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Energias: Desenvolvimento e Perspectivas∗

EIRIZ, Douglas Costa; MELHORIM, Guilherme Rainho;


FIORIO, Lucas Guimarães Tannuri
Novembro de 2016

Resumo
Atualmente, temas como aquecimento global e as mudanças climáticas tem sido
motivo de preocupação no mundo, logo, a melhoria da eficiência energética é a
solução mais econômica, eficaz e rápida para minimizar os impactos ambientais
acarretados pela utilização da energia e também para reduzir emissões de dióxido
de carbono. A melhoria da eficiência energética traz muitas vantagens, como: poupa
os recursos naturais (petróleo e gás), diminui custos de produção, produz bens de
menor custo e competitivos, melhora o desempenho econômico de empresas, pode-se
utilizar mais verbas para outros fins.
Palavras Chave: Eficiência, energia, tecnologia, demanda.

Abstract
Currently, issues such as global warming and climate change have been a cause
for concern worldwide, so improving energy efficiency is the most economical, ef-
fective and quick solution to minimize the environmental impacts of energy use and
to reduce emissions carbon dioxide. Improving energy efficiency has many advan-
tages, such as: it saves natural resources (oil and gas), reduces production costs,
produces cheaper and more competitive goods, improves the economic performance
of companies, can use more funds for other purposes.
Keywords: Efficiency, energy, technology, demand.

Introdução
A energia é primordial para a vida humana, utilizada na forma de calor para aquecer
alimentos, em eletricidade para a iluminação etc. É definida como toda capacidade de
realizar trabalho ou de transferir calor e sua demanda vem crescendo rapidamente com
o tempo e com as novas tecnologias que surgem a cada dia. Para atender tal demanda,
precisou-se melhorar a forma de produção e a eficiência do consumo, que devem ser vistos
como um complemento essencial à transformação da produção de energia e sistemas de
conversão, sendo que, ambos são necessários para atingir metas de sustentabilidade.

Artigo realizado como parte da avaliação da disciplina Fontes Alternativas de Energia, sob a Ori-
entação do Professor Erick Bernabé Zanelato. Curso de Engenharia Mecânica, Instituto Federal do
Espı́rito Santo - Cachoeiro de Itapemirim.

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1 Evolução Histórica do Uso da Energia
Desde a pré-história tem-se, de alguma forma, a demanda por energia nas mais variadas
formas. Segundo Hémery, Bebier e Deléage (1993), a cerca de 30.000 A.C., no perı́odo
paleolı́tico superior (antiga idade da pedra superior), o homem de Cro-Magnon era o
principal conversor energético. O homem necessitava de alguma fonte de luz para que
pudesse realizar tarefas, não apenas de dia, mas também já sem a iluminação solar, a
partir da descoberta do fogo foi possı́vel ter a luz artificial para as noites, assim como se
aquecer e aquecer alimentos.
Após essa primeira grande evolução na questão energética, o homem passou a se adap-
tar de acordo com as suas necessidades e evoluir as fontes de energia, o próximo passo foi
utilizar os chamados conversores energéticos (alimentos e animais) com o desenvolvimento
da agricultura e agropecuária, já começando a formação de civilizações, onde, o homem
que antes era nômade passou a permanecer em um local.
Com a formação das civilizações, o homem sentiu a necessidade de exploração de outras
áreas e aprimorou assim o modo de navegação, passando a utilizar a força dos ventos, já
que anteriormente, utilizava apenas da própria força na navegação. Notou-se também,
que com a utilização de madeira era necessário ampliar os territórios, porém a mesma era
escassa, e com isso, houve a necessidade de evoluir as técnicas utilizadas, inclusive com a
reciclagem e a utilização de carvão mineral, ao invés, do vegetal.
Em 1698, Thomas Newcomen construiu a primeira máquina a vapor aproveitável, tal
fato, impulsionou a chamada Revolução Industrial, que aconteceu no século XVIII, que
foi o perı́odo com grande avanço tecnológico e energético. No decorrer do século XIX as
principais fontes energéticas eram a lenha, o carvão mineral e, posteriormente, no final
do século XIX passou a ser utilizada a eletricidade.
Amaral (2010) destaca que, com o inı́cio da Revolução industrial, inicia-se a era dos
combustı́veis de origem fóssil, sendo o carvão mineral o primeiro dos combustı́veis fósseis a
ser utilizado. Em 1859, foi descoberto por Edwin Drake o petróleo em uma profundidade
acessı́vel, até então só era utilizado quando brotava na superfı́cie. Após a descoberta
do petróleo, houve grande avanço nas máquinas movidas a combustão e na criação de
carros, e continuam a ser utilizadas até os dias atuais, sendo a principal fonte energética
do mundo, e que está ligada ao poder financeiro e a polı́tica adotada nos paı́ses.
Outra fonte energética muito importante é a energia nuclear, desenvolvida a partir das
Guerras Mundiais e que está entre as fontes primárias de energia desde a década de 60.
O rápido crescimento de investimentos nas usinas nucleares foi freado com os acidentes
em Three Mille Island e Chernobyl na década de 70, voltando com o assunto à tona
recentemente com o acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão.

2 Demanda Energética e Eficiência


No cenário mundial são abordadas questões sobre a necessidade de reduções na inten-
sidade energética, através de atitudes como uma simples substituição de uma lâmpada
incandescente por uma fluorescente, ou até reduções de maior intensidade como a modi-
ficação de equipamentos de refrigeração. Em contrapartida novas tecnologias e métodos
para aumentar a eficiência nem sempre são implementados com a devida rapidez, ou ainda
falta combinar tais modelos com caracterı́sticas que venham a ser valorizadas pelo con-
sumidor. Um ponto importante é o fato de que consumidores individuais, ou industrias
de baixa intensidade energética, comumente não têm informação necessária quanto a vi-

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abilidade para se adotar polı́ticas que acarretariam, ainda que em um intervalo de tempo
maior, em um aumento da eficiência energética.
É válido ressaltar que há sim uma diminuição gradativa na intensidade energética
das economias mundiais industrializadas ou em desenvolvimento, mas devido ao aumento
populacional e crescimento econômico, tais quedas não têm sido suficientes para haver
uma considerável compensação. E dado o potencial tecnológico significativo que existe na
busca por reduções na intensidade energética, é importante que haja uma ação polı́tica
conjunta para proporcionar a devida contribuição por parte das ações de redução de
intensidade energética.
Atualmente, desenvolve-se a energia proveniente do sol, que é algo abundante, porém
ainda se tem uma eficiência pequena. Desenvolve-se a utilização da energia eólica, porém,
depende da condição do local a ser usada. Usa-se a energia proveniente das hidrelétricas,
que é uma das principais fontes de energia nacional, mas devido à escassez de água torna-se
cada vez mais necessário a sua substituição.
Com o avanço da tecnologia, pode-se imaginar novas tendências na área energética, por
exemplo, uma alternativa para o setor de transportes são os veı́culos hı́bridos elétricos,
que têm grande potencial de redução do uso de energia de transporte. Para projetos
construtivos que resultam em consumo baixo de energia estão se tornando norma para
novas construções, como na Alemanha e Áustria, com casas que contam com fontes de
energia renováveis e consomem pouca ou nenhuma energia externa.

Considerações Finais
Podemos perceber que a busca, cada vez maior, por energia nas suas mais variadas
fontes pode causar impactos ambientais que implicam de maneira direta ou indireta na
vida do homem. É preciso pensar no desenvolvimento de maneira sustentável, como um
processo social que prioriza melhores condições de vida e preserva o meio ambiente. O
desenvolvimento, no âmbito da sustentabilidade, deve ser mensurado por dimensões chaves
como: bem estar econômico, competitividade econômica, condições socioambientais para
tratamento adequado de resı́duos e rejeitos, educação, saúde, coesão social, entre outros.

Referências
HÉMERY, Daniel; BEBIER, Jean Claude; DELÉAGE, Jean-Paul.Uma História da
Energia. Brası́lia: Editora Universidade de Brası́lia. 1993.
FARIAS, L. M.; SELLITTO, M. A. Uso da energia ao longo da história: evolução
e perspectivas futuras. Revista Liberato, Novo Hamburgo, v. 12, n. 17, p. 01-106,
jan./jun. 2011.
TESSMER, Hélio. Uma sı́ntese histórica da evolução do consumo de energia pelo
homem. Novo Hamburgo, 2002.
Um futuro com energia sustentável: iluminando o caminho. Copyright InterA-
cademy Council, 2007, traduzido por: Maria C. V. Borba e Neide F. Gaspar. Cap. 2.
MOREIRA, J. M. L. Desenvolvimento sustentável e energia. EN-2416 Energia, meio
ambiente e sociedade. NA-06. Universidade Federal do ABC - UFABC.
MOREIRA, J. M. L. Impactos ambientais do setor energético. EN-2416 Energia,
meio ambiente e sociedade. NA-08. Universidade Federal do ABC - UFABC.

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