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Equipe editorial
Formato PDF.
ISBN 978-65-5846-012-1
CDU 612.7
Dedicamos este livro aos pacientes e familiares
que confiaram em nosso trabalho, depositando suas
vidas em nossa ciência. O nosso muito obrigada!
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO 09
PARTE I
Conceitos essenciais
CAPÍTULO I
Ciclo de vida – definindo a primeira infância: Lei n° 13.257,
de 8 de março de 2016 12
Isabelle dos Santos Guerra e Laura Davison Mangilli Toni
CAPÍTULO II
Como o bebê se torna uma criança: desenvolvimento físico
nos três primeiros anos de vida
Camilla Delmondes Rocha Cipriano, Laura Davison Mangilli Toni,
15
Rayane da Silva Santiago Lima e Soraya Lage de Sá Canabarro
CAPÍTULO III
Memória, inteligência, linguagem, emoções, personalidade
e relações sociais na primeira infância: aspectos do
desenvolvimento cognitivo e psicossocial 48
Gabriela Duarte Macedo, Soraya Lage de Sá Canabarro e
Washington Dourado Ferreira
CAPÍTULO IV
Alimentação: desenvolvimento, avaliação e intervenção
Camila de Alencar Frois e Laura Davison Mangilli Toni
81
CAPÍTULO V
Audição no primeiro ciclo de vida
Anna Paula Sampaio Costa, Brenda Cardoso Silva de Souza,
Camila Santana Lima, Isabella Monteiro de Castro Silva e Thaís
118
Magalhães da Silva
PARTE II
Evidências científicas
CAPÍTULO VI
Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados
em unidade de enfermaria hospitalar: revisão de literatura
Beatriz Cerqueira Alves, Camila de Alencar Frois, Evellyn Layla
137
Valoci, Laura Davison Mangilli Toni e Monique Marques Sampaio
CAPÍTULO VII
Alimentação do recém-nascido e lactente –
orientação fonoaudiológica
Laura Davison Mangilli Toni e Raissa Karolyna Silveira Magalhães
175
CAPÍTULO VIII
Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e
lactente – orientação fonoaudiológica
Isabelle Santos Guerra, Laura Davison Mangilli Toni, Mariana
215
Marques Oliveira e Raissa Karolyna Silveira Magalhães
10
PARTE I – CONCEITOS ESSENCIAIS
CAPÍTULO I
13
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Referências
14
CAPÍTULO II
16
Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
18
Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Desenvolvimento cerebral
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Conclusão
Referências
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Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
ELIOT, L. What’s going on in there?: How the brain and mind develop
in the first five years of life. New York: Bantam Books, 2000.
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Como o bebê se torna uma criança
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Como o bebê se torna uma criança
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CAPÍTULO III
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Memória, inteligência, linguagem, emoções, personalidade e relações sociais na primeira infân-
cia
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Memória, inteligência, linguagem, emoções, personalidade e relações sociais na primeira infân-
cia
Psicometria e inteligência
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Memória, inteligência, linguagem, emoções, personalidade e relações sociais na primeira infân-
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Memória, inteligência, linguagem, emoções, personalidade e relações sociais na primeira infân-
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Psicanálise e personalidade
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cia
mãe. Os padrões são descritos com base na reação das crianças após
a separação e após o retorno do cuidador e/ou do estranho. Crianças
com apego seguro (1) normalmente se desagradam pela ausência da
mãe, mas são flexíveis e conseguem se acalmar. Ao retorno, procuram
ativamente a mãe e não demonstram sinais de raiva. Os demais padrões
são tipos diferentes de apego inseguro. O apego inseguro-evitativo (2)
é observado em crianças que não costumam chorar com a separação,
nem procuram estabelecer contato após o retorno, demonstrando
poucas emoções. Crianças com apego inseguro-ambivalente (3) já
ficam ansiosas quando percebem que o cuidador pode se afastar, se
incomodam bastante com sua ausência e manifestam raiva, aflição e por
vezes, até mesmo agressividade, no momento do reencontro, apesar de
buscarem ativamente o contato (AINSWORTH, 1978). Mais tarde,
foi identificado o apego inseguro-desorganizado (4), o mais inseguro
e bastante frequente em situações de maus-tratos ou abuso infantil,
caracterizado pela ausência de uma estratégia consistente para lidar
com a situação estranha e pela demonstração de apreensão durante
o contato com o cuidador (MAIN; HESSE, 1990). Na primeira
infância são observados os índices mais altos de morte e vitimização
em função de maus-tratos, sendo comuns o déficit de crescimento não
orgânico e a síndrome do bebê sacudido, especialmente em situações
em que vigoram condições financeiras desfavoráveis, falta de instrução,
alcoolismo, frequência alta de situações estressantes da família e lares
desorganizados (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Dois tipos de ansiedade bastante comuns na primeira infância são
explorados na situação estranha: a ansiedade de separação consiste na
resistência em ser afastado do cuidador e na apreensão decorrente do
afastamento; enquanto a ansiedade diante de estranhos é caracterizada
por comportamentos cautelosos na presença de pessoas ou lugares
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Conclusão
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Referências
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CAPÍTULO IV
Alimentação: desenvolvimento,
avaliação e intervenção
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Alimentação
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Alimentação
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Alimentação
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Alimentação
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Alimentação
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como boca, língua e bochechas, bem como os reflexos essenciais para uma
alimentação segura e eficaz e a mamada em si (MEDEIROS et al., 2011).
A avaliação da função motor-oral, na visão global, consiste em
um processo de coleta de informações a partir de três momentos
distintos: na situação de repouso e na movimentação de rotina da
unidade, mediante o manuseio específico de testagem do sistema
sensório-motor-oral e após a mesma. Nos três, procura-se verificar o
funcionamento integrado dos subsistemas diante das demandas internas
e externas, os limiares de stress e quais recursos o recém-nascido utiliza
para se regular (CAETANO et al., 2003).
A avaliação por meio do manuseio deve ser realizada nos horários de
alimentação previstos pela rotina hospitalar, quando se espera que o bebê
esteja faminto e de preferência em estado de alerta. Alguns protocolos de
avaliação foram criados para auxiliar os profissionais de saúde na decisão
de quando iniciar a alimentação oral em recém-nascido pré-termo
(DODRILL et al., 2004; LAU et al., 2000; FUJINAGA et al., 2000).
Lau (2000), propôs uma escala de cinco pontos para avaliação das
habilidades de sucção, para que fosse utilizada na avaliação e manejo da
alimentação oral em recém-nascido pré-termo. A escala é baseada na
presença ou ausência da sucção e na ritmicidade de seus componentes
sucção e expressão.
Fujinaga (2000), utilizando-se de um instrumento que avalia idade
gestacional corrigida, estado de consciência, postura, tônus global,
postura dos lábios e língua, reflexo de procura, sucção, mordida e vômito,
movimentação e canolamento de língua, movimentação de mandíbula,
força de sucção, sucções por pausa, manutenção do ritmo de sucção por
pausa, manutenção do estado de alerta e sinais de estresse, estabeleceu
um escore para uma avaliação objetiva da prontidão para início da
alimentação oral em recém-nascidos prematuros.
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Alimentação
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Alimentação
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Validação de instrumentos
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Alimentação
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Referências
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Alimentação
A M ER I CA N S P EE C H - L A N G UAG E - H E A R I N G
ASSOCIATION (ASHA). Roles of Speech Language Pathologists in
Swallowing and Feeding Disorders: Technical Report, 2001.
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Alimentação
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CAPÍTULO V
A audição pré-natal
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e possui baixo custo que não demanda muito tempo para aplicação
(LEMOS et al., 2007).
Audiometria condicionada
Pode ser realizada com crianças a partir dos dois a três anos se
forem capazes de serem submetidas ao procedimento. Geralmente está
associado a um botão que está ligado a uma recompensa. Ainda, podem
ser utilizadas diversas metodologias lúdicas, entre elas, entrar no universo
da criança e lhe proporcionar brincadeiras de “dar comida ao passarinho”,
“brincar de nave espacial” (OLIVEIRA; CASTRO; RIBEIRO, 2002).
As frequências testadas estão entre 500 a 4000Hz, a criança deve estar
sentada em uma mesa adequada e a fase de condicionamento deve ser
realizada com cuidado e, se for difícil o condicionamento, devem ser buscadas
outras pistas como vibrador ósseo em 250Hz e outros. O fonoaudiólogo
deve estar certificado que a criança entendeu o jogo e ter cautela na etapa
de condicionamento, podendo haver um sistema de condicionamento
operante ou ainda jogos que possibilitem a sua realização (DWORSACK-
DODGE, 2012). O fonoaudiólogo deve estar atento aos gostos da
faixa etária avaliada e ainda ter à sua disposição brincadeiras variadas.
Audiometria convencional
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Audição no primeiro ciclo de vida
Referências
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PARTE II – EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
CAPÍTULO VI
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
G2: informações
comportamentais
observadas por meio
dos itens que com-
põem o roteiro de
entrevista familiar e
o formulário de ava-
liação subjetiva da
deglutição orofarín-
gea do bebê (avalia-
ção fonoaudiologica
quanto ao posiciona-
mento corporal, fun-
ção orofacial, utensí-
lios, desconforto).
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
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Botelho Detectar os cri- Foram avaliados 15 Existe uma relação São critérios clíni-
e Silva térios clínicos na lactentes. Durante a de dependência sig- cos para solicitar a
(2003) avaliação da dis- avaliação funcional nificativa entre as avaliação do diag-
fagia em lacten- da deglutição obser- variáveis: aspiração nóstico de disfa-
tes sindrômicos e vou-se: sensibilidade após fase faríngea gia: uso de sonda;
patológicos, tes- táctil extraoral, sensi- e a penetração (alta queda de satura-
tar a hipótese de bilidade táctil intrao- e baixa) e sensibili- ção nas mamadas;
associação entre ral, o reflexo nauseoso dade extraoral nas vômito; sucç ão
achados funcio- e a movimentação bochechas e a sen- débil; cianose
nais e/ou videoen- dos bucinadores. A sibilidade na cartila- perioral nas mama-
doscópicos, avaliação da degluti- gem aritenoidea das; não deglutição
mostrar a impor- ção videoendoscópica da saliva; dispneia
tância da atuação analisou: a sensibili- nas mamadas;
conjunta entre o dade na cartilagem apneia nas mama-
fonoaudiólogo e aritenoidea, o choro, das. A análise dos
o médico otorri- a aspiração, a queda resultados per-
nolaringologista de saturaç ão e a mitiu: associação
na avaliação da penetração. significativa entre
disfagia nesses a aspiração após
lactentes. a fase faríngea e
a penetração alta
ou a penetração
baixa; associação
significativa entre
a sensibilidade
nas aritenoides
e a sensibilidade
táctil extraoral nas
bochechas.
Fraga et al. Realizar avaliação Pesquisa de caráter S1 (SD com PC: Mesmo lactentes
(2015) fonoaudiológica descritivo-quali- sexo feminino, 6 com síndrome de
da deglutição tativo, possível de meses) – avaliação Down em idade
em lactentes avaliar dois lactentes por meio de dedo avançada podem
com diagnóstico durante o período de enluvado e chupeta apresentar incoor-
de síndrome de janeiro a outubro de com e sem estímulo denação da sucção,
Down e cardio- 2012. Utilizou-se um gustativo. S2 (SD deglutição e respi-
patia congênita protocolo de perfil da com CC mascu- ração no período
internados na amostra para a coleta lino, 6 meses) – pós-operatór io.
unidade 2A e de dados: histórico Avaliação por meio A avaliação clí-
unidade de trata- clínico e diagnóstico da chupeta sem nica da deglutição
mento intensivo dos prontuários dos estímulo gustativo. demonstrou a pre-
pediátrica da ins- pacientes, além do Sinal de estresse: sença de disfagia
tituição de ori- instrumento de ava- tiragem. orofaríngea em
gem, com suspeita liação para prontidão ambos os casos.
de dificuldade de do prematuro para
deglutição. alimentação oral pro-
posto para avaliação
clínica da deglutição.
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
Botasso et al. Analisar como as Foi utilizado roteiro Os participantes O protocolo utili-
(2013) mães avaliavam com 11 questões, do programa reco- zado no programa,
o Programa de que versavam sobre nheceram que o o acolhimento,
Obser vação do a m o t i v aç ão d o sfonoaudiólogo atua o vínculo, a res-
Desenvolvimento cuidadores a partici- na prevenção e pro- ponsabilização e
da Linguagem e parem do Programa moção de saúde e a autonomia dos
da Função Visual de Obser vação do desenvolve ações sujeitos são impor-
em Lactentes, por Desenvolvimento de de esclarecimento tantes no encontro
meio do grupo Linguagem e Função de dúvidas dos cui- entre os usuários e
focal. Visual de Lactentes. dadores, empode- o profissional da
rando os familiares saúde, para a pro-
Foram convidadas a sobre aspectos do dução de saúde.
participar do grupo desenvolvimento A promoção da
mães ou cuidadoras infantil, estabele- saúde e detecção
que compareceram cendo o vínculo e precoce dos agra-
com seus filhos a a integralidade da vos reduziu sig-
duas das quatro ava- atuação. nificantemente os
liações propostas no encaminhamen-
Programa de Obser- tos para a aten-
vação do Desenvolvi- ção especializada,
mento de Linguagem minimizando os
e Função Visual de impactos nega-
Lactentes, no período tivos que os dis-
entre janeiro de 2007 túrbios da comu-
até agosto de 2008. As nic aç ão podem
avaliações ocorreram trazer à saúde da
no primeiro, quarto, população.
oitavo e décimo pri-
meiro meses de vida
da criança. A inves-
tigação contou com
oito participantes do
Programa Unidade
Básica de Saúde do
Bairro Maria Bea-
triz do Município de
Mogi Mirim. Os ins-
trumentos utilizados
foram: a observação,
o roteiro prévio das
reuniões e a análise
documental.
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Lichtig et al. Detectar a pre- Sessenta lactentes Uma criança apre- Os dados sugerem
(2001) sença de deficiên- acompanhados con- sentou suspeita de a viabilidade da
cia auditiva (DA) siderados de alto risco deficiência auditiva implantação de um
em lactentes de para a deficiência (DA) na avaliação método simples e
baixo peso ao auditiva identificados auditiva comporta- de baixo custo para
nascimento, e na no período neona- mental. Foi solici- triagem auditiva e
ausência desta, tal que nasceram no tado o exame eletro- seguimento nos
acompanhar o Hospital Universi- fisiológico (BERA) serviços da rede
desenvolvimento tário da Universi- para confirmação pública para iden-
da função audi- dade de São Paulo de DA. Quanto ao tificação e detec-
tiva (localização e foram atendidos desenvolvimento da ção da deficiência
da fonte sonora) no berçário anexo à localização da fonte auditiva e avalia-
e acompanhar o maternidade. Após a sonora ao nível de ção do desenvol-
desenvolvimento alta do berçário, estas percepção auditiva: vimento da locali-
neuropsicomotor crianças foram acom- de 0 a 4 meses todos zação auditiva em
destas crianças panhadas, até os dois os lactentes apre- recém-nascidos e
durante os dois anos de idade, pelos sentaram respostas lactentes conside-
primeiros anos de autores em serviço dentro do esperado rados de alto risco
vida. ambulatorial. para o estímulo para esta deficiên-
sonoro. cia, tendo em vista
As respostas mais que são procedi-
frequentes nos mentos de fácil
recém-nascidos aplicação e baixo
foram respostas c u s t o. Q u a n t o
reflexas, atividade maior a privação
corporal, atividade da estimulação da
facial e mudança percepção auditiva,
no estado. menos eficiente
Quanto ao desen- será a habilidade
volvimento neu- da criança para
ropsicomotor: desenvolver a lin-
encontram-se guagem oral.
nove lactentes com
atraso no DNPM
e seis lactentes com
alguma alteração
na USG de crânio.
Sete lactentes apre-
sentaram desenvol-
vimento da função
auditiva normal,
DNPM com atraso.
Um lactente apre-
sentou atraso no
desenvolvimento da
localização auditiva
e DNPM normal.
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Medeiros Verificar a idade O estudo foi realizado Observou-se que Conclui-se que a
et al. gestacional cor- por meio de levanta- não houve dife- técnica possibilitou
(2011) rigida do início mento de dados dos rença entre os gru- a alta hospitalar
da dieta por via prontuários médicos pos (G1 e G2) para do recém-nascido
oral (mama par- e fonoaudiológicos nenhum dos parâ- prematuro com ali-
cialmente cheia) de recém-nascidos e metros analisados. mentação exclusiva
e da alimenta- mães que frequenta- em seio materno
ção exclusiva em ram a UCIN do Hos- Em geral, iniciou-se em idade gesta-
seio materno e o pital e Maternidade VO exclusiva com cional corrigida
tempo dispendido Neomater, localizado média de 36,61 correspondente a
(em dias) de aten- em São Bernardo semanas de IGC. do recém-nascido
dimento fonoau- do Campo. Fizeram Os RNs permane- termo e saudável.
diológico para alta parte da amostra 35 ceram na técnica
de recém-nascidos recém-nascidos pré- de transição de
prematuros sub- -termos extremos. alimentação por
metidos à técnica sonda enteral para
da transição da G1- 22 RNPTs com seio materno em
alimentação ente- histórico de quadro tempo médio de
ral direta para o respiratório está- 12,31 dias.
seio materno. vel (sem uso de O2
ou com uso de O2 O treino de suc-
inferior a 14 dias), ção não nutritiva
ausência de infecções (SNN) em “dedo
que requeressem iso- enluvado” ou “mama
lamento e sem pato- vazia”, que fez parte
logia neurológica e/ou do processo de
cardíaca; intervenção fonoau-
diológica, durou em
Grupo 2 (G2) – 13 média 4,54 dias.
RNPTs com histó-
rico de intercorrên-
cia médica impor-
tante, tendo ocorrido
durante a interna-
ção um ou mais dos
seguintes episódios
clínicos: instabilidade
respiratória impor-
tante (fizeram uso
de O2 por 15 dias ou
mais), infecção/sepse,
doença neurológica e/
ou cardíaca.
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hospitalar
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Fujinaga Elaborar e vali- Trata-se de um estudo Na primeira etapa A maioria dos juí-
(2002) dar o conteúdo metodológico que de validação do ins-
zes relatou que esta
e a aparência de se propôs a fornecer trumento cinco dos foi uma importante
um instrumento subsídios teóricos itens e suas defini-
iniciativa para sis-
de avaliação da para a prática clínica ções não atingiram tematizar e padro-
prontidão do pre- dos fonoaudiólogos e a meta proposta de nizar a assistência
maturo para início de outros profissionais concordância entre a estes bebês, ten-
da transição da de saúde que atuam os juízes (85%). tando eliminar a
alimentação gás- no processo de tran- Foram feitas as subjetividade dessa
trica para via oral. sição da alimentação reformulações con- avaliação e auxiliar
gástrica para a via forme sugestões. a equipe por meio
oral, visando objetivar da apresentação de
a avaliação da pronti- Na segunda etapa um indicador mais
dão do prematuro para de validação foi preciso para início
início da alimentação enviada uma nova da transição da
oral. carta convite aos alimentação.
juízes com reformu-
Para cada variável foi lação dos itens com
atribuído escores de 0 menor pontuação
a 2, objetivando a ava- e outros itens que
lição da performance se entendia pos-
do prematuro, a qual sível melhora de
foi caracterizada da proposta.
seguinte maneira:
(valor 2), resposta neu-
tra (valor 1) e resposta
inadequada (valor 0).
Foram convidados
17 juízes da área
de fonoaudiologia
que atendesse os
seguintes critérios:
- possuir experiência
de pelo menos três
anos na assistência à
alimentação de recém-
-nascidos prematuros.
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
Castelli e Avaliar as caracte- Trata-se de um estudo A maioria dos RNs Este estudo averi-
Almeida rísticas orofaciais transversal, quantita- era do sexo mascu- guou que a maioria
(2015) e a amamentação tivo e descritivo. lino, apresentavam das características
de RNPT antes avaliação nutricional do sistema sensório
da alta hospi- Como critérios de abaixo do percentil motor orofacial dos
talar e verificar exclusão: hemorra- 3 e nasceu de parto RNPT avaliados
possíveis relações gia peri-intraven- cesárea; na avaliação estava adequada
entre o sistema tricular grau I, II, das características da e a maior parte
sensório motor III e IV; boletim de amamentação, veri- das categorias
orofacial do RN apgar menor que 7 ficou-se por meio da avaliadas durante
e a amamentação. no quinto minuto; média comparada a amamentação
síndromes genéticas; à pontuação total estava próxima ao
malformações congê- de cada categoria escore máximo,
nitas de sistema ner- (ẋ±DP): em aspectos exceto os aspec-
voso central, cabeça e relacionados à mama, tos relacionados à
pescoço, cardiopatia, obteve-se 7,9±1,4 mama e a posição
além de meningite pontos de 10; em mãe-RN durante
(alteração do exame reflexo de procura a mamada. Além
do líquido cefalor- do bebê, obteve-se disso, identificou-
raquidiano). A pes- 1,9 ±0,4 pontos de 2; -se que os RNPTs
quisa constou de três em sinais de vínculo com estado de
etapas: na primeira mãe/recém-nascido, consciência alerta
etapa foi realizada obteve-se 8,8±0,9 apresentaram
busca de dados no pontos de 10; em melhores condi-
prontuário hospita- posição mãe/ recém- ções de posiciona-
lar quando o RNPT -nascido durante a mento mãe/recém-
estava entre 24h-48h mamada, obteve-se -nascido durante a
da alta hospitalar e a 13±2,8 pontos de mamada do que os
aplicação do termo de 16; em condições de RNPTs com sono
consentimento pelo pega ao peito, obte- leve. Correlacio-
responsável do RN. ve-se 7,4±1,1 pontos nou-se o melhor
Na segunda etapa de 8; em condições escore na avaliação
realizou-se avaliação de ordenha ao peito, do sistema sensó-
fonoaudiológica, para obteve-se 7,4±0,6 rio motor orofacial
caracterizar o sis- pontos de 8; em com uma maior
tema sensório motor condições finais da idade gestacional
orofacial do RN, por mamada, obteve-se corrigida.
meio do protocolo de 6,6±1,4 pontos de 8.
prontidão de prema-
turos para início da Identificou-se uma
alimentação oral. Na tendência dos RNPTs
terceira etapa, apli- com características de:
cou-se o protocolo língua em repouso
de avaliação da ama- plana (p=0,054), suc-
mentação do recém- ção forte (p=0,055),
-nascido prematuro. movimentação de
língua adequada
(p=0,055), apresen-
tarem maior escore
mediano na categoria
que avalia as condi-
ções de ordenha ao
peito.
157
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Silva e Avaliar recém- Estudo realizado por Dos 15 prematu- Quanto maior a
Almeida -nascidos pre- meio observacional- ros participantes, IGc e quanto mais
(2015) maturos durante -transversal. 8 (53,3%) eram do dias de vida os
a primeira oferta sexo feminino, com prematuros têm,
de seio materno Foram avaliadas 15 média de idade de melhores são as
em uma unidade díades mãe – RN 24,93 dias (DP condições de pega
de terapia inten- durante a primeira ± 18,05); o mais ao seio materno.
siva neonatal. oferta de seio materno novo com 2 e o Além disso, a IGc
na UTI neonatal da mais velho com 62 está associada
Maternidade Mario dias de vida. Todos às condições de
Totta, no Hospi- eram prematuros e, ordenha e à clas-
tal Santa Clara da 7 (46,7%) apresen- sificação final da
Irmandade da Santa taram este como mamada. A pre-
Casa de Misericórdia único motivo de maturidade foi o
de Porto Alegre. internação na UTI. principal obstá-
Critérios de exclusão: Ao nascimento 11 culo para o alei-
presença de malfor- RNs (73,3%) apre- tamento materno,
mação craniofacial, sentaram cresci- porém as caracte-
asfixia neonatal grave, mento intrauterino rísticas positivas
mãe portadora de classificado como das mães, como
HIV ou outros fato- adequado para grau de escolari-
res que impossibilitas- idade gestacional dade, estado civil,
sem a amamentação e (AIG). A alimen- experiência prévia
a negativa da mãe em tação dava-se por em aleitamento
participar do estudo. VO (copinho) + via materno e aten-
Dividiu-se em 3 alternativa (sonda) dimento fonoau-
etapas: em 8 (53,3%) RNs. diológico iniciado
1-Consulta ao pron- Nove prematuros antes do aleita-
tuário do RN pre- (60%) já estavam mento materno
maturo com preen- em acompanha- em grande parte
c himento de um mento fonoaudio- dos RN podem
formulário fechado; lógico no momento ter proporcionado
em que iniciaram bons resultados na
2-Aplicação com as o aleitamento primeira oferta de
mães dos prematuros materno. Ao com- seio materno.
de um questionário p a r a r o s d ad o s
estruturado com per- do prontuário, da
guntas fechadas, ela- entrevista e da ava-
borado pelas autoras. liação da mamada,
obser vou-se que
3-Avaliação da pri- a variável dias de
meira oferta de seio vida apresentou
materno por meio resultado estatis-
da aplicação do For- ticamente signi-
mulário de Avaliação ficante com forte
Fonoaudiológica das correlação com as
mamadas adaptado. condições da pega
do RN ao peito (p=
0,040).
158
Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
159
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
160
Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
Santana et al. O presente estudo Houve um acompa- O recém-nascido Com base no pre-
(2014) teve como objetivo nhamento nas três pré-termo acompa- sente estudo pode-
relatar a atuação etapas do método nhado, recebeu alta mos concluir que
fonoaudiológica no canguru. As inter- hospitalar apresen- a atuação fonoau-
processo de ado- venções direciona- tando os órgãos do diológica junto ao
ção ocorrido em das ocorreram no sistema estomatog- processo de adoção
uma maternidade binômio mãe ado- nático dentro dos pode contribuir
pública. Trata-se de tiva recém-nascido, padrões de norma- para o processo
um relato da inter- além das orien- lidade, reflexos orais de lactação e vín-
venção, direcionada tações à equipe presentes, força e culo do binômio
a um recém-nas- multidisciplinar. ritmo de sucção não mãe-bebê.
cido pré-termo. nutritiva adequa-
dos, sem dificuldade
para mamar em seio
materno, com com-
plemento por meio
da relactação.
161
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Santana et al. O presente estudo Foram realizadas A prevalência de Foi possível iden-
(2010) teve o objetivo de estratégias multi- aleitamento materno tificar as interven-
relatar a atuação disciplinares em exclusivo aumentou; ções mais efetivas,
fonoaudiológica grupos e indivi- houve satisfatória considerando a
baseada na educa- dualizadas, criando par ticipação dos educação em saúde.
ção em saúde dire- espaços de diálogo envolvidos nas ati- Do ponto de vista
cionada à promo- entre as puérperas e vidades propostas teórico e meto-
ção do aleitamento seus familiares. desde a admissão da dológico, a expe-
exclusivo em pre- puérpera na enfer- riência permitiu
maturos internados maria até o processo observar os limites
em maternidade de de alta hospitalar. e potencialidade
referência em alto de ações que apro-
risco. ximam a área do
saber científico e a
promoção do alei-
tamento materno
em atividades
transdisciplinares.
Costa et al. Verificar a efetivi- Foi realizada coleta Os recém-nascidos Foi possível carac-
(2007) dade da intervenção de dados de 96 pron- que tiveram inter- terizar a efetividade
fonoaudiológica na tuários de recém-nas- venção fonoaudioló- da inter venção
diminuição do cidos hospitalizados gica tiveram tempo fonoaudiológica
tempo de alta hos- em um berçário inter- de internação mais em recém-nas-
pitalar do recém- mediário, no ano em curto do que os que cidos pré-termo.
-nascido pré-termo. que não havia aten- não receberam. Havendo relação
dimento fonoau- entre a diminui-
diológico e nos ç ão do tempo
anos em que houve de internação
a implementação e a intervenção
do atendimento fonoaudiológica.
fonoaudiológico.
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
hospitalar
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Referências
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hospitalar
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Atuação fonoaudiológica junto a recém-nascidos internados em unidade de enfermaria
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CAPÍTULO VII
Alimentação do recém-nascido e
lactente – orientação fonoaudiológica
176
Alimentação do recém-nascido e lactente
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Alimentação do recém-nascido e lactente
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
180
Alimentação do recém-nascido e lactente
Tema apresentado
abordando padrão
central envolvido no
controle oral e respi-
ratório para a alimen-
tação infantil.
Castro et al. Avaliar a qua- Foram avaliados os Foram selecionados A legibilidade dos
(2013) lidade e a legi- sites que contêm 35 sites para apli- sites que se apro-
bilidade de web conteúdos com infor- cação do protocolo. ximam funções
sites disponíveis mações para os pais, Em relação à verifi- orofaciais foi clas-
no Brasil relacio- cuidadores de bebês, cação ortográfica, 17 sificada em média
nados às funções além de assuntos (48,57% ) dos sites como padr ão,
orofaciais. como amamentação, apresentaram erros sendo que cum-
hábitos deletérios, ortográficos. A maio- priam metade dos
alimentação após 6 ria dos sites pos- princípios éticos
meses e respiração suem informações considerados pelo
por meio do pro- sobre amamentação protocolo HON.
tocolo de avaliação e pouco conteúdo E os assuntos mais
Flesch Reading Ease sobre respiraç ão discutidos foram
Test and aspects of e fala. Nos aspec- sobre amamentação
the Health on the tos de saúde oral e alimentação após
Net (HON). foram observados 6 meses.
181
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Cavassani et al. Obser var por Estudo: c línico Cinco crianças pos- É necessár ia a
(2003) meio de um retrospectivo não suíam distúr bios conscientiz aç ão
estudo em popu- randomizado; articulatórios; três da população de
lações de baixa possuíam distúrbios baixa renda sobre
renda, com hábi- Descritores: hábi- de motricidade oro- os malefícios dos
tos de sucções tos orais de suc- facial e somente uma hábitos orais de
orais, as possíveis ção, determinantes criança não possuía sucção nos aspectos
alterações fonoau- socioeconômicos, nenhum tipo de motores orais. Essa
diológicas, odon- má oclusão, alterações distúrbio. promoção deve ser
tológicas e otorri- fonoaudiológicas; realizada com ajuda
nolaringológicas. Devido ao hábito oral de um otorrinola-
Realizou-se um de sucção, oito crian- ringologista, que
evento para 9 crian- ças apresentaram auxilia em todo o
ças de ambos os sexos mordida aberta. processo de com-
com hábitos orais no preensão destes
Hospital Heliópolis/ distúrbios.
SP, promovendo a
conscientização dos
distúrbios de comu-
nicação que podem
ser evitados, e como
tratá-los para não
ocasionar alterações
na fala, respiração e
oclusão.
182
Alimentação do recém-nascido e lactente
Santana et al. Auxiliar o aleita- O método ocorreu Com o modelo dia- A atuação fonoau-
(2010) mento materno por meio de um lógico, houve melho- diológica com
em prematuros relato de experiên- ras na promoção do a proposta do
com a atuação cia no qual citou o aleitamento materno. modelo dialó-
fonoaudiológica desenvolvimento No ano de 2004, das gico possibilitou
por meio dos de um trabalho em 140 mães que rece- melhorias no alei-
relatos de expe- 2003 com binô- beram alta hospitalar, tamento materno
riências e revisão mios mãe-filha no 100 (71,43%) esta- e na relação dos
de literatura. modelo dialógico da vam amamentando binômios com os
educação em saúde. exclusivamente. Em profissionais de
2005, das 143 que saúde, trazendo
receberam alta, 128 segurança e con-
(89,51%) estavam fiança no processo
em aleitamento de amamentação.
exclusivo e, no ano
de 2006, das 210
altas hospitalares,
194 (92,3%) geni-
toras amamentavam
exclusivamente seus
bebês ao seio.
Ieto, Rehder e Verificar se existe Estudo de caráter No grupo G1, os Não foi encon-
Bianchini algo peculiar no transversal explora- pais foram os que trado peculiari-
(2011) histórico alimen- tório. Participaram mais perceberam dade no histórico
tar em crianças 85 crianças, 52 do dificuldades respira- alimentar que se
de três anos e 11 gênero masculino tórias nas crianças. relacionasse ao
meses a 6 anos e e 33 no gênero Nos outros dados, os padrão respirató-
5 meses que se feminino. A coleta dois grupos obtive- rio predominante.
relacione com o de dados aconte- ram respostas seme- O tipo de alimen-
padrão respirató- ceu por meio de lhantes. No G1, as tação e formas
rio predominan- levantamento das crianças começaram não interferiram
temente oral ou respostas de um a comer outro tipo nas características
nasal, com base questionário abor- de alimento aos 6 miofuncionais oro-
em características dando impressão meses, seguido por faciais que definem
miofuncionais dos pais com as aquelas em que outro o padrão respirató-
orofaciais. dificuldades res- alimento foi introdu- rio oral ou nasal
piratórias postura zido aos 3 meses. Já predominante.
da boca e presença no G2, as crianças
de ronco. Questões iniciaram outro tipo
sobre o histórico de alimento a partir
alimentar também de 3 meses, seguido
foram levantadas por início da intro-
(amamentação; dução de outros ali-
introdução de ali- mentos aos 6 meses.
mentação; local de No histórico alimen-
alimentação; rituais tar não foi apresen-
de alimentação; tado diferenças sig-
preferência ali- nificativas entres os
mentar e alimentos grupos.
usados como subs-
titutos). E separado
em dois grupos: G1:
183
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Junqueira et al. Mostrar, por meio Descritores: com- A paciente apresen- O Programa de
(2015) de um relato de portamento alimen- tou melhor conforto Refeição Comparti-
caso, o papel do tar; Fonoaudiologia; sensório-motor-oral e lhada foi de grande
f onoaudiólogo mastigação; diminuição do refluxo benefício para a
no trabalho mul- gastroesofágico após adequação alimen-
tiprofissional, Foi realizado em tratamento medica- tar da paciente
diagnosticando e uma paciente de mentoso. Reduziu que apresentava
tratando crianças 2 anos e 6 meses também o tempo de dificuldades com a
com dificuldades exames fonoaudio- refeição, eliminan- alimentação.
na alimentação lógicos e definido o do-se toda a recusa
por meio do Pro- programa de refei- alimentar.
grama de Refeição ção compartilhada,
Compartilhada. que visava auxi-
liar a melhora da
alimentação com
adequação nutri-
cional, tratamento
medicamentoso e
conforto sensório-
-motor-oral.
Loures et al. Descrever e anali- Estudo retrospec- A maioria dos lac- A avaliação e
(2012) sar as orientações tivo do tipo des- tantes apresentou o orientação do
fonoaudiológicas critivo analítico. modo de aleitamento fonoaudiólogo no
relacionadas ao Foram divididos de forma mista e com aleitamento com
aleitamento por dois grupos nos o bico de silicone o uso de mama-
meio de mama- quais um é com- comum. E houve deira é essencial
deira em bebês posto por variáveis melhora nas condi- para a efetividade
na unidade de relacionadas com ções do aleitamento, do procedimento e
terapia intensiva o modo de aleita- como na avaliação, melhora das condi-
neonatal. mento, material uti- conforto, posiciona- ções alimentares do
lizado pelas mães e mento correto e uso lactante.
184
Alimentação do recém-nascido e lactente
Monguilhott, Informar sobre os Por meio de revi- Ampla discussão Conclui-se que os
Frazzon e hábitos de sucção, são de literatura, sobre os achados dos hábitos de sucção
Cherem tais como sucção a autora trouxe estudos. podem provocar alte-
(2003) de dedo e uso de várias informações rações no crescimento
chupeta e sugerir sobre os hábitos de e desenvolvimento
tratamentos para sucção, alertando esquelético facial,
hábitos de sucção. dos malefícios que com mal oclusão
trazem e as con- caracterizadas por
sequências do uso uma mordida aberta
de mamadeira e anterior. E o trata-
chupetas. Trazendo mento dos hábitos
também a definição deve ser realizado por
de Sucção nutritiva uma equipe multipro-
e não nutritiva. fissional com fonoau-
diólogo, ortodentista,
otorrinolaringologista
e psicólogo para ter
uma efetiva prevenção
e tratamento.
185
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Artigos publicados
entre 1960 e 2001;
Prado et al. Relatar a experiência Houve a criação de Resultou-se na criação Mostra-se evidente
(2013) da tele enfermagem um grupo multidisci- de 12 capítulos, dez a importância da
na teleamamenta- plinar para a elabora- casos clínicos e um integralidade pro-
ção do Programa ção de materiais didá- vídeo abordando a fissional para o
Nacional de ticos multimídia que amamentação realizado desenvolvimento
telessaúde no explorava um texto por diversos profissio- dessas atividades
Brasil no núcleo sobre aleitamento nais da saúde. Além para o aumento
S ão Paulo. A materno, distribuído disso, foi realizado um de informação da
teleamamentação em 12 tópicos e conteúdo com a lin- saúde e até auxi-
tem o objetivo de alguns subtópicos, guagem mais compa- liando na formação
informar sobre os composto de fotos tível ao público falando e capacitação de
aspectos da ama- imagens dinâmicas de uma maneira mais profissionais para a
mentação visto e questões autoa- clara sobre os temas e promoção de saúde
por diferentes valiativas inseridas citando sobre anatomia da comunidade.
186
Alimentação do recém-nascido e lactente
Scheeren et al. Descrever as con- Estudo obser va- Maior parte dos Conclui-se que o
(2012) dições iniciais cional, prospectivo binômios apresen- item mais favorável
do aleitamento e não comparado, tou boa pontuação para uma boa ama-
materno em transversal; de escore com uma mentação é a rela-
recém-nascidos amamentação ade- ção de afetividade
pré-termo inter- Foram estudados quada. A afetividade e posição adequada
nados na unidade 26 binômios (mãe/ entre mãe e bebê e a do bebê. A maioria
de terapia inten- bebê). A primeira posição correta para das dificuldades
siva neonatal. etapa foi a avalia- o aleitamento foram apresentadas é oca-
ção dos prontuários, os que obtiveram sionada pela falta
com a busca das melhores resultados. dos reflexos orais
patologias que cau- As dificuldades apre- nas crianças, e com
saram a internação. sentadas por alguns isso, todos os binô-
Após isso, obser- binômios foram de mios devem ter
vou-se a mamada e RN inquieto, que auxílio de profissio-
foi aplicado o Pro- não procura o seio nais da saúde para
tocolo de Observa- materno, não conse- orientar e diminuir
ção e Avaliação da gue fazer a pega cor- as dúvidas em rela-
Mamada. reta e mães que não ção ao aleitamento
conseguem fazer a materno.
ejeção de leite.
187
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Alimentação do recém-nascido e lactente
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Após a conclusão desta etapa, o material gráfico final adequado e concluído foi proposto (figura 1).
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Alimentação do recém-nascido e lactente
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Referências
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CAPÍTULO VIII
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
Discussão sobre aspectos que os pre- 80 minutos Esse momento foi destinado aos parti-
sentes tivessem como dúvida cipantes no intuito de tirarem dúvidas.
Caso não houvesse nenhuma questão,
seria realizada uma dinâmica com per-
guntas em bexigas para que respondes-
sem, o que estimularia a discussão.
221
Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Legenda:
Af1= Afirmativa sobre o aleitamento materno;
Af2= Afirmativa sobre a importância do contato do bebê com pais/familiares no intuito
de promover o desenvolvimento da linguagem;
Af3= Afirmativa sobre anatomia da criança x processo de sucção e
Af4 = Afirmativa sobre relação do posicionamento do bebê ao ser alimentado e
consequências auditivas.
Fonte: Adaptado de: Medeiros, Batista e Barreto (2015).
222
Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
n % n % n % n %
R1 0 0 0 0 0 0 0 0
R2 19 63 0 0 0 0 2 7
R3 4 13 0 0 0 0 20 67
R4 4 13 4 13 0 0 3 10
R5 3 10 28 93 30 100 5 17
Total 30 30 30 30
Legenda:
Af1= Afirmativa sobre o aleitamento materno;
Af2= Afirmativa sobre a importância do contato do bebê com pais/familiares no intuito
de promover o desenvolvimento da linguagem;
Af3= Afirmativa sobre anatomia da criança x processo de sucção e
Af4 = Afirmativa sobre relação do posicionamento do bebê ao ser alimentado e
consequências auditivas;
n= número de participantes;
% = porcentagem do número de participantes;
R1 = Resposta – Não sei;
R2 = Resposta – Não concordo;
R3 = Resposta – Talvez;
R4 = Resposta – Concordo pouco;
R5 = Resposta – Concordo muito.
Das quatro afirmativas apresentadas, as afirmativas 3 – anatômicas
da criança x processo de sucção – e 2 – importância do contato do
bebê com pais/familiares no intuito de promover o desenvolvimento
da linguagem – tiveram o maior número de respostas dentro do padrão
esperado (100%). A afirmativa 1 – aleitamento materno – teve 63% das
respostas condizentes com o que era esperado. Por fim, afirmativa 4 –
relação do posicionamento do bebê ao ser alimentado e consequências
auditivas – teve 27% de respostas condizentes com a esperada.
A realização deste estudo teve como objetivo relatar a proposição da
oficina sobre alimentação do recém-nascido e lactente, sob o ponto de
vista fonoaudiológico, a fim de orientar e ampliar o conhecimento das
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
Referências
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Oficina teste sobre a alimentação do recém-nascido e lactente
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SOBRE OS AUTORES
Fonoaudióloga.
Professora Adjunta da Faculdade de Ceilândia – curso de
Fonoaudiologia, Universidade de Brasília.
Doutora em Ciências da Reabilitação pela Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de
Fonoaudiologia (CFFa).
Aperfeiçoamento em Motricidade Orofacial pela Irmandade de
Misericórdia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Fonoaudióloga.
Mestre em Ciências da Reabilitação pela Faculdade de Ceilândia,
Universidade de Brasília.
Especialista em Disfagia pelo Centro de Estudos e Pesquisa
Hospital do Câncer A. C. Camargo.
Sobre os autores
Fonoaudióloga clínica.
Fonoaudióloga.
Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Síndromes
e Anomalias Craniofaciais do HRAC/USP.
Fonoaudióloga clínica.
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Fonoaudiologia no primeiro ciclo de vida
Fonoaudióloga.
Professora adjunta da Faculdade de Ceilândia – curso de Fonoaudiologia,
Universidade de Brasília.
Doutora em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília.
Fonoaudióloga clínica.
Fonoaudióloga clínica.
Soraya Lage de Sá
Bióloga.
Mestre e doutoranda em Biologia Animal, Universidade de Brasília.
Fonoaudióloga clínica.
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Sobre os autores
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