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Introdução ao uso da Bússola

Esta introdução ao uso da bússola poderá ser-lhe útil nas suas próximas expedições na
Natureza.
Por Nuno Cruz António

Quem não gosta de uma boa aventura?! Uma caminhada no meio da floresta, das
montanhas, dos campos!… Percorrer caminhos, trilhos, ribeiros sem nos perdermos
requer alguma experiência e cuidados. Iremos neste espaço do nosso portal
apresentar-lhe, ao longo de diversos artigos, alguns procedimentos de orientação para
diminuir os riscos de se desorientar na sua próxima aventura por locais mais bravios.

Os percursos de orientação constituem uma arte muito antiga. Para os nossos


antepassados a sua realização era uma necessidade de sobrevivência. Mas, hoje em
dia, são efectuados principalmente para fins lúdicos, existindo muitos aparelhos
sofisticados que nos orientam na maior parte dos locais da Terra. Os exploradores do
Oeste Norte-Americano com grande sentido de orientação eram chamados de
"descobridores de caminhos", que era um título honroso. O "sentido de orientação"
não é igualmente apurado para todas as pessoas. Para alguns, basta afastarem-se uns
metros do caminho principal para se sentirem completamente desorientados e não
conseguirem sozinhos retornar ao ponto onde anteriormente estavam. A melhor
receita para poderem melhorar os seus desempenhos de orientação é obterem alguns
conhecimentos adicionais.

O instrumento de orientação ainda mais utilizado hoje em dia é a bússola. Foi pela
primeira vez utilizada pelos marinheiros europeus do século XII. Ela é parecida com
um relógio, tendo apenas um ponteiro. Como já deve ter ouvido, ela aponta sempre
para o Norte, não para o Pólo Norte, mas sim para um ponto localizado a norte do
Canadá que dele dista, aproximadamente, 2250 km e possui uma enorme força
electromagnética. A sua escala vai dos 0 aos 360º, descrevendo uma circunferência,
sendo o seu sentido igual ao dos ponteiros do relógio. Alguns valores têm
denominação de pontos cardeais (Norte, Sul, Este e Oeste) e pontos colaterais
(Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste). O Norte corresponde aos 0º, o Este aos 90º,
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o Sul aos 180º e o Oeste aos 270º. Assim, a direcção e sentido de qualquer ponto
podem ser indicados pelo rumo da bússola ou pelo ângulo, medido em graus, em
relação aos 0º (Norte). A este desvio dá-se o nome de azimute. Alternativamente a dar
simplesmente a indicação “Sudoeste”, pode dizer-se 225º, ou podem utilizar-se ambos
para que o receptor ao qual se está a indicar uma direcção mais rapidamente a localize
(ex: 92ºEste, ou 92ºE).

Voltando à bússola, ela tem usualmente, além do ponteiro indicador, um traço pintado
ou colado no seu vidro, chamado, traço de direcção ou de viagem. Deve sempre rodá-
lo no sentido para o qual deseja encaminhar-se de modo a que possa determinar o
azimute. É aconselhável que vá frequentemente olhando para a bússola de modo a se
certificar que caminha no sentido pretendido. Acredite que é muito fácil perder o
sentido de orientação quando se caminha na floresta ou na montanha.

A manipulação de uma bússola exige alguns cuidados:


- Em algumas bússolas pode não ser imediato qual o extremo do ponteiros que
aponta o Norte. Este tem normalmente o extremo pintado a vermelho. No
entanto, quem tiver menos experiência deve sempre verificar se não está,
inadvertidamente a caminhar para Sul.
- Colocar a bússola sempre na horizontal quando a consulta.
- Evitar locais onde existam pontos de atracção magnética. Os postes de alta
tensão, um objecto de ferro que carreguemos num bolso, a presença de uma
mina, podem alterar a direcção do ponteiro.

De uma forma resumida, tem aqui o essencial para manipular a sua bússola. Fique a
aguardar pelos próximos artigos onde lhe daremos dicas importantes para a utilizar
com mapas, como se orientar pelo Sol e pelas estrelas e muitas outras curiosidades
interessantes.

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