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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

ENGENHARIA CIVIL

ANDRÉ ORATHES DO RÊGO BARROS


CLÁUDIO BRAGA PINTO

PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO


Corte de Chapa de Aço

Gurupi
2019
ANDRÉ O. R. BARROS
CLÁUDIO B. PINTO

PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO


Corte de Chapa de Aço

Trabalho de Engenharia Civil apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para
a obtenção de média bimestral nas disciplinas de
Algoritmos e Lógica de Programação, Ciência dos
Materiais, Calculo Diferencial e Integral II, Geometria
Analítica e Álgebra Vetorial, Física Geral e Experimental:
Mecânica e Seminário Interdisciplinar III.

Orientadores: Prof. Giancarlo Michelino Gaeta Lopes,


Prof.ª Mariana Da Silva Nogueira Ribeiro, Prof. Aroldo
Salviato, Prof.ª Daiany Cristiny Ramos, Prof. Diego Ruben
Martin, Prof. Anderson Emidio De Macedo Goncalves.

Gurupi
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2 PROPRIEDADES DO AÇO SAE 1020................................................................. 6
3 PROGRAMA DE CORTE ................................................................................... 10
4 CENTRO DE MASSA......................................................................................... 12
5 PEÇA PROPOSTA E CÁLCULO DO CENTRO DE MASSA ............................. 16
6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- ANÁLISE METALOGRÁFICA DO SAE 1020 ........................................... 8


FIGURA 2- FUNCIONAMENTO DO CENTRO DE MASSA EM MOVIMENTO ......... 13
FIGURA 3- SALTO COM GIRO AO REDOR DO CENTRO DE MASSA .................. 14
FIGURA 4- ESBOÇO DO DESENHO A SER RECORTADO .................................... 16
FIGURA 5- SEPARAÇÃO DOS SÓLIDOS ................................................................ 17
FIGURA 6- LOCALIZAÇÃO DO CENTRÓIDE .......................................................... 18
FIGURA 7- ETAPAS DE EXECUÇÃO DA PEÇA PARA TESTE DE CENTRÓIDE... 19
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- ELEMENTOS COMPONENTES DO AÇO SAE 1020 .............................. 6
TABELA 2- PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS AÇO SAE 1020 ................... 7
TABELA 3- PROGRAMA PARA CONTROLE DE AQUECIMENTO ......................... 10
TABELA 4- CÁLCULO DOS CENTROIDES PELA INTEGRAL. ............................... 17
TABELA 5- CÁLCULO DOS CENTROIDES PELA INTEGRAL ................................ 18
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1- DIAGRAMA DE FASES DO SAE 1020.................................................. 9


4

1 INTRODUÇÃO

O aço é um dos materiais mais utilizados, particularmente na


construção civil e engenharia civil e mecânica, na fabricação de carros. Segundo o
Centro Brasileiro de Construção em Aço, estima-se que existam mais de 20 bilhões
de toneladas de aço em uso, o equivalente a mais de 2 toneladas para cada pessoa
na Terra em 2018. Os aços são ligas de ferro, carbono e outros metais e não-metais.
A composição do aço é ajustada de modo a ter as propriedades precisas necessárias
para cada atividade que venha a ser desenvolvida. O aço comum, feito de ligas,
contém a combinação de um ou mais dos seguintes elementos: níquel, cromo,
tungstênio, molibdênio, vanádio, manganês, cobalto, cobre, nióbio, zircônio, selênio e
chumbo. Os aços podem ser repetidamente reciclados sem qualquer perda de
desempenho, desde que efetuados de maneira correta.
A indústria da construção civil é a principal usuária do aço no mundo,
desde pequenos edifícios até grandes pontes, utilizando-o de várias maneiras, mesmo
dentro de uma única construção. Uma ponte, por exemplo, pode usar aço nas cordas
de suspensão, o piso de chapa de aço para a estrada, as vigas para as colunas e as
barreiras de segurança e colunas de iluminação. Em construções menores, o aço
também é usado para reforçar o concreto, tecnologia mais utilizada na construção civil
no Brasil, segundo BOTELHO e MARCHETTI.
O aço de baixo teor de carbono é geralmente feito em chapas e tiras
laminadas planas, usadas para construção naval, arames, carrocerias de veículos e
eletrodomésticos. O aço carbono com a menor quantidade possível de carbono é
chamado de "ferro forjado", usado para cercas, portões e corrimões, mas é mais frágil.
O aço de médio teor de carbono é muito mais fácil de usinar e a adição
de pequenas quantidades de silício e manganês melhoram sua qualidade. Também
chamado de aço leve, é comumente utilizado estruturalmente em edifícios e pontes,
eixos, engrenagens, trilhos, tubulações e acoplamentos, carros e eletrodomésticos
(Geladeiras e máquinas de lavar).
O aço de alto teor de carbono tem uma resistência à tração muito
melhor, sendo então utilizado para fazer ferramentas de corte, lâminas, punções,
matrizes, molas e fios de alta resistência. O aço de altíssimo teor de carbono é frágil
e muito duro e não pode ser trabalhado a frio. Ele é usado para fabricar componentes
extremamente duros, como lâminas, ferramentas de corte e peças grandes de
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máquinas, radiadores de água quente e postes de metal. É também chamado de "ferro


fundido" e é o material usado para fazer panelas de ferro tradicionais.
Material deste trabalho, o aço SAE 1020 é um aço carbono de baixa
temperabilidade e baixa resistência à tração, com dureza de 119 a 235 na escala
Brinell e resistência à tração de 410 a 790 MPa. Tem alta usinabilidade, alta
resistência, alta ductilidade e boa soldabilidade. É normalmente utilizado em
condições de torneamento e polimento ou trabalhos a frio. Devido ao seu baixo teor
de carbono, é resistente ao endurecimento por indução ou ao endurecimento por
chama. Devido à falta de elementos de liga, não responde bem à nitretação, no
entanto, a carburação é possível, obtendo dureza de maior que R65 para seções
menores.
6

2 PROPRIEDADES DO AÇO SAE 1020

O aço SAE 1020 pode ser amplamente utilizado em todos os setores


industriais, a fim de melhorar as propriedades de soldabilidade ou usinabilidade. É
usado em uma variedade de aplicações devido à sua propriedade de acabamento
polido ou torneado.
Na condição de estiramento a frio ou torneamento, o aço SAE 1020
tem alta usinabilidade. De acordo com as recomendações dos fabricantes de
máquinas, o aço SAE 1020 pode ser usado para operações de furação, torneamento,
fresamento e rosqueamento usando a alimentação, tipo de ferramenta e velocidades
adequadas. Ele pode ainda ser soldado executando os processos de soldagem mais
comuns. Porém, o processo de soldagem não deve ser realizado em condições de
tratamento térmico ou carburação.
As aplicações mais comuns do aço AISI 1020 são na indústria em
estrutural simples, como parafusos de cabeça fria, mas são também muito utilizados
em componentes como eixos, peças e componentes gerais de engenharia, peças de
máquinas, veios, pinos, catracas, engrenagens para serviço leve e parafusos.
A composição química do aço SAE1020 é principalmente formada de
Ferro, Carbono e Manganês.

Tabela 1 – Elementos componentes do aço SAE 1020


ELEMENTO PORCENTAGEM
Carbono C 0,17 - 0,230%
Ferro Fe 99,08 - 99,53%
Manganês Mn 0,30 - 0,60%
Fósforo P ≤ 0,040%
Enxofre S ≤ 0,050%
Fonte: LUZ (2017)

As propriedades físicas e mecânicas do aço SAE 1020 são estudadas


e utilizadas na calibragem de máquinas e pesquisas no setor industrial, sendo de
suma importância para verificação do tipo de material, bem como se a chapa fornecida
apresenta-se coerente com o que diz a NBR.
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Tabela 2 – Propriedades Físicas e Mecânicas aço SAE 1020


PROPRIEDADE VALOR/UNIDADE
Dureza, Brinell 111 Brinell
Dureza, Knoop (Convertido) 129 Brinell
Dureza, Rockwell (Convertido) 64 Brinell
Resistência à tração 394.72 MPa
Alongamento à ruptura (em 50 mm) 36,5%
Redução da Área 66,0%
Módulo de Elasticidade 200 GPa
Impacto Charpy a -30,0 °C 16,9 J
Impacto Charpy a -18,0 °C 18,0 J
Impacto Charpy a -3,00 °C 20,0 J
Impacto Charpy a 10,0 °C 24,0 J
Impacto Charpy a 38,0 °C 41,0 J
Impacto Charpy a 65,0 °C 54,0 J
Impacto Charpy a 95,0 °C 61,0 J
Impacto Charpy a 150 °C 68,0 J
Fonte: LONGO (2017)

Na metalurgia, o termo fase é usado para se referir a um estado


fisicamente homogêneo da matéria, em que a fase possui uma certa composição
química e um tipo distinto de ligação atômica e disposição dos elementos. Dentro de
uma liga, duas ou mais fases diferentes podem estar presentes ao mesmo tempo.
Cada fase dentro de uma liga tem suas próprias propriedades físicas,
mecânicas, elétricas e eletroquímicas distintas. No aço carbono, a ferrita é uma fase
relativamente macia e a cementita é uma fase dura e quebradiça. Quando estão
presentes juntos, a força da liga é muito maior que a da ferrita e a ductilidade é muito
melhor em comparação com a cementita. Assim, uma liga com mais de uma fase pode
ser considerada um material composto.
Na microestrutura do aço SAE 1020, podemos observar a parte mais
escura, que representa cementita, que dispõe de praticamente todo o carbono e em
cor mais clara, a ferrita, maior parcela do aço.
8

Figura 1 – Análise metalográfica do SAE 1020

Fonte: SARRUF (2015)

Diagramas de fase são úteis para a indústria metalúrgica para seleção


de ligas com uma composição específica e controle de procedimentos de tratamento
térmico que produzirão propriedades específicas. Eles também são usados para
solucionar problemas de qualidade do material.
A quantidade de carbono presente em uma liga de ferro-carbono, em
porcentagem de peso, é plotada no eixo x e a temperatura é traçada no eixo y. Cada
região, ou campo de fase, dentro de um diagrama de fases, indica a fase ou fases
presentes para uma composição e temperatura de ligas particulares. Para o diagrama
de fase ferro-carbono, os campos de fase de interesse são os campos de ferrita,
cementita, austenita, ferrita + cementita, ferrita + austenita e austenita + cementita.
O diagrama de fases indica que uma liga de ferro-carbono com 0,5%
de carbono mantida a 900 ° C consistirá de austenita e que a mesma liga mantida a
650 ° C consistirá de ferrita e cementita. Além disso, o diagrama indica que, como
uma liga com 0,78% de carbono é resfriada lentamente a partir de 900 ° C, ela se
transformará em ferrita e cementita a cerca de 727 ° C.
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GRÁFICO 1 – Diagrama de fases do SAE 1020

Fonte: CAU, Faculdade de Engenharia, Kiel, Alemanha (2018)


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3 PROGRAMA DE CORTE

A linguagem C foi desenvolvida no início dos anos 70, principalmente


creditados ao trabalho de Ken Thompson e Dennis Ritchie. Os programadores
precisavam de um conjunto de instruções mais amigável para o sistema operacional
UNIX, que na época exigia programas escritos em linguagem assembly. Os
programas de montagem, que falam diretamente com o hardware de um computador,
são longos e difíceis de compilar e precisavam de um trabalho tedioso e demorado
para adicionar novos recursos.
Para garantir que as pessoas não criassem seus próprios dialetos ao
longo do tempo, os desenvolvedores do C trabalharam nos anos 80 para criar padrões
para o idioma. O padrão dos EUA para C, padrão X3.159-1989 do Instituto Nacional
de Padrões Americanos (ANSI), tornou-se oficial em 1989. O padrão da Organização
Internacional para Padronização (ISO), ISO/IEC 9899:1990, seguido em 1990.
Em um programa C, as funções dadas nas linhas de comando são
executadas sequencialmente. Isso acontece quando não há nenhuma condição em
torno das declarações. Se você colocar alguma condição para um bloco de instruções,
o fluxo de execução pode mudar com base no resultado avaliado pela condição. Este
processo é referido como “tomada de decisão em C”. As declarações de tomada de
decisão também são chamadas de instruções de controle.
Para o presente trabalho, apresentamos em formato de tabela uma
codificação ustilizando a função if na programação C, onde para cada espessura do
aço computada, o programa refere uma certa temperatura de corte, sendo uma
espessura zero (sem chapa) o retorno de desligamento.

Tabela 3 – Programa para controle de aquecimento


linha comando
1. for (;;)
2. int main (void)
3. {
4. int Espessura;
5. for (;;)
6. {
7. if (Espessura < 0) {
8. TempControl(20%);
9. } else {
10. if (Espessura =< 2) {
11. TempControl(40%);
11

12. } else {
13. if (Espessura =< 4) {
14. TempControl(60%);
15. } else {
16. if (Espessura =< 6) {
17. TempControl(80%);
18. } else {
19. if (Espessura =< 8) {
20. TempControl(100%);
21. } else {
22. if (Espessura == 0) {
23. TempControl(0);
24. } break;
25. }
26. }
27. }
28. }
29. return 0;
30. }

Fonte: Os Autores
12

4 CENTRO DE MASSA

O centro de massa é uma posição definida em relação a um objeto ou


conjunto de objetos. É a posição média de todas as partes do sistema, ponderadas
de acordo com suas massas.
Para objetos rígidos simples com densidade uniforme, conforme
apresentamos neste trabalho, o centro de massa está localizado no centróide. Como
exemplo, podemos analisar um disco de vinil, onde o centro de massa dessa forma
(disco uniforme) estaria no centro, onde encontra-se o orifício para ser colocado numa
vitrola. Às vezes, o centro de massa não cai em nenhum lugar do objeto; o centro de
massa de um anel, por exemplo, está localizado em seu centro, onde não há material
algum.
Para formas mais complexas, precisamos de uma definição
matemática mais geral do centro de massa: é a posição única na qual os vetores de
posição ponderada de todas as partes de um sistema somam zero. Essa definição é
útil para facilitar a solução de problemas mecânicos, onde temos que descrever o
movimento de objetos com formas não uniformes e orgânicas e sistemas mais
complicados.
Para fins de cálculo, podemos tratar um objeto de formato qualquer,
como se toda a sua massa estivesse concentrada em um ponto localizado no centro
de massa, chamada de massa pontual.
Se empurrarmos um objeto rígido em seu centro de massa, o objeto
sempre se moverá como se fosse uma massa pontual. Não irá rodar sobre qualquer
eixo, independentemente da sua forma real. Se o objeto estiver sujeito a uma força
desequilibrada em algum outro ponto, ele começará a girar em torno do centro de
massa.
Em geral, o centro de massa pode ser encontrado pela adição vetorial
dos vetores de posição ponderada que apontam para o centro de massa de cada
objeto em um sistema. Uma técnica rápida que nos permite evitar o uso da aritmética
vetorial é encontrar o centro de massa separadamente para componentes ao longo
de cada eixo.
Objetos complexos muitas vezes podem ser representados como
junções de formas simples, cada uma com massa uniforme, como é o caso do formato
proposto no presente trabalho. Podemos então representar a forma de cada
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componente como uma massa pontual localizada no centróide. Vazios dentro de


objetos podem ser contabilizados, representando-os como formas com massa
negativa.
O centro de gravidade é o ponto através do qual a força da gravidade
atua sobre um objeto ou sistema. Na maioria dos problemas mecânicos, o campo
gravitacional é considerado uniforme. O centro de gravidade está exatamente na
mesma posição do centro de massa. Os termos centro de gravidade e centro de
massa tendem a ser frequentemente usados de forma intercambiável, uma vez que
estão frequentemente no mesmo local.

Figura 2 – Funcionamento do centro de massa em movimento

Fonte: BTech Engenharia mecânica (2008)

O centro de massa de um sistema de partículas se move como se


toda a massa do sistema estivesse concentrada no centro e todas as forças externas
fossem aplicadas naquele ponto. A fim de facilitar os cálculos envolvidos na dinâmica
de um corpo estendido, tratamos qualquer corpo estendido como o sistema de
partículas, e o movimento do centro de massa do sistema é calculado levando-se a
massa de todo o sistema para ser concentrada no centro de massa.
Há várias aplicações práticas do centro de massa em nosso cotidiano,
sendo um dos mais perceptíveis na indústria automobilística, quando fazemos uma
curva fechada com um carro vazio e com o porta-malas cheio, por exemplo. Com o
porta-malas mais pesado, a carga é distribuída e o centro de massa se centraliza,
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deixando-o mais estável e fazendo a curva com uma sensação de suavidade,


enquanto com um porta-malas vazio, o peso do motor na parte frontal do veículo deixa
seu ponto médio de centro mais à frente, jogando a traseira do carro mais rapidamente
quando se faz a curva.
Nos esportes, podemos utilizar o centro de massa para atividades
mais simples, como levantamentos de peso, onde a massa deve ser ponderada para
um melhor aproveitamento do lifting, assim como em atividades de maior
complexidade e risco, como no motocross e moto acrobacias, onde tanto o
equipamento quanto o ciclista deve ser ponderado para fazer uma rotação completa
ao redor de seu eixo num long jump.

Figura 3 – Salto com giro ao redor do centro de massa

Fonte: Redbull Motors Action (2012)

O centro de massa desempenha um papel importante na astronomia


e astrofísica, onde é comumente referido como baricentro. O baricentro é o ponto entre
dois objetos onde eles se equilibram; é o centro de massa onde dois ou mais corpos
celestes orbitam um ao outro. Quando uma lua orbita um planeta, ou um planeta orbita
uma estrela, ambos os corpos estão orbitando em torno de um ponto que fica longe
do centro do corpo primário (maior). Por exemplo, a Lua não orbita exatamente o
centro da Terra, mas um ponto em uma linha entre o centro da Terra e a Lua,
aproximadamente 1.710 km abaixo da superfície da Terra, onde suas respectivas
massas se equilibram. Este é o ponto sobre o qual a Terra e a Lua orbitam enquanto
viajam ao redor do Sol.
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O centro de massa é também um ponto importante e o que afeta


significativamente a estabilidade de aeronaves. Para garantir que a aeronave esteja
estável o suficiente para ser segura para voar, o centro de massa deve estar dentro
dos limites especificados. Se o centro de massa estiver à frente do limite da frente, a
aeronave será menos manobrável, possivelmente ao ponto de ser incapaz de girar
para a decolagem ou descer para pouso. Se o centro de massa estiver atrás do limite
de popa, a aeronave será mais manobrável, mas também menos estável e
possivelmente tão instável que seja impossível voar. Nos aviões convencionais,
podemos observar nas paredes entre os assentos alguns pontos marcados com
bolinhas vermelhas entre as janelas, que nada mais são que indicadores do centro de
massa, para que, caso haja muitos passageiros entre duas delas e poucos entre
outras duas, sejam redistribuídos para se recompor o centro de massa adequado.
16

5 PEÇA PROPOSTA E CÁLCULO DO CENTRO DE MASSA

Um plano cartesiano (em homenagem ao matemático francês René


Descartes, que formalizou seu uso na matemática) é definido por duas linhas
numéricas perpendiculares: o eixo x, que é horizontal, e o eixo y, que é vertical.
Usando esses eixos, podemos descrever qualquer ponto no plano usando um par
ordenado de números.
O plano cartesiano se estende infinitamente em todas as direções.
Para mostrar isso, geralmente colocam setas nas extremidades dos eixos em seus
desenhos. A localização de um ponto no plano é dada por suas coordenadas, um par
de números entre parênteses: (x, y). O primeiro número x indica a posição horizontal
do ponto e o segundo número y indica sua posição vertical. Todas as posições são
medidas em relação ao ponto zero, chamado de origem, cujas coordenadas são (0,0).

Figura 4 – Esboço do desenho a ser recortado

Fonte: Os Autores

Para elaboração de uma peça a ser recortada nas chapas de aço para
que sejam feitos chaveiros, por exemplo, propomos o design da imagem, formada
pelos pontos iniciando em (1.5,0.0), (1.5,4.0), (0.0,4.0), (5.0,9.0), (7.0,7.0), (7.0,8.0),
(8.5,8.0), (8.5,5.5), (10.0,4.0), (8.5,4,0), (8.5,0.0), (4.0,0.0), (4.0,3.5), (2.5,3.5),
(2.5,0.0) e finalizando no mesmo ponto inicial, (1.5,0.0).
Para o cálculo do centro de massa da figura proposta, separamos em
17

seis figuras geométricas simples, conforme a figura 5, e seguiu-se então a efetuação


dos cálculos de áreas.

Figura 5 – Separação dos sólidos

1 3

5
4
6

Fonte: Os Autores

Tabela 4 – Cálculo dos centroides pela integral


FIGURA X(cm) A(cm²) X•A
1 5,00 25,00 125,00
2 7,75 1,50 11,625
3 8,00 1,125 9,00
4 2,00 4,00 8,00
5 3,25 0,75 2,4375
6 6,25 18,00 112,50
∑ 50,375 268,4625
Fonte: Os Autores

Dividindo a soma das áreas pelo produto entre área e centroide no


eixo X, temos que: 268,4625 ÷ 50,375 = 5,3293
18

Tabela 5 – Cálculo dos centroides pela integral


FIGURA Y(cm) A(cm²) Y•A
1 5,67 25,00 141,75
2 7,50 1,50 11, 25
3 6,50 1,125 7,3125
4 2,00 4,00 8,00
5 3,75 0,75 2,8125
6 2,00 18,00 36,00
∑ 50,375 207,125
Fonte: Os Autores

Dividindo a soma das áreas pelo produto entre área e centroide no


eixo Y, temos que: 207,125 ÷ 50,375 = 4,1117

Figura 6 – Localização do centróide

Fonte: Os Autores

Assim, a localização exata do centroide da figura proposta fica nas


coordenadas de 5,3293 em X e 4,1117 em Y.
Após os cálculos, foi realizado o recorte da peça em cartolina e
passado a uma chapa de mdf para ser recortada e provada a estabilidade no centro
19

de massa, conforme vídeo que pode ser assistido no link:

https://www.youtube.com/watch?v=0XqrP5qfL44

Figura 7 – Etapas de execução da peça para teste de centróide

Fonte: Os Autores
20

6 CONCLUSÃO

Este trabalho consistiu na compreensão dos fatores que compõe o


aço SAE 1020, bem como sua utilização na indústria e construção civil, sendo este
um dos mais utilizados no mercado. O trabalho propôs um apanhado técnico para que
se pudesse conhecer profundamente as composições e comportamentos do material,
que conclui-se ser de fácil trabalhabilidade e usinagem, fatores determinantes para
seu emprego na indústria, e isto se dá devido ao teor de carbono no aço, tornando-o
mais maleável.
No que tange o conhecimento matemático dos cálculos para que seja
encontrado o centro de massas, percebemos que o uso de integrais para o cálculo de
áreas de figuras pouco complexas se resume às fórmulas básicas quando trabalhadas
e reduzidas, facilitando a computação das mesmas para que o centroide da peça seja
traçado. O centro de gravidade, mesmo parecendo estar deslocado na peça como um
todo, é um ponto certo de equilíbrio da peça, como demonstrado na prática, na
execução da peça.
Ao concluir todas as etapas do presente trabalho, percebe-se a
grande necessidade e utilidade dos estudos de centros de massa para as áreas da
construção civil.
21

REFERÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Digital. Normas para


apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1999 - 2017. v. 2 Disponível em: <
http://www.unoparead.com.br/sites/bibliotecadigital>. Acesso em: 14 abr. 2017.

ARCELORMITTAL. Companhia Siderúrgica Arcelormittal Brasil S.A. 2017.


Disponível em: <http://brasil.arcelormittal.com.br/>. Acesso em: 20 mar. 2017.

CALLISTER JR, Willian D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 5.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

GARCIA, Amauri; SPIM, Jaime Alvares; SANTOS, Carlos Alexandre dos. Ensaio de
materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

GERDAU. Empresa siderúrgica brasileira GERDAU S.A. Porto Alegre, 2017.


Disponível em: <https://www.gerdau.com/br/pt>. Acesso em: 20 mar. 2017.

NASH, W A. Resistência dos materiais. 4. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2001.

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