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1ª Chamada – 1º ANO

01. Esse processo concentra a população de renda mais elevada e maior poder político
em áreas mais centrais e privilegiadas em termos de empregos, infraestrutura básica e
serviços sociais. Ao mesmo tempo, redistribui a população menos favorecida quanto a
esses aspectos, constituindo uma ocupação periférica que se estende até os
municípios limítrofes. Neles, as condições de acesso às áreas mais centrais são
agravadas pelas grandes distâncias e pelas dificuldades relacionadas à eficiência do
sistema de transporte.
CAIADO, M. C. S. Deslocamentos intraurbanos e estruturação socioespacial na metrópole brasiliense. São Paulo em Perspectiva, n. 4, out.-dez. 2005.
O texto caracteriza um estágio do processo de urbanização marcado pela

a) segregação socioespacial.
b) emancipação territorial.
c) conurbação planejada.
d) metropolização tardia.
e) expansão vertical.

Comentários: Mais do que a localização da moradia de cada grupo, a segregação


socioespacial se refere ao próprio processo de construção da cidade, como a estrutura
de serviços públicos é distribuída pela malha urbana — transporte coletivo, educação,
saúde e oportunidades de emprego — e, então, como as pessoas estabelecem suas
moradias a partir desse contexto.

02.
A cidade a situação sempre mais ou menos,
Sempre uns com mais e outros com menos.
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce.
CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento).
A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma questão presente nos centros
urbanos brasileiros que se refere ao(à)
A déficit de transporte público.
B estagnação do setor terciário.
C controle das taxas de natalidade.
D elevação dos índices de criminalidade.
E desigualdade da distribuição de renda.

Comentário: A letra da canção enfatiza a desigualdade na distribuição de renda, na


medida em que enfoca no enriquecimento daqueles que já são ricos e do
empobrecimento daqueles que já estão na parte de baixo do estrato social.
2ª Chamada - 2º ANO
01. Foi-se o tempo em que era possível mostrar um mundo econômico organizado em
camadas bem definidas, onde grandes centros urbanos se ligavam, por si próprios, a
economias adjacentes “lentas”, com o ritmo muito mais rápido do comércio e das
finanças de longo alcance. Hoje tudo ocorre como se essas camadas sobrepostas
estivessem mescladas e interpermeadas. Interdependências de curto e longo alcance
não podem mais ser separadas umas das outras.
BRENNER, N. A globalização como reterritorialização. Cadernos Metrópole, n. 24, jul.-
dez. 2010 (adaptado).
A maior complexidade dos espaços urbanos contemporâneos ressaltada no texto
explica-se pela
a) expansão de áreas metropolitanas.
b) emancipação de novos municípios.
c) consolidação de domínios jurídicos.
d) articulação de redes multiescalares.
e) redefinição de regiões administrativas.

Comentário da questão
A questão fala da interrelação comercial dos processos urbanos contemporâneos. Com
a crescente globalização e complexificação dos meios produtivos, existe também o
aumento da dependência entre redes, sejam elas materiais, como os transportes ou
imateriais, como comunicação. É característica da contemporaneidade a terceirização
e a distribuição industrial de mesmo setor produtivo entre países, em diferentes
cidades.
02. As novas tecnologias foram massificadas, alcançando e impactando de diferentes
formas os lugares. A ironia proposta pela charge indica que o acesso à tecnologia está:
A) vinculado a mudanças na paisagem.
B) garantido de forma equitativa aos cidadãos.
C) priorizado para resolver as desigualdades.
D) relacionado a uma ação redentora na vida social.
E) dissociado de revoluções na realidade socioespacial.

Resposta: E
Comentário: Para resolver a questão é necessário uma análise da charge apresentada
em que a mãe fala com o filho, em uma distância curta, pelo telefone. Além disso as
características - esgoto a céu aberto, casa feita de madeira e relevo inclinado - do local
onde os personagens da charge se encontram evidenciam que trata-se de uma pobre.
Sendo assim, a ironia da charge encontra-se no fato que o acesso à tecnologia não
necessariamente modifica o espaço onde ela está inserida.

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