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PALMAS/TO
2014
RAIMARA PEREIRA LOURENÇO DUARTE
PALMAS
2014
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Federal do Tocantins
Campus Universitário de Palmas
CDD 070
PALMAS
2014
DUARTE, Raimara Pereira Lourenço. O website jornalístico La Presse: uma análise de
formato e design pela navegabilidade. 2014. (78p.). Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Comunicação Social –Jornalismo) - Universidade Federal do Tocantins,
Palmas, 2014.
RESUMO
Este trabalho é uma análise feita do site jornalístico La Presse, tendo como contribuição
técnica a discussão de seus aspectos de navegabilidade, design e interatividade. Trata-se de
um trabalho fundamentado em estudos feitos sobre o jornalismo na internet para uma melhor
abordagem do tema, a fim de compreender como funciona a distribuição de elementos
multimídia aplicados para a dinamização do objeto. Para tanto, foram utilizados questionários
de análise sobre a qualidade dos produtos em cibermeios para comprovar a representatividade
do La Presse na internet junto ao público leitor e usuário.
ABSTRACT
This paper assesses the La Presse journalistic website with a focus on technical aspects
such as navigability, design and level of user interaction. The work relies on previous studies
about journalism on the net, which help us bring understanding over the distribution of
multimedia elements commonly used in streamlining the object of study. In order to achieve
that, analysis surveys regarding the quality of products have been carried in cyber-mediums to
certify how representative La Presse really is on the net and in the eyes of its users and
readers.
Figura 30. Ficha cadastral do leitor para envio de comentários e arquivos. .......................... 51
Figura 33. Espaço para cadastro do e-mail e login do usuário do La Presse. ........................ 54
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9
1 JORNALISMO NA INTERNET ............................................................................... 12
1.1 Características e Formatos .................................................................................. 16
1.1.1 Jornalismo de primeira, segunda e terceira geração ................................... 22
1.2 Interatividade no Webjornalismo ........................................................................ 23
2 A NAVEGABILIDADE NO WEBJORNALISMO .................................................. 28
2.1 Webdesign e Navegabilidade .............................................................................. 28
2.2 Elementos da Usabilidade ................................................................................... 30
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 34
3.1 Sobre o La Presse ................................................................................................ 35
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO ........................................................................................ 36
4.1 Análise do Formato e do Design do La Presse.................................................... 36
4.1.1 Dimensão da página inicial e localização de ícones ................................... 36
4.1.2 Composição Gráfica da Página e Multimídia ............................................. 38
4.1.3 Tipografia ................................................................................................... 41
4.1.4 Estrutura de navegação, interatividade e cores. .......................................... 43
4.2 Análise da Interatividade no La Presse ............................................................... 46
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 56
REFERENCIAS ............................................................................................................. 58
ANEXOS ........................................................................................................................ 61
ANEXO A - Ferramenta Para Análise de Design em Cibermeios ................................. 62
ANEXO B - Ferramenta Para Análise de Interatividade em Cibermeios ...................... 67
9
INTRODUÇÃO
A web, que outrora era apenas um espaço dedicado a ferramentas textuais e ainda
limitada, passou por uma rápida modificação conforme se desenvolviam as criações
tecnológicas e surgiam as necessidades dos homens de se comunicarem com pessoas de locais
distantes. Com seu espaço de memória de dados ampliado, surgiram na internet sites
dinâmicos, em cores e formas personalizadas.
A tecnologia da informação vem sendo cada vez mais utilizada no espaço jornalístico.
Em meio a este avanço tecnológico, as empresas jornalísticas procuram se enquadrar nas
10
A partir desta afirmativa, esta pesquisa tem como proposta responder à seguinte
indagação: Quais os elementos de navegabilidade e de interatividade garantem ao La Presse
uma boa representatividade na condição de site jornalístico?
Com a facilidade de acesso à internet, os leitores de jornais passaram a ter muito mais
opções de meios para se informarem sobre o que ocorre em sua região e no mundo. O
aumento de informação na web causou uma notável mudança para os profissionais de
comunicação, em especial para jornalistas e gestores de jornais. Esses profissionais muitas
vezes precisam se dedicar em apurações aprofundadas para auxiliar na escolha do conteúdo
que querem divulgar a seu público alvo e, ao mesmo tempo, é necessário que pensem em boas
ferramentas interativas que proporcionem diálogo dinâmico com os usuários de seus sites.
Este trabalho poderá contribuir para estudos acadêmicos ou para outros fins, mas é
imprescindível estabelecer uma linha de estudos mais aprofundada sobre o jornalismo na web,
já que existe uma ligação muito solidificada entre o jornalismo e a internet, vistos aqui como
aliados da comunicação.
Acerca da projeção dos capítulos, vale adiantar que no primeiro foram tratadas as
características do jornalismo na internet com a intenção de contextualizar os possíveis leitores
deste trabalho sobre a dinamicidade da prática jornalística no ciberespaço. Foi abordado ainda
sobre alguns formatos de produtos jornalísticos feitos para a internet e sobre as gerações do
jornalismo online.
1 JORNALISMO NA INTERNET
Com o advento da internet, o jornalismo passou por uma expansão em larga escala de
uma maneira muito rápida, o que permitiu que acontecimentos fossem divulgados através de
notícias jornalísticas em nível mundial instantaneamente. As potencialidades do jornalismo
digital possibilitaram um avanço imensurável para a área da comunicação.
[...] jornalismo digital é todo produto discursivo que constrói a realidade por meio da
singularidade dos eventos e que tem como suporte de circulação as redes telemáticas
ou qualquer outro tipo de tecnologia por onde se transmitam sinais numéricos e que
incorpore a interação com os usuários ao longo do processo produtivo. (ALVES,
2004, p.6 apud SCHWINGEL, 2008, p.50).
Ainda sobre o jornalismo digital, Schwingel (2008 p.50) enfatiza que: “[...] é todo
processo discursivo que permite a multissequencialidade; que constrói a realidade por meio da
singularidade dos eventos que podem ou não ser instantâneos e atualizáveis; que tem como
suporte de circulação as redes telemáticas de alcance mundial”.
Segundo Borges (2008, apud SOARES e TERROSSI, 2014, p.170), “as diferenças entre
o webjornalismo e outras modalidades de jornalismo aparecem claramente na potencialidade
de expansão das informações e na velocidade com que são divulgadas”. A produção do
jornalismo na web provocou uma mudança de rotina no fazer jornalístico, isso porque a era da
convergência possibilitou ao profissional de jornalismo facilidade para a captação e
divulgação de informações e os repórteres não precisam mais estar todas as vezes na redação
para enviar a notícia. Para Soares e Terrossi (2014, p.170), “a compressão do tempo entre o
13
A internet é forte aliada dos profissionais de jornalismo, pois há nela uma gama de
informações que precisam ser sondadas e após uma criteriosa seleção de informações
importantes podem ser transformadas em notícias. Soares e Terrossi (2014, p.170) enfatizam
que por meio dela “pode-se obter facilmente informação prévia para produzir conteúdo
jornalístico. Por meio dela, o jornalista pode encontrar fontes de informação, contatos, fatos
que contextualizam, entre outros elementos”.
Escrever para jornais na Internet, segundo Barbosa (2007), requer uma revisão dinâmica
das maneiras habituais de apresentação de informações, a estrutura textual, estilo e as
características dos leitores que participam por meio da interatividade em rede, tornando-se
atores que interagem com a mídia e jornalistas. Concha Edo (2007, p.11) afirma que “é
necessária a adaptação da linguagem para as possibilidades de nova situação tecnológica e
social, tornando-se claro desde o início que não são antes de um modelo definitivo.”
Canavilhas (2007, p.206, apud PADILHA, 2012, p.158) destaca uma clara preferência
dos usuários pela hipertextualidade. Além disso, considera que a redação do hipertexto é uma
inovação e a forma mais adequada de escrever notícias para a web. A tecnologia coopera para
esse novo fazer jornalístico e atualmente conta com suportes e equipamentos favoráveis, tais
como telefones celulares, smartphones, tablets, notebooks e câmeras portáteis. É possível, em
alguns aparelhos de telefonia celular, gravar a fala de entrevistado no momento da própria
ligação para, no tablet ou notebook, o jornalista editar as notícias de onde estiver, dentro ou
fora da redação.
Soares e Terrossi (2014) destacam a seguinte afirmativa acerca das novas rotinas
jornalísticas:
14
Além das novas ferramentas digitais, o jornalista agora pode também contar com a
participação dos próprios leitores nos procedimentos de produção de notícias, processo
conhecido como Jornalismo Colaborativo, muito usado em produções jornalísticas da web.
Soares e Terrossi (2014, p.170) esclarecem que se “o webjornalista possui tantos recursos
graças à internet, também os possuem outros atores sociais, do que decorre a possibilidade de
descentralização tanto da apuração e produção quanto da difusão de informação por meio da
internet”. Soares e Terrossi (2014, p.170) destacam ainda que “a informação jornalística
profissional pode ganhar, então, novos concorrentes e também colaboradores”.
Outra forma de fazer jornalismo online com o uso de novos softwares e ferramentas que
permitem a visualização e o cruzamento das informações é o Jornalismo de Banco de Dados
(JBD), o qual deriva-se do processo de acúmulo de informações ligadas a determinado tipo de
assunto. Tais informações, após serem sondadas e filtradas, servem para a elaboração de
produtos jornalísticos pois, organizadas em banco de dados, agem como partes fundamentais
na apuração de notícias e auxiliam na produção de outros elementos jornalísticos.
1
Fonte: http://www.evernote.com
2
Fonte: http://onedrive.live.com
16
A caracterização do ciberjornalismo varia de autor para autor de acordo com sua visão
sistêmica. No contexto internacional, Bardoel e Deuze (2000, apud SCHWINGEL, 2008,
p.73), efetuaram as primeiras sistematizações que indicaram “a interatividade, a customização
de conteúdo, a hipertextualidade e a multimidialidade, como os elementos diferenciadores do
que denominaram jornalismo em rede (network journalism)”.
3
Fonte: http://drive.google.com
17
A seguir, são apresentadas cada uma das características tratadas especificamente de acordo
com Palacios (2003).
Uma notícia de qualidade e publicada no menor tempo possível tem exigido dos
profissionais uma prática constante de adaptação às inovações pelas quais o jornalismo
18
passou. Para Longhi (2010, p.3), “as empresas informativas têm sido desafiadas a
desenvolverem formas inovadoras para atrair novos leitores e espectadores e manter os seus
atuais públicos”.
Para Guerra (2008), do ponto de vista da qualidade externa, uma notícia será
considerada “de qualidade” se ela, produzida de acordo com as especificações
organizacionais, coincidir com as expectativas de qualidade da audiência. Essas expectativas
da audiência em relação à notícia a que ele se refere são basicamente três: verdade, relevância
e pluralidade.
Sobre a verdade, Guerra (2008) ressalta que se espera que a notícia ponha a audiência a
par de fatos reais. Acerca da relevância, ele afirma que não são todos os fatos, mas aqueles
que atendam à demanda de expectativa da audiência. E considera pluralidade, porque nas
sociedades democráticas é fundamental abrir espaço para a diversidade de opiniões existentes
e garantir o contraditório em situações de conflito.
em conta uma estrutura bem elaborada para que uma matéria jornalística na web tenha
destaque:
Neste quesito, é preciso considerar que a arquitetura bem elaborada de uma matéria
é algo que demanda mais tempo do que uma simples redação, mas nem toda
cobertura requer elementos interativos ou dinâmicos, sejam eles infografia, vídeo,
áudio, animação, mapa etc. (PADILHA, 2012, p.159)
Diferentes tipos de formatos jornalísticos com imagens têm sido produzidos pelo
webjornalismo, num processo de adequação à linguagem hipermidiática do meio,
que leva em conta em grande parte a remodelação de linguagens anteriormente
estabelecidas pelo impresso, televisão, rádio e cinema. (LONGHI, 2010, p.1)
4
Ferramenta cooperativa de trabalho em grupo. (BARBOSA, 2002)
5
Grande repositório de dados, elaborado para auxiliar no processo decisório estratégico da empresa.
(BARBOSA, 2002)
6
Aplicação da tecnologia internet no âmbito interno das empresas. (BARBOSA, 2002)
20
ALVES (2002, p.216) afirma que a internet tem atraído de forma acelerada e
contundente os meios de comunicação de massa convencionais. Com a junção entre as mídias
e a internet, o radiojornalismo encontrou espaço na web para suas notícias produzidas em
áudio. O tempo de publicação e de divulgação de um produto radiofônico é relativamente
mais curto do que de outras produções presentes no meio jornalístico. O rádio informativo
não poderia ficar ausente desse processo que pode ser caracterizado com evolutivo no âmbito
das telecomunicações. (ALVES, 2002, p.216).
Já o formato de site jornalístico tem sido bastante usado por empresas de telejornais e
de jornais impressos, como é o caso do La Presse que, além de produzir notícias em jornal
impresso de produção diárias, também faz o uso da plataforma site a fim de ampliar o acesso
das informações noticiosas obtidas por ele. O site jornalístico La Presse também fornece as
informações em formato mobile, adaptado para smartphones e tablets.
22
Na primeira geração, Mielniezuk (2003, p.48) expõe que os produtos oferecidos eram
reproduzidos de partes dos grandes jornais impressos, os quais passavam a ocupar espaço na
internet, e segundo ela, ainda que fosse chamado de jornal online, não passava da transposição
de uma ou duas das principais matérias de algumas editorias do jornal impresso. Um exemplo
de jornal que seguia essa prática, segundo a autora, era O Estado de São Paulo que executava
essa prática jornalística no primeiro ano de existência do webjornal. Ou seja, a
disponibilização de informações jornalísticas na web fica restrita à possibilidade de ocupar
um espaço, sem explorá-lo enquanto um suporte que apresenta características específicas.
Na terceira geração o jornalismo passou a conter produtos ainda mais multimídias, tais
como animações gráficas, recursos com áudios, como também elementos interativos com o
leitor: chats, enquetes ou fóruns de discursões. Na referida geração surgiram os blogs, outros
novos produtos fotográficos específicos para canais online e também teve início o jornalismo
cidadão, também conhecido como jornalismo participativo.
Para ressaltar a importância da interatividade na história e, por sua vez, tomá-la como
fator determinante para a expansão do jornalismo online, é necessário compreender seus
significados, “uma vez que esta representa um dos maiores avanços tecnológicos da
humanidade, causando impacto de nível global, proporcionando uma nova forma de pensar e
de fazer comunicação por meio deste desenvolvimento na sociedade atual” (TRINDADE e
SOUSA, 2012, p.137).
Segundo Meso et al (2011, p.55) “as enquetes são utilizadas com bastante frequência no
webjornalismo, sobretudo quando há um tema em que os jornalistas e os leitores querem
saber a opinião do público”. Os autores ainda destacam que “os fóruns podem ser utilizados
como um espaço para formar comunidades sobre determinado assunto ou tópico. Para
participar de alguns fóruns de jornais é necessário ler o regulamento e registrar o apelido que
gostaria de ser identificado”.
manterem espaços de interação com o leitor/usuário. Os autores também consideram que logo
que um conteúdo é lançado no ciberespaço, ele precisa ser correspondido para que haja
realmente o que chamamos de interatividade.
Dalmonte (2009, p.191) afirma que “o recurso da interatividade permite que o indivíduo
estabeleça um diálogo com o produto e com a comunidade de leitores. Na condição de bem de
experiência, o produto webjornalístico permite a partilha de pontos de vista e propicia a
sensação de contato”.
Os vídeochats são usados nos jornais para entrevistas ao vivo com um jornalista ou
um convidado. As perguntas são encaminhadas de forma escrita, como nos chats
convencionais, pelos leitores, enquanto as respostas são dadas pelo entrevistado a
uma câmara de vídeo que transmite ao vivo. Em geral, são usados para entrevistar
personalidades públicas, em eventos ao vivo organizados pelo meio (MESO et al
2011, p.59).
25
Ainda acerca da interatividade, Trindade e Sousa (2012, p.140) afirmam que ela pode
ser notada por aspectos específicos tais como feedback e discussões, os quais são usados nos
sites jornalísticos, tornados viáveis após o advento da Internet, englobando diversos assuntos,
editorias e várias ferramentas para que seus sites possam ser mais favoráveis para o
internauta. Nesta preposição, o leitor passa a ter uma influência bem peculiar na produção de
conteúdo. Trindade e Sousa (2012, p.141) destacam que o usuário pode, além de ser leitor do
conteúdo existente, ser participativo adicionando informações e produtor de informação a
partir do que já havia sido disponibilizado no site.
7
Fonte: http://www.lanacion.com.ar/
26
Nas redes sociais, os sites jornalísticos também podem veicular seu conteúdo em
compartilhamentos feitos no Facebook e no Twitter, por exemplo. Os internautas podem
responder às notícias publicadas pertencentes a estes sites instantaneamente, de modo que as
notícias postadas já receberão comentários logo quando são publicadas.
Ferrari (2010, p.100, apud TRINDADE e SOUSA, 2012, p.140) argumenta que
podemos classificar os sites de jornalismo online pela maior parte dos recursos neles obtidos,
sendo: interativos e triviais, com navegação por hiperlinks, enquetes, testes, especiais de
multimídia com composição por áudio, vídeo, galeria de fotos e outros conteúdos; já os não‐
triviais usam, por exemplo, os chats (sala de bate‐papo) para que o usuário/internauta interaja
com especialistas e convidados famosos.
Mielniczuk, (1998, apud MIELNICZUK, 2000, p.5) explica que “diante do computador
- conectado à Internet - o usuário estabelece relações: a) com a máquina; b) com a própria
publicação, através do dispositivo do hipertexto; e c) com outras pessoas - seja autor ou outros
leitores - através da máquina.” Após ser observado o esquema que compõe a figura 5 percebe-
se que a web proporciona um ciclo de compartilhamento de dados constante, que o esperado
por jornais digitais online.
8
criado por Mielniczuk (1998).
28
2 A NAVEGABILIDADE NO WEBJORNALISMO
Para Menezes e Paschoarelli (2009, p.180), “a web iniciou-se como um simples meio de
comunicação textual”. Os autores destacam ainda que, em pouco tempo, o homem arrumou
uma maneira de torná-la mais agradável visualmente, usando métodos estratégicos, tais como:
inclusão de novas cores e formas, o uso mais aprofundado de imagens que contribuíram ainda
mais para seu crescimento. Porém, segundo Borba (2004, p.11), o primeiro passo para iniciar
a arquitetura do projeto é saber quem vai navegar nele, ou seja, é preciso fazer um
levantamento não apenas do usuário da Internet, mas do leitor específico.
É necessário também considerar qual será o layout mais adequado para ser usado no
site. Para tanto, Nielsen e Tahir (2002, apud BORBA, 2004, p.11) orientam para que em um
projeto gráfico de um site, sejam eleitas as necessidades do usuário como o principal fator nas
decisões do projeto e inclua os usuários no processo inteiro de estruturação.
Os cuidados para a prévia pesquisa sobre o público alvo precisam estar de acordo com
as diferenças encontradas em cada usuário, isso porque cada representação de usuário possui
suas peculiaridades, como por exemplo, as diferenças encontradas entre um público mais
jovem e um público tradicionalmente conservador.
O público jovem tem fácil assimilação das aplicações na web, porém existem os
conservadores que por natureza não compreendem os computadores e a sistemática
da Internet. Por isso a navegação deve ser clara e objetiva, e a interação ousada,
porém simples. As diretrizes apresentadas funcionam como uma estratégia para a
familiarização do internauta com o ambiente web. (BORBA, 2004, p.15).
A barra de navegação de um site precisa ser dividida por assuntos (editorias) para que,
dessa forma, facilite a navegação e busca por parte do usuário. A arquitetura de distribuição
dos elementos que compõem o site precisa deixar o leitor bem orientado para que possa
navegar com sucesso no site. Uma notícia na internet também deve ser adequada para uma
boa leitura, com isso a arquitetura dela vai ser determinante para ser obtida a atenção do
usuário.
29
Segundo Pereira (2010, p.16), “o designer precisa criar o site de modo que sua
aparência tenha em comum com o produto e/ou serviço oferecido, é através desse design que
o visitante vai entender onde clicar e o que irá acontecer após esse clique”. Ele também alerta
que o designer precisa mostrar onde o usuário está e para onde ele poderá ir e voltar com
segurança durante a navegação no site.
Assim, Pinho (2003, apud TRINDADE e SOUSA, 2012, p.145) acrescenta que o
designer da web deve também saber distribuir os diferentes elementos da página, de forma
que capte a atenção e dirija o olhar do visitante para o elemento correto, em uma sequência
determinada. A partir de uma atribuição dada por Salaverria (2005, p.108, apud
CANAVILHAS, 2007, p.33) subentende-se que a estruturação de uma notícia deve vir a partir
de uma produção que guie e permita a visualização de sua arquitetura hierárquica, isto por
considerar que cada informação na estrutura hipertextual possui uma estrutura específica
conforme suas particularidades.
Apesar de alguns autores citarem também o fator usabilidade como uma estrutura
feita para e por causa do usuário, a relação com navegabilidade são parecidos e
ligam a mesma coisa, ou seja, uma auxilia a outra, de modo que o tempo do usuário
é muito curto para perder montando o quebra-cabeça do site. (PEREIRA, 2010,
p.18).
Barbosa (2001, p.12) afirma que em alguns sites as informações ficam escondidas em
determinadas seções, enquanto outros têm uma navegabilidade mais difícil por conta de
páginas pesadas com muitas imagens para carregar. A facilidade proporcionada ao usuário no
30
ato de navegação influi bastante na fidelização dele para com o site, isso vale também para
sites jornalísticos. Pereira (2010) reforça essa preposição ao dizer que não importa mais
apenas possuir um site na internet, ressaltando que precisa ser um site que levará as pessoas a
acessarem ele e a usufruírem toda interatividade que ele proporciona.
Logo o usuário de internet deve ser abordado de maneira particular para atingir seus
objetivos, em busca de uma informação específica, seja no formato de vídeo, áudio
ou texto, ele deve ser guiado até seu propósito de maneira clara e objetiva, ou seja,
quão fácil é usar a interface digital para chegar ao objetivo do usuário (LORANGER
e NIELSEN, 2007, p.xvi).
Os internautas não querem tão somente sites de fácil navegação, são exigentes quanto a
qualidade do espaço de navegação, e isso cabe também para usuários de sites jornalísticos.
Loranger e Nielsen (2007, p.xvii) afirmam que hoje as pessoas esperam muito dos websites e
cada vez menos elas aceitam um projeto ruim. Segundo Ferrari (2003 apud BORBA, 2004,
p.6), diversas pesquisas apontam que o público online tende a ser mais ativo do que o de
veículos tradicionais, optando por buscar mais informação em vez de aceitar passivamente o
que lhe é apresentado no primeiro endereço na web que visita.
31
Para Loranger e Nielsen (2007, p.21), no que diz respeito aos usuários, cada página
deve justificar sua importância quando chamada. Se uma página não fizer isso imediatamente
e de maneira clara, eles vão para outros sites. A personalização teria um papel fundamental
neste momento, que é o fato do usuário propor seus próprios critérios para alcançar seus
interesses.
Andrade (2007, p.6) afirma que “[...] os jornais online devem dispor de uma interface
que disponibiliza aos leitores/usuários uma sensação de bem estar durante a navegação ou
manipulação da interface”. E, para ele, isso deve acontecer sem que o usuário perca sua
atenção com o conteúdo informativo em foco.
Barbosa (2007, p.118) enfatiza que as funções que cabem à arquitetura da informação
são essenciais para a interação com os usuários, sendo que o roteiro é condicionante ao
trabalho do designer.
No segundo momento, fica mais evidente a diferença que existe entre autor(es) de
uma narrativa no ciberespaço e usuário que a compõe/experimenta. Quando da
interação com uma narrativa, ao contrário do autor, que deve estar muito preocupado
com a função roteiro da arquitetura da informação, que vai possibilitar o conjunto de
alternativas de acesso/composição ao usuário, as demais funções de mapa de
orientação e recuperação das informações vem para o primeiro plano. (BARBOSA
2007, p.118).
num projeto de jornal online que tenha a intenção de agradar e garantir a satisfação do leitor”.
Diante dessa afirmativa de Borba (2004), depreende-se que a navegação em um jornal online
deve ser facilitada por um design sofisticado, porém simples, para que o olhar do leitor não se
desvie para outros elementos secundários. Já na presença dos demais elementos além das
notícias, devem ser tomados cuidados necessários para equilibrar o uso de elementos gráficos
na página que façam ou não parte dos textos principais.
Borba (2004, p.7) ainda afirma que “todos os materiais multimídias e links planejados
para as notícias e reportagens devem ganhar uma forma facilitada de uso. Cada redação atua
de uma maneira bem particular na busca da usabilidade”. A simplicidade impera quando a
usabilidade é empregada, pois para as empresas o principal objetivo é o número de usuário e
não a inovação com design arrojado e inédito. “No jornalismo online o emprego da
usabilidade não se diferencia disso, pois as notícias e serviços oferecidos devem ser fáceis de
ler, de encontrar e de se aprofundar” (BORBA, 2004, p.2).
• Priorize o conteúdo;
• Utilize textos curtos;
• Insira componentes que requeiram tempo mínimo necessário para baixa de
arquivos;
• Construa um site que seja facilmente manuseável e relevante às necessidades dos
usuários;
• Utilize links e hiperlinks padronizados para ampliar informação;
• Utilize títulos de links e páginas claras, simples, diretas, precisas e informativas;
• Atualize constantemente as informações contidas no site;
• Mantenha informação antiga apenas se ainda for relevante para o usuário, para uma
possível fonte de pesquisa;
• Desenhe o site de maneira semelhante à maioria dos outros sites, sem muitas
inovações, mantendo os mecanismos de navegação padrão, a fim de corresponder às
expectativas dos usuários;
• Contextualize a página em questão através de pistas de navegação;
• Faça com que os mecanismos de navegação tenham a mesma aparência e
funcionem sempre do mesmo modo;
• Forneça sempre fontes, autor, instituição, ano de publicação, data da última
atualização do site, informações relevantes e que dêem confiabilidade ao site;
• Evite o abuso de propaganda, links e cores. (BORBA, 2004, p.2).
33
Para sites jornalísticos, estes treze tópicos de orientações apresentados são como um
conjunto prático que guia os proprietários dos sites a se atentarem para procedimentos
básicos, porém muito importantes para garantir ótimas características que os enquadrem como
um canal que atenda ao critério de usabilidade.
34
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A análise foi dividida em duas etapas, sendo a primeira executada por meio do uso do
questionário/ferramenta criado por Palomo; Quadros e Silva (2011), “Ferramenta de análise
do design de cibermeios” (conforme Anexo A), extraídos de Palacios (2011, p.131-165).
Através da ferramenta criada por eles procurou-se dimensionar informações técnicas sobre a
composição gráfica do La Presse.
A segunda etapa foi executada através de procedimentos criados por Meso et al (2011),
os quais fazem parte da “Ferramenta para análise de interatividade em cibermeios” da mesma
publicação de Palacios (2011). A análise da primeira etapa foi feita no dia 01/09/2014 e a
análise da segunda etapa foi realizada no dia 07/09/2014.
podemos sequer afirmar que uma definição consensual do que seja “Qualidade”
esteja firmada entre pesquisadores da área. (PALACIOS, 2011, p.02).
9
Fonte: disponível http://www.lapresse.ca/html/1649/18dec2013.pdf Acesso em: 06/01/2014
36
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Esta parte da análise é fundamentada no método de avaliação feito por Palomo; Quadros
e Silva; (2011, p.131-165), chamada “Ferramenta para Análise de Design em Cibermeios”
(conforme o anexo A). A análise foi executada de acordo com a metodologia criada por eles
em quase toda sua parcialidade. Também nesta etapa da análise foram usadas algumas
referências básicas para auxiliar na compreensão dos objetos analisados.
Identificação do Cibermeio
Nome: LA PRESSE
URL: http://www.lapresse.ca/
A página do site analisado aqui, aparece com mais de quatro colunas na divisão do
conteúdo em sua composição, porém estas colunas não têm larguras homogêneas, o que pode
dispersar um pouco a visibilidade do usuário do site.
37
10
Fonte: http://www.lapresse.ca/actualites/
38
O atributo do fundo é apenas a cor branca sem qualquer outro tipo de imagem. Há
também na página inicial e em páginas internas a presença de infográficos que aparecem nas
categorias informativas animadas e ilustrativas. Na homepage são usados gráficos na tipologia
estática, porém no menu multimídia são publicados diversos gráficos dinâmicos, usados para
tratar de assuntos como política, economia e até esportes.
Palomo et al (2011, p.141) afirmam que “o uso mais ou menos intensivo da fotografia
influi na estética da página web e no tempo para seu carregamento. Sua forma e tamanho
também definem a estética do cibermeio”. Não há o uso de aplicação do recurso de carrossel
nas imagens. Palomo et al (2011, p.143) também destacam que “a aplicação da multimídia
valoriza as páginas web, pois seu uso correto pode melhorar a compreensão ou, inclusive,
oferecer à audiência informação adicional complexa, de difícil transmissão apenas com o
apoio de texto”. Categorizados como outros elementos multimídia, foram identificados sete
vídeos e três infográficos.
É importante destacar a qual refere que “a expansão da Web 2.0, unida ao uso dos meios
sociais, provocou a integração na estética do cibermeio de elementos construídos fora do seu
domínio” (PALOMO et al, 2011, p.3). De certa forma esta integração amplia a abrangência
de divulgação do site e auxilia na mensuração de aceitação do público. As ferramentas
gratuitas de integração que aparecem no desenho da homepage do La Presse são apresentadas
nas Figuras 9, 10, 11 e 12.
O uso de fios e linhas nos blocos da homepage é bem discreto, porém notável,
predominando na cor cinza com a tipologia de linha contínua sem relevo. Não foi detectada a
opção de criar homepages personalizadas, tais como notícias mais lidas, com as notícias mais
comentadas ou com as notícias mais populares.
Segundo Palomo et al (2011 p.146), o banner eletrônico dinâmico (ver Figura 13) é o
formato mais primitivo de anúncio para web e normalmente é retangular, com suas dimensões
definidas pela Interactv Advertising Bureau para que exista uma homogeneização na
contratação da publicidade.
Já no anúncio flutuante (ver Figura 14) identificado durante a análise do site jornalístico
La Presse, percebe-se uma forma de publicidade em que o anúncio se move pela tela em
sobreposição ao conteúdo.
4.1.3 Tipografia
Acerca da tipografia foi observado o nível de legibilidade dos textos utilizados na tela,
se algum elemento apresenta dificuldade de leitura e se a seleção tipográfica (cor, estilo,
fonte) da página inicial se mantém nas páginas seguintes.
Outras características tipográficas da cabeça da página são fontes sem serifa com uso de
caixa alta e caixa baixa, no estilo negrita nos títulos e normal no restante do texto, com
alinhamento à esquerda para texto de conteúdo e aplicação da logomarca. Nos títulos, a cor
predominante é o azul na página inicial e cinza escuro nas páginas internas. Neles é usada a
fonte Arial, sem serifa, com o uso em caixa alta e baixa e no estilo negritado, alinhamento à
esquerda como no formato de texto.
Nos antetítulos, a cor predominante é o cinza escuro para a fonte Arial com
características sem serifa em caixa baixa e aparece no Estilo negritado, alinhamento à
esquerda em Formato de texto.
Nos blocos de textos a cor predominante também é a cinza aplicada na fonte Arial em
caixa alta e baixa, no estilo normal com o alimento à esquerda. No desenvolvimento da
notícia principal, os parágrafos são curtos (4 a 5 linhas), ideal para textos de plataformas e há
duplo espaço entre todos os parágrafos. Há links integrados no bloco de texto e ao lado do
corpo do texto da notícia, os hiperlinks no corpo do texto não mudam de cor depois de serem
visitados.
Os textos nas legendas de fotos possuem a cor predominante cinza claro com fonte Arial
em caixa alta e caixa baixa, e estilo tipográfico normal. O alinhamento é justificado em
formato de texto e as legendas aparecem apenas nas fotografias grandes e não em miniaturas.
Não são utilizadas legendas em todos os vídeos e o número de linhas é de, no máximo, duas
em cada legenda.
43
Cores vermelho e cinza são predominantes na página inicial, porém atribui-se uma cor
predominante distinta em cada seção. É importante a classificação das editorias em cores,
principalmente se a escolha for feita corretamente, pois conforme Farina et al (2006, p.96)
afirma, “as cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no
indivíduo, para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir”. Sendo
assim o uso de cores distintas para cada seção atribui-se à necessidade de identificação,
diferenciação por parte do leitor.
No Menu Negócios (ver Figura 17), a cor predominante é o azul-escuro e esta seção
trata de assuntos tais como economia, finanças pessoais, opinião etc. Essa seção requer um
tom que expresse a sensação de segurança e sucesso no que é abordado. “O azul-escuro indica
sobriedade, sofisticação, inspiração, profundidade e está de acordo com a ideia de liberdade e
de acolhimento. Designa infinito, inteligência, recolhimento, paz, descanso, confiança,
segurança” (FARINA et.al 2006, p.102).
11
Fonte: http://www.lapresse.ca/actualites/
44
Já na seção de esportes (ver Figura 18), é usada uma cor quente, o amarelo, identificável
com uma seção de assuntos mais dinâmicos e que podem obter abordagens mais livres, ou
seja, não muito formais. Farina et al (2006, p.101) destaca que o amarelo “remete à alegria,
espontaneidade, ação, poder, dinamismo, impulsividade [e que] em contraste com uma cor
mais quente, o amarelo adquire uma luminosidade maior, chama muito mais atenção e
desperta os impulsos de adesão.”
Na seção de assuntos automotivos (ver Figura 19) a cor usada também é o cinza, como
ocorre nas seções de notícias, porém em tonalidade mais azulada e segundo Farina et al
(2006, p.98) a cor cinza está ligada em associação material, dentre outros, a máquinas, mesma
origem dos assuntos de abordagens automotivas e automobilísticas.
12
Fonte: http://affaires.lapresse.ca/
13
Fonte: http://www.lapresse.ca/sports/
14
Fonte: http://auto.lapresse.ca/
45
Observa-se que na seção artes (ver Figura 20) e na seção de tecnologia também usa-se o
azul, porém é em uma tonalidade mais clara do que a que aparece na seção de negócios. Sobre
a tonalidade azul, conforme considerações feitas por Farina et al (2006) depreende-se que ela
é a cor mais utilizada para expressar a sensação de frio. Buscando uma associação direta com
o menu do site, podemos considerar que os assuntos tratados em editorias de Artes não
necessitam ser factuais permitindo o uso de pautas frias. Por isso, pode-se afirmar que a cor
usada nesta seção também está ligada a esse tipo de relação.
É usada a cor violeta no menu das seções de Cinema (ver Figura 21), Viver (ver Figura
22) e Vinhos (ver Figura 23). A tonalidade da cor violeta varia um pouco entre essas seções
citadas. Sobre a cor violeta Farina et al (2006, p.103) afirma que “muitas são suas
denominações, quer na linguagem ordinária, quer na pintura: azul-violeta, magenta, malva,
vermelho-púrpura, vermelho-azulado, lilás, lavanda, morado (em espanhol: a cor da amora)
entre outras”.
15
Fonte: http://www.lapresse.ca/arts/
16
Fonte: http://www.lapresse.ca/cinema/
46
Vale destacar a atribuição da cor laranja usada na seção Viagens (ver Figura 24), um
tom bastante expressivo ligado à sensação de liberdade. Farina et al (2006, p.100) esclarece
que “o laranja não se limita a estar entre a perfeição e a felicidade: tem significado próprio e
fundamental: é a cor da transformação”.
Nesta segunda etapa será aplicada a técnica de análise de interatividade elaborada por
Koldo Meso, Graciela Natansohn, Bella Palomo e Claudia Quadros (2011, p.51-80),
(conforme anexo B) constantes no Livro de Palacios (2011). A análise teve início às
17
http://www.lapresse.ca/vivre/
18
Fonte: http://www.lapresse.ca/vivre/
19
Fonte: http://www.lapresse.ca/voyage/
47
Uma alternativa de ferramenta interativa que pode ser usada por um jornal online é a
enquete, por meio de questionários ou votações. Segundo Meso et al (2011, p.55) “as
enquetes são utilizadas com bastante frequência no webjornalismo, sobretudo quando há um
48
20
Fonte: http://www.lapresse.ca/actualites/
49
21
Fonte: http://nosconcours.lapresse.ca/T/OFSYS/MS/4745/yQyAuf/17692/fr-CA/Liste.ofsys
22
Fonte: http://www.lapresse.ca
50
conteúdo que lhe agradou ou conteúdo que deseja criticar publicamente na web, mas o
objetivo primordial dos concursos e promoções é garantir a fidelização do leitor.
Primeiro o leitor escreve o seu comentário em um boxe de texto (ver Figura 29) para,
em seguida, fazer o preenchimento de um breve formulário cadastral (ver Figura 30). Através
desta ferramenta interativa o leitor pode também enviar sugestões e denúncias, e até mesmo
elogios sobre assuntos diversos relacionados às publicações jornalísticas do La Presse. No
entanto, quem tem acesso aos comentários enviados sobre os assuntos é apenas o corpo
organizacional do site. Caso o leitor queira que seu comentário seja público, a alternativa é
enviar arquivos e comentários por meio das redes sociais do La Presse, como por exemplo,
Twitter e Facebook.
23
Fonte: http://www.lapresse.ca/contact
51
O site do La Presse amplia sua interatividade com blogs ligados às suas páginas (ver
Figura 31). Eles são compostos por conteúdos de diferentes categorias e os jornalistas,
colunistas e blogueiros responsáveis por cada um expressam conteúdos informativos e de
opiniões. As temáticas abordadas em cada blog variam entre assuntos relacionados às
editorias presentes no site.
24
Fonte: http://www.lapresse.ca/contact
52
- Ligados à editoria de Cotidiano: Le grand parleur, Sports, etc., La tour de Babel 2.0,
Québec cité, Du haut de la passerelle, Le blogue Olympique, Les Zappeuses, Jean-Sébastien
Massicotte, Le blogue de Mélanie, Dans l'enclave e Vue d'Alma;
25
Fonte: http://www.lapresse.ca
53
26
Fonte: http://www.lapresse.ca/contact/quotidien/contact-lapresse.php?form_name=soumettre_opinion
54
Através de e-mails, o La Presse amplia a rede de comunicação com o leitor do site pelo
recebimento dos newsletters27 ou por meio dos comentários sobre o lapresse.ca. Para tanto, o
site orienta ao usuário efetuar a abertura de uma conta chamada “Ma Presse” (ver Figura 33).
Avalia-se como o cibermeio utiliza o e-mail, seja oferecendo aos usuários uma conta
própria ou a possibilidade de entrar em contato com jornalistas ou com a redação do
jornal. A maioria dos jornais facilita a criação de contas de e-mail. Normalmente, o
acesso gratuito é via webmail [...] (MESO et al, 2011, p.64).
O site do La Presse também disponibiliza a ferramenta de Feeds (ver Figura 34) em sua
página a fim de que o leitor possa selecionar as categorias de informações conforme seus
interesses. Feed, do inglês, significa alimentar e:
27
A Newsletter é uma comunicação regular e periódica enviada para clientes e clientes potenciais da empresa,
oferecendo conteúdo sobre assunto específico juntamente com ofertas de produtos e serviços. Uma newsletter
utiliza o e-mail como instrumento para essa comunicação e oferece inúmeras vantagens em relação ao formato
em papel, enviado pelo correio. Fonte: http://www.e-commerce.org.br/newsletter.php
28
Fonte: http://www.usager.lapresse.ca/
55
29
Fonte: http://www.lapresse.ca/rss.php
56
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise feita no site jornalístico do La Presse, percebe-se que ele é constituído de
diversos elementos interativos e o acesso a esses elementos tem uma característica bem usual.
A usabilidade e a navegabilidade estão atreladas no referido site quando há a separação e
categorização dos elementos.
Com a presença do site nas redes sociais e com a abertura de diálogo com seus usuários
ele ampliou a característica de flexibilidade, o que permite enquadrar as necessidades e
57
exigências de cada leitor. O uso de ferramentas estratégicas, tais como a elaboração periódica
de promoções e concursos para os leitores também coopera para conquistar a atenção dos
participantes, que é uma forma de recompensar o leitor por seus acessos ao conteúdo.
REFERÊNCIAS
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o caso da CBN. IN: MACHADO, Elias, PALACIOS, Marcos. (org). Modelos de Jornalismo
digital. Salvador: Gjol, 2003.
______. Jornalismo online: dos sites noticiosos aos portais locais. Campo Grande: Intercom,
2001. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/barbosa-suzana-jornalismo-online.pdf>
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EDO, Concha El lenguaje y los géneros periodísticos en la narrativa digital In: BARBOSA,
Suzana (org):. Jornalismo Digital, Covilhã: Labcom Books ,2007, p.7-23.
PADILHA, Sônia Costa. O Webjornalismo Mediado Pela Cultura Social Local Estudo
Comparativo: Brasil e Portugal. Covilhã: Labcom Books , 2012. Disponível em:<
http://www.livroslabcom.ubi.pt/book/89> Aceso em 21/02/2014.
RIBAS, Beatriz. Contribuição para uma definição do conceito de web documentário. In:
MACHADO, Elias, PALACIOS, Marcos. (org). Modelos de Jornalismo digital. Salvador:
Gjol, p.101-120, 2002.
TRINDADE, Lenira Régia Diniz; SOUSA, Carlos Erick Brito de. A Interatividade no
Jornalismo online: análise do portal de O Imparcial. São Luiz: Revista CAMBIASSU, 2012,
ed. n 10. Disponível em: < http://www.cambiassu.ufma.br/cambi_2012_1/brito.pdf> Acesso
em 02/09/2014.
61
ANEXOS
62