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PROCESSOS DE PERSONALIDADE E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Liberais e conservadores contam com diferentes conjuntos de fundamentos morais

Jesse Graham, Jonathan Haidt e Brian A. Nosek

Universidade da Virgínia

Como e por que os julgamentos morais variam em todo o espectro político? Para testar a teoria dos fundamentos
morais (J. Haidt & J. Graham, 2007; J. Haidt & C. Joseph, 2004), os autores desenvolveram várias maneiras de medir
o uso das pessoas de 5 conjuntos de intuições morais: dano/cuidado, justiça/reciprocidade , Ingroup/lealdade,
Autoridade/respeito e Pureza/santidade. Em 4 estudos usando vários métodos, os liberais mostraram consistentemente
maior endosso e uso das fundações Harm/care e Fairness/reciprocity em comparação com as outras 3 fundações,
enquanto os conservadores endossaram e usaram as 5 fundações de forma mais igual. Essa diferença foi observada
em avaliações abstratas da relevância moral de preocupações relacionadas à fundação, como violência ou lealdade
(Estudo 1), julgamentos morais de declarações e cenários (Estudo 2), reações de “sacralidade” a trade-offs de tabu
(Estudo 3) , e uso de palavras relacionadas ao fundamento nos textos morais dos sermões religiosos (Estudo 4).
Essas descobertas ajudam a iluminar a natureza e a intratabilidade das divergências morais na “guerra cultural”
americana.

Palavras-chave: moralidade, ideologia, liberal, conservador

As campanhas políticas gastam grandes somas apelando aos interesses
próprios dos eleitores, mas o interesse próprio racional muitas vezes mostra
uma relação fraca e instável com o comportamento eleitoral (Kinder, 1998;
Miller, 1999; Sears & Funk, 1991). Os eleitores também são influenciados
por uma ampla variedade de forças sociais e emocionais (Marcus, 2002;
Westen, 2007). Algumas dessas forças são fatores triviais ou periféricos
cuja influência lamentamos, como a aparência de um candidato (Ballew &
Todorov, 2007). Nos últimos anos, uma atenção crescente tem sido dada
ao papel de outra classe de preocupações não auto-interessadas: a moralidade. dois fundamentos psicológicos – Dano/cuidado e Justiça/reciprocidade –
Diz-se que os eleitores que parecem votar contra seu interesse próprio
material às vezes estão votando por seus valores ou por sua visão de uma
boa sociedade (Lakoff, 2004; Westen, 2007). No entanto, a ideia do que
faz uma boa sociedade não é universalmente compartilhada.
A “guerra cultural” que há muito marca a política americana (Hunter, 1991)
é um choque de visões sobre questões morais fundamentais como a
autoridade dos pais, a santidade da vida e do casamento e a resposta
adequada às desigualdades sociais. Compromissos ideológicos
são compromissos morais; não são necessariamente estratégias de auto-
enriquecimento.
Neste artigo examinamos a teoria dos fundamentos morais, que foi
originalmente desenvolvida para descrever as diferenças morais entre as
culturas (Haidt & Joseph, 2004). Com base em trabalhos teóricos anteriores
(Haidt & Graham, 2007), aplicamos a teoria às diferenças morais em todo
o espectro político nos Estados Unidos. Propomos uma hipótese simples:
os liberais políticos constroem seus sistemas morais principalmente sobre
enquanto os conservadores políticos constroem sistemas morais mais
uniformemente sobre cinco fundamentos psicológicos – os mesmos que os
liberais, mais o Ingroup. /lealdade, Autoridade/respeito e Pureza/santidade.
Chamamos essa hipótese de hipótese dos fundamentos morais e
apresentamos quatro estudos que a sustentam usando quatro métodos
diferentes.
Liberais e conservadores

As visões políticas são multifacetadas, mas um único continuum liberal-

Jesse Graham, Jonathan Haidt e Brian A. Nosek, Departamento de
Psicologia, Universidade da Virgínia.
Agradecemos a Mark Berry por criar o programa suplementar de análise de
texto usado no Estudo 4 e agradecemos a Yoav Bar-Anan, Pete Ditto, Ravi Iyer,
Selin Kesebir, Sena Koleva, Allison Meade, Katarina Nguyen, Eric Oliver, Shige
Oishi, Colin Tucker Smith , e Tim Wilson pelos comentários úteis sobre rascunhos
anteriores. Esta pesquisa foi apoiada pelo Instituto de Ciências da Educação e
bolsas de Jacob Javits e uma bolsa do Instituto Nacional de Saúde Mental (R01
MH68447). Informações e análises suplementares podem ser encontradas em
www.moralfoundations.org.
A correspondência relativa a este artigo deve ser endereçada a Jesse Graham,
Departamento de Psicologia, Universidade da Virgínia, PO Box 400400,
Charlottesville, VA 22904. E-mail: jgraham@virginia.edu
conservador (ou esquerda-direita) é uma aproximação útil que tem validade
preditiva para o comportamento eleitoral e opiniões sobre uma ampla gama
de questões (Jost, 2006). Em termos de filosofia política, o elemento
essencial de todas as formas de liberalismo é a liberdade individual
(Gutmann, 2001). Os liberais historicamente adotaram uma visão otimista
da natureza humana e da perfectibilidade humana; eles sustentam o que
Sowell (2002) chama de “visão irrestrita” na qual as pessoas devem ser
deixadas tão livres quanto possível para seguir seus próprios cursos de
desenvolvimento pessoal. O conservadorismo, em contraste, é melhor
entendido como uma “ideologia posicional”, uma reação aos desafios à
autoridade e às instituições que são tantas vezes montados pelos liberais
(Muller, 1997). Tradicionalmente, os conservadores adotaram uma postura mais

Jornal de Personalidade e Psicologia Social, 2009, Vol. 96, nº 5, 1029 –1046

© 2009 American Psychological Association 0022-3514/09/$12,00 DOI: 10.1037/a0015141

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1030 GRAHAM, HAIDT E NOSEK
visão pessimista da natureza humana, acreditando que as pessoas são
inerentemente egoístas e imperfeitas. Eles, portanto, sustentam o que Sowell
chamou de “visão restrita” na qual as pessoas precisam das restrições da
autoridade, instituições e tradições para viver civilmente umas com as outras.
Em termos de suas personalidades, há muito se diz que liberais e conservadores
diferem de maneiras que correspondem às suas visões conflitantes.
Os liberais, em média, são mais abertos à experiência, mais inclinados a buscar
mudanças e novidades, tanto pessoal quanto politicamente (McCrae, 1996). Os
conservadores, em contraste, têm uma preferência mais forte por coisas que são
familiares, estáveis e previsíveis (Jost, Nosek, & Gosling, 2008; McCrae, 1996).
Os conservadores – pelo menos, o subconjunto propenso ao autoritarismo –
também mostram uma sensibilidade emocional mais forte às ameaças à ordem
social, o que os motiva a limitar as liberdades em defesa dessa ordem (Altemeyer,
1996; McCann, 2008; Stenner, 2005). Jost, Glaser, Sulloway e Kruglanski (2003)
concluíram a partir de uma meta-análise dessa literatura que os dois aspectos
centrais da ideologia conservadora são a resistência à mudança e a aceitação da
desigualdade.
Como essas representações variadas, mas complementares de diferenças
ideológicas e de personalidade podem ser traduzidas em previsões específicas
sobre diferenças morais? Primeiro, devemos examinar e revisar a definição do
domínio moral.
Expandindo o Domínio Moral
A visão consensual na psicologia moral tem sido que a moralidade é, antes de
tudo, proteger os indivíduos. A definição mais citada vem de Turiel (1983, p. 3),
que definiu o domínio moral como “julgamentos prescritivos de justiça, direitos e
bem-estar relativos a como as pessoas devem se relacionar umas com as outras”.
Turiel (2006) fundamentou explicitamente essa definição na tradição da teoria
política liberal de Kant, passando por John Stuart Mill e John Rawls.
Quase todas as pesquisas em psicologia moral, sejam realizadas por meio de
entrevistas, ressonância magnética funcional ou dilemas sobre remédios roubados
e carrinhos desgovernados, limitaram-se a questões de justiça, direitos e bem-estar.
Quando a moralidade é equiparada à proteção dos indivíduos, as preocupações
centrais dos conservadores – e das pessoas em muitas culturas não ocidentais –
ficam fora do domínio moral. Pesquisas na Índia, Brasil e Estados Unidos, por
exemplo, descobriram que as pessoas menos ocidentalizadas tratam muitas
questões relacionadas à alimentação, sexo, vestuário, oração e papéis de gênero
como questões morais (Shweder, Mahapatra, & Miller, 1987). ), mesmo quando
não envolvem danos a qualquer pessoa (Haidt, Koller, & Dias, 1993). Shweder,
Much, Mahapatra e Park (1997) propuseram que as elites ocidentais são incomuns
em limitar o domínio moral ao que chamaram de “ética da autonomia”. Eles
propuseram que a moralidade na maioria das culturas também envolve uma “ética
da comunidade” (incluindo bens morais como obediência, dever, interdependência
e a coesão de grupos e instituições) e uma “ética da divindade” (incluindo bens
morais como pureza, santidade e a supressão dos instintos mais básicos e carnais
da humanidade).
Haidt (2008) sugeriu recentemente uma abordagem alternativa para definir a
moralidade que não exclui preocupações conservadoras e não-ocidentais. Em
vez de especificar o conteúdo de um julgamento verdadeiramente moral, ele
especificou as funções dos sistemas morais: “Os sistemas morais são conjuntos
interligados de valores, práticas, instituições e mecanismos psicológicos evoluídos
que trabalham juntos para suprimir ou regular o egoísmo e tornar a vida social
possível. ” (pág. 70). Haidt descreveu dois tipos comuns de sistemas morais –
duas maneiras de suprimir o egoísmo – que correspondem aproximadamente às
duas visões de Sowell (2002). Algumas culturas tentam
suprimir o egoísmo protegendo os indivíduos diretamente (muitas vezes usando
o sistema legal) e ensinando os indivíduos a respeitar os direitos de outros
indivíduos. Essa abordagem individualizante concentra-se nos indivíduos como o
locus do valor moral. Outras culturas tentam suprimir o egoísmo fortalecendo
grupos e instituições e vinculando indivíduos a papéis e deveres a fim de restringir
sua natureza imperfeita.
Essa abordagem vinculante concentra-se no grupo como o locus do valor moral.
A distinção individualizante-vinculante não corresponde necessariamente a
uma distinção de esquerda versus direita para todos os grupos e em todas as
sociedades. A esquerda política às vezes tem sido associada ao socialismo e ao
comunismo, posições que privilegiam o bem-estar do grupo sobre os direitos do
indivíduo e que às vezes limitam severamente a liberdade individual. Por outro
lado, a direita política inclui libertários e conservadores “laissez-faire” que valorizam
a liberdade individual como essencial para o funcionamento do livre mercado
(Boaz, 1997).
Portanto, não pensamos em ideologia política – ou moralidade – como um
espectro estritamente unidimensional. De fato, consideramos uma força da teoria
dos fundamentos morais que permite que pessoas e ideologias sejam
caracterizadas em cinco dimensões. No entanto, esperamos que a distinção
individualizadora-vinculante possa explicar variações substanciais nas
preocupações morais da esquerda e direita políticas, especialmente nos Estados
Unidos, e que ilumine as divergências subjacentes a muitas questões de “guerra
cultural”.
Teoria dos fundamentos morais
Vários teóricos tentaram reduzir a panóplia de valores humanos a um conjunto
gerenciável de construções ou dimensões. Os dois pesquisadores de valores
mais proeminentes (Rokeach, 1973; Schwartz, 1992) mediram uma ampla
variedade de valores possíveis e os agregaram por meio de análise fatorial para
definir um conjunto menor de valores centrais.
Schwartz (1992) e Rokeach (1973) justificaram suas listas apontando para as
necessidades sociais e biológicas fundamentais dos seres humanos.
A teoria dos fundamentos morais (Haidt & Graham, 2007; Haidt & Joseph,
2004) também tenta reduzir a panóplia de valores, mas com uma estratégia
diferente: começamos não medindo valores morais e analisando-os fatoriais, mas
buscando as melhores ligações entre as explicações antropológicas e
evolucionárias da moralidade. Nossa ideia era que as intuições morais derivam
de mecanismos psicológicos inatos que co-evoluíram com as instituições e
práticas culturais (Richerson & Boyd, 2005). Esses mecanismos inatos, mas
modificáveis (Marcus, 2004) fornecem aos pais e outros agentes socializadores
os “fundamentos” morais a serem construídos enquanto ensinam às crianças suas
virtudes, vícios e práticas morais locais. (Preferimos o termo virtudes a valores
por causa de seu foco mais estreito na moralidade e porque sugere mais
fortemente aprendizado e construção cultural.)
Para encontrar as melhores bases candidatas, Haidt e Joseph (2004)
pesquisaram listas de virtudes de muitas culturas e épocas, juntamente com
taxonomias de moralidade da antropologia (Fiske, 1992; Shweder et al., 1997),
psicologia (Schwartz & Bilsky, 1990). ), e teorias evolucionistas sobre a
sociabilidade humana e primata (Brown, 1991; de Waal, 1996). Eles procuraram
correspondências - casos de virtudes ou outras preocupações morais encontradas
amplamente (embora não necessariamente universalmente) em todas as culturas
para as quais havia explicações evolutivas plausíveis e publicadas de mecanismos
psicológicos relacionados. Foram encontradas duas correspondências claras que
correspondiam à moral do main de Turiel (1983) e à ética da autonomia de
Shweder et al. (1997). O generalizado
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
a obsessão humana com justiça, reciprocidade e justiça se encaixa bem com os
escritos evolucionários sobre altruísmo recíproco (Trivers, 1971). E a preocupação
humana generalizada sobre cuidar, nutrir e proteger indivíduos vulneráveis de
danos se encaixa bem com os escritos sobre a evolução da empatia (de Waal,
2008) e o sistema de apego (Bowlby, 1969). Essas duas partidas foram rotuladas
como Fundamento de justiça/reciprocidade e fundamento de dano/cuidado,
respectivamente. Ressalta-se que esses dois fundamentos correspondem à
“ética da justiça” estudada por Kohlberg (1969) e à “ética do cuidado” que Gilligan
(1982) disse ser um contribuinte independente para o julgamento moral. Referimo-
nos a esses dois fundamentos como os fundamentos individualizantes porque
eles são (sugerimos) a fonte das intuições que tornam a tradição filosófica liberal,
com sua ênfase nos direitos e no bem-estar dos indivíduos, tão apreensível e tão
convincente para tantas pessoas. .
Haidt e Joseph (2004) constataram, no entanto, que a maioria das culturas
não limitava suas virtudes àquelas que protegem os indivíduos. Eles identificaram
três grupos adicionais de virtudes que correspondiam intimamente à descrição
de Sh weder et al. (1997) dos domínios morais que estão além da ética da
autonomia. Virtudes de lealdade, patriotismo e auto-sacrifício pelo grupo,
combinadas com uma extrema vigilância para com os traidores, coincidiram com
trabalhos recentes sobre a evolução da “psicologia de coalizão” (Kurzban, Tooby,
& Cosmides, 2001). Virtudes de subordinados (por exemplo, obediência e
respeito pela autoridade) combinadas com virtudes de autoridades (como
liderança e proteção) combinaram com os escritos sobre a evolução da hierarquia
em primatas (de Waal, 1982) e as maneiras pelas quais a hierarquia humana se
tornou mais dependente o consentimento dos subordinados (Boehm, 1999).
Esses dois grupos compreendem a maior parte da “ética da comunidade” de
Shweder et al. E, por último, virtudes de pureza e santidade que desempenham
um papel tão grande nas leis religiosas coincidiram com os escritos sobre a
evolução do nojo e da sensibilidade à contaminação (Rozin, Haidt, & McCauley,
2000). As práticas relacionadas à pureza e poluição devem ser entendidas como
servindo mais do que funções higiênicas.
Tais práticas também servem a funções sociais, incluindo delimitar as fronteiras
culturais do grupo (Soler, 1973/1979) e suprimir o egoísmo frequentemente
associado à natureza carnal da humanidade (por exemplo, luxúria, fome,
ganância material) cultivando uma mentalidade mais espiritual (ver Shweder et
al., 1997, descrição da “ética da divindade”). Referimo-nos a esses três
fundamentos (Ingroup/lealdade, Autoridade/respeito e Pureza/santidade) como
os fundamentos obrigatórios, porque eles são (sugerimos) a fonte das intuições
que fazem muitas moralidades conservadoras e religiosas, com ênfase em
grupos - lealdade, dever e autocontrole, tão apreensíveis e tão atraentes para
tantas pessoas.
Se os fundamentos são inatos, então por que as pessoas e as culturas
variam? Por que existem liberais e conservadores? Tomamos nossa compreensão
do inato de Marcus (2004), que afirmou que inato “não significa inacessível;
significa organizado antes da experiência”. Ele usa a metáfora de que os genes
criam o primeiro rascunho do cérebro, e a experiência depois o edita. Aplicamos
a metáfora de Marcus ao desenvolvimento moral assumindo que os seres
humanos têm os cinco fundamentos como parte de seu primeiro rascunho
evoluído, mas que, como para quase todos os traços, há variação hereditária
(Bouchard, 2004; Turkheimer, 2000). Muitos traços de personalidade relacionados
às fundações já demonstraram ser moderadamente hereditários, incluindo a
evitação de danos (Keller, Coventry, Heath e Martin, 2005) e o autoritarismo de
direita (McCourt, Bouchard, Lykken, Tellegen e Keyes, 1999). . Mas fundamentos
não são valores ou virtudes. São os sistemas psicológicos que dão às crianças
1031
sentimentos e intuições que tornam histórias, práticas e argumentos morais
locais mais ou menos atraentes durante o processo de edição.
Voltando à nossa definição de sistemas morais como “conjuntos interligados
de valores, práticas, instituições e mecanismos psicológicos evoluídos” que
funcionam para suprimir o egoísmo, deve ficar claro agora que os fundamentos
são os principais “mecanismos psicológicos evoluídos” que fazem parte do
“primeiro rascunho” da mente moral.
Em outro lugar, descrevemos com mais detalhes o papel da narrativa, construção
social e construção pessoal na criação de identidades morais e ideológicas
adultas (Haidt, Graham, & Joseph, no prelo; Haidt & Joseph, 2007).
Visão geral dos estudos
Em quatro estudos examinamos as moralidades dos liberais e
conservadores usando quatro métodos diferentes que variavam no grau em que
confiavam em crenças conscientemente acessíveis versus respostas mais
intuitivas. No Estudo 1, uma grande amostra internacional de entrevistados
avaliou a relevância moral das preocupações específicas da fundação. No Estudo
2, examinamos os julgamentos morais de liberais e conservadores em função da
identidade política explícita e implícita. No Estudo 3, obtivemos respostas
viscerais mais fortes, apresentando aos participantes trocas morais, perguntando-
lhes quanto dinheiro eles precisariam para realizar comportamentos que violam
os fundamentos. No Estudo 4, analisamos textos morais – sermões religiosos
proferidos em igrejas liberais e conservadoras – para ver se os falantes das
diferentes comunidades morais usavam espontaneamente palavras relacionadas
à fundação de maneiras diferentes. Em todos os quatro estudos, descobrimos
que os liberais mostraram evidências de uma moralidade baseada principalmente
nos fundamentos individualizantes (dano/cuidado e justiça/reciprocidade),
enquanto os conservadores mostraram uma distribuição mais uniforme de
valores, virtudes e preocupações, incluindo os dois fundações e as três fundações
vinculantes (Ingroup/lealdade, Autoridade/respeito e Pureza/santidade).
Estudo 1: Relevância Moral
Para nosso primeiro teste da hipótese dos fundamentos morais, usamos o
método mais direto possível: pedimos aos participantes que avaliassem a
relevância de várias preocupações para eles ao fazerem julgamentos morais. Tal
método descontextualizado pode ser apropriado para aferir valores morais, pois
os valores são considerados abstratos e generalizados entre contextos (Feldman,
2003; Schwartz, 1992). Mas dados os limites da introspecção (Nisbett & Wilson,
1977) e a qualidade intuitiva de muitos julgamentos morais (Haidt, 2001), tal
método não mede necessariamente como as pessoas realmente fazem
julgamentos morais. Como tal, os relatos de relevância moral são mais bem
entendidos como autoteorias sobre julgamento moral e provavelmente concordam
com o raciocínio explícito durante os argumentos morais. Previmos que os
liberais classificariam as preocupações relacionadas às fundações individualizantes
como sendo mais relevantes do que os conservadores, enquanto que os
conservadores endossariam as preocupações relacionadas às fundações
vinculantes como sendo mais relevantes do que os liberais.
Método
Participantes
Os participantes foram 1.613 adultos (47% do sexo feminino, 53% do sexo
masculino; idade média de 29) que se registraram no site do Project Implicit (https://
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1032 GRAHAM, HAIDT E NOSEK
implicit.harvard.edu/) e foram aleatoriamente designados para este estudo. Durante o
registro, a autoidentificação política foi relatada em uma escala de 7 pontos.
escala ancorada por fortemente liberais e fortemente conservadores, com
moderado no ponto médio. No geral, 902 participantes classificaram sua identidade
política como liberal, 366 como moderada e 264 como conservadora.
Oitenta e um participantes não responderam à questão. Gênero, idade,
a renda familiar e o nível de escolaridade também foram avaliados no registro.
Materiais
Os participantes leram primeiro “Quando você decide se algo é
certo ou errado, até que ponto as seguintes considerações
relevante para o seu pensamento?” Eles então classificaram 15 relevâncias morais
itens (ver Apêndice A) em escalas de 6 pontos ancorados pelos rótulos
nunca relevante e sempre relevante. Os itens foram escritos para serem
medidas válidas de preocupações relacionadas às cinco fundações,
com a condição de que nenhum item poderia ter uma relação óbvia com
política partidária. Por exemplo, um item de imparcialidade afirmava “Se ou
ninguém teve seus direitos negados”. Ao evitar a menção
de tópicos específicos de “guerra cultural”, como direitos de armas ou direitos dos gays,
minimizamos a extensão em que os participantes reconheceriam
os itens como relevantes para a ideologia política e, portanto,
conhecimento do que os liberais e conservadores acreditam para guiar
suas próprias classificações. Os alfas de Cronbach para as medidas de três itens de
cada fundação foram 0,62 (dano), 0,67 (justiça), 0,59
(Ingroup), 0,39 (Autoridade) e 0,70 (Pureza). (Para informações sobre
a estrutura fatorial dos fundamentos morais, ver o General
Discussão abaixo e consulte o suplemento disponível em
www.moralfoundations.org).
Um 16º item dizia “Se alguém acreditava ou não em astrologia”. Este item serviu
para verificar se os participantes pagaram
atenção, entendeu a escala e respondeu de forma significativa. Nós
esperava que altas classificações de relevância neste item refletissem
ou desempenho não interpretável no resto da escala.
Sessenta e cinco participantes (4,0%) foram excluídos por utilizarem
a metade superior da escala de relevância em resposta a este item.1
Procedimento
O grupo de estudos do Project Implicit atribui aleatoriamente participantes a
uma das dezenas de estudos cada vez que retornam ao local (ver Nosek,
2005, para mais informações sobre o Laboratório Virtual). Depois
atribuição aleatória para este estudo, os participantes completaram a relevância
itens em uma ordem randomizada para cada participante. Eles também completaram
um Teste de Associação Implícita (IAT) que não é relevante para este
relatório e não é mais discutido. A ordem do implícito e do explícito
tarefas foi randomizado e não teve efeito sobre os resultados.
Resultados
A Figura 1 mostra as pontuações da fundação (a média dos três
itens de relevância para cada fundação) em função da autoavaliação
identidade política. Como mostra a Figura 1, as inclinações negativas para Danos
e Justiça (os fundamentos individualizadores) significa que os conservadores
classificaram essas questões como menos relevantes para seus julgamentos morais
do que os liberais. Por outro lado, as inclinações positivas para Ingroup,
Autoridade e Pureza (os fundamentos obrigatórios) significam que os conservadores
classificaram essas questões como mais relevantes para seu julgamento moral.
mentos do que os liberais. (Esses padrões foram consistentes em
quase todos os itens individuais para este e os outros estudos.)
Testamos se os efeitos da identidade política persistiram após
parcializar a variação nas classificações de relevância moral para outras variáveis
demográficas. Criamos um modelo representando os cinco fundamentos como fatores
latentes medidos por três variáveis manifestas cada,
simultaneamente previsto pela identidade política e quatro covariáveis:
idade, sexo, escolaridade e renda. Este modelo é mostrado em
Figura 2; para maior clareza, mostramos as estimativas de regressão padronizada
apenas para política. Incluindo as covariáveis, identidade política
ainda previu todas as cinco fundações na direção prevista, todas
p.s. 0,001. A identidade política foi a variável explicativa chave:
foi o único preditor significativo consistente (média | 0,25; |
faixa de 0,16 a 0,34) para todas as cinco fundações.2
Para testar se esse padrão de fundamentos morais era exclusivo do
Estados Unidos, criamos uma versão multigrupo do modelo mostrado em
Figura 2. Tivemos participantes suficientes dos Estados Unidos (n 695) e do Reino
Unido (n 477) para criar grupos separados,
e colocamos participantes de outras nações (n 417) em um terceiro
grupo (os países mais representados neste terceiro grupo foram Argentina, n 61, e
Canadá, n 44). Primeiro, restringimos o indivíduo
carregamentos de itens sejam os mesmos nos três grupos, para testar se
pessoas em diferentes nações interpretaram os itens ou usaram a escala
diferente. Este modelo não foi significativamente diferente do modelo irrestrito, (20)
2
42,27, ÿa .01, ns, sugerindo que
as cargas fatoriais foram invariáveis em nossos três grupos de nações. Nós
em seguida, adicionou restrições de igualdade entre os grupos de nações à regressão
estimativas da identidade política prevendo cada uma das cinco fundações, para ver
se a política teve efeitos diferenciais entre as nações. este
modelo também não foi diferente do modelo totalmente irrestrito,
2
(30) 47,79, ÿa .02, ns, indicando que os efeitos da política
nas pontuações de relevância da fundação não foram diferentes entre as nações. este
sugere que as relações entre identidade política e fundamentos morais são consistentes
em nossos EUA, Reino Unido e “outras nações”
grupos. Em todos os três grupos, as fundações individualizantes foram endossadas
mais fortemente pelos liberais do que pelos conservadores, e a vinculação
as fundações foram endossadas mais fortemente pelos conservadores do que pelos
liberais. Além disso, em todos os três grupos de nações, os liberais eram mais propensos do que
conservadores a considerar preocupações individualizantes mais moralmente
relevantes do que preocupações vinculantes.
Como o modelo de variável latente não fornece informações sobre o
ordem de classificação dos diferentes conjuntos de fundações, nós os comparamos
usando um modelo linear geral de medidas repetidas, incluindo política como
uma covariável. Para a amostra como um todo, as classificações agregadas de
relevância moral para os fundamentos individualizantes foram maiores do que as
classificações agregadas para as fundações vinculantes, F(1, 1207) 1.895,09, p
.001, .61, e esse efeito foi moderado por
14h
2
política, F(1, 1207) 224,34, p .001, .16, de modo que quanto mais
p
1
Embora esse critério de corte tenha sido definido a priori, também testamos para ver se
esses participantes diferiram sistematicamente de outros participantes. Estes 65
participantes tiveram médias individuais significativamente mais altas e DPs mais baixos em todos os
cinco subescalas, sugerindo que eles eram mais propensos a dar
classificações consistentemente altas, talvez devido ao descuido. Eles não diferiram
do restante da amostra em termos de gênero, idade ou identidade política. o
a remoção de seus dados não alterou significativamente os resultados.
2
Média | |s do modelo mostrado na Figura 2 foram 0,05 para idade, 0,09
para gênero, 0,08 para renda e 0,06 para educação.
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
1
0
Fortemente Liberal Moderadamente Ligeiramente Liberal
Liberal
Identidade política autorrelatada
Figura 1. Relevância dos fundamentos morais na identidade política, Estudo 1.
os participantes liberais mostraram uma diferença maior entre os
fundamentos morais individualizantes e vinculantes.
Discussão
O Estudo 1 fornece suporte empírico inicial para a hipótese dos
fundamentos morais. Amostramos amplamente em todo o universo de
potenciais preocupações morais. Se tivéssemos limitado a amostragem a
questões relacionadas a Dano/cuidado e Justiça/reciprocidade (Turiel, 1983),
os liberais teriam parecido ter preocupações morais mais (ou mais intensas)
do que os conservadores (cf. Emler, Renwick, & Malone, 1983) . Ao perguntar
sobre questões relacionadas à união de grupos – ou seja, Endogrupo/
lealdade, Autoridade/respeito e Pureza/santidade – encontramos um padrão
mais complexo. O pensamento moral de liberais e conservadores pode não
ser uma questão de mais versus menos, mas de opiniões diferentes sobre
quais considerações são relevantes para o julgamento moral. Além disso, as
diferenças observadas foram principalmente uma função da identidade
política e não variaram substancialmente ou consistentemente por sexo,
idade, renda familiar ou nível de educação, sugerindo que esses efeitos
poderiam ser uma descrição geral de preocupações morais entre a esquerda
e a direita políticas.
1033
Prejuízo
Justiça
Em grupo
Autoridade
Pureza
Neutro Um pouco Moderadamente Fortemente
(moderado) Conservador Conservador Conservador
É importante ressaltar que as diferenças entre liberais e conservadores
não eram binárias nem absolutas. Os participantes de todo o espectro político
concordaram que as preocupações individualizadas são muito relevantes
para o julgamento moral. Mesmo nos fundamentos obrigatórios, os liberais
não indicaram (em média) que estes nunca foram relevantes para o
julgamento moral. Como é o caso da política em geral, a evidência mais
dramática para nossas hipóteses veio dos partidários dos extremos.
As classificações de relevância moral eram autoavaliações de quais
fatores são importantes para uma pessoa ao fazer julgamentos morais; não
eram julgamentos morais reais. Expandimos a investigação para julgamentos
morais no Estudo 2.
Estudo 2: Julgamentos Morais
No Estudo 2, mantivemos as avaliações abstratas de relevância moral do
Estudo 1 e adicionamos itens mais contextualizados e concretos que
poderiam desencadear mais fortemente os tipos de intuições morais que se
diz desempenhar um papel importante no julgamento moral (Haidt, 2001).
Geramos quatro alvos de julgamento para cada fundação: um ideal normativo
(por exemplo, “Nunca pode ser certo matar um ser humano” por Dano), uma
declaração sobre a política do governo (por exemplo, “O governo deveria
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1034 GRAHAM, HAIDT E NOSEK

Figura 2. Modelo de variável latente testando múltiplos preditores de avaliações de relevância de fundamentos morais,
Estudo 1. Os números à esquerda dos fundamentos indicam estimativas de regressão padronizada dos efeitos da
identidade política; números positivos indicam maior para conservadores, números negativos indicam maior para liberais.
2
Parâmetros estimados 90, (140) 2.016,85, ÿa 0,093 . As abreviaturas à direita representam os itens da escala
apresentada no Apêndice A. VIO violência; sofrimento SUF; HAR dano; DIF de forma diferente; UNF injusto; direitos
RIT; amigo FRN; Lealdade LOY; APOSTA trair; deveres do DUT; RES respeito; classificação RAN; DIS desgosto;
UNN não natural; Pureza PUR.

esforçar-se para melhorar o bem-estar das pessoas em nossa nação, mesmo que
às vezes isso aconteça às custas de pessoas em outras nações” para Ingroup),
um cenário hipotético (por exemplo, “Se eu fosse um soldado e discordasse das
ordens do meu comandante , eu obedeceria de qualquer maneira porque esse é
o meu dever” para Autoridade) e uma virtude positiva (por exemplo, “A castidade
ainda é uma virtude importante para os adolescentes de hoje, mesmo que muitos
não pensem que seja” para Pureza; veja o Apêndice B ). Essa abordagem exige
que os participantes façam julgamentos morais sobre casos que instanciam ou
violam os princípios abstratos que eles classificaram em resposta às nossas
perguntas de “relevância”.
Além de pedir aos participantes que relatassem sua identificação política em
uma escala liberal-conservadora de um único item, também demos aos
participantes um IAT (ver Nosek, Greenwald e Banaji, 2006, para uma revisão)
medindo a identidade política implícita (forças da associação entre liberal-
conservador e auto-outro) para testar se as identidades políticas automáticas são
preditivas de diferenças nas avaliações de relevância moral e julgamentos morais
acima e além das avaliações explícitas de sua identidade política.
Método
Participantes
Os participantes foram 2.212 voluntários (62% do sexo feminino, 38% do sexo
masculino; idade média de 32) do grupo de pesquisa do Project Implicit. A
atribuição do estudo automatizado excluiu visitantes que participaram do Estudo 1
e incluiu apenas cidadãos ou residentes do
Estados Unidos porque algumas medidas continham figuras políticas dos EUA.
Na amostra, 1.174 participantes eram liberais, 538 moderados e 500 conservadores.
Dados de 77 participantes foram excluídos por causa das altas classificações no
item astrologia; a remoção de seus dados não alterou significativamente nenhum
dos resultados.
Materiais
Itens de relevância moral. Os itens de relevância foram os mesmos usados no
Estudo 1, com um ou dois itens adicionais para cada uma das cinco fundações
(ver Anexo A). Os alfas de Cronbach para cada fundação foram 0,71 (dano), 0,70
(justiça), 0,71 (grupo interno), 0,64 (autoridade) e 0,76 (pureza). Havia três versões
diferentes dos itens de relevância – respondido como você mesmo (o mesmo que
no Estudo 1), como um liberal típico ou como um conservador típico.
Itens de julgamento moral. As declarações de julgamento moral foram
classificadas em uma escala de 6 pontos, de discordo totalmente a concordo totalmente.
Os alfas de Cronbach dos itens de julgamento para cada fundação foram 0,50
(dano), 0,39 (justiça), 0,24 (grupo interno), 0,64 (autoridade) e 0,74 (pureza).
Assim como nos itens de relevância, havia três versões dos itens de julgamento
moral — respondidos como a si mesmo, como um liberal típico ou como um
conservador típico. Para ambos os tipos de itens, apenas os resultados para as
versões próprias são relatados aqui.
Identidade política. A identidade política explícita foi medida durante o registro,
conforme descrito no Estudo 1. A identidade política implícita foi medida com o
IAT. O IAT avalia associações entre
Machine Translated by Google
OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
duas categorias conceituais (liberais e conservadores) e dois atributos identitários
(eu e outro). Estímulos eram imagens de conhecidos
Figuras políticas dos EUA e palavras correspondentes a “eu” ou “outro”.
O IAT foi pontuado com o algoritmo D recomendado por
Greenwald, Nosek e Banaji (2003).
Procedimento
Para manter o estudo curto, e porque tínhamos alto poder com
uma grande amostra, usamos um projeto incompleto planejado no qual
participantes foram aleatoriamente designados para receber quatro dos seis
medidas de autorrelato (versões próprias, liberais típicas e conservadoras típicas
da medida de relevância e julgamentos). Como tal,
os Ns para qualquer medida são, por design, aproximadamente 2/3
da amostra total. Os participantes completaram o IAT e os quatro
medidas de autorrelato em uma ordem randomizada para cada participante.
Resultados
Relevância moral
As classificações de relevância moral replicaram as descobertas do Estudo 1:
Conservadores auto-relatados endossaram as fundações individualizantes
menos e fundações vinculativas mais do que os liberais auto-relatados fizeram.
Criamos um modelo de variável latente (parâmetros estimados 114),
2
(320) 3.712,26, e .07, idêntica em estrutura ao modelo
mostrado na Figura 2, com identidade política autorreferida e quatro
covariáveis (idade, gênero, renda familiar e educação) que predizem cada um dos
cinco fundamentos. Com as covariáveis incluídas,
a identidade política explícita ainda previu avaliações de relevância moral na
direção prevista para Harm (-.27), Fairness
( –.36), Ingroup (.11), Autoridade (.39) e Pureza
(.38), todos ps.001.
Julgamentos Morais
Considerados por item e em conjunto, os fundamentos morais
hipótese foi apoiada para julgamentos morais diretos também:
Conservadores, em média, concordaram com fundação individualizante
julgamentos menos do que os liberais e com julgamentos de fundação vinculativos
mais. Os julgamentos morais médios para cada fundação são
plotado pela identidade política explícita na Figura 3. Criamos um
2
modelo variável (parâmetros estimados 105), (245) 2.414,62,
ÿa .06, com identidade política autodeclarada e os mesmos quatro
covariáveis predizendo cada um dos cinco fundamentos. Com os quatro
outros fatores demográficos incluídos, identidade política explícita ainda
juízos morais previstos na direção prevista para danos
–.32), Imparcialidade
(-0,43), Grupo Interno (0,62) e(.67),
Pureza
Autoridade
(0,57), todos ps
0,001.
(As classificações para fundações individualizadas foram mais altas do que as classificações
para os fundamentos obrigatórios para ambos os itens de relevância, F(1, 1205)
1.215,62, p .001, .50, e itens14h
de julgamento,
esse efeitoF(1, 1200) 635,58,
foi moderado por p .001, .35, e
14h
política para ambos os itens de relevância, F(1, 1205) 450,42, p .001,
14h
.27, e itens de julgamento, F(1, 1200) 649,40, p.001 ,
14h
.35, de tal forma que os participantes mais liberais mostraram a
maior diferenciação.
1035
Identidade Política Implícita
A identidade política implícita correlacionou-se fortemente com o autorrelato
identidade política (r .63, p .001). Da mesma forma, a relação
entre a identidade política implícita e os fundamentos morais –
tanto relevância quanto julgamentos - replicaram os padrões para
identidade política. Modelos de variáveis latentes contendo identidade política
implícita em vez de identidade política autorrelatada produziram o
mesmo padrão de resultados que os relatados acima. Isso confirma, ao
mínimo, que as diferenças na relevância moral e avaliações de julgamento moral
não dependem de como as pessoas interpretam o item único.
medida de identidade política.
Apesar de sua forte correlação positiva, implícitos e explícitos
identidade política pode cada um fornecer validade incremental de moral
relevância da fundação e classificações de julgamento. Implícito e explícito
identidades políticas foram inseridas como preditores simultâneos (junto
com idade, sexo, renda familiar e escolaridade) da fundação
pontuações em modelos de variáveis latentes para relevância moral e
julgamentos. Para classificações de relevância moral, identidade política explícita
permaneceu um preditor significativo para todas as fundações (| |s .26 a
.34, todos ps .001) exceto Ingroup (| | .05, ns) e implícito
identidade política mostrou alguma validade preditiva incremental
(acima e além da identidade política explícita) para a vinculação
fundações (| |s .10 a .15, todos ps .05), mas não para o
fundações individualizantes (| |s .05, ns).
Esperávamos que a identidade política implícita mostrasse
validade incremental além da identidade política explícita na previsão
julgamentos morais, como aplicações de intuições e razões morais
em vez de auto-teorias sobre julgamento moral. Tanto implícito quanto
identidade política explícita mostrou validade preditiva incremental
sobre o outro para todas as cinco fundações (| |s .16 a .52, todos ps .001). Isso
é particularmente impressionante, considerando que implícito e
as identidades políticas explícitas foram fortemente correlacionadas, deixando a
variância independente substancialmente reduzida para previsão nos modelos
simultâneos. A identidade política implícita foi um preditor simultâneo mais forte de
julgamentos do que de avaliações de relevância
para todas as cinco fundações.
Discussão
O estudo 2 replicou as diferenças políticas na relevância moral
classificações observadas no Estudo 1 e apoio estendido da moral
hipótese de fundamentos a juízos morais concretos. Os liberais eram
mais preocupados do que os conservadores sobre questões de danos e
Justiça, enquanto os conservadores estavam mais preocupados do que os liberais
sobre questões relacionadas a Ingroup, Autoridade e Pureza. Também para
tanto a relevância moral quanto os julgamentos morais, os efeitos foram observados
tanto nas identidades políticas explícitas quanto nas implícitas. Como
antes, encontramos um padrão de convergência em que os liberais fizeram uma
grande distinção entre os fundamentos individualizantes e vinculantes, enquanto
os conservadores – particularmente os conservadores fortes –
ponderou os dois tipos de preocupações mais ou menos igualmente (ver
Figura 3). Curiosamente, a identidade política implícita contribuiu
validade preditiva única além da validade política auto-relatada
identidade para a medida de julgamentos morais (todos os cinco fundamentos), mas
fez isso de forma mais fraca para a medida de relevância moral (e apenas para
as fundações obrigatórias). Isso sugere que os julgamentos morais são
influenciado por mais do que auto-teorias explícitas de relevância moral.
Perguntar a alguém sobre sua identidade política era amplamente suficiente para
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1036 GRAHAM, HAIDT E NOSEK

1
Prejuízo

Justiça
Em grupo
Autoridade
Pureza
0

Fortemente Moderadamente Ligeiramente Liberal Neutro Um pouco Moderadamente Fortemente

Liberal Liberal (Moderado) Conservador Conservador Conservador

Identidade política autorrelatada

Figura 3. Concordância com declarações morais em toda a identidade política, Estudo 2. A linha horizontal
em 2,5 indica divisão de concordância e discordância (2 indica pequena discordância e 3 indica leve
concordância).

prever o que eles disseram seria relevante para eles ao fazer julgamentos
morais, mas medir sua identidade política implícita acrescentou validade
preditiva única para os próprios julgamentos morais.
Estudo 3: Compensações Morais
No Estudo 3, adaptamos o trabalho de Tetlock sobre valores sagrados e
trocas de tabus (Tetlock, 2003; Tetlock, Kristel, Elson, Green e Lerner, 2000)
para tornar os julgamentos morais mais pessoais e viscerais do que nos
Estudos 1 e 2. Tetlock et al. (2000, p. 853) definiram valores sagrados como
“qualquer valor que uma comunidade moral explicitamente ou implicitamente
trata como possuindo significado infinito ou transcendental que impede
comparações, trocas, ou mesmo qualquer outra mistura com valores limitados
ou seculares”. Os participantes confrontados com escolhas que envolviam a
troca de um valor sagrado (como a vida humana) por um valor profano (como
o dinheiro economizado por um hospital) mostraram resistência à tarefa e
sentimentos de poluição depois, como se fosse impuro até mesmo contemplar
o troca.
Geramos cinco potenciais violações de tabus para cada fundamento
moral. Por exemplo, quanto dinheiro alguém teria que pagar para você: Chutar
um cachorro na cabeça (dano)? Renunciar à sua cidadania (Ingroup)?
Receber uma transfusão de sangue de um molestador de crianças (Pureza)?
Nós levantamos a hipótese de que, como a moralidade de todos depende
muito dos fundamentos individualizadores, nem liberais nem conservadores
ficariam felizes em “prostituir” seus valores aceitando dinheiro em troca de
violá-los. Previmos que os liberais seriam menos propensos a ver trade-offs
relacionados aos fundamentos obrigatórios como violações de valores
sagrados e, portanto, estariam mais dispostos a realizar essas ações por
alguma quantia em dinheiro.
Método
Participantes
Os participantes foram 8.193 adultos (40% do sexo feminino, 60% do sexo
masculino; idade média de 34) que se voluntariaram em www.yourmorals.org;
6.728 eram dos Estados Unidos, 513 eram da Europa, 281 eram do Canadá,
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
183 eram da América Latina e 488 eram de outras áreas.
Durante o cadastro no site, os participantes autodeclararam sua identidade
política. As opções de resposta foram o liberal de 7 pontos –
escala conservadora do Estudo 1 mais opções para libertários, outros,
e não sabe/ não é político. Na amostra 4.679 participantes
autoidentificados como liberais, 847 como moderados/neutros, 1.093 como
conservadores, 1.034 como libertários, 304 como “outros” e 233 escolheram
“não sei/não político.” Três participantes não responderam
pergunta. Concentramos nossas análises nos 6.619 participantes que
escolheu uma opção na escala liberal-conservadora de 7 pontos.
Materiais e Procedimento
Os participantes primeiro auto-selecionados para completar uma pesquisa de uma página
intitulada “Pesquisa de Sacralidade: O que você faria por um milhão de
Dólares?” de uma lista de 15 a 20 pesquisas. Em seguida, eles leram o seguinte:
Tente imaginar realmente fazendo as seguintes coisas e indique como
muito dinheiro que alguém teria que pagar a você (anonimamente e
secretamente) estar disposto a fazer cada coisa. Para cada ação, suponha que
nada de ruim aconteceria com você depois. Suponha também que você
não pode usar o dinheiro para compensar sua ação. Se você preferir
pense em euros ou qualquer outra moeda, por favor, faça. As quantidades exatas
não são muito importantes.
As opções de resposta dadas após cada ação eram $0 (eu faria isso por
grátis), $ 10, $ 100, $ 1.000, $ 10.000, $ 100.000, um milhão de dólares e
nunca por qualquer quantia de dinheiro. Abaixo dessas instruções, os participantes
encontraram uma lista de 26 ações (listadas no Apêndice C), apresentadas
em uma ordem randomizada para cada participante. Alfas de Cronbach para
cada fundação foram 0,69 (Dano), 0,69 (Justiça), 0,69 (Ingroup), 0,67
(Autoridade) e 0,58 (Pureza).
Resultados
Abaixo, relatamos análises na escala completa de 8 pontos como uma
índice de relutância em realizar as ações. Todos os achados também foram
usando um critério binário mais estrito de sacralidade como a recusa de fazer o
ação por qualquer quantia de dinheiro (vs. selecionar qualquer valor em dólar).
Pontuações básicas (a resposta média nos cinco itens para
cada fundação) são plotados em toda a identidade política na Figura 4.
Como esta figura mostra, as violações de justiça foram consideradas as mais
tabu em geral, com pessoas de todo o espectro político escolhendo
respostas cuja média foi mais próxima de 7 (um milhão de dólares).
Os liberais exigiam, em média, um pouco mais de dinheiro para violar a
Fundação de dano. No entanto, os conservadores exigiam substancialmente
montantes mais elevados para violar os três fundamentos obrigatórios.
Porque a medida de troca de tabu mediu a “sacralidade” de
cada fundação, estávamos preocupados que os efeitos políticos pudessem ter
impulsionado pela presença religiosa diferenciada de liberais e
conservadores. Criamos um modelo de variável latente (parâmetros estimados
2 seria o menos indignado e mais aberto a contratualizar
123), 0,09, simultaneamente pré
(404) 25.148,49, ÿa ditando
as cinco pontuações de sacralidade da fundação com política e quatro
covariáveis: idade, sexo, educação e frequência religiosa.3 Com
covariáveis incluídas, a identidade política ainda previa pontuações de sacralidade
na direção prevista para Ingroup (.42), Autoridade (.31),
e Pureza (.11), todos ps.001. No entanto, neste modelo de política
pontuações de sacralidade fracamente previstas para Dano (0,06) e Justiça
0,07) em direções opostas às previsões ( ps ( 0,001).
1037
previsto, os índices agregados de sacralidade moral para individualizar
fundações foram mais altas do que as classificações agregadas para vinculação
fundações, F(1, 6596) 3.689,66, p .001, .36, e este
14h
2
efeito foi moderado pela política, F(1, 6596) 236,28, p .001,
p
.18; os participantes mais liberais mostraram uma diferença maior
entre os fundamentos morais individualizantes e vinculantes para sua
grau geral de relutância em violar os fundamentos.
Porque tivemos uma grande amostra de libertários, que geralmente são
ignorados na pesquisa político-psicológica, comparamos suas
reações de sacralidade às de liberais e conservadores. De modo geral, os
libertários mostraram menos recusa em violar os fundamentos da
dinheiro do que liberais ou conservadores. Cada uma das cinco médias
nunca pontuações para libertários foi menor do que o correspondente
pontuação para conservadores (todos ts 9,5, ps 0,001, ds 0,43), e
cada um foi menor do que a pontuação correspondente para liberais (todos ts
3.0, ps .01, ds 0,09).
Discussão
Os resultados apoiaram a hipótese dos fundamentos morais: Liber als se
recusou a fazer trade-offs na maioria dos itens individualizantes
mas estavam mais dispostos a realizar ações que violavam os três
fundações vinculantes. Os conservadores, ao contrário, mostraram uma
distribuição uniforme de preocupações e relataram mais falta de vontade
do que os liberais aceitaram dinheiro para agir de maneiras que violam
Preocupações de grupo, autoridade e pureza.
Os resultados também desafiaram nossa descoberta anterior de que os liberais
se preocupam mais do que conservadores com questões de Dano e Justiça. Fazer
esses resultados mostram que fomos prematuros em concluir, a partir
Estudos 1 e 2, que os liberais se preocupam mais com danos e justiça
questões, em média, do que os conservadores? Nos não pensamos assim.
Em vez disso, achamos que há uma diferença política geral sobre a permissibilidade
de fazer concessões morais. Não é
coincidência que John Stuart Mill (1859/2003) seja o fundador de ambos
liberalismo e utilitarismo. Os liberais geralmente justificam as regras morais
em termos de suas consequências para os indivíduos; eles são bastante
acostumados a equilibrar interesses conflitantes e a ajustar
instituições sociais para maximizar sua utilidade social. conservadores,
em contraste, são mais propensos a respeitar as regras proferidas por Deus
(para conservadores religiosos) ou de gerações anteriores (ver Muller, 1997). Os
conservadores são mais frequentemente atraídos para o deontológico
sistemas morais em que não se deve quebrar as regras morais mesmo
quando as consequências seriam, em geral, positivas (Graham,
Nosek, Haidt, Hawkins e Iyer, 2008). Esta relutância deontológica em fazer trade-
offs não foi desencadeada pelos métodos utilizados na
Estudos 1 e 2, mas, suspeitamos, elevou os escores dos conservadores
em todos os fundamentos do presente estudo.
Outra descoberta nova do presente estudo foi que os libertários
teve as pontuações mais baixas de sacralidade em todas as cinco fundações. este
A descoberta apóia as previsões de Tetlock de que os libertários do livre mercado
violações morais (Tetlock et al., 2000; Tetlock, Peterson, & Lerner,
1996). As diferenças eram particularmente gritantes entre os libertários
e conservadores sobre os três fundamentos obrigatórios. Libertários
3
Renda familiar, incluída em todos os modelos de variáveis latentes para os Estudos 1
e 2, não estava disponível neste conjunto de dados. A presença religiosa não foi
disponível nos estudos 1 e 2.
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1038 GRAHAM, HAIDT E NOSEK

Prejuízo
2 Justiça
Em grupo
Autoridade
Pureza
1

Muito liberal liberal ligeiramente liberal Neutro conservador Muito

ligeiramente conservador Conservador

Identidade política autorrelatada

Figura 4. Valor médio necessário para violar compromissos tabus relacionados à fundação em toda a identidade
política, Estudo 3. A escala de resposta foi a seguinte: 1 $ 0 (eu faria isso de graça), 2 $ 10, 3 $ 100, 4 $ 1.000, 5 $
10.000, 6 $ 100.000, 7 milhões de dólares, 8 nunca por qualquer quantia em dinheiro.

podem apoiar o Partido Republicano por razões econômicas, mas em seu
perfil de fundamentos morais descobrimos que eles se assemelham mais
aos liberais do que aos conservadores.
Dos estudos 1 a 3, aumentamos constantemente o grau em que os
participantes tinham sentimentos instintivos - não apenas teorias de
autoconsciência - sobre os quais basear suas respostas. Mas todos esses
métodos dependiam de respostas a perguntas hipotéticas, livres do contexto
social e dos custos do mundo real. Para testar nossa hipótese em um cenário
ecologicamente mais válido, no Estudo 4 analisamos o comportamento em
ambientes públicos: sermões proferidos em igrejas liberais e conservadoras.
Estudo 4: Textos morais
As palavras fazem o trabalho da política. Como Lakoff (2004) mostrou,
liberais e conservadores usam palavras diferentes para criar “quadros”
abrangentes que fazem as políticas parecerem moralmente boas ou más.
Escrevendo do outro lado do espectro político, Luntz (2007) argumentou que
o sucesso do Partido Republicano na década de 1990 se deveu em grande
parte à sua capacidade de encontrar “palavras que funcionam”.
Buscamos discursos proferidos para plateias ao vivo que pudéssemos
analisar para testar a hipótese dos fundamentos morais. Examinamos
primeiro os discursos das convenções de candidatos republicanos e
democratas, mas descobrimos que esses discursos estavam tão cheios de
propostas políticas e de apelos morais ao centro político do país que extrair
conteúdo moral distinto era inviável usando a simples contagem de palavras.
procedimentos que descrevemos abaixo. Voltamo-nos para sermões
proferidos em linguagem liberal e
igrejas conservadoras. Os sermões normalmente contêm parábolas ou
instruções diretas sobre a maneira moralmente correta de viver (Spilka, Hood
e Gorsuch, 1985). Eles são entregues para e dentro da comunidade moral
da congregação, e geralmente são escritos pelo orador, não pelos escritores
do discurso. Os sermões, portanto, têm uma vantagem sobre os textos
abertamente políticos, pois são mais propensos a abordar as preocupações
morais de uma comunidade moral específica e coesa, em vez das
preocupações de uma política ampla e heterogênea. Identificamos
denominações cristãs conservadoras e liberais, obtivemos sermões transcritos
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
dessas denominações e, em seguida, analisou seu uso de palavras
relacionados a cada um dos cinco fundamentos morais.
A análise quantitativa de conteúdo de textos é considerada a mais
abordagem objetiva dos dados linguísticos (Silverman, 1993); envolve a criação de
categorias de palavras e a obtenção de
contagens de instâncias dessas categorias dentro de cada texto. Nisso
estudo, utilizamos o programa Linguistic Inquiry and Word Count
(LIWC; ver Pennebaker, Francis, & Booth, 2003). Uma desvantagem do LIWC é que
ele não identifica palavras individuais
frequências. Criamos um programa complementar (disponível em
www.moralfoundations.org) para identificar as palavras que foram
conduzindo as diferenças liberais-conservadoras. Então, independente
avaliadores lêem essas palavras no contexto e avaliam o grau em que
o orador estava endossando ou rejeitando o fundamento moral relevante.
Método
Encontramos vários esquemas de categorização para identificar liberais e
denominações cristãs conservadoras (Marnell, 1974; Shortridge,
1976; Spilka et ai., 1985; Woodberry & Smith, 1998). Unitário
Universalista foi consistentemente considerada como a igreja mais liberal, e
O Batista do Sul era considerado o mais conservador dos principais
denominações cristãs; essas duas denominações também
ser o mais politicamente ativo no púlpito (Guth, 1996). Usamos então
o mecanismo de busca Google para localizar bancos de dados de sermões de igrejas
unitárias e batistas do sul. Escolhemos apenas bancos de dados ou
sites de igrejas que continham sermões em forma de texto, em vez de
arquivos de áudio. Os sermões foram entregues entre 1994 e 2006, e um
maioria (80%) foram entregues entre 2003 e 2006. Um total de
69 sermões liberais (unitários) e 34 conservadores (batistas do sul)
sermões foram analisados.
Criamos um dicionário LIWC, começando com os conceitos centrais para cada um
dos cinco fundamentos: dano e cuidado, justiça e
reciprocidade, endogrupo e lealdade, autoridade e respeito e pureza
e santidade. O desenvolvimento do dicionário teve uma fase expansiva e
uma fase de contração, tudo ocorrendo antes da leitura dos sermões. Dentro
a fase expansiva Jesse Graham e cinco assistentes de pesquisa
gerou tantas associações, sinônimos e antônimos para o
basear as palavras básicas possível, usando dicionários de sinônimos e conversas com
colegas. Isso incluiu palavras completas e radicais de palavras
(por exemplo, nação abrange nacional, nacionalista, etc.). o
as listas resultantes incluíam palavras de apoio à fundação (por exemplo, bondade,
igualdade, patriota, obedecer, saudável), bem como palavras que violavam a fundação
(por exemplo, ferir, preconceito, traição, desrespeito, repugnante). Na fase contrativa,
Jesse Graham e Jonathan Haidt
palavras deletadas que pareciam muito distantes dos cinco fundamentos e também
palavras cujos significados primários não eram morais
(por exemplo, apenas mais frequentemente significa apenas do que justo). Consulte o Apêndice D para
o dicionário final de 295 palavras e radicais de palavras.
Depois de executar as análises básicas do LIWC com este dicionário,
testou quais palavras contribuíram mais para as diferenças do grupo e, em seguida,
leia-os no contexto para garantir que as palavras mais influentes foram
sendo usado em apoio ao fundamento moral. Por exemplo, “Não
deixe que alguma autoridade eclesiástica ou governamental interessada lhe diga
em que acreditar, mas leia a Bíblia com seus próprios olhos e abra sua
coração diretamente a Jesus” foi uma frase de um sermão unitário. Isto
contribuiu para a contagem de palavras brutas da Autoridade (incluindo a palavra
1039
autoridade), mas o contexto revela que o falante está de fato questionando ou rejeitando
o fundamento da Autoridade.
Com nosso programa suplementar, contamos frequências de palavras
para todas as palavras em nosso dicionário LIWC e calculou o liberal–
diferença conservadora no uso percentual de cada palavra. Nós selecionamos
as 23 palavras e raízes de palavras4 que renderam mais de 0,02%
diferença. Para cada um dos 3.281 usos dessas palavras, copiamos
o contexto circundante de 2-3 frases em uma planilha e
então embaralhou suas fileiras.
Quatro avaliadores pontuaram cada passagem, cegos às suas origens, atribuindo-lhe
uma pontuação de 1 se a passagem apoiou ou foi consistente com os valores
ou preocupações da fundação relevante, uma pontuação de 1 se a passagem
parecia negar ou rejeitar a fundação em questão, ou uma pontuação de 0
se o uso contextual não for claro ou irrelevante para a fundação.
Cada passagem foi avaliada por dois ou três avaliadores, e os avaliadores alcançaram
uma confiabilidade de 0,79. As classificações de vários avaliadores foram calculadas em média para
crie uma pontuação de “uso contextualmente validado” para cada palavra. Esses
pontuações de uso são indicadores mais válidos do que as contagens brutas de como
palestrantes valorizam cada um dos cinco fundamentos.
Resultados
As porcentagens brutas de palavras relacionadas a cada fundação são
dado na Tabela 1. Como mostra a primeira linha, 0,44% de todos os 177.629
palavras em nosso corpus de sermões liberais estavam entre as 51 palavras em
a categoria Dano do nosso dicionário LIWC, enquanto apenas 0,26%
todas as 136.706 palavras em nosso corpus de sermões conservadores caíram
esta categoria. Essas porcentagens brutas mostram os efeitos previstos para
quatro dos cinco fundamentos: os liberais usaram Harm and Fairness
palavras com mais frequência do que os conservadores, enquanto os conservadores
usaram as palavras Autoridade e Pureza com mais frequência do que os conservadores.
liberais. A única violação de nossa previsão ocorreu para palavras em
a categoria Ingroup, que foi mais utilizada por liberais
do que os falantes conservadores.
Como a Tabela 2 mostra, no entanto, as classificações validadas contextualmente
apóiam a hipótese dos fundamentos morais para todos os cinco fundamentos.
Lendo as palavras que impulsionam a diferença no contexto, descobrimos que
oradores liberais expressaram preocupações mais de acordo com Harm and
Justiça do que falantes conservadores e falantes conservadores
expressou preocupações mais alinhadas com Ingroup, Authority e
Pureza do que os oradores liberais.
Notavelmente, o tamanho do efeito na fundação Ingroup inverte o sinal
e está de acordo com a nossa previsão. Essa inversão ocorreu porque o
as palavras comunidade , grupo, indivíduo e nação
, foram mais usadas
freqüentemente em sermões liberais, mas a análise dessas palavras em
contexto revelou que os liberais eram muito mais propensos do que os conservadores
a usar essas palavras para rejeitar a
preocupações de lealdade e solidariedade de grupo. Classificações de uso para
usos liberais do grupo foram próximos de zero, e as classificações de uso para
individual foram negativos, indicando muitos usos rejeitando endogrupo
valores ou afirmar valores opostos como independência e autonomia individual. Das 23
palavras classificadas no contexto, 22 mostraram
diferenças liberais-conservadoras na direção prevista, e 18
dessas diferenças foram significativas ( p.05 ).
4
violento e guerra (para Dano); justiça e justifi (para equidade); comunidade , grupo,
individual , e nação (para Ingroup); autoridade , comando,
pai, lei, líder , mãe, obedecer , obedecer, rebelar (para , submeter , e tradição
Autoridade); santo, pecado, resto , e pecados (por Pureza).
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1040 GRAHAM, HAIDT E NOSEK

tabela 1 julgamentos, relutância em violar os fundamentos do dinheiro,

Porcentagens brutas de palavras relacionadas à Fundação em palavras liberais e e uso de palavras em sermões religiosos. Em todos os quatro estudos, os liberais
Sermões conservadores, estudo 4 A moralidade estava principalmente preocupada com o dano e a justiça, enquanto
preocupações morais conservadoras foram distribuídas de forma mais uniforme
Percentagem todas as cinco fundações. Essas descobertas ajudam a explicar por que liberais e
Efeito
Liberal Conservador Tamanho
conservadores discordam em tantas questões morais e muitas vezes acham
Fundação sermões sermões t (d) difícil entender como uma pessoa ética poderia manter as crenças de
o outro lado: liberais e conservadores fundamentam seus valores morais,
Prejuízo 0,44 0,26 2,71 0,56
julgamentos e argumentos sobre diferentes configurações dos cinco
Justiça 0,22 0,10 3,04 0,65
fundações.
Em grupo 0,52 0,22 6,65 1,27
0,46 0,98 3,42 0,81 A psicologia de Dano/cuidado e Justiça/reciprocidade tem sido
Autoridade
Pureza 0,25 0,64 4,40 0,99 estudado por psicólogos morais por décadas em trabalhos sobre moral
raciocínio (Gilligan, 1982; Kohlberg, 1969; Turiel, 1983), empatia
Observação. As porcentagens representam o número de vezes que qualquer palavra do dicionário (Hoffman, 1982) e teoria da equidade (Walster, Berscheid e Wal ster, 1976).
para aquela base foi usada, dividido pelo número total de palavras em
Pesquisa relacionada aos três fundamentos obrigatórios,
todo o corpus liberal ou conservador, então multiplicado por 100. Um resultado negativo
tamanho do efeito indica que o efeito foi oposto à previsão. no entanto, examinou-os principalmente como fontes de imoralidade. o
página 0,01. página 0,001. psicologia dos endogrupos tem sido intimamente relacionada com a psicologia
do racismo (Allport, 1954; Brewer, 2007); a psicologia da autoridade tem sido
Discussão estudada como a psicologia do fascismo e da cegueira
obediência (Altemeyer, 1996; Milgram, 1974); e a psicologia
Se as palavras fazem o trabalho da política, então liberais e conservadores
de pureza e desgosto tem sido relacionado com a psicologia do estigma
líderes religiosos estão usando palavras diferentes para fazer um trabalho diferente.
(Crocker & Major, 1989). As fundações vinculantes podem certamente
Unitaristas, conhecidos por seu liberalismo político, falam mais sobre
motivar comportamento horrível, mas um tema comum na moralidade recente
questões de Dano e Justiça do que os pregadores batistas. Batistas, em
a pesquisa é que os mecanismos morais e psicológicos são muitas vezes espadas
Em contraste, falam mais sobre Autoridade e Pureza do que os Unitaristas.
de dois gumes (de Waal, 1996). A reciprocidade, por exemplo,
A única descoberta que parecia contradizer nossos fundamentos morais
justiça e rixas de sangue (Frijda, 1994). A religião traz à tona
hipótese - frequência de palavras do Ingroup - acabou, em
o melhor e o pior nas pessoas (Wilson, 2002). Uma moral completa
inspeção, para ser consistente com os resultados dos Estudos 1–3.
A psicologia deve incluir em seu escopo os principais tópicos,
Unitaristas eram mais propensos a usar palavras relacionadas ao endogrupo, mas
virtudes e fenômenos que liberais ou conservadores acreditam
quando os batistas usaram essas palavras, eles as usaram de maneiras mais
consistente com os valores da fundação. Os unitaristas eram fazem parte de sua moral.

na verdade, é mais provável que use algumas palavras de base obrigatória

(autoridade
, individual e, submissão
rebelde , ) de maneira contrária ao Integração com outras teorias
preocupações fundamentais, como elogiar a rebelião ou a individualidade,
Os cinco fundamentos morais fornecem uma taxonomia para as bases
do que em formas de apoio às fundações.
de julgamentos morais, intuições e preocupações. As taxonomias são
Nossa leitura das palavras relevantes no contexto também revelou que
os blocos de construção da teoria, organizando metáforas que fornecem um veículo
sermões liberais eram mais abertamente políticos, gastando muito
para as teorias exercerem poder explicativo sobre
tempo falando sobre a direção negativa do presidente George W. Bush
comportamento humano. Muitas outras taxonomias podem ser oferecidas para
estava tomando a nação. Por exemplo, a maioria dos 78 casos em que
organizar o mesmo conteúdo, e nenhum melhor pode ser escolhido
Unitaristas disseram que “guerra” se referia à atual guerra no Iraque, enquanto o
sem especificar a finalidade para a qual será utilizado. Se
18 usos batistas de “guerra” nunca se referiram à guerra do Iraque, em vez disso
nosso objetivo é descrever o discurso moral entre as culturas, então
tendendo a descrever uma guerra teológica entre o céu e o inferno.
Complementando as análises LIWC com análises de frequência palavra por
palavra e lendo as palavras mais centrais no contexto, nós
mesa 2
foram capazes de entender melhor os padrões de uso de palavras e melhorar
Classificações de validade contextual de palavras relacionadas à fundação em
a validade do dicionário de fundamentos morais. Este dicionário irá
Sermões Liberais e Conservadores, Estudo 4
ser útil para análises posteriores das palavras usadas por diferentes
comunidades e culturas morais em uma variedade de mídias textuais (por exemplo, Classificação de validade
histórias, discursos, cartas, e-mails). Mais importante ainda, o Estudo 4 replicou os Efeito
Liberal Conservador Tamanho
padrões de fundamentos morais usando textos morais existentes entregues dentro
Fundação sermões sermões t (d)
das comunidades morais de Unitaristas Universalistas e

Batistas do Sul. No geral, os resultados do texto dão suporte à moral Prejuízo .54 .36 8,14 1,82
hipótese de fundamentos e sugerem que essas diferenças morais existem Justiça .94 .33 14,40 1,77

no mundo real e não são artefatos do questionário baseado Em grupo .26 .44 2,96 0,41

métodos que usamos nos Estudos 1–3. Autoridade .22 .78 17,00 1,08
Pureza .54 .74 5,62 0,53

Discussão geral Observação. Usos são classificações médias de usos de 23 palavras no contexto, onde
1 indica suporte de valores de fundação, -1 indica rejeição de valores de fundação e 0 indica
Quatro estudos encontraram suporte para nossa hipótese de fundamentos morais pouco claro ou irrelevante para valores de fundação.
usando quatro métodos diferentes: avaliações de relevância moral, página 0,01. página 0,001.
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA
As três éticas de Shweder et al. (1997) funcionam bem e são totalmente compatíveis
com os cinco fundamentos: a “ética da autonomia” é gerada pelos fundamentos
Harm and Fairness; a “ética da comunidade” baseia-se nas fundações Ingroup e
Authority; e a “ética da divindade” é construída sobre o fundamento da Pureza. Se o
objetivo é descrever padrões de relacionamentos sociais, então os quatro modelos
de Fiske (1992) funcionam bem, e dois deles (correspondência de igualdade e
classificação de autoridade) são correspondências diretas com dois dos cinco
fundamentos (Justiça e Autoridade). Se o objetivo de alguém é classificar todos os
valores e observar seus relacionamentos, então a lista de 10 tipos de valor de
Schwartz (1992) funciona bem, e um quadrante de seu gráfico multidimensional de
valores inclui os principais valores relacionados aos fundamentos Harm and Fairness
(por exemplo, , justiça social, proteger o meio ambiente), enquanto um quadrante
adjacente é um bom catálogo dos valores relacionados ao Ingroup, Autoridade e
Pureza (por exemplo, segurança nacional, obediente, limpo).
Nós nos baseamos em todas essas três teorias para criar a teoria dos fundamentos
morais, que propomos como a melhor taxonomia para pesquisa sobre julgamento
moral, particularmente para psicólogos interessados em intuição moral (Haidt, 2001;
Sunstein, 2005) ou que desejam explorar questões morais além do dano e da justiça
(Haidt & Graham, 2007). A teoria também é útil para organizar e explicar diferenças
políticas no endosso das pessoas a longas listas de vários valores (Feather, 1979).
Não acreditamos que a teoria dos fundamentos morais ofereça uma taxonomia
exaustiva; certamente existem muitos outros sistemas psicológicos que contribuem
para o julgamento moral. O modelo relacional de “preço de mercado” de Fiske, ou
os tipos de valor de realização e hedonismo de Schwartz, por exemplo, podem
apontar para mecanismos psicológicos adicionais que sustentam alguns sistemas
morais (como o libertarianismo de Ayn Rand, 1957). No entanto, como primeiro
passo para identificar as fontes mais importantes de intuição moral entre culturas,
acreditamos que os cinco fundamentos que identificamos são o melhor ponto de
partida e oferecem o melhor equilíbrio entre poder explicativo e parcimônia.
Estrutura Fatorial dos Fundamentos Morais
Não é nossa intenção neste artigo desenvolver ou validar uma escala relacionada
aos fundamentos morais (para tal trabalho ver Graham, Haidt, et al., 2008). No
entanto, como estamos apresentando e testando uma nova teoria da moralidade
que afirma uma estrutura fatorial específica, usamos os itens de medição e grandes
tamanhos de amostra dos Estudos 1–3 para criar modelos de equações estruturais
de diferentes análises fatoriais confirmatórias.
Esses modelos são fornecidos como suplemento em www.moralfoundations.org. O
suplemento mostra que os modelos com cinco fatores correlacionados (Harm,
Fairness, Ingroup, Authority e Purity) foram uma melhoria significativa (pesando
tanto ajuste quanto parcimônia) em relação a três outros modelos: (a) um modelo de
Moralidade de fator único, (b ) um modelo de dois fatores que distingue os fatores
individualizantes (dano-justiça) e vinculantes (ingroup-autoridade-pureza), e (c) um
modelo de três fatores que corresponde às três éticas da autonomia de Shweder et
al. (1997) (1997). Dano–Justiça), comunidade (Ingroup–Autoridade) e divindade (Pu
ridade). As comparações de modelos foram calculadas usando o programa FITMOD
(Browne, 1991; ver também Browne & Cudeck, 1993). Todos os conjuntos de dados
apoiaram a previsão de que um modelo de cinco fatores seria uma melhoria em
relação aos outros modelos. Isso ficou evidente para os itens de relevância,
julgamento e troca de tabus. Tomamos isso como preliminar
1041
evidência para uma estrutura de cinco fatores de preocupações morais e como
suporte para a teoria que orienta os Estudos 1-4.
Limitações e direções futuras
A pesquisa sobre atitudes políticas se beneficia de uma amostragem diversificada
em vez do foco “típico” em amostras de graduação (Sears, 1986). Os estudos 1, 2 e
3 se basearam em grandes amostras heterogêneas em idade, educação, renda e
ocupação nos Estados Unidos e além, e o estudo 4 examinou sermões escritos por
ministros em igrejas unitárias e batistas do sul. No entanto, essas amostras não são
representativas das populações nacionais e internacionais das quais são extraídas
(Nosek et al., 2007). Os estudos 1 a 3 foram sujeitos a autosseleção, pois os
participantes optaram por visitar os sites em primeiro lugar, e o estudo 3 teve um
viés de seleção adicional, pois os participantes optaram por participar dessa pesquisa
específica. Supondo que as influências de seleção sejam semelhantes dentro da
amostra, podemos interpretar com confiança as comparações internas, mas não
podemos inferir que as inclinações e médias específicas servirão como estimativas
de parâmetros precisas da população dos EUA ou do mundo.
Tais inferências requerem amostragem representativa. Um relatório inicial de um
conjunto de dados nacionalmente representativo (Smith & Vaisey, 2008) nos Estados
Unidos sugere que os padrões de fundamentos morais relatados aqui replicados
tanto para os itens de relevância moral (Estudos 1 e 2) quanto para os itens de
julgamentos morais (Estudo 2). ).
Nossas conclusões sobre moralidades liberais e conservadoras dependem não
apenas das amostras que estudamos, mas também dos itens específicos que
escolhemos para medição. A consistência em quatro medidas (relevância,
julgamentos, compensações tabu e análise de texto) fornece alguma confiança para
a robustez dessas conclusões. No entanto, é necessário mais trabalho de validação
para garantir que todos os itens discriminem e avaliem as fundações conforme
pretendido. Uma investigação mais ampla desses e outros fundamentos potenciais
também é necessária para garantir que as diferenças liberais e conservadoras sejam
caracterizadas corretamente. Pode muito bem haver tipos de justiça com os quais
os conservadores se preocupam mais do que os liberais, ou tipos de pureza com os
quais os liberais se preocupam mais do que os conservadores. Investigações futuras
expandirão a gama de medidas e observações comportamentais usadas para avaliar
os fundamentos morais e sua estrutura fatorial.
Três de nossos quatro estudos basearam-se em avaliações auto-relatadas, e o
quarto estudo baseou-se em sermões que se baseiam nas reflexões conscientes do
orador. Embora medimos a identidade política de forma implícita e explícita, não
investigamos se as diferenças nos fundamentos morais existem tanto implicitamente
quanto explicitamente. O modelo social-intuicionista de Haidt (2001), juntamente
com estudos recentes sobre questões morais (Greene, Morelli, Lowenberg, Nystrom,
& Cohen, 2008; Inbar, Pizarro, Knobe & Bloom, no prelo), indicam que o julgamento
moral depende fortemente de processos automáticos. Estudos usando métodos de
medição implícitos serão essenciais para entender as maneiras pelas quais liberais
e conservadores fazem julgamentos morais.
Uma direção futura adicional é ir além do espectro político unidimensional que
empregamos nos Estudos 1-4. A análise dos libertários no Estudo 3 mostrou que
os padrões de endosso de fundamentos morais podem ser mais complexos do que
o contínuo liberal-conservador pode descrever adequadamente . Existem muitos
tipos de liberais, muitos tipos de conservadores e muitas pessoas que se recusam a
se colocar nesse espectro. Como avaliar as pessoas em termos de suas pontuações
em todas as cinco fundações pode
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1042 GRAHAM, HAIDT E NOSEK
oferecem insights sobre por que as pessoas abraçam ou rejeitam rótulos e
alianças políticas das formas complexas que eles fazem. (Veja Haidt et al.,
no prelo, para tal aplicação da teoria dos fundamentos morais.)
Da mesma forma, embora tenhamos encontrado efeitos consistentes nos
EUA, no Reino Unido e em um grupo indiferenciado de “outras nações” no
Estudo 1, é provável que a ligação entre política e fundamentos morais varie
até certo ponto entre os contextos culturais. Identificar os fatores sociais,
econômicos, ecológicos e históricos que criam tais variações enriquecerá
nossa compreensão de moralidade, política e as conexões entre eles.
Finalmente, o trabalho experimental é necessário para entender melhor a
natureza causal das relações que encontramos. As pessoas primeiro se
identificam com a esquerda ou direita política e depois assumem as
preocupações morais necessárias, ou as preocupações morais vêm em
primeiro lugar, ou há influência recíproca ou mesmo uma terceira variável
não identificada na raiz de ambas?
Conclusão
As sociedades ocidentais estão se tornando mais diversificadas e, com a
diversidade, surgem ideais diferentes sobre a melhor forma de regular o
egoísmo e sobre como devemos viver juntos. Os participantes em debates
políticos são motivados em parte por convicções morais. A teoria dos
fundamentos morais oferece uma maneira útil de conceituar e medir tais
convicções. À medida que a pesquisa em psicologia política prospera (Jost,
2006), esperamos que ela esclareça o papel que a moralidade desempenha
no pensamento e no comportamento político.
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Walster, E., Berscheid, E., & Walster, WG (1976). Novos rumos em
Apêndice A
Itens de Relevância Moral, Estudos 1 e 2
Prejuízo:
Se alguém foi ou não prejudicado
Se alguém sofreu ou não emocionalmente
Se alguém usou ou não violência
Se alguém cuidou ou não de alguém fraco ou vulnerável
Imparcialidade:
Se algumas pessoas foram ou não tratadas de forma diferente de outras
Se alguém foi ou não negado seus direitos
Se alguém agiu injustamente ou não
Se alguém acabou lucrando mais do que outros
Em grupo:
Se alguém fez ou não algo para trair seu grupo
Se a ação foi ou não feita por um amigo ou parente seu
Se alguém mostrou ou não falta de lealdade
Se a ação afetou ou não seu grupo
Se alguém coloca ou não os interesses do grupo acima dos seus próprios
Apêndice B
Itens de Julgamento Moral, Estudo 2
Prejuízo:
Se eu visse uma mãe batendo em seu filho, eu ficaria indignado.
Nunca pode ser certo matar um ser humano.
A compaixão por aqueles que estão sofrendo é a virtude mais crucial.
O governo deve, em primeiro lugar, proteger todas as pessoas de danos.
Imparcialidade:
Se um amigo quisesse me cortar em uma longa fila, eu me sentiria desconfortável
porque não seria justo com aqueles que estão atrás de mim.
Na luta contra o terrorismo, os direitos de algumas pessoas terão que ser
violados [pontuação reversa].
Justiça, equidade e igualdade são os requisitos mais importantes para uma
sociedade.
Quando o governo faz leis, o princípio número um deve ser garantir que todos
sejam tratados de forma justa.
Ingroup:
Se eu soubesse que meu irmão cometeu um assassinato, e a polícia estava
procurando por ele, eu o entregaria [pontuação reversa].
Quando se trata de amizades íntimas e relacionamentos românticos, não há
problema em as pessoas procurarem apenas membros de seu próprio grupo
étnico ou religioso.
pesquisa de patrimônio. Em L. Berkowitz (Ed.), Avanços na psicologia social
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Autoridade:
Se as pessoas envolvidas eram ou não do mesmo nível ou status
Se alguém deixou ou não de cumprir os deveres de sua função
Se alguém mostrou ou não falta de respeito pela autoridade legítima
Se uma autoridade falhou ou não em proteger seus subordinados
Se alguém respeitou ou não as tradições da sociedade
Pureza:
Se alguém fez ou não algo nojento
Se alguém violou ou não os padrões de pureza e decência
Se alguém fez ou não algo antinatural ou degradante
Se alguém agiu ou não de maneira virtuosa ou edificante
Se alguém foi ou não capaz de controlar seus desejos
Um asterisco indica que um item foi incluído apenas no Estudo 2
A lealdade ao grupo é mais importante do que as preocupações individuais.
O governo deve se esforçar para melhorar o bem-estar das pessoas em nossa
nação, mesmo que às vezes isso aconteça às custas das pessoas de outras
nações.
Autoridade:
Homens e mulheres têm papéis diferentes a desempenhar na sociedade.
Se eu fosse um soldado e discordasse das ordens do meu comandante,
obedeceria mesmo assim, porque esse é o meu dever.
O respeito pela autoridade é algo que todas as crianças precisam aprender.
Quando o governo faz leis, essas leis devem sempre respeitar as tradições e
heranças do país.
Pureza:
As pessoas não devem fazer coisas que sejam revoltantes para os outros, mesmo que
ninguém seja prejudicado.
Eu chamaria alguns atos de errados por serem antinaturais ou repugnantes.
A castidade ainda é uma virtude importante para os adolescentes de hoje, mesmo que
muitos não pensem que seja.
O governo deve tentar ajudar as pessoas a viverem virtuosamente e evitar o
pecado.
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OS FUNDAMENTOS MORAIS DA POLÍTICA 1045

apêndice C

Itens de Troca Tabu, Estudo 3

Prejuízo: Interrompa todas as comunicações com seu imediato e estendido

Chute um cachorro na cabeça, com força família por 1 ano
Atire e mate um animal que é membro de uma Renuncie à sua cidadania e torne-se cidadão de outra
espécies país
Fazer comentários cruéis a uma pessoa com excesso de peso sobre sua Deixe o grupo social, clube ou time que você mais valoriza
aparência Autoridade:
Pise em um formigueiro, matando milhares de formigas Amaldiçoe seus pais, na cara deles (você pode se desculpar e explicar 1
Coloque um alfinete na palma da mão de uma criança que você não conhece ano depois)
Imparcialidade: Amaldiçoe os fundadores ou os primeiros heróis de seu país (em particular,

Trapaça em um jogo de cartas jogado por dinheiro com algumas pessoas que você
não sei bem
Roubar de uma pessoa pobre e usar o dinheiro para comprar um presente para um rico
pessoa
Diga não ao pedido de um amigo para ajudá-lo a se mudar para um novo
apartamento, depois que ele o ajudou a se mudar no mês anterior
Jogue fora uma urna de cédulas, durante uma eleição, para ajudar seu favorito
vitória do candidato
Assine um compromisso secreto, mas obrigatório, de contratar apenas pessoas de sua raça
na sua empresa
Em grupo:
Aposte publicamente contra seu time favorito (para que muitos
as pessoas sabem)
Queime a bandeira do seu país, em particular (ninguém mais vê você)
Diga algo ruim sobre sua nação (que você não acredita
ser verdade) ao ligar, anonimamente, para um programa de rádio em um
nação estrangeira
ninguém te ouve)
Faça um gesto desrespeitoso com a mão para seu chefe, professor ou
professor
Jogue um tomate podre em um líder político que você não gosta (lembre-se,
você não vai ser pego)
Dê um tapa na cara do seu pai (com a permissão dele) como parte de um
esquete de comédia
Pureza:
Assine um pedaço de papel que diz “Vendo minha alma, depois de minha
morte, para quem tiver este pedaço de papel”
Cozinhe e coma seu cachorro, depois que ele morrer de causas naturais
Faça uma cirurgia plástica que adicione uma cauda de 2 polegadas no final do seu
coluna
Obter uma transfusão de sangue de 1 litro de sangue compatível e livre de doenças
de um molestador de crianças condenado
Assista a uma peça de arte performática na qual todos os participantes (incluindo
você) tem que agir como animais por 30 minutos, incluindo rastejar
por aí nua e urinando no palco

Apêndice D

Dicionário de Fundamentos Morais, Estudo 4

Prejuízo: desigual, preconceituoso , desonesto, sem escrúpulos, dissociar,

seguro , paz , compaixão , empatia , simpatia , cuidado, carinho, pro , escudo, preferência, favoritismo, segregar , exclusão, excluído
proteger
abrigo, amizade, proteger , beneficiar , defen , ,guardar
prejudicar sofrer , ,guerra,
preservar ,
guerras, Em grupo:
guerra , guerrear
pôr, lutar , ferir violento
em perigo , abuso ,cruel
matar, matar,
, damag , matar,
prejudicar
arruinarmatar
, destruir, ,matar
, devastar , ,
pisar, , juntos, nação , pátria , família, famílias, familiar, grupo, leal ,
abandonar , desprezar, prejudicar, explorar, explorar, , brutal , patriota , comunal, comuna cadre, , ações , communis , camarada ,
, crush , ataque , anos coletivo , companheiro
unir ,,membro,
guilda, solidariedade,
cliqu , coorte,de
aliado,
, conjunto,
insider,
uníssono,
estrangeiro ,
hilar voto traidor , desleal , individual , apostasia, apos , desertor,1 enganar
, trair
, jilt, ,
explorado, explorando, ferido traição , traidor , impostor, meliante,
Imparcialidade: Tate, desertor , espião
justo, justo, imparcialidade, justo , mente justa , fairplay , igual , justiça, desertor, sequestrar, renegado, terroris, imigrar
justiça , justifi , recíproca , imparcial , igualitária , direitos, equidade, Autoridade:
equidade , equivalente, imparcial , tolerante, equitativo, , homol obedecer , obedecer , dever, lei, legal , legal , duti , honra , respeito,
equilibrado, imparcial , razoável, constante, honesto , injustoigual , , e respeitoso , respeitado, respeito, ordem materna,
, pai , mãe, autoridade ,
parcial , injusto , injusto , intolerante , discriminador , desproporcional , mães, tradição , hierarquia , materna , permissão
permissão,

(Continuação dos anexos)

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1046 GRAHAM, HAIDT E NOSEK

sion, líder de status , classe,

, classificação , burguesia, casta , posição, tine, humilde, desgosto , depravação , doença ,impura , contágio ,
complian , comando, supremacia, controle, submi , allegian , indecente ,pecado, pecaminoso
prostituta,
, , pecados,
sujeira
pecado,
, impiedade,
pecador,ímpio, profano , ,
puta pecadora
veio
servir, respeitar, deferir , adiar, reverenciar ,, cumprir, desafiar , grosseiro, repugna , doente
prosti lascivo
promiscu adúltero
, , lascivo, deboche
libertino, , profanar
devasso, , inútil, ,
, vagabundo,
imundície
rebelde, dissidência, subver , desrespeito ,desobedecer ,
sediti , agitat , in subordinado obsceno , , negligente,
,
sem lei , insurgente
, ilegal , , amotinado
desertor ,,protestar
desafiar
herege ,,,inconformista
dissidente , infiel , alienar
, opor
recusar, denunciar, , , tut
protestar, motim obstruir mancha, , manchar degradar
, profanar
, , malvado
, manchar ,
, mancha explorar , pervertido, miserável

Pureza:
piedade limpa, piedoso, pureza, puro , , estéril , sagrado , casto , santo,
santidade, santo saudável
, virgem, virgens, , celiba
, abstenção, virgindade, virginal, austeridade,
integridade, modéstia, abstinência abstinência, reto, límpido, não adulterado, , Recebido em 13 de março de 2008
donzela, virtuoso, refinado, intemperante, decente , imaculado, inocente, pris Revisão recebida em 9 de dezembro de 2008
Aceito em 5 de janeiro de 2009