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ÁLEGBRA DE BOOLE
A álgebra lógica foi apresentada pelo matemático Britânico George Boole em 1847
(The Mathematical Analysis of Logic) em resposta a uma controvérsia entre Augustus De
Morgan e William Hamilton e mais detalhadamente em 1854 (An Investigation of the Laws
of Thought) e lida com a análise lógica. Em 1937 Claude Shannon provou que a álgebra de
Boole e a aritmética binária poderiam ser usadas em circuitos com relês, usados em
telefonia, e estabeleceu-se a álgebra digital ou álgebra binária.
3.1.1 Inversão
Y A A' (3-1)
A Y
0 1
1 0
A Y
3.1.2 Operação E
Pela operação E (AND em Inglês) uma expressão, composta por duas ou mais
variáveis, só é verdadeira se todas as variáveis forem verdadeiras ao mesmo tempo. As
representações da operação E entre duas variáveis A e B é dada por (3-2). A Tabela 3.2
apresenta a sua operação e a Figura 3.2 mostra a sua representação gráfica.
Y A.B AB (3-2)
A B Y
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
A
Y
B
E = Engenheiro,
I = Inglês,
C = Contratatação.
Pela operação Ou (OR em Inglês) uma expressão, composta por duas ou mais
variáveis, é verdadeira se pelo menos uma das variáveis for verdadeira. As representações
da operação OU entre duas variáveis A e B é dada por (3-3). A Tabela 3.3 apresenta a sua
operação e a Figura 3.3 mostra a sua representação gráfica.
Y A B (3-3)
A B Y
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
A
Y
B
EN = Engenheiro,
EC = Economista,
C = Contratatação.
2. X KLM NT (R S )
X DUAL ( K L M ).(N T RS )
Uma importante propriedade da álgebra de Boole é a dualidade, que garante que toda
expressão se mantém válida pela troca dos operadores E e Ou.
Exemplos:
2. S ABC C ( D E )
S ( A B C ).(C D E )
3.3 TEOREMAS
T1.a. X 1 1 T1.b. X .0 0
Prova feita através da tabela verdade. Como a coluna X 1 resulta em 1, fica provado!
X X 1
0 1
1 1
Deve-se observar que X pode ser uma variável ou uma expressão. Exemplo:
T2.a. X 0 X T2.b. X .1 X
Prova feita através da tabela verdade. Como X e X 1 são iguais, fica provado!
X X 0
0 0
1 1
Exemplo:
3.3.3 Idempotência
T3.a. X X X T3.b. X . X X
Prova feita através da tabela verdade. Como X e X X são iguais, fica provado!
X XX
0 0
1 1
Exemplo:
T4.a. X X 1 T4.b. X . X 0
Prova feita através da tabela verdade. Como a coluna X 1 resulta em 1, fica provado!
X X XX
0 1 1
1 0 1
Exemplo:
3.3.5 Comutativa
T5.a. X Y Y X T5.b. X .Y Y . X
Prova feita através da tabela verdade. Como as colunas X Y e Y X são iguais, fica
provado!
X Y X Y X Y
0 0 0 0
0 1 1 1
1 0 1 1
1 1 1 1
Exemplo:
j fk(r s) (s r)kf
3.3.7 De Morgan
T7.a. X Y Y . X T7.b. X . Y Y X
X Y X Y X Y X Y X .Y
0 0 1 1 0 1 1
0 1 1 0 1 0 0
1 0 0 1 1 0 0
1 1 0 0 1 0 0
k x xy y x y x y 1
3.3.6 Associativa
X Y Z X Y X Z Y Z (X Y) Z (X Y) Z (X Y) Z
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 1 1 1
0 1 0 1 0 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 1 0 1 1 1
1 0 1 1 1 1 1 1 1
1 1 0 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
3.3.8 Distributiva
T8.a. X (Y Z ) XY XZ T8.b. X YZ ( X Y )( X Z )
X Y Z XY XZ Y Z XY ZX X (Y Z )
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 1 0 0
0 1 0 0 0 1 0 0
0 1 1 0 0 1 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 1 1
1 1 0 1 0 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
T9.a. XY X Y X T9.b. ( X Y )( X Y ) X
Prova feita através de teoremas anteriores. Observa-se que a variável que varia é
eliminada e a parte constante é preservada.
XY X Y T 8.a
X (Y Y ) T 4.a
X .1 T 2.b
X
Exemplo:
T10.a. X XY X T10.b. X ( X Y ) X
Prova feita através de teoremas anteriores. Se um termo aparece em outro termo com
mais variáveis, esse termo com mais variáveis é eliminado (incorporado).
X XY T 2.b
X .1 XY T 8.a
X (1 Y ) T 1.a
X .1 T 2.b
X
Exemplo:
m ab ab(c (de a) f ) ab
3.3.11 Eliminação
T11.a. X XY X Y T11.b. X ( X Y ) XY
Exemplo:
n a b a . b (c d ) a b c d
X .Y X .Z Y .Z T 2.b
X .Y X .Z Y .Z .1 T 4.a
X .Y X .Z Y .Z ( X X ) T 8.a
XY X Z YZX YZ X T 8.a
XY (1 Z ) X Y (1 Z ) T 10.a
XY X Y
O termo fantasma é uma redundância e portanto pode ser inserida ou removida sem
prejuízo para a expressão. A inclusão ou remoção do termo fantasma pode (e deve) ser
usada para simplificar expressões.
Exemplo:
p ab ac cd bd ab ac bc cd bd ab ac bc cd ab ac cd
T13.a. XY X Z X Z X Y
T13.b. X Y X Z XZ X Y
Prova feita através de teoremas anteriores. Esse teorema é empregado para fazer
mudanças entre os formatos das expressões.
X Y X Z T 8.a
X X XZ Y X YZ T 4.a
0 XZ Y X YZ T 2.a
XZ Y X YZ T 12.a
XZ Y X
T a. b.
1 X 1 1 X .0 0
2 X 0 X X .1 X
3 XX X X .X X
4 X X 1 X .X 0
5 X Y Y X X .Y Y . X
6 X Y Z ( X Y ) Z X (Y Z ) X .Y .Z ( X .Y ).Z X .(Y .Z )
7 X Y Y . X X .Y Y X
8 X (Y Z ) XY XZ X YZ ( X Y )( X Z )
9 XY X Y X ( X Y )( X Y ) X
10 X XY X X (X Y) X
11 X XY X Y X ( X Y ) XY
12 XY X Z XY X Z YZ ( X Y )( X Z ) ( X Y )( X Z )(Y Z )
13
XY X Z X Z X Y X Y X Z XZ XY
Considere os dois exemplos a seguir, que podem ser solucionados com os recursos
da álgebra de Boole.
Deve-se determinar a expressão que estabelece a operação desse sistema. Para isso,
algumas considerações devem ser estabelecidas e devem-se usar o menor número de
variáveis. Assim, tem-se:
I = Inverno I = Verão
U = Baixa umidade do solo U =Alta umidade do solo
T = Baixa temperatura T = Alta temperatura
Assim, o sistema irá funcionar quando tiver baixa temperatura Ou temperatura alta E
verão.
3.4 EXERCÍCIOS
A WXYZ X Y
B XY X
C ( X 1 X 2 )( X 1 X 1 X 2 ) ( X 2 X 2 X 2 )
D WXY (W X W Y ) W X Y (W X X Y )
E X Y Y ZX
F A1 A2 A3 ( A1 A3 A2 A1 A3 A1 A2 )
G A BC
H AB( AC B)
I A.B(C D)
J ( X YZ )( X YZ )
K ABC ABC ABC ABC
L A(C D) C ( A B)
M ABC AB A
N ( A B)(C AB)
O XY .YZ
P A B ABC
Q ( X Y )Y Z
Y X S T Z
A XY ZW XYW XYZW
B ( X Z )( X Z )( A Y ZW )
C ( x y z) z xy wz