:

 A  
 C senh 
1  
2
2C 2  1
t 2  t1  
 A
1 

T02  T01 
 t  C senh ES 

 1
2C1  
  
Fazendo o mesmo raciocínio para equações parabólicas, vem:
 2 2  ESp 2 A 2 Equação de
2 ESp A
3
T02  T02   ES t t 2  t1   T01   mudança de
2 24
 24T01  estado

30/38
Variação da Tração com a
Temperatura para Vários Vãos

31/38
Equação da Mudança de Estado-Vão
Contínuo

Tramo de amarração
an
Avaliação geométrica da variação do comprimento total do cabo: L 2  L1   l 2  l1 
a1

32/38
Equação da Mudança de Estado-Vão
Contínuo - Continuação
Lembrando que para p 2a 3i  1 1  p 2 a n  1 1  3
2  1   L 
 2 1L   2  a i (**)
cada vão “i”:  2
24  T02 T01 2  24  2
a1  T02 T01 

a
Por outro lado, pela variação da temperatura + a L  L  n a  t  t   T02  T01 
elongação (Lei de Hooke): 2 1  i t 2 1
ES  (***)
a1  
an
3
2
 ai
p  1 1  a1 T T
Igualando (**) com (***):  t t 2  t1     02 01 (****)
an 24  T02
2 2  an
T01   ai ES
3
 ai a1
2 a
Fazendo A r  1 A equação (****), após substituições, se transforma em:
an
 ai
a1
Vão regulador
 2 2  ESp 2 A 2
2 ESp A r a13  a 32  a 33  ......a 3n
3
T02  T02   ES t t 2  t1   T01   r
Ar 
2 24 a1  a 2  a 3  ......a n
 24T01 

33/38
Resolução da Equação de Mudança
de Estado
 ESp 2 2
A  ESp 2 2
Ar
3 2
T02  T02  2
r
 ES t t 2  t1   T01  
 24T01  24

 ESp 2 2
A  ESp 2 2
Ar
3 2
T02  T02  2
r
 ES t t 2  t1   T01   0
 24T01  24

 ESp 2 2
A  ESp 2 2
Ar
f T02   T02  T02 
3 2
2
r
 ES t t 2  t1   T01   0
 24T01  24

34/38
Resolução da Equação de Mudança
de Estado
f T02   0
f T02 k 
T02 k 1  T02 k  ' (Método de Newton)
f T02 k 
 ESp 2 2
A  ESp 2 2
Ar
f T02   T02  T02 
3 2
2
r
 ES t t 2  t1   T01  
 24T01  24

f T02   T023  k1T022  k 2

f ' T02   3T02


2
 2k1T02

35/38
Exemplo 1
 LT de 138 kV. T02 0   1600kgf
 Cabo CAA: 30 fios de AL e 7
de aço – oriole, 336.4 MCM. k1  -88,9044
 p = 0,7816 kgf/m. k 2  5,3023e + 009
 S = 210,3 mm2.
iteração T02 (kgf)
 A = 350 m.
0 1600
 E = 8086kgf/mm2.
1 1763,1
 αt = 18.10-6°C-1.
2 1743,3
 T01 = 1.545 kgf. t1 = 20°C 3 1743,8
 T02 =? t2 = -5°C 4 1743,8
5 1743,8
6 1743,8

36/38
Exemplo 2
 LT de 138 kV. T02 0   ?
 Cabo CAA: 26 fios de AL e 7
de aço – grosbeak, 636 k1  ?
MCM.
k2  ?
 p = 0.1302
 S = 374.8 iteração T02 (kgf)
 A = 250 m. 0
 E = 7593 1
 αt = 18.9.10-6 2
3
 T01 =2213,4 t1 = 20°C
4
 T02 = ? t2 = 35°C 5
6

37/38
Exemplo 3
 LT de 138 kV composta por três T020   800
vãos (300 m, 370 m, 350 m).
 Cabo CAA: 26 fios de AL e 7 de k1  ?
aço – linnet, 336 MCM.
 p = 0,6883 k2  ?
 S = 198
iteração T02 (kgf)
 A r= 343,75 m
0 800
 E = 7593
1
 αt = 18.9.10-6
2
 T01 = 1240,6 t1 = 20°C
3
 T02 = ? t2 = 60°C 4
 f1=? f2=? f3=? 5
6

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Efeito da Mudança de Direção

Direção de FA: ao longo da bissetriz de 


FA  2T0sen
2

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Influência de Agentes Externos

 Três tipos:
 ocorrem freqüentemente durante toda a vida da
linha;
 ocorrem durante trabalhos de montagem e
manutenção;
 possuem probabilidade de ocorrência muito
pequena

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Agentes Externos Freqüentes

 Força resultante da pressão do vento sobre


os condutores.
 Força decorrente da redução da temperatura
dos condutores, abaixo daquela vigorante
durante o seu tracionamento.

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Demais Agentes Externos
 Esforços de Montagem e Serviço de
Manutenção:
 pré-tensionamento;
 “carrinhos de linha”, ....
 Esforços excepcionais ou acidentais:
 esforços de tração unilaterais de grande
intensidade (ruptura de um ou mais cabos);
 ruptura de estais;

Obs.: são muito raros, mas devem ser previstos nos


projetos.

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Efeito do Vento Sobre os Condutores
 Tópico regulamentado por
normas

p v  0,0045v 2
v = velocidade do vento [km/h];
 = coeficiente de efetividade
do vento (depende da
relação (d/p)(am/aG), como
também da velocidade do
vento:
  = 0,5 para cabos cuja
relação diâmetro / peso seja
igual ou maior do que 0,02; f v  p v  d  0,0045V 2   d kgf m 
  = 0,33 para cabos cuja a
relação diâmetro / peso seja p r  p 2  f v2 kgf m
inferior a 0,02.
43/38
Cálculo dos Esforços Adicionais do
Vento
 O aumento no peso provoca:
 Aumento nas trações T e To;
 O surgimento de uma força horizontal (Fv) que a estrutura deve
absorver.
 A flecha máxima passa a ser:
Pr A 2 Onde: T02 = novo valor da componente
f '
8T02 horizontal da tração nos cabos.
A
Em vãos isolados: FV  fv kgf 
2
 a i  a i 1 
F 
Em vãos contínuos: V   fv  a m f v
 2 

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Esforços do Vento em Vãos Inclinados
Caso de vãos isolados: Caso de vãos contínuos:

 A   ai a i 1 
FV  
2 cos   fv kgf  FV  
2 cos 

2 cos 
 fv
   i i 1 

A catenária resultante da ação


simultânea do peso do condutor e
da força devida a ação do vento
ficará em um novo plano, fazendo
simultaneamente um novo ângulo 
com a horizontal e um ângulo  com
a vertical.

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Avaliação do Balanço das Cadeias de
Isoladores  F 
  tg   1 h
  Fv 
soma das forças verticais aplicadas ao
 Fv kgf  ponto de suspensão dos condutores, nas
cadeias de isoladores;

 soma das forças horizontais


 Fh  Fh kgf  aplicadas ao ponto de suspensão
dos condutores nas cadeias de
isoladores.
n = número de condutores por fase;
 1 p = peso específico do condutor [kgf/m];
 Fv  npa G  Pi a = vão gravante [m];
 Fv 2 G
F Pi = peso da cadeia de isoladores [kgf].
Fvc = força do vento sobre os condutores (vista
1
 Fh  Fvc  2 Fvi kgf  anteriormente);
Fvi = força do vento sobre a cadeia de isoladores .
di = diâmetro dos isoladores [m];
Fvi  0,0045d i V 2 i kgf 
li = comprimento da cadeia de isoladores [m].

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Avaliação do Balanço das Cadeias
de Isoladores
•LT de 138 kV (COPEL):

•linha original em 69 kV;


•substituição do CAA
Partidrige 266,8 por CAL
Butte 321,8 MCM;
•temperatura de projeto
de 55°C para 75°C.

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Equação de mudança de estado

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Influência da variação simultânea da Temperatura e da carga de
vento – Equação da Mudança de Estado-Vão Isolado

Avaliação física:
Dilatação térmica:
t: t1 t2  L 2  L1  L1 t t 2  t1  m  L  L 2  L1  L1 t t 2  t1 
onde: t [1/ºc] =coeficiente de dilatação térmica linear.
Deformações elásticas:
Cabos presos aos suportes  T0 : T01 T02

Obedecem a Lei de Hook: “as deformações elásticas são proporcionais as tensões aplicadas”
. L1 T02  T01 
Deformação elástica: L elastica 
ES
Sendo: E [Kgf/mm2] = módulo de elasticidade do condutor e S [mm 2] = área da seção
transversal
L1 T02  T01 
Variação total no comprimento do condutor: L 2  L1  L1 t t 2  t1   ES
(*)

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Influência da variação simultânea da Temperatura e da carga de
vento – Equação da Mudança de Estado-Vão Isolado

Avaliação geométrica:
A e A T01 e T02
Sabendo que: L1  2C1senh L 2  2 C 2 senh , onde C1  C 2 
2C1 2C 2 p1 p2

 A A 
L 2  L1  2 C 2senh  C1senh  (**)
 2C 2 2C1 

Igualando (*) e (**) e simplificando:

 A  
 C senh 
1  
2
2C 2  1
t 2  t1  
 A
1 

T02  T01 
 t  C senh ES 

 1
2C1  
  
Fazendo o mesmo raciocínio para equações parabólicas, vem:
Equação de
2  ESp1 A  ESp22 A2
2 2
3
T02  T02  2
 ES t t 2  t1   T01   mudança de
 24T01  24 estado

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Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Montagem da
fundação.

51/38
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Idéia de
dimensão da
fundação
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Fundações para
uma estrutura
auto-portante.
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Fundações para
uma estrutura
auto-portante.
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Fundação central
de uma estrutura
estaiada.
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Estai

Varigrip

Parafuso em “U”
Âncora
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Estrutura
estaiada em
montagem
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Âncora do estai
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Aterramento da
estrutura estaiada.
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Cabo piloto sendo


lançado.

60/38
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Puller – cabo piloto


sendo recolhido, o
qual pucha o
condutor.

61/38
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Torre estaiada
pronta para
receber os cabos
condutores e pára-
raios.

Redes de
proteção para
LD’s.
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Condutor passando
pela roldana.

63/38
Detalhes Construtivos de uma Linha de
Transmissão

Condutor já
grampeado e com
os amortecedores
de vibração
instalados.

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