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Todo empreendedor é um sonhador e um visionário em relação a assuntos
que as outras pessoas geralmente não conseguem ver.
Carlos “Wizard” Martins
mS.com A X
1
ABSTRACT AX
Dificilmente você vai encontrar alguém que não conheça a rede de escolas de
idiomas Wizard(01).
Espalhada por todo o Brasil e presente também no exterior, a Wizard foi criada
por um empreendedor brasileiro que era, antes de tudo, um professor de
inglês, Carlos Wizard Martins se destacou posteriormente como empresário e
escritor, com uma história de vida surpreendente que o levou a se tornar
bilionário a partir do zero.
Vamos abordar como Carlos Wizard construiu sua fortuna por meio de suas
empresas, conhecer os livros dele e sobre ele e registrar depoimentos
interessantes sobre essa personalidade tão instigante.
Nascido em Curitiba, Paraná, em 1965, Carlos Wizard Martins cresceu de
forma bem humilde.
Filho de um caminhoneiro e de uma costureira, o futuro empreendedor logo se
viu inserido na comunidade da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, a qual seus pais passaram a frequentar quando ele tinha 12 anos.
Foi a partir dessa comunidade religiosa que Wizard teve contato com
missionários dos Estados Unidos, que lhe ensinaram inglês.
Isso o permitiu viajar aos Estados Unidos aos 17 anos para concluir seus
estudos da língua, levando apenas 100 dólares, frutos de suas economias e se
sustentando por meio de um bico em um restaurante local.
Lá, conheceu os métodos de ensino de idiomas da Universidade de Brigham
Young, o maior centro mórmon do mundo.
Aos 19, Wizard viajou a Portugal para servir como missionário, passando um
total de dois anos na Europa em meio à realização de trabalhos voluntários e
humanitários.
Em seguida, voltou sua atenção à formação de família e à obtenção de
educação superior.
Assim, Wizard conseguiu uma vaga na própria Universidade de Brigham
Young, por conta de sua relação com a igreja, graduando-se em Ciências da
Computação e Estatística.
Foram justamente suas experiências de vida no exterior e sua convivência
com outras pessoas que aprenderam inglês como segunda língua que
permitiram a Wizard desenvolver um método inovador de ensino do idioma, no
qual o estudante pode aprender a língua em questão de semanas.
2
Esse foi o pontapé inicial que gerou a atual fortuna de Carlos Wizard ao
redirecionar sua atenção ao mundo das empresas voltadas ao ensino de
línguas.
Wizard é atualmente bilionário, mas foram necessários vários passos para
alcançar essa fortuna.
Ele retornou ao Brasil um ano depois de sua graduação nos Estados Unidos.
Lá, ele estava trabalhando em uma empresa de papel e celulose e fora
transferido para sua filial no Brasil, em Mogi Guaçu, São Paulo.
O que começou como aulas particulares (reforço escolar) de inglês, no turno
contrário ao expediente para acrescentar à renda familiar, logo se converteu
em uma escola completa, dado o tamanho sucesso de seu método focado na
conversação e eficaz a todos independentemente da idade.
O próximo passo em direção à fortuna de Carlos Wizard foi transformar a
primeira unidade da Wizard, inaugurada em Campinas, em uma bem-sucedida
rede de escolas de idiomas.
Para isso, Wizard fez uso do método de franchising, que conheceu nos
Estados Unidos.
Esse sistema permitiu que a Wizard se tornasse uma das maiores redes de
escolas de idioma do mundo, com mais de 1.200 unidades no Brasil, Paraguai,
Costa Rica, Estados Unidos e Japão.
Wizard alcançou a fortuna bilionária em 2013, quando vendeu sua
participação do Grupo Multi Educação (formado pela Wizard e outras oito
redes de educação, como Yázigi e Skill) para a Pearson, empresa britânica de
serviços e conteúdos educacionais, por R$ 2 bilhões.
Entretanto, seus empreendimentos não param por aí.
A primeira das várias empresas de Carlos Wizard já havia sido fundada antes
mesmo da venda de sua participação no grupo – era a Vale Presente, parte do
mercado de cartões pré-pagos.
Mesmo assim, foi a partir da venda de sua participação no grupo Multi
Educação que Wizard passou a se dedicar totalmente à ocupação de
empresário, tendo, desde então, adquirido a rede de produtos naturais e
orgânicos Mundo Verde, em 2014, e a licença para abertura de lojas da rede
de fast-food Taco Bell no Brasil, em 2016.
Wizard pretendia aumentar sua fortuna investindo em dois setores do ramo
alimentício que apresentam crescimento.
3
As demais empresas de Carlos Wizard, contudo, diversificam-se além do setor
alimentício e da área educacional.
Na área esportiva, Wizard criou, em 2015, uma rede de escolas de futebol para
crianças e adolescentes junto com o ex-jogador Ronaldo Fenômeno.
Já no ano seguinte, Wizard fundou a BR Sports após adquirir a totalidade dos
direitos de operação das marcas de calçados Topper e Rainha, da empresa de
produtos esportivos Alpargatas.
Em 2017, por sua vez, foi criada a Aloha Oils, a mais nova das empresas de
Carlos Wizard, voltada à comercialização de óleos essenciais e cosméticos e
fundada junto com duas de suas filhas, Thais e Priscila Martins.
No mesmo ano, Wizard retornou à área da educação ao adquirir 35% da rede
de escolas de idiomas Wise Up, fundada por Flávio Augusto, por R$ 200
milhões.
Como era de se esperar, tal história de vida deu a Wizard bastante
conhecimento que podia ser compartilhado com outras pessoas.
Assim, o empresário passou a dedicar parte do seu tempo para escrever e
publicar livros sobre como empreender de forma bem-sucedida, a partir de
sua própria experiência com o Grupo Multi Educação.
O primeiro dos livros de Carlos Wizard, Vencendo a Própria Crise, foi lançado
pela Editora Record em 2002, mais de uma década antes da venda de sua
participação do grupo para a Pearson.
Nessa obra de autoajuda, Wizard evoca a importância da autoconfiança para
transformar situações negativas em positivas.
Foi a partir de 2009, entretanto, que sua carreira como escritor realmente
deslanchou.
Entre 2009 e 2012, Carlos Wizard escreveu e publicou sete livros, todos
voltados ao compartilhamento do que aprendeu durante sua trajetória de vida.
Dentre eles, destaca-se o livro best-seller Desperte o milionário que há em
você, lançado em 2009 pela Editora Gente e relançado em 2018 pela Editora
Buzz (conhecida por publicar outros best-sellers da área de negócios como o
livro Seja Foda).
Esta mesma editora publicou seus dois livros mais recentes – Do Zero ao
Milhão (2017), que também se tornou um best-seller, e Há um diamante em
você (2019).
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Abaixo a lista completa, em ordem cronológica de lançamento, dos livros de
Carlos Wizard:
● Vencendo a Própria Crise (2002)(02);
● Desperte o Milionário Que Há Em Você (2009)(03);
● O Desejo de Vencer (2010)(04);
● Como Sonhar e Realizar Seus Sonhos (2010)(05);
● 100 Pensamentos – Motivação, Liderança e Sucesso (2010) – dividido
em dois volumes(06);
● Meu Presente Mais Valioso (2012)(07);
● Do Zero ao Milhão – como transformar seu sonho em um negócio
milionário (2017)(08);
● Há um diamante em você (2019)(09).
Por fim, além dos livros de sua autoria, Carlos Wizard também tem uma
biografia publicada em 2013 pela Editora Gente.
De autoria de Ignácio de Loyola Brandão, a obra leva o título de “Carlos
Wizard: Sonhos não têm limites”(10) e também é um dos principais livros que
vêm à mente quando o assunto é saber sobre Carlos Wizard.
Além de suas obrigações como empresário e a dedicação à escrita, Carlos
Wizard também reserva tempo para realizar palestras por todo o Brasil, na
qual também compartilha parte do conhecimento sobre gestão de negócios
que adquiriu até então.
A trajetória enriquecedora deste “empreendedor missionário” realizador será
desdobrada em talkshow c om Sandro Magaldi(11), ao longo de seis episódios:
● No primeiro episódio pode-se conferir o significado de sucesso para Carlos
Wizard e aprender sobre a importância da família na sua formação
empreendedora.
Graças ao negócio de seu pai, Carlos aprendeu durante a infância técnicas
de comércio que foram essenciais para a implementação de uma das
maiores redes de idiomas do Brasil.
Demonstra-se a origem e o começo de tudo: como foi o início de um dos
maiores empreendedores brasileiros.
5
● Muita gente se questiona sobre o que é preciso fazer para ir da ideia à
realização. Neste segundo episódio, muitos insights dessa caminhada
serão abordados.
Pode-se aprender com Carlos Wizard o que ele fez para colocar em prática
o seu negócio e transformá-lo em uma das maiores redes de escolas de
idioma.
É possível conferir a criação da metodologia “Aprenda inglês em 24 horas”
e acompanhar como surgiram os primeiros franqueados e estudar como se
forma uma empresa desde o princípio!
● Franquia e escalabilidade! Essas duas palavras resumem o que vai ser
falado neste terceiro episódio.
Aprender isto com um dos maiores empresários do setor de idiomas,
fundador do Grupo Multi, e entender como foi planejado o desenvolvimento
da rede Wizard.
Além disso, pode-se verificar a fundo os princípios da delegação, como
motivar o colaborador e maneiras de elaborar estratégias de equipe.
● “Quando uma pessoa consegue identificar um talento, uma habilidade ou
um dom e transformar isso numa fonte de renda, não existe mais crise na
vida dela”, afirma Carlos Wizard, neste episódio.
Evidencia-se a consolidação da rede de idiomas Wizard e a conquista de
mais de mil unidades. Além disso, neste quarto episódio, pode-se
acompanhar como foi o surgimento do Grupo Multi e a compra de
instituições como a Yázigi e Skill.
● Todo empreendedor enfrenta dificuldades que muitas vezes põem em risco
a continuidade do negócio.
Carlos passou por isso e viu a rede de escolas de idioma Wizard passar por
problemas de gestão quando o empreendedor teve que se ausentar por
alguns anos.
Estão elencados neste quinto episódio os motivos que levaram Carlos a se
afastar e o que seus filhos fizeram para colocar o negócio na direção certa.
● Os planos de Carlos Wizard ainda estão no começo.
Nas lições deste sexto episódio é possível verificar de perto como foi a
venda do Grupo Multi por quase R$ 2 bilhões e, ainda, estudar como foi
decidida a compra da rede de alimentos saudáveis Mundo Verde.
6
Para consubstanciar a abordagem prático-acadêmica dessa “mágica” missão
empreendedora foram escalados os professores Ricardo Farah(12), Flávio
Cordeiro(13), Fábio Trigo(14), Emerson Weslei Dias(15), Marisabel Ribeiro(16) e
Francisco Gomes(17) que, sinteticamente, focarão os seguintes temas:
⎯ Maneiras de dar propósito à missão empreendedora;
⎯ Como desenvolver um modelo de execução estratégica;
⎯ Como gerir os canais de vendas de uma empresa;
⎯ O que é preciso para criar uma mentalidade empreendedora;
⎯ Como delegar para ter mais tempo e produtividade; e
⎯ Como identificar a cadeia de valor de um negócio.
Carlos Wizard(18) se diz um apaixonado pelo Brasil, “independente do governo,
da economia e do momento. Acha que o Brasil é um país com potencial
gigantesco e os empreendedores que estiverem bem alinhados vão ter um
grande resultado no país”.
Ele lembra que quando começou a Wizard, no final de década de 80, o país
vivia uma crise econômica e hiperinflação.
"O que eu acredito é que o empreendedor é um sonhador. E ele passa muito
acima de todas as dificuldades da economia".
"O maior desafio é não permitir que o negativismo paralise o indivíduo. A
pessoa tem que ter a capacidade de ver mais longe e passar por cima dos
momentos tumultuados e buscar os seus sonhos", diz o empresário que se
intitula "missionário do empreendedorismo".
"Eu comecei o meu projeto lá atrás, na crise. Se eu tivesse ficado intimidado
pela crise, eu não teria começado e hoje não estaria aqui”.
7
O case apresenta a seguinte composição, para melhor acompanhamento:
Divisão do texto: Abstract, Sumário, Conteúdo e Referências
Bibliográficas;
Conteúdos do c ase;
Conteúdos das aulas e matérias adicionadas.
SUMÁRIO
TÓPICOS
PÁG.
ABSTRACT AX 4
SUMÁRIO 11
CONTEÚDO 13
Na família Martins nasce um Wizard para dignificar o
empreendedorismo 13
Trabalho e fé: vetores WWW (Wizard Wide Way) 14
A propósito: como alcançar seus propósitos 19
Empreendedorismo com propósito: diferencial exponencial 21
Estratégia e execução: faces da mesma moeda que precifica
a realização 33
Execução transforma estratégia em ação 35
Que tal aprender na prática, empreender e descobrir, um
certo dia, que sua vida foi confiscada! Estamos no Brasil! 38
Não é fácil empreender no Brasil 44
O visionário e a franquia antes da franquia
8
47
Gestão do canal de vendas 51
Gestão de canais: como encarar este desafio? 53
A mágica do crescimento acontece 59
Educação Empreendedora 62
Educação para Empreendedores: conceito e ideias para
utilização em sala de aula 63
Na dificuldade, vale muito o que o pai ensinou
66
O espaço pode ser resgatado. O tempo perdido, jamais. 69
Gestão do Tempo: o que é, produtividade e estratégias 73
Neste ano de 2015 eu entrei para a lista dos bilionários da
Forbes 88
Como identificar a cadeia de valor do seu negócio 91
Cadeia de Valor: saiba como ela funciona e qual a sua
importância 93
Carlos Wizard Martins ensina como ser um milionário 96
Conheça a história da Multi QSR, uma gigante global do
setor de restaurantes 98
Resumo da trajetória de Carlos Wizard Martins, um dos
maiores empreendedores brasileiros 102
Cronologia da ascenção de um mágico das franquias |
Fonte: Revista Bares & Restaurantes 106
REFERÊNCIAS 111
9
CONTEÚDO
Na família Martins nasce um Wizard para dignificar o empreendedorismo
Curitiba, 1956: Nasce Carlos Martins em uma família simples, mas com a veia
empreendedora.
Seu pai, Antônio Martins, dono de uma mercearia, usa o empreendimento para
ensinar aos sete filhos a arte das vendas.
Depois que o sétimo filho trabalhou na mercearia, Seu Antônio fecha o
estabelecimento.
Sua mãe Ilda sempre ensinou sobre fé para Carlos Wizard. Ela sempre buscou
a Igreja e se tornaram seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, conhecida como Igreja Mórmon.
Em contato com missionários mórmons vindo dos Estados Unidos, Carlos
começa a aprender inglês.
Em cada história ele foi se apaixonando pelo estilo de vida americano.
Estados Unidos, em 1973: O país vive profundas mudanças culturais e
econômicas, Richard Nixon governa o país e a Guerra do Vietnã dava sinais
que iria acabar.
Com 17 anos Carlos embarca para New York com apenas $100 no bolso e
muitos sonhos na cabeça.
Vai morar em Paterson, New Jersey. E começa a trabalhar em um restaurante
para quitar as parcelas da sua passagem.
O sonho americano foi se tornando um pesadelo, longe de sua terra natal, da
família e dos amigos.
Até que um dia batem à porta da pensão que Carlos morava: era o Tata, Luiz
Martins, seu irmão.
Eles decidiram fazer as malas e partir para a casa dos amigos missionários
em Salt Lake City. Lá tiveram uma experiência completamente diferente.
Todo jovem mórmon é convidado a ser missionário, Carlos e Tata aceitam o
convite e embarcam em uma missão para Portugal por dois anos.
Depois desse tempo, Carlos decide voltar ao Brasil e formar uma família.
Casa-se com Vania, um ano depois eles tem gêmeos e renasce uma missão:
voltar aos EUA como universitário.
10
Na faculdade, Carlos tem notas muito baixas. As responsabilidades como pai
e marido pesaram mais e estava decidido a voltar para o Brasil, mas sua
esposa o convence a não desistir.
Ele se forma em Análise de Sistemas pela Brigham Young University e começa
a enviar centenas de currículos até ser chamado pela Champion International
e ser transferido para sua terra natal, no Brasil.
Mas, no fundo, Carlos viu que poderia ir mais além, quando aceitou um convite
de um colega para dar aulas de inglês e as turmas não paravam de crescer: a
oportunidade perfeita havia chegado.
Trabalho e fé: vetores WWW (Wizard Wide Way)
Luiz Martins, irmão:
● Ele pegou um carrinho de mão e saiu pela vizinhança vendendo batata e
me falando que a gente não podia voltar para casa até que o carrinho
estivesse vazio.
● Meu pai foi a maior influência na vida do Carlos, uma pessoa
extremamente correta, um ótimo vendedor, Todos nós tivemos a chance
de trabalhar no negócio da família.
Carlos Wizard:
● Meu pai, naquela época, um pouco antes da abertura da mercearia, viaja
para o interior do Paraná de caminhão e, nas férias, eu o acompanhava e
vendia produtos de mercearias, de mercado em mercado.
● Em alguns momentos ele ficava no caminhão e me dava os produtos para
vender também.
● Com 12 anos, eu fazia todo o processo da venda: retirava do caminhão,
mostrava para o cliente, anotava o pedido, fazia as contas, recebia o
pagamento e entregava para o meu pai.
● Para mim era uma diversão, era uma brincadeira, mas sem querer me
moldou a encontrar pessoas, ouvir rejeição, negociar, fazer o processo
inteiro de vendas e entregar o serviço completo para o cliente e para o
chefe.
● Comecei a vender batatas, tomates, verduras, frutas, alface, de porta em
porta.
11
● Eu comecei a trabalhar na mercearia do meu pai e me sentia super
importante, porque as 7:00 am eu já abria a mercearia e a fechava as
15:00 pm.
● A combinação de trabalho e fé teve um impacto muito grande na minha
formação.
● Aqueles jovens mórmons me chamaram muito a atenção e, quando eles
voltavam para os Estados Unidos, me escreviam para ir para lá. Meu tio
tinha ido morar em New Jersey e, ele também, me escrevia para ir para lá.
⎯ Eu acredito que fui muito influenciado e incentivado pelos
missionários norte americanos mórmons que me ensinaram o
básico do inglês.
⎯ À medida que eu tinha esse convívio com eles, eles me
incentivaram a ir para os EUA, fazer uma universidade.
⎯ Meus pais tinham recursos limitados, com sete filhos, estudar no
exterior era um sonho quase impossível.
⎯ Eu tentei entrar na universidade mesmo com 17 anos, e não
entrei porque meu inglês era muito ruim, mas mesmo assim não
desisti.
⎯ Fiquei lá por 1 ano e meio e, durante esse período, eu trabalhava
e estudava. Quando voltei para o Brasil, voltei fluente no idioma.
● Nos EUA trabalhei em um restaurante, lavava prato, chão, louça, limpava
as mesas, era auxiliar do garçom.
● Em New Jersey vivi desconfortavelmente em casa muito antiga, mas
queria aquela américa moderna, que assistia nos filmes.
● Eu comecei a questionar se eu tinha vindo para a américa certa, será que
esse é os Estados Unidos que eu sonhei. Até que meu irmão vai para lá
para ficar comigo e ser meu companheiro dessa aventura americana.
Deixamos New Jersey e fomos para Utah,
● Em Salt Lake City era muito melhor, tinha o horário de trabalho, mas tinha
o horário para diversão, distração, divertimento, passamos a ter uma
experiência muito melhor.
● Tata e eu aceitamos ir para Portugal como missionários e lá ficamos por 2
anos.
12
● Após o período como missionário em Portugal, foquei três objetivos bem
pensados: encontrar um trabalho, encontrar a mulher da minha vida e me
preparar para retornar aos EUA como universitário.
● Quando eu casei com a Vania, ela sabia que um dos meus objetivos era ir
para os EUA fazer faculdade. Foi um processo de preparação e tempo até
chegar o momento de irmos na condição de aluno universitário.
● Como minhas notas estavam muito baixas, eu quis desistir e voltar para o
Brasil, mas a Vania me apoiou e disse para ficar e que não esmorecesse,
pois eu iria conseguir.
● Enquanto eu estava na faculdade eu já me questionava qual seria o meu
caminho para o sucesso.
● Eu comecei a criar uma biblioteca pessoal do sucesso. Eu comecei a ler
dezenas de livros que falavam sobre motivação, liderança, como alcançar
o sucesso, como alcançar prosperidade, como administrar o próprio
recurso, e eu fiz isso por mais de um ano.
● Acontece que chegou um ponto que eu estava tão motivado pelo
empreendedorismo que eu comecei a perder o interesse pelas matérias
da faculdade.
● Então eu parei um pouco de ler, e terminei a faculdade, para mais tarde
partir para o empreendedorismo.
● Todo individuo que prosperou disponibilizou em torno de 10.000 horas em
busca de sucesso, de preparo.
● Em resumo: Eu fui aos EUA em duas ocasiões, a primeira despreparado,
com 17 anos e $100 no bolso e, depois, aos 26 anos, já como aluno
universitário.
⎯ Nesse primeiro momento acho que foi uma combinação de
ousadia, coragem, determinação, desejo: o que me impulsionou
mesmo sem dinheiro.
⎯ Eu sabia que eu tinha que trabalhar hoje pra almoçar amanhã,
não tinha outra opção.
⎯ Então, baseado nisso, não tinha meus pais, nenhum sistema de
apoio que pudesse me direcionar, então, com isso, comecei a
desenvolver a questão da autossuficiência.
⎯ Ia ganhar mais ou menos de acordo com o meu empenho e
minha dedicação. Novamente princípios de empreendedorismo
foram manifestados naquela idade.
13
● Após a universidade, consegui um trabalho na Champion International e
fiquei 1 ano em Ohio, na cidade de Cincinatti, e 1 ano no Brasil, no interior
do Estado de São Paulo, em Mogi Guaçu.
● Já no Brasil, comecei a dar aulas de inglês.
● Eu acredito que existe uma força superior, acredito que seja divina, que te
leva a atingir seus objetivos.
● Eu estava na empresa, e um colega de trabalho fez a seguinte pergunta:
Carlos será que você poderia nos dar algumas aulas de inglês à noite? Eu
pensei: por que não?
● Comecei dentro de casa mesmo, para um aluno, depois duplas, trios, duas
turmas, três turmas, e assim foi crescendo muito.
● As vezes você está no caminho certo, produto certo, mercado certo mas
você não consegue enxergar o potencial que está na sua frente. Isso
aconteceu comigo. Eu não via o depois dessa história., até que:
⎯ Certa vez eu estava no Banco Bradesco, na fila para receber o
meu salário e, eu fiz, confesso aqui, uma impropriedade:
o Na hora que chegou minha vez na fila eu vi que estava em cima
do balcão a folha de pagamento da empresa que eu trabalhava e
eu fiz uma pergunta pra atendente:
o “Você pode ver o valor do salário do Diretor da empresa?” E ela
falou o nome e o salário. Eu sai do banco muito decepcionado,
porque era um Diretor que estava na empresa há 20 anos e eu
pensava que o salário dele era muito maior.
o Então comecei a refletir: “será que eu vou ter que trabalhar 20
anos da minha vida para depois receber essa remuneração”?
o Então decidi que esse não iria ser o meu caminho. Eu precisava
partir para o empreendedorismo.
● Me desliguei como executivo para me tornar empreendedor em 1º de
maio de 1987, porque foi exatamente nesse dia que eu fui mandado
embora.
● Foi um presente. Às vezes a melhor coisa que pode acontecer para uma
pessoa é ser demitido. Foi o ponto zero de inicio da Wizard.
● Estava em Curitiba, visitando meus pais e, no caminho de volta para São
Paulo, dirigindo, comecei a refletir sobre essa questão do
14
empreendedorismo, qual área atuar e qual seria o meu futuro projeto de
vida.
● E, nesse espirito de ponderação, veio uma inspiração: abrir a minha
própria escola de inglês e torná-la meu grande projeto de vida.
● Sempre fui um homem de conversar com Deus e essa foi a resposta.
● Eu fiquei tão impressionado que minha esposa estava deitada dormindo
no carro e, imediatamente, eu a acordei falando que eu já sabia o que
iriamos fazer: “nós vamos abrir uma escola de inglês... e ela: Carlos e suas
ideias malucas”.
● Eu me considero abençoado por ter tido pais e irmãos que me deram o
preparo para eu conseguir desenvolver meus sonhos.
● E considero que a minha formação religiosa também influenciou muito,
em seguida minha esposa sempre foi muito determinada, e sempre esteve
ao meu lado para tudo.
● Eu acho o elemento fé fundamental para o êxito de qualquer projeto.
A propósito: como alcançar seus propósitos (12)
“A vida sem ação não passa de um sonho. A ação sem visão é só um
passatempo, a visão com ação pode mudar o mundo”.
Seu sonho precisa ter um propósito.
“A soma de nossos valores essenciais mais nossos pontos fortes – nosso
conhecimento ou áreas de domínio (saberes) – trazidos ao que fazemos –
serviço ou trabalho – e oferecidos ao outro, constituem nosso propósito de
vida”.
Visualizando a jornada => estado presente => estratégia para mudança =>
estado desejado.
Sobre a jornada
Valores:
Toda meta tem um valor e é impulsionada pelos valores.
É importante você lembrar que tem que fazer a jornada alinhada pelos valores.
Perguntas Chave:
15
O que é importante na meta; o que tem de valor nisso; o quanto vale para
obter isso?
Valores estão no centro de quem somos.
Comumente são expressos em termos abstratos, por exemplo: honestidade,
realização, lealdade.
Um valor essencial é escolhido livremente.
Metas são sonhos configurados em ações.
Se você tem um sonho é preciso saber quais ações são necessárias para
realiza-lo, então, seu sonho vira meta e tem grandes chances de virar
realidade.
Para atingir suas metas você tem que realizar tarefas.
As tarefas são atividades, ações que você tem que fazer para alcançar o que
quer conseguir (sua meta).
As metas dão pernas para os seus sonhos.
Metas = > 7 princípios:
1. Diga o que quer e não o que quer evitar.
2. Estabeleça metas que são desafiadoras e realistas.
3. Influencie os resultados diretamente.
4. Saiba como irá medir seu progresso.
5. Cheque seus recursos.
6. Saiba qual é o custo das suas metas.
7. Faça um plano de ação.
Linha do tempo:
● Visão: qual é a sua meta, faça uma declaração objetiva.
● Qual é o valor disso pra você.
● Passos: imediatamente antes disso o que aconteceu.
● Prazos.
16
● Verificar se algo está faltando.
Empreendedorismo com propósito: diferencial exponencial(19)
Mas muitas vezes consultores e gestores defrontam-se com pessoas
indagando sobre empreendedorismo com propósito e não conseguem achar
resposta completa o suficiente, portanto, aqui vai um esforço para preencher
essa lacuna.
O novo mundo pede novas pessoas
Antes de falar sobre o empreendedorismo com propósito, importa falar um
pouco sobre o mundo que a gente vive hoje, porque foi esse mundo diferente
que motivou o surgimento dessa movimentação que busca uma vida e um
trabalho com mais significado.
Por mais que lá do espaço, bem de longe, o nosso planeta não pareça tão
diferente das primeiras fotos que foram tiradas dele, aqui em baixo está tudo
muito mudado desde então.
No aspecto mais macro, o impacto global das mudanças climáticas, por
exemplo. Ele é apenas um dos fatores que fazem a gente perceber que
precisa de um mundo novo, um mundo diferente.
E essa necessidade de mudança se reflete também nos espaços micro.
Os desafios profissionais e pessoais que precisamos encarar todos os dias,
por exemplo. Todos eles são muito diferentes do que os conflitos com os
quais as gerações passadas precisavam lidar.
Os grandes inimigos da produtividade da maioria das pessoas hoje são o
celular e as distrações que ele traz.
Imaginem se essa era uma preocupação do século passado?
Antes, os empregos eram quase como um casamento, um contrato pensado
para uma vida toda.
Traziam estabilidade, o que era mais importante naquela época. Hoje, a
sensação é de que voltamos a ser “nômades” em alguns aspectos.
É claro que ainda desejamos essa estabilidade, mas não a qualquer custo.
Especialmente se o trabalho que nos torna estáveis não está alinhado ao que
acreditamos. Por isso o empreendedorismo com propósito é a bola da vez.
Emprego ou trabalho?
17
Segundo um estudo recente da consultoria PwC, 50% dos postos de trabalho
atuais podem deixar de existir até 2030.
Mas o que isso significa na prática?
Os empregos convencionais que muitas pessoas ocupam hoje já estão
previstos para serem executados por máquinas futuramente.
A automação e a inteligência artificial já fazem parte do nosso dia a dia.
Os filmes que a Netflix sugere para você de acordo com o seu gosto; as
músicas que se encaixam perfeitamente no seu perfil do Spotify; os anúncios
que parecem saber que você estava precisando comprar aquele item novo…
Tudo isso é automatizado. E a tendência é que o espaço que essa
“robotização” ocupe só aumente.
É claro que muita gente vai preferir encarar todas essas mudanças e
“extinções” de postos de trabalho de forma negativa. “Os robôs vão dominar o
mundo!”, eles vão dizer.
Mas eu prefiro encarar tudo isso como oportunidade de deixarmos de lado o
emprego convencional que não nos satisfaz mais para co-criar o nosso futuro
com postos de trabalho que reflitam mais o nosso propósito.
Desemprego e uma nova postura
O desemprego generalizado também é uma realidade, não só do Brasil, mas
do mundo.
Em 2017, 12,7% da população do nosso país estava sem trabalhar.
Todos, de um modo geral, mas principalmente os desempregados, precisarão
entender o que está acontecendo e reinventar suas vidas, suas posturas e
suas prioridades.
Os mais preparados e as novas gerações vão precisar de um trabalho novo,
mas que permita colocar tudo o que aprenderam a serviço das pessoas, que
gere impacto positivo no mundo, que dê flexibilidade, mas que também gere
lucro.
Parece difícil que já exista um posto no mercado de trabalho que preencha
todos esses requisitos. Esse foi um dos motivos para redigir esse post,
focando o empreendedorismo com propósito.
Essa introdução é importante porque, para entender como funciona o
empreendedorismo com propósito, é preciso saber que o mundo não é mais o
18
mesmo. Que as necessidades são outras e que não se precisa mais esperar
que surja o cargo da sua vida: você pode criá-lo!
Afinal, o que é empreendedorismo com propósito?
Muita gente ainda morre de medo quando escuta a palavra “empreender” ou
as palavras “negócio próprio”.
Acabam pensando só nas dificuldades que ter o seu próprio empreendimento
pode trazer.
Mas uma coisa é certa: começar um negócio só pelo lucro financeiro pode
mesmo trazer mais problemas do que soluções.
Não ter um propósito definido ao deixar de lado os cargos convencionais é o
que faz com que seis em cada dez empresas no Brasil fechem antes de
completarem 5 anos, segundo o IBGE.
É aqui que vemos a necessidade real de transformar a maneira como
empreendemos e intraempreendermos.
Com o empreendedorismo com propósito, você passa a encarar as
dificuldades do caminho como desafios, não problemas.
As chances de desistir também diminuem porque você está fazendo algo por
muito mais do que dinheiro. Por significado, propósito, qualidade de vida e
impacto no seu entorno.
Definições
Por se tratar de uma conceituação ainda bem recente, não existe um
consenso de como definimos o empreendedorismo com propósito.
Esse conceito já é muito conhecido e aplicado nos Estados Unidos, com o
“entrepreneurship with purpose”. Tem muita gente falando sobre o assunto lá
fora e aqui no Brasil também.
5 (cinco) livros que podem ser fundamentais para entender melhor esse
universo:
1. Capitalismo Consciente – John Mackey e Raj Sisodia(20);
2. O Poder do Agora – Eckhart Tolle(21);
3. Propósito – Sri Prem Baba(22);
4. O Poder da Presença – Amy Cuddy(23); e
19
5. O Velho e o Menino – Roberto Tranjan(24).
Uma das frases que define muito bem o empreendedorismo com propósito é
a de que nenhuma empresa, qualquer que seja, pode ser realmente boa a não
ser que esteja trabalhando para que a vida neste mundo seja melhor.
Colocar as suas habilidades a serviço das pessoas é um dos grandes motores
do empreendedorismo com propósito.
Passar o que se sabe para as pessoas, de forma que elas também possam se
beneficiar do conhecimento deve fazer parte da filosofia de vida de todos com
propósito.
Mudar o que se conhece sobre lucro e também querer impactar o entorno ao
invés de apenas buscar dinheiro a qualquer custo é outro pilar do
empreendedorismo com propósito que não se pode esquecer.
Tenha em mente que para empreender com propósito é preciso:
● Impactar o mundo de forma positiva com o seu negócio;
● Colocar seus talentos a serviço das pessoas para ajudá-las de alguma
maneira;
● Buscar mais do que o lucro financeiro como objetivo final.
Por que o propósito é tão importante?
Por um tempo todo mundo pensa que ter uma vida estável financeiramente
vai ser o suficiente para viver plenamente.
Afinal, não são poucos os que passam sufoco diariamente para fazer a conta
fechar no final do mês.
Mas e quando o dinheiro só não basta?
Quando você se pega com as contas todas pagas, mas não consegue ver
mais sentido em acordar e se levantar da cama pela manhã, todos os dias!
Os índices de insatisfação no trabalho nunca foram tão altos. Um estudo
recente aponta que 56% dos trabalhadores formais do país não estão felizes
com a carreira atual.
As pessoas querem mais do que apenas o salário caindo na conta
mensalmente, mesmo que muitas delas ainda não tenham se dado conta
disso.
20
Acreditar naquilo que você faz é essencial para que exista a motivação para
fazê-lo sempre, especialmente nos momentos de crise e dificuldades.
Se um funcionário não acredita no trabalho que faz, é muito alta a
probabilidade de que ele não consiga – ou não queira – encontrar a melhor
solução para uma crise no trabalho.
Mas o que faz do propósito o elemento que muda o resultado dessa equação?
Quando vivemos guiados por uma motivação maior do que podemos enxergar
no dia a dia, fica mais fácil não perder a direção quando tudo parece nos
puxar para o caminho oposto.
Com um trabalho com significado, pessoas conseguem construir vidas mais
satisfatórias. Quem é que nunca parou e se questionou: “O que é que eu estou
fazendo aqui?” em um dia de trabalho qualquer?
A diferença entre uma pessoa que trabalha com propósito e uma que trabalha
apenas visando o dinheiro é ter uma resposta certa e satisfatória para essa
pergunta.
O propósito no empreendedorismo
O ser humano é o único animal que tem consciência complexa da própria
existência – e da certeza de que um dia ela vai acabar.
Por isso, saber que o caminho que trilhamos tem e terá significado é um
ponto crucial para que a gente consiga se manter andando. E isso vale para
nossos desejos e aspirações pessoais e profissionais.
Mas o meu ponto aqui é como ter um propósito influencia a sua relação com
o seu trabalho. Sabe aquela sensação boa de acordar com vontade de ir
trabalhar que temos ao começar em um cargo ou empresa novos?
Esse sentimento se torna constante quando você vive o empreendedorismo
com propósito. Você se levanta sabendo que toda a ação que executar
naquele dia será buscando algo maior.
Uma coisa que impacte na vida das pessoas de forma positiva, que dê a elas
novas possibilidades, facilidades, uma forma melhor de se viver.
Todos temos a necessidade de aprovação e de motivação em nossa carreira.
Quando trabalhamos sem um significado, é comum depender de um chefe,
supervisor ou colega para ter essa validação.
Mas no empreendedorismo com propósito, a motivação passa a vir de nós
mesmos, quando vemos o efeito positivo de todo o nosso trabalho na vida de
alguém.
21
É possível, sim, trabalhar e ser feliz!
Aquela ideia de um capitalismo selvagem, que só visa dinheiro, dinheiro e
dinheiro, não se encaixa mais na vida de grande parte das pessoas.
Essa movimentação de um capitalismo mais consciente não é de hoje, mas
tem ganhado mais força nos dias atuais.
Bill Gates, uma das mentes mais brilhantes de seu tempo, doou grande parte
do seu dinheiro para instituições.
Abdicou do alto cargo na Microsoft, empresa que ele mesmo fundou, porque
aquele ritmo de vida não fazia mais sentido para ele.
Muita gente ficou chocada na época. “Como assim ele vai deixar tudo o que
construiu para trás?”, “Doar quase todo o dinheiro? Esse cara deve ser
maluco!”.
O exemplo dele é um dos mais conhecidos, mas passa longe de ser o único.
Quantos grandes executivos não estão revendo seus conceitos e prioridades e
percebendo que ser CEO não basta para alcançar a plenitude na vida?
É claro que todos eles – e todos nós – ainda nos preocupamos com o
dinheiro. Afinal, todos temos contas a pagar. Mas, a cada dia, o lucro
financeiro deixa de ocupar sozinho o primeiro lugar da nossa lista de
prioridades.
É um capitalismo mais consciente, que prioriza o propósito e o significado,
não mais o dinheiro.
Lucro é só dinheiro?
Outra coisa que já não é mais a mesma é o que a gente entende como lucro.
Até então, para a maioria, lucro era sinônimo de dinheiro.
Mas e se eu te disser que até isso está mudando? Hoje, muita gente está
começando a entender que para que trabalhar, pagar as contas e ser feliz seja
uma realidade, não podemos mais resumir o lucro ao que está na nossa conta
bancária.
Você pode lucrar ao assistir uma palestra que te agregue conhecimentos
sobre algo que você estava doido para aprender mais.
Ou então, o lucro pode vir quando você busca seus filhos na escola e pode
perguntar sobre o dia deles sem pressa.
22
E não, eu não estou dizendo que para ser feliz você precisa jogar tudo para o
alto e viver da natureza (só se isso for parte do seu propósito e estilo de vida).
Uma parte super importante desse caminho de ter um negócio com propósito
ou intraempreender com propósito é a possibilidade de elencar as suas
prioridades.
Você pode decidir o que é mais importante na sua vida ao invés de deixar que
os outros ditem o que deve vir primeiro (e, convenhamos, quase sempre vai
ser o trabalho).
No empreendedorismo com propósito, temos o significado norteando nossas
decisões, mas o retorno financeiro também precisa vir.
Negócios com significado, mas ainda negócios
A grande questão que sempre surge quando converso com as pessoas sobre
empreendedorismo com propósito é: “Mas dá dinheiro?”.
E o que eu sempre respondo é que, apesar de ter o propósito como um guia
indispensável, um empreendimento com significado continua sendo um
empreendimento.
E para funcionar, precisa de estratégias pensadas para construir uma
identidade de marca alinhada ao que você acredita.
É claro que é necessário construir o seu empreendimento com isso em mente
desde o começo.
Fazer escolhas conscientes de fornecedores, funcionários e cultura
empresarial são algumas das formas de passar o seu propósito através do
seu negócio usando métodos já conhecidos.
Existem, inclusive, estratégias de marketing que, se bem utilizadas, podem
ajudar a construir a imagem do seu empreendimento de forma que ela esteja
constantemente refletindo o seu propósito e significado profissional.
Algumas das principais são as seguintes:
1) Storytelling
O storytelling é exatamente o que a palavra diz: contar uma história. E
diferentemente do que muita gente pensa, não é inventar uma história.
Use experiências da sua vida para engajar o seu público, seja em palestras,
textos de blog, redes sociais ou e -mails. “A verdade vende”.
23
Ter acontecimentos reais para se inspirar vai motivar o seu público a fazer
diferente, tornando-o mais engajado naquilo que você está oferecendo.
2) Fidelização humanizada
Ter uma estratégia de fidelização precisa de uma série de etapas. Para fazer
com que os seus clientes se tornem também embaixadores da sua marca, é
preciso que eles acreditem no propósito do seu negócio tanto quanto você.
Além disso, é importante que a satisfação e experiência do cliente estejam na
sua lista de prioridades. E como alcançar isso? Cada negócio e
empreendimento vai demandar uma técnica diferente.
Por isso, é essencial saber muito bem quem é o seu público, como ele se
comporta, quais são os seus desejos, dores e dúvidas. Somente com um
mapeamento completo é possível conhecer as demandas dos seus clientes e
poder auxiliá-los através do seu propósito.
3) Construção de marca premium
Quando o assunto é ter um empreendimento ou o próprio negócio, uma das
preocupações mais frequentes é a precificação.
“Como dar um valor para o produto que eu vou oferecer?”,
“Preciso colocar um preço menor do que meus concorrentes para ter chance
de alavancar meu negócio no mercado?”,
“O que levar em conta para chegar ao número final?”.
Todas essas são questões totalmente válidas e você terá, sim, que
respondê-las eventualmente. Mas a dica que eu sempre dou quando o
assunto é preço é buscar criar uma marca premium, para deixar de lado a
competição sempre pelo preço mais baixo.
Quando estiver desenvolvendo o produto do seu empreendimento, busque
sempre agregar a ele valores que vão além do preço estipulado.
Adicione ao seu produto coisas que nunca poderiam ser adquiridas em outro
lugar, porque fazem parte da sua marca pessoal, impressa no que está sendo
oferecido.
Como ser um motor do empreendedorismo com propósito?
Intraempreendedorismo
Existem algumas maneiras de desenvolver o empreendedorismo com
propósito mesmo que você trabalhe no mundo corporativo. Essa forma de
24
empreender é conhecida como intraempreendedorismo, que pode ser
praticada internamente, dentro das corporações.
Muitas empresas estão tomando a frente e oferecendo aos seus funcionários
palestras sobre protagonismo, liderança e propósito. Tudo isso visando
despertar no corpo de empregados a consciência de que cada um é o grande
responsável pela própria carreira.
Empresas já não são mais paternalistas e não querem ser vistas como
“cabides de emprego”. Pelo contrário, os profissionais precisam ter clareza de
seus pontos fortes, dos seus fatores motivacionais e serem geradores de
negócio, independentemente do cargo. Atitude protagonista tem sido cada
vez mais valorizada.
E isso independe de estar ou não construindo um empreendimento
independente. Você pode ser um motor do intraempreendedorismo com
propósito buscando o significado naquilo que faz todos os dias na empresa.
Trabalhando para melhorar os resultados porque acredita que esse objetivo
final vai trazer benefícios não somente para a companhia, mas para o cliente
final e os funcionários.
Tomar as rédeas da própria carreira nem de longe precisa significar pedir
demissão. Você pode, sim, empreender com propósito no seu cargo atual.
Pratique atitudes de liderança, busque o protagonismo.
Transição de carreira para empreender
Mas e quando a função que você executa atualmente não faz mais sentido
quando você pensa no estilo de vida que quer levar? O que fazer?
Um dos caminhos é criar o seu próprio empreendimento. Ainda assim, não
significa que você precisa abandonar tudo de uma vez não, hein?
A transição de carreira é super comum nesses casos e pode ser a opção que
você estava buscando.
Eu bem sei como começar um negócio do zero pode ser difícil, especial nas
etapas iniciais de definir coisas mais abstratas.
Por isso, esse aqui agora é o nosso momento inspiração. Quero compartilhar
com você histórias de pessoas que se jogaram na possibilidade de
empreender com propósito e, com um empurrão de consultoria / mentoria,
foram super bem sucedidas!
O Eduardo é nutricionista e reposicionou o seu negócio, o Alimente Saúde.
Hoje, a fanpage dele tem quase 30 mil curtidas e ele, com o seu propósito,
25
ajuda pessoas a terem uma alimentação mais saudável e a terem muito mais
qualidade de vida.
A Viviane sempre gostou de organizar e arrumar tudo e decidiu transformar
isso em um negócio que desse a ela a satisfação que faltava na rotina de
secretária. Criou o Anjo Cabideiro e hoje é uma personal organizer.
Uma das vocações da Flávia sempre foi a pediatria. Mas descobrindo o
empreendedorismo com propósito, ela foi capaz de intraempreender e mudar
a forma como atender seus pacientes. Deixou a mesa de lado e trouxe o
melhor da sua habilidade de empatia para o consultório.
4 dicas para se tornar um motor do empreendedorismo com propósito
1) Saiba no que você é bom
E quando eu falo em “ser bom” não significa apenas talento nato, aquela
história de “dom” que nasceu com você.
Depois de praticar tanto a mentalidade de aprendizagem, a gente deixa de
lado essa ideia de que uma habilidade não pode ser aprendida.
Conheça seus pontos fortes, aquilo que você faz e tem de melhor. Uma dica é
procurar nos seus hobbies essas habilidades. Muitas vezes elas ficam
escondidas em nossos momentos de lazer, por isso vale a pena prestar mais
atenção neles.
Quando você tem clareza daquilo que faz de melhor, fica mais simples listar
as possibilidades de negócio ou os segmentos em que pode investir mais
tempo e energia no seu trabalho atual para ser o protagonista da sua carreira.
2) Descubra como trazer o seu talento para o mercado
Um negócio com propósito prioriza o significado, mas ainda é um negócio.
Por isso, é muito importante saber diferenciar aquilo que você gosta de fazer
por hobby e uma ideia que realmente pode se transformar em um modelo de
negócio.
Neste ponto, vale fazer uma pesquisa de demanda para alinhar aquilo que
você acredita ser uma ideia de negócio com o que está sendo procurado no
setor.
Pode ser uma pesquisa simples, um boca-a-boca ou até uma pesquisa de
mercado mais completa. O importante é saber se e como o seu talento será
colocado a serviço das pessoas de maneira que ainda traga retorno financeiro
para você.
26
3) Trace metas possíveis
É claro que quando nos perguntam onde queremos estar daqui há 5 ou 10
anos, a nossa vontade é responder coisas como “viajando o mundo”, “estável
financeiramente” e até “muito rico”.
Ter esses objetivos macro é super importante, mas é importante evitar que
eles não fiquem apenas no território dos sonhos. E como fazer isso? Traçando
metas executáveis e possíveis para atingir cada um deles.
Uma técnica que é super utilizada porque tem um grande estímulo sensorial é
a do vision board, ou quadro de visão.
4) Organize-se
Tem muita gente que ainda subestima o poder da organização na hora de
concluir projetos e atingir metas.
Se você quiser ir além, o autoconhecimento é fundamental. Uma agenda
semanal bem organizada vai fazer toda a diferença na hora de você entrar no
universo do empreendedorismo com propósito! Especialmente se decidir
passar por uma transição de carreira antes.
Use os métodos que preferir. Agenda de papel ou digital, planners, lembretes
na geladeira, Post-its®, o que funcionar melhor.
Só não deixe de se planejar. Essa estruturação vai ser fundamental para o
sucesso dessa nova empreitada no empreendedorismo com propósito.
Estratégia e execução: faces da mesma moeda que precifica a realização(13)
Amyr Klink realizou, em 1984, a travessia do Atlântico Sul a remo, com 2 anos
de planejamento e 100 dias de execução.
Como atingir objetivos aparentemente inalcançáveis.
O que garantiu o sucesso da sua jornada?
O que garantiu ele ter atingido o seu objetivo?
Pensamento (Estratégia)?
Ação (Execução)?
Ambos (Execução e Estratégia)?
Nós estamos falando de eficiência? Ou eficácia?
27
Executar não é simplesmente uma tática. Deve estar embutida na estratégia
da empresa, em seus objetivos e sua cultura.
O líder da organização deve estar profundamente envolvido na tarefa da
execução.
Nem tudo é fácil de perceber.
Promessas x Resultados
O que a liderança da empresa quer atingir x habilidade da empresa para tal
Carlos Wizard: “Muitas pessoas falham na execução, mas o empreendedor é
um perseguidor da realização de um sonho”.
A questão chave não é o propósito que cada um possui para o seu negócio,
mas fundamentalmente o que cada um faz com o seu proposito.
Um bom plano estratégico deve ser traduzido em um bom plano operacional.
Um plano estratégico contemporâneo deve ser um plano de ação que apoie os
lideres do negócio para o atingimento do resultado.
Os 3 processos chaves da execução:
1. Processo da estratégia: define aonde o negócio quer ir.
2. Processo de pessoal: define quem vai fazer o negócio chegar lá.
3. Processo de operações: indica o caminho para as pessoas chegarem
lá.
De que maneira a execução entra no contexto estratégico do negócio?
● Modelo estratégico de gestão com foco em demanda:
1. estratégia => consciência estratégica; realidade estratégica; objetivos
estratégicos.
2. geração = > como atrair a demanda potencial?
3. atendimento => como atender a demanda gerada?
4. manutenção => como manter a demanda atendida?
Desdobramento Estratégico: estratégia + geração + atendimento +
manutenção.
● objetivos específicos
28
● indicadores de desempenho
● recursos e capacidades
● plano de ação
Nenhuma estratégia ousada de crescimento pode ser atendida pelo mesmo
nível de recursos e capacidade que a criou.
Execução transforma estratégia em ação(25)
Uma vez claros sua Missão, seus Valores e sua Visão, o próximo desafio do
empreendedor é transpor estes elementos do papel para a realidade.
É o desafio da Execução.
Execução: esta talvez seja uma das palavras mais mal compreendidas do
vocabulário do management.
Execução não é o que fazemos. Execução, vista do topo, é como fazemos o
que fazemos. E esta diferença é crucial.
Execução é a forma de coordenar os três processos-chave de qualquer
negócio: o processo de pessoas, a estratégia e o plano operacional.
Execução é o que define o nível de maturidade de uma organização.
E isto é especialmente importante no cenário em que vivemos de crise
sistêmica, onde é mais duro crescer, onde a competição é mais agressiva,
onde os governos interferem mais no ambiente e onde os riscos são mais
imprevisíveis.
O melhor texto que conheço sobre o tema é o livro “Execução”, escrito há uns
10 anos por Bossidy & Charan, revisado depois na crise de 2008.
Essencial para quem opera em alto desempenho, nele os autores conceituam
Execução de uma forma bem diferente do senso comum…
Eles afirmam, “No seu sentido fundamental, executar é uma forma sistemática
de expor a realidade e agir sobre ela.”
Sua proposta é que executar bem significa levar em consideração vários
elementos complementares, em relação a pessoas, estratégias e operação…
1. Execução é um processo sistemático.
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Na minha experiência, poucas empresas têm processos consistentes de
gestão. Algumas são boas na gestão da estratégia, algumas são boas
na gestão das pessoas, algumas são boas na gestão da rotina. Poucas
têm os três processos bons. Pouquíssimas têm os três bons e
sincronizados entre si.
2. Execução requer atribuições específicas de responsabilidade.
Sabe aquela história de cachorro de dois donos? Pois é… Poucos ainda
trabalham bem com objetivos SMART e responsabilidades claras e
específicas. A maior parte não tem nem boas descrições de função!
3. Nosso planejamento é tão bom quanto as hipóteses que o sustentam.
Se as hipóteses estiverem erradas, provavelmente nosso plano será ruim. A
questão é: como checamos nossas hipóteses? Elas estão mesmo em
contato com a realidade?
4. Um bom plano é aquele que conseguimos implantar, com os recursos e
estrutura que temos no momento.
Planos mirabolantes acima da capacidade de execução da organização geram
apenas frustração e desperdício de energia. E de credibilidade.
5. A estratégia tem que levar em conta as pessoas e a rotina operacional.
O futuro não pode brigar com o presente. É no presente que temos que operar
e construir o futuro, ao mesmo tempo. Só que isto requer trade offs
– às vezes, teremos que abrir mão de algo em nome de outro algo…
6. O principal desafio da execução é a sincronização dos projetos e dos
processos operacionais.
E isto não acontece por sorte. Tem que ser pensado e repensado, com
disciplina, frequência e método. O objetivo é, sempre, maximizar o uso
dos recursos disponíveis, na execução da estratégia.
7. Pessoas respondem a incentivos.
Se quisermos que elas executem bem, elas têm que ser recompensadas por
executar bem. Não adianta querer bons resultados no médio e longo
prazo se o sistema de remuneração premia o curtíssimo prazo.
8. Como num ciclo de PDCA, nossa estratégia e sua execução tem que
estar sempre em cheque, com flexibilidade e agilidade para ajustes.
A conjuntura muda rapidamente e nós também temos que ser rápidos em
mudar. Sem nos perdermos.
30
Manter-se em contato com a realidade e sincronizar de forma fina os três
processos – pessoas, estratégia e operações – é um desafio mental de
grande complexidade. É pouco intuitivo. Requer pensamento sistêmico e
bastante trabalho. Consome mais tempo do que estamos acostumados a
dispor.
Mas o prêmio é grande!
Empresas que executam bem aproveitam melhor as oportunidades que
aparecem e abandonam estratégias erradas com leveza e desapego.
Corrigem o rumo mais rápido, aprendem mais rápido.
Formam líderes melhores. Entregam resultados mais sustentáveis.
E são investimentos de menor risco e maior retorno.
Que tal aprender na prática, empreender e descobrir, um certo dia, que sua
vida foi confiscada! Estamos no Brasil!
Carlos Wizard:
● Todo empreendedor é um sonhador, ele é um visionário daquilo que
geralmente as pessoas não conseguem ver.
● Você pode ter o melhor produto, e serviço, mas se você não tiver como
levar isso a conhecimento do mercado em grande escala você vai ter vida
curta no seu negócio.
Brasil, 1987. O país da os primeiros passos depois do regime militar. José
Sarney assume a presidência e luta para controlar a inflação, mas as crises
não passam de desafios para quem tem clareza de sua missão, e assim
Carlos se lança em um novo negócio, começa dar aulas de inglês em sua
casa.
Carlos sempre foi um grande professor, mas para conduzir a sua empresa ele
precisava desenvolver o seu lado empreendedor.
Charles Martins – Filho e Presidente Executivo da Mundo Verde:
● O mais importante que o planejamento foi a execução. Ele foi fazendo
muitas coisas de tentativa e erros, não da base da teoria, na base da
prática.
● Minha mãe trabalhava quase em todas as funções administrativas, meu pai
também era comercial, professor, os alunos tinham que se concentrar e a
gente não podia fazer barulho.
31
Carlos Wizard criou uma metodologia de 24 aulas com 1h cada, e assim
nasce a primeira estratégia de marketing da empresa, aprenda inglês em 24
horas.
A meta agora era expandir, vender material para outros professores e, para
isso, nada melhor do que contar com o seu pai, Seu Antonio.
Não importa se você trabalhou com vendas a vida inteira, a partir do momento
que você abre um negócio é preciso ter uma equipe de vendas para colocar o
seu produto o mais breve possível no maior numero de pontos.
Seu pai saiu de carro pelo interior de São Paulo de porta em porta vendendo o
meu material, os primeiros franqueados da Wizard foram contratados pelo
seu pai.
Logo a empresa cresce, eles saem de Mogi Guaçu e vão para Campinas, onde
Carlos divide a casa com seus pais, esposa e filhos, e lá nasce a primeira
unidade física da Wizard.
As metas de Carlos ficam ambiciosas, tinha 100 lojas em mente, cada uma
com 100 alunos e faturamento de 1 milhão por ano.
A dedicação de Carlos Martins é enorme, mas ele acaba deixando de lado sua
maior riqueza que é a família.
Mas ele precisa aprender a encontrar o equilíbrio. Certa noite ele chega em
casa e encontra uma carta escrita pela sua esposa, dizendo que todo esforço
não vale a pena se você não achar um ponto de equilíbrio, ficando mais com
os quatros filhos e sua esposa.
Deus vai te mandar pessoas qualificadas para trabalhar para você e por você.
Carlos encontra o equilíbrio, as palavras de Vania se tornam realidade e as
pessoas certas começam a aparecer.
Gilberto Baroni – Ex Gerente Administrativo e Financeiro da Wizard:
● Era um empresa praticamente doméstica, todos trabalhavam em conjunto
e em casa mesmo, não tinha escritório.
● Eu cheguei na empresa do Carlos e já estava muito ciente do que ia
encontrar, uma empresa doméstica e o intuito de transformá-la em uma
grande empresa.
● Muitas vezes eu discordava dele em certos momentos, mas ele sempre
pensava positivo.
32
● Eu sempre conheci o Carlos Martins, que era um homem dedicado a
família, a esposa e filhos, um homem centrado.
● Mas o Carlos Wizard era outro, era um negociador, um sonhador.
Carlos Wizard:
● Todo empreendedor tem desafios, os primeiros foram os mais turbulentos,
muitas empresas não resistem, mas eu consegui vencer aquela fase
mantendo o negócio em atividade.
● Eu sempre falei para o Baroni que ele foi muito mais que um parceiro de
trabalho, foi um mentor, um instrutor, muitas vezes um conselheiro.
● Eu descobri na prática que tem gente muito boa e qualificada, mas são
ótimos planejadores, porém muito fracos na posição de executores e, eu
acredito que não tenho o talento de planejar detalhes, mas eu consigo ver o
grande cenário e o passo a passo da execução, tenho a visão do caminho
da estratégia.
● Deus me deu tanto o talento de empreendedor quanto o de educador. Nós
temos grandes empreendedores e educadores nessa país, mas muitos
deles tem dificuldade de terminar o mês com as contas em dia, acho que
combinação de empreendedorismo ao mesmo tempo voltado para os
negócios, e alinhado com uma disciplina e capacidade de execução é um
passo importante para alcançar o sucesso.
● Essa situação que eu vivenciei, acredito que todo novo empreendedor
passa por isso, no começo você é sozinho, você faz todo o processo, a
medida que o projeto vai evoluindo você naturalmente trás pessoas
qualificadas para você. Fiquei 3 anos para eu conseguir ficar mais em uma
posição estratégica e nem tanto a frente.
● Eu me reunia com o Roque uma vez por semana, e ele sempre dizia que a
minha empresa iria crescer e ter muitos clientes em todo Brasil. Eu voltava
para casa e dizia para Vania, que o Roque era visionário.
Roque Cesar – Amigo e Consultor e Negócios:
● Eu trabalhava com grandes empresas e eventualmente dava consultoria.
● O Carlos tinha um negócio no inicio, não sei porque razões ele me escolheu
para trabalhar com ele como consultoria.
● Se ele não tinha algo forte no planejamento, ele era muito forte no
“fazejamento”, fazia acontecer.
33
● Para que grandes missões sejam cumpridas, é preciso contar com uma
equipe eficiente, para executá-las com perfeição e velocidade.
Carlos Wizard:
● Desenvolvi a metodologia das aulas de inglês na prática. A necessidade é a
mãe da invenção.
● Cada vez que eu penso nisso só pode ser uma influência de vida, não
estudei pedagogia, nem educação, só que em determinado momento, após
o colega me pedir para dar a primeira aula eu fui pra casa com um
problema: o que eu vou ensinar e como?
● Foi ai que surgiu a lição número 1 do livro número 1.
● Acontece que assim que terminou a primeira, o que fazer na lição numero
2?
● Baseado nisso, eu falei para a minha esposa que meu curso iria ser
diferente, iria ter um sequência de 24 lições e eu iria anuncia: “Fale inglês
em 24 horas”.
● Quando a pessoa ligar, você vai dizer o seguinte: São 24 horas-aula, você
divide essas aulas de acordo com a sua conveniência e terá o necessário
para passear nos EUA.
● O que eu não sabia é que logo que a pessoa terminava as 24 aulas, ela
pedia mais.
● Então surgiu no segundo ano, mais um modulo de 24, terceiro ano mais 24,
ao todo foram mais de 10 módulos.
● Conseguimos 8 idiomas, para jovens, adultos, crianças, executivos, férias.
● Certa vez eu pedi ao pessoal do almoxarifado contar quantos títulos
distintos entre material de aluno e professor, e acredite: mais de 300 títulos
diferentes.
● Esse aspecto novamente da pessoa identificar um talento pessoal e uma
habilidade natural, algo que ele faz de forma espontânea, é fundamental
como um dos elementos do sucesso.
● Tanto é que os primeiros professores que vinham até o meu treinamento
me perguntavam: “Em sala de aula como eu faço?
● Eu dizia é simples: Você começa a formar uma série de frases e você vai
fazendo “drews” com os alunos com base nas frases.
34
● Só que de repente o professor dizia: Mas Carlos da onde você tira essas
frases? Eu dizia da minha cabeça, eu só escrevia, então eu fui me dar conta
que para mim aquele processo era natural, mas para o professor que
estava começando aquilo não era tão simples e tão automático.
● Até que um deles, me disse que iria escrever todas s frases das minhas
aulas, e anotar. Foi ai que surgiu a ideia do material didático. Eu tive a visão
de que precisávamos ter um material para o aluno, e um material
diferenciado para o professor.
● Quando esse momento de inspiração veio, eu perguntei a Deus se eu iria
fazer fortuna com uma escola de inglês? Em seguida a resposta veio, será
uma rede de escolas de inglês. Naquele mesmo momento nascia no Brasil
a ABF (Associação Brasileira de Franquias -1987), e eu tenho a grata
satisfação de ser um dos fundadores da ABF aqui no Brasil. Ela surge no
mesmo momento da Wizard e passam a crescer lado a lado.
● Quando o projeto nasceu eu não pensava no modelo de franquia que é
praticado hoje, naquela ocasião com a minha visão ainda bastante limitada
me remetia ao seguinte pensamento: “se nós vamos ter uma rede de
escolas nós precisamos ter professores, então o meu primeiro desafio vai
ser contratar o maior número de professores para adotar a metodologia de
ensino, foi ai que entra meu pai, a busca de professores.
● Chegamos a ter cerca de 100 e descobrimos algo curioso, muito dos
professores eram excelentes profissionais de ensino, no entanto não
tinham o espirito empreendedor.
● Acontece que naquele momento eu já me preocupava, será que com esse
perfil de clientes nós vamos alcançar o Brasil?
● Nós deixamos de buscar professores, começamos a buscar
empreendedores para se alinhar ao sistema.
● Todo empreendedor é centralizador por natureza.
● E um dos desafios que nós temos é vencer essa natureza e conseguir
delegar.
● Confesso que dava um frio na barriga, você se preocupa com tudo, mas eu
cheguei à conclusão que um individuo em um projeto em larga escala
precisa, necessariamente, da delegação, vencendo a barreira da
centralização, tendo mais sucesso.
● Nunca pensei desistir, embora os desafios fossem grandiosos.
● Sinceramente hoje o país enfrenta questões politicas sérias, mas na minha
opinião o que passamos no final da década de 80 foi coisa muito séria!
35
● José Sarney era o presidente, o plano econômico mudava de seis em seis
meses;
● Foi plano Collor, plano cruzado, plano cruzado novo, inflação chegando a
90% ao mês!
● Naquela ocasião tinha dois fenômenos que aconteciam no país: de dia, no
final da tarde, era a corrida para depositar o dinheiro, porque no dia
seguinte ele não conseguiria comprar as mesmas coisas que tinha
comprado e a correria de manhã no banco para retirar o dinheiro.
● O Collor foi eleito e a primeira medida que ele tomou foi confiscar todas as
contas bancárias.
● Então imagina para uma família, que também empreende, que tinha folha
de pagamento, boletos e a sua vida é confiscada!
Não é fácil empreender no Brasil(26)
O empreendedorismo no Brasil é um assunto muito discutido, afinal cerca de
70% dos brasileiros sonham em ter seu próprio negócio um dia.
Todavia, é preciso conhecer o real sentido dessa palavra, bem como as
variáveis do macroambiente e ambiente-tarefa.
Infelizmente, muitas pessoas dão início ao próprio negócio sem nenhuma
perspectiva do mercado. Para alguns, isso demonstra diligência, mas não é
verdade. É preciso conhecer o cenário em que vai empreender, pois assim é
possível economizar tempo e dinheiro.
Entendendo, de fato, o que é empreendedorismo
Há uma grande confusão ao se tratar do assunto. Muitas pessoas acreditam
que empreender é abrir uma empresa, o que não é verdade. Na realidade,
empreender está mais ligado a uma postura, como a de encarar os problemas
como oportunidades, por exemplo.
É por isso que hoje se fala em tantos tipos de empreendedores, como o
corporativo e o social.
Contudo, o foco maior ainda está no empreendedor que abre o seu próprio
negócio, isto é, no empresário. E o motivo é simples: esse tipo de
empreendedor movimenta a economia.
Entretanto, é preciso considerar o atual cenário. O Brasil está saindo de um
período de crise financeira, há sérios problemas políticos, oportunidades
trazidas pela indústria 4.0, bem como ameaças em meio à concorrência.
36
Oportunidades e ameaças do ambiente externo
O ambiente externo é muito abrangente. Por isso, convém dividi-lo em dois
principais blocos: o macroambiente e o ambiente-tarefa.
O primeiro se refere ao ambiente geral, que engloba aspectos abstratos —
como economia, política, tendências de mercado e tecnologia.
O segundo se refere a aspectos mais próximos, como: clientes, concorrentes
e fornecedores de uma empresa.
No macroambiente, uma importante tendência a ser considerada é a indústria
4.0 ou, como muitos preferem chamar, a quarta revolução industrial.
Nunca tantas tecnologias contribuíram para a gestão de negócios. Hoje, é
possível automatizar muitos processos empresariais.
Outro aspecto muito importante é a economia, que será tratada em outro
tópico. O período de recessão abriu oportunidades para empresas antes
impensadas, como negócios colaborativos.
Já no ambiente-tarefa, também chamado de microambiente, é importante
destacar a crescente informatização dos consumidores brasileiros: 9 em cada
dez pessoas têm celular, o que facilita o acesso às informações e molda
significativamente a jornada de compra.
Período de crise e reestruturação financeira
De acordo com Joseph Schumpeter, toda nação passa por um ciclo
econômico composto por 4 principais etapas: boom, recessão, depressão e
recuperação.
Nos últimos anos, o Brasil passou por um dos mais longos períodos de
depressão, mas hoje dá sinais de recuperação.
O período de crise foi significante para crivar os negócios que realmente têm
propostas de valor aos clientes, bem como para despertar a criatividade dos
empreendedores.
Atualmente, é possível ver estabelecimentos com um viés colaborativo muito
mais intenso, como: o aluguel de produtos, compartilhamento de meios de
transporte e até de locais para trabalho.
Agora, com a reestruturação econômica, é possível que muitas pessoas
sintam-se mais confiantes em voltar a empreender, inclusive pelas taxas de
juros mais acessíveis praticadas pelos bancos.
37
Porém, ainda assim, negócios de conserto, reforma e colaboração estarão em
alta.
Dificuldades a serem vencidas no Brasil
Se já é possível ver um fim para a crise, ainda está muito distante de dizer o
mesmo para a burocracia. O país é considerado um dos mais burocráticos.
Apenas para abrir um negócio dura mais de 100 dias, enquanto em países
mais desenvolvidos a média não passa de 5 dias.
De acordo com relatório do Banco Mundial, que considerou 190 países, o
Brasil está na 125ª posição. Isso é reflexo de um elevado número de licenças
e procedimentos que precisam ser obedecidos, bem como de custos com
alvarás e liberações específicas.
Ainda é importante destacar a escassez de talentos, presente especialmente
nas áreas técnicas. Dos 118 países avaliados na pesquisa de competitividade
global de talentos, o Brasil amargou a 81ª posição, muito atrás de países
como Suíça e Singapura, primeiro e segundo colocados.
Principais fontes de financiamento e ajuda governamental
Todavia, há coisas positivas a serem consideradas. O acesso às linhas de
financiamento é cada vez mais fácil, e envolve taxas mais acessíveis. De um
modo geral, ao iniciar ou expandir um negócio, é possível contar com as
seguintes fontes de receita:
● dinheiro próprio;
● empréstimos bancários;
● empréstimos de amigos ou familiares;
● financiamento;
● premiações e incentivos;
● crowdfunding.
O financiamento é uma das modalidades mais indicadoras, afinal envolve
prazos maiores e juros menores.
No Brasil, é possível destacar entidades como o BNDES e o FINEP
(Financiamento de Estudos e Projetos) que ajudam a subsidiar negócios.
Além disso, existe um crescente número de premiações que ajudam a tirar as
ideias mais inovadoras do papel. Um ótimo exemplo é o InovaBra,
38
desenvolvido pelo banco Bradesco e que oferece incentivos financeiros às
startups mais inovadoras do mercado.
Características para um empreendedor brasileiro
Uma das principais características do brasileiro é a criatividade, e isso deve
ser usado na hora de iniciar um negócio. Sem criatividade, mesmo que haja
abundância de recursos, será muito difícil dar início a um projeto, e mais
complexo ainda fazê-lo sobreviver em longo prazo.
Mas criatividade não basta, é preciso ter ousadia para tirar os sonhos do
papel e começar a gerar resultados na prática: a isso dá-se o nome de
inovação. É indispensável que o empreendedor brasileiro seja cada vez mais
inovador, capaz de colocar a “mão na massa”.
A realidade é que adversidades sempre vão existir, mesmo nos países mais
desenvolvidos. Por isso, o foco não deve estar na crise ou na burocracia, mas
em como esses obstáculos serão contornados para criar negócios prósperos,
inovadores e longevos.
O cenário atual para empreender não é o dos mais animadores, mas é
suficiente para que boas empresas sejam constituídas. Há um antigo ditado
que diz “enquanto alguns choram, outros vendem lenços”. Pois bem, venda os
lenços! Empreenda, apesar das adversidades, com foco em resultados reais.
O visionário e a franquia antes da franquia
Todas as lições de Carlos Martins apontam para um ideal maior e, para isso
acontecer, ele não pode parar, precisa avançar.
A Wizard já se diferenciava pela metodologia, mas Carlos queria expandir e
parte para uma nova missão, franquias.
Charles Martins – Filho e Presidente Executivo da Mundo Verde:
● Ele conta que durante a faculdade ele leu vários livros de negócios, quando
ele decidiu montar uma escola de idiomas, ele decidiu criar um modelo
como o do McDonalds, uma rede, do que ter uma escola com vários
professores, pedagogos.
● Nós temos histórias de aluno que gostou da metodologia, então o aluno
vira professor, virou coordenador, virou franqueado e depois empresário.
● Essas histórias motivavam ele mais, a evolução do ser humano, fazendo as
pessoas concretizarem seus sonhos, através de um negócio que ele criou,
trás mais satisfação para ele do que coisas materiais que o negócio pode
prover.
39
Lincoln Martins – Filho e Executivo da Mundo Verde:
● Ele veio com uma franquia no começo da melhor maneira de começar
expandir, multiplicar o sistema, sem injetar tanto capital para montar as
escolas.
● Foi uma maneira que ele começou e depois se apaixonou. Ele tirava o
franqueado da zona de conforto, mostrando para ele que poderiam ganhar
mais e mais.
Gilberto Baroni – Ex Gerente Administrativo e Financeiro da Wizard:
● Naquela ocasião quando eu entrei para empresa, o Carlos tinha 53, não
chamávamos de franquias, chamávamos de concessionários.
● Porque não existia lei de franchising ainda. Ele conversava com os
franqueados desejando o maior sucesso para todos, que todos pudessem
crescer e que ficassem ricos. As pessoas que acreditaram nele tiveram
grande sucesso.
● A rede Wizard nasce junto com a ABF, e praticamente da o ponta pé inicial
na cultura de franquias no Brasil.
● Depois da lei de franchising, o negócio começa a expandir. Carlos contrata
uma equipe para sair vendendo franquias.
Carlos Wizard:
● Um aspecto que aprendi logo cedo, é que se eu fosse conduzir um sistema
de franquias eu precisava ter uma estrutura forte de pessoas
comprometidas com o sucesso da própria rede, do parceiro franqueado.
● Sucesso é você ter a capacidade de gerar riqueza, não somente para você,
gerar para outras pessoas e compartilhar o sucesso.
Roque César – Amigo e Consultor:
● Nós trabalhamos com 40, 50 unidades franqueadas no primeiro ano,
passando para 200 no terceiro ano, e assim por diante, até atingir um
domínio de mercado e, eventualmente, o que ele imaginava atingir em 20
anos, ele em 10 anos conseguiu.
● Carlos deixa a função de professor para focar em seu novo objetivo. Vender
franquias.
● Carlos se torna um missionário do empreendedorismo, fazendo as pessoas
acreditarem que é possível ser bem sucedido. Carlos trás com ele dois
40
conceitos essenciais, o primeiro, o principio da delegação, e o segundo,
compartilhar resultados financeiros.
Carlos Wizard:
● Eu já tinha morado 5 anos nos EUA e tinha convivido 2 anos na Europa na
condição de missionário, então essa vivência de 7 anos no exterior, a
franquia já era uma duvida, serviu de certa forma como uma inspiração.
● Embora a prática, tinha um abismo muito grande com a realidade do
exterior e nossa condição atual.
● Os primeiros franqueados tiveram desafios, em função de não ser muito
transparente a relação entre as partes, e somente mais tarde surgiu a lei do
franchising, deixando bem clara as responsabilidades da empresa
franqueadora, as responsabilidades do parceiro franqueado e como que
ambos se unem com objetivo comum de atender bem o cliente.
● Os primeiros contratos foram contratos de concessão, fazíamos a
concessão do uso da marca, o uso do material didático e o material do
professor.
● Vou contar alguns casos que ficaram marcados na nossa história. O
primeiro franqueado foi na cidade de Araraquara, o nome dele Carlos
Alberto Rocha, eu conheci uma pessoa que me disse que lá em Araraquara
conhecia um professor de inglês, o Rocha. E ele trabalha sem nenhum
método, posso te passar o contato.
● Eu fiz o contato e se prontificou a utilizar o material. Ele disse trabalhava
durante o dia como agente penitenciário, e dava as aulas à noite, e queria
saber como esse material iria ajuda-lo na prática.
● “Eu disse para ele colocar um anúncio no jornal dizendo: Fale inglês em 24
horas – método prático, objetivo, conversação, telefone xxx”. Com esse
simples anúncio você terá muitos alunos.
● Um mês depois que ele começou realmente ele me ligou e disse que estava
dando certo, que estava dando aula para o principal empresário da cidade.
Assim nasceu o primeiro concessionário.
● O segundo foi da cidade de Araras, ele dava aula de oratória e a filha dele
era professora de inglês, também não tinha método. A Ângela passou a
utilizar e fez muito sucesso.
● O terceiro foi da cidade de Mogi Guaçu, uma amiga minha. Ela foi minha
aluna, depois professora e depois franqueada.
41
● Tem um outro caso que foi interessante, que aconteceu com a Vera
Pimentel. Ela não era professora e nem empresária e disse que iria fazer
um teste com o meu material no Rio de Janeiro, colocando o anúncio no
Globo, as pessoas vão me ligar, eu contrato a professora, e mando ela dar
as aulas.
● Acho que isso o nosso diferencial em todo processo, depois que a
empresa estava bem desenvolvida, certa vez m perguntaram qual foi o
grande elemento que diferencia a empresa das demais no setor que você
atingiu. Eu respondi que além de ensinarmos idioma, nós desenvolvemos
uma escola de empreendedores.
● Todo individuo que entra para o sistema de franquias ele já vem com certa
carência e necessidade, em busca de apoio, orientação. Você como
franqueador é incapaz de gerar e prover essa carência e necessidade do
novo empreendedor, ele já fica um pouco receoso, criando uma barreira,
não tendo um relacionamento prospero.
● Quando eu comecei certa vez me perguntaram qual era o meu grande
objetivo como empreendedor. Eu pensava que se algum dia eu tivesse a
minha marca presente em 100 cidades do país, e cada uma dessas
unidades tivesse 100 alunos, eu vou ser um empreendedor realizado.
● Ao todo foram 3000 escolas, atendendo 1 milhão de alunos por ano,
gerando 50 mil empregos diretos. Posteriormente vendida para o Grupo
Pearson, foi a maior negociação do setor de educação já realizado no país.
● Quando um empregador contrata alguém, na maioria das vezes ele espera
receber um profissional perfeito, qualificado, com todos os pré-requisitos
para cumprir a função especifica. Por mais que seja qualificado o
profissional, ele sempre vai passar por um momento de adaptação e de
treinamento para a nova cultura da empresa para ele ser capaz de gerar o
resultado esperado.
● A empresa que tem essa visão consegue imaginar que vai ter que investir
em recursos, tempo, treinamento, qualificação para auxiliar aquele novo
membro do time a produzir o resultado e, às vezes, contratamos alguém
que está na condição mais ou menos.
● O resultado dele será positivo, mas o potencial será limitado. Descobri que
50% de todos os colaborados que estão no mercado estão nessa condição,
mas pode acontecer o contrário. Uma situação de compromisso que é
preciso acreditar nele, mas não pode ficar o resto da vida só acreditando, é
preciso resultado.
42
Gestão do Canal de Vendas(14)
Carlos Wizard: “ A expansão da rede por meio de franquias foi um método
moderno e inteligente”.
Companhia: oferta de produtos e serviços.
Como ela executa essa venda e atinge mercados? Contatos? Acesso?
Execução de venda?
Para realizar a ponte entre a empresa e o mercado, chamamos os Canais de
Venda.
Para atingir diferentes setores do próprio mercado. Os canais de venda irão:
- atender demandas especificas;
- serviços diferenciados;
- suporte técnico.
Eles são arranjos através dos quais a companhia pode alcançar os mercados
de seu interesse, normalmente através de um conjunto de empresas parceiras
independentes.
Nesse processo, tais parceiros tipicamente irão contribuir para ajustar e
complementar a oferta da companhia em variados campos (promoção,
logística, assistência técnica...).
A escolha adequada dos canais de venda pode se transformar em grave
vantagem competitiva, proporcionando valor elevado e diferenciado aos
clientes e consumidores.
Exemplo:
Empresa de Laticínios – Comercialização de Iogurtes: Realizar as vendas
diretamente em hipermercados; supermercados de bairro; distribuidores;
bares e lanchonetes; lojas de conveniência; centrais de compra; fast food;
empresas de refeição coletiva e rede de franquias.
Parceiros de Canal X Verticalização: a busca do equilíbrio.
O atendimento das amplas e complexas multifacetadas necessidades dos
clientes X a necessidade de foco e dedicação ao core business da empresa.
A demanda por padronização, eficiência operacional X o atendimento cada
vez mais individualizado e personalizado.
43
Exemplos de atividade que podem ser conduzidas pelos canais de venda:
Marketing; execução comercial; execução logística; engenharia e assistência
técnica.
Gestão Estratégica de Canais de Venda: conjunto de atividades englobando a
analise de alternativas, escolha, desenho e estruturação do canal de vendas; a
atração de empresas parceiras e a constituição do canal; a execução, o
acompanhamento e o aprimoramento continuo do desempenho e da
modelagem do canal em beneficio dos clientes, dos parceiros, e do negócio
da companhia.
Gestão por canais: como encarar este desafio?(27)
O assunto da rodada é Gestão por Canais, tema que o professor e fundador da
Invent, Adriano Amui, considera como o desafio do século para quem trabalha
com geração de preços e segmentações de categorias.
De acordo com o livro “Trade Marketing, Estratégias de Distribuição e
Execução de Vendas”, o trade marketing, em se tratando de gestão por canais,
é o alinhamento das estratégias de marketing por todo o canal de distribuição.
Sendo assim, o que se propõe na gestão por canais, inicialmente, é o
planejamento de estratégias que alavanquem em retorno financeiro tanto da
indústria, quanto do ponto de venda.
Por isso, trabalhar a gestão por canais da cadeia de suprimentos e dos canais
de distribuição de forma integrada significa aumentar a visão estratégica para
as ações, levando a um maior desempenho dos parceiros do canal.
A gestão por canais idealizada
A grosso modo, a gestão por canais da cadeia de suprimentos significa
associar todas as atividades no processo de trade. Incluindo sistemas de
gestão, transporte, armazenamento e serviços ao usuário.
Organizando esta linha de raciocínio, a estrutura ideal ficaria como esta
abaixo:
44
Processos de negócios são consideradas as atividades internas que precisam
ser gerenciadas por todas as empresas que se envolvem no processo da
cadeia do produto. São elas:
▪ Gestão de relacionamento com clientes;
▪ Gestão de serviços aos clientes;
▪ Gestão de demanda;
▪ Atendimento a pedidos;
▪ Gestão dos fluxos de produção e manufatura;
▪ Gestão de relacionamento com fornecedores;
▪ Desenvolvimento e comercialização de produtos;
45
▪ Gestão de devoluções.
Para Lambert, Cooper e Pagh, é preciso avaliar a estrutura de cadeia. Estes
elementos é que vão configurar toda a operação:
▪ Número de membros na cadeia de suprimentos;
▪ Dimensões estruturais da rede;
▪ Diferentes tipos de processos integrados através da cadeia.
Apesar de parecer complicado, identificar os membros da cadeia produtiva
facilita no momento de distribuir as atribuições.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a distinção entre os
membros primários e secundários.
Tipos de membros
Membros primários:
Todas as empresas e unidades de negócio que realmente desempenham
atividades operacionais e gerenciais em processos de negócio designado
para produzir resultados específicos para um cliente ou mercado.
Membros secundários:
Empresas que fornecem recursos, conhecimento, serviços ou ativos para
membros primários da cadeira de suprimentos
▪ Fonte: Lambert, Cooper, Pagh, 1998, p.5
Vamos tentar exemplificar um pouco como estas estruturas se interligam e
podem ter problemas se mal estruturadas:
Assimetrias nesse sentido ocorrem quando ações de trade marketing são
implementadas nos agentes varejistas, em formas de programas de
comunicação ou promoção de vendas, mas, por falta de integração e
planejamento das atividades, faltam produtos para os clientes comprarem,
mesmo com todo o estímulo realizado pelas ações de marketing!
▪ Fonte: Trade marketing: estratégias de distribuição e execução de
vendas, 2010, p. 70
Processos: complexidade e recursos
Por isso é tão importante perceber que alguns processos são mais complexos
que outros.
46
E também exigem mais atenção e até mesmo demanda de mais recursos:
Processos gerenciados, que são aqueles vínculos nos quais a empresa focal
integra um processo com um ou mais fornecedores/clientes, o que pode ser
feito em colaboração com outros membros da cadeia de suprimentos.
Processos monitorados, que são aqueles processos que não são críticos para
a empresa focal.
Entretanto, é importante para a empresa focal que esses processos sejam
integrados e gerenciados apropriadamente entre outras empresas da rede.
Processos não gerenciados, são vínculos da empresa focal em que ela não
está ativamente envolvida e não são críticos suficiente para serem aplicados
recursos para monitorá-los.
Nesses casos, a empresa focal confia nos demais membros da cadeia no
gerenciamento desses processos ou, devido à falta de recursos, apenas os
deixa para outras empresas gerenciar.
Processos vinculados com não membros da cadeia, que são processos entre
membros da cadeia da empresa focal com empresas não participantes da
cadeia.
Esses vínculos (links) de processos não são considerados na estrutura da SC
da empresa focal, mas podem influenciar o desempenho da empresa focal e
da cadeia como um todo.
▪ Fonte: Trade marketing: estratégias de distribuição e execução de
vendas, 2010, p.70
A complexidade do processo demanda exemplos.
Vamos vê-los?
47
▪ Fonte: Trade marketing: estratégias de distribuição e execução de
vendas, 2010, p.77
De forma simplificada, vamos supor que a matéria prima seja levada até a
indústria/empresa foco.
Depois de passar pelo processo de manufatura, o produto pronto para o
mercado segue até os PDVs que, neste caso, são atacados, varejos.
É importante destacar que este produto pode ser redistribuído também por
atacarejos, sendo esses os últimos destinos antes de chegar ao consumidor
final.
Entender processo de logística e aliar esse movimento ao trade marketing
pode melhorar a comunicação entre as pessoas no processo todo.
Essa melhoria aumenta a assertividade, economiza matéria prima e poupa
recursos.
48
O que considerar na tomada de decisão
o Considere a opção de usar um canal direto (em outras palavras, possuir
o canal) sempre que a estratégia da empresa depender de um alto
controle das práticas de marketing e distribuição através do canal e
estas não forem congruentes com o objetivo individual dos agentes
independentes.
o Se a opção pelo canal direto é inviável, por questão de recursos,
competência ou características do setor, avalie o grau de congruências
das práticas demandadas pela indústria fornecedora para a execução
de sua estratégia e o objetivo individual de cada agente que faz parte
do canal.
Caso não haja congruência, ou até mesmo haja divergência, ou seja, a
prática faz sentido para o benefício do negócio como um todo, mas não
para a parte individual, tenha uma política de incentivos e um padrão de
atuação definidos em contrato que motive os agentes a realizarem o
que é esperado para o sucesso da estratégia de forma consciente.
– Coloque um enorme esforço em controlar a operação dos agentes de
perto. Escolha indicadores não somente de resultado (por exemplo,
vendas ao shopper), mas também de execução das práticas.
Meça quanto realizar essas práticas onera cada agente (por exemplo,
custo incremental de distribuição) e quanto traz de benefício para o
canal como um todo (vendas adicionais, fidelização do shopper) para
ter certeza de que as partes estão justamente remuneradas pelas
partes que estão cumprindo.
– Promova o contato, a comunicação e a transmissão de informações entre
todos os agentes de canais, incluindo o shopper. Assim, o circuito se
fecha e suas chances de sucesso aumentam.
A mágica do crescimento acontece
2006. 20 anos se passam desde o inicio da grande missão da vida de Carlos.
Ele consegue transformar a Wizard na maior escola de idiomas do Brasil e
segue com a expansão de franquias.
Porém o desafio surge, o candidato a franqueado e a concorrência.
Charles Martins – Filho e Presidente Executivo da Mundo Verde:
49
● Ele falava que queria uma unidade da Wizard na área X, mas ai já tinha um
parceiro local lá. E assim começamos a deixar vários franqueados que
moldávamos pronto, e acabava indo para o nosso competidor.
● Em duas décadas, muita coisa muda, o mercado se transforma, a
tecnologia evolui e seus filhos crescem.
Lincoln Martins – Filho e Executivo da Mundo Verde:
● Ficou muito claro para nós que o setor ia se consolidar, ou através de
fusão, ou através de aquisição. Precisávamos fazer algo diferente, o
negócio precisava crescer e, se a gente não consegue crescer
organicamente, vamos crescer por aquisição. Foi ai que despertamos isso
no meu pai.
● Cada empresa tinha a sua gestão. Muitas empresas que compramos não
tinham práticas de mercado profissionais, então implantávamos toda a
cultura Wizard.
Carlos Wizard:
● Eles me procuraram com a seguinte proposta: No exterior os grandes
grupos vão adquirindo a concorrência, de forma tal que formam um bloco
econômico.
● Eu acho que aqui no Brasil, estando ainda no ano 2000, não temos essa
tradição, eu acho que podemos começar a comprar as escolas
concorrentes.
● Eles falavam: Pai você precisa entender uma coisa, se nós não
tomássemos a posição de liderança e adquirir e consolidar o mercado
logo vai chegar algum investidor estrangeiro e vai começar a fazer essa
consolidação.
● Quando isso acontecer, nós vamos ficar reféns da situação. Então, a partir
daquele momento eu passei a respeitar a visão muito maior que cada um
deles tinha, e a capacidade de empreendedor.
● Eles me pediram um cheque de 1 milhão de reais, com 25 anos cada um
tinha. Depois de 6 meses eles me pediram 2 milhões, respirei fundo e
assinei o cheque, mas em cada negociação o cheque ia aumentando, a
última aquisição foi no valor de 100 milhões de reais.
Carlos resiste à ideia. Julga que a concorrência é pequena comparada ao
tamanho da Wizard, mas seus filhos não cedem. A cada reunião estratégica
voltam a tocar no assunto. Carlos mantinha-se fechado com a ideia até que
um argumento chamou a sua atenção.
50
Charles e Lincoln sugerem um investimento inicial. A partir disso eles
começam a comprar outras escolas de inglês e expandem o legado do pai: em
seis meses o resultado provava ser positivo, eles pediram ao pai agora 2
milhões de reais. Decidem abrir o leque e investir em outros cursos além do
segmento de idiomas.
Charles:
● O plano na verdade era atingir a classe C com cursos profissionalizantes,
mas estávamos focados anteriormente no publico A e B.
● Então queríamos comprar essas unidades, colocar o inglês junto também
e atingir a classe C. Compramos algumas redes de classe C e só
crescemos, vendemos mais franquias, franquias casadas, com duas
marcas.
Nasce o Grupo Multieducação que em quatro anos de aquisições se
transforma em uma referência no ensino de idiomas e cursos
profissionalizantes no país.
Carlos Wizard:
● Ao todo foram 10 marcas adquiridas, formando um grupo com 3000
escolas, o que nos qualificou para ser o líder na área de educação.
● Hoje só foi possível o Grupo chegar aonde está pelos meus filhos, que
tiveram a competência, capacidade, poder de negociação, formando o
grupo.
● A influência ampliou a minha visão de mundo, com grupos de
estrangeiros, famintos de atuar no nosso território. Foram muitos os
desafios, o primeiro é a integração. Todas as partes que envolviam
pessoas mantiveram as funções intactas. Agora a parte administrativa,
financeira, jurídica foi integrando.
● Fomos assumindo as novas marcas e as desenvolvendo. Com os fundos
de marketing, por exemplo, tivemos que refazer em algumas marcas
porque não era o adequado eventualmente para aquele tipo de ação.
● Dar credibilidade para o parceiro que estava na marca. Respeitar a cultura
pré existente, eu sempre fazia a afirmação de estar com a marca na mídia,
diariamente a marca seria valorizado. E em contato diretamente com os
franqueados, no Brasil inteiro.
● Naturalmente que quanto mais antiga a rede, maior o desafio. Trouxemos
para o grupo, a rede Yázigi, uma rede que que começou na década de 50.
51
● Então quanto mais antigo mais delicado a necessidade de cuidado.
Resistência. Demonstrar para o parceiro que o fracasso não precisa se
perpetuar no hoje em dia, precisou muita maestria, fizemos isso através
de conselhos de franqueados, chamamos lideres das redes, e com o
grupo, criávamos encontro de debates. O que a maioria decidia nós
seguíamos. Nós não fazíamos encontros entre marcas, sempre Wizard
com alguma.
● Entrar no segmento profissionalizante foi um desafio grande, pois você
esta ensinando dezenas de matérias. Que varia de acordo com a época,
ano, politica, então era necessário ter uma equipe de desenvolvimento de
conteúdo recorrentes, atingir a necessidade de mercado.
● “Mentes inquietas transforam o mundo” – Einstein. É preciso transformar.
Nós seguimos o mesmo modelo, adquirindo uma pequena, depois uma
media, fomos subindo a escala, até adquirimos a rede Microlins, que na
ocasião já contava com 650 escolas no Brasil inteiro.
● Eu sempre tive como referência o meu vizinho de franquia chamado
Miguel Krisner (Fundador do Grupo Boticário).
● O Miguel começou a sua trajetória bastante simples, chegando nos 3
dígitos, vendo a importância das referências, nos mobilizam, nos
transformam.
● Toda a bagagem de conhecimento disponível hoje para você acessar, elas
tem impacto direto na nossa conduta, planejamento, ações.
Educação Empreendedora(15)
Paulo Freire: Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
Aquele que ensina aprende ao ensinar, e aquele que aprende, ensina ao
aprender.
Jean Piaget: As crianças não são simples versões em miniaturas dos adultos,
concebem o mundo de maneira diferente – hábitos, estímulos e ambientes.
Carlos Wizard:
- experiência prática
- networking
Bohoslavsky: Uma escolha madura depende da elaboração dos conflitos e
não da sua negação, assim, uma escolha madura implicará a identificação
52
dos seus próprios gostos, interesses, aspirações e a identificação com o
mundo exterior, com as profissões e ocupações. Uma escolha madura
dependerá da identificação consigo mesmo.
Experiência Prática + Networking: Insights
- para ter sucesso é preciso estudar;
- salário de diretor não proporcionaria o que desejava para própria vida
- aulas de inglês seriam os projetos de vida
- delegar para ter tempo a família.
Carlos Wizard: “O sucesso acontece quando a preparação encontra uma
oportunidade”.
Interesse – Proficiência
- Talento: É a capacidade de pessoas gerarem resultados acima da média em
uma situação específica.
- Gênio: Oferece contribuição universal, transcende cultura e época.
- Vocação: Chamado, convocação.
Educar supõe nos pais uma boa dose de auto sacrifício para limar a própria
personalidade, ao ponto de dar sempre uma boa imagem aos seus filhos.
O exemplo não é a principal forma de influenciar as pessoas, é a única.
Duas coisas devem obter os filhos de seus pais, raízes e asas.
Educação para Empreendedores: conceito e
idéias para utilização em sala de aula(28 )
Empreendedorismo e Educação: como eles se relacionam?
A Educação empreendedora ocupa um espaço importante na Educação.
Isso porque ela pode desenvolver algumas habilidades da sociedade
contemporânea, como autonomia, capacidade de se adaptar a situações
novas e criar soluções.
A proposta busca inspirar nos estudantes (independente da etapa de ensino e
disciplina) a vontade de empreender.
53
A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser
desenvolvidas e vivenciadas, preparando os alunos para este novo tempo, em
que a criatividade, inovação e autogestão são cada vez mais valorizadas.
Como trabalhar o empreendedorismo na sala de aula?
Um dos principais objetivos da Educação empreendedora é desenvolver
atitude e mentalidade empreendedora, que visam estimular o raciocínio lógico
e a busca por aprender conceitos e conhecimentos que contribuam para
resolver problemas.
O ensino empreendedor estimula conversas sobre sonhos pessoais e
profissionais e possibilita desenvolver habilidades necessárias para a vida
como planejar, buscar informações, estabelecer metas, ser persistentes,
autoconfiantes, protagonistas.
Durante o evento da São Paulo Tech Week (2018), Casa das Empreendedoras,
quarenta alunas tiveram a oportunidade de conhecer sobre o tema por meio
de rodas de conversa, jogos e design thinking.
Na oportunidade e ao retornarem para a escola, tiveram mudanças de
atitudes, participando de parlamentos jovens e construindo o grêmio
estudantil da escola.
As vantagens, entretanto, foram além, se tornaram multiplicadoras, replicando
as ações vivenciadas no evento com os demais colegas de turmas, exercendo
ações empreendedoras.
Alguns caminhos para desenvolver o tema em sala de aula
Diálogo: conhecer os alunos e seus desejos é o primeiro passo para
estabelecer essa ponte com eles.
Conversar sobre profissões, estabelecer roteiros e perfis destas profissões, é
importante para ajudar na reflexão do futuro e fundamentar escolhas.
Dica: Hoje existem muitos sites gratuitos que realizam testes vocacionais.
Entre eles podemos citar o “teste vocacional gratuito”.
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Referências: trazer pessoas de diferentes profissões e/ou incentivar a
participação de feiras relacionadas ao tema são importantes para fomentar o
diálogo, conhecer experiências reais sobre diferentes áreas e se aprofundar
sobre a futura profissão.
Se não for possível, vale pedir uma pesquisa ou trazer materiais (textos e
vídeos, por exemplo) que explorem um pouco o dia a dia da profissão.
Mapas mentais: são uma espécie de diagramas que ajudam a pensar em
resoluções de problemas, estimulam a criatividade e a inventividade.
Eles podem ser criados para trabalhar com soluções e desafios
empreendedores, como por exemplo, vamos criar um grêmio na escola?
Quais caminhos de atuação? Quais funções? Quais melhorias para a
comunidade escolar? Um exercício simples, que permite uma vivência de
situações reais de uso.
Dica: Para enriquecer as etapas e possibilitar interação, é possível utilizar
alguns softwares gratuitos.
Mind Node, Free Mind e Ree Plane: são programas muito simples e práticos
para ser utilizado ao dia a dia. Eles ajudam a visualizar melhor as ideias.
Coggle: software online, permite mais que uma pessoa trabalhe com o mesmo
mapa mental.
● Não é preciso fazer download do programa, o que permite trabalhar no
projeto de diferentes plataformas (como pelo celular em casa e no
computador do laboratório da escola).
Debate: que tal proporcionar com os alunos um júri simulado?
A partir de um problema inicial, os alunos se dividem em grupos de defesa e
acusação, em que cada um deve apresentar argumentos para sustentar seus
pontos de vista da situação trabalhada.
Nesta atividade os alunos têm a oportunidade de aprofundar sobre um tema,
construindo postura crítica, além, de desenvolver outras habilidades entre elas
organização, argumentação, levantamento de hipóteses, exposição de ideias,
colaboração e diálogo.
As atividades devem conter desafios, estimular a criatividade, colaboração,
ser lúdica e focar na atitude empreendedora.
O Brasil precisa de atitudes empreendedoras em salas de aulas para tornar
brasileiros empreendedores em qualquer atividade que vierem a se dedicar.
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Essa é uma importante iniciativa para tirarmos o atraso de produtividade do
brasileiro, que hoje se situa entre 1/4 e 1/5 da produtividade do americano.
Mãos à obra!
Na dificuldade, vale muito o que o pai ensinou
2001. A Wizard com 14 anos de existência por muito pouco não quebra. Tudo
começou com uma missão inesperada.
Carlos Wizard:
● Eu recebi em Campinas a visita de um dos 12 apóstolos da Igreja de
Jesus Cristo dos Últimos Dias (Igreja Mórmon).
● Ele me transmitiu um chamado, junto com a minha esposa, para conduzir
um grupo de 200 missionários no Nordeste do Brasil, com duração de 3
anos.
● A vida de missionário é um padrão bem definido. Não pode se recusar.
Partimos para João Pessoa, Vania e eu.
Thais Martins – Filha:
● Muito do que ele fazia na empresa ele conseguia fazer lá também.
● Ele colocou muito isso para os missionários, de ação, meta, metodologia.
Gilberto Baroni – Ex Gerente da Wizard: Ele não pensa pequeno, tanto na Igreja
quanto nos negócios, é uma pessoa que tem tido sucesso por conta disso.
Charles Martins:
● A experiência pessoal para o meu pai foi muito importante. Mas a
empresa sofreu.
● O CEO colocou novos diretores, a principio substituiu os diretores do meu
pai.
● E meu pai falou que não, pois eles entregavam resultados.
● Havia uma vaidade, em posições conflitantes, cada um querendo vender
seu peixe, então ele duplicou a estrutura, aumentando o custo e o lucro foi
embora.
● Ele terceirizou toda a produção de livros com uma gráfica terceirizada, e
essa gráfica quebrou.
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● Quando chegamos de fato na empresa para assumir, vimos que o barco
estava quase afundando.
● Custos da companhia muito inflados, impostos que pagaram errado,
inadimplência alta, livros faltando na logística.
● Então dava uma ruptura muito alta, fazendo com que o franqueado
perdesse dinheiro na ponta, alunos desistindo dos cursos, franqueados
nos processando, então foi uma situação muito complexa.
● Como executivos nós éramos muito jovens, e muitas vezes fazíamos
chamada com ele, para pedir ajuda.
● Faltava um ano pra gente terminar. E viemos passar as férias no Brasil, em
João Pessoa.
● Foi ai que ele comentou que as coisas estavam fugindo do controle dele.
Gilberto Baroni: Os filhos estavam fazendo faculdade no EUA, e eles tiveram
que voltar para poder tomar as rédeas do negocio.
Lincoln Martins – Filho e Executivo da Mundo Verde:
● A principio parecia um desafio simples de gestão. Ele pediu para
interromper por 1 ano a faculdade.
● Foi uma experiência incrível.
● Eu aprendi muito mais lá do que os 4 anos de faculdade.
● Foi como se fosse um MBA na prática.
● Conseguimos em quase um ano colocar a empresa de volta ao rumo,
salvando ela de um problema que poderia ter sido bem pior.
● Entre 2001 e 2004 que foi a missão dele, teve um crescimento muito
grande do setor.
Carlos Wizard:
● A fé foi a única condição que tivemos para permanecer através de todas
as condições enfrentadas.
● Conseguia imaginar alguns desafios, mas as condições adversas não, só
na prática eu consegui mensurar o que eles passaram.
● Foram 6 meses de preparação, um tempo muito curto, para ficar 3 anos
fora.
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● Prepara pessoas para a tomada de decisão. Pois a missão tomava todo o
meu tempo em caráter exclusivo.
● Tínhamos um horário pré-definido em que trocávamos relatório. Mas você
só vê números, gráficos, que não reflete a realidade do dia a dia.
● Certa vez eu estava em um evento com grandes executivos e
empresários.
● Um dele vendo que estava com meus filhos me fez a seguinte pergunta:
Carlos qual é o segredo para formar filhos empreendedores.
● Um dos meus filhos respondeu: Quando nós éramos ainda pequenos e
precisávamos de dinheirinho, corríamos pro meu pai, ele dizia: Vocês
querem um dinheirinho? Então o pai vai te dar um trabalhinho, ou seja,
desde moleques eles sabiam que a quantidade variava de acordo com o
trabalho.
● Dessa forma eu nunca dei mesada para os meus filhos, mas eu não
condeno quem dá, de forma alguma, é forma de pensamento.
● O pai que habitua o filho a receber certa quantia de dinheiro ele corre o
risco de mais cedo ou mais tarde não ter a condição de dar a mesma
quantia.
● Quando isso acontece o filho se revolta. Mas o pai não deve nada para um
filho. O filho que deve ao pai.
● Acho extremamente benéfico à criança e ao jovem que tenha a
associação do valor do dinheiro, e que não é vergonha nenhuma trabalhar
para ganhar.
● Jamais aceite uma situação adversa como uma condição permanente.
● Todos aqueles que venceram foram capazes, independente da situação
adversa, visualizaram um novo momento de vida, uma nova condição de
realização, e perseguiram aquele objetivo, independente do tamanho do
obstáculo.
“O espaço pode ser resgatado”.
“O tempo perdido, jamais”.(16)
“A estratégia é a ciência do emprego do tempo e do espaço. Sou menos avaro
com espaço do que com o tempo. O espaço pode ser resgatado. O tempo
perdido, jamais”. Napoleão Bonaparte.
Desperdiçadores de Tempo:
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⎯ No mundo do trabalho há uma legião de ladrões do tempo, os chamados
vilões ou desperdiçadores.
⎯ Eles agem sorrateiramente, reduzindo sua eficácia, comprometendo
suas metas, causando-lhe até mesmo stress.
⎯ Então é preciso estar muito atento aos fatores causadores do
desperdício presentes em sua rotina.
Os Ladrões de Tempo:
⎯ Interrupções;
⎯ Reuniões;
⎯ Atividades paralelas;
⎯ Falta de delegação;
⎯ Não saber dizer NÃO;
⎯ Ambiente de trabalho;
⎯ Tramitação de papéis;
⎯ Visitas;
⎯ Telefonemas;
⎯ E-mails;
⎯ Internet (Rede Sociais).
O que dificulta a delegação:
⎯ “Gosto de fazer isso”;
⎯ “Nunca deleguei”;
⎯ “Deleguei, quando voltei, estava tudo por fazer”;
⎯ “Eu explico mas eles não entendem”;
⎯ “Não sei se eles saberão fazer”;
⎯ “E se alguém fizer melhor que eu”;
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⎯ “E se acharem que eu delego por que eu não dou conta”;
⎯ “Faço melhor e mais depressa”;
⎯ “Nunca fica bom o bastante”.
Delegação está diretamente ligado à:
⎯ Liderança Situacional: escolher o que delegar e para quem;
⎯ Desenvolvimento de Pessoas: desafiar para aprender;
⎯ Preparar o caminho para crescer: liberar-se para novas aprendizagens;
⎯ Deixar um legado: criar sua marca.
Delegar requer 3 habilidades do líder:
⎯ Capacidade de Diagnosticar: identificação de necessidade da situação;
⎯ Adaptabilidade: habilidade para transitar entre estilos de liderança;
⎯ Parceria para o desempenho: adequação do estilo de liderança ao que
cada liderado precisa;
1. 1ª. Etapa: Planeje a delegação => “Golden Circle” = Why? How?
What? – Simon Snek.
2. 2ª. Etapa: Defina os critérios da delegação (quem está pronto para
batalha)=> cada etapa de desenvolvimento pede um estilo de
liderança.
Como saber a etapa de desenvolvimento?
Competência para executar a tarefa: conhecimento; experiência;
auto-organização.
Motivação Pessoal: automotivação, autoconfiança, graus de
responsabilidades, disposição para desenvolver, interesse na tarefa.
1. 1ª. Etapa: Defina a função dos integrantes:
⎯ Quem será o responsável pelo que? Informe todas as novas
atribuições.
Dica de Ouro: comunicação clara e objetiva.
2. 2ª. Etapa: Execute a delegação de modo ambidestro:
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⎯ Mescle o conscientemente uma situação “hard and soft”.
Para cada colaborador há uma dosagem certa a ser usada.
Hard: Comportamento Direto
⎯ Combinar ou determinar objetivos;
⎯ Estruturar as ações: planejar e organizar o trabalho, identificar
prioridades, estabelecer prazos, ensinar como executar a tarefa.
⎯ Definir papéis;
⎯ Supervisionar o desempenho: determinar métodos de avaliação do
trabalho;
⎯ Acompanhar de perto o progresso do resultado.
Soft: Comportamento Apoiador
⎯ Utilizar mais a comunicação bilateral: ouvir ativamente, explicar o por
que, disponibilizar informações;
⎯ Envolver, fornecer apoio: encorajar.
⎯ Encorajar e incentivar a resolução de problemas de forma
independente: pedir sugestões e contribuições, ajudar a e encontrar
soluções.
⎯ Incentivar, estimular e fornecer novos desafios;
⎯ Estimular o trabalho em equipe.
Gestão do Tempo: o que é, produtividade e estratégias(29)
A gestão do tempo é um tema recorrente e de extrema relevância. Há como
discordar?
Ainda que todos tenhamos rigorosamente 1.440 minutos todos os dias, é
comum no mundo executivo ouvir reclamações sobre a escassez de tempo
face às demandas do dia a dia.
Como é a sua realidade? Ela difere do cenário descrito acima?
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Para a maior parte dos profissionais do mundo moderno a resposta tende a
ser a mesma: existe, sim, uma restrição de tempo para dar conta de tudo – até
porque não envolve apenas a vida profissional.
Compromissos relacionadas ao trabalho, relacionamentos, educação, família
e saúde competem entre si.
Dessa forma, reivindicam atenção e espaço em um fluxo aparentemente
desordenado, muitas vezes obstruído por desafios relacionados aos
deslocamentos, falhas de comunicação e administração de conflitos.
Ou seja, dá para fazer mais e melhor.
As pessoas que conseguem administrar os processos de forma eficiente são
reconhecidas no meio em que atuam por sua produtividade.
E não poderia ser diferente, já que seu desempenho individual contribui para
melhores resultados coletivos.
Mas como elas conseguem?
Existem técnicas de gestão do tempo, as quais passam por planejamento,
organização e disciplina.
Também há ferramentas e mesmo exercícios do controle consciente do
tempo empregado em cada atividade.
Se você percebe que existe potencial para melhorias nos seus resultados (e
sempre há), dentro e fora do trabalho, não deixe de acompanhar este artigo
até o fim.
Além dos benefícios profissionais voltados à carreira que podem ser
alcançados, a correta gestão do tempo permite evoluir na qualidade de vida e
nos relacionamentos pessoais.
O que é gestão do tempo ?
A gestão do tempo é um processo de priorização e organização de tarefas
que envolve seu planejamento e execução voltados ao melhor aproveitamento
do tempo investido nelas, o que resulta em maior produtividade e eficiência.
Como conceito, ela é muito bem definida na condução de projetos como fator
determinante para a sua conclusão, junto com escopo e custo.
Uma técnica de gestão do tempo inclui um conjunto de tarefas, processos e
decisões com foco na coordenação de objetivos administrados dentro de
limitações de tempo.
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Nas organizações modernas, é vista como uma ciência para identificação e
custeio das atividades com foco na eliminação de desperdícios.
Na vida pessoal, não é diferente. Afinal, como dizia o genial Victor Hugo: “A
vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”.
O que difere quando estamos fora das empresas é que dificilmente sabemos
calcular o valor do tempo.
Dessa forma, o valor de um ano, mês, semana, dia, hora, minuto ou segundo
pode variar quando convertido em ações, ganhos, oportunidades ou renúncias
que fazem parte da vida.
Contudo, é importante entender também que dar valor para o tempo não
significa abdicar do controle da vida em detrimento do relógio.
O objetivo do gerenciamento consciente do tempo é conduzir as rotinas para
produzir resultados no trabalho, mas também para ter tempo livre para o
descanso e para momentos de descontração.
Os objetivos de cada pessoa podem ser diferentes.
Por que é importante a gestão do tempo ?
Nas últimas décadas, temos percebido um movimento constante de aumento
da importância dada ao tempo nas decisões.
A dimensão temporal adquiriu maior relevância por conta da expansão da
competição global, da aceleração das atividades e das pressões provenientes
das pessoas e dos relacionamentos.
Antes do advento da chamada Revolução Digital (ainda em curso), existiam
lacunas de tempo de espera que eram compreendidas e respeitadas por todos
durante a realização de tarefas.
Se a redação de um documento levava um turno inteiro de trabalho, não seria
esse um motivo para o gestor se mostrar impaciente. Afinal, era o que podia
ser feito com a tecnologia existente.
Mas a onipresença da informação transformou intervalos de tempo em
minutos produtivos, levando a espera passiva a reverter em possibilidades de
ganhos e melhores resultados.
Bilhões de smartphones nas mãos das pessoas romperam barreiras e
eliminaram restrições físicas ou de acesso.
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A tecnologia permitiu que o tempo de deslocamento, por exemplo, fosse
convertido na conclusão de relatórios, no envio de e-mails, na oportunidade de
um curso de idiomas e até mesmo na manutenção de relacionamentos.
As facilidades proporcionadas pelos recursos tecnológicos atuais “borram” as
linhas divisórias entre os momentos da vida, confundindo as prioridades e nos
permitindo sacrificar elementos essenciais que trariam equilíbrio.
É por isso que a gestão do tempo é tão importante.
Ela permite clareza nas escolhas. Possibilita dedicar tempo ao trabalho para o
atendimento às metas, ser mais produtivo e ter maior foco e concentração.
Tudo isso para que, ao final do dia, sem nenhum sentimento de culpa, se
possa “desligar” e voltar a atenção para os relacionamentos, para a família e
para o lazer.
Quando nos propomos a assumir o controle sobre o nosso tempo, nos
comprometemos a fazer o nosso melhor dentro do espaço definido para cada
momento.
Gestão do tempo no trabalho
A adequada gestão do tempo no trabalho permite ao profissional a
construção de uma imagem individual mais eficiente.
Basta um rápido exemplo para entender melhor.
A justificativa de falta de tempo para o não cumprimento de prazos é, por via
de regra, mal avaliada não somente pelos gestores, mas também pelos
colegas no ambiente corporativo.
O compromisso com o gerenciamento consciente do tempo, a partir do
momento em que é assumido, tem o poder de gerar uma transformação no
pensamento do profissional.
A atitude fica mais positiva e focada, permitindo não só atender melhor às
metas, mas ter a percepção da sua contribuição para com os resultados.
Entregar tarefas no prazo, evitando acúmulo de atividades e novos atrasos,
permite também reduzir o estresse, melhorar a qualidade de vida e tomar
decisões mais assertivas.
Entretanto, para atingir um patamar eficiente na gestão do tempo no trabalho,
é preciso eliminar hábitos que costumam afetar negativamente o
desempenho.
São os chamados “ladrões de tempo” no ambiente corporativo.
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Um bom exemplo são as redes sociais – não exatamente elas, mas a forma
como as utilizamos.
Essas plataformas exercem um poder negativo muito intenso por uma
característica típica das interações.
O fator oculto é que o momento desvia o foco – e o tempo para retomada não
é considerado.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos detectou que ele é de
impressionantes 25 minutos a cada interrupção. Você provavelmente não
fazia ideia disso, não é?
O contato com a família também prejudica. Não significa que é preciso se
isolar no ambiente de trabalho, mas o desafio principal está na definição de
um limite.
Segundo a consultoria de recursos humanos Robert Half, que ouviu 2.100
executivos nos Estados Unidos, em 2014, as conversas de corredor são um
dos principais fatores de desperdício de tempo no dia a dia das organizações,
sendo apontadas por 32% dos entrevistados.
A ausência de foco nas reuniões também limita a eficiência dos profissionais.
Por vezes, falta uma pauta clara e registros que permitam o resgate posterior
das deliberações. E isso leva a novos encontros com potencial erosão da
eficiência de todos os envolvidos.
E não para por aí.
A consulta constante ao e-mail e ao WhatsApp figura entre os ladrões de
tempo.
A principal razão para isso é a fragmentação das atividades.
Assim, a agenda do profissional passa a ser administrada por outras pessoas,
o que dificulta o estabelecimento de prioridades.
Gestão do tempo na vida pessoal
Da mesma forma que acontece no trabalho, na vida pessoal, a gestão do
tempo requer organização. Sem ela, fica extremamente difícil coordenar as
demandas e definir prioridades.
A organização leva não somente ao aumento da capacidade de administrar as
tarefas diárias com maior eficácia, mas também melhora o discernimento
para alocar o tempo de forma otimizada.
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Cada fase da vida requer prioridades distintas, as quais devem ser
organizadas conforme o planejamento e objetivos de cada pessoa.
Por exemplo, um jovem solteiro no início da carreira, necessariamente, tem
diferentes objetivos quando comparado a uma pessoa com família
constituída e próxima de se aposentar.
Dessa forma, gerir bem o tempo na vida pessoal permite entender qual o grau
de comprometimento para cada objetivo, assim como a possibilidade de
organizar prioridades conforme a expectativa de tempo disponível para cada
uma.
Planos de curto, médio e longo prazo requerem tratamentos e entendimentos
diferentes.
Para que tenha melhor ideia sobre a necessidade de não negligenciar essa
questão, o autor Christian Barbosa elege a gestão do tempo na vida pessoal
como fator de maior relevância.
É o que aparece ao colocar a família ao lado do trabalho no seu modelo de
Tríade do Tempo(30).
E ele não faz isso sem razão, pois de nada vale uma carreira brilhante se não
estivermos conectados com os valores que dão sentido à vida ou se houver
perda da saúde.
O sucesso na gestão do tempo prevê que exista um equilíbrio.
Como lidar com as atividades que fogem da rotina
Ainda que se dedique à gestão do tempo e utilize técnicas de planejamento
avançadas, com alto grau de detalhamento, não é possível evitar que eventos
aleatórios exijam mudanças.
São momentos que demandam decisões imediatas e que não permitem
transigências.
Por conta disso, é necessário ter flexibilidade.
A dica é prever no planejamento do tempo intervalos que permitam a inclusão
de novas atividades sem que seja necessário sacrificar outras mais
importantes. Ou seja, evitando comprometer o resultado final.
Com foco nos objetivos, o critério de avaliação da atenção que será
dispensada para os imprevistos deve passar por uma análise cuidadosa.
É necessário compreender a real necessidade de uma atitude emergencial.
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Afinal, não será possível uma ação temporária e paliativa, de mitigação de
riscos, para posterior abordagem definitiva?
Em última instância, pode dizer “não” em benefício da manutenção do plano
original?
É necessário refletir a respeito.
Principais ferramentas e técnicas de gestão do tempo
Neste tópico, vamos falar sobre as ferramentas e técnicas de gestão do
tempo.
Para tanto, vale desvendar a obra de Stephen Covey, um dos principais
autores do assunto no mundo.
Em seu livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, ele definiu quatro
gerações de técnicas.
Vamos conhecê-las?
1. Check list
A primeira geração, iniciada nos anos 30, foi caracterizada pela utilização de
notas e check lists.
Ivy Lee, consultor, jornalista e relações públicas americano, elaborou
abordagem sobre o tema, propondo uma lista de tarefas com prioridades.
O entendimento da importância relativa de cada tarefa, o estabelecimento de
prioridades e a elaboração de um plano de ação completam a que foi
considerada pelo empresário Charles Schawb como a mais lucrativa lição
de negócios de toda a sua carreira.
2. Agenda
A segunda geração foi caracterizada por livros de anotações e agendas.
O principal autor é Alan Lakein que nos anos 70 criou o sistema de priorização
de atividades chamado Método ABC, onde:
“A” define as atividades mais importantes;
“B” as de segunda importância;
“C” as de menor importância.
O método recebeu abordagens distintas posteriormente.
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A primeira consiste na previsão de tempo para execução das tarefas, sendo
“A” para as tarefas diárias, “B” para as tarefas semanais e “C” para as
tarefas mensais.
A segunda abordagem do método estabelece outra forma de classificação
das atividades atividades diárias, tendo foco em fatores mais
motivacionais, sendo “A” para as tarefas mais desagradáveis, “B” para as
intermediárias e “C” as mais fáceis.
Vale dizer que a priorização das tarefas mais desafiantes é feita com base no
entendimento de que, nas primeiras horas do dia, a atenção é mais focada
e estamos com mais energia.
3. Flexibilização do planejamento
A terceira geração, por sua vez, está mais ligada a valores e objetivos em
adição ao entendimento das gerações anteriores.
Já nos anos 80, Charles Hummel desenvolveu um sistema de organização de
tarefas mais holístico, permitindo a flexibilização do planejamento do
tempo.
Essa característica possibilita estarmos preparados para eventos imprevistos
potencialmente destrutivos.
Afinal, a gestão do tempo na empresa deve incluir o risco entre as variáveis
que podem afetar o negócio.
Se todos nela estiverem vinculados a um planejamento rígido, pequenas
crises originadas por acontecimentos aleatórios podem contaminar toda a
estrutura.
Com o propósito de evitar a paralisia por esse tipo de situação, o
planejamento do tempo prevê avaliações periódicas (mensais, semestrais e
anuais), de modo a eliminar ineficiências que possam comprometer os
objetivos estabelecidos.
4. Foco nos valores pessoais
A quarta geração prevê uma abordagem radicalmente diferente. Ela tira o foco
principal das tarefas e do tempo e o desloca para a preservação e melhora
dos relacionamentos.
Em 2010, J. D. Meier apresentou um sistema para alcançar objetivos de curto
e longo prazo em todos os aspectos da vida profissional e pessoal.
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Adequado aos tempos atuais, o sistema é flexível e permite mudanças rápidas
quando necessário e adaptações a eventos imprevistos.
O autor defende a necessidade de se abolir as listas de tarefas e focar em
objetivos com maior foco nos valores pessoais de cada um.
Como obter mais produtividade?
Os principais temas presentes na literatura com foco no aumento da
produtividade por meio da gestão do tempo incluem os seguintes tópicos que
relacionamos agora.
Mude seus hábitos
O processo de organização e planejamento das tarefas induz o
comportamento para a melhor ocupação do tempo.
As anotações sistemáticas permitem melhor visualização do todo,
possibilitando a execução mais eficiente do fluxo de tarefas.
Estabeleça prioridades
A disponibilidade do tempo limita a atendimento às demandas.
Por isso, prioridades devem ser definidas com critérios que sejam aderentes
às aspirações de cada pessoa.
É importante neste momento ter consciência das implicações de cada
decisão.
Fuja da procrastinação
A procrastinação é considerada um fator cultural. Indica a atitude de aguardar
até o último momento disponível o início de alguma tarefa que tenha prazo
para entrega.
Esse hábito provoca o aumento da ineficiência e da baixa qualidade da
execução.
A antecipação das tarefas permite a melhor tomada de decisão, promove o
aumento da produtividade e também escolhas mais conscientes.
Elimine os “ladrões de tempo”
Distrações, interrupções, perda de foco, reuniões sem pauta e detalhamento
excessivo na execução são alguns exemplos de “ladrões de tempo”.
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Essas tarefas que drenam a produtividade podem ser definidas como
elementos que nos desviam dos objetivos principais.
Crie incentivos
Comemore o sucesso alcançado, permita-se momentos de descontração e
celebre cada objetivo alcançado.
Nosso cérebro necessita de recompensas para a consolidação de mudanças.
13 Estratégias e dicas dos mestres em gerenciamento do tempo
Considerando a importância do tema e sua relevância dentro do cenário atual,
diversos autores têm se voltado para a indicação de estratégias para o
gerenciamento do tempo.
No Brasil, temos alguns nomes de peso, como Mario Sergio Cortela, que fala
sobre o estabelecimento de prioridades, e Leandro Karnal, que procura definir
o aproveitamento do tempo tendo em vista a capacidade de execução de
cada um.
Contribuições de autores de outros países também podem (e devem) ser
consideradas.
Como exemplo, Bryan Tracy prega a necessidade de execução das tarefas
mais desafiantes em primeiro lugar para aumentar a produtividade.
Steven Covey faz uso de uma matriz que divide e classifica as atividades.
Por sua vez, Kevin Kruse liga a gestão do tempo ao foco nos objetivos.
Já Dale Carnegie entende o gerenciamento do tempo como um processo
focado no resultado e na melhor qualidade dos relacionamentos.
Os conselhos desses renomados mestres podem ser resumidos nas 13
estratégias listadas a seguir.
1. Planeje
Crie planos com metas diárias, semanais, mensais e anuais.
Como escreveu Lewis Carrol na fala do gato de Alice no País das Maravilhas,
“se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.
A maioria das pessoas fala de seus sonhos e objetivos na vida. Então,
escrever um plano é colocá-los sonhos no papel e definir quais ações
devem ser realizadas para alcançá-los.
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2. Estabeleça prazos
A definição do tempo para a execução de uma tarefa torna o objetivo mais
concreto e palpável.
É evidente que devemos ter consciência da viabilidade do prazo proposto e
que esse critério deve ser flexível o suficiente para não se tornar
desmotivador.
Por outro lado, o estabelecimento de uma data limite complementa o
pensamento iniciado com o planejamento.
3. Use calendários e organizadores
As tecnologias disponíveis por meio de aplicativos ou outros recursos
eletrônicos facilitam a execução daquilo que foi previsto para a rotina.
Essa organização é essencial para registro e resgate dos registros, dados e
informações necessários para cumprir com o planejamento.
4. Conheça seus limites
Os limites físicos, financeiros e de recursos (incluindo o tempo, é claro) devem
ser conhecidos para estabelecer metas e objetivos.
O enquadramento dentro dessa moldura tem a principal função de evitar o
sentimento de frustração caso uma meta não seja atendida.
5. Aprenda a dizer “não”
É importante, tanto para a vida profissional como para a pessoal, ter a
consciência da necessidade de ser claro no comprometimento do tempo.
Os conflitos de agendas devem ser negociados com foco nos objetivos de
cada pessoa.
Se a demanda o afastar do caminho das metas, a franqueza no momento da
negação protege os dois lados.
6. Estabeleça o tempo necessário para cada atividade
O tempo para a execução de cada tarefa necessita, ao menos, de uma
definição prévia aproximada.
Essa é uma atitude que traz, entre outros, dois benefícios muito claros.
O primeiro é permitir a melhor organização da agenda.
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Já o segundo se percebe quando o trabalho envolve outras pessoas, pois a
comunicação do tempo necessário auxilia na coordenação dos esforços de
todas elas.
7. Tenha foco
É fundamental, durante a execução da tarefa, seja qual for, estar presente de
corpo e mente.
Em uma palestra sobre o gerenciamento do tempo, Leandro Karnal contou
que, naquele mesmo dia, estaria também em um outro estado para cumprir
uma agenda.
Caso ele se preocupasse com o segundo evento, ele perderia o foco na
apresentação, reduziria a qualidade do que estava oferecendo sem
melhorar em nada o cumprimento do segundo objetivo.
8. Bloqueie as distrações
Os alertas de e-mail e WhatsApp são potenciais redutores de desempenho.
Uma pesquisa publicada no portal do The Guardian, em 2013, mostrou que
36% das pessoas perde até uma hora de produtividade por dia checando
mensagens.
Exceto se você trabalhar diretamente com o atendimento ao cliente,
estabeleça horários para checar as mensagens.
9. Seja objetivo
A objetividade é necessária em dois aspectos distintos, mas coligados: a
execução e a comunicação.
Em grande parte das tarefas, o menor consumo de tempo e outros recursos
pode atender ao objetivo do requisitante. Porém, o detalhamento excessivo
e acima da expectativa reduz a produtividade.
Um segundo ponto é que muitas pessoas sentem a necessidade de
fundamentar a mensagem em fatores que não agregam conhecimento para
o receptor.
10. Priorize
Diversos autores propõem formas e critérios de priorização diferentes. Entre
eles, o prazo para entrega, o alinhamento com a estratégia ou o grau de
dificuldade na execução.
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O critério a ser adotado pode variar, mas a estratégia deve estar alinhada aos
objetivos de cada um.
Como você quer que a sua contribuição seja percebida?
O objetivo principal foca no prazo, na estratégia ou na qualidade.
Evidentemente, é desejável atender a todas as variáveis, mas nem sempre é
possível – e esse é o principal raciocínio que apoia a estratégia de
priorização.
11. Delegue
A centralização das atividades por parte de gestores, especialmente, limita o
desempenho de todo o time.
Quando ele confia na equipe e delega tarefas, o processo tende a ter maior
fluidez, liberando o seu tempo para atividades que demandem maior
conhecimento e autoridade.
12. Registre os resultados alcançados
Temos uma tendência de dedicar mais atenção para a análise de falhas do
que para o entendimento do que leva ao sucesso.
Entretanto, reproduzir os bons resultados alcançados depende também da
compreensão dos acertos.
13. Separe tempo para os imprevistos
Por fim, estabelecer espaços na rotina para absorver as atividades não
planejadas é de suma importância.
Por mais detalhado que esteja o plano, não há como eliminar a ocorrência de
imprevistos.
Ao propor intervalos de tempo livre no meio da rotina, é possível preenchê-los
com outras tarefas sem comprometer o que há de mais importante no
planejamento.
Principais livros sobre gestão do tempo
Existem diversos livros sobre a gestão do tempo. Alguns com visões mais
técnicas ou mais intuitivas, conforme a abordagem do autor.
Abaixo seguem quatro obras que se destacam como mais vendidas nos
últimos tempos.
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Tríade do Tempo, Christian Barbosa(30)
O livro de Christian Barbosa, A Tríade do Tempo propõe uma nova abordagem
de aplicação facilitada.
A partir de uma pesquisa realizada com mais de 3.000 pessoas, em vários
países, sobre produtividade e gerenciamento do tempo, o livro traz uma nova
metodologia apoiada em recursos de software, o que que facilita a sua
adoção.
Gestão do Tempo, Polly Bird(31)
A obra de Polly Bird, Gestão do Tempo, traz uma visão mais intuitiva,
esclarecendo mitos e buscando reduzir a complexidade dos processos
decisórios pertinentes à administração do tempo.
As indicações do livro auxiliam na diminuição do estresse, na busca dos
objetivos de forma mais eficiente, na melhora do desempenho no trabalho e
na reserva de tempo para as necessidades pessoais.
Produtividade Para Quem Quer Tempo, Geronimo Theml(32)
Geronimo Theml escreveu o livro Produtividade para quem quer Tempo, no
qual apresenta uma método mais elaborado, orientando o leitor a perseguir
seus objetivos de forma mais ordenada.
O foco é capacitar as pessoas para serem mais produtivas e tranquilas, parar
com a procrastinação e ainda ter tempo para a vida pessoal.
Trabalhe 4 Horas Por Semana, Timothy Ferriss(33)
Por fim, o livro Trabalhe 4 Horas por Semana, escrito por Timothy Ferriss, é o
mais aderente com a quarta geração das técnicas de gestão do tempo traz.
Ensina passo a passo como trabalhar um estilo de vida que priorize o tempo
livre, voltado para valores mais ligados à vida pessoal.
Conclusão
Agora que você conhece as técnicas para gestão do tempo e conferiu as
dicas dos principais autores sobre o tema, pode ser mais assertivo na escolha
da abordagem que melhor se encaixa com seus valores e objetivos.
Diante de um mundo de cenários voláteis, os profissionais que melhor
administrarem o tempo vão se sobressair, ocupando os melhores postos de
trabalho e alcançando melhores remunerações.
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Com maior eficiência nas tarefas e melhor visão para escolhas, você vai
perceber que é possível cumprir com as demandas do trabalho e ainda estar
mais presente na vida pessoal.
Neste ano de 2015 eu entrei para a lista dos bilionários da Forbes,
2013. Europa, EUA e China começam a se recuperar de uma forte crise que
vinham sofrendo há alguns anos. A Wizard é vendida para o Grupo Pearson,
que chegou a quase R$2 bilhões de reais.
Carlos Wizard:
● Toda empresa deve se preparar para fazer uma consolidação e adquiri
mais e mais concorrência ou ela se prepara para ser adquirida por um
grupo estrangeiro, nós fizemos esse processo com as duas coisas.
Carlos Wizard decide retirar um ano sabático, mas sua viagem dura pouco
tempo.
Decide marcar uma reunião com os filhos para decidir o próximo projeto, que
seria mais voltado para a área de franquias, então Vania sua esposa, disse
para eles partirem para o ramo de alimentos saudáveis, e concidentemente
seu filho tinha um amigo que trabalhava para a Mundo Verde.
Começaram a conhecer o negócio e logo compraram, pois gostaram muito.
Carlos Wizard:
● Nossa projeção é de que até 2018 teremos 650 lojas, atingindo R$1 bilhão
de faturamento. Nossos negócios sempre são feitos em família tanto na
questão da gestão quanto no investimento.
● O Mundo Verde faz bem para as pessoas, com produtos melhores do que
o mercado tem a oferecer, faz com que as pessoas se cuidem mais,
invistam em produtos saudáveis para melhora da sua saúde, lançamos
em Aeroportos, Quiosques, Academias.
● O inglês me abriu todas as portas da minha vida, tanto pessoal, quanto
profissional e comercial. Me moldou.
● Hoje em dia o que me move e o que me faz superar eu mesmo é o Chinês.
Eu tenho aula de mandarim todos os dias, uma hora por dia, e a cada dia é
um desafio.
● Qualquer empreendedor que tenha uma visão global deve se interessar
pela China, pela parte comercial.
75
● Hoje em dia eu me associei ao Ronaldo Fenômeno e juntos lançamos a
Ronaldo Academy, uma rede de academias de escolas de futebol Já
temos pontos instalados no Brasil e nos EUA. Nossa visão é atuar na
China, conquistando o mercado chinês.
● Eu nunca imaginei que eu iria me desfazer do meu negócio, tanto é que eu
coloquei Wizard no meu nome pessoal. A empresa ainda era jovem, tinha
2 anos, quando veio a Campinas a franqueada de Mogi Mirim. Ela disse
que tinha uma ideia, para eu colocar o nome da escola no meu registro
civil pessoal. Você pode ser Carlos Wizard Martins, pois assim, quem
fundou a Yázigi, foi Sérgio Yázigi, quem fundou a Fisk, foi Richard Fisk, e
você fundou a Wizard. Então ela me deixou um desafio, se eu não
colocasse ela colocava.
● Então eu coloquei, entrei com um processo, que não sai barato, mas hoje
eu mudei em todos os registros. Jamais pensei em me desfazer do
negócio, mas meu lado emocional sempre foi ligado a marca, com 25
anos de trabalho. Outro lado, somos racionais, quando uma oferta dessa
proporção bate na sua porta você não pode deixar passar.
● Meu filho que na época tinha 12 anos, me perguntou por que eu tinha
vendido o meu sonho. Então eu resolvi escrever um livro.
● Meus outros filhos ficaram muito surpresos, quando chegamos a
compreensão que valia a pena decidimos contar com o apoio de todos.
● Quando compartilhamos a decisão, fortalecem os laços, o grau de
respeito aumenta. Eu me propus a ficar um ano fora de campo, visitei
vários países, quase 45 países. Enquanto eu passeava meus filhos
gêmeos são caçadores de oportunidades. Então surge a Mundo Verde.
● Minha preocupação é manter as prateleiras cheias de produtos de
qualidade, da forma que o meu cliente chegue na loja e encontre qualquer
produto. São mais de 1000 fornecedores.
● Nós como uma família empreendedora temos um investimento que
chama Vale Presente. A primeira empresa no Brasil a produzir Gift Cards.
● Quando eu fiz a minha primeira reunião com os franqueados da Mundo
Verde, eles me fizeram essa mesma pergunta. Eu possuo a maior
empresa de Gift Cards nesse país, se você quer me perguntar o que eu
entendo de produção, execução, elaboração de um Gift Card, eu não
entendo muito, mas eu fui para o mercado buscar os melhores
profissionais que estão no setor de emissão de cartões, na área
financeira, e eles me representam e levam a empresa para patamares
cada vez maiores. Da mesma forma vai acontecer com a Mundo Verde.
76
● Ainda hoje a minha professora de chinês me perguntou de onde eu tiro a
motivação para diariamente estudar o chinês. Sinceramente eu não sei. Eu
simplesmente gosto, tenho uma atração natural pela língua, pela cultura,
pelo país. Isso me da motivação para manter a disciplina das aulas de
uma hora por dia. Esse ano eu tive a satisfação de um livro meu ser
traduzido para o mandarim e eu fui até Pequim realizar uma palestra
ministrada em mandarim por mim. Isso me deixou muito orgulhoso de
mim mesmo.
● Todo sucesso só é sucesso quando compartilhado. Toda essa grandeza é
uma grandeza compartilhada.
● Acredito que eu sou um missionário do empreendedorismo e dividir
riquezas com aqueles que fazem parte de uma projeto muito maior, que
vai viver muito mais do que nós.
● Este ano que estou fazendo este depoimento para o meuSucesso.com eu
completa 40 anos que eu cheguei em New York com US$100 no bolso.
Este ano também eu entrei para a lista dos bilionários da Forbes, este ano
eu lanço o livro Desperte o Milionário Que Há Em Você em New York e fui
convidado pela Universidade de Harvard a falar para os alunos sobre esse
tema. Este ano de 2015 é um ano muito significativo. Quando eu penso
em 10 anos, sou incapaz de imaginar, mas acredito que temos uma
trajetória longa pela frente.
77
O que é cadeia de valor?
Pela definição de Porter: inclui todas as atividades começando com matérias
primas até a conversão em bens ou serviços finais.
Sendo duas categorias, atividades primárias ou de apoio.
Tipos de Atividades Empresariais:
⎯ Atividades Primárias: aquelas que estão envolvidas na criação, venda e
transferência de produtos (incluindo serviços de pós venda). Logística de
entrada, operações, logísticas de saída, marketing e vendas, pós venda e
suporte.
⎯ Atividades de Apoio: atividades que apoiam as atividades primárias. Infra
estruturas, RH, desenvolvimento de produtos e compras.
Tipos de Cadeia de Valor: a cadeia de valor é categorizada com base nos tipos
de organização: organização baseada em fabricação, serviço e ambos.
O que é análise de cadeia de valor: é utilizada para identificar fontes de
vantagem competitiva. Especificamente em oportunidades para garantir as
vantagens no custo e oportunidades para criar diferenciação nos produtos e
serviços.
Inclui as atividades de criação de valor de todos os participantes da indústria.
Principais etapas para analisar uma cadeia de valor:
● Identificar: identificar a sequência macro de atividades dentro da indústria
negocio de atuação. Identificar as principais atividades para cada macro
atividade. Identificar qual atividade trás valor para o cliente.
● Analisar: analisar as principais receitas e custos, identificar suas forças e
fraquezas comparando com os competidores, analisar áreas chaves de
melhoria.
● Decidir: decidir qual estratégia ser implementada, como por exemplo:
terceirização ou produção própria com objetivo de manter ou conquistar
vantagem competitiva.
Aplicações da análise de cadeia de valor:
⎯ As fontes da vantagem competitiva de uma empresa podem ser vistas a
partir de suas atividades distintas e como elas interagem umas com as
outras.
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⎯ A cadeia de valor é uma ferramenta para examinar sistematicamente as
atividades de uma empresa e como elas interagem umas com as outras e
afetam os custos e o desempenho de cada uma.
⎯ Uma empresa ganha uma vantagem competitiva através da realização
destas atividades de melhor forma ou a um custo menor do que os
concorrentes.
⎯ Ajuda você a ficar fora da zona de não lucro.
⎯ Apresenta oportunidades de integração.
⎯ Alinha os gastos com processos de valor.
Cadeia de Valor: saiba como ela funciona e qual a sua importância(34)
Toda empresa que almeje ser bem-sucedida precisa se destacar em meio aos
concorrentes criando valor para os clientes.
Um dos pilares para definir o valor de uma empresa ou marca é a utilização do
modelo da Cadeia de Valor.
A Cadeia de Valor tem como característica o foco no público-alvo da
organização.
Seus resultados refletem diretamente na lucratividade e na vantagem
competitiva da empresa, e, portanto, no sucesso (ou não) de sua gestão.
O que é Cadeia de Valor?
Cadeia de Valor, em uma organização, é um processo que visa à criação de
valor para os consumidores.
Para isso, é estruturado um fluxograma de todas as atividades consideradas
fundamentais de um negócio.
Esse modelo ajuda a criar uma melhor organização e permite melhorar a
eficácia da empresa.
O modelo de cadeia de valor comporta dois tipos de atividades principais:
● Atividades primárias: operações, logísticas interna e externa, vendas,
marketing, pós-venda;
● Atividades de apoio: aquisição, infraestrutura criação de tecnologia,
gestão de RH. Tal modelo é de autoria de Michael Porter. Portanto, pode
ser chamado também de Cadeia de Valor de Porter.
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A importância da Cadeia de Valor
A importância da Cadeia de Valor está ligada ao fato de que permite atingir
uma vantagem competitiva sustentável.
Para isso, objetiva fornecer aos clientes o máximo valor pelo menor custo
total.
Assim, através do modelo de Porter, as organizações podem: Avaliar suas
operações e os elos entre elas; Estabelecer tanto lucros como custos.
Entretanto, custos, aqui, representam qualquer gasto para adquirir ou fabricar
produtos: mão de obra, matéria-prima, gastos com fabricação, depreciação de
maquinário depreciado, manutenção etc.
Determinar as fontes de valor
Lembrando que custo é diferente de despesa no contexto empresarial. Estas
representam gastos administrativos da organização, aqueles que mantêm em
funcionamento, sem influir de forma direta na produção de itens para venda.
Por que criar valor é importante?
A importância da Cadeia de Valor em uma empresa é, em resumo, criar valor
para o cliente.
Criar valor, por sua vez, representa agregar valores, de quaisquer tipos, que
favoreçam a situação econômica da empresa e sua competitividade no
mercado.
Desta forma, pode-se dizer que a margem de lucro de uma empresa
corresponde ao valor criado por ela.
Assim, a tendência é: empresa com mais valor, empresa com mais lucro.
Logo, quanto mais elevado o valor entregue ao cliente, mais expressiva a
vantagem competitiva.
Além disso, a Cadeia de Valor pode ser empregada em qualquer empresa.
Além de priorizar a geração de valor para o cliente, permite a avaliação da
lucratividade de todas as operações da organização.
Etapas da Cadeia de Valor
As etapas da Cadeia de Valor consistem em sistemas.
Eles identificam como entradas se tornam saídas, as quais são
comercializadas com os clientes. Portanto, as etapas da Cadeia de Valor
incluem:
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● Recebimento de matérias-primas;
● Negociações com fornecedores;
● Agregação de valor às matérias-primas, visando a produzir produtos; e
● Comercialização do produto final para os consumidores.
Vamos ver um exemplo de Cadeia de Valor em uma empresa. Na prática,
temos as seguintes ações:
● Averiguar as sub-atividades das atividades primárias, que são:
⎯ atividades diretas, ou seja, que geram valor por si sós, indiretas, e
que garantem qualidade;
● Averiguar as sub-atividades das atividades de apoio:
⎯ analisar as sub-atividades que podem gerar valor nas atividades
primárias;
● Verificar elos entre as atividades de valor, para elevar a vantagem
competitiva da cadeia;
● Avaliar como aumentar o valor:
⎯ observar elos e sub-atividades e pensar em como aumentar o
valor oferecido aos consumidores.
Com isso, um exemplo de Cadeia de Valor vai sempre envolver atividades
estratégicas de análise operacional, independentemente da modalidade do
negócio.
Carlos Wizard Martins ensina como ser um milionário(35)
Empreendedor falou durante o evento de empreendedorismo Ebulição, que
aconteceu em São Paulo.
O empresário Carlos Wizard Martins foi uma das principais atrações do
primeiro dia do Ebulição, evento criado pelo empreendedor Rafa Prado, que
aconteceu em São Paulo em novembro de 2019.
Para as centenas de empreendedores presentes, Wizard usou a própria
história de vida como exemplo de como se tornar um milionário.
O empreendedor fundou a famosa rede de franquias que leva seu nome, e foi
vendida ao grupo britânico Pearson em 2013 por R$ 1,7 bilhão.
81
De acordo com ele, para adentrar o rol de milionários, é preciso ter um plano,
estratégia e correção de rumo, para adequar os métodos as necessidades.
A quitação de dívidas deve ser a primeira prioridade de quem pretende ficar
rico.
Na visão do empreendedor, as pessoas ainda não aprenderam que parte do
que se ganha deve ser poupado, com o propósito de construir patrimônio
futuro.
“Só prospera de verdade se souber poupar um pouco a cada mês. Se nunca
poupar na pobreza, nunca deixará de ser pobre.”
Wizard diz que levou dez anos para aprender que guardar dinheiro deve ser a
primeira coisa a ser feita, um compromisso com o próprio futuro e patrimônio
almejado.
Tão ou mais importante do que o pagamento de contas.
“Quando você paga a si mesmo em primeiro lugar, o resto é o resto.”
Escolha de parceiros e time
O empreendedor contou que quando era professor de inglês, colocou como
meta receber R$ 10 mil de salário.
No entanto, ele percebeu que trabalhando sozinho jamais chegaria nisso. Era
preciso ganhar escala.
“Pergunte a si mesmo: o que precisa fazer para ganhar escala no negócio?
Se ele todo depende só de você, não vai muito longe.”
Para escolher o parceiro de negócios ideal, o empreendedor diz que é preciso
sempre equilibrar as necessidades e desejos um do outro, antes de fechar
qualquer parceria.
“Nunca entre em uma relação comercial em que o único a perder é você, pois
você vai perder”.
Para formar times de sucesso, ele endossa a cartilha do empreendedorismo:
treinamento constante, motivação, saber delegar, acompanhar processos e
comemorar resultados.
82
Para encerrar o painel, Wizard falou sobre o trabalho que tem feito para ajudar
as famílias venezuelanas que cruzaram a fronteira em Roraima para fugir da
crise.
Ele convidou cada um dos dois mil participantes do evento a adotar uma
família, ou gerar empregos.
Negócios
Antes do painel, Wizard conversou com Pequenas Empresas & Grandes
Negócios sobre a expansão das marcas Pizza Hut, Frango Assado e
KFC, pertencentes ao grupo International Meal Company (IMC) que teve a
fusão com a MultiQRS, de Wizard, anunciada recentemente.
Ele confirmou que as unidades dos restaurantes Viena, também do grupo, que
apresentam baixa performance deverão ser convertidas em KFC e Pizza Hut,
mas não sabe precisar ainda quantas devem passar pelo processo.
A rede Frango Assado deve receber atenção especial do empreendedor, por
apresentar oportunidade de expansão e um mercado ainda pouco explorado,
composto por estradas e rodovias.
"Nós entendemos que o mercado de fast food nesses locais apresenta muitas
oportunidades, e a Frango Assado oferece segurança, variedade, localização e
boa iluminação.
É tudo que o viajante procura em um restaurante de estrada."
Conheça a história da Multi QSR, uma gigante global do setor de
restaurantes(36)
83
Lincoln, 38 anos, preside a operação da KFC, Taco Bell e Pizza Hut, dialogando
com o irmão Charles e o pai Carlos Wizard Martins
Em janeiro de 2018, despontou no Brasil a grande holding Multi QSR, que já
nasceu operando simultaneamente a Taco Bell, KFC e Pizza Hut, da Yum!
Brands, uma gigante global do setor de restaurantes, sediada nos Estados
Unidos.
Hoje, as três marcas somam no país um total de 248 lojas. A meta é a de 298
lojas até dezembro, com investimento de R$ 150 milhões.
Para os próximos dez anos, portanto tendo-se 2028 como horizonte, o
objetivo é de 1,5 mil lojas. Não se revela, contudo, o montante envolvido no
programa decenal de expansão.
A Multi QSR é um dos ramos da árvore plantada há 31 anos (em 1987) por
Carlos Martins, quando ele fundou a escola de idiomas Wizard.
Esta escola acabou se tornando a base de um vasto conglomerado de
empresas voltadas ao ensino profissionalizante e de línguas, com 50 mil
funcionários e um milhão de alunos.
Paralelamente à área educacional, o empresário abriu e fez prosperar um
amplo leque de companhias: entre outras, a administradora de ativos da
família, a rede de varejo de alimentos saudáveis, as lojas de material
esportivo, a empresa comercial de óleos essenciais e cosméticos, a das
escolas de futebol.
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Em dezembro de 2013, Carlos Martins vendeu o conglomerado de escolas
profissionalizantes e de idiomas para a companhia britânica Pearson (dona da
editora Penguin e do jornal Financial Times) por R$ 2 bilhões de reais, à vista.
Manteve sob o seu domínio, as demais empresas integrantes do Grupo Sforza,
em um rol que se estende da administradora dos ativos da família às
escolinhas de futebol. Os ativos do Grupo Sforza (ver quadro nas páginas 31 a
33) somam mais de R$ 2 bilhões, sem contar a recém-fundada holding Multi
QSR.
Os irmãos gêmeos nos negócios de Carlos Wizard Martins, o mago das
franquias
À frente da gestão do Grupo Sforza estão Carlos Martins e seus filhos gêmeos
Lincoln e Charles, de 38 anos, ambos graduados na Brigham Young University,
sediada em Provo, no estado americano de Utah.
Formaram-se, respectivamente, nos seguintes cursos: Lincoln em Economia
(com MBA em gestão comercial e administrativa pela Fundação Getúlio
Vargas); e Charles em Ciências Políticas (com especialização em
Administração e Finanças Públicas, na Universidade de Harvard).
Há 12 anos, ambos ingressaram na linha do comando da corporação.
Juntos com o pai, traçaram e colocaram em ação um ousado plano
estratégico que resultou na compra de dez empresas de ensino
profissionalizante e de línguas, entre elas Yázigi e Microlins.
A Wizard passou a ser o núcleo de um carrossel de escolas, formando o
conjunto de empresas de ensino que em 2013 foi comprado pela companhia
britânica Pearson.
Três anos depois, começou a se desenhar a perspectiva de uma holding de
franquias, que se voltaria ao setor de alimentação fora do lar.
Em junho de 2013, o Grupo Sforza firmou acordo com a Yum! Brands para se
tornar assim a máster-franqueada, no Brasil, de uma das gigantes globais
entre as redes de restaurantes, inspirada na cozinha mexicana, a Taco Bell.
Em 15 meses, Carlos Martins e os filhos haviam inaugurado 20 lojas Taco Bell
no Estado de São Paulo.
Hoje, são 21 unidades. A capacidade de gestão, o espírito competitivo e a
agressividade nos negócios, segundo analistas de mercado ouvidos pela
Bares & Restaurantes, colocaram o Grupo Sforza na tela dos planos de
expansão global traçados pela direção americana da Yum! Brands.
No acordo firmado com a Yum! Brands, no qual se incluiu a obrigação de se
85
criar uma holding exclusiva à operação das três marcas, transferiu-se ao
Grupo Sforza a gestão de 14 lojas da KFC no Brasil, até então pertencentes à
multinacional americana.
Assim, toda a operação brasileira foi delegada à administração da Multi QSR,
como máster-franqueada.
Ao mesmo tempo, Lincoln Martins foi designado para presidir a holding, isto é,
tornando-se seu dirigente máximo – o que no linguajar corporativo é
identificado como ‘chief executive officer (CEO)’.
Em perfil publicado na edição de novembro de 2017 da revista Época
Negócios, Carlos Martins sintetizou as características gestoras dos filhos
gêmeos:
● “O Lincoln é forte em varejo, atendimento e expansão”.
● “Charles, por outro lado, é forte em estratégia, no financeiro e no
administrativo”.
O agora presidente da holding Multi QSR “é considerado por pessoas
próximas” – como foi descrito em reportagem de Cibele Bouças, no Valor
Econômico, edição de 9 de fevereiro de 2018 – “um sujeito racional e
detalhista com números”.
Uma vez por semana, os três se reúnem para discutir o andamento dos
negócios e definir diretrizes para as equipes.
O irmão Charles é membro do Conselho de Administração do grupo e
presidente da Mundo Verde. Responde também pelos negócios de esportes
da família – a ProSports, de escolas de futebol, e a BR Sports, de marcas
esportivas.
Disse Carlos Martins ao Valor: “Tive a felicidade de ter filhos que se
identificaram com a atividade. Eu tinha receio da concorrência entre os
irmãos, por serem gêmeos, mas vi, na verdade, uma grande
complementariedade entre eles. Cada um assume uma área, e confio
plenamente na execução”.
A ousadia das metas factíveis e o olhar na linha do horizonte, com os pés no
chão
Desde a origem do Grupo Sforza, prevalece dentro da corporação a prática de
que as metas de crescimento ou de vendas sejam realistas e suaves, de modo
a se tornarem alcançáveis e ultrapassáveis, criando-se, assim, a possibilidade
de um fator surpresa positivo.
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As metas ambiciosas e sobrestimadas são potencialmente causadoras de
frustrações e de arrefecimento no estado de ânimo.
É com esta visão que se enquadram as 50 novas lojas previstas para este ano,
no agregado das três marcas (Taco Bell, KFC e Pizza Hut).
E, também, é com o realismo dos pés no chão que se projeta o total de 1,5 mil
lojas projetado para 2028.
Prevê-se que a evolução do número atual de lojas, para cada marca, será a
seguinte: Taco Bell, de 21 para 33 unidades (todas em São Paulo); KFC, de 47
para 65 unidades; Pizza Hut, de 180 para 200 unidades.
Em entrevista à B&R, o presidente da Multi QSR antecipou: “Para crescer a
nível nacional, tem de se ter de 10% a 15% de unidades próprias, e uns 90% ou
85% de franquias, com empreendedores individuais locais, que são
conhecedores da cultura de cada região”.
Explicou que o crescimento se dará a partir das metrópoles, e, a seguir,
tomará o rumo das cidades do interior.
A expansão para o interior dar-se-á tendo como patamar as cidades que
tenham populações superiores a 100 mil habitantes e que geograficamente se
localizem, de preferência, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O CEO antecipa que um dos fatores a impulsionar o setor de restaurantes, no
Brasil, é o aumento da percentual da população que se alimenta fora de casa.
Hoje, os que fazem suas refeições cotidianas em restaurantes representam
20% da população, enquanto nos Estados Unidos a participação relativa é de
65%.
A tendência é a de que, no Brasil, o hábito diário de comer fora seja
compartilhado por 35% dos consumidores.
Resumo da trajetória de Carlos Wizard Martins, um dos maiores
empreendedores brasileiros(36)
Tudo veio do sonho de um menino de 12 anos, o primogênito entre os sete
irmãos, nascido em Curitiba no dia 19 de setembro de 1956.
A mãe, Hilda, costureira. O pai, Antônio Martins, exercia ao mesmo tempo os
ofícios de caminhoneiro e caixeiro viajante.
Eles contavam os trocados para se comprar qualquer coisa. Mas, o
adolescente queria porque queria aprender inglês e viajar aos Estados Unidos.
87
Em 1968, o garoto viu o letreiro de uma das escolas da rede Yázigi, na Praça
Osório, na área central da capital paranaense. Como pagar a mensalidade?
Aconteceu que, naquele mesmo ano, recebeu em sua casa a visita dois
rapazes americanos, missionários mórmons, isto é, da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, fundada em 1830 por Joseph Smith Jr., na
cidade americana de Salt Lake City, no Estado de Utah, que passou a ser a
sede mundial da congregação.
Os missionários foram a primeira ponte para que toda a família Martins se
convertesse do catolicismo ao mormismo.
Também passaram a dar aulas gratuitas de inglês a Carlos Martins. Após se
casar com a também paranaense Vânia Pimentel, em 1979, ele ingressou na
universidade da sua nova religião, a Brigham Young University (BYU), sediada
na cidade de Provo, a 70 quilômetros de Salt Lake City.
Permaneceu nos Estados Unidos até 1987, junto com a esposa e os dois
filhos gêmeos de três anos de idade, Charles e Lincoln, nascidos em Curitiba
no dia 20 de fevereiro de 1980.
Enquanto estudava, Carlos Martins lecionava português aos missionários, no
Missionary Training Center (MTC) da igreja, recebendo um salário que lhe
permitia pagar as mensalidades da BYU.
A MTC preparava jovens que partiam “em missões pelo mundo afora, nela se
ensinando nada menos de 70 línguas, do chinês ao português, do espanhol ao
búlgaro, russo, alemão, tudo”, como relata o escritor Ignácio de Loyola
Brandão no livro de sua autoria, intitulado “Carlos Wizard. Sonhos não têm
limites”, cuja primeira edição foi publicada pela Editora Gente em 2013.
Na universidade, concluiu o curso de Computação, Análise de Sistemas e
Tecnologia.
Depois da formatura, em 1986, quando estava com 30 anos de idade, estagiou
por um ano na Champion Internacional, fabricante de celulose, sediada em
Cincinatti, no estado de Ohio.
A companhia o contratou para trabalhar na filial brasileira, localizada em Mogi
Guaçu (SP). Enquanto trabalhava na Champion, junto com a esposa lecionava
inglês a colegas de serviços, em sua própria casa.
Em 29 de março de 1988, providenciou o registro do nome de sua escola, que
passou a se chamar Wizard of Conversation.
Ele havia se inspirado no nome da fábula infanto-juvenil, escrita por Lyman
88
Frank Baum, que serviu de base para o filme Wizard of Oz (O Mágico de Oz),
lançado em 1939.
A partir da primeira escola Wizard, aberta em Campinas (SP) no ano de 1988,
criou uma rede nacional de franqueados.
A Wizard acabou sendo o núcleo de um conglomerado de escolas de idiomas
e profissionalizantes, várias delas advindas da compra de marcas de terceiros,
já estabelecidas no mercado.
Em 22 de novembro de 2010, ele comprou 100% daquela rede de escolas, na
qual, aos 12 anos de idade, não tinha dinheiro para se matricular, a Yázigi.
A marca Wizard projetou-se com tal força que Carlos Martins incorporou-a ao
seu próprio nome. Passou a se apresentar como Carlos Wizard Martins.
Conta o escritor Ignácio de Loyola Brandão que, em 2013, ano da edição do
livro sobre o empresário, havia no grupo sete marcas, “pois algumas foram
consolidadas”.
O escritor fez este sintético balanço: “Três mil escolas, um milhão de alunos
em todos os estados brasileiros e em dez países, gerando cerca de 50 mil
empregos”.
Os gêmeos Charles e Lincoln estavam, em 2013, com 33 anos de idade.
Haviam se formado na universidade americana dos mórmons,
respectivamente em Ciências Políticas e Economia.
Ambos fizeram cursos complementares: Charles, em Administração e
Finanças Públicas, na Universidade de Harvard, e Lincoln, em Administração,
na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Marketing, na Ohio University.
Um dos ingredientes do sucesso da escola recém-criada por Carlos Martins
em sua casa, antes mesmo de registrar o nome Wizard, foi o método por ele
criado, por meio do qual se ensinavam 2,4 mil frases da linguagem cotidiana,
ministrando 100 frases em cada aula, completando-se assim o ciclo
fundamental de 24 aulas de uma hora.
Escreveu Loyola Brandão: “Esse pioneiro empreendedor acredita que a
metodologia de ensino por ele criada e praticada na Wizard teve berço na
Brigham University. Um método de grande impacto”.
Diz ainda o autor do livro: “Ele se realiza na profissão, em suas atividades, na
igreja e com a família”.
“É incansável no que faz, não vê a profissão como trabalho, mas como fonte
geradora de prazer e satisfação”.
89
“Pessoas mais sábias fazem uma distinção. Emprego é para o sustento, a
sobrevivência; empreendimento é o sonho”.
E, mais adiante, acrescenta: “Dorme tão bem em viagens internacionais como
se estivesse em sua cama”. E, em outro trecho, o escritor reproduz um
depoimento de Vânia Pimentel Martins sobre o marido:
“O oposto de mim. Somos muito diferentes. Daí o nosso equilíbrio. Ele corre e
eu digo: ‘Devagar, pare um pouco’.
Carlos costuma fazer sempre duas coisas ao mesmo tempo.
Tanto isso é verdade que mandou instalar na sala de exercícios de casa um
suporte na esteira e uma tela de tamanho maior na parede, assim ele
consegue se exercitar na esteira enquanto lê, atualiza e organiza seus e-mails.
Faz tudo com naturalidade. Se está se barbeando, faz alongamento das
pernas.
Ao esperar numa fila qualquer, revisa suas anotações no iPhone.
Costuma dizer que o dom da paciência consiste em fazer algo enquanto se
espera.
Nesse sentido, ele é um homem muito paciente. Se vamos à praia, enquanto
deito na esteira, fecho os olhos, esqueço o mundo e a vida, ele está com o
caderninho aberto com suas lições de chinês.
Quando viaja com motorista ou está no avião, abre o laptop, responde não sei
quantos e-mails, recebe outros.
Se o voo atrasa, ele não se preocupa, logo coloca o celular ou o notebook em
atividade.
Como não confia na memória, grava no telefone os compromissos.
Antigamente, carregava um minigravador como memorando de tarefas e
compromissos”.
Em 15 de maio de 2013, o empresário anunciou a venda do seu conglomerado
de franquias do ensino profissionalizante e de línguas para a companhia
britânica Pearson, por R$ 2 bilhões, à vista.
No balanço de sua trajetória, fez esta declaração ao escritor Loyola Brandão:
“Não tenho dúvida que meu projeto educacional nasceu sob a inspiração
divina. Possuo profundo sentimento de gratidão a Deus por essa preciosa
dádiva que Ele me confiou”.
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“Tenho consciência da responsabilidade profissional, social e moral que
repousa em mim, e saber que não estou sozinho nesse majestoso
empreendimento me transmite muita segurança, serenidade e confiança para
levar avante os sonhos que um dia eu criei”.
Cronologia da ascenção de um mágico das franquias | Fonte: Revista Bares &
Restaurantes(36)
19 de setembro de 1956 – Nasce Carlos Martins, em Curitiba, primogênito dos
sete filhos da costureira Hilda e do
motorista de caminhão e caixeiro-viajante
Antônio Martins.
1968 – Aos 12 anos começa a aprender inglês com dois jovens missionários
mórmons, isto é, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, que tem sede mundial na cidade norte-americana de Salt Lake
City, no estado de Utah.
1974 – Em 12 de dezembro, aos 17 anos de idade, viaja aos Estados Unidos.
Chega em Nova York com 100 dólares no bolso. Emprega-se em
restaurantes e em uma fábrica de pó de tinta em Nova Jersey.
Depois, segue para a cidade de Salt Lake City, em Utah, onde
também trabalhou em restaurantes e participou dos cultos da igreja
mórmon.
1975 – Candidata-se a missionário da igreja mórmon, sendo escolhido para ir
a Portugal, onde passa dois anos. Trabalhou um ano em Lisboa, seis
meses no Porto e em Vila Nova de Gaia, e mais seis meses em
Coimbra.
1977 – Retorna a Curitiba, matriculando-se no curso supletivo do Colégio
Camões, concluindo o segundo grau em 1978, aos 22 anos de idade.
1979 – Em 16 de março, casa-se com Vânia Pimentel, filha de Raul Taques
Pimentel e Irene de Campos. Trabalhava como auxiliar de escritório,
ganhando o salário mínimo, e ela como secretária, ganhando 2
salários mínimos.
1980 – Em 20 de fevereiro, nascem na Casa de Saúde São Vicente os filhos
gêmeos Charles e Lincoln.
1983 – Aos 27 anos de idade, Carlos ingressa na Brigham Young University,
em Provo, cidade a 70 quilômetros de Salt Lake City, para fazer o
curso de Computação, Análise de Sistemas e Tecnologia. A
instituição de ensino pertence à igreja mórmon. Com Vânia e os
recém-nascidos gêmeos, muda-se para Provo, lá permanecendo até
1987. Durante o dia, estudou, e à noite trabalhou com instrutor de
91
português aos jovens missionários, que atuariam em países da
língua portuguesa, no Missionary Trainning Center (MTC) da Igreja
Mórmon.
1986 – Após a formatura em Ciência da Computação e Estatística, aos 30
anos de idade, estagia por um ano em Cincinatti, Ohio, na Champion
International, empresa de celulose. Depois, é transferido para a filial
brasileira, em Mogi Guaçu (SP).
1987 – Começa a dar aulas de inglês em casa e funda a sua escola, à qual
provisoriamente deu o nome informal de Conversation Center. Em
maio, Carlos é comunicado que a fábrica brasileira da Champion
Internacional passaria por um processo de restruturação. Seu nome
estava incluído na lista de cortes. Dois meses antes, na noite de uma
sexta-feira, 20 de fevereiro, o presidente José Sarney havia
anunciado a moratória, com a suspensão unilateral do pagamento
dos juros da dívida externa brasileira por tempo indeterminado. A
inflação anual atingiria a taxa de 363,41%. Em 1988, subiu para
980,21%. E, em 1989, foi a 1.972,91%.
1987 – No dia 18 de janeiro, nasce a filha Thais Michele. Mais tarde, aos 30
anos de idade, ela integrou-se ao quadro diretivo da Aloha
Cosméticos, que faz parte do conglomerado de empresas da família.
Casada com Renan Fernandes, com quem tem quatro filhos.
1988 – O advogado Paulo de Roberto Toledo Correa, proprietário de
escritório de marcas e patentes, em Campinas, sugere a Carlos
Martins que não registre a escola como Conversation Center, porque
seria um nome genérico. É escolhido o nome Wizard, que tem como
referência o clássico cinematográfico O Mágico de Oz (The Wizard
of Oz). Três personagens de uma fábula buscam a melhoria de si
mesmos: o Leão quer ser menos medroso, o Homem de Lata quer
ter um coração, para que sinta amor e afeto, e o Espantalho, que se
considera um burro, quer ter um cérebro. É uma busca dos valores
interiores, que se resolve com a autoconfiança, obtida com o
incentivo que lhes dá o mágico da terra de Oz.
1989 – No dia 3 de abril, nasce a filha Priscila Roberta. Aos 28 anos de
idade, passa a integrar o quadro diretivo da Aloha Cosméticos, que
faz parte do conglomerado de empresas da família. Casada com o
advogado Rafael Bertani, com quem tem quatro filhas.
1997 – A rede Wizard chega à marca de 200 escolas.
1999 – Os gêmeos Charles e Lincoln tornam-se missionários da igreja
mórmon, respectivamente em Houston, no Texas, e em Maputo,
capital de Moçambique, onde permaneceram por dois anos.
92
2000 – Em julho, o casal Carlos e Vânia viaja a Barracão, no Sudoeste do
Paraná, divisa com a Argentina, lá adotando dois irmãos: Felipe, com
dois anos de idade, e Nicholas, recém-nascido.
2002 – Em 22 de fevereiro, Lincoln Martins casa-se com Bianca Orsi Martins,
com recepção aos convidados no Royal Palm Plaza. Posteriormente,
fariam a cerimônia religiosa no templo mórmon de Recife. Os pais
estavam presidindo uma missão da igreja no Nordeste, que
mobilizava mais de uma centena de jovens missionários nos estados
da Paraíba, Rio Grande do Norte e parte do Ceará. Neste mesmo ano,
Charles casa-se com Mila, irmã de Bianca, com a festa sendo
realizada em João Pessoa.
2006 – O presidente do grupo Sforza, Carlos Martins, junto com os filhos
Lincoln e Charles, dá a largada a uma sucessão de compras de
empresas da área de ensino profissionalizante e de idiomas, com a
aquisição da escola Yeski, de Campinas (SP). A holding abrigava um
espaço corporativo específico para as marcas de ensino
profissionalizante e de idioma, institucionalizado no Grupo Multi, que
acabou sendo o guarda-chuva corporativo das redes de ensino de
idiomas Wizard, Skill, Aps e Quantrum, além das escolas
profissionalizantes Microlins, SOS, Bit Company e People.
2010 – O grupo compra a rede de escolas de idiomas Yázigi, por R$ 100
milhões.
2013 – Em dezembro, o empresário Carlos Wizard Martins anunciou a venda
do Grupo Multi à companhia britânica Pearson, que é dona da editora
Penguin Books e do jornal Financial Times, por R$ 2 bilhões, à vista.
2016 – Em junho, o grupo Sforza, presidido por Carlos Martins, firma acordo
com a Taco Bell, a maior rede de restaurantes de comida mexicana
do mundo, tornando-se a máster-franqueadora da marca no Brasil.
2018 – Em janeiro, é criada uma nova empresa, que faz parte do grupo
Sforza. É a Multi QSR, que passa a ser a máster franqueada no Brasil,
três marcas da Yum! Brands, a maior empresa mundial de
restaurantes: Taco Bell, KFC e Pizza Hut.
O plano, a ser conduzido pelo presidente executivo da Multi QSR, Lincoln
Pimentel Martins, é o de abrir 1,5 mil lojas no Brasil, em 15 anos, isto é, até o
ano de 2033.
93
Quando uma pessoa consegue identificar um talento, uma habilidade, um dom
e transformar isso numa fonte de renda, não existe mais crise na vida dela.
Carlos “Wizard” Martins
B. Afonso Macagnani é mestre em administração de empresas pela PUC/SP,
executive coach pelo Erickson College / Canadá, especialista
em Recursos Humanos, economista, mediador e árbitro. Foi
executivo C-Level em empresas nacionais e multinacional por
mais de 20 anos.
REFERÊNCIAS
(01)
Idiomus. Quem é Carlos Wizard? Blog Idiomus. Artigo publicado em
julho.2019 e pesquisado em janeiro.2020 em
https://idiomus.com/blog/carlos-wizard-martins/
(02)
Martins, Carlos Wizard. Vendendo a Própria Crise. Brasília/DF: Wizard
Editora, 2002.
(03)
Martins, Carlos Wizard. Desperte o Milionário Que Há Em Você.
Curitiba/PR: Buzz Editora, 2009.
(04)
Martins, Carlos Wizard. O Desejo de Vencer – Uma fórmula simples
para... vencer. Barueri/SP: Editora Novo Século, 2010.
(05)
Martins, Carlos Wizard. Como Sonhar e Realizar Seus Sonhos.
Brasília/DF: Wizard Editora, 2010.
(06)
Martins, Carlos Wizard. 100 Pensamentos – Motivação, Liderança e
Sucesso. 2 volumes. Barueri/SP: Editora Novo Século, 2010.
(07)
Martins, Carlos Wizard. Meu Presente Mais Valioso. São Paulo/SP:
Editora Gente, 2012.
94
(08)
Martins, Carlos Wizard. Do Zero ao Milhão – como transformar seu
sonho em um negócio milionário. Curitiba/PR: Buzz Editora, 2017.
(09)
Martins, Carlos Wizard. Há um diamante em você. Curitiba/PR: Buzz
Editora, 2019.
(10)
Brandão, Ignácio de Loyola. Carlos Wizard: Sonhos não têm limites. São
Paulo/SP: Editora Gente, 2013.
(11)
Magaldi, Sandro. Palestrante, empreendedor, escritor, expert em gestão
estratégica de vendas, mentor do Instituto Endeavor e conselheiro do
projeto social Gerando Falcões e da Cia. De Talentos.
Coautor, com José Salibi Neto, do best-seller Gestão do Amanhã e de dois
outros livros O Novo Código da Cultura e O Que as Escolas de Negócios
Não Ensinam e autor do livro Vendas 3.0. Co-fundador e ex-CEO do
meuSucesso.com, ocupou posições de liderança em várias
companhias, incluindo a HSM. Em sua carreira acadêmica, atuou por
mais de 15 anos como professor de MBA na Escola de Propaganda e
Marketing (ESPM), na Fundação Instituto de Administração (FIA) e na
Fundação Dom Cabral (FDC). É pós-graduado pela ESPM e tem
mestrado acadêmico pala PUC-SP.
(12)
Farah, Ricardo. É diretor da R. Farah Consultores e presta coach,
consultoria e treinamento à empresas. Professor sênior da ESPM,
UFRJ, IBMEC, entre outras instituições. Vinte e nove anos de
experiência em consultoria e planejamento, desenvolvimento e
condução de treinamentos à empresas em Vendas, Negociação,
Liderança, Motivação de equipes e Desenvolvimento do Potencial
Humano. Vivência, como consultor, no planejamento e coordenação de
eventos nacionais e internacionais.
(13)
Cordeiro, Flávio. Foi um dos executivos fundadores do jornal Brasil
Econômico como diretor de mercado leitor, além de participar de
projetos de reestruturação de canais e lançamento de novos produtos
em âmbito nacional. Fundador da consultoria GD4 Estratégia & Gestão,
com foco no desenvolvimento de mentalidade e execução estratégica
de empresas.
(14)
Trigo, Fábio. Executivo com responsabilidade integral pelo P&L e
experiência abrangente, englobando as funções de Gerência Geral,
Vendas e Marketing, Logística, Supply Management, Manufatura e
Engenharia. Carreira desenvolvida em empresas de primeira linha nos
setores automobilístico, de equipamentos industriais e de consumo tais
como Johnson Controls, TI Automotive, Faurecia, Otis e Procter &
Gamble. Professor de disciplinas de Vendas e Marketing dos
programas de especialização e de MBA do Centro Paula Souza da FIA.
95
(15)
Dias, Emerson Weslei. É reconhecido pelo seu livro "O inédito Viável" e
professor especializado em gestão de pessoas, como também já atuou
no mercado financeiro e foi executivo de grandes empresas
multinacionais e reconhecidas mundialmente. Emerson participou
também do MBA Internacional em Gestão Estratégica de Pessoas pela
FGV e Empreendedorismo pelo Babson College nos Estados Unidos.
(16)
Ribeiro, Marisabel. É consultora sênior e gerente no Hay Group, com
dezoito anos de atuação em consultoria. Presta serviços de consultoria
para times de alta liderança em uma ampla variedade de soluções
organizacionais, tendo trabalhado com clientes como: Andrade
Gutierrez, BRF, Zilor, Volkswagen, MAN, Itaú-Unibanco, Nextel, SAP,
Banco Votorantim, Promon, Petrobras, Pfizer, Novartis, Hospital
Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein , Amil, Porto Seguro, Icatu, Avon,
dentre outros. Atuou como diretora de desenvolvimento de talentos
junto a Right Management e Mercer. Possui mestrado e doutorado em
Psicologia da Educação. É certificada em Coaching pelo ICF, e fez
várias outras formações relativas a sua prática, tais como: Andragogia,
Instrumentos de mapeamento e identificação de características
individuais (Birkman, Wave, JTI e Hogan), entre outros. Atua como
professora no curso MBA executivo – ESPM e FGV, sendo que nesta
última é professora do curso de preparação para CEOs.
(17)
Gomes, Francisco. Executivo de Empresa cuja experiência profissional
inclui 18 anos de atuação nas áreas de Desenvolvimento de Negócios,
Planejamento Estratégico e Marketing. Professor da Fundação
Armando Álvares Penteado (FAAP) e autor do livro Difusão de
Inovações, Estratégia e a Inovação. O Modelo D.E.I para Executivos.
Participou de projetos de Startups, sendo co-fundador/board member
da CardioCare, startup no segmento de Life Science, premiada no MIT
Building Global Innovators em 2012 - Honorable Mention.
(18)
Alvarenga, Darlan. Se eu tivesse me intimidado pela crise, não estaria
aqui. G1 Economia. Artigo publicado em maio.2017 e pesquisado em
janeiro 2020 em
https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/se-eu-tivesse-me-inti
midado-pela-crise-nao-estaria-aqui-diz-carlos-wizard.ghtml
(19)
Costa, Ligia. Empreendedorismo com propósito: você sabe o que é?
Blog TGIToday | Thank God It’s Today. Artigo publicado em
outubro.2019 e pesquisado em janeiro.2020 em
https://blog.tgitoday.com.br/empreendedorismo-com-proposito/
(20)
Mackey, John e Sisodia, Raj. Capitalismo Consciente. São Paulo/SP: HSM
Editora, 2013.
(21)
Tolle, Eckhart. O Poder do Agora. São Paulo/SP: Editora Sextante, 2000.
96
(22)
Baba, Sri. Propósito: A Coragem de Ser Quem Somos. Editora Sextante,
2016.
(23)
Cuddy, Amy. O Poder da Presença. São Paulo/SP: Editora Sextante, 2016
(24)
Tranjan, Roberto. O Velho e o Menino: A Instigante Descoberta do
Propósito. Curitiba/PR: Buzz Editora, 2017.
(25)
Castello, Daniel. Execução transforma estratégia em ação. Endeavor.
Artigo atualizado em julho.2018 e pesquisado em janeiro.2020 em
https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/execucao-a-disciplina-que-t
ransforma-estrategia-em-acao/
(26)
Solides. Empreendedorismo no Brasil: entenda o cenário atual. Blog
Solides. Artigo revisado em janeiro.2020 e pesquisado em 2020 em
https://blog.solides.com.br/empreendedorismo-no-brasil/
(27)
Amui, Adriano. Gestão por canais: como encarar este desafio? Blog
Involves. Artigo atualizado em movembro.2019 e pesquisado em
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(28)
Garofalo, Débora. Empreendedorismo e Educação: como eles se
relacionam? Blog Nova Escola. Artigo publicado em novembro.2018 e
pesquisado em janeiro.2020 em
https://novaescola.org.br/conteudo/13219/empreendedorismo-e-educacao-c
omo-eles-se-relacionam
(29)
Fernandes, Gide José. Gestão do Tempo: o que é, produtividade e
estratégias. Blog FIA. Fundação Instituto de Educação. Artigo publicado
em outubro.2018 e pesquisado em janeiro.2020 em
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(30)
Barbosa, Christian. Tríade do Tempo, Curitiba/PR: Buzz Editora, 2018.
(31)
Bird, Polly. Gestão do Tempo. Coimbra/Portugal: Actual Editora, 2016
(32)
Theml, Geronimo. Produtividade para quem quer tempo. São Paulo/SP:
Editora Gente, 2016.
(33)
Ferriss, Timothy. Trabalhe 4 horas por semana. São Paulo/SP: Editora
Planeta do Brasil, 2016.
(34)
Reis, Tiago. Cadeia de Valor: saiba como ela funciona e qual a sua
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(35)
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Empresas e Negócios. Artigo publicado em novembro.2019 e
pesquisado em janeiro 2020 em
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rlos-wizard-martins-ensina-como-ser-um-milionario.html
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Conexão Abrasel. Conheça a história da Multi QSR, uma gigante global
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Brasileira de Bares e Restaurantes. Artigo publicado em setembro.2019
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https://abrasel.com.br/noticias/noticias/conheca-a-historia-da-multi-qs
r-uma-gigante-global-do-setor-de-restaurantes/
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