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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
GIULIANA LIMA
2019.2.04884-11
2019.1.01888-11
2015.1.03044-11
2015.2.06239-11
RIO DE JANEIRO
MAIO /2021
Processo de Escolarização do Brasil
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A Constituição de 1934 foi a primeira a incluir em seu texto um capítulo inteiro
sobre a educação. Fruto da forte centralização nacional que marcou o período
varguista, o sistema educacional seguia as orientações e determinações do governo
federal. A autonomia dos Estados era bastante limitada e regulada. Em 1942, foi
regulamentado o ensino industrial. No mesmo ano, surgem as escolas do SENAI,
direcionadas, especialmente, às camadas mais pobres da população.
Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB). O documento institui um núcleo de disciplinas comuns a todos os ramos. Mas
é na segunda versão da LDB, que se torna possível enxergar um sistema de ensino
mais parecido com o atual. Neste documento, de 1971, fica obrigatória a conclusão
do primário, fixado em oito anos, e passam a ser utilizados os termos 1º grau e 2º
grau - nesta segunda fase escolar, procura-se imprimir um caráter mais técnico, por
preferência dos militares que comandavam o país. Essa ideia prevaleceu até 1982.
Embora o Ensino Fundamental esteja praticamente universalizado no Brasil, a
valorização do professor é um problema secular no Brasil, o que faz da qualidade do
ensino, desde a educação infantil, nosso maior gargalo”, pondera Rosa Fátima.
O ensino de ciências no Brasil teve início em 1937. Neste ano as disciplinas
científicas, a saber, física, química e geologia, foram adicionadas no currículo do
ensino secundário (equivalente ao atual Ensino Fundamental) do Colégio Pedro II.
Contudo, foi só em 1950 que o ensino das ciências da natureza foi solidificado.
Quando a revolução industrial no Brasil fez perceber a importância da ciência e
tecnologia como fundamentais na economia da sociedade.
As aulas de ciências eram ministradas sem muitas atividades práticas, mas
com muito conteúdo, que era apresentado de forma expositiva, com livros
desatualizados. Em 1961 foi inaugurada uma Lei de diretrizes e Bases (Lei n°
4.024), que aumentava a carga horária das disciplinas científicas para o colegial
(atual Ensino Médio); determinava a inclusão da ciência no currículo escolar desde o
1° ano do ginásio e, também, a obrigatoriedade das aulas de ciências para os dois
últimos anos do ginásio (atuais 8° e 9° ano).
Quando a lei foi inaugurada, o ensino ainda se mantinha majoritariamente
expositivo e ela acabou por fortalecer a ideia de que as disciplinas científicas
desenvolveram o espírito crítico por meio da prática do método científico. Contudo,
não vimos realmente os efeitos dessa Lei antes da década de 70. Isso porque em
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1964 a situação política do Brasil culminou em uma ditadura, durante a qual a
interferência dos EUA na política educacional brasileira era inegável. Assim, foi
disseminada uma ideologia desenvolvimentista que buscava o aperfeiçoamento do
sistema industrial e econômico, fazendo com que o ensino brasileiro se voltasse à
formação de técnicos e trabalhadores.
Nesse momento o ensino de ciências tinha sido descaracterizado, sendo dado
como profissionalizante nos 6 centros de ciências criados pelo MEC em 1963, que
estavam distribuídos pelas principais capitais do Brasil.
Com a Lei n° 5.692, de Diretrizes e Bases da Educação, de 1971 (já
revogada), o ensino de ciência passa a ser obrigatório por todo o ensino
fundamental. Apesar de parecer beneficiar o ensino de ciências, essa Lei foi um
pouco contraditória, pois o currículo escolar ainda tinha como objetivo formar mão de
obra especializada. Assim, o período das disciplinas científicas era reduzido por
outras disciplinas da área, mas de caráter profissionalizante. Tais como: zootecnia e
técnica de laboratório. Dessa forma, o caráter descritivo, segmentado e teórico do
ensino continuava, mas agora, com uma carga horária ‘reduzida’ e um
ensino profissionalizante.
Percebeu-se mais tarde que os profissionais formados entre 1964 e 1971, que
foram inseridos nessa forma de escolarização, mostraram dificuldade em questões
que envolviam ciência, tecnologia e sociedade, pois tinham lacunas no
conhecimento científico e geral.
Na década de 70 com a disseminação do pensamento de que o aluno deveria
experimentar a ciência, colocá-la em prática, começa a ter um olhar cuidadoso. Com
isso, teve início a aplicação do método científico em sala, onde os alunos testava3m
hipóteses já existentes e podiam, também, criar suas próprias, que apesar de não
ser o melhor método de ensino, parecia melhor que o anterior, em que não se tinha
contato com o objeto de estudo.
No final da década de 70 e início da década de 80, que surgem projetos para
a atualização dos antigos materiais didáticos para novos, que se adequassem às
novas visões a respeito do ensino de ciências, que enfatiza o processo experimental.
Desde então vimos outras propostas e parâmetros para o ensino de ciências, que
versavam sobre interdisciplinaridade, até chegarmos na BNCC de 2018.
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Ensino de Filosofia no Brasil
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vezes era colocada de forma facultativa, não podendo atribuir nenhuma regularidade
a essa disciplina.
A áreas delimitadas de ensino de filosofia foram “psicologia”,”origens das
idéias”,” história da filosofia”, “metafísica”, "teologia", ”ética”, “ontologia”, algumas
sobre o crivo da religião, porém as que mais se destacam nesse ensino são a ética e
a lógica. Pois devido a ascensão do positivismo, a valorização da técnica e a
sacralização da ciência e a uma burguesia formada por médicos, advogados,
engenheiros, levou a uma valorização desses conteúdos.
Com o advento da república a reforma de Benjamin Constant no MInistério da
Instrução Pública pautou-se pelos princípios de liberdade e laicidade do ensino,
assim as disciplinas admitidas pautaram-se em princípios científicos. Já na reforma
de Carlos Maximiliano consolidou o utilitarismo do ensino secundário, e colocou a
filosofia como uma disciplina facultativa dando um foco no lado mais científico
tratando da psique humana.
Já com a reforma de Rocha Vaz enunciou a importância do ensino secundário
fornecer uma “cultura geral” como um fundamento para a vida, por isso as séries
foram divididas em seis e nos anos finais teria a filosofia e incluído o conteúdo de
história da filosofia. porém, houve um deslocamento para um “... conjunto de
doutrinas católicas” destinados a manter a ordem vigente e o interesse dos grupos
minoritários.
A revolução de 1930 que colocou o Getúlio Vargas no poder, também trouxe
mudanças para o ensino, pois além de sair da oligarquia e ir para o sistema
capitalista. Porém o Brasil ainda trazia uma herança cultural muito arraigada nos
currículos do secundário. Somente com as reformas educacionais de Francisco
Campos 1932 e Gustavo Capanema 1942 é que a filosofia começou a disputar
espaço nos cursos de filosofia. A reforma de Francisco Campos colocou outras
disciplinas, como lógica, sociologia e história da filosofia e a de Gustavo fez a
filosofia ocupar mais espaço nos cursos clássicos e científicos. A lógica, a moral e a
sociologia tinham espaço privilegiado nas aulas de filosofia, entre os principais
problemas abordados destacam-se: problema da moral, a dignidade da pessoa
humana, família e casamento. A reforma de Capanema enfatizou que o ensino tinha
como a principal função formar jovens de uma cultura geral com consciência
patriótica e humanística.
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Já na lei 4.026/61 a filosofia foi colocada como uma disciplina complementar. Já
no golpe de 64 a disciplina foi colocada como optativa, depois o Brasil começou a
receber investimentos dos Estados unidos o que passou a ser mais exigido um
ensino técnico levando a excluir a disciplina da grade
Segundo o autor, somente em 1996 com a nova LDB Lei n. 9.394/96 que ela foi
novamente incluída no currículo, porém a lei, segundo o autor é ambígua e não
coloca em caráter de obrigatoriedade.
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atitudes e valores para resolver complexidades da vida cotidiana, exercendo a
cidadania e visão ampliada para o mundo do trabalho.
As competências são:
1. Conhecimento;
2. Pensamento científico, crítico e criativo;
3. Repertório cultural;
4. Comunicação;
5. Cultura digital;
6. Trabalho e projeto de vida;
7. Argumentação;
8. Autoconhecimento e autocuidado;
9. Empatia e cooperação;
10. Responsabilidade e cidadania.
Ciências da Natureza
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respeito das matérias colegiais para a vida, mas pelos vestibulares e o conteúdo que
cobram com mais ou menos frequência.
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A nova BNCC permite que profissionais com “notório saber” deem aulas nas
áreas específicas. Isso pode parecer banal, mas quem estuda educação sabe que
há uma grande diferença entre um profissional que domina apenas o conhecimento
de sua área e um profissional que foi preparado durante sua formação para ministrar
a respeito de sua área específica no ambiente escolar. Aceitar profissionais com
“notório saber” não só desvaloriza os reais professores, formados para esse ofício,
como também poderá prejudicar o aprendizado dos alunos ao submetê-los à
instrutores despreparados para a sala aula.
Deve-se então valorizar práticas que devem estar presentes de forma
integrada nesta primeira etapa da educação básica? Essas práticas contribuem para
o processo de aprendizagem e autonomia da criança, ou seja, para que ela vivencie
experiências, adquira conhecimentos e aprendizados de forma prazerosa, de acordo
com as suas capacidades e potencialidades.
Referências Bibliográficas
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Ciências na Educação Básica no Brasil (do Império até os dias atuais)
(cecierj.edu.br). Acesso em: 5 maio 2021.
GALLO, Sílvio. KOHAN, Walter Omar. Filosofia no Ensino Médio. Rio de
Janeiro, Editora Vozes, 2001. Parte I, p. 17-29. Disponível em:
https://www.academia.edu/518331/Filosofia_no_ensino_m%C3%A9dio
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