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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO

SANTO
ENGENHARIA MECÂNICA

DOUGLAS COSTA EIRIZ


ROBERTO GUILHERME LOPES

RELATÓRIO DE SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA COIFA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2017

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DOUGLAS COSTA EIRIZ
ROBERTO GUILHERME LOPES

RELATÓRIO DE SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA COIFA

Relatório Acadêmico apresentado para a


Disciplina de Seleção de Materiais, pelo
Curso de Engenharia Mecânica do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Campus Cachoeiro de Itapemirim.

Professor: Msc. Sayd Farage David.

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2017

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Dureza de aços AISI 1020 ................................................................................ 8


Figura 2: Dureza x Preço para aços inoxidáveis .............................................................. 8
Figura 3: Máquina de cortar granito ................................................................................. 9
Figura 4: Coifa de proteção .............................................................................................. 9

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS.............................................................................................................. 5
3 MATERIAIS .............................................................................................................. 6
4 MÉTODOS ................................................................................................................ 7
SOBRE O DESGASTE ...................................................................................... 7
MECANISMOS DE CORROSÃO ....................................................................... 7
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 8
6 ESQUEMAS .............................................................................................................. 9
7 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 10
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 11

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1 INTRODUÇÃO

Dentre as fases do processo de beneficiamento de rochas ornamentais, temos a


etapa de corte (desdobramento dos materiais em peças variadas conforme o
especificado). O corte é o procedimento que define a forma final do produto de rocha,
de acordo com tamanho e forma desejados pelo cliente.
Nesta etapa podem ser utilizados equipamentos manuais ou automáticos (figura
3), como serra-ponte, cortadeira, cortadeira manual, encabeçadeira, entre outras. Todo
esse maquinário faz uso de discos de aço de variados tamanhos, revestidos com
diamante na região de corte.
Máquinas deste tipo, destinadas ao corte de materiais necessitam de
ferramentas quase sempre afiadas e que operam com alta rotação de trabalho. Dessa
forma, se não operadas de maneira correta e com os devidos acessórios e
equipamentos de segurança, pode oferecer eminente risco de acidentes ao operador.
Dentre os equipamentos e acessórios inerentes ao equipamento, podemos
destacar a coifa de proteção (figura 4), que consiste em isolar a parte superior do disco
de corte permitindo que fique à mostra somente a parte que está realizando o corte,
evitando assim que o operador entre em contato indevido com o disco.
Comumente as coifas são fabricadas em aço 1020, um dos mais usados como
aço para cementação e apresenta excelente custo benefício quando comparado a aços
com outras ligas para a mesma finalidade. Entre demais características, o aço 1020
possui excelente plasticidade, soldabilidade e forjabilidade, porém baixa resistência
mecânica e baixa usinabilidade.
Tratando-se especificamente da utilização de coifas de aço 1020 em máquinas
para o corte de rochas ornamentais, um fator crítico deve ser considerado, o desgaste
por meio, principalmente, da corrosão. Uma vez que este tipo de corte é realizado com
a utilização de água, gerando não somente um ambiente de muita umidade, como
também a presença de compostos e particulados que favorecem a corrosão e estão
presentes na água, que quase sempre é reaproveitada e parcialmente tratada para
voltar ao uso.

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2 OBJETIVOS

Analisar as condições de trabalho de uma cortadeira de rochas ornamentais, na


qual é utilizada coifa de proteção de aço 1020, bem como sua exposição ao desgaste e
ainda os possíveis mecanismos de corrosão que contribuem para tal.
Nossa problemática consiste em justificar a substituição das coifas de aço 1020,
ditas convencionais, por fabricadas em aço inox.

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3 MATERIAIS

 Máquina de cortar granito – Cortadeira;


 Coifa de proteção em aço 1020;
 Disco de corte com pastilhas diamantadas;
 Coifa de proteção em aço inox;
 Software CES EduPack 2013 para elaboração dos gráficos.

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4 MÉTODOS

SOBRE O DESGASTE

Os resíduos oriundos do processo de corte de rochas ornamentais, são dos tipos


finos e ultrafinos, diferentemente dos chamados resíduos grossos, resultantes das
atividades das pedreiras e serragem dos blocos de rocha.
Nas serrarias e marmorarias os resíduos finos e ultrafinos são gerados na forma
de efluentes, devido a junção com a água utilizada na refrigeração das serras
diamantadas. Estes resíduos podem conter, além dos elementos da formação rochosa,
produtos químicos e componentes dos abrasivos utilizados na etapa de polimento. Tais
combinações podem favorecer de maneira direta o desgaste da coifa de proteção, uma
vez que esta, quase sempre é feita de um material mais comum como o aço 1020, que
apresenta baixa resistência mecânica.

MECANISMOS DE CORROSÃO

Uma vez que a superfície da coifa de proteção está submetida ao contato direto
de um fluido em movimento com uma grande quantidade de particulados e
contaminantes podemos observar então que o principal mecanismo de corrosão
associado ao processo é a erosão-corrosão.
Erosão é a degradação da superfície sob o efeito de impactos de partículas, o que
pode levar ao aparecimento de pequenas regiões anódicas em regiões catódicas de
grandes extensões (GEMELLI, 2001).
Fatores de influência nesse mecanismo de corrosão são: velocidade de
escoamento, temperatura, dureza e forma da partícula e ângulo de incidência (GENTIL,
2012). Sendo essas variáveis inerentes ao processo de corte devemos então selecionar
materiais mais adequados para resistir a erosão-corrosão.
Dentre os métodos de combate a erosão-corrosão mais utilizados temos: o
emprego de matérias mais resistentes; uso de revestimento como o aço inoxidável com
alto teor de cromo e níquel, borrachas e elastômeros artificiais; proteção catódica e
inserção de placas defletoras ou substituíveis nas áreas de impacto (GENTIL, 2012).

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para aços 1020, que possuem a mesma faixa de preço de 1,10 a 1,25 BRL/Kg,
podemos observar (figura 1) que o aço 1020 laminado possui maior dureza de 135 a
165 HV, portanto se torna preferível o laminado.
Já para os aços inoxidáveis, o aço inoxidável austenítico AISI 205 possui preço de
3 a 4 vezes maior que os aços AISI 1020, no entanto, possui dureza em torno de 500
HV (figura 2).

Figura
Figura1:1:Durezas
Dureza dos
de aços
açosAISI
AISI1020
1020.

8
Figura
Figura 2:
2: Dureza
Dureza xx Preço
Preço para
para aços
aços inoxidáveis.
inoxidáveis
6 ESQUEMAS

Figura 3: Máquina de cortar granito

Figura 4: Coifa de proteção

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7 CONCLUSÃO

A utilização do aço inoxidável austenítico AISI 205 como revestimento para o aço
AISI 1020 se torna viável de acordo com a severidade do mecanismo de erosão-
corrosão. Pois, uma vez que que as ordens de grandezas de preço e dureza dos
materiais ambas são iguais, ou seja, o aço AISI 205 é de 3 a 4 vezes mais caro, no
entanto, também é de 3 a 4 vezes mais resistente.
Se as condições de severidade da erosão-corrosão forem de menor grau, outras
medidas podem ser tomadas como a proteção catódica e a inserção de placas
defletoras ou substituíveis nas áreas de impacto da coifa.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EIRIZ, D. C. MIRANDA, P. S. e SILVA, T. L. C. Etnomatematica: Conhecimentos


matemáticos usados nas práticas de profissionais nos processos de
beneficiamentos de rochas ornamentais. Centro Universitário São Camilo - ES.
2009. Espírito Santo.

GEMELLI, Enori. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1 Ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2001.

GENTIL, Vicente. Corrosão. 6 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

CAMPOS, A. R., et al. Tratamento e Aproveitamentode Resíduos de Rochas


Ornamentais e de Revestimento, Visando Mitigação e Inpacto Ambiental.
Disponível em: <http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/handle/cetem/1474/
23simpgeol200916-25.pdf?sequence=1>. Acesso em : 22 de maio de 2017.

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