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ORIENTAÇÃO
A ROSA-DOS-VENTOS
O MOVIMENTO DO SOL
O sol nasce aproximadamente a Este e põe-se a Oeste, encontrando-se a Sul ao meio-dia
solar. A hora legal (dos relógios) está adiantada em relação à hora solar: no Inverno está
adiantada cerca de 36 minutos, enquanto que no verão a diferença passa para cerca de
1h36m.
PONTOS CARDEAIS
PONTO
OUTROS NOMES AZIMUTE DESCRIÇÃO
CARDEAL
Ponto fundamental a que se referem
NORTE Setentrião 0º
normalmente as direções
Ao meio-dia solar o sol encontra-se a Sul
SUL Meridião; meio-dia 180º
do observador
Leste; levante;
ESTE 90º Direção de onde nasce o sol
oriente; nascente
Poente; ocidente; Direção onde o sol se põe; também
OESTE 270º
ocaso aparece como W ("West")
PONTOS COLATERAIS
NE Nordeste 45º
SE Sueste 135º
SO Sudoeste 225º
NO Noroeste 315º
PONTOS SUB-COLATERAIS
HEMISFÉRIO NORTE
Para o Hemisfério Norte (onde se encontra Portugal) o método a
usar é o seguinte: mantendo o relógio na horizontal, com o
mostrador para cima, procura-se uma posição em que o ponteiro
das horas esteja na direção do sol. A bissectriz do menor ângulo
formado pelo ponteiro das horas e pela linha das 12h define a
direção Norte-Sul.
HORÁRIO DE VERÃO
No caso do horário de verão, em que o adiantamento do horário
legal em relação ao horário solar é maior, deve-se dar o devido
desconto. Há dois processos: o primeiro consiste em desviar um
pouco (alguns graus) a linha Norte-Sul para a direita; o segundo
processo resume-se a "atrasar" a hora do relógio de modo a se
aproximar mais da hora solar.
No caso de o relógio ser digital, o problema resolve-se desenhando um relógio no chão, com
um ramo ou mesmo com a vara., começando-se por desenhar primeiro o ponteiro das horas,
que é o que deve ficar apontado para o sol (no Hemisfério Norte).
Para saber se a face iluminada da Lua está a crescer (a caminho da Lua Cheia), ou a minguar
(a caminho da Lua Nova), basta seguir o dizer popular de que «a Lua é mentirosa». Assim, se
a face iluminada parecer um «D» (de decrescer) então está a crescer. Se parecer um «C» (de
crescer) então está a decrescer ou (minguar).
A URSA MENOR
A Ursa Menor, ligeiramente menor que a Ursa Menor, é também mais
difícil de identificar, principalmente com o céu ligeiramente nublado,
uma vez que as suas estrelas são menos brilhantes. A sua forma é
idêntica à da Ursa Maior. Na ponta da sua «cauda» fica a Estrela
Polar, bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental
para a orientação. Esta estrela tem este nome precisamente por
indicar a direção do Polo Norte.
As restantes constelações rodam aparentemente em torno da Estrela
Polar, a qual se mantém fixa.
ORION ou ORIONTE
A constelação de Orion (ou Oriente) é apenas visível no Inverno,
pois a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito facilmente
identificável. Diz a mitologia que Orion, o Grande Caçador, se
vangloriava de poder matar qualquer animal. O terrível combate que
travou com o Escorpião levaram os deuses a separá-los. A
constelação de Escorpião encontra-se realmente na região oposta
da esfera celeste, daí nunca se conseguirem encontrar estas duas
constelações ao mesmo tempo acima do horizonte.
A constelação de Orion parece, assim, um homem, sendo as
estrelas Saiph e Rigel os pés. Ao meio aparecem 3 estrelas em
linha recta, que se reconhecem imediatamente, dispostas
obliquamente em relação ao horizonte. Este trio forma o Cinturão de
Orion, do qual pende uma espada, constituída por outras 3 estrelas,
dispostas na vertical.
Prolongando uma linha imaginária que passe pela estrela central do
Cinturão de Orion, passando pelas 3 estrelas da «cabeça», vamos
encontrar a Estrela Polar.
Se traçarmos uma linha imaginária que passe pelas duas
«Guardas» da Ursa Maior, e a prolongarmos 5 vezes a distância
entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este
procedimento, e mostra também o sentido de rotação aparente
das constelações em torno da Estrela Polar, a qual se mantém
fixa.
Se prolongarmos uma linha imaginária passando pela primeira
estrela da cauda da Ursa Maior (a estrela Megrez) e pela Estrela
Polar, numa distância igual, iremos encontrar a constelação da
Cassiopeia, em forma de «M» ou «W», a qual é facilmente
identificável no céu. Assim, a Cassiopeia e a Ursa Maior estão
sempre em simetria em relação à Estrela Polar. Para obter o
Norte, a «deixarmos cair» até ao horizonte, é nessa direção que
fica o Norte.
AZIMUTES
A BÚSSOLA
Componentes de uma Bússola
A bússola é um instrumento milenar, utilizado pelos antigos marinheiros chineses, que pela sua
simplicidade acabou por conquistar e tornar-se um equipamento utilizado em todo o mundo.
O seu princípio é bem simples: uma agulha magnetizada, com livre movimentação em seu
eixo, é atraída pelo campo magnético da Terra. O pólo magnético norte da Terra atrai o norte
da agulha, e o pólo magnético sul da Terra atrai o pólo sul da agulha. Tanto que nas regiões
polares da Terra, no ártico e na Antártida, a agulha aponta literalmente para baixo.
A localização dos pólos magnéticos e geográficos não se localiza no mesmo lugar. O pólo
geográfico localiza-se no eixo de rotação da Terra, e é 'fixo', ou seja, localiza-se no mesmo
local sempre. O pólo magnético é relativamente distante do pólo geográfico, e tem sua
localização variável. O pólo magnético muda constantemente de local.
Para fins de navegação, é fundamental saber o quanto os pólos estão separados, em graus. A
distância em quilómetros pouco interessa, porém saber a diferença angular, ou seja a quantos
graus o pólo norte magnético está do pólo geográfico é imprescindível para poder fazer uma
correlação entre o mundo real (os rios, as montanhas e as trilhas...) e o mundo graficamente
representado (as cartas geográficas ou GPS), utilizando a nossa bússola como referência. A
essa distância em graus (que é necessária para se fazer a correção do Norte apontado pela
bússola e assim encontrar o norte verdadeiro) chamamos de declinação magnética.
Ou seja, em 25 anos (2001 - 1976) houve uma declinação de 3º 45' (9' X 25 anos), que somada
à declinação já existente nos dá 20º 15' de declinação actual (16º 30' + 3º 45'). Como esse
valor é positivo, soma-se ao norte encontrado pela bússola (0 º) e assim encontramos o Norte
verdadeiro. Para facilitar a navegação, pode-se arredondar para 20º.
Para se utilizar essa informação, posicionamos o mapa com sua quadrícula apontando para o
valor obtido (20º), e não para o norte magnético. Alinhando o mapa com o Norte Geográfico
obtido, você pode decidir qual rumo tomar com exatidão, e tendo certeza que sua bússola
apontará para o local que você decidiu.
É recomendada a utilização de bússolas, onde a agulha é montada numa peça de acrílico
transparente, parecido com uma régua, e existe uma linha guia (linha de fé) para melhor
sincronizar o mapa e a bússola.
Entretanto, com prática, qualquer modelo é adequado para esse procedimento.
Somente não é recomendado improvisar uma, com agulha e rolha... exceto em emergências.
As bússolas têm sua graduação que vai de 0 a 360 graus, sendo Norte (N) 0 ou 360, o Este (E)
90, o Oeste (W) 270 e o Sul (S) 180 graus. As subdivisões irão variar de modelo para modelo,
sendo o mais comum de 2 em 2 graus. Outras graduações utilizadas (como a militar, por
exemplo) não serão utilizadas para fim de orientação.
OBJETO DISTÂNCIA
linhas de alta tensão 60 m
camião 20 m
fios telefónicos 10 m
arame farpado 10 m
carro 10 m
machado 1,5 m
tacho 1m
O QUE É UM AZIMUTE
Um azimute é uma direção definida em graus, variando de 0º a 360º. Existem
outros sistemas de medida de azimutes, tais como o milésimo e o grado, mas
o mais é o Grau. A direção de 0º graus corresponde ao Norte, e aumenta no
sentido direto dos ponteiros do relógio.
O AZIMUTE INVERSO
É preciso que o orientando vá até aos dois pontos com uma bússola
e meça os azimutes desses pontos para a vara. Depois disso, não é
preciso calcular os azimutes inversos, porque basta usar os mesmos
azimutes para traçar as linhas na carta e obter os pontos (tal como na
figura do exemplo anterior).
Exemplo:
Representação de uma distância em diferentes escalas;
Generalização
Generalização significa distinguir entre o essencial e o não essencial, conservando-se o útil e
abandonando-se o dispensável. Qualidade imprescindível na representação cartográfica, pois
dela dependerá a simplicidade, clareza e objetividade do mapa, através da selecção correcta
dos elementos que o irão compor. Isso não significa eliminar detalhes, mas omitir detalhes sem
valor.
Evidentemente, a generalização tem relação direta com a escolha adequada da escala.
Segundo DEETZ (1949: 130):
“O cartógrafo que sabe generalizar corretamente justifica melhor a escolha duma escala menor
do que o que, por falta de habilidade, procura geralmente apresentar demasiados detalhes pelo
receio de omitir algum que seja essencial.”
Indicação de Escala
A escala é uma informação que deve constar da carta e pode ser representada, geralmente,
pela escala numérica e/ou escala gráfica.
Escala Numérica ou Fraccionária
As escalas numéricas ou fraccionárias figuram-se por fracções, cujos denominadores
representam as dimensões naturais e os numeradores as que lhes correspondem no mapa. É
indicada da seguinte forma: 1:25.000 ou 1/25.000. Esta escala indica que uma unidade de
medida no mapa a equivale a 20.000 unidades da mesma medida sobre o terreno. Assim 1cm
no mapa corresponde a 25.000cm no terreno, ou seja, 1cm no mapa representa 250m do
terreno.
Um mapa será tanto maior quanto menor for o denominador da escala. Assim, a escala
1:25.000 é maior que 1:50.000.
Escala Gráfica
A escala gráfica é um segmento de reta dividido de modo a permitir a medida de distância na
carta. Assim, por exemplo, a escala indica qual à distância, na carta equivalente a 1 km. Este
tipo de escala permite visualizar, de modo facilmente apreensível as dimensões dos objetos
figurados na carta. O uso da escala gráfica tem vantagem sobre o de outros tipos, pois será
reduzida ou ampliada juntamente com a carta, através de métodos xerográficos e fotográficos,
podendo-se sempre saber a escala do documento com o qual se está trabalhando.
DIAGRAMA DE ORIENTAÇÃO
A maioria dos mapas de série apresentam informações de direção, referenciadas ao:
1. Norte verdadeiro ou geográfico
2. Norte magnético
3. Norte cartográfico
O ângulo formado pela direção do norte magnético com a do norte verdadeiro, tendo como
vértice um ponto qualquer do terreno, é chamado de declinação magnética.
O ângulo formado pela direção do norte cartográfico com a do norte verdadeiro, tendo como
vértice um ponto qualquer do terreno, é chamado convergência meridiana.
Tanto a convergência meridiana como a declinação magnética, varia de ponto para ponto,
sobre a superfície terrestre.
CURVAS DE NÍVEL
Permitem representar de modo exato as formas geométricas, como é ainda suficientemente
sugestivo para permitir imaginar o movimento do terreno.
Supõe-se a superfície do terreno cortada por planos horizontais equidistantes, projetando-se
essas curvas de intersecção num plano horizontal de referência. As curvas obtidas,
representando a projeção dos pontos do terreno com a mesma cota ou nível, chamam-
se curvas de nível.
O terreno ficará tanto mais bem definido, quanto menor for a distância entre os diferentes
planos horizontais e portanto essa distância dependerá da precisão que se procura obter, mas
no entanto, ela não deve ser tão pequena, que as curvas de nível obtidas por muito
numerosas, sobrecarreguem o desenho e tornem difícil a leitura da carta, nem tão grande que
as curvas de nível sejam insuficientes, para representar o relevo com a precisão conveniente.
A distância contada na vertical entre dois planos secantes consecutivos – planos de nível -, é
designada por equidistância natural e representa-se pela letra E.
A equidistância natural reduzida à escala da carta designa-se por equidistância
gráfica, representa-se pela letra “e”, logo:
E = e.m ou e = E/m
As curvas de nível são representadas por linhas castanhas, aqui existem dois tipos de linhas
umas mais grossas que distam entre si 50 metros e as mais finas 10 metros.
A equidistância mais habitual é de 10 metros, o que quer dizer que entre duas curvas seguidas
temos um desnível de 10 metros.
DOBRAR O MAPA
A possibilidade de manuseamento do mapa ao longo de todo o percurso facilita a sua leitura.
Normalmente o percurso indicado no mapa é muito menor que o mapa, havendo áreas de
informação marginal que não são determinantes para a correta leitura do mapa.
Salvaguardando as situações iniciais de aprendizagem em que necessitam recorrer
permanentemente à legenda do mapa, devemos dobrar o mapa de forma a reduzir o seu
tamanho à área útil com um tamanho aproximado de 15 cm.
REGRA DO POLEGAR
Quando agarramos o mapa o dedo polegar opõe-se aos restantes, pelo que ao ser colocado no
local em que nos localizamos indica-nos a nossa localização.
Sempre que nós deslocar-nos o dedo, este deve acompanhar no mapa os movimentos
efetuados.
Esta regra quando bem executada permite indicar sempre com precisão e rapidez o local em
que se encontra, uma vez que restringe a zona do mapa a consultar às imediações do local
onde está colocado o dedo.
MANTER O MAPA PERMANENTEMENTE ORIENTADO
A aquisição desta etapa é de importância capital para o desenvolvimento das capacidades e
conhecimentos , pois dela depende a capacidade de realizar os percursos de forma correcta e
com sucesso. Assim deveremos deixar bem clara a necessidade de manter o mapa
permanentemente orientado, quer através das indicações dadas através das situações de
aprendizagem propostas.