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Acentuação

Regras da acentuação

1) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s), o(s) e em


ditongos abertos éi(s), éu(s) e ói(s).
1) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l,n,r,x,ã (s), ão (s), i (s), ei (s), um (uns), us
e ps.
2) Acentuam-se todas as proparoxítonas.
3) Acentuam-se as vogais i e u tônicas dos hiatos, nas palavras oxítonas e paroxítonas.

Acento diferencial

- O verbo pôr é acentuado para diferenciar-se da preposição por.

- A forma verbal pôde (pretérito perfeito) diferencia-se de pode (presente do indicativo) por
meio do acento circunflexo.

Cuidado!!!
Verbo 3ª pessoa do singular 3ª pessoa do plural
vir ele vem eles vêm
ter ele tem eles têm
deter ele detém eles detêm
manter ele mantém eles mantêm
Gramática –
reter ele retém eles retêm Ortografia
intervir ele intervém eles intervêm
crer ele crê eles creem  Emprega-se
ler ele lê eles leem a letra j nas
ver ele vê eles veem palavras de
dar ele dê eles deem origem
árabe, africana e indígena: pajé, jiboia, biju; nas palavras derivadas de outras
que já possuem j em seu radical: laranjeira (laranja), sujeira (sujo).
 Emprega-se a letra g nas terminações –ágio, -égio,-ígio, -ógio, -úgio: refúgio,
prestígio; e nas terminações –agem, -igem, -ugem: ferrugem, garagem.
Exceções: pajem lambujem.
 Emprega-se a letra x normalmente depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa
(exceções: caucho, recauchutar, recauchutagem); depois de me – inicial:
mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados), depois de em – inicial:
enxurrada, enxaqueca (exceção: encher, encharcar, enchumaçar e seus
derivados).
 Emprega-se há com referência a tempo passado e a com referência a tempo
futuro e a distância.
 Mal é o oposto de bem; mau é o oposto de bom.
 Mais: indica quantidade, é o contrário de menos.
 Mas: orem, todavia, contudo.
 A fim de: indica finalidade.
 Afim: semelhante ou parente por afinidade.
 Em vez de: em lugar de.
 Ao invés de: ao contrário de.
 Meio: quando advérbio: mais ou menos, um pouco; quando adjetivo: metade.
 Usa-se por que:
- nas interrogativas diretas e indiretas
- sempre que estiverem expressas ou subentendidas as palavras motivo e razão
- quando a expressão pode ser substituída por para que ou pelo qual, pela qual,
pelos quais e pelas quais
- e títulos
 Usa-se por quê:
- quando a expressão aparecer em final de frase ou sozinha
 Usa-se porque:
- quando a expressão equivaler a pois, uma vez que e para que
 Usa-se porquê:
- quando a expressão for substantivada, situação em que é sinônimo de motivo
e razão

Barroco
Contexto histórico

- Com o Renascimento, o homem se descobriu como senhor absoluto da terra, dos


mares, da ciência e da arte, substituindo a fé medieval pela razão.

- Com vários acontecimento religiosos, como a Contrarreforma, a euforia


antropocêntrica sofre abalos fortes, resgatando valores religiosos e espirituais
medievais que haviam sido abandonados.

Barroco: momento de dualismo e contradições

- Convivência de duas formas de ver o mundo: de um lado o paganismo e o


sensualismo do Renascimento, em declínio; de outro uma forte onda de religiosidade,
que lembrava o Teocentrismo medieval.

Principais características do barroco


- Cultismo: Rebuscamento formal, expressos em jogos de palavras, uso constante de
figuras de linguagens, principalmente a antítese, e vocabulário sofisticado, inversão
dos termos da oração.

- Conceptismo: Exploração do significado da linguagem, jogo de ideias, sutilezas de


raciocínios e de pensamento lógico.

Marcos cronológicos do Barroco em Portugal e no Brasil

- Brasil: Publicação do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira, em 1601, até


1768, com a publicação de Obras, de Cláudio Manuel da Costa.

- Portugal: 1580, ano de morte de Camões e data em que Portugal perde sua
independência política, até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana.

Barroco no Brasil

- O Brasil era o grande celeiro da cana-de-açúcar


- Escravização do negro e perseguição dos índios
- Poucos colonos portugueses sabiam ler e escrever, estavam interessados em
enriquecer rapidamente
- Foi surgindo na colônia um grupo de pessoas cuja formação intelectual acontecia em
Portugal: elite responsável pelo nascimento de uma literatura brasileira

Padre Antônio Vieira

- Representante do barroco português e brasileiro


- A maior parte de suas obras foi escrita no Brasil e está relacionada com suas
atividades religiosas e também políticas
- Maior prosador barroco
- Obras: Profecias, cartas e sermões sobre a vida eterna, dedicados aos negros

Gregório de Matos

- Nasceu na Bahia, mas estudou em Portuga


- Maior poeta do barroco brasileiro
- Temática satírica, lírico-religiosa, lírico-amorosa
- Apelido de “Boca do Inferno”

Arcadismo
Contexto histórico

- As transformações que ocorriam no plano político e social – fortalecimento político


da burguesia, o aparecimento dos filósofos iluministas, o combate à Contrarreforma,
entre outros – exigiam dos artistas uma arte que atendesse às necessidades de
expressão do ser humano naquele momento.
- Iluminismo (Razão).

Convencionalismo amoroso

O poeta não fala dos seus próprios sentimentos, ele sempre dá voz a um pastor, que
confessa seu amor a uma pastora e a convida para aproveitarem a vida em meio à
natureza.

 Carpe diem: aproveitar o tempo


 Fugere urbem (fuga da cidade): traduz uma vida simples e natural no campo
 Aurea mediocritas (vida medíocre materialmente, mas rica em realizações
espirituis): é a idealização de uma vida pobre e feliz no campo

Academias literárias

- Eram agremiações que tinham por objetivo promover um debate sobre criação
artística, avaliar criticamente a produção de seus filiados e facilitar a publicação de
suas obras.

- Academias portuguesas mais importantes: Arcádia Lusitana e Nova Arcádia.

Bocage

- Pseudônimo árcade: Elmano Sadino.


- Bajulador e conquistador de mil moças.
- No início: formas e temas próprios do arcadismo.
- No final: contraia os postulados árcades prenuncia o movimento literário posterior, o
Romantismo.

Arcadismo no Brasil

Contexto histórico: Inconfidência Mineira


- Os escritores árcades mineiros tiveram participação direta no movimento da
Inconfidência Mineira.

Cláudio Manuel da Costa


- Alguns traços demonstram haver em alguns poemas de Cláudio Manuel da Costa
resquícios do Barroco, apesar de ele ser o introdutor do Arcadismo no Brasil.
- O autor cultivou a poesia lírica e a épica.
- Na lírica, tem destaque o tema da desilusão amorosa. A situação mais comum
observada em seus sonetos é Glauceste (pseudônimo árcade) lamentar-se em razão de
não ser correspondido por sua musa inspiradora, Nise, ou então por se encontrar num
lugar de grande beleza natural sem a companhia da mulher amada.
- Na épica escreveu o poema Vila Rica que trata da penetração bandeirante, da
descoberta das minas, da fundação de Vila Rica e de revoltas locais.

Tomás Antônio Gonzaga

- A poesia apresenta algumas inovações que apontam para uma transição entre
Arcadismo e Romantismo.
- Poesia lírica: Marília (musa) de Dirceu (pseudônimo árcade).
- Poesia satírica: Cartas Chilenas que satirizavam os desmandos administrativos e
morais de Luís da Cunha Menezes, que governou a capitania de Minas.

Basílio da Gama

O Uruguai
- Tema: luta de portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas que não queriam
aceitar as decisões do Tratado de Madri.
- Escrito em apenas cinco cantos, com a utilização de versos brancos e sem estrofação,
além de tratar de um episódio recente o que o diferencia dos poemas épicos
tradicionais.
- O autor trata dos jesuítas como vilões e os índios como vítimas da ação jesuíta na
região, sendo que os portugueses e espanhóis saem vencedores da batalha.
- O poema não enfatiza a guerra em sim, mas sim a valorização do índio e da natureza
selvagem do Brasil, aspectos esses que podemos chamar de naturistas, prenunciando
o Romantismo.

Santa Rita Durão

- O poema Caramuru foi publicado em 1781 e narra as aventuras, em partes históricas,


em partes lendárias, do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. O
poema, em meio à narrativa épica, apresenta momentos líricos de significativa beleza,
nos quais, ao lado de aspectos próprios da cultura indígena, aparece o tema universal
da morte por amor.
- O poema segue rigidamente o modelo de Camões: apresenta dez cantos, estrofes em
oitavas-rimas, versos decassílabos e estrutura convencional.

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