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Lousã, 2011
CFEIF – Lousã - 2011
Resumo
Este documento tem como objectivo fazer uma abordagem, com uma linguagem
operacional, aos principais factores que influenciam a ocorrência de “Efeito de
Chaminé”.
ÍNDICE
RESUMO ....................................................................................................................... 2
ÍNDICE .......................................................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 15
O vale encaixado pode ser simétrico ou assimétrico. No simétrico a inclinação das suas
encostas é igual ou então muito próxima uma da outra, não sendo notória qualquer
diferença no comportamento do fogo em cada uma delas. Pelo contrário, no
desfiladeiro assimétrico, as encostas apresentam inclinações diferentes que poderão
originar comportamentos do fogo distintos em cada uma das encostas. No entanto,
uma vez que o comportamento do fogo em desfiladeiros assimétricos ainda está
pouco estudado e por uma questão de simplificação do problema, nesta análise irão
somente ser consideradas situações de desfiladeiros simétricos.
Direcção
do Vento
Incêndio Principal
Incêndio Principal
Direcção
do Vento
Situação 2 – Declive da linha de água 10° / Declive das Encostas [5-45°]: Nesta
configuração observa-se a influência das correntes de convecção no comportamento
do incêndio, no entanto o declive tem influência na propagação e as frentes
desenvolvem-se principalmente ao longo das encostas, segundo uma direcção que
forma um ângulo médio de 60° com a linha de água;
Situação 3 – Declive da linha de água 20° / Declive das Encostas [5-45°]: Nesta
configuração, observa-se a influência das correntes de convecção no comportamento
do incêndio, no entanto o declive das encostas ainda tem influência na propagação do
incêndio, sendo que se desenvolvem frentes ao longo das encostas segundo uma
direcção que forma um ângulo médio de 42° com a linha de água;
Situação 4 – Declive da linha de água 30° / Declive das Encostas [5-45°]: Nesta
configuração o comportamento do incêndio é dominado pelas correntes de convecção
sendo que o declive das encostas já não tem influência directa na propagação do
incêndio, ao longo das encostas, segundo uma direcção que forma um ângulo médio
de 23° com a linha de água;
Situação 6 – Declive da linha de água [50-90°] / Declive das Encostas [5-45°]: Neste
intervalo de ângulos de inclinação da linha de água observa-se, à semelhança da
situação 4 e 5, uma influência muito significativa e demarcada das correntes de
convecção que dominam o comportamento do incêndio florestal. Neste intervalo, o
efeito do declive das encostas na definição da direcção de maior propagação é
praticamente nulo. A cabeça do incêndio é completamente dominada pelas correntes
de convecção originadas pelo incêndio, e a tendência é acontecer cada vez mais
próximo da linha de água à medida que o ângulo desta aumenta.
O ângulo médio formado entre a cabeça e a linha de água vai variando entre [16-0°] à
medida que a inclinação da linha de água vai aumentando no intervalo [50-90°].
e) Quando não for possível a abordagem ao foco de incêndio de baixo para cima,
proceder ao combate com meios aéreos e/ou aguardar que o incêndio evolua
para uma posição onde seja possível combater em segurança.
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