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Manual de Antibiograma 2019 – Segundo BrCAST/EUCAST

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Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda

Rev 00– 06/2019


Manual de Antibiograma 2019 – Segundo BrCAST/EUCAST
2
Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda

A Laborclin entende que muito além de nossos objetivos comerciais, possuímos a


missão e a responsabilidade de compartilhar conhecimento técnico e científico, ajudando a
melhor promover a saúde pública no país.

Em 14 de dezembro de 2018, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 64 de


11/12/2018 que “Determina aos laboratórios de rede pública e privada, de todas as
Unidades Federadas, a utilização das normas de interpretação para os testes de
sensibilidade aos antimicrobianos (TSA), tendo como base os documentos da versão
brasileira do European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing.”

Os documentos do BrCAST incluem Tabelas de Pontos de Corte, Tabelas de


Controle de Qualidade, Manual de Disco Difusão, Guia de Leitura, Lista para implantação
entre outros. Estes documentos estão disponíveis gratuitamente pelo comitê do BrCAST,
podem ser baixados no site: http://brcast.org.br/documentos/. Disponibilizamos estes
doumentos a seguir, baixados em 12/06/2019.

Rev 00– 06/2019


Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Este documento, exceto onde indicado, é baseado nos pontos de corte da versão 9.0, 2019 do EUCAST(www.eucast.org)
Versão válida a partir de 01-02-2019
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Conteúdo Página Informação adicional
Notas 2
Orientações para leitura das tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST 4
Informações sobre incerteza técnica (AIT) 5
Alterações 6
Enterobacterales 11
Pseudomonas spp. 14
Stenotrophomonas maltophilia 16 Link para Documento de Orientação sobre Stenotrophomonas maltophilia
Burkholderia cepacia - Link para Documento de Orientação sobre o grupo Burkholderia cepacia
Acinetobacter spp. 17
Staphylococcus spp. 19
Enterococcus spp. 23
Streptococcus grupos A, B, C e G 26
Streptococcus pneumoniae 29
Streptococcus do Grupo Viridans 33
Haemophilus influenzae 36
Moraxella catarrhalis 39
Neisseria gonorrhoeae 41
Neisseria meningitidis 43
Anaeróbios gram-positivos 45
Clostridioides difficile 47
Anaeróbios gram-negativos 48
Helicobacter pylori 50
Listeria monocytogenes 51
Pasteurella multocida 52
Campylobacter jejuni e C. coli 54
Corynebacterium spp. 55
Aerococcus sanguinicola e A. urinae 57
Kingella kingae 58
Aeromonas spp. 60
Mycobacterium tuberculosis 62
Agentes Tópicos 63 Hiperlink p/ documento de Orientação do EUCAST sobre Agentes Tópicos
Pontos de corte baseados em PK/PD (sem relação com espécie) 64
Dosagens 67
Regras de Especialistas - Hiperlink para Regras de Especialistas do EUCAST
Detecção de Mecanismos de Resistência -
Testes de sensibilidade antimicrobiana em grupos de organismos ou de antimicrobianos Hiperlink p/ Documento de Orientação sobre como testar e interpretar resultados quando não há pontos
-
para os quais não há pontos de corte do EUCAST de corte
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Versão válida a partir de 01-02-2019
Este documento, exceto onde indicado, é baseado nos pontos de corte da versão 9.0, 2019 do EUCAST (www.eucast.org)
Notas
1. As tabelas de pontos de corte clínicos do BrCAST - EUCAST contêm pontos de corte clínicos para CIM (determinados ou revisados durante 2002-2018) e para os diâmetros de halo de inibição correspondentes. Esta
versão inclui a correção de erros tipográficos, esclarecimentos, pontos de cortes para novos organismos e/ou antimicrobianos, pontos de corte para CIM revisados bem como pontos de cortes para diâmetros de halos
de inibição revisados e novos. As mudanças são melhor visualizadas num monitor ou impressão colorida pois as células que apresentam mudanças estão em amarelo. Os comentários novos ou revisados estão
sublinhados. Comentários removidos estão sinalizados em fonte tachada.
Comentários ou pontos de corte propostos pelo BrCAST estão assinalados em verde. Visando facilitar o uso das tabelas na bancada, a categoria Intermediário e seus respectivos valores foram incluídos em cada uma
das tabelas específicas.

2. Pontos de corte conforme dados de farmacocinética/farmacodinâmica (PK/PD), não relacionados às espécies bacterianas, estão listados separadamente na parte final do documento.

3. Notas numeradas (1., 2., 3., ...) são relacionadas a comentários gerais ou pontos de corte para CIM. Notas com letras (A., B., C., ...) são relacionadas aos pontos de corte para o teste de disco-difusão.

4. Nomes de antimicrobianos em destaque (cor azul) contêm hiperlink para o racional das decisões do EUCAST. Pontos de corte para CIM e para diâmetro de halo de inibição em destaque (cor azul) são links para
documentos de distribuição de CIMs e de diâmetros de halo de inibição, respectivamente.

5. Uma versão do documento é disponibilizada no formato de arquivo Excel® para visualização em tela e outra em formato pdf para impressão. Para utilizar todas as funções do arquivo Excel®, use apenas software
original da MicrosoftTM. O arquivo Excel® permite aos usuários alterar a lista dos agentes testados localmente. O conteúdo de células individuais não pode ser alterado. Ocultar linhas utilizando o botão direito do mouse
no número da linha e escolher "ocultar". Ocultar colunas utilizando o botão direito do mouse na letra da coluna e escolher "ocultar".

6. Um ponto de corte para diâmetro de halo de inibição de "S ≥ 50 mm" é um valor arbitrário "fora da escala" que corresponde a situações de ponto de corte para CIM nos quais cepas selvagens são categorizadas na
categoria Intermediário (ou seja, não existem isolados totalmente sensíveis).

6. Os pontos de corte do EUCAST são utilizados para categorizar os resultados em três categorias de sensibilidade:
S - Sensível, dose padrão: Um microrganismo é categorizado como Sensível, dosagem padrão quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico utilizando o regime de dosagem padrão do agente.
I - Sensível, aumentando exposição: Um microrganismo é categorizado como Sensível, aumentando exposição * quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico devido ao aumento da exposição ajustando-
se o regime de dosagem ou sua concentração no local de infecção.
R - Resistente: um microrganismo é categorizado como Resistente quando há alta probabilidade de falha terapêutica mesmo quando há aumento da exposição.
* Exposição é uma função de como o modo de administração, dose, intervalo entre as doses, tempo de infusão assim como a distribuição, metabolismo e excreção do antimicrobiano influenciam o microrganismo no
local de infecção.

7. Para algumas combinações microrganismo-antimicrobiano, os resultados podem estar em uma área na qual a interpretação é incerta. O EUCAST designou este intervalo de Área de Incerteza Técnica (AIT). Esta
área corresponde a um valor de CIM e/ou intervalo de halo de inibição onde a categorização é incerta. Ver página 4 para mais informações sobre AIT e como lidar com resultados na AIT.

8. A categoria Intermediário I - Sensível, aumentando exposição foi incluída para facilitar o uso das tabelas durante a leitura de antibiogramas.

9. Para E. coli ao testar fosfomicina, Stenotrophomonas maltophilia ao testar sulfametoxazol-trimetoprima, Staphylococcus aureus ao testar benzilpenicilina, Enterococcus spp. ao testar vancomicina e Aeromonas spp.
ao testar sulfametoxazol-trimetoprima, é crucial seguir as instruções de leitura específicas para a interpretação correta do teste de disco-difusão. Para ilustrar isso, figuras com exemplos de leitura estão incluídas no final
de cada tabela de ponto de corte correspondente. Para instruções gerais e outras instruções específicas de leitura, ver o documento "Guia de Leitura do EUCAST-BrCAST" disponível em www.brcast.org.br.
2
Notas
9. Para cefuroxima e fosfomicina existem pontos de corte para formas de administração oral e intravenosa.

10. Com algumas exceções, o EUCAST recomenda o uso do método de referência de microdiluição em caldo conforme descrito pela ISO para determinação da CIM de mircrorganismos não exigentes.
Para microrganismos fastidiosos, o EUCAST recomenda o uso da mesma metodologia, mas com o uso do caldo MH-F (caldo MH com sangue de cavalo lisado e beta-NAD). Consultar o documento de preparação de
meios do EUCAST - BrCAST em www.brcast.org.br. Há vários métodos alternativos comercialmente disponíveis, cuja responsabilidade em garantir a precisão do sistema é do fabricante e a responsabilidade do
usuário o controle de qualidade dos resultados.

11. Por convenção internacional, as diluições seriadas de CIM são baseadas em diluições 1/2 acima e abaixo de 1 mg/L. Em diluições abaixo de 0,25 mg/L, ocorre que as concentrações ficariam com múltiplas casas
decimais. Para evitar o uso de múltiplos decimais nas tabelas e documentos, o EUCAST decidiu usar as seguintes abreviações (em negrito): 0,125→0,125; 0,0625→0,06; 0,03125→0,03; 0,015625→0,016;
0,0078125→0,008; 0,00390625→0,004 e 0,001953125→0,002 mg/L.

"-" indica que o teste de sensibilidade não é recomendado pois a espécie é um alvo inadequado para terapia com o antimicrobiano.
"IE" indica que não há evidência suficiente de que a espécie em questão seja um bom alvo para a terapia com a droga testada. Uma CIM com algum comentário, mas sem a interpretação de S, I ou R pode ser
NA = Não Aplicável
IP = Em preparação
AE = Alta exposição ao agente (ver a tabela de dosagens, última aba da tabela de pontos de corte)

3
Orientações para leitura das tabelas de pontos de corte do BrCAST Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019

Texto em
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
vermelho Disco-difusão: (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura:
indica alerta Meio de cultura:
Inóculo:
quanto à Inóculo:
Metodologia e controle de qualidade do composição Metodologia e controle de qualidade do
Incubação: EUCAST-BrCAST para determinação de CIM Incubação: EUCAST-BrCAST para disco-difusão
do meio
Leitura: Leitura:
Controle de qualidade: Controle de qualidade:

Pontos de corte para A categoria I - Sensível, aumentando


uma determinada exposição foi tornada evidente nas tabelas para
Alta exposição ao espécie devem ser facilitar o seu uso durante a leitura de Área de Incerteza Técnica (AIT)
agente (AE) utilizados apenas para antibiogramas Ver informações específicas sobre como lidar
Ver tabela de aquela espécie (neste com incertezas técnicas em testes de Células ou frases em verde indicam
dosagens, última exemplo, S. aureus) sensibilidade aos antimicrobianos comentários ou pontos de corte adicionados
aba na tabela de pelo BrCAST
pontos de corte.

Agente antimicrobiano Pontos de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo do Pontos de corte p/ halo de inibição (mm) Notas
disco (µg) Números para comentários sobre pontos de corte para CIM
Letras para comentários sobre pontos de corte para disco-difusão

Sч I R> AIT Sш I R< AIT


1 1 A A
Agente antimicrobiano A 1 - >1 X 20 - <20 1. Notas que são comentários gerais e/ou relacionados aos pontos de corte para CIM.
Agente antimicrobiano BAE 22 4 >4 Y 26 23-25 <23 2. Novo comentário
Agente antimicrobiano C EI EI EI EI EI EI Comentário removido
Agente antimicrobiano D, S. aureus - - - - - -
Agente antimicrobiano E EP EP EP EP EP EP A. Comentário sobre disco-difusão
Agente antimicrobiano F (triagem) NA NA NA Y 25 - <25
Agente antimicrobiano G 0,5 1-2 >2 Z 30 24-29 <24

Modificações em relação à última


versão destacadas em amarelo
Pontos de corte de triagem
para diferenciação entre Não aplicável
isolados com ou sem
mecanismos de resistência Células preenchidas em
vermelho indicam alerta Sem pontos de corte. O teste de
Em preparação
quanto à potência do disco sensibilidade com este antimicrobiano
não é recomendado
Pontos de corte p/ CIM em cor
azul contêm hiperlink para
distribuições de CIMs
Pontos de corte para halos de
inibição em cor azul contêm
Antimicrobianos em cor azul Evidência insuficiente para que a hiperlink para distribuição de
contêm hiperlink para o racional espécie em questão seja considerada diâmetros de halos de inibição
das decisões do EUCAST um bom alvo para terapia com o
antimicrobiano C

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Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Versão válida a partir de 01-02-2019

Como lidar com incertezas técnicas em testes de sensibilidade aos antimicrobianos


Todas as medidas são afetadas por variação aleatória e algumas por variação sistemática. A variação sistemática deve ser evitada e a variação aleatória reduzida tanto quanto possível. O teste de sensibilidade aos
antimicrobianos (TSA), independentemente do método, não é uma exceção.

O EUCAST se esforça para minimizar as variações, fornecendo métodos padronizados para a determinação da CIM e do disco difusão e evitando a criação de pontos de corte que afetam seriamente a
reprodutibilidade do teste. A variação no TSA pode ser ainda mais reduzida, estabelecendo-se padrões mais rigorosos para os fabricantes de material para TSA (caldo, ágar, discos de antimicrobianos) e critérios
para o controle de processos de fabricação e práticas de laboratório.
É tentador pensar que gerar um valor de MIC resolverá todos os problemas. No entanto, as medições de MIC também têm variação e um único valor não é automaticamente correto. Mesmo quando usado o
método de referência, os CIMs variam entre os dias de teste e os técnicos. Sob as melhores circunstâncias, uma MIC de 1,0 deve ser considerada como um valor entre 0,5 e 2,0 mg/L. Não raramente, há
problemas com sistemas de testes comerciais, incluindo testes de microdiluição em caldo, testes de gradiente e dispositivos TSA semi-automáticos.
Embora o TSA seja simples para a maioria dos agentes e espécies, existem áreas problemáticas. É importante alertar os laboratórios sobre isso e a incerteza na categorização da sensibilidade. As análises dos
dados do EUCAST, gerados ao longo dos anos, identificaram tais situações, chamadas de Áreas de Incerteza Técnica (AIT). As AITs são alertas para o microbiologista de que existe uma incerteza que precisa
ser resolvido antes de relatar os resultados do TSA aos clínicos. A AIT não deve ser reportada aos clínicos, exceto em circunstâncias especiais e apenas como parte de uma discussão sobre alternativas
terapêuticas em casos difíceis.
Abaixo estão alternativas de como as AITs podem ser tratadas pelo laboratório. A escolha das ações dependerá da situação. O tipo de amostra (hemocultura versus cultura de urina), o número de agentes
alternativos disponíveis, a gravidade da doença e se uma discussão com clínicos é viável ou não, influenciarão a ação tomada.
• Repetir o teste
Isso só é relevante se houver razão para suspeitar de um erro técnico no TSA primário.
• Utilizar um teste alternativo (determine a CIM ou realize um teste genotípico)
Isso pode ser relevante se o laudo do teste de sensibilidade evidenciar apenas poucas alternativas terapêuticas ou se o resultado for considerado importante. Se o organismo for multirresistente, é aconselhável
determinar a CIM (ver acima em relação à acurácia e precisão da determinação da CIM) para vários antibióticos, possivelmente estendendo o TSA a novas combinações de inibidores de betalactamases e
colistina para bactérias Gram-negativas. Às vezes pode ser necessário realizar a caracterização genotípica ou fenotípica do mecanismo de resistência para obter mais informações.
• Modificar a categoria de sensibilidade
Se houver outras alternativas terapêuticas no laudo de TSA, é permitido modificar o resultado (de S para I, ou de I para R, ou de S para R). No entanto, um comentário deve ser incluído e o isolado deve ser
armazenado para testes adicionais.
• Incluir a incerteza como parte do laudo
É prática comum em muitas outras áreas de laboratório incluir informações sobre a incerteza do resultado relatado. Isso pode ser tratado de várias maneiras:
* Em situações graves, aproveite a oportunidade para entrar em contato com os clínicos para explicar e discutir os resultados.
* Categorize o resultado de acordo com os pontos de corte, mas inclua informações sobre as dificuldades técnicas e/ou as incertezas da interpretação. Em muitos casos, um “R” é menos ambíguo do que
outras alternativas, especialmente quando existem agentes alternativos.
A Área de Incerteza Técnica será tipicamente listada como um valor de MIC definido ou, em disco difusão, como um intervalo de 2-4 mm. AITs só serão listadas quando obviamente necessárias. A ausência de um
AIT (MIC e/ou diâmetro de halo) significa que não há necessidade imediata de um aviso. As AITs introduzidas em 2019 (v. 9.0) serão avaliadas e AITs podem ser adicionadas com o desenvolvimento de mais
informações.
Link para o material de orientação (Redefinição das categorias dos testes de sensibilidade) disponível no site do BrCAST.
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST - EUCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos de inibição
Versão válida a partir de 01-02-2019
Versão 9, EUCAST Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Versão BrCAST 01-02-2019 Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Geral • Link para Regras de Especialistas do EUCAST e Tabelas de Resistência Intrínseca adicionado a cada tabela.
• Colunas para Área de Incerteza Técnica (AIT) adicionadas (CIM e diâmetros de halos).
• Os comentários relacionados à terapia com altas doses foram trocados por AE (Alta Exposição) ao lado do nome antimicrobiano.
• Pontos de corte de meropenem-vaborbactam adicionados.
• Pontos de corte de eravaciclina adicionados.
• Pontos de corte de doripenem removidos.
• Links para documentos sobre o racional para nitroxolina e sulfametoxazol-trimetoprima adicionados.
Notas • Definições de categorias de sensibilidade adicionadas (Nota 6).
• Informações sobre Área de Incerteza Técnica (ATU) adicionadas (Nota 7).
• Nota 9 atualizada para incluir todos os exemplos específicos de leitura.
• Informações sobre teste de referência para CIM adicionadas (Nota 10).
• Explicação de AE (Alta Exposição) adicionada à lista de abreviaturas.
Taxonomia • Enterobacteriaceae alterado para Enterobacterales .
• Enterobacter aerogenes alterado para Klebsiella aerogenes .
• Clostridium difficile alterado para Clostridioides difficile .
• Propionibacterium acnes alterado para Cutibacterium acnes .

Incerteza técnica • Novo texto descrevendo as recomendações do EUCAST sobre como lidar com a incerteza técnica nos testes de sensibilidade aos antimicrobianos.
Enterobacterales Geral
• Espécies listadas anteriormente como "E. coli , Klebsiella spp. e P. mirabilis " são agora listadas como "E. coli , Klebsiella spp. (Exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e P.
A ordem Enterobacterales foi proposta em mirabilis " devido a mudanças na taxonomia.
2016 e inclui as famílias • Morganella spp. mudou para Morganella morganii .
Enterobacteriaceae , Erwiniaceae fam. nov., • Limitação de espécies adicionada à cefuroxima oral.
Pectobacteriaceae fam. nov., Yersiniaceae Novos pontos de corte
fam. nov., Hafniaceae fam. nov., • Meropenem-vaborbactam (CIM)
Morganellaceae fam. nov., e Budviciaceae • Eravaciclina (CIM)
fam. nov. [Adeolu M et al. Int J Syst Evol Pontos de corte revisados
Microbiol. 2016;66(12):5575-5599]. • Ertapenem (CIM e diâmetro de halo)
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte específicos para Morganella morganii , Proteus spp. e Providencia spp.
• Ciprofloxacino (diâmetro de halo)
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo). Limitação de espécies adicionada (pontos de corte válidos para E. coli e C. koseri ).
AITs adicionadas
• Amoxicilina-ácido clavulânico, piperacilina-tazobactam, ceftarolina e ciprofloxacino.
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 3
• Tetraciclinas - comentário 1
Comentários revisados
• Carbapenêmicos - comentário 2
• Aminoglicosídeos - comentário 1
• Tetraciclinas - comentário 3/A
• Tetraciclinas - comentário B

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Versão 9, EUCAST Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Versão BrCAST 01-02-2019 Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Pseudomonas spp. Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Novos pontos de corte
• Meropenem-vaborbactam (CIM)
Pontos de corte revisados
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo)
• Aztreonam (CIM e diâmetro de halo)
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 1
Comentários revisados
• Aminoglicosídeos - comentário 1
AITs adicionadas
• Piperacilina-tazobactam, ceftazidima-avibactam e colistina.
Acinetobacter spp. Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Pontos de corte revisados
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo)
• Ciprofloxacina (CIM e diâmetro de halo)
Comentários revisados
• Aminoglicosídeos - comentário 1
Staphylococcus spp. Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
• "Alta Exposição" (AE) adicionada à cefotaxima e à ceftriaxona
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM)
AITs adicionadas
• "Triagem de cefoxitina para S. epidermidis ", ceftarolina, ceftobiprole e "amicacina para S. aureus "
Comentários removidos
• Aminoglicosídeos - comentário 1
Enterococcus spp. Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM).
Pontos de corte revisados
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo)
• Trimetoprima (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte substituídos por nota.
• Sulfametoxazol-trimetoprima (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte substituídos por nota.
Comentários revisados
• Agentes diversos - comentário 2/A
Streptococcus grupos A, B, C e G Geral
• "Alta Exposição" (AE) adicionada ao levofloxacino
Pontos de corte revisados
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo)
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 2
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário B

7
Versão 9, EUCAST Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Versão BrCAST 01-02-2019 Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Streptococcus pneumoniae • Fluxograma atualizado
Novos pontos de corte
• Ampicilina (diâmetro de halo)
• Amoxicilina oral (CIM)
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral (CIM)
Pontos de corte revisados
• Meropenem para meningite (CIM)
• Triagem - norfloxacina (diâmetro de halo)
• Sulfametoxazol-trimetoprima (diâmetro de halo)
Novos comentários
• Penicilinas - comentário 5
• Penicilinas - comentário C
Comentários revisados
• Penicilinas - comentário 1/A
• Penicilinas - comentário 4/B
• Penicilinas - comentário D
• Cefalosporinas - comentário 1/A
• Carbapenêmicos - comentário 1/A
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário A
Estreptococos do grupo Viridans Novos comentários
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário B
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM)
Haemophilus influenzae • Fluxograma atualizado
Novos pontos de corte
• Amoxicilina oral (CIM)
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral (CIM e diâmetro de halo)
• Piperacilina (alterada de Nota para IE)
• Piperacilina-tazobactam (CIM e diâmetro de halo)
Pontos de corte revisados
• Cefpodoxima (CIM e diâmetro de halo)
• Ceftriaxona (diâmetro de halo)
• Cefuroxima iv (diâmetro de halo)
• Cefuroxima oral (diâmetro de halo)
• Ertapenem (diâmetro de halo)
• Meropenem para meningite (CIM)
AITs adicionados
• Ampicilina, amoxicilina-ácido clavulânico (iv e oral), piperacilina-tazobactam, cefepima, cefotaxima, cefpodoxima, ceftriaxona, cefuroxima (iv e oral) e
imipenem.
Novos comentários
• Penicilinas - comentário 6
• Penicilinas - comentário B
• Cefalosporinas - comentário B
• Cefalosporinas - comentário C
• Carbapenêmicos - comentário B
Comentários revisados
• Penicilinas - comentário 1/A
• Cefalosporinas - comentário 1/A
• Carbapenêmicos - comentário 1/A
8
Versão 9, EUCAST Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Versão BrCAST 01-02-2019 Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Neisseria gonorrhoeae Pontos de corte revisados
• Azitromicina (substituída por Nota)
Neisseria meningitidis Pontos de corte revisados
• Cloranfenicol
Anaeróbios Gram-positivos Geral
• Staphylococcus saccharolyticus adicionado à lista de espécies
Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
Clostridioides difficile Comentários revisados
• Glicopeptídeos - comentário 1
• Agentes diversos - comentário 5

Anaeróbios Gram-negativos Geral


• Parabacteroides adicionado à lista de espécies
Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
Corynebacterium spp. Geral
• Informações sobre C. diphtheriae adicionadas
Novos pontos de corte
• Eritromicina (em preparação)
Novos comentários
• Glicopeptídeos - comentário A

Aerococcus sanguinicola e urinae Novos comentários


• Glicopeptídeos - comentário A.

Mycobacterium tuberculosis Geral


• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
• Informação adicionada sobre desenvolvimento de metodologia de referência
Agentes tópicos Pontos de corte revisados
• Acinetobacter spp. e ciprofloxacino
• Moraxella spp. e ciprofloxacino, levofloxacino e ofloxacino (das alterações de ponto de corte nas tabelas do EUCAST v. 8.1)
Pontos de corte conforme dados de Novos pontos de corte
farmacocinética/farmacodinâmica • Meropenem-vaborbactam
(PK/PD) Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
• Tigeciclina
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 1

9
Versão 9, EUCAST Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Versão BrCAST 01-02-2019 Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Dosagens • Informação geral atualizada
Novos agentes
• Amoxicilina oral
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral
• Meropenem-vaborbactam
• Eravaciclina
Dosagens revisadas
• Ampicilina
• Ampicilina-sulbactam
• Amoxicilina iv
• Amoxicilina-ácido clavulânico iv
• Ticarcilina-ácido clavulânico
• Oxacilina
• Flucloxacilina
• Cefazolina
• Cefepima
• Ceftazidima
• Ceftriaxona
• Meropenem
• Teicoplanina
• Clindamicina
• Colistina
• Daptomicina
• Nitrofurantoína

Novos comentários (situações especiais)


• Amoxicilina oral
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral
Comentários revisados (situações especiais)
• Benzilpenicilina
• Cefotaxima
• Ceftriaxona
• Imipenem
• Meropenem
• Ciprofloxacino
• Levofloxacino
• Ofloxacino
• Vancomicina
• Cloranfenicol
• Nitrofurantoína
• Espectinomicina

10
Enterobacterales* Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para qual Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
diluição em ágar é usada). Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Inóculo: McFarland 0,5
Inóculo: 5 x105 UFC/mL Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior da placa,
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o contra um fundo escuro e sob luz refletida.
crescimento bacteriano. Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle de componente inibidor dos
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente inibidor discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.

* Estudos taxonômicos recentes estreitaram a definição da família Enterobacteriaceae . Alguns membros anteriormente pertencentes a esta família estão agora incluídos em outras famílias da ordem Enterobacterales [Adeolu M et al. Int J Syst Evol Microbiol.
2016;66(12):5575-5599]. Os pontos de corte desta tabela são aplicáveis a todos os membros da ordem Enterobacterales.

1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Penicilinas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ampicilina 81 - >8 10 14A,B - <14B 1/A. Cepas selvagens de Enterobacteriaceae são categorizadas como sensíveis às aminopenicilinas.
Alguns países preferem categorizar isolados selvagens de E. coli e P. mirabilis como Intermediário. Se for esse o caso, utilizar ponto de corte S ≤
0,5 mg/L para CIM e o ponto de corte S ≥ 50 mm para a halo de inibição.
Ampicilina-sulbactam 81,2 - >82 10-10 14A,B - <14B 2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina 81 - >8 - NotaC - NotaC 3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Amoxicilina-ácido clavulânico 81,3 - >83 20-10 19A,B - <19B 19-20 4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina-ácido clavulânico, apenas para Infecção do 321,3 - >323 20-10 16A,B - <16B B. Ignore crescimento que pode aparecer como um halo interno tênue em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
trato urinário (ITU) não complicada
Piperacilina-tazobactam 84 16 >164 16 30-6 20 17-19 <17 17-19 C. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina.

Cefalosporinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefaclor - - - - - - 1. Os pontos de corte de cefalosporinas para enterobactérias permitem detectar todos os mecanismos de resistência clinicamente relevantes
Cefadroxila (apenas ITU não complicada) 16 - >16 30 12 - <12 (incluindo ESBL e AmpC mediada por plasmídios). Alguns isolados produtores de β-lactamases são sensíveis ou intermediários a cefalosporinas de
Cefalexina (apenas ITU não complicada) 16 - >16 30 14 - <14 3ª ou 4ª gerações, considerando-se estes pontos de corte, e devem ser relatados de acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou
Cefazolina - - - - - - ausência de ESBL não influencia na categorização da sensibilidade. A detecção e caracterização de ESBL são recomendadas para fins de saúde
Cefepima 1 2-4 >4 30 27 24-26 <24 pública e controle de infecções.

Cefotaxima 1 2 >2 5 20 17-19 <17 2. Um ECOFF (8 mg/L) de cefoxitina apresenta alta sensibilidade, porém baixa especificidade para a identificação de enterobactérias produtoras de
Cefoxitina (triagem)2 NA NA NA 30 19 - <19 AmpC, uma vez que esse fármaco é afetado também por alterações de permeabilidade e algumas carbapenemases. Isolados classicamente não
Cefpodoxima (apenas ITU não complicada) 1 - >1 10 21 - <21 produtores de AmpC tem perfil selvagem, enquanto os produtores de AmpCs plasmidiais ou hiperprodutores de AmpC cromossômica tem perfil não
Ceftarolina 0,5 - >0,5 5 23 - <23 22-23 selvagem.
Ceftazidima 1 2-4 >4 10 22 19-21 <19 3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
Ceftazidima-avibactam 83 - >83 10-4 13 - <13 4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Ceftolozana-tazobactam 14 - >14 30-10 23 - <23 5. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas. Ver tabela de dosagens.
Ceftriaxona 1 2 >2 30 25 22-24 <22
Cefuroxima IVAE, E. coli , Klebsiella spp. (exceto K. 8 - >8 30 19 - <19
aerogenes ), Raoultella spp. e P. mirabilis
Cefuroxima oral (apenas ITU não complicada), E. coli , 8 - >8 30 19 - <19
Klebsiella spp. (exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e P.
mirabilis

11
Enterobacterales Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca

1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Carbapenêmicos
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem 1. Alguns isolados produtores de carbapenemases são categorizados como sensíveis utilizando esses pontos de corte e devem ser relatados de
Ertapenem 0,5 - >0,5 10 25 - <25 acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou ausência de carbapenemases não influencia na categorização da sensibilidade. A detecção
Imipenem 2 4 >4 10 22 17-21 <17 e a caracterização de carbapenemases são recomendadas para fins de saúde pública e controle de infecções. Para a triagem de carbapenemase, é
recomendado um ponto de corte para meropenem de >0,125 mg/L (diâmetro de halo <28 mm).

Imipenem, Morganella morganii, Proteus spp. Providencia 0,125 0,25-4 >4 10 50 17-49 <17 2. A atividade intrinsecamente baixa do imipenem contra Morganella morganii , Proteus spp. e Providencia spp. requer alta exposição ao imipenem.
spp.2
Meropenem 2 4-8 >8 10 22 16-21 <16 3. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/L.
Meropenem-vaborbactam 83 - >83 EP EP EP EP

Monobactâmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Aztreonam1 1 2-4 >4 30 26 21-25 <21 1. Os pontos de corte de aztreonam para Enterobacteriaceae permitem detectar todos os mecanismos de resistência clinicamente relevantes
(incluindo ESBL). Alguns isolados produtores de β-lactamases são sensíveis ou intermediários ao aztreonam utilizando esses pontos de corte e
devem ser relatados de acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou ausência de ESBL não influencia na categorização da
sensibilidade. A detecção e a caracterização de ESBL são recomendadas para fins de saúde pública e controle de infecções.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,25 0,5 >0,5 0,5 5 25 22-24 <22 22-24 1. Existem evidências clínicas que indicam uma resposta inadequada ao tratamento com ciprofloxacino em infecções sistêmicas causadas por
Ciprofloxacino, Salmonella spp.1 0,06 - >0,06 NotaA NotaA NotaA Salmonella spp. com baixos níveis de resistência ao ciprofloxacino (CIM>0,06 mg/L). Os dados disponíveis relacionam-se principalmente a
Pefloxacino (triagem), Salmonella spp.1 NA NA NA 5 24B - B
<24 Salmonella Typhi, mas também há relatos de casos com resposta inadequada em relação a outras espécies de Salmonella.
Levofloxacino 0,5 1 >1 5 23 19-22 <19 A. Os testes com disco de ciprofloxacino de 5 µg não são confiáveis para detectar baixos níveis de resistência em Salmonella spp. Para triagem de
Moxifloxacino 0,25 - >0,25 5 22 - <22 resistência ao ciprofloxacino em Salmonella spp., utilizar discos de pefloxacino 5 µg. Ver Nota B.
Ácido nalidíxico (triagem) NA NA NA NA NA NA
Norfloxacino (apenas ITU não complicada) 0,5 1 >1 10 22 19-21 <19

Ofloxacino 0,25 0,5 >0,5 5 24 22-23 <22 B. A sensibilidade de Salmonella spp. ao ciprofloxacino pode ser inferida a partir do resultado do teste de disco-difusão de pefloxacino.

Aminoglicosídeos1,2 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
AmicacinaAE 8 16 >16 30 18 15-17 <15 1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária. Usualmente,
GentamicinaAE 2 4 >4 10 17 14-16 <14 aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.
2. Os pontos de corte não se aplicam a Plesiomonas shigeloides visto que aminoglicosídeos têm baixa atividade contra esta espécie.
NetilmicinaAE 2 4 >4 10 15 12-14 <12
TobramicinaAE 2 4 >4 10 17 14-16 <14

12
Enterobacterales Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina1 - - - - - - 1. Azitromicina tem sido utilizada no tratamento de infecções por Salmonella Typhi (CIM ≤16 mg/L para isolados selvagens) e Shigella spp.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina - - - - - - 1. A tetraciclina tem sido utilizada para prever a sensibilidade à doxiciclina no tratamento de infecções por Yersinia enterocolitica (CIM de tetraciclina
≤ 4 mg/L para isolados selvagens). O diâmetro de halo correspondente para o disco de 30 µg de tetraciclina é ≥19 mm.

Eravaciclina, E. coli 0,5 - >0,5 IP IP IP IP 1. Tigeciclina possui atividade reduzida contra Morganella spp., Proteus spp. e Providencia spp.
Minociclina - - - - - - 2. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser fresco, preparado no dia do uso.

Tetraciclina1 - - - - - - 3/A. Para outras Enterobacterales, a atividade de tigeciclina varia de insuficiente em Proteus spp., Morganella morganii e Providencia spp. para
variável em outras espécies. Para mais informações, consultar http://www.eucast.org/guidance_documents/.
Tigeciclina, E. coli e C. koseri 0,52,3 - >0,52,3 15 18A - <18A
B. Pontos de corte de diâmetro do halo de inibição validados apenas para E. coli . Para C.koseri , usar um método de determinação da CIM.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
do disco (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol 8 - >8 30 17 - <17 1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada com o método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da colistina deve ser
Colistina1 2 - >2 - NotaA NotaA NotaA realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle resistente à colistina de E. coli NCTC
13846 (mcr-1 positivo).
Polimixina B3 2 - >2 - NotaA NotaA NotaA 2. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na presença de glicose-6-
fosfato (25 mg/L no meio para os métodos de diluição em caldo e diluição em ágar). Seguir as instruções do fabricante caso seja utilizado um
Fosfomicina IV sistema comercial.
322 - >322 200B 24C,D - <24C,D
Fosfomicina oral (apenas ITU não complicada) 322 - >322 200B 24C,D - <24C,D 3. Pontos de corte propostos pelo BrCAST
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada), E. coli 64 - >64 100 11 - <11 4. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
Sulfametoxazol-trimetoprima4 2 4 >4 23,75-1,25 14 11-13 <11 A. Utilizar um método de determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).
B. Os discos de fosfomicina de 200 µg devem conter 50 µg de glicose-6-fosfato.
C. Pontos de corte para diâmetro de halo aplicáveis apenas a E. coli . Para outras Enterobacterales determine a CIM.
D. Ignorar colônias isoladas dentro do halo de inibição. Ver figuras abaixo.

a) b) c) d)

Sem halo
Exemplos de halos de inibição de Escherichia coli com fosfomicina.
a-c) Ignorar todas as colônias e ler a borda mais externa do halo.
d) Registrar como ausência de halo de inibição.
13
Pseudomonas spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019฀
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
qual diluição em ágar é usada) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Inóculo: McFarland 0,5
Inóculo: 5 x105 UFC/mL Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o parte posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
crescimento bacteriano. Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Pseudomonas aeruginosa é a espécie mais frequente deste gênero. Outras espécies menos frequentes de Pseudomonas recuperadas em amostras clínicas são: grupo P. fluorescens , grupo P. putida e grupo P. stutzeri .

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Piperacilina-tazobactamAE 162 - >162 30-6 18 - <18 18-19 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
2. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada a 4 mg/L.

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
CefepimaAE 8 - >8 30 21 - <21 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
CeftazidimaAE 8 - >8 10 17 - <17 1. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
Ceftazidima-avibactam, P. aeruginosa 81 - >81 10-4 17 - <17 16-17 2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Ceftolozana-tazobactam, P. aeruginosa 42 - >42 30-10 24 - <24

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem1 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
Ertapenem - - - - - - 1. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/L.
ImipenemAE 4 - >4 10 20 - <20
Meropenem 2 4-8 >8 10 24 18-23 <18
Meropenem-vaborbactam, P. aeruginosa 81 - >81

Monobactâmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
AztreonamAE 16 - >16 30 18 - <18 A. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela
determinação da concentração inibitória mínima (CIM).

14
Pseudomonas spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019฀
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
CiprofloxacinoAE 0,5 - >0,5 5 26 - <26 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
LevofloxacinoAE 1 - >1 5 22 - <22
Moxifloxacino - - - - - -
Norfloxacino (apenas ITU não complicada) - - - - - -
Ofloxacino - - - - - -

Aminoglicosídeos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
AmicacinaAE 8 16 >16 30 18 15-17 <15 1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única
GentamicinaAE 4 - >4 10 15 - <15 diária. Usualmente, aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.

NetilmicinaAE 4 - >4 10 12 - <12


TobramicinaAE 4 - >4 10 16 - <16

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Colistina1 2 - >2 4 NotaA NotaA NotaA 1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada pelo método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da
colistina deve ser realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle
resistente à colistina E. coli NCTC 13846 (mcr-1 positivo).

Polimixina B
2 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 2. Pontos de corte preconizados pelo BrCAST.

Fosfomicina iv3 - - - - - - 3. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg por litro de ágar MH). Seguir as instruções do fabricante caso seja utilizado um sistema
Fosfomicina oral3 comercial. Infecções causadas por cepas selvagens (ECOFF: CIM 128mg/L; correspondendo ao diâmetro de halo de 12 mm
usando a potência do disco e instruções de leitura de E. coli ) têm sido tratadas usando combinações de fosfomicina e outros
- - - - - - agentes antimicrobianos.
A. Utilizar um método para a determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).

15
Stenotrophomonas maltophilia Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019฀
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Sulfametoxazol-trimetoprima é o único agente atualmente para qual existem pontos de


Para informações adicionais, ver documento de orientação em www.eucast.org.
corte do EUCAST.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Para Sulfametoxazol-trimetoprim, deve-se ler a CIM da menor concentração antimicrobiana que inibiu Leitura: Ler as bordas dos halos de inibição com a parte posterior da placa voltada para o observador, contra um fundo escuro e sob
aproximadamente 80% do crescimento bacteriano comparado ao poço controle. luz refletida (ver abaixo para instruções específicas de leitura).
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922 Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
(mg/L) do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Sulfametoxazol-trimetoprima1,AE 4 - >4 23,75-1,25 16A - <16A 1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprim.
2. Os pontos de corte se referem a terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
A. Isolados apresentando qualquer sinal de halo de inibição 16 mm podem ser reportados como sensíveis e o crescimento dentro do
halo de inibição pode ser ignorado. A densidade do crescimento dentro do halo pode variar de uma névoa a um crescimento substancial
(ver figuras abaixo).

b) c)

Exemplos de halos de inibição de Stenotrophomonas maltophilia com sulfametoxazol-trimetoprima.


a-c) Um halo externo pode ser visualizado. Reportar como sensível se o diâmetro do halo for ≥ 16 mm.
d) Crescimento até a borda do disco e sem sinal de halo de inibição. Reportar como resistente.

16
Acinetobacter spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM da menor concentração antimicrobiana que visualmente inibe por completo o Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
crescimento bacteriano. posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Este gênero inclui várias espécies. As espécies de Acinetobacter mais frequentemente encontradas em amostras clínicas são aquelas incluídas no grupo A. baumannii , que inclui A. baumannii , A. nosocomialis , A. pittii , A. dijkshoorniae e
A. seifertii . Outras espécies são A. haemolyticus , A. junii , A. lwoffii , A. ursingii e A. variabilis .

1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


Penicilinas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ampicilina-sulbactam EI EI EI EI EI EI 1. O teste de sensibilidade de Acinetobacter spp. às penicilinas não é confiável. Na maioria dos casos, Acinetobacter spp. são
resistentes às penicilinas.
Piperacilina-tazobactam EI EI EI EI EI EI

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefepima - - - - - -
Ceftazidima - - - - - -

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem1 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com altas doses, ver tabela de dosagens.
Ertapenem - - - - - -
Imipenem 2 4 >4 10 24 21-23 <21
Meropenem 2 4-8 >8 10 21 15-20 <15
Meropenem-vaborbactam EI EI EI EI EI EI

Monobactâmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Aztreonam - - - - - -

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,06 0,12-1 >1 5 50 21-49 <21 1. Os pontos de corte são baseados em terapia com altas doses, ver tabela de dosagens.
Levofloxacino 0,5 1 >1 5 23 20-22 <20
Moxifloxacino - - - - - -
Norfloxacino (apenas ITU não complicada) - - - - - -
Ofloxacino - - - - - -
17
Acinetobacter spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


Aminoglicosídeos
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
AmicacinaAE 8 16 >16 30 19 17-18 <17 1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária.
GentamicinaAE 4 - >4 10 17 - <17 Usualmente, aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.
NetilmicinaAE 4 - >4 10 16 - <16
TobramicinaAE 4 - >4 10 17 - <17

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina - - - - - -
Minociclina EI EI EI EI EI EI
Tetraciclina - - - - - -
Tigeciclina EI EI EI EI EI EI

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Colistina1 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada com o método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da colistina
deve ser realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle resistente à colistina
de E. coli NCTC 13846 (mcr-1 positivo).

Polimixina B2 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 2. Pontos de corte preconizados pelo BrCAST.
Sulfametoxazol-trimetoprima3 2 4 >4 23,75-1,25 14 11-13 <11 3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Utilizar um método de determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).

18
Staphylococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
qual diluição em ágar é usada) Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Inóculo: McFarland 0,5
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida (exceto para penicilina e linezolida, veja abaixo).
crescimento bacteriano. Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do EUCAST.
BrCAST-EUCAST.

Este gênero tem sido tradicionalmente dividido em S. aureus , agora considerado como um complexo [S. aureus, S. argenteus (encontrado em infecções humanas) e S. schweitzeri (encontrado até agora em
animais)], outras espécies coagulase positivo não pertencentes ao complexo S. aureus : S. intermedius , S. pseudintermedius , S. schleiferi subespécie coagulans e, por último, estafilococos coagulase negativo.
As espécies coagulase negativo mais frequentemente detectadas em amostras clínicas são S. capitis, S. cohnii, S. epidermidis, S. haemolyticus, S. hominis, S. hyicus, S. lugdunensis, S. saprophyticus,
S. schleiferi subespécie schleiferi, S. sciuri, S. simulans, S. warneri e S. xylosus . Salvo indicação contrária, os pontos de corte aplicam-se a todos os membros do gênero Staphylococcus , exceto quanto ao fato de
que pontos de corte para outras espécies além de S. aureus no complexo S. aureus não foram validados, e que S. saccharolyticus deve ser testado como um anaeróbio gram-positivo.

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina, S. aureus 0,1251 - >0,1251 1U 26A,B - <26A,B 1/A. Estafilococos são, em sua maioria, produtores de penicilinase, sendo resistentes à benzilpenicilina, fenoximetilpenicilina,
Benzilpenicilina, S. lugdunensis 0,1251 - >0,1251 1U 26A - <26A ampicilina, amoxicilina, piperacilina e ticarcilina. Staphylococcus sensíveis à penicilina e cefoxitina podem ser reportados como
Benzilpenicilina, estafilococos coagulase negativo - 1,2 - - 1,2 NotaA,C Nota A,C
NotaA,C sensíveis aos antimicrobianos supracitados. No entanto, a eficácia de formulações orais, particularmente fenoximetilpenicilina, é
incerta. Isolados resistentes à penicilina, mas sensíveis à cefoxitina, são sensíveis às combinações com inibidor de β-lactamase e
Ampicilina, S. saprophyticus Nota 1,3
Nota 1,3
Nota 1,3 2 18 A,D - <18A,D isoxazolilpenicilinas (oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina e flucloxacilina), nafcilina e várias cefalosporinas. Com exceção de ceftarolina e
ceftobiprole, isolados resistentes à cefoxitina são resistentes a todos os β-lactâmicos.
Ampicilina-sulbactam Nota1,3 Nota1,3 Nota1,3 NotaA,D NotaA,D NotaA,D
2/C. Nenhum método existente atualmente pode detectar produção de penicilinase de modo confiável em estafilococos coagulase
Amoxicilina Nota1,3 Nota1,3 Nota1,3 NotaA,D NotaA,D NotaA,D
negativo.
Amoxicilina-ácido clavulânico Nota1,3 Nota1,3 Nota1,3 NotaA,D NotaA,D NotaA,D 3/D. S. saprophyticus sensíveis à ampicilina são gene mec A-negativo e sensíveis à ampicilina, amoxicilina e piperacilina (com ou sem
Piperacilina-tazobactam Nota1,3 Nota1,3 Nota1,3 NotaA,D NotaA,D NotaA,D inibidor de β-lactamase).
Fenoximetilpenicilina, S. aureus Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 4. S. aureus, S. lugdunensis e S. saprophyticus com CIM de oxacilina >2 mg/L são, em sua maioria, resistentes à meticilina pela
Fenoximetilpenicilina, estafilococos coagulase negativo -1,2 -1,2 -1,2 NotaA NotaA NotaA presença do gene mecA ou gene mecC . Ocasionalmente, valores de CIM de oxacilina são altos em S. aureus na ausência de
resistência mediada por gene mec. Essas cepas são conhecidas como BORSA (Borderline Oxacillin-Resistant S. aureus ). O EUCAST
não recomenda uma triagem sistemática para BORSA. Para estafilococos coagulase negativo, exceto S. saprophyticus e S.
lugdunensis , a CIM de oxacilina em cepas resistentes à meticilina é >0,25 mg/L.

Oxacilina4 Nota1,4 Nota1,4 Nota1,4 NotaA,C NotaA,C NotaA,C B. Para detecção de isolados de S. aureus produtores de penicilinase, o método de disco-difusão é mais confiável do que a
determinação da CIM, desde que o diâmetro do halo seja medido E as bordas do halo sejam cuidadosamente avaliadas (ver figuras
abaixo). Examine as bordas do halo de inibição com luz transmitida (placa contra a luz). Se o diâmetro do halo de inibição for <26mm,
relatar resistente. Se o diâmetro for >26mm E as bordas do halo bem definidas, relatar resistente. Se as bordas do halo forem mal
definidas (difusas) reportar sensível, mas se duvidoso relatar resistente. Testes de β-lactamase com cefalosporina cromogênica não
são confiáveis para detectar penicilinase estafilocócica.
C. Para a triagem de S. pseudintermedius resistente à meticilina, ver Nota C em cefalosporinas.

19
Staphylococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Cefalosporinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
CefaclorAE Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 1/A. A sensibilidade às cefalosporinas em estafilococos é inferida pela sensibilidade à cefoxitina, exceto para ceftazidima, ceftazidima-
Cefadroxila Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA avibactam e ceftolozana-tazobactam, que não têm pontos de corte definidos e não devem ser utilizadas para tratamento de infecções
Cefalexina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA estafilocócicas. Alguns S. aureus resistentes à meticilina (oxacilina) são sensíveis à ceftarolina, Ver Notas 4/D e 6/F.

Cefazolina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 2. Para dosagens, ver tabela de dosagens.
Cefepima Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 2. S. aureus e S. lugdunensis com valores de CIM para cefoxitina >4 mg/L e S. saprophyticus com valores de CIM para cefoxitina >8
Cefoxitina (triagem) S. aureus e estafilococos Nota3,4 Nota3,4 Nota3,4 30 22A,B - <22A,B mg/L são resistentes à meticilina (oxacilina) principalmente devido à presença do gene mecA ou mecC . Testes de disco-difusão são
coagulase negativo exceto S. epidermidis confiáveis para predizer resistência à meticilina (oxacilina).
Cefoxitina (triagem), S. epidermidis Nota4 Nota4 Nota4 30 25A,B - <25A,B 25-27 3. Para estafilococos que não sejam S. aureus , S. lugdunensis ou S. saprohyticus , a CIM de cefoxitina é um pior preditor de
resistência à meticilina (oxacilina) do que o teste de disco-difusão.
Cefoxitina (triagem), S. pseudintermedius NA NA NA 30 NotaC NotaC NotaC 4/D. Isolados sensíveis à meticilina (oxacilina) podem ser reportados como sensíveis à ceftarolina sem testes adicionais.
Ceftarolina, S. aureus (Outras indicações que não 14 2 >24,5 1 5 20D 17-19 <17D,E 19-20 5/E. Isolados resistentes são raros.
pneumonia)
Ceftarolina, S. aureus (Pneumonia) 14 - >14 1 5 20D - <20D 19-20 B. Caso um estafilococo coagulase negativo não seja identificado em nível de espécie, utilizar pontos de corte para diâmetro de halo
S≥ 25, R<25mm.
C. Triagem com cefoxitina para S. pseudintermedius resistente à meticilina (oxacilina) tem menor valor preditivo para a presença do
gene mecA do que em outros estafilococos. Usar o disco de oxacilina 1µg com pontos de corte para diâmetro do halo S 20, R<20 mm
para triagem de resistência à meticilina.

Carbapenêmicos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem 1/A. A sensibilidade dos estafilococos aos carbapenêmicos é inferida a partir da sensibilidade à cefoxitina.
Ertapenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Imipenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Meropenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Meropenem-vaborbactam Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
CiprofloxacinoAE, S. aureus 1 - >1 5 21A - <21A 1. Os pontos de corte se referem a terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
CiprofloxacinoAE, estafilococo coagulase negativo 1 - >1 5 24A - <24A A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser usado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver nota B.
Levofloxacino, S. aureus 1 - >1 5 22A - <22A B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao ciprofloxacino, levofloxacino,
moxifloxacino e ofloxacino. Isolados classificados como não sensíveis ao norfloxacino devem ser testados individualmente para cada
Levofloxacino, estafilococo coagulase negativo 1 - >1 5 24A - <24A
agente.
Moxifloxacino, S. aureus 0,25 - >0,25 5 25A - <25A
Moxifloxacino, estafilococo coagulase negativo 0,25 - >0,25 5 28A - <28A
Norfloxacino (triagem) NA NA NA 10 17B - NotaB
OfloxacinoAE, S. aureus 1 - >1 5 20A - <20A
OfloxacinoAE, estafilococo coagulase negativo 1 - >1 5 24A - <24A

20
Staphylococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Aminogicosídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Amicacina1, S. aureus 8 16 >16 16 30 18 16-17 <16 15-19 1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária.

Amicacina1, estafilococos coagulase negativo 8 16 >16 30 22 19-21 <19 1. A resistência à amicacina é melhor determinada testando-se a kanamicina (CIM > 8 mg/L). O diâmetro do halo de inibição
Gentamicina, S. aureus 1 - >1 10 18 - <18 correspondente, para disco de kanamicina de 30 μg, é R < 18 mm para S. aureus e R < 22 mm para estafilococos coagulase negativo.
Gentamicina, estafilococos coagulase negativo 1 - >1 10 22 - <22
Netilmicina, S. aureus 1 - >1 10 18 - <18
Netilmicina, estafilococos coagulase negativo 1 - >1 10 22 - <22
Tobramicina, S. aureus 1 - >1 10 18 - <18
Tobramicina, estafilococos coagulase negativo 1 - >1 10 22 - <22

Glicopeptídeos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Teicoplanina2, S. aureus 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 1. A CIM de glicopeptídeos é dependente do método e deve ser determinada por microdiluição em caldo (referência ISO 20776). S.
Teicoplanina, estafilococos coagulase negativo 4 - >4 NotaA NotaA NotaA aureus com CIM de 2 mg/L para vancomicina estão no limite da distribuição da CIM do tipo selvagem e pode haver diminuição da
resposta clínica. O ponto de corte (resistente) foi diminuído para 2 mg/L para evitar que isolados intermediários “GISA” sejam
Vancomicina2, S. aureus 2 - >2 NotaA NotaA NotaA reportados, já que infecções graves por “GISA” não são tratáveis com doses altas de vancomicina ou teicoplanina.

Vancomicina2, estafilococos coagulase 4 - >4 NotaA NotaA NotaA 2. Isolados não sensíveis são raros. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
negativo centro de referência.
A. O método de disco-difusão não é confiável e não distingue isolados selvagens daqueles com resistência não mediada pelo gene
vanA .

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. A eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, claritromicina e roxitromicina.
Claritromicina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por agente macrolídeo. Se
Eritromicina 11 2 >21 15 21A 18-20 <18A antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como
resistente e considerar a inclusão do comentário: “A clindamicina ainda pode ser utilizada para tratamento de curta duração ou
tratamento de infecções menos graves de pele e tecidos moles porque é improvável haver desenvolvimento de resistência plena
durante tais tratamentos”.

Clindamicina2 0,25 0,5 >0,5 2 22B 19-21 <19B B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina a uma distância de 12-20 mm (borda-borda) e observe a ocorrência de
antagonismo (halo de inibição em forma de "D").

21
Staphylococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina
podem ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser utilizado um método de CIM para testar a sensibilidade à
Eravaciclina, S. aureus 0,25 - >0,25 EP EP EP EP
doxiciclina em isolados resistentes à tetraciclina.
Minociclina 0.51 1 >11 30 23A 20-22 <20A 2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Tetraciclina 11 2 >21 30 22A 19-21 <19A devem ser confirmados em centro de referência.
Tigeciclina 2 0,53 - >0,53 15 18 - <18 3. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Linezolida 4 - >4 10 21A - <21A 1. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida.
A. Examine as margens do halo de inibição com luz transmitida (placa contra a luz).
Tedizolida 0,51 - >0,5 NotaB NotaB NotaB
B. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida. Para isolados resistentes à linezolida, realizar um
método de determinação da CIM.

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ácido fusídico 1 - >1 10 24 - <24 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Cloranfenicol 8 - >8 30 18 - <18 devem ser confirmados em centro de referência.
12 >12 NotaA NotaA NotaA ++
Daptomicina1 - 2.Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca para uma concentração final de 50 mg/L para o
Fosfomicina IV 323 - >323 NotaA NotaA NotaA método da microdiluição em caldo. A diluição em ágar não está validada. Seguir as instruções do fabricante caso utilize um sistema
Fosfomicina oral - - - - - - comercial.
3. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na presença de
Nitrofurantoína (apenas infecção do trato urinário 64 - >64 100 13 - <13 glicose-6-fosfato (25 mg por litro de ágar MH). Seguir as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.
não complicada), S. saprophyticus 4. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
Rifampicina 0,06 0,12-0,5 >0,5 5 26 23-25 <23 A. Utilizar método de determinação da CIM.
Sulfametoxazol-trimetoprima4 2 4 >4 23,75-1,25 17 14-16 <14

Exemplos de halos de inibição para Staphylococcus aureus com benzilpenicilina.


a) Bordas do halo mal definidas (irregulares) e diâmetro do halo de inibição ≥ 26 mm. Reportar como sensível.
b) Bordas do halo bem definidas e diâmetro do halo de inibição ≥ 26 mm. Reportar como resistente. 22
Enterococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Em endocardites, consultar diretrizes nacionais e internacionais sobre os pontos de corte para Enterococcus spp.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h (para glicopeptídeos ler em 24h)
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior
o crescimento bacteriano. da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida (exceto para glicopeptídeos - ver abaixo).
Controle de qualidade: Enterococcus faecalis ATCC 29212. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do Controle de qualidade: Enterococcus faecalis ATCC 29212. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST. inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.

Este gênero inclui várias espécies. Os enterococos mais frequentes recuperados em amostras clínicas são E. faecalis , E. faecium , E. avium , E. casseliflavus , E. durans , E. gallinarum , E. hirae , E. mundtii e E. raffinosus .
Salvo indicação contrária, os pontos de corte são aplicáveis a todos os membros do gênero Enterococcus .

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina - - - - - - 1. E. faecium resistente às penicilinas podem ser considerados resistentes a todos os agentes β-lactâmicos incluindo os carbapenêmicos.
Ampicilina 4 8 >8
2
2 10 8-9 <8
2 2. Resistência à ampicilina em E. faecalis é rara e deve ser confirmada com um método de determinação da CIM.
3 4 4 A A A 3/A. A sensibilidade à ampicilina, amoxicilina e piperacilina com e sem inibidores de β-lactamase pode ser inferida a partir da ampicilina.
Ampicilina-sulbactam 4 8 >8 Nota Nota Nota
3 A A A 4. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina 4 8 >8 Nota Nota Nota
5 5 A A A
5. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Amoxicilina-ácido clavulânico3 4 8 >8 Nota Nota Nota
3 3
Piperacilina-tazobactam
3
Nota Nota Nota3 NotaA NotaA NotaA

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem
Ertapenem - - - - - -
Imipenem 4 8 >8 10 21 18-20 <18
Meropenem - - - - - -
Meropenem-vaborbactam - - - - - -

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino, apenas em infecção do trato A A A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado como triagem para resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
4 - >4 5 15 - <15
urinário (ITU) não complicada
Levofloxacino (apenas ITU não complicada) A A B. A sensibilidade ao ciprofloxacino e ao levofloxacino pode ser inferida a partir da sensibilidade ao norfloxacino.
4 - >4 5 15 - <15
Moxifloxacino - - - - - -
Norfloxacino (triagem) B B
NA NA NA 10 12 - <12
Ofloxacino - - - - - -

23
Enterococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Aminoglicosídeos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
2 2 2 A A A 1. Enterococos são intrinsecamente resistentes aos aminoglicosídeos e a monoterapia com aminoglicosídeos não é efetiva. É provável que
Amicacina Nota Nota Nota Nota Nota Nota
ocorra sinergismo entre aminoglicosídeos e penicilinas ou glicopeptídeos contra enterococos sem resistência adquirida de alto nível. Os
testes de sensibilidade com aminoglicosídeos visam distinguir entre resistência intrínseca e resistência adquirida de alto nível.

2
Gentamicina (para triagem de alto nível de Nota Nota2 Nota2 30 NotaA NotaA NotaA 2/A. A gentamicina pode ser utilizada para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos.
resistência aos aminoglicosídeos)
Netilmicina Nota
2
Nota
2
Nota
2
Nota
A
Nota
A
Nota
A Teste negativo: Isolados com CIM de gentamicina ≤128 mg/L ou com halo de inibição ≥8 mm. O isolado tem perfil selvagem para
Estreptomicina (para triagem de alto nível de Nota
3
Nota3 Nota3 300 NotaB NotaB NotaB gentamicina e apresenta apenas resistência intrínseca de baixo nível. Para outros aminoglicosídeos isso pode não ser o caso. É provável o
resistência aos aminoglicosídeos) sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos se o isolado for sensível à penicilina ou a glicopeptídeo.
Teste Positivo: Isolados com CIM de gentamicina >128 mg/L ou com halo de inibição <8 mm. O isolado apresenta resistência de alto nível à
2 2 2 A A A
Tobramicina Nota Nota Nota Nota Nota Nota gentamicina e aos outros aminoglicosídeos, exceto à estreptomicina, a qual deve ser testada separadamente caso indicado (ver nota 3/B).
Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.

3/B. Isolados com alto nível de resistência à gentamicina podem não apresentar alto nível de resistência à estreptomicina.
Teste Negativo: Isolados com CIM para estreptomicina ≤512 mg/L ou com halo de inibição ≥14 mm. O isolado tem perfil selvagem para
estreptomicina e apresenta apenas resistência intrínseca de baixo nível. É provável o sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos se o
isolado for sensível à penicilina ou glicopeptídeo.
Teste Positivo: Isolados com CIM para estreptomicina >512 mg/L ou com halo de inibição <14 mm. O isolado apresenta resistência de alto
nível de estreptomicina. Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Teicoplanina 2 - >2 30 16 - <16 A. Enterococos sensíveis à vancomicina apresentam halos de inibição com bordas bem definidas e não apresentam colônias dentro do halo
Vancomicina 4 - >4 5 12
A,B
- <12
A,B de inibição. Examinar as bordas dos halos de inibição com luz transmitida (placa erguida contra a luz). Suspeitar de resistência quando as
bordas forem mal definidas (irregulares ou difusas) ou quando houver crescimento de colônias dentro do halo de inibição, mesmo que o
diâmetro do halo seja ≥ 12 mm (ver figuras abaixo). Os isolados não podem ser reportados como sensíveis antes de 24h de incubação.
(Ver nota B).

B. Resultados duvidosos devem ser confirmados por determinação da CIM e/ou detecção dos genes van por PCR.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina - - - - - - 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Eravaciclina 0,125 - >0,125 EP EP EP EP devem ser confirmados em centro de referência.
Minociclina - - - - - - 2.Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco, no dia do uso.
Tetraciclina - - - - - -
1 2 - 2
Tigeciclina 0,25 >0,25 15 18 - <18

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Linezolida 4 - >4 10 19 - <19

24
Enterococcus spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Daptomicina1 EI EI EI EI EI EI 1. Para mais informações veja http://www.eucast.org/guidance_documents/.
Fosfomicina IV - - - - - - 2/A. A atividade do sulfametoxazol-trimetoprim contra enterococos é incerta, não sendo possível prever o desfecho clínico. O ECOFF para
Fosfomicina oral - - - - - - categorizar os isolados como selvagem ou não-selvagem para E. faecalis e E. faecium é de 1 mg/L, com um ECOFF de diâmetro de halo de
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada), E. 23 mm para sulfametoxazol-trimetoprima.
64 - >64 100 15 - <15
3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM são expressos como concentração de trimetoprima.
faecalis
Sulfametoxazol-Trimetoprima3 Nota2 Nota2 Nota2 23,75-1,25 NotaA NotaA NotaA B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
da concentração inibitória mínima (CIM).

a) b) c) d)

Exemplos de halos de inibição de vancomicina para Enterococcus spp.


a) Bordas do halo regulares (bem definidas) e diâmetro do halo ≥ 12 mm. Reportar como sensível.
b-d) Bordas irregulares (difusas ou mal definidas) ou presença de colônias dentro do halo de inibição. Realizar teste confirmatório por PCR para genes van ou reporte como resistente mesmo se o diâmetro da halo for ≥ 12 mm.

25
Streptococcus dos grupos A, B, C e G Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: CO2 a 5%, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela Controle da Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
de CQ do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
2
Benzilpenicilina 0,25 - >0,252 1U 18 - <18 1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G às penicilinas é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina, com
exceção da fenoximetilpenicilina e isoxazolilpenicilinas para estreptococos do grupo B.
1 1 1 A A A 2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Ampicilina Nota Nota Nota Nota Nota Nota
devem ser confirmados em centro de referência.
Ampicilina-sulbactam 3
Nota 1
Nota 1
Nota 1
Nota A
Nota A
NotaA 3. Estreptococos dos grupos A, B, C e G não produzem β-lactamase. A adição de um inibidor de β-lactamase não agrega valor clínico.

Amoxicilina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA


Amoxicilina-ácido clavulânico3 Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Piperacilina-tazobactam3 Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Fenoximetilpenicilina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Oxacilina NA NA NA NA NA NA

Cefalosporinas1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefaclor Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G às cefalosporinas é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
Cefadroxila Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefalexina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefazolina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefepima Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefotaxima Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefoxitina NA NA NA NA NA NA
Ceftarolina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Ceftazidima - - - - - -
Ceftriaxona Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefuroxima iv Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Cefuroxima oral Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA

26
Streptococcus dos grupos A, B, C e G Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Carbapenêmicos1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem 1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G aos carbapenêmicos é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
Ertapenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 2. Estreptococos dos grupos A, B, C e G não produzem β-lactamase. A adição de um inibidor de β-lactamase não agrega valor clínico.
Imipenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Meropenem Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
Meropenem-vaborbactam2 Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino - - - - - - A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
AE 2 - >2 A - A
Levofloxacino 5 17 <17
Moxifloxacino 0,5 - >0,5 5 19A - <19A B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao levofloxacino e moxifloxacino. Isolados
classificados como não sensíveis devem ser testados individualmente frente a estes agentes.
Norfloxacino (triagem) NA NA 10 12B - NotaB
Ofloxacino - - - -

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Teicoplanina1 2 - >2 30 15B - <15B 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
Vancomicina1 2 - >2 5 13B - <13B B. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA 1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
Claritromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA 2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por agente macrolídeo. Se
Eritromicina 0,251 0,5 >0,51 15 21A 18-20 <18A antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como resistente e
considerar a inclusão do comentário: “A clindamicina ainda pode ser utilizada para tratamento de curta duração ou tratamento de infecções
Clindamicina2 0,5 - >0,5 2 17B - <17B
menos graves de pele e tecidos moles porque é improvável haver desenvolvimento de resistência plena durante tais tratamentos”. A
importância clínica da resistência induzível à clindamicina em tratamento combinado nas infecções graves por Streptococcus pyogenes é
desconhecida.
B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observe a ocorrência de antagonismo (halo
de inibição em forma de D).

27
Streptococcus dos grupos A, B, C e G Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
1
Doxiciclina 1 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas algumas cepas resistentes à tetraciclina podem
ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Um método de determinação da CIM deve ser utilizado para testar a sensibilidade à doxiciclina
em isolados resistentes à tetraciclina, caso necessário.
Minociclina 0,51 1 >11 30 23A 20-22 <20A 2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
Tetraciclina 11 2 >21 30 23A 20-22 <20A 3. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
Tigeciclina 2 0,1253 - >0,1253 15 19 - <19

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Linezolida1 2 4 >4 10 19 16-18 <16
devem ser confirmados em centro de referência.
Tedizolida1 0,52 - >0,5 NotaA NotaA NotaA 2. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida.
A. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida. Para isolados resistentes à linezolida, realizar um método de
determinação da CIM.

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ Notas


(mg/L) do disco diâmetro do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol 8 - >8 30 19 - <19 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
2 2 A A A
Daptomicina 1
1 - >1 Nota Nota Nota 2.Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca++ para uma concentração final de 50 mg/L para o método
da microdiluição em caldo. A diluição em ágar não está validada. Siga as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.

Ácido fusídico 3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprim.
IE IE IE IE IE IE
Nitrofurantoína (apenas em infecção do trato 64 - >64 100 15 - <15 A. Utilizar um método para determinar a CIM.
urinário não complicada), Streptococcus agalactiae
(Estreptococo do grupo B)
Rifampicina 0,06 0,12-0,5 >0,5 5 21 15-20 <15
Sulfametoxazol-trimetoprima3 1 2 >2 23,75-1,25 18 15-17 <15

28
Streptococcus pneumoniae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (Métodos padronizados de disco-difusão EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue de cavalo desfibrinado 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F).
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5 a partir do ágar sangue ou McFarland 1,0 a partir do ágar chocolate.
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Penicilinas1,2 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina (infecções não meníngeas)3 0,061 0,12-2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando o
Benzilpenicilina (meningite) 0,061 - >0,061 NotaA NotaA NotaA teste de triagem for negativo (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte
clínicos, incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de
Ampicilina 0,51 1-2 >21 2 22A 16-21 <16A
inibição <20 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Ampicilina-sulbactam Nota1,4 Nota1,4 Nota1,4 NotaA,B NotaA,B NotaA,B
Amoxicilina iv NotaA,B NotaA,B NotaA,B 2. Os pontos de corte para penicilinas que não sejam "benzilpenicilina (meningite)" se referem exclusivamente a isolados de infecções não-
meníngeas.
Nota1,4 Nota1,4 Nota1,4
Amoxicilina oral 0,51 1 >11 NotaA,C NotaA,C NotaA,C 3. Para pontos de corte e dosagens em pneumonia, ver a tabela de dosagens.
Amoxicilina-ácido clavulânico iv Nota1,4 Nota1,4 Nota1,4 NotaA,B NotaA,B NotaA,B 3. Para isolados categorizados como intermediários à ampicilina deve ser evitado o tratamento oral com ampicilina, amoxicilina ou amoxicilina-
Amoxicilina-ácido clavulânico oral 0,51 1 >11 NotaA,C NotaA,C NotaA,C ácido clavulânico.
Piperacilina-tazobactam Nota1,4 Nota1,4 Nota1,4 NotaA,B NotaA,B NotaA,B 4/B. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina (CIM ou diâmetro de halo).
Fenoximetilpenicilina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 5. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/l.

Oxacilina (triagem) NA NA NA 1 20D - NotaD C. Determinar a CIM ou inferir sensibilidade a partir do teste de disco-difusão com ampicilina 2 µg usando pontos de corte de S≥22, R <19 mm.
D. Para interpretação do teste de triagem com disco de oxacilina, ver fluxograma abaixo. Para isolados não sensíveis à oxacilina, sempre
determinar a CIM para benzilpenicilina.

Cefalosporinas1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefaclor 0,03 0,06-0,5 >0,5 30 NotaB NotaB <28 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
Cefadroxila - - - - - -
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição <20
Cefalexina - - - - - - mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.

Cefazolina - - - - - - B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
Cefepima 1 2 >2 NotaA NotaA NotaA da concentração inibitória mínima (CIM).
Cefotaxima 0,5 1-2 >2 NotaA NotaA NotaA
Ceftarolina 0,25 - >0,25 NotaA NotaA NotaA
Ceftriaxona 0,5 1-2 >2 NotaA NotaA NotaA
A A
Cefuroxima iv 0,5 1 >1 Nota Nota NotaA
Cefuroxima oral 0,25 0,5 >0,5 NotaA NotaA NotaA

29
Streptococcus pneumoniae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Carbapenêmicos1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem1 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição <20
NotaA NotaA NotaA mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Ertapenem2 0,5 - >0,5
Imipenem2 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 2. Não testar para meningites (meropenem é o único carbapenêmico usado para meningite).
Meropenem2 (infecções não meníngeas) 2 - >2 NotaA NotaA NotaA 3. Meropenem é o único carbapenêmico utilizado para tratamento de meningite.

Meropenem3 (meningite) 0,25 - >0,25 NotaA,B NotaA,B NotaA,B B. Para uso em meningite determinar a CIM para meropenem.
Meropenem-vaborbactam EI EI EI EI EI EI

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino - - - - - - 1. Os pontos de corte para levofloxacino são baseados em doses elevadas. Ver tabela de dosagens.

LevofloxacinoAE 2 - >2 5 16A - <16A A. O teste de disco-difusão para norfloxacino pode ser utilizado como triagem para resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
Moxifloxacino 0,5 - >0,5 5 22A - <22A B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao levofloxacino e ao moxifloxacino. Isolados
classificados como não sensíveis devem ser testados individualmente frente a estes agentes.
Norfloxacino (triagem) NA NA NA 10 10B - NotaB
Ofloxacino - - - - - -

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Teicoplanina1 2 - >2 30 17A - <17A 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem
ser confirmados em centro de referência.
Vancomicina1 2 - >2 5 16A - <16A A. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.

30
Streptococcus pneumoniae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA 1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
Claritromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA 2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por um macrolídeo. Se
Eritromicina 0,251 0,5 >0,51 15 22A 19-21 <19A antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reporte como resistente.
B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observe a ocorrência de antagonismo (halo
Clindamicina2 0,5 - >0,5 2 19B - <19B
de inibição em forma de D).

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas algumas cepas resistentes à tetraciclina podem
Minociclina 0,51 1 >11 30 24A 21-23 <21A ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Um método de determinação da CIM deve ser utilizado para testar a sensibilidade à doxiciclina
Tetraciclina 11 2 >21 30 25A 22-24 <22A em isolados resistentes à tetraciclina, caso necessário.
Tigeciclina EI EI EI EI EI EI

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Linezolida 2 4 >4 10 22 19-21 <19
Tedizolida EI EI EI - EI EI EI

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol 8 - >8 30 21 - <21 1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.

Daptomicina IE IE IE IE IE IE
Rifampicina 0,06 0,12-0,5 >0,5 5 22 17-21 <17
Sulfametoxazol-trimetoprima1 1 2 >2 23,75-1,25 13 10-12 <10

31
Streptococcus pneumoniae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Triagem de resistência aos betalactâmicos em S. pneumoniae

Disco-difusão com disco de oxacilina 1 µg

Diâmetro do halo ≥ 20 mm Diâmetro do halo < 20 mm


Exclui todos os mecanismos de resistência aos betalactâmicos Mecanismo de resistência a betalactâmicos detectado

Reportar como sensível (S) a todos os betalactâmicos para os quais os


pontos de corte clínicos estão disponíveis, incluindo aqueles com "Nota",
exceto para cefaclor, o qual, se reportado, deve ser reportado como
"sensível, aumentando exposição" (I).

Benzilpenicilina Benzilpenicilina Ampicilina, amoxicilina e piperacilina Outros agentes


(meningite) (infecções não meníngeas) (com e sem inibidor de betalactâmicos
e betalactamase), cefepima, cefotaxima,
fenoximetilpenicilina ceftarolina, ceftobiprole e ceftriaxona
(todas as indicações)
Determinar a CIM e
interpretar de acordo com
os pontos de corte clínicos
Reportar resistente (R) Determinar a CIM e
interpretar de acordo com os Diâmetro do halo Diâmetro do halo
pontos de corte clínicos de oxacilina de oxacilina
≥ 8 mm < 8 mm

Reportar sensível (S)*

Para ampicilina, amoxicilina e piperacilina Para amoxicilina oral (sem e com Para cefepima, cefotaxima, ceftarolina,
(sem e com inibidor) intravenosas inferir a inibidor) ver recomendações de ceftobiprole e ceftriaxona determinar a CIM e
sensibilidade por meio da ampicilina ponto de corte interpretar de acordo com os pontos de corte
clínicos.
* Em meningite, confirmar o resultado determinando a CIM para os agentes considerados para uso clínico.

32
Streptococcus do Grupo Viridans Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Em endocardites, consultar diretrizes nacionais ou internacionais sobre os pontos de corte para Streptococcus do Grupo Viridans.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
por completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
tabela de CQ do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Este grupo de bactérias inclui várias espécies, que podem ser agrupadas conforme segue:
Grupo S. anginosus : S. anginosus, S. constellatus, S. intermedius
Grupo S. mitis : S. australis, S. cristatus, S. infantis, S. mitis, S. oligofermentans, S. oralis, S. peroris, S. pseudopneumoniae, S. sinensis
Grupo S. sanguinis : S. sanguinis, S. parasanguinis, S. gordonii
Grupo S. bovis : S. equinus, S. gallolyticus (S. bovis ), S. infantarius
Grupo S. salivarius : S. salivarius, S. vestibularis, S. thermophilus
Grupo S. mutans : S. mutans, S. sobrinus

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 0,25 0,5-2 >2 1U 18 12-17 <12 1/B. Para isolados sensíveis à benzilpenicilina, a sensibilidade pode ser inferida a partir da benzilpenicilina ou da ampicilina. Para isolados
Benzilpenicilina (triagem) NA NA NA 1U 18A - NotaA resistentes à benzilpenicilina a sensibilidade deve ser inferida a partir da ampicilina.
Ampicilina 0,5 1-2 >2 2 21 15-20 <15 A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans.
Ampicilina-sulbactam Nota1 Nota1 Nota1 NotaA,B NotaA,B NotaA,B Isolados categorizados como sensíveis podem ser relatados como sensíveis para antimicrobianos β-lactâmicos para os quais os pontos de corte
0,5 1-2 >2 A,B A,B A,B
Amoxicilina Nota Nota Nota clínicos estão listados (incluindo aqueles com "Nota"). Isolados classificados como não sensíveis devem ser testados frente a esses agentes
Amoxicilina-ácido clavulânico Nota1 Nota1 Nota1 NotaA,B NotaA,B NotaA,B individualmente.
Piperacilina-tazobactam Nota1 Nota1 Nota1 NotaA,B NotaA,B NotaA,B
Fenoximetilpenicilina EI EI EI EI EI EI
Oxacilina - - - - - -

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefaclor - - - - - - A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans. Ver
Cefadroxila - - - - - - Nota A em penicilinas.
Cefalexina - - - - - -
Cefazolina 0,5 - >0,5 30 IP IP IP
Cefepima 0,5 - >0,5 30 25A - <25A
Cefotaxima 0,5 - >0,5 5 23A - <23A
Ceftolozana-tazobactam, Grupo S. EI EI EI EI EI EI
anginosus
Ceftriaxona 0,5 - >0,5 30 27A - <27A
Cefuroxima iv 0,5 - >0,5 30 26A - <26A
Cefuroxima oral - - - - - -
33
Streptococcus do Grupo Viridans Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans. Ver
Ertapenem 0,5 - >0,5 NotaA NotaA NotaA Nota A em penicilinas.
Imipenem 2 - >2 NotaA NotaA NotaA
Meropenem 2 - >2 NotaA NotaA NotaA
Meropenem-vaborbactam EI EI EI EI

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino - - - - - -
Levofloxacino EI EI EI EI EI EI
Moxifloxacino EI EI EI EI EI EI
Norfloxacino - - - - - -
Ofloxacino - - - - - -

Aminoglicosídeos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Amicacina Nota2 Nota2 Nota2 - - - 1. Os estreptococos do grupo viridans são intrinsecamente resistentes aos aminoglicosídeos e a monoterapia com aminoglicosídeos é
ineficiente. Há probabilidade de haver sinergia entre aminoglicosídeos e penicilinas ou glicopeptídeos contra estreptococos sem resistência
adquirida de alto nível. Todos os testes são utilizados para distinguir entre resistência intrínseca e resistência adquirida de alto nível.
Gentamicina (para triagem de alto Nota2 Nota2 Nota2 - - -
nível de resistência aos
aminoglicosídeos)
Netilmicina Nota2 Nota2 Nota2 - - - 2. A gentamicina pode ser utilizada para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos.

Tobramicina Nota2 Nota2 Nota2 - - - Teste negativo: Isolados com CIM de gentamicina ≤128 mg/L. O isolado tem perfil selvagem para gentamicina e resistência intrínseca de baixo
nível. Para outros aminoglicosídeos, pode não ser este o caso. Sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos pode ser esperado se o isolado
for sensível a esses antimicrobianos.
Teste positivo: Isolados com CIM de gentamicina >128 mg/L. O isolado tem resistência de alto nível à gentamicina e outros aminoglicosídeos,
exceto estreptomicina. Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Teicoplanina1 2 - >2 30 16A - <16A 1. Isolados não-sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem
ser confirmados em centro de referência.
A A
Vancomicina1 2 - >2 5 15 - <15 A. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.

34
Streptococcus do Grupo Viridans Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina EI EI EI EI EI EI 1. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por um macrolídeo. Se antagonismo
Claritromicina EI EI EI EI EI EI não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como resistente.
Eritromicina EI EI EI 15 EI EI EI A. Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observar a ocorrência de antagonismo (halo
de inibição em forma de D).
A
Clindamicina 1 0,5 - >0,5 2 19 - <19A

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina - - - - - -
Minociclina - - - - - -
Tetraciclina - - - - - -
Tigeciclina EI EI EI EI EI EI

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> ATU Sш I R< ATU
Linezolida - - - - - -
Tedizolida, Grupo S . anginosus 0,25 - >0,25 NotaA NotaA NotaA A. Utilizar um método de determinação da CIM.

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol - - - - - -
Daptomicina - - - - - -
Nitrofurantoína (apenas ITU não - - - - - -
complicada)
Sulfametoxazol-trimetoprim - - - - - -

35
Haemophilus influenzae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os pontos de corte do EUCAST foram determinados apenas para H. influenzae . Informações clínicas sobre outras espécies de Haemophilus são escassas. As distribuições de CIM para H. parainfluenzae são similares
àquelas de H. influenzae . Na ausência de pontos de corte específicos, os pontos de corte de CIM para H. influenzae podem ser aplicados a H. parainfluenzae .

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
5 Inóculo: McFarland 0,5
Inóculo: 5 x 10 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e o para controle do Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST. inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina (triagem)1 NA NA NA 1U 12A - NoteA 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
Ampicilina2 1 - >1 2 16A - <16A 16-19B triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
Ampicilina-sulbactam 13,4 - >13,4 10-10 NotaA,C NotaA,C NotaA,C incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
Amoxicilina iv2 2 - >2 NotaA,D NotaA,D NotaA,D <12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
1. Os pontos de corte são baseados em administração intravenosa.
Amoxicilina oral2,AE 2 - >2 NotaA,D NotaA,D NotaA,D
B 2. Isolados betalactamase positivos podem ser reportados como resistentes à ampicilina, amoxicilina e piperacilina sem inibidores. Testes
Amoxicilina-ácido clavulânico iv 25 - >25 2-1 15A - <15A 14-16
contendo cefalosporina cromogênica podem ser usados para detectar β-lactamase.
Amoxicilina-ácido clavulânico oralAE 25 - >25 2-1 15A - <15A 14-16B
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Piperacilina-tazobactam 0,256 - 0,256 27A - <27A 24-27B 4/C. A sensibilidade pode ser inferida a partir da amoxicilina-ácido clavulânico.
5. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
6. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
6/D. Sensibilidade inferida a partir ampicilina ou amoxicilina.
B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
D. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina.

Cefalosporinas1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.

Cefaclor - - - - - - 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
Cefadroxila - - - - - - triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
- - - - - - incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
Cefalexina
<12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Cefazolina - - - - - -
Cefepima 0,25 - >0,25 30 28A,B - <28A,B 28-33B B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
Cefixima 0,125 - >0,125 5 26A - <26A
Cefotaxima 0,125 - >0,125 5 27A - <27A 25-27B
Cefpodoxima 0,25 - >0,25 10 26A - <26A,B 26-29B
Ceftarolina 0,03 - >0,03 NotaA NotaA NotaA
Ceftazidima - - - - - -
Ceftazidima-avibactam - - - - - - -
Ceftriaxona 0,125 - >0,125 30 32A - <32A 31-33B
Cefuroxima iv 1 2 >2 22 30 27A 25-26A <25A 25-27B B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
Cefuroxima oral 0,125 0,25-1 >1 30 NotaB NotaB <27 25-27B da concentração inibitória mínima (CIM).

36
Haemophilus influenzae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Carbapenêmicos1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem1 1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
Ertapenem2 0,5 - >0,5 10 23A - <23A
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
Imipenem2 2 - >2 10 20A,B - <20A,B 6-19B <12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Meropenem2 (infecções não meníngeas) 2 - >2 10 20A - <20A 2. Não aplicável a meningites (meropenem é o único carbapenêmico usado para meningites).
Meropenem3 (meningite) 0,25 - >0,25 NotaB NotaB NotaB 3. Meropenem é o único carbapenêmico utilizado para meningites.
B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
Meropenem-vaborbactam EI EI EI EI EI EI C. Para uso em meningites, determinar a CIM de meropenem.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,06 - >0,06 5 30A - <30A A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser usado como triagem para resistência às fluorquinolonas. Ver Nota B.
B. Isolados categorizados como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser relatados como sensíveis ao levofloxacino, ao ciprofloxacino, ao
Levofloxacino 0,06 - >0,06 5 30A - <30A
moxifloxacino e ao ofloxacino. Isolados categorizados como não sensíveis podem apresentar resistência às fluoroquinolonas e devem ser
Moxifloxacino 0,125 - >0,125 5 28A - <28A testados contra os agentes específicos.
Ácido nalidíxico (triagem) NA NA NA 30 23B - NotaB
Norfloxacino (apenas em infecção do trato - - - - - -
urinário não complicada)
Ofloxacino 0,06 - >0,06 5 30A - <30A

1 Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


Macrolídeos
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 1/A. As evidências clínicas sobre a eficácia de macrolídeos em infecções respiratórias por H. influenzae são conflitantes devido à alta taxa de
cura espontânea. Havendo a necessidade de testar algum macrolídeo contra essa espécie, os pontos de corte epidemiológicos (ECOFFs)
Claritromicina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA
devem ser usados para detectar cepas com resistência adquirida. Os ECOFFs para cada agente são: azitromicina 4 mg/L e claritromicina 32
mg/L.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem
Minociclina 11 2 >21 30 24A 21-23 <21A ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser usado um método de CIM para testar a sensibilidade à doxiciclina em
Tetraciclina 11 2 >21 30 25A 22-24 <22A isolados resistentes à tetraciclina.
Tigeciclina EI EI EI EI EI EI

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol 2 - >2 30 28 - <28 1. Sulfametoxazol -trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprim.
Rifampicina (apenas profilaxia) 1 - >1 5 18 - <18
Sulfametoxazol-trimetoprim1 0,5 1 >1 23,75-1,25 23 20-22 <20

37
Haemophilus influenzae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Triagem de resistência aos betalactâmicos em H. influenzae

Disco-difusão com disco de benzilpenicilina 1 U


Sempre testar em paralelo com outros agentes betalactâmicos

Diâmetro do halo ≥ 12 mm Diâmetro do halo < 12 mm


Exclui todos os mecanismos de resistência aos Betalactamase e/ou mutações na PBP3
betalactâmicos

Reportar como sensível (S) a todos os


betalactâmicos para os quais os pontos de
corte clínicos estão disponíveis, incluindo Ampicilina, amoxicilina e Outros agentes betalactâmicos,
aqueles com "Nota". piperacilina (sem inibidor de exceto cefepima, cefpodoxima e
betalactamase) imipenem *

Betalactamase Betalactamase
positiva negativa

Relatar a sensibilidade de acordo com os pontos de


Reportar resistente (R) corte clínicos para o agente em questão.

* Para cefepima, cefpodoxima e imipenem, se resistente tanto na triagem quanto em agentes da disco-difusão, relatar resistência. Se resistente no teste de triagem e sensível em agentes de disco-difusão,
determinar a CIM do agente e interpretar de acordo com os pontos de corte.

38
Moraxella catarrhalis Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (Métodos padronizados de disco-difusão EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
5 Inóculo: McFarland 0,5
Inóculo: 5 x 10 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do Controle de Qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST. inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST- EUCAST.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ampicilina -1 - -1 - - - 1. A maioria dos isolados de M. catarrhalis produzem β-lactamase, embora a produção de β-lactamase seja lenta e possa gerar resultados
Ampicilina-sulbactam 12,3 - >12,3 NotaA NotaA NotaA fracamente positivos nos testes in vitro . Produtores de β-lactamase devem ser reportados como resistentes à penicilinas e às
Amoxicilina -1 - -1 - - - aminopenicilinas sem inibidores.
Amoxicilina-ácido clavulânico 14 - >14 2-1 19 - <19 2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Piperacilina-tazobactam Nota3 Nota3 Nota3 NotaA NotaA NotaA 3/A. A sensibilidade pode ser inferida a partir da amoxicilina-ácido clavulânico.
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefaclor - - - - - - A. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados como resistentes, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada
Cefadroxila - - - - - - pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM).
Cefalexina - - - - - -
Cefazolina - - - - - -
Cefepima 4 - >4 30 20 - <20
Cefixima 0,5 1 >1 5 21 18-20 <18
Cefotaxima 1 2 >2 5 20 17-19 <17
Ceftarolina EI EI EI EI EI EI
Ceftazidima - - - - - -
Ceftriaxona 1 2 >2 30 24 21-23 <21
Cefuroxima iv 4 8 >8 30 21 18-20 <18
Cefuroxima oral 0,125 0,25-4 >4 30 NotaA NotaA <21

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doripenem1 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
Ertapenem1 0,5 - >0,5 10 29 - <29 devem ser confirmados em centro de referência.
1 2 - >2 10 29 - <29
Imipenem
Meropenem1 2 - >2 10 33 - <33
Meropenem-vaborbactam EI EI EI EI EI EI

39
Moraxella catarrhalis Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,125 - >0,125 5 31A - <31A A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
B. Isolados categorizados como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser relatados como sensíveis ao levofloxacino, ciprofloxacino,
Levofloxacino 0,125 - >0,125 5 29A - <29A
moxifloxacino e ofloxacino. Isolados categorizados como não sensíveis podem apresentar resistência às fluoroquinolonas e devem ser
Moxifloxacino 0,25 - >0,25 5 26A - <26A
testados contra os agentes específicos.
Ácido Nalidíxico (triagem) NA NA NA 30 23B - NotaB
Norfloxacino (apenas em infecção do trato - - - - - -
urinário não complicada)
Ofloxacino 0,25 - >0,25 5 28A - <28A

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA 1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
Claritromicina 0,251 0,5 >0,51 NotaA NotaA NotaA
Eritromicina 0,25 0,5 >0,5 15 23A 20-22 <20A

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina 11 2 >21 NotaA NotaA NotaA 1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem
Minociclina 11 2 >21 30 25A 22-24 <22A ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser usado um método de CIM para testar a sensibilidade à doxiciclina em
Tetraciclina 1 2 >21 30 28A 25-27 <25A isolados resistentes à tetraciclina.
Tigeciclina EI EI EI EI EI EI

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cloranfenicol 21 - >21 30 30A - <30A 1/A. Pontos de corte referentes ao uso tópico de cloranfenicol.
Sulfametoxazol-trimetoprim2 0,5 1 >1 23,75-1,25 18 15-17 <15 2. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos de acordo com a concentração de trimetoprima.

40
Neisseria gonorrhoeae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Para comentários sobre dosagens relacionadas aos pontos de corte, ver tabela de dosagens.

Os critérios de disco-difusão para o teste de sensibilidade de Neisseria gonorrhoeae ainda não foram definidos e um método de determinação da CIM deve ser utilizado.
Caso um sistema comercial seja utilizado, seguir as instruções do fabricante. Laboratórios com poucos isolados devem preferencialmente enviá-los a um laboratório de
referência para teste.

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Benzilpenicilina 0,06 1 0,12-1 >1 1. Sempre testar para β-lactamase. Se positivo, relatar como resistente à benzilpenicilina, à ampicilina e à amoxicilina. Um teste com cefalosporina cromogênica pode ser utilizado
para detecção de betalactamases. A sensibilidade à ampicilina e à amoxicilina dos isolados β-lactamase negativos pode ser deduzida a partir da benzilpenicilina.

Ampicilina1 Nota1 Nota1 Nota1


Ampicilina-sulbactam EI EI EI
Amoxicilina1 Nota1 Nota1 Nota1
Amoxicilina-ácido clavulânico Nota1 Nota1 Nota1

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R>
Cefotaxima 0,125 - >0,125

Ceftriaxona 0,125 - >0,125

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Doripenem
Ertapenem EI EI EI
Imipenem EI EI EI
Meropenem EI EI EI
Meropenem-vaborbactam EI EI EI

41
Neisseria gonorrhoeae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluorquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Ciprofloxacino 0,03 0,06 >0,06
Levofloxacino EI EI EI
Moxifloxacino EI EI EI
Ácido nalidíxico (triagem) NA NA NA
Norfloxacino (apenas em infecção do trato urinário não - - -
complicada)
Ofloxacino 0,125 0,25 >0,25

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Azitromicina Nota1 Nota1 Nota1 1. A azitromicina é sempre usada em conjunto com outro agente efetivo. Para fins de teste, com o objetivo de detectar mecanismos de resistência adquiridos, o ECOFF é de 1 mg/L.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Doxiciclina EI EI EI
Everaciclina EI EI EI
Minociclina EI EI EI
Tetraciclina 0,5 1 >1
Tigeciclina EI EI EI

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Espectinomicina 64 - >64

42
Neisseria meningitidis Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para Neisseria meningitidis ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Se um método comercial para determinar a CIM for utilizado, seguir as recomendações do fabricante.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Benzilpenicilina 0,06 0,12-0,25 >0,25
Ampicilina 0,125 0,25-1 >1
Ampicilina-sulbactam EI EI EI
Amoxicilina 0,125 0,25-1 >1
Amoxicilina-ácido clavulânico - - -

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Cefotaxima1 0,125 - >0,125 1. Isolados não-sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
Ceftriaxona1 0,125 - >0,125 centro de referência.

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Doripenem 1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
Ertapenem - - - centro de referência.
Imipenem - - -
Meropenem1 (meningite) 0,25 - >0,25
Meropenem-vaborbactam EI EI EI

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Ciprofloxacino 0,031 - >0,031 1.Os pontos de corte se aplicam exclusivamente ao uso na profilaxia de doença meningocócica.
Levofloxacino EI EI EI
Moxifloxacino EI EI EI

43
Neisseria meningitidis Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Azitromicina - - -
Claritromicina - - -
Eritromicina - - -

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Eravaciclina EI EI EI
Minociclina 11 21 >21 1. A tetraciclina pode ser utilizada para predizer a sensibilidade à minociclina, para uso profilático contra infecções por N. meningitidis .
Tetraciclina 11 21 >21
Tigeciclina EI EI EI

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
CloranfenicolAE 2 - >2 1. Apenas para profilaxia de meningites (consultar diretrizes nacionais).
Rifampicina1 0,25 - >0,25
Sulfametoxazol - trimetoprima - - -

44
Anaeróbios gram-positivos Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Exceto Clostridioides difficile
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para anaeróbios ainda não foram definidos e um
método para determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as
recomendações do fabricante.

Este grupo de bactérias inclui muitos gêneros. Os anaeróbios gram-positivos mais frequentemente isolados são: Actinomyces, Bifidobacterium, Clostridioides, Clostridium,
Cutibacterium , Eggerthella, Eubacterium, Lactobacillus e Propionibacterium . Este grupo também inclui vários cocos gram-positivos, incluindo Staphylococcus saccharolyticus .
Anaeróbios são mais frequentemente definidos por ausência de crescimento em placas de cultura incubadas em atmosfera enriquecida com CO2, mas muitos bacilos gram-positivos,
não-formadores de esporos, tais como Actinomyces spp., muitos C. acnes e alguns Bifidobacterium spp. podem crescer em incubação com CO2 e ser suficientemente tolerantes para
crescer pobremente em ar ambiente, porém continuam a ser considerados bactérias anaeróbicas. Várias espécies de Clostridium , incluindo C. carnis , C. histolyticum e C. tertium ,
podem crescer, mas não esporulam quando expostas ao ar ambiente. Para todas essas espécies, o teste de sensibilidade deve ser realizado em anaerobiose.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Benzilpenicilina1 0,25 0,5 >0,5 1. Sensibilidade à ampicilina, à amoxicilina e à piperacilina sem inibidor de β-lactamase pode ser inferida a partir da benzilpenicilina.

Ampicilina1 4 8 >8 2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Ampicilina-sulbactam 42 8 >82 3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Amoxicilina1 4 8 >8 4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina-ácido clavulânico 43 8 >83
Piperacilina-tazobactam 84 16 >164

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Cefotaxima - - -
Cefoxitina EI EI EI
Ceftriaxona - - -

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Doripenem
Ertapenem 0,5 - >0,5
Imipenem 2 4 >4
Meropenem 2 4-8 >8
Meropenem-vaborbactam EI EI EI
45
Anaeróbios gram-positivos Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Exceto Clostridioides difficile
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluorquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Moxifloxacino EI EI EI

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Teicoplanina EI EI EI
Vancomicina 2 - >2

Lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Clindamicina 4 - >4

Tetraciclinas1 Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Eravaciclina EI EI EI
Tetraciclina Nota1 Nota1 Nota1 1. Para bactérias anaeróbias há evidência clínica da atividade em infecções intra-abdominais mistas, mas não há nenhuma correlação
Tigeciclina Nota1 Nota1 Nota1 entre os valores de CIM, dados de PK/PD e resposta clínica. Portanto, não é fornecido nenhum ponto de corte para sensibilidade.

Agentes Diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Cloranfenicol 8 - >8
Linezolida - - -
Metronidazol 4 - >4

46
Clostridioides difficile Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade a antimicrobianos para Clostridioides difficile ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as recomendações do fabricante.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Moxifloxacino -1 - -1 1. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 4 mg/L).

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Vancomicina 21 - >21 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs) e são aplicáveis ao tratamento oral de infecções por C. difficile, com
vancomicina. Não há dados clínicos conclusivos sobre a relação entre CIMs e desfecho clínico.
2. Os pontos de corte são aplicáveis ao método de difusão do gradiente em ágar.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Tigeciclina -1,2 - -1,2 1. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
2. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 0,25 mg/L).

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Daptomicina -1,2 - -1,2 1. Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca++ para uma concentração final de 50 mg/L para o método da microdiluição em
caldo. A diluição em ágar não está validada. Siga as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.
Ácido fusídico -3 - -3 2. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 4 mg/L).
Fidaxomicina EI4 EI4 EI4 3. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 2 mg/L).
Metronidazol 25 - >25 4. Os pontos de corte e ECOFF para fidaxomicina não foram estabelecidos porque os dados disponíveis evidenciam uma grande variação na distribuição de CIMs
entre os estudos.
Rifampicina -6 - -6 5. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs) e são aplicáveis ao tratamento oral de infecções por C. difficile, com
metronidazol. Não há dados clínicos conclusivos sobre a relação entre CIMs e desfecho clínico.
6. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 0,004 mg/L).

47
Anaeróbios gram-negativos Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para anaeróbios ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as recomendações do fabricante.

Este grupo de bactérias inclui muitos gêneros. Os anaeróbios gram-negativos mais frequentemente isolados são Bacteroides, Bilophila, Fusobacterium, Mobiluncus, Parabacteroides ,
Porphyromonas e Prevotella . Anaeróbios são mais frequentemente definidos por ausência de crescimento em placas de cultura incubadas numa atmosfera enriquecida com CO2. Para todas
essas espécies, o teste de sensibilidade deve ser realizado em anaerobiose.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Benzilpenicilina1 0,25 0,5 >0,5 1. A sensibilidade à ampicilina, à amoxicilina e à piperacilina sem inibidor de β-lactamase pode ser inferida a partir da benzilpenicilina.
Ampicilina1 0,5 1-2 >2 2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Ampicilina-sulbactam 42 8 >82 3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Amoxicilina1 0,5 1-2 >2 4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina-ácido clavulânico 43 8 >83
Piperacilina-tazobactam 84 16 >164

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Cefotaxima - - -
Cefoxitina EI EI EI
Ceftriaxona - - -

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Doripenem
Ertapenem 0,5 - >0,5
Imipenem 2 4 >4
Meropenem 2 4-8 >8
Meropenem-vaborbactam EI EI EI

48
Anaeróbios gram-negativos Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Moxifloxacino EI EI EI

Lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Clindamicina 4 - >4

Tetraciclinas1 Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Everaciclina EI EI EI 1. Para bactérias anaeróbias há evidência clínica da atividade em infecções intra-abdominais mistas, mas não há nenhuma correlação entre os valores
Tetraciclina Nota1 Nota1 Nota1 de CIM, dados de PK/PD e resposta clínica. Portanto, não é fornecido nenhum ponto de corte para sensibilidade.
Tigeciclina Nota1 Nota1 Nota1

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Cloranfenicol 8 - >8
Metronidazol 4 - >4

49
Helicobacter pylori Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para Helicobacter pylori ainda não foram definidos e
um método para determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as
recomendações do fabricante.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Amoxicilina 0,1251 - >0,1251 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Levofloxacino 11 - >11 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Claritromicina 0,251 0,51 >0,51 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Tetraciclina 11 - >11 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Metronidazol 81 - >81 1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
Rifampicina 11 - >11

50
Listeria monocytogenes Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Incubação: CO2 a 5%, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ Controle da Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 1 - >1 1U 13 - <13
Ampicilina 1 - >1 2 16 - <16

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Meropenem 0,25 - >0,25 10 26 - <26

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Eritromicina 1 - >1 15 25 - <25

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Sulfametoxazol-trimetoprim1 0,06 - >0,06 23,75-1,25 29 - <29 1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.

51
Pasteurella multocida Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: CO2 a 5% , 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, Ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
completo o crescimento bacteriano. anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
controle do componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST- componente inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST- EUCAST.
EUCAST.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 0,5 - >0,5 1U 17 - <17 1. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Ampicilina 1 - >1 NotaA NotaA NotaA
Amoxicilina 1 - >1 NotaA NotaA NotaA A. Sensibilidade inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
Amoxicilina-ácido clavulânico 11 - >1 1 2-1 15 - <15

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefotaxima 0,03 - >0,03 5 26 - <26

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,06 - >0,06 5 27A - <27A A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser utilizado para triagem de resistência às fluorquinolonas. Isolados categorizados
Levofloxacino 0,06 - >0,06 5 27A - <27A como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser reportados como sensíveis ao ciprofloxacino e ao levofloxacino. Isolados categorizados
como não sensíveis podem apresentar resistência às fluorquinolonas e devem ser testados contra os antimicrobianos específicos.
Ácido nalidíxico (triagem) NA NA NA 30 23A - NotaA

52
Pasteurella multocida Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina 1 - >1 NotaA NotaA NotaA A. Sensibilidade inferida a partir do teste de triagem com tetraciclina.
Tetraciclina (triagem) NA NA NA 30 24A - >24A

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Sulfametoxazol-trimetoprim1 0,25 - >0,25 23,75-1,25 23 - <23 1.Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.

53
Campylobacter jejuni e C. coli Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F). As pacas de MH-F devem ser secadas
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL antes da inoculação para reduzir o swarming (a 20-25°C over night ou a 35°C, com a tampa removida por 15 min).
Incubação: Atmosfera de microaerofilia, 41±1ºC, 24h. Isolados com crescimento insuficiente após 24 h de Inóculo: McFarland 0,5
incubação devem ser imediatamente reincubados e os CIMs devem ser lidos após um total de 40-48 h de Incubação: Atmosfera de microaerofilia, 41±1ºC, 24h. Isolados com crescimento insuficiente após 24 h de incubação devem ser imediatamente
incubação. reincubados e os halos de inibição devem ser lidos após um total de 40-48 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
inibe por completo o crescimento bacteriano. placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213 (condições padronizadas para estafilococos) Controle de qualidade: Campylobacter jejuni ATCC 33560

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 0,5 - >0,5 5 26 - <26

Macrolídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Azitromicina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 1/A. A eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina e à claritromicina.
1 1 1 A A
Claritromicina Nota Nota Nota Nota Nota NotaA
Eritromicina, C. jejuni 41 - >41 15 20A - <20A
Eritromicina, C. coli 81 - >81 15 24A - <24A

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Doxiciclina Nota1 Nota1 Nota1 NotaA NotaA NotaA 1/A. A tetraciclina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à doxiciclina
Tetraciclina 21 - >21 30 30A - <30A

54
Corynebacterium spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os pontos de corte para as corinebactérias foram desenvolvidos para espécies diferentes de C. diphtheriae . Em um estudo em andamento, os resultados preliminares indicam que os atuais pontos de
corte para benzilpenicilina e rifampicina não são úteis para C. diphtheriae .

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser reincubados
incubação devem ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidos após um total de 40-44 h de incubação. imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
completo o crescimento bacteriano. anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do
CQ do BrCAST-EUCAST. BrCAST-EUCAST.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 0,125 - >0,125 1U 29 - <29

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino 1 - >1 5 25 - <25
Moxifloxacino 0,5 - >0,5 5 25 - <25

Aminoglicosídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Gentamicina 1 - >1 10 23 - <23

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Vancomicina 2 - >2 5 17A - <17A A. Isolados do tipo não-selvagem não estavam disponíveis durante o desenvolvimento do método de disco-difusão.

55
Corynebacterium spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Eritromicina EP EP EP EP EP EP
Clindamicina 0,5 - >0,5 2 20 - <20

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Tetraciclina 2 - >2 30 24 - <24

Oxazolidinonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Linezolida 2 - >2 10 25 - <25

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Rifampicina 0,06 0,12-0,5 >0,5 5 30 25-29 <25

56
Aerococcus sanguinicola e A. urinae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)1 Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de incubação devem Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser
ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidas após um total de 40-44 h de incubação. reincubados imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da
crescimento bacteriano. parte anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de
BrCAST-EUCAST. CQ do BrCAST-EUCAST.
1
Para fluoroquinolonas, a diluição em ágar pode produzir pontos finais mais bem definidos.

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 0,125 - >0,125 1U 21 - <21 1/A. Sensibilidade inferida a partir da sensibilidade à ampicilina.
Ampicilina 0,25 - >0,25 2 26 - <26
Amoxicilina Nota1 - Nota1 NotaA - NotaA

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Meropenem 0,25 - >0,25 10 31 - <31

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Ciprofloxacino (apenas ITU não complicada) 2 - >2 5 21A - <21A 1. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao ciprofloxacino.
Levofloxacino (apenas ITU não complicada) 21 - >21 5 NotaB - NotaB
A. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao norfloxacino. Ver Nota C.
Norfloxacino (triagem) NA - NA 10 17C - <17C
B. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao ciprofloxacino ou norfloxacino. Ver Nota C.
C. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas.

Glicopeptídeos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Vancomicina 1 - >1 5 16A - <16A A. Isolados do tipo não-selvagem não estavam disponíveis ao desenvolver o método de difusão de disco.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada) 16 - >16 100 16 - <16 57
Rifampicina 0,125 - >0,125 5 25 - <25
Kingella kingae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F) Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser reincubados
incubação devem ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidas após um total de 40-44 h de incubação. imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
completo o crescimento bacteriano. anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ Controle de Qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Penicilinas1 Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Benzilpenicilina 0,03 - >0,03 1U 25 - <25 1. Isolados produtores de β-lactamase podem ser reportados como resistentes à benzilpenicilina e amoxicilina e à amoxicilina sem
Ampicilina 0,06 2
- >0,06 2
- Nota A
- Nota A inibidores. Testes baseados em cefalosporina cromogênica podem ser usados na detecção de β-lactamase. Outros mecanismos de
resistência aos β-lactâmicos que não sejam a produção de β-lactamase não foram, até o momento, descritos para K. kingae.
Amoxicilina 0,1252 - >0,1252 - NotaA - NotaA
2. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
Amoxicilina-ácido clavulânico Nota3 - Nota3 - NotaB - NotaB 3/B. O ácido clavulânico apresenta atividade intrínseca e pode inibir o crescimento deste microrganismo em concentrações de até 2
mg/L. Portanto, nenhum ponto de corte para amoxicilina-ácido clavulânico pode ser definido.

A. Inferir sensibilidade a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Cefotaxima 0,125 - >0,125 5 27 - <27
Ceftriaxona 0,06 - >0,06 30 30 - <30
Cefuroxima IV 0,5 - >0,5 30 29 - <29

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Meropenem 0,03 - >0,03 10 30 - <30

58
Kingella kingae Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.

Ciprofloxacino 0,06 - >0,06 5 28 - <28


Levofloxacino 0,125 - >0,125 5 28 - <28

Macrolídeos e lincosamidas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.

Azitromicina 0,251 - >0,251 NotaA - NotaA 1. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade à eritromicina.
Claritromicina 0,51 - >0,51 NotaA - NotaA
Eritromicina 0,5 - >0,5 15 20 - <20 A. Inferir a sensibilidade a partir da sensibilidade à eritromicina.
Clindamicina - - - - - -

Tetraciclinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas


(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.

Doxiciclina 0,51 - >0,51 NotaA - NotaA 1/A. Isolados sensíveis às tetraciclinas são também sensíveis à doxiciclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem ser
Tetraciclina 0,5 - >0,5 30 28 - <28 sensíveis à doxiciclina. Caso necessário, um método de determinação da CIM deve ser utilizado para avaliar a sensibilidade à
doxiciclina em isolados resistentes à tetraciclina.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
(mg/L) do disco do halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.

Rifampicina 0,5 - >0,5 5 20 - <20 1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
Sulfametoxazol-trimetoprim1 0,25 - >0,25 23,75-1,25 28 - <28

59
Aeromonas spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1) Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior da
completo o crescimento bacteriano. placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do BrCAST-
CQ do BrCAST-EUCAST. EUCAST.

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


(mg/L) do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
(µg) Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч I R> AIT Sш I R< AIT
Cefepima 1 2-4 >4 30 27 24-26 <24

Ceftazidima 1 2-4 >4 10 24 21-23 <21

Monobactâmicos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


(mg/L) do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Aztreonam 1 2-4 >4 30 29 26-28 <26

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas


(mg/L) do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Ciprofloxacino 0,25 0,5 >0,5 5 27 24-26 <24

Levofloxacino 0,5 1 >1 5 27 24-26 <24

60
Aeromonas spp. Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Agentes diversos Ponto de corte p/ CIM Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
(mg/L) do disco halo (mm) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч I R> AIT (µg) Sш I R< AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sulfametoxazol-trimetoprim1 2 4 >4 23,75-1,25 19A 16-18A <16A 1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Ao aferir o diâmetro do halo, considerar a borda bem definida e ignorar névoa ou crescimento dentro do halo. (Ver figuras abaixo).

Exemplos de zonas de inibição de Aeromonas spp. com sulfametoxazol-trimetoprima


a-c) Ao aferir o diâmetro do halo, considerar a borda bem definida e ignorar névoa ou crescimento dentro do halo de inibição.

61
Mycobacterium tuberculosis Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.

Os pontos de corte listados foram determinados em A metodologia de referência está em desenvolvimento. Os pontos de corte listados podem mudar quando
paralelo com a autorização de comercialização pela EMA. os testes estiverem concluídos.
Os pontos de corte para outros agentes ainda não foram
estabelecidos.

O complexo Mycobacterium tuberculosis inclui diferentes espécies e variantes, tais como M. tuberculosis var. canetti, M. tuberculosis var. tuberculosis, M. tuberculosis var. africanum e M. tuberculosis
var. bovis. Os pontos de corte só foram estabelecidos para M. tuberculosis var. tuberculosis.

Ponto de corte p/ CIM Notas


(mg/L) Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.

Sч I R> AIT
Delamanide 0,06 - >0,06 1. Os pontos de corte aplicam-se apenas aos testes realizados em meio Middlebrook 7H11/7H10. A comparabilidade com outros meios não foi
Bedaquilina 0,251 - 0,251 estabelecida.

62
ECOFFs e pontos de corte clínicos sistêmicos para antimicrobianos Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019
de uso tópico
Na ausência de dados clínicos sobre resposta relacionada à CIM do organismo infectante, o EUCAST não acha possível chegar a um consenso que resolva opiniões conflitantes sobre as duas alternativas propostas (para
detalhes ver o documento de orientações):
1. Utilizar ECOFFs para todos os agentes quando o uso for tópico.
2. Utilizar pontos de corte clínicos quando disponíveis e ECOFFs quando não houver pontos de corte clínicos.

Para informação, a tabela apresenta pontos de corte clínicos sistêmicos e ECOFFs para agentes que são de uso sistêmico e tópico e de ECOFFs para agentes exclusivamente de uso tópico (notar que os pontos de corte de
mupirocina são a exceção).

(p/ Polimixina B)

Ácido Fusídico3
Ciprofloxacino3

Levofloxacino3

Cloranfenicol3

Retapamulina
Gentamicina3

Ofloxacino3

Bacitracina

Mupirocina
Neomicina
3
Colistina
Organismos

ECOFF1,2 2 0,125 0,25 0,5 16 2 - 8 - - -


Enterobacterales
Ponto de corte clínico sistêmico1 2/4 0,25/0,5 0,5/1 0,25/0,5 8/8 2/2 - - - - -
ECOFF1 8 0,5 2 2 - 4 - ND - - -
P. aeruginosa
Ponto de corte clínico sistêmico1 4/4 0,5/0,5 1/1 - - 2/2 - - - - -
ECOFF1,2 4 1 0,5 1 - 2 - ND - - -
Acinetobacter spp.
Ponto de corte clínico sistêmico1 4/4 0,06/1 0,5/1 - - 2/2 - - - - -
ECOFF1 2 1 1 1 16 - 0,5 1 ND 14 0,5
S. aureus
Ponto de corte clínico sistêmico1 1/1 1/1 1/1 1/1 8/8 - 1/1 - - - -
ECOFF1 - 2 2 4 8 - 32 ND ND - -
S. pneumoniae
Ponto de corte clínico sistêmico1 - - 2/2 - 8/8 - - - - - -
ECOFF1,2 - 2 2 4 8 - 32 ND ND 0,5 0,125
Streptococcus A, B, C e G
Ponto de corte clínico sistêmico1 - - 2/2 - 8/8 - IE - - - -
ECOFF1 4 0,06 0,06 0,125 1 - ND ND - - -
H. influenzae
Ponto de corte clínico sistêmico1 EI 0,06/0,06 0,06/0,06 0,06/0,06 2/2 - - - - - -
ECOFF1,2 0,25 0,125 0,125 0,25 2 - ND ND - - -
Moraxella spp.
Ponto de corte clínico sistêmico1 EI 0,125/0,125 0,125/0,125 0,25/0,25 2/2 - - - - - -

Notas
1
ECOFFs e pontos de corte clínicos sistêmicos em mg/L.
2
Este ECOFF é o representativo para as espécies mais relevantes.
3
Agentes também disponíveis para uso sistêmico.
4
Pontos de corte para descontaminação nasal S≤1, R>256 mg/L (S≥30, R<18 mm para discos de 200 µg de mupirocina). Isolados intermediários apresentam supressão temporária (útil em pré-operatório) mas, ao contrário dos
isolados sensíveis, as taxas de erradicação a longo prazo são baixas.
ND = ECOFF não definido nas distribuições de CIMs no site do EUCAST.

63
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie) Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019

Estes pontos de corte devem ser utilizados apenas quando não houver pontos de corte específicos para a espécie ou outras recomendações (valor, "-" ou nota) nas tabelas específicas. A CIM deve ser
sempre reportada no resultado.
Se a CIM for maior que o ponto de corte PK/PD de resistência, desaconselhar o uso do agente.
Se a CIM for menor ou igual ao ponto de corte PK/PD de sensibilidade, sugerir que o agente pode ser usado com precaução.
Incluir uma nota de que a orientação é baseada apenas em Pontos de corte PK/PD e incluir a dosagem na qual o ponto de corte está baseado.
Mais informações estão disponíveis no documento " Antimicrobial susceptibility tests on groups of organisms or agents for which there are no EUCAST breakpoints"

Penicilinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas

Sч I R>
Benzilpenicilina 0,25 0,5-2 >2 1. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L
Ampicilina 2 4-8 >8 2. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Ampicilina-sulbactam 21 4-81 >81 3. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Amoxicilina 2 4-8 >8
Amoxicilina-ácido clavulânico 22 4-82 >82
Piperacilina 4 8-16 >16
Piperacilina-tazobactam 43 8-163 >163
Ticarcilina 8 16 >16
Ticarcilina-ácido clavulânico 82 16 2 >16 2
Fenoximetilpenicilina EI EI EI
Oxacilina EI EI EI

Cefalosporinas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas

S≤ I R>
Cefaclor EI EI EI 1. Baseado em alvo PK/PD de organismos gram-negativos.
Cefadroxila EI EI EI 2. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
Cefalexina EI EI EI 3. Pontos de corte baseados em dados de ceftolozana.
4. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Cefazolina 1 2 >2
Cefepima 4 8 >8
Cefixima EI EI EI
Cefotaxima 1 2 >2
Cefoxitina EI EI EI
Cefpodoxima EI EI EI
Ceftarolina 0,5 1 - >0,5 1
Ceftazidima 4 8 >8
Ceftazidima-avibactam 82 - >82
Ceftibuten EI EI EI
Ceftobiprole 4 - >4
Ceftolozana-tazobactam 43,4 - >43,4
Ceftriaxona 1 2 >2
Cefuroxima iv 4 8 >8
Cefuroxima oral EI EI EI

64
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie) Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019

Carbapenêmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Doripenem 1. Para fins de teste de susceptibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/l.
Ertapenem 0,5 - >0,5
Imipenem 2 4 >4
Meropenem 2 4-8 >8
Meropenem 81 - >81

Monobactâmicos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


Sч I R>
Aztreonam 4 8 >8

Fluoroquinolonas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


Sч I R>
Ciprofloxacino 0,25 0,5 >0,5
Levofloxacino 0,5 1 >1
Moxifloxacino 0,25 - >0,25
Ácido nalidíxico (triagem) EI EI EI
Norfloxacino EI EI EI
Ofloxacino 0,25 0,5 >0,5

Aminoglicosídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Amicacina EI EI EI
Gentamicina EI EI EI
Netilmicina EI EI EI
Tobramicina EI EI EI

Glicopeptídeos e Lipopeptídeos Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Dalbavancina 0,251 - >0,251 1. Para a determinação de CIM por microdiluição, o meio deve ser suplementado com polissorbato 80 a uma concentração final de 0,002%.
Oritavancina 0,1251,2 - >0,1251,2 2. Os pontos de corte de PK/PD são para S. aureus . Para S. pyogenes, há incerteza em relação ao alvo PK/PD.
Teicoplanina EI EI EI
Telavancina EI EI EI
Vancomicina EI EI EI

65
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie) Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
฀álida a partir de 01-02-2019

Macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Azitromicina EI EI EI
Claritromicina EI EI EI
Eritromicina EI EI EI
Roxitromicina EI EI EI
Telitromicina EI EI EI

Clindamicina EI EI EI

Quinupristina-dalfopristina EI EI EI

Tetraciclinas Ponto de corte CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Doxiciclina EI EI EI 1. Para a determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição em caldo, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
Minociclina EI EI EI

Tetraciclina EI EI EI

Tigeciclina 0,51 - >0,51

Agentes diversos Ponto de corte CIM (mg/L) Notas


S≤ I R>
Cloranfenicol EI EI EI
Colistina EI EI EI
Daptomicina EI EI EI
Fosfomicina iv EI EI EI
Fosfomicina oral EI EI EI
Ácido fusídico EI EI EI
Linezolida 2 4 >4
Metronidazol EI EI EI
Nitrofurantoína EI EI EI
Rifampicina EI EI EI
Espectinomicina EI EI EI
Trimetoprima EI EI EI
Sulfametoxazol-trimetoprima EI EI EI

66
Dosagens Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019

Os pontos de corte do EUCAST são baseados nas seguintes dosagens (consultar a seção 8 em Documentos do Racional). Regimes de dosagem alternativos que resultam em exposição equivalente
são aceitáveis. A tabela não deve ser considerada uma orientação exaustiva para a dosagem na prática clínica, e não substitui as diretrizes específicas locais, nacionais ou regionais.

Penicilinas Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Benzilpenicilina1 0,6 g1 (1 MU) x 4 iv 1,2 g1 (2 UM) x 4-6 iv Meningite:
Para uma dose de 2,4 g (4 MU) x 6 iv, isolados com CIM 0,06 mg/L são sensíveis.
Na pneumonia causada por S. pneumoniae os pontos de corte são relacionados
com a dosagem:
Para a dose de 1,2 g (2 MU) x 4 iv, isolados com CIM ≤0,5 mg/L são sensíveis.
Para a dose de 2,4 g (4 MU) x 4 iv ou 1,2 g (2 MU) x 6 iv, isolados com CIM ≤1 mg/L
são sensíveis.
Para a dose de 2,4 x 6 iv, isolados com CIM ≤2 mg/L são sensíveis.

Ampicilina 2 g x 3 iv 2 g x 4 iv Meningite: 2g x 6 iv
Ampicilina-sulbactam (2 g ampicilina + 1 g sulbactam) x 3 iv (2 g ampicilina + 1 g sulbactam) x 4 iv
Amoxicilina iv 1 g x 3-4 iv 2 g x 6 iv Meningite: 2g x 6 iv
em revisão
Amoxicilina oral 0,5 g x 3 0,75 g - 1g x 3 H. influenzae: somente doses altas
Amoxicilina-ácido clavulânico iv (1 g de amoxicilina + 0,2 g de ác. clavulânico) x 3-4 iv (2 g de amoxicilina + 0,2 g de ác. clavulânico) x 3 iv
em revisão
Amoxicilina-ácido clavulânico oral (0,5 g amoxicilina + 0,125 g ác. clavulânico) x 3 (0,875 g amoxicilina + 0,125 g ác. clavulânico) x 3 H. influenzae: somente doses altas
Piperacilina 4 g x 3 iv 4 g x 4 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Piperacilina-tazobactam (4 g piperacilina + 0,5 g tazobactam) x 3 iv (4 g piperacilina + 0,5 g tazobactam) x 4 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Ticarcilina 3 g x 4 iv 3 g x 6 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Ticarcilina-ácido clavulânico (3 g ticarcilina + 0,1/0,2 g ác. clavulânico) x 4 iv (3 g ticarcilina + 0,1 g ácido clavulânico) x 6 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas

Fenoximetilpenicilina 0,5-2 g x 3-4 oral Não há


dependendo da espécie e ou tipo de infecção

Oxacilina 1 g x 4 iv 1 g x 6 iv
Cloxacilina 0,5 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv 1 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv
Dicloxacilina 0,5-1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv 2 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv
Flucloxacilina 1 g x 3 oral ou 2 g x 4 iv (ou 1 g x 6 iv) 1 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv

Mecilinam 0,2 g x 3 oral 0,4 g x 3 oral

67
Dosagens Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019
Cefalosporinas Dose Padrão Dose Alta Situações específicas

Cefaclor 0,25-1 g x 3 oral Não há Staphylococcus spp.: Dose mínima 0,5 g x 3


dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Cefadroxila 0,5-1 g x 2 oral Não há
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Cefalexina 0,25-1 g x 2-3 oral Não há
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Cefazolina 1 g x 3-4 (ou 2 g x 3) iv Não há
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Cefepima 1 g x 3 ou 2 g x 2 iv 2 g x 3 iv Pseudomonas spp.: somente doses altas
Cefixima 0,2-0,4 g x 2 Não há Gonorreia: 0,4 g oral em dose única
Cefotaxima 1 g x 3 iv 2 g x 3 iv Meningite: 2 g x 4 iv
S. aureus: somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g im em dose única
Cefpodoxima 0,1-0,2 g x 2 oral Não há
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Ceftarolina 0,6 g x 2 iv infusão em 1 hora 0,6 g x 3 iv infusão em 2 horas S. aureus em infecções de pele complicadas: Existem algumas evidências de PK/PD
que sugerem que isolados com CIM de 4 mg/L podem ser tratados com doses altas.

Ceftazidima 1 g x 3 iv 2 g x 3 iv ou 1 g x 6 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas


Ceftazidima-avibactam (2 g ceftazidima + 0,5 g avibactam) x 3 infusão em 2 horas Não há
Ceftibuten 0,4 g x 1 oral Não há
Ceftobiprole 0,5 g x 3 iv infusão em 2 horas Não há
Ceftolozana-tazobactam (1 g ceftolozana + 0,5 g tazobactam) x 3 iv infusão em 1 hora Em avaliação
Ceftriaxona 1 g x 1 iv 2 g x 2 iv Meningite: 4g x 1 iv
S. aureus: somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g im em dose única
Cefuroxima iv 0,75 g x 3 iv 1,5 g x 3 iv E. coli, Klebsiella spp. (exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e
P. mirabilis: Somente doses altas
Cefuroxima oral 0,25-0,5 g x 2 oral Não há
dependendo da espécie e ou tipo de infecção

Carbapenêmicos Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Doripenem
Ertapenem 1 g x 1 iv durante 30 minutos Não há
Imipenem 0,5 g x 4 iv durante 30 minutos 1 g x 4 iv durante 30 minutos Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Meropenem 1 g x 3 iv durante 30 minutos 2 g x 3 iv durante 3 horas Meningite: 2 g x 3 iv em 30 minutos (ou 3 horas)
Meropenem-vaborbactam (2 g meropenem + 2 g vaborbactam) x 3 iv durante 3 horas Não há

Monobactâmicos Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Aztreonam 1 g x 3 iv 2 g x 4 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas

68
Dosagens Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019

Fluoroquinolonas Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Ciprofloxacino 0,5 g x 2 oral ou 0,4 g x 2 iv 0,75 g x 2 oral ou 0,4 g x 3 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Staphylococcus spp.: Somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g oral em dose única.
Levofloxacino 0,5 g x 1 oral ou 0,5 g x 1 iv 0,5 g x 2 oral ou 0,5 g x 2 iv Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Streptococcus grupo A, B, C e G: Somente doses altas
S. pneumoniae : Somente doses altas
Moxifloxacino 0,4 g x 1 oral ou 0,4 g x 1 iv Não há
Norfloxacino 0,4 g x 2 oral Não há
Ofloxacino 0,2 g x 2 oral ou 0,2 g x 2 iv 0,4 g x 2 oral ou 0,4 g x 2 iv Staphylococcus spp.: Somente doses altas + combinação

Aminoglicosídeos Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Amicacina 20 mg/kg x 1 iv 30 mg/kg x 1 iv Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Gentamicina 5 mg/kg x 1 iv 7 mg/kg x 1 iv Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Netilmicina 5 mg/kg x 1 iv 7 mg/kg x 1 iv Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Tobramicina 5 mg/kg x 1 iv 7 mg/kg x 1 iv Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas

Glicopeptídeos e lipopeptídeos Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Dalbavancina 1 g x 1 iv durante 30 minutos no dia 1 Não há
Se necessário, 0,5 g x 1 iv durante 30 minutos no dia 8
Oritavancina 1,2 g x 1 (dose única) iv durante 3 h Não há
Teicoplanina 0,4 g x 1 iv 0,8 g x 1 iv

Telavancina 10 mg/kg x 1 iv durante 1 h Não há

Vancomicina 0,5 g x 4 iv ou 1 g x 2 iv Não há Baseado no peso corporal. O monitoramento terapêutico deve orientar a dosagem.

ou 2 g x 1 por infusão contínua

Macrolídeos, lincosamidas e Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


estreptograminas
Azitromicina 0,5 g x 1 oral ou 0,5 g x 1 iv Não há Gonorreia: 2 g oral em dose única
Claritromicina 0,25 g x 2 oral 0,5 g x 2 oral
Eritromicina 0,5 g x 2-4 oral ou 0,5 g x 2-4 iv 1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv
Roxitromicina 0,15 g x 2 oral Não há
Telitromicina 0,8 g x 1 oral Não há

Clindamicina 0,3 g x 2 oral ou 0,6 g x 3 iv 0,3 g x 4 oral ou 0,9 g x 3 iv


Quinupristina-dalfopristina 7,5 mg/kg x 2 7,5 mg/kg x 3 69
Dosagens Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, ฀
válida a partir de 01-02-2019

Tetraciclinas Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Doxiciclina 0,1 g x 1 oral 0,2 g x 1 oral
Eravaciclina 1 mg/kg x 2 iv Não há
Minociclina 0,1 g x 2 oral Não há
Tetraciclina 0,25 g x 4 oral 0,5 g x 4 oral

Tigeciclina 0,1 g dose de ataque seguida por 50 mg x 2 iv Não há

Oxazolidinonas Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Linezolida 0,6 g x 2 oral ou 0,6 g x 2 iv Não há
Tedizolida 0,2 g x 1 oral Não há

Agentes Diversos Dose Padrão Dose Alta Situações específicas


Cloranfenicol 1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv 2 g x 4 oral ou 2 g x 4 iv Neisseria meningitidis: Somente doses altas
Polimixina B 15.000 - 25.000 U/Kg/dia IV, divididas 12/12h 30.000 U/Kg/dia IV, divididas 12/12h
Colistina 4,5 MU x 2 iv com dose de ataque de 9 MU Não há
Daptomicina 4 mg/kg x 1 iv 6 mg/kg x 1 iv
Fosfomicina iv 4 g x 3 iv 8 g x 3 iv
Fosfomicina oral 3 g x 1 oral em dose única Não há
Ácido fusídico 0,5 g x 2 oral ou 0,5 g x 2 iv 0,5 g x 3 oral ou 0,5 g x 3 iv
Metronidazol 0,4 g x 3 oral ou 0,4 g x 3 iv 0,5 g x 3 oral ou 0,5 g x 3 iv
Nitrofurantoína 50-100 mg x 3-4 oral Não há A dosagem dependente da formulação do fármaco.
Nitroxolina 0,25 g x 3 Não há

Rifampicina 0,6 g x 1 oral ou 0,6 g x 1 iv 0,6 g x 2 oral ou 0,6 g x 2 iv


Espectinomicina 2 g x 1 im Não há Gonorreia: 2 g oral em dose única
Trimetoprima 0,16 g x 2 oral Não há
Sulfametoxazol-Trimetoprima (0,8 g sulfa + 0,16 g trimetoprima) x 2 oral (1,2 g sulfa + 0,24 g trimetoprima + ) x 2 oral Stenotrophomonas maltophilia : Somente doses altas
ou (0,8 g sulfa + 0,16 g trimetoprima) x 2 iv ou (1,2 g sulfa + 0,24 g trimetoprima) x 2 iv
1- Para benzilpenicilina (penicilina G cristalina) a correspondência entre unidades internacionais (U) e miligramas (mg) é padronizada e depende do sal: 1.667 U/mg, para o sal sódico e 1.595 U/mg, para o sal potássico.

70
Redefinição das categorias dos
testes de sensibilidade S, I e R.
Gunnar Kahlmeter e Comitê Gestor do EUCAST
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Esta apresentação pode ser usada tal como está, traduzida ou
adaptada. Deve incluir a citação Esta apresentação pode ser
consultada na sua versão original em www.eucast.org .
A apresentação descreve alterações nas definições das categorias
dos testes de sensibilidade S, I e R e as suas consequências. As
alterações entram em vigor com a tabela de pontos de corte
EUCAST v 9.0 (2019).

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


O Comitê Gestor do EUCAST (CG) decidiu alterar as definições
das categorias dos testes de sensibilidade mas manter as
abreviaturas S, I e R.

Esta decisão foi tomada em Junho, 2018, após três consultas


gerais (2015, 2017 e 2018). Os resultados destas consultas estão
disponíveis em www.eucast.org (ver Consultations).

As novas difinições são válidas a partir de 01-01-2019 (Tabela de


Pontos de Corte EUCAST v. 9.0).
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
As definições S, I e R desde 2002 – 2018
As defi ições a tigas
Desde 2002, o EUCAST tem usado as seguintes definições para categorizar os
microrganismos como possibilidade de utilização de determinado antimicrobiano
no seu tratamento.

Os pontos de corte na Tabela de Pontos de Corte são clínicos, i.e. são utilizados
para predizer a resposta clínica no paciente infetado.
S = Sensível
I = Intermediário
R = Resistente

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Definições do EUCAST relativamente aos pontos de corte clínicos e valores de cut-off epidemiológicos
Resistência clínica e pontos de corte clínicos
Clinicamente Sensível (S)
• Um microrganismo é definido como sensível a determinado antimicrobiano quando é elevada a probabilidade
Definições 2002 – 2018
de sucesso terapêutico.
• Um microrganismo é considerado (S) aplicando o ponto de corte apropriado num determinado teste fenotípico.
( aàdefi içãoàa tiga
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.
Clinicamente Intermediário (I)
• Um microrganismo é definido como intermediário a determinado antimicrobiano quando existe um certo grau
de incerteza na sua eficácia terapêutica. Implica que a infecção causada por este isolado pode ser tratada se
ocorrer em locais onde o fármaco esteja fisicamente concentrado ou quando altas doses do fármaco possam
ser usadas; também indica uma zona de transição que pode prevenir pequenos erros técnicos não
controláveis, evitando causar discrepâncias maiores na interpretação.
• Um microrganismo é categorizado como intermediário (I) por aplicação do ponto de corte apropriado a um
determinado teste fenotípico.
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.
Clinicamente resistente (R)
• Um microrganismo é definido como resistente a determinado antimicrobiano quando associado a elevada
probabilidade de falha terapêutica.
• Um microrganismo é categorizado como resistente (R) por aplicação do ponto de corte apropriado a um
determinado teste fenotípico.
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.

Pontos de corte clínicos são apresentados como S<=x mg/L; I>x, <=y mg/L; R>y mg/L
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Na antiga definição a categoria intermediário no
resultado do TSA não era clara
U à i rorga is oàéàdefi idoà o oài ter ediárioàporàu à ívelà
de atividade do antimicrobiano associado a um efeito terapêutico
incerto. Isto implica que uma infecção causada por este agente
pode ser apropriadamente tratada em sítios anatômicos onde o
antimicrobiano esteja fisiologicamente concentrado ou quando
uma dose alta do antimicrobiano pode ser utilizada; também
indica uma zona tampão para impedir que fatores técnicos
menores, não controlados, causem discrepâncias maiores nas
interpretações.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
A antiga definição de intermediário engloba quatro
definições numa só

1. Efeito terapêutico incerto (farmacologia/microbiologia)


2. Onde os antimicrobianos são fisiologicamente
concentrados (farmacocinética)
3. Quando uma dose alta possa ser utilizada
(farmacologia/toxicologia)
4. Uma zona tampão para impedir erros técnicos
(metodologia)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Resultados intermediários incluem…

• Incerteza
– Efeito terapêutico incerto
– Resultado laboratorial incerto
• Exposição
– Antimicrobiano fisiologicamente concentrado
– Estratégia terapêutica (dose, frequência, modo de
administração)

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Incerteza e Exposição
• Incerteza
– responsibilidade dos comitês de pontos de corte
Pontos de corte devem evitar dividir as distribuições de CIM da
população selvagem de espécies importantes; caso contrário a
reprodutibilidade nos TSA não poderá ser atingida.
– responsibilidade dos laboratórios
Os laboratórios são responsáveis por utilizar métodos e critérios
interpretativos apropriados e pelo controle de qualidade (CQ) dos
seus resultados.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Incerteza e Exposição
• Exposição
– Responsabilidade dos comitês de pontos de corte
Os comitês de pontos de corte devem informar aos usuários sobre
estratégias terapêuticas relevantes para os pontos de corte e sob
quais outras condições os pontos de corte são válidos.
– Responsabilidade dos clínicos
É possível ajustar o nível de exposição alterando a estratégia de
dosagem; dose individual, frequência da dose, de oral para
intravenosa, de intermitente para infusão contínua.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Todos os pontos de corte clínicos estão relacionados a um nível
atingível de exposição* do microrganismo
O nível atingível de exposição* depende de muitos fatores.
Diferenças individuais na farmacocinética são permitidas nos cálculos dos índices
farmacodinâmicos por simulação populacional. Outros fatores que se seguem são
determinados pelo local da infeção e podem variar ao longo da terapia:
1. Local da infeção
– concentração em certos tecidos e fluidos corporais pode ser alta (urina, bile, tecidos linfáticos)
2. Dose e frequência da administração
3. Modo de administração (oral, intravenosa, infusão intravenosa, etc)

*Exposição é a função de como o modo de administração, dose, intervalo entre as doses, tempo de
infusão, assim como a distribuição, o metabolismo e excreção do antimicrobiano irão influenciar o
organismo infectante no local da infecção.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Dosagens e modos de administração estão na tabela
de pontos de corte do EUCAST
Os pontos de corte do EUCAST estão relacionados com as doses e modos de
ad i istraçãoàlistadosàpeloàEUCá“Tà osàdo u e tosàdoà Rationale àeà aà
tabela de pontos de corte, na aba Dosagens.

Com esquemas terapêuticos diferentes dos listados nas tabelas EUCAST, os


pontos de corte podem ser inválidos.

Por este motivo o EUCAST fez um grande esforço para consultar todos os
países a fim de verificar se as doses e o modos de administração listados nos
documentos do EUCAST são representativos das práticas internacionais.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Novas definições de S, I e R

• As alterações nas definições das categorias S e R são menores.


Elas enfatizam a relação entre a categoria de sensibilidade e o
nível de exposição.

• As alterações na categoria I terão impacto maior em nível


clínico e técnico e afetarão a vigilância epidemiológica da
resistência antimicrobiana. Estas alterações implicaram na
mudança de alguns pontos de corte.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


As novas definições S, I e R

As novas definições refletem a necessidade de exposição correta e a


responsabilidade dos laboratórios pela resolução das dificuldades
técnicas antes da finalização do TSA.

Os esquemas terapêuticos relevantes para os pontos de corte do EUCAST


estão disponíveis na tabela de pontos de corte, na aba Dosagens.
Estas são as novas definições:

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Sensível, dosagem padrão ( S )

S - Sensível, dose padrão: Um microrganismo é categorizado


como Sensível, dosagem padrão*, quando há uma alta
probabilidade de sucesso terapêutico utilizando o regime de
dosagem padrão do agente.

*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Sensível, aumentando exposição ( I )

I – Sensível, aumentando exposição: Um microrganismo é


categorizado como Sensível, aumentando exposição* quando há
uma alta probabilidade de sucesso terapêutico porque a exposição
foi aumentada ajustando-se o regime de dosagem ou sua
concentração no local de infecção.

*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Resistente ( R )

R - Resistente: um microrganismo é categorizado como


Resistente quando há alta probabilidade de falha terapêutica
mesmo quando há aumento da exposição*.

*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


SIR – as definições antigas
Intermediário
Sensível Efeito incerto.
Zona tampão para variações técnicas.
Para dose alta.
Por razões farmacocinéticas está concentrado. Resistente

Redefining S, I and R 2019 -


www.eucast.org
SIR - novas definições 2019
Sensível Resistente

Exposição Exposição
normal aumentada

Redefining S, I and R 2019 -


www.eucast.org
Decisão EUCAST 2018

• Alterar a definição de S, I e R.
• Manter as abreviaturas S, I e R.
• Enfatizar a relação entre exposição do microrganismo nos
locais de infeção e o ponto de corte, e encarregar os Comitês
Nacionais de TSA (National AST Committees-NAC) de informar
os colegas sobre a relação entre o esquema terapêutico e os
pontos de corte.
• Encarregar os laboratórios a assumir a responsabilidade de
lidarà o à variaçãoàté i aàeàerros .à
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Co àaàdefi içãoà odifi adaàdaà ategoriaà ategoria-I ….

….aàú i aàdifere çaàe tre “ àeà I àéàaà ua tidadeàdeàfár a o,à oà


local da infecção, necessária para obter uma resposta clínica
adequada.

O ter oà i ter ediário àéàsu stituídoàpelaàexpressão


“e sível,àexposição aumentada ,à asàaàa reviaturaàreportadaà
o ti uaàaàserà I .

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Mantendo as abreviaturas S, I e R
• EUCAST decidiu manter as abreviaturas.
• Há bons argumentos, tanto a favor como contra, relativamente à
alteração das abreviaturas. Contudo, durante o processo de consulta
uma clara maioria recomendou a sua não alteração neste momento.

Contudo, o EUCAST não exclui a possibilidade de vir a mudar no


futuro. Os fabricantes dos LIS e de equipamentos de TSA devem,
urgentemente, verificar como as alterações das abreviaturas
utilizadas para designar a categoria I afetarão os seus sistemas e
informar o EUCAST.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Alguns pontos de corte serão revistos para se
adequarem às novas definições S, I e R
Microrganismo Antimicrobiano Ponto de corte 2018 Ponto de corte 2019
mg/L mg/L
Pseudomonas Aztreonam 1 / 16 16 / 16
Enterococcus Trimetoprima WT categoria - I Nota+ECOFF
Enterococcus Trimetoprima- WT categoria - I Nota+ECOFF
sulfametoxazol
N. meningitidis Cloranfenicol 2/4 2/2
H. influenzae Cefpodoxima 0,25 / 0,5 0,25 / 0,25
Proteus Imipenem 2/4 0.12 / 4
Morganella
Providencia
Acinetobacter Ciprofloxacino 1/1 0,06 / 1
Inconsistências nos pontos de corte 2019
Há algumas inconsistências no novo sistema- isto necessita de ser corrigido, mais
provavelmente já em 2020.
• O tratamento de infeções por Pseudomonas spp. requer aumento de exposição para a
maioria dos antimicrobianos ativos (incluindo imipenem, mas possivelmente excluindo o
meropenem – assim, Pseudomonas selvagens deveriam ter sido categorizadas como
“e sível,àau e ta doàexposição àrelativa e teàaàtodosàosàa ti i ro ia osài porta tes.àOà
comitê decidiu que era necessário mais tempo para explicar que meropenem não deve ser
preferido a outros antimicrobianos.
• O tratamento de Enterobacterales com aminopenicilinas e cefuroxima, de S. aureus com
ciprofloxacino e S. pneumoniae com levofloxacino requerem aumento da exposição e
deveria àteràsidoà ategorizadosà o oà “e sível,àau e ta doàexposição .à
• Uma consulta geral sobre estes assuntos será necessária antes que uma decisão final possa
seràto adaàdura teà 9.àátéàlá,àdeveàseràreportadoà o oà “e sível à o àu aà otaàparaà
e fatizaràaà e essidadeàdeà au e toàdaàexposição .

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Inconsistências nos pontos de corte 2019, continuação

Nestes casos os laboratórios devem considerar adicionar uma nota


acerca da necessidade de uma alta exposição, particularmente
com...
• Pseudomonas e piperacilina-tazobactam, ceftazidima, cefepima,
imipenem, aztreonam, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos.
• Enterobacterales e aminopenicilinas (com ou sem inibidor) e
cefuroxima.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Nova terminologia
• U àorga is oàai daàpodeàseràreportadoà o oà Sensível (S àeà Resistente (R ,à asà ãoà
podeà aisàseràreportadoàutiliza doàaàpalavraà i ter ediário àaàu àa ti i ro ia o.àE àvezà
disso,àdeveàseràreportadoà o oà Sensível, aumentando exposição à asàai daà o àaà
a reviaturaà I .

O EUCAST sugere que durante 2019 uma das seguintes observações (uma mais longa e outra
mais curta) deva ser incluída nos resultados de TSA:

• Um microrganismo é categorizado como Sensível, aumentando exposição (abreviatura I à


quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico porque a exposição ao agente
pode ser aumentada no local da infecção, ajustando-se o regime terapêutico, modo de
administração ou porque a concentração é naturalmente elevada no local da infecção (ver
http://www.eucast.org/clinical_breakpoints/).

• Um isolado pode ser categorizado como Sensível, aumentando exposição (abreviatura I à


ao antimicrobiano, desde que seja possível uma maior exposição do microrganismo (dose,
frequência, modo de administração).
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Nova terminologia
– A seguinte linguagem é apropriada após a mudança nas definições:

• O isolado pertence à categoria S, I ou R.


• O isolado pertence à categoria de sensibilidade S, I ou R.
• O isolado é sensível (que inclui S e I).
• O isolado é sensível na dose padrão (que inclui S).
• O isolado é sensível só se for possível aumentar a exposição (que inclui I).
• O isolado é resistente (que inclui R).

• Resultados dos testes de sensibilidade- reportar os isolados como S, I ou R

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Vigilância da resistência antimicrobiana
Tem sido uma prática comum combinar as categorias de
sensibilidade Resistente àeà Intermediário àcomo não-sensíveis,
ao reportar as taxas de resistência. A partir de 2019, isto não será
mais considerado correto.

Para fins de vigilância, evite a combinação de categorias –


apresente S, I e R separadamente.
• Se houver a necessidade de combiná-las, então combine S e I e
apresente R separadamente.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Problemas técnicos laboratoriais e resultados duvidosos

• A definição antiga de I abrange um grau de incerteza e/ou de


problemas técnicos que não podem ser controlados.
• Esta parte da definição foi removida e o EUCAST tem
identificado situações óbvias, onde os laboratórios devem
tomar uma atitude para evitar que resultados altamente
duvidosos sejam reportados.
• Existem situações em que a baixa reprodutibilidade dos
resultados é previsível.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Comitês de pontos de corte e laboratórios têm a
tarefa de minimizar problemas técnicos no TSA.
Problemas técnicos tipicamente aparecem quando
1. um ponto de corte divide a população selvagem.
2. um ponto de corte divide a população resistente.
3. Há uma variação não controlada do teste.
– Baixa qualidade do material do TSA (caldo, ágar, discos, dispositivos,
etc).
– Calibração incorreta/falha na validação dos procedimentos do TSA.
– Más práticas de CQ no laboratório.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Alguns exemplos nos quais um alerta é necessário sobre
resultados duvidosos e com baixa reprodutibilidade
• Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8 mg/L.
A relação PK/PD da amoxicilina indica um ponto de corte máximo de 8 mg/L e somente se
uma exposição aumentada for obtida. Para ITU, uma dose padrão permitirá um ponto de
corte de 32 mg/L. Infelizmente, ao obter resultados de testes de CIMs ou disco-difusão, há
uma baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.

• Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales.


– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8 mg/L.
A relação PK/PD da piperacilina indica um ponto de corte de 8/16 mg/L com a maior
exposição possível pra organismos na categoria – I. Infelizmente, ao obter resultados de
testes de CIMs ou disco-difusão, há uma baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


O EUCAST aconselhará os laboratórios de como lidar
com os resultados duvidosos de TSA

Os diapositivos a seguir são dirigidos principalmente para os


laboratórios de microbiologia

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Redefinindo as categorias de testes de sensibilidade
S, I e R -
Consequências para os laboratórios.

Gunnar Kahlmeter e Comitê Gestor do EUCAST


Redefining S, I and R 2019 -
www.eucast.org
Área de Incerteza Técnica (AIT)
• A capacidade do EUCAST para detectar áreas, onde a incerteza técnica
é tal que afeta seriamente o valor preditivo do teste de sensibilidade
antimicrobiana (TSA) tem melhorado.

• Em 2019, será introduzido o termo áIT à oàtesteàdeàsensibilidade,


onde um alerta é necessário para advertir o laboratório sobre a
incerteza do resultado do TSA.

• O alerta afeta o laboratório, não o clínico, e o laboratório precisa de


uma estratégia para (1) verificar a exatidão ou (2) para relatar a
incerteza do resultado.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Para verificar a exatidão ou incerteza dos resultados
do TSA
Os alertas são tipicamente na forma de um intervalo definido de
CIM ou halo de inibição (sobreposição entre organismos sensíveis
e resistentes), onde a interpretação é duvidosa. O alerta é entre o
sistema de TSA e o laboratório, e o laboratório precisa decidir
como reagirá ao alerta.

Nos gráficos seguintes são apresentados alguns exemplos típicos


onde um alerta para o laboratório é mandatório.

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Alguns exemplos nos quais um alerta sobre resultados
duvidosos e com baixa reprodutibilidade é necessário
• Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8
mg/L. PK/PD da amoxicilina indica um ponto de corte máximo de 8 mg/L somente se
uma exposição aumentada for obtida. Para ITU, a dose padrão permitirá um ponto de
corte de 32 mg/L. Infelizmente, ao determinar os resultados dos testes por CIMs ou
disco-difusão, há uma área crítica de baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.
• Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8
mg/L. PK/PD da piperacilina indica um ponto de corte de 8/16 mg/L com a máxima
exposição possível para os organismos na categoria I. Infelizmente, ao determinar os
resultados dos testes por CIMs ou disco-difusão, há uma área crítica de baixa
reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.

Redeinfição S, I e R 2019 - www.eucast.org


Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales com pontos
de corte para ITU não complicadas
Amoxicilina-ácido clavulânico 20-10 µg vs CIM
Enterobacterales, 325 isolados
70 CIM com concentração fixa de ácido clavulânico de 2 mg/L

60 CIM
Pontos de corte (ITU não complicadas) (mg/L)
CIM S≤32, R>32 mg/L
50 ≥128
Halo de inibição S≥16, R<16 mm
Nº de observações

64
32
40
AIT desnecessária 16
30 8
4
20 2
1
10
0.5

0
6

16

34
10

12

14

18

20

22

24

26

28

30

32

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales com
pontos de corte para infecções sistêmicas
Amoxicilina-ácido clavulânico 20-10 µg vs CIM
Enterobacterales, 325 isolados
70 CIM com concentração fixa de ácido clavulânico de 2 mg/L
CIM
60 Pontos de corte (infecções sistêmicas) (mg/L)
CIM S≤8, R>8 mg/L
50 ≥128
Halo de inibição S≥19, R<19 mm
Nº de observações

64
40 32
AIT 19-20 mm 16
30 8
4
20 2
1
10
0.5

0
6

16
10

12

14

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales
Piperacilina-tazobactam 30-6 μg vs. CIM
Enterobacterales, 531 isolados (840 correlações)
100
Pontos de corte
90 CIM S≤8, R>16 mg/L
Halo de inibição S≥20, R<17 mm CIM
80 (mg/L)
70 ≥128
No de obervações

60 AIT 16 mg/L 64

50 17 – 19 mm 32
16
40 8
30 4
2
20
≤1
10

0
6

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


AIT 17 – 19 mm

Resultados de Piperacilina-
tazobactam para isolados
clínicos consecutivos e o
efeito da AIT of 17 – 19 mm
(3 – 4 % na AIT).

Redefining S, I and R 2019 -


www.eucast.org
Ceftarolina vs. S. aureus

Ceftarolina 5 µg vs. CIM


S. aureus, 216 isolados (593 correlações)
90
Pontos de corte (pneumonia)
80 CIM S≤1, R>1mg/L
Halo de Inibição S≥20, R<20 mm CIM
70 (mg/L)

AIT 1 mg/L, 19-20 mm 8


Nº de observações

60
4
50 2

40 1
0.5
30
0.25
20 0.125
0.06
10

0
6

30
10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

32

34

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Ceftobiprole vs. S. aureus
Ceftobiprole 5 µg vs. CIM
S. aureus, 114 isolados (228 correlações)
30
Pontos de corte
CIM S≤2, R>2 mg/L
25 Halo de inibição S≥17, R<17 mm
CIM
AIT 2 mg/L, 16-17 mm (mg/L)
Nº de observações

20
4
2
15
1
0.5
10
0.25
0.125
5

0
6

18

32
10

12

14

16

20

22

24

26

28

30

34

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Meropenem e Enterobacterales – Um dos muitos exemplos em que uma AIT não é necessária

Meropenem 10 μg vs. CIM


Enterobacterales, 378 isolados (435 correlações)
CIM
100 (mg/L)
Pontos de corte
90 CIM S≤2, R>8 mg/L
≥32
80
Halo de inibição S≥22, R<16 mm
16
70 8
Nº de observações

60 4
2
50
1
40 0.5
30 0.25
0.125
20
0.06
10
0.03
0 ≤0.016
6

14
10

12

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40
Diâmetro do halo de inibição (mm)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Tabelas de Ponto de Corte v.9.0 EUCAST (2019) com colunas
para alertas de AIT para testes de CIM e/ou disco-difusão
Penicillins1 MIC breakpoint Disk Zone diameter Notes
(mg/L) content breakpoint (mm) Numbered notes relate to general comments and/or MIC breakpoints.
S≤ R> ATU (µg) S R< ATU Lettered notes relate to the disk diffusion method.
Benzylpenicillin - - - - 1/A. Wild type Enterobacterales are categorised as susceptible to aminopenicillins.
Am picillin 81 8 10 14A,B 14B Some countries prefer to categorise w ild type isolates of E. coli and P. mirabilis as "Susceptible, increased
Am picillin-sulbactam 81,2 82 10-10 14A,B 14B exposure". When this is the case, use the MIC breakpoint S ≤ 0.5 mg/L and the corresponding zone diameter
breakpoint S ≥ 50 mm.
Am oxicillin 81 8 - NoteC NoteC
2. For susceptibility testing purposes, the concentration of sulbactam is fixed at 4 mg/L.
Am oxicillin-clavulanic acid 81,3 83 20-10 19A,B 19B 19-20
3. For susceptibility testing purposes, the concentration of clavulanic acid is fixed at 2 mg/L.
Am oxicillin-clavulanic acid 321,3 323 20-10 16A,B 16B 4. For susceptibility testing purposes, the concentration of tazobactam is fixed at 4 mg/L.
(uncom plicated UTI only) 5. Breakpoints still under consideration.
Piperacillin 8 16 30 20 17 6. Agar dilution is the reference method for mecillinam MIC determination.
Piperacillin-tazobactam 84 164 16 30-6 20 17 17-19
Ticarcillin 8 16 75 23 20 B. Ignore grow th that may appear as a thin inner zone on some batches of Mueller-Hinton agars.
Ticarcillin-clavulanic acid 83 163 75-10 23 20 C. Susceptibility inferred from ampicillin.
D. Ignore isolated colonies w ithin the inhibition zone for E. coli.
Tem ocillin Note5 Note5 Note5 Note5

Phenoxym ethylpenicillin - - - -

Oxacillin - - - -
Cloxacillin - - - -
Dicloxacillin - - - -
Flucloxacillin - - - -

Mecillinam (uncom plicated UTI only) 86 86 10 15D 15D


E. coli, Klebsiella spp. (except K.
aerogenes ), Raoultella spp. and
P. mirabilis

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Existem algumas propostas de AITs
Todas serão listadas nas tabelas de ponto de corte EUCAST 2019.

• Enterobacterales 4 antimicrobianos
• Pseudomonas spp. 3 antimicrobianos
• Staphylococcus spp. 3 antimicrobianos
• H. influenzae 8 antimicrobianos
• Outras espécies 0 antimicrobianos

Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org


AITs preliminares para Enterobacterales, Pseudomonas e Staphylococcus

Microrganismo Antimicrobiano CIM Halo de Inibicão


(mg/L, AIT) (mm, AIT)

Enterobacterales Amoxicilina-ácido clavulânico - 19-20


Piperacilina-tazobactam 16 17-19
Ceftarolina - 22-23
Ciprofloxacino 0.5 22-24
P. aeruginosa Piperacilina-tazobactam - 18-19
Ceftazidima-avibactam - 16-17
Colistina 4 -
S. aureus Ceftarolina 1 19-20
Ceftobiprole 2 16-17

S. Epidermidis AITs preliminares


Amicacina
Cefoxitina
16
-
15-19
25-27
AITs Preliminares para H. influenzae
Microrganismo Antimicrobiano CIM Halo de Inibição
(mg/L, AIT) (mm, AIT)
H. influenzae Ampicilina 16-19
Amoxicilina-ácido 14-16
clavulânico
Piperacilina-tazobactam 0.5 24-27
Cefotaxima 25-27
Ceftriaxona 31-33
Cefuroxima (iv e oral) 2 25-27
Cefepima, Cefpodoxima Consultar o fluxograma
e Imipenem

AITs preliminares
Como a AIT pode ser implementada na rotina laboratorial?
• Laboratórios sem suporte de TI (categorização manual dos resultados de disco-difusão
ou CIM em S ,I e R)
– Listar manualmente espécies/agentes com AITs e propostas de como lidar com cada uma.
• Laboratórios com suporte de TI (onde a categorização em S ,I e R é realizada
automaticamente na entrada dos resultados de CIM ou disco-difusão)
– Desenvolver um software para incluir algoritmos SE/ENTÃO como:
SE S. aureus e ceftarolina e CIM 1 mg/L (ou halo 19-20 mm), ENTÃO realize uma áÇÃO*…
SE E. coli e piperacillin-tazobactam CIM 16 mg/L (ou halo 18 – 19 mm), ENTÃO realize uma
áÇÃO*...

O princípio básico é o mesmo independentemente do método utilizado. Porém, a


AIT pode ocorrer em somente um dos sistemas (métodos).
• Disco-difusão
• Determinação da CIM
• Equipamentos de TSA semi-automatizados
*A ação pode variar – veja os próximos diapositivos para as ações propostas!
Disco-difusão (AIT)

• Se há interface com o sistema de informação, onde os


diâmetros dos halos de inibição são (manualmente ou
automaticamente) registrados para interpretação da
categoria:
– Introduza AIT (microrganismo, antimicrobiano, intervalo) para gerar
• “i alàdeàálerta àà so ,àluz,àasteris oà oàresultado preli i ar,à….
• Bloquear a interpretação automática e forçar decisões manuais

• Se a interface é manual, imprima a lista de AITs ou utilize a


versão impressa da tabela de pontos de corte do EUCAST.
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Determinação da CIM
• Leitura automática com interpretação informatizada da
determinação da CIM em todas as diluições testadas
– Introduza AIT (espécie, agente, intervalo) para gerar:
• “i alàdeàálerta àà so ,àluz,àasteris oà oàresultadoàpreli i ar,à….
• Bloquear a interpretação automática e forçar decisões manuais.

• Leitura manual de todas as diluições testadas para


determinação da CIM
– imprima a lista de AITs ou utilize a versão impressa da tabela de
pontos de corte do EUCAST.

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


Equipamentos de TSA semi-automatizados

• Comece por verificar quais AITs podem ser detectadas em


relação ao usualmente pequeno número de diluições testadas
(2 – 4 diluições)
• Se AITs se situam fora da faixa de diluições testadas, o controle
será impossível
• Se AITs se situam dentro da faixa de diluições testadas, utilize
AIT tal como se fosse para a determinação da CIM (diapositivo
anterior)

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


AIT – ações laboratoriais possíveis
• repita o teste – isto somente se houver uma razão para suspeitar de erro técnico.
• faça um teste alternativo (determine CIM, faça PCR, um teste para determinar o
mecanismo de resistência) – isto é importante quando o teste alternativo é conclusivo
(PCR para detectar os genes vanA ou vanB gene em enterococos, um teste de
betalactamase em H. influenzae).
• reporte os resultados nas AIT como duvidosos – isto pode ser conseguido deixando a
interpretação em branco + um comentário. Ou desenvolvendo o sistema de informática
laboratorial para colocar um asterisco (ao invés de S, I ou R), que irá se referir a um
comentário explicando a incerteza.
• reporte os resultados nas AIT como R . Se houver várias boas alternativas no resultado
do TSA, esta pode ser a opção mais fácil e segura.
• aproveite a oportunidade para discutir os resultados com o clínico.

Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org


AIT – a ação apropriada pode variar com as
circunstâncias
• Se houver poucos antibióticos disponíveis para o clínico, ENTÃO tente
obter uma categorização precisa.
• Se em hemocultura, ENTÃO tente obter uma categorização precisa.
• Se pode ser resolvido com um método alternativo sem demora, então
tente obter uma categorização.
• Se houver muitas alternativas de antibióticos disponíveis, ENTÃO
reporte R (com ou sem comentário).
• Se o resultado deve ser reportado, ENTÃO inclua um comentário
discutindo a incerteza.
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
O fim
….do começo….

Questões e comentários podem ser enviados para


gunnar.kahlmeter@eucast.org ou brcast@brcast.org.br

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Orientações do EUCAST para a detecção de
mecanismos de resistência e resistências
específicas de importância clínica
e/ou epidemiológica

Versão 2.01
Julho de 2017
1 Baseada na versão 1.0 de dezembro de 2013 dos subcomitês do EUCAST para
detecção de mecanismos de resistência e resistências específicas de
importância clínica e/ou epidemiológica:
Christian G. Giske (Sweden, EUCAST Steering Committee and EARS-Net Coordination
Group; chairman), Luis Martinez-Martinez (Spain, EUCAST Steering Committee),
Rafael Cantón (Spain, chairman of EUCAST), Stefania Stefani (Italy), Robert Skov
(Denmark, EUCAST Steering Committee), Youri Glupczynski (Belgium), Patrice
Nordmann (France), Mandy Wootton (UK), Vivi Miriagou (Greece), Gunnar Skov
Simonsen (Norway, EARS-Net Coordination Group), Helena Zemlickova (Czech
republic, EARS-Net Coordination Group), James Cohen-Stuart (The Netherlands) and
Marek Gniadkowski (Poland).

Versão para o Português


Setembro de 2018

Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos


Conteúdo
Seção
Página
1. Introdução 3
2. Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases 4
3. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases de espectro estendido 11
4. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases AmpC adquiridas 20
5. Bacilos Gram negativos resistentes a polimixina 27
6. P. aeruginosa e Acinetobacter resistentes aos carbapenêmicos 29
7. Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (Oxacilina) 31 2
8. Staphylococcus aureus não sensível aos glicopeptídeos 34
9. Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis resistentes à Vancomicina 39
10. S. pneumoniae não sensíveis à Penicilina 44
1. Introdução
O atual documento é uma atualização das diretrizes desenvolvidas pelo
subcomitê de mecanismos de resistência do EUCAST. O comitê diretor do EUCAST
desenvolveu essa atualização. O documento foi desenvolvido principalmente
para uso rotineiro em laboratórios de análises clínicas e não abrange os
procedimentos técnicos para identificação de mecanismos de resistência a nível
molecular por laboratórios de referência ou especializados. No entanto, grande
parte do conteúdo também é aplicável a laboratórios nacionais de referência.
Além disso, é importante notar que este documento não inclui a triagem de
portadores assintomáticos (colonização) de microrganismos multirresistentes ou 3
a detecção direta em amostras clínicas.
Todos os capítulos deste documento contêm uma definição do mecanismo ou
resistência específica, uma explicação da necessidade clínica e / ou de saúde
pública para a detecção do mecanismo ou resistência específica, uma descrição
sucinta dos métodos recomendados de detecção, e as referências das descrições
detalhadas dos métodos. A necessidade de identificação do mecanismo de
resistência e o nível de identificação necessários para fins de controle de infecção
ou saúde pública podem variar geograficamente e temporalmente, dependendo
da prevalência e da heterogeneidade dos diferentes mecanismos de resistência.
As diretrizes foram desenvolvidas através da realização de pesquisas na literatura
científica, e as recomendações são baseadas em estudos multicêntricos ou
múltiplos estudos individuais. Vários métodos atualmente em desenvolvimento
não foram incluídos nas diretrizes, uma vez que avaliações multicêntricas ou
múltiplas avaliações individuais ainda não foram concluídas. Versões preliminares
destas diretrizes foram objeto de ampla revisão através de listas de consultores
do EUCAST, do site do EUCAST e consultores do ECDC.
Tanto quanto possível foram utilizados termos genéricos para os produtos
apresentados no documento, mas excluir todos os nomes de produtos específicos
teria tornado algumas das recomendações pouco claras. Deve-se notar que
alguns mecanismos de resistência nem sempre conferem resistência clínica. Isso
possivelmente se deve ao fato que alguns mecanismos não estão sendo expressos
ou são expressos somente em baixos níveis o que não resulta em resistência
fenotípica. Assim, enquanto a detecção desses mecanismos pode ser relevante
para o controle de infecção e de saúde pública, pode não ser necessária para fins
clínicos. Em consequência, para alguns mecanismos, especialmente β-lactamase
de espectro estendido e carbapenemases em bacilos Gram-negativos, a detecção
do mecanismo em si não leva à classificação como clinicamente resistente.

Christian G. Giske
Chairman of EUCAST- Past Chairman of the subcommittee on detection of resistance
mechanisms
2. Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases

Importância da detecção do mecanismo de resistência


Necessário para categorização clínica de sensibilidade Não
antimicrobiana
Para propósitos de controle de infecção Sim
Para propósitos de saúde pública Sim

2.1 Definição
Carbapenemases são β-lactamases que hidrolisam penicilinas, cefalosporinas na 4
maioria dos casos, e em vários graus carbapenêmicos e monobactâmicos (estes
últimos não são hidrolisados por metalo-β-lactamases).

2.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


O problema da disseminação de carbapenemases na Europa data da segunda metade
da década de 1990 em vários países mediterrâneos, e foi observada principalmente em
P. aeruginosa (1). No início dos anos 2000, a Grécia viveu uma epidemia de Verona
metalo-β-lactamase (VIM), codificada por integrons, em K. pneumoniae (2), seguido por
uma epidemia relacionada a K. pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC), que é
atualmente a carbapenemase mais comum na Europa entre as Enterobacteriaceae (1).
Atualmente, as carbapenemases OXA-48 compreendem o grupo de carbapenemases
que mais rapidamente aumentam na Europa (3). Na Grécia e na Itália em torno de 60 e
15%, respectivamente, das K. pneumoniae invasivas são atualmente não sensíveis aos
carbapenêmicos (4). Em 2015, 13/38 países relataram disseminação inter-regional de
situação endêmica de Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase (CPE), em
comparação com 6/38 em 2013 (3). Outras carbapenemases particularmente
problemáticas são as New Delhi metalo-β-lactamases (NDMs), que são altamente
prevalentes no subcontinente indiano e no Oriente Médio e em várias ocasiões tem sido
importadas para a Europa (3), existe também exemplos de disseminação regional em
alguns países (5). As carbapenemases do tipo IMP são também comuns em algumas
partes do mundo (6).
As carbapenemases são uma fonte de preocupação, pois podem conferir resistência a
praticamente todos os β-lactâmicos, cepas produtoras de carbapenemases
frequentemente possuem mecanismos de resistência a uma ampla gama de agentes
antimicrobianos e infecções por Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase
estão associados a altas taxas de mortalidade (7-9).

2.3 Mecanismos de resistência


A grande maioria das carbapenemases são enzimas adquiridas, codificadas por genes
localizados em elementos transponíveis localizados em plasmídeos. As carbapenemases
são expressas em vários níveis e diferem significativamente tanto em relação às
características bioquímicas quanto em relação à sua atividade contra β-lactâmicos
específicos. O nível de expressão, as propriedades das β-lactamases e a associação
frequente com outros mecanismos de resistência (outras β-lactamases, efluxo e / ou
permeabilidade alterada) resultam numa ampla gama de fenótipos de resistência
observados entre isolados produtores de carbapenemase (10-11). A redução da
sensibilidade aos carbapenêmicos em Enterobacteriaceae pode, no entanto, também
ser causada por β-lactamases de espectro estendido (ESBL) ou enzimas AmpC quando
coexiste diminuição da permeabilidade devido à alteração ou redução da expressão de
porinas (12), e possivelmente também por proteínas ligantes de penicilina (13).

CPE normalmente apresentam diminuição de sensibilidade aos carbapenêmicos e na


maioria dos casos são resistentes as cefalosporinas (oximino) de espectro estendido
(ceftaxima, ceftriaxona, ceftazidima e/ou cefepime) (14). No entanto, com algumas
dessas enzimas (enzimas OXA-48-like) os organismos podem se apresentar totalmente
sensíveis às cefalosporinas. Atualmente, a maioria dos CPE podem expressar também
enzimas que hidrolisam cefalosporinas, tipo as ESBLS como CTX-Ms, e serem resistentes 5
às cefalosporinas. Carbapenemases são consideradas de grande importância
epidemiológica, particularmente quando conferem redução da sensibilidade a qualquer
um dos carbapenêmicos (imipenem, meropenem, ertapenem e doripenem), ou seja,
quando as CIMs estão acima dos valores dos pontos de corte epidemiológicos (ECOFF)
definidos pelo EUCAST (15).

2.4 Métodos recomendados para a detecção de carbapenemases


em Enterobacteriaceae

2.4.1 Triagem para produção de carbapenemases


As CIMs de carbapenêmicos em Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase
podem estar abaixo dos pontos de corte clínicos (14-16). No entanto, os valores de
ECOFF definidos pelo EUCAST podem ser utilizados para detectar produtores de
carbapenemase. Meropenem oferece a melhor combinação entre sensibilidade e
especificidade em termos de detecção de produtores de carbapenemase (14-17).
Ertapenem tem excelente sensibilidade, mas pouca especificidade, particularmente em
espécies como Enterobacter spp., devido à sua relativa instabilidade frente às β-
lactamases de espectro estendido (ESBLs) e β-lactamases AmpC em associação com
perda de porina (14). Os valores de corte apropriados para a detecção de possíveis
produtores de carbapenemase são mostrados na Tabela 1. Deve-se notar que, a fim de
aumentar a especificidade, os pontos de corte para imipenem e ertapenem
correspondem a uma diluição acima dos ECOFFs atualmente definidos.

Tabela 1. Pontos de corte clínicos e para triagem de Enterobacteriaceae produtoras


de carbapenemases (de acordo com a metodologia do EUCAST).

Carbapenêmico Diâmetro do halo de inibição


CIM (mg/L)
(mm) com discos de 10 µg
Valor de corte Valor de corte Valor de corte Valor de corte
S/I para triagem S/I para triagem
Meropenem1 >0,12 <282
Ertapenem3 ,5 >0,12 <25
1 Melhor equilíbrio entre sensibilidade e especificidade
2 Isolados com 25-27 mm só necessitam ser investigados para produção de carbapenemases se forem resistentes a piperacilina-
tazobactam e/ou temocilina (temocilina contribui mais para especificidade). Investigação de carbapenemases é sempre necessária
se o diâmetro da zona para meropenem for < 25 mm.
3 Elevada sensibilidade, mas baixa especificidade. Pode ser usado como um agente de triagem alternativo, mas isolados com ESBL e
AmpC podem apresentar resistência mesmo sem ter carbapenemase.

Uma vez detectada sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos nos testes de


sensibilidade de rotina, os métodos fenotípicos para detecção de carbapenemases
devem ser aplicados. Os principais tipos de métodos incluem o teste de disco
combinado, teste colorimétricos baseados na hidrólise do carbapenêmico, outros
métodos de detecção de hidrólise de carbapenems e, finalmente, um método
imunocromatográfico (ensaio de fluxo lateral). Estes diversos testes são descritos
abaixo 6

2.4.2 Teste do disco combinado


O teste do disco combinado tem a vantagem de ser bem validado em estudos e
também estar disponível comercialmente (MAST, Reino Unido; Rosco, Dinamarca) (18-
22). Os discos ou tablets contém meropenem +/- vários inibidores. Resumidamente, o
ácido borônico inibe carbapenemases da classe A (embora dados além de KPC sejam
raros) e o ácido dipicolínico e o EDTA inibem carbapenemases classe B. Além disso, a
OXA-48 é inibida pelo avibactam, mas esse último ainda não foi incluído nos painéis
fenotípicos (21,22). Cloxacilina, que inibe β-lactamases AmpC, foi adicionada aos testes
para diferenciar entre hiperprodução de AmpC com perda simultânea de porinas e
produção de carbapenemase. O algoritmo para a interpretação desses testes com
inibidores está descrito na Figura 1 e tabela 2. A principal desvantagem é que eles
podem demorar 18 horas (na prática a incubação é feita durante a noite), por essa
razão novos métodos rápidos estão sendo atualmente pesquisados.

Figura 1. Algoritmo para detecção de carbapenemases.

Diâmetro do halo do meropenem < 28


mm no disco-difusão (ou CIM > 0,12
mg/L) em todas as Enterobacteriaceae
Exceção:
Meropenem 25-27 mm E
piperacilina/tazobactam = I/S:
Nenhum teste é necessário

Sinergismo apenas Sinergismo com Sinergismo apenas Sem sinergismo1


com ác. borônico ác. borônico e com ác.
cloxacilina dipicolínico

R2 a temocilina: S a temocilina:
KPC (ou outra AmpC Metalo-β- OXA-48 ESBL mais perda
carbapenemase da (cromossômica ou lactamase (MBL) de porina
classe A) plasmidial) mais
perda de porina

1 Combinação de várias carbapenemases pode não mostrar o sinergismo – ou seja, MBL e KPC em combinação.
Testes moleculares são necessários nestes casos.
2 Alto nível de resistência à temocilina (CIM> 128 mg / L, diâmetro do halo <11 mm) é indicador fenotípico de

produção de OXA-48.
O algoritmo na Tabela 2 permite a diferenciação entre metalo-β-lactamases,
carbapenemases da classe A, carbapenemases da classe D e não carbapenemases (ESBL
e / ou AmpC mais perda porina). Os testes podem ser feitos com o método de disco-
difusão, do EUCAST, para organismos não fastidiosos. Testes comerciais devem ser
realizados de acordo com as instruções do respectivo fabricante.
Até o momento não existem inibidores disponíveis para as enzimas OXA-48-like. Alto
nível de resistência à temocilina (CIM > 128 mg/L) tem sido proposto como um
marcador fenotípico para os produtores de carbapenemase OXA-48-like (23,24). No
entanto, este marcador não é específico para carbapenemases do tipo OXA-48, uma
vez que outros mecanismos de resistência podem conferir este fenótipo. A presença 7
de enzimas OXA-48-like, portanto, deve ser confirmada com um método genotípico.
A utilização do teste Hodge modificado não é recomendada, uma vez que os resultados
são difíceis de interpretar, a especificidade é baixa e, em alguns casos, a sensibilidade
não é ideal (12). Algumas novas modificações da técnica têm sido descritas, mas elas
são trabalhosas para uso em laboratórios clínicos de rotina e não resolvem todos os
problemas de sensibilidade e especificidade.

Tabela 2. Interpretação dos testes fenotípicos (carbapenemases em negrito) por


métodos de disco(tablets)-difusão. As definições exatas de sinergismo são fornecidas
em bulas para os vários produtos comerciais.
β-lactamase Sinergismo observado como aumento do halo de CIM de
inibição (mm) com disco de meropenem (10 µg) temocilina
>128 mg/L ou
diâmetro do
ADP/EDTA AAFB/AFB ADP+AAFB CLX halo de inibição
<11 mm

MBL + - - - Variável1

KPC - + - - Variável1

MBL + KPC2 Variável Variável + - Variável1

OXA-48-like - - - - Sim
AmpC + perda de
- + - + Variável1
porina
ESBL + perda de
- - - - Não
porina
Abreviaturas: MBL = metalo-β-lactamase, KPC = Carbapenemase de Klebsiella pneumoniae, ADP = ácido
dipicolínico, EDTA = ácido etilenodiamino tetra-acético, AAFB = ácido aminofenilborônico, AFB = ácido
fenilborônico, CLX = cloxacilina.
1 O teste de sensibilidade com temocilina é recomendado apenas em casos em que não é detectado nenhum
sinergismo, a fim de diferenciar entre ESBL + perda de porinas e enzimas OXA-48-like (23, 24). Quando outras
enzimas estão presentes a sensibilidade é variável e não fornece qualquer indicação adicional da β-lactamase
presente.
2 Há um relato que suporta o uso de comprimidos comerciais contendo dois inibidores (ADP ou EDTA mais AAFB
ou AFB) (25), mas ainda faltam estudos multicêntricos ou múltiplos estudos de um único centro. Esta combinação
confere alto nível de resistência a carbapenêmicos e é rara fora da Grécia.
2.4.3 Testes bioquímicos (colorimétricos)
O teste Carba NP é um teste rápido (<2h) de detecção de hidrólise de carbapenêmico,
o qual resulta em alteração de pH e mudança de cor de amarelo para vermelho em uma
solução de vermelho de fenol (26, 27). O teste Carba NP foi validado com colônias de
bactérias cultivadas em ágar Mueller-Hinton, ágar sangue, ágar TSA e a maioria dos
meios seletivos utilizados no rastreamento de produtores carbapenemase. O teste
Carba NP não pode ser realizado com as colônias bacterianas cultivadas em ágar
Drigalski ou ágar MacConkey. Os diferentes passos do método devem ser seguidos
cuidadosamente, a fim de se obter resultados reprodutíveis. Várias publicações indicam
que o método apresenta alta sensibilidade e especificidade (28), embora uma
publicação tenha indicado problemas de sensibilidade para isolados com fenótipo 8
mucoide e para alguma Enterobacteriaceae produtoras de OXA-48 (29). Um produto
comercial baseado nesse método demonstrou apresentar boa performance para
detecção de carbapenemases em Enterobacteriaceae (30, 31). Alguns testes
comerciais, incluindo a versão comercial do Carba NP, apresentam alguns problemas
de interpretação visto que a leitura visual da mudança de coloração pode ser duvidosa;
além disso, uma certa proporção (3-5%) de resultados são não interpretáveis.
Um derivado do teste Carba NP, o teste Blue-Carba (BCT) é um teste bioquímico rápido
(<2 h) de detecção de produção de carbapenemase (32, 33). Baseia-se na hidrólise in
vitro do imipenem por colônias bacterianas (inoculação direta sem lise prévia), que é
detectada por variação no pH que resulta em alteração do indicador azul de
bromotimol (azul para verde/amarelo ou verde para amarelo). Em uma grande
avaliação realizada por Pasteran et al. (34), mas realizado em apenas um único
laboratório, o teste apresentou excelente sensibilidade para as enzimas classe A e B,
mas a sensibilidade subótima para detecção de enzimas OXA-48.
Um terceiro teste bioquímico é o βàCáRBáàtest®, que também pode ser realizado em
<2h. O teste é feito pela adição de 1 a 3 colônias nos reagentes. As leituras devem ser
feitas após um máximo de 30 min de incubação. Mudança de cor de amarelo para
laranja, vermelho ou roxo indica reação positiva. Um estudo indicou que o tempo de
incubação de 0,5 horas, recomendado pelo fabricante, é muito curto para cepas
produtoras de OXA-48. A coleção de cepas avaliada foi bastante limitada, e seria
necessário um estudo maior para investigar como o teste se compara a outros testes
bioquímicos (35). Numa outra avaliação, o βà CARBA test® mostrou excelente
desempenho para detectar CPE, especialmente OXA-48. No entanto, a capacidade de
detectar outras carbapenemases de classe A deve ser verificada sendo que alguns
resultados falso-positivosà o orrera à o à outrasà β-lactamases tais como a
superprodução de β-lactamase K1 em Klebsiella oxytoca (33).

2.4.4 Método de inativação de carbapenêmico (CIM)


O princípio deste método é detectar a hidrólise enzimática pela incubação de um
carbapenem com uma suspensão bacteriana. O teste CIM utiliza discos de teste de
sensibilidade a antibióticos como substrato. Após duas horas de incubação de uma alça
carregada de colônias bacterianas com um disco de meropenem, o disco é colocado em
um ágar previamente inoculado com Escherichia coli ATCC 25922. A inativação
enzimática é indicada por ausência de zona de inibição, enquanto que ausência de
atividade de carbapenemase implicará na formação de zona de inibição visto que o
meropenem no disco não foi hidrolisado. O teste CIM apresentou desempenho variável
em diferentes estudos (36-38), mas é uma técnica alternativa, embora o valor preditivo
negativo da mesma não esteja bem estabelecido. Uma das principais desvantagens dessa
técnica é que ela requer geralmente pelo menos 18 horas para obter os resultados.

2.4.5 Detecção de hidrólise de carbapenêmico por MALDI-TOF


O princípio é detectar em um equipamento de espectrometria de massa (MALDI TOF) a
diminuição ou desaparecimento de certos picos específicos de carbapenêmicos em um
espectro de massa quando a suspensão é previamente incubada com o carbapenêmico
(39, 40). Os espectros são medidos entre m/z 160 e 600, utilizando um espectrômetro
de massa Microflex LT (39). O método foi descrito em vários estudos como tendo boa
sensibilidade e especificidade, com exceção de enzimas do grupo OXA-48. Para corrigir 9
este problema, NH4HCO3 pode ser adicionado à reação, e esta modificação, conforme
mostrado indicado em um estudo, melhora a detecção de OXA-48 (41). No entanto,
essa metodologia ainda não foi avaliada em um estudo multicêntrico ou em vários
estudos de centro único. Outra característica pouco prática é que as configurações para
o MALDI-TOF precisam ser alteradas em comparação para o que é usado para
identificação de espécies (41).

Técnica de fluxo lateral

Uma nova técnica imunocromatográfica de fluxo lateral foi recentemente descrita. O


teste é baseado na captura imunológica de epítopos de OXA-48, utilizando
nanopartículas de ouro coloidais ligadas a uma membrana de nitrocelulose dentro de um
dispositivo de fluxo lateral. O teste se baseia no princípio que anticorpos monoclonais
anti-OXA-48 são selecionados como reagentes de captura específicos, para identificação
direta de enzimas OXA-48-like (42). O ensaio demora cerca de quatro minutos e foi
avaliado tanto em colônias e de frascos de hemocultura contaminados (43-46).
Recentemente, um teste semelhante para KPC também foi desenvolvido, mas a sua
robustez não foi avaliada em estudos multicêntricos ou em vários estudos de centro
único (46).

2.4.6 Cepas controle


Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para selecionar
a cepa controle mais adequada.
Tabela 3 – Exemplos de cepas controle para testes de carbapenemases.

Cepa Mecanismo

AmpC combinada com redução da expressão de


Enterobacter cloacae CCUG 59627
porinas
K. pneumoniae CCUG 58547 or K.
Metalo-β-lactamase (VIM)
pneumoniae NCTC 13440

K. pneumoniae NCTC 13443 Metalo-β-lactamase (NDM-1)


10
E. coli NCTC 13476 Metalo-β-lactamase (IMP)

K. pneumoniae CCUG 56233 or K.


Carbapenemase de Klebsiella pneumoniae (KPC)
pneumoniae NCTC 13438

K. pneumoniae NCTC 13442 Carbapenemase OXA-48

K. pneumoniae ATCC 25955 Controle negative

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3. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases de
espectro estendido (ESBL)

Importância da detecção do mecanismo de resistência


Necessário para categorização clínica de sensibilidade Não
antimicrobiana
Para propósitos de controle de infecção Sim
Para propósitos de saúde pública Sim

3.1 Definição 13
ESBLs são enzimas capazes de hidrolisar a maioria das penicilinas e cefalosporinas,
incluindo compostos oxiimino-β-lactâmicos (cefuroxima, cefalosporinas de terceira e
quarta gerações e aztreonam), mas não cefamicinas ou carbapenêmicos. A maioria das
ESBLs pertence à classe A de Ambler e é inibida por inibidores de β-lactamase (ácido
clavulânico, sulbactam e tazobactam) e por diazabiciclooctanonas (avibactam) (1).

3.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


As primeiras cepas produtoras de ESBL foram identificadas em 1983, e desde então têm
sido detectadas em todo o mundo. Essa distribuição é um resultado da expansão clonal
de organismos produtores de ESBL, da transferência horizontal de genes de ESBL em
plasmídeos e, menos comumente, surgimento de novas enzimas. Certamente os grupos
clinicamente mais importantes de ESBLs são as enzimas CTX-M, seguido de SHV e ESBLs
derivados de TEM (2-5).

A produção de ESBL tem sido observada principalmente em Enterobacteriaceae,


inicialmente em ambientes hospitalares, mais tarde, em casas de repouso, e desde o
ano 2000, na comunidade (pacientes ambulatoriais, portadores saudáveis, animais
doentes e saudáveis, produtos alimentícios). As espécies produtoras de ESBL mais
frequentemente encontradas são Escherichia coli e K. pneumoniae. No entanto, todas
as outras espécies de Enterobacteriaceae clinicamente relevantes são também
comumente produtoras de ESBL. A prevalência de isolados ESBL positivo depende de
uma série de fatores, incluindo a espécie, a localidade geográfica, hospital/ala, grupo de
pacientes e tipo de infecção; grandes variações têm sido relatadas em diferentes
estudos (2,3,6,7). Os dados do EARS-Net de 2015 mostraram que a taxa de isolados de
K. pneumoniae invasivos não sensíveis às cefalosporinas de terceira geração ultrapassou
os 20% ou mesmo 50% em muitos países europeus. Com exceção da Grécia e da Itália
que apresentam uma alta proporção de isolados produtores de carbapenemases tipo
KPC, a maioria desses isolados foi assumida como produtores de ESBL com base nos
resultados de testes de ESBL locais (8).

3.3 Mecanismos de resistência


A grande maioria das ESBLs é constituída de enzimas adquiridas, codificadas por genes
localizados em plasmídeos. As ESBLs adquiridas são expressas em vários níveis, e
diferem significativamente quanto às suas características bioquímicas, tais como
atividade contra β-lactâmicos específicos (por exemplo, cefotaxima, ceftazidima,
aztreonam). O nível de expressão e as propriedades de uma determinada enzima, e a
presença simultânea de outros mecanismos de resistência (outras β-lactamases, efluxo,
permeabilidade alterada) resultam em uma grande diversidade de fenótipos de
resistência observados entre os isolados ESBL-positivos (1-4, 9-11).

3.4 Métodos recomendados para a detecção de ESBLs em Enterobacteriaceae


Em muitas áreas, a detecção e caracterização de ESBLs é recomendada ou obrigatória
para fins de controle de infecção. A estratégia recomendada para a detecção de ESBLs
em Enterobacteriaceae baseia-se na não sensibilidade a oxiimino-cefalosporinas, ditas
indicadoras, seguido por testes fenotípicos de confirmação (e em alguns casos
genotípicos) (Tabela 1, Figura 1).

O valor de corte para triagem > 1 mg/L é recomendado para cefotaxima, ceftriaxona, 14
ceftazidima e cefpodoxima, de acordo com as diretrizes do EUCAST e do CLSI (Tabela 1)
(12, 13). O ponto de corte clínico do EUCAST para Enterobacteriaceae é também S à1
mg/L (12). A cefpodoxima é a cefalosporina indicadora individualmente mais sensível
para a detecção da produção de ESBL e pode ser utilizada para triagem. No entanto, é
menos específica do que a combinação de cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima
(14, 15) e apenas os últimos compostos são utilizados no teste de confirmação. Os
diâmetros dos halos correspondentes às cefalosporinas indicadoras estão apresentados
na Tabela 1.

Tabela 1. Métodos de triagem para detecção de ESBL em Enterobacteriaceae (13-19).


Método Antibiótico Realizar teste para ESBL se
Cefotaxima/ceftriaxona
CIM >1 mg/L para qualquer um
Diluição em caldo ou E ceftazidima dos antimicrobianos
ágar1
Cefpodoxima CIM >1 mg/L

Cefotaxima (5 μg) ou Halo de inibição < 21 mm


Halo de inibição < 23 mm
Ceftriaxona (30 μg) Halo de inibição < 22 mm
Disco-difusão1 E ceftazidima àμg

Cefpodoxima (10 µg) Halo de inibição < 21 mm


1Em todos os métodos testar cefotaxima ou ceftriaxona E ceftazidima OU testar
cefpodoxima isoladamente.
Figura 1. Algoritmo para detecção fenotípica de ESBLs

Triagem para ESBL: Não Sem


I/R a uma ou ambas cefotaxima e ceftazidima (ou ESBL
cefpodoxima R)
Sim
Confirmação de ESBL dependente da espécie

Grupo 1: E. coli, Klebsiella spp., P. Grupo 2: Enterobacteriaceae com AmpC 15


mirabilis, Salmonella spp., Shigella spp. cromossômica indutiva: Enterobacter spp.,
Citrobacter freundii, Morganella morganii,
Providencia stuartii, Serratia spp., Hafnia alvei
CONFIRMAÇÃO DE ESBL1
com ceftazidima e cefotaxima +/- ácido
clavulânico CONFIRMAÇÃO DE ESBL
com cefepima +/- ácido clavulânico

Negativo: Indeterminado Positivo:


sem ESBL ESBL Negativo: Indeterminado2 Positivo: ESBL
sem ESBL 2

1Caso a cefoxitina tenha sido testada e a CIM seja >8 mg/L, realizar teste confirmatório com cefepima +/- ácido
clavulânico.
2Não pode ser determinado como positivo ou negativo (i.e., a fita não pode ser lida devido ao crescimento além

da faixa de CIM da fita ou nenhum sinergismo evidente com o disco combinado e com o teste de sinergismo do
duplo disco). Caso a confirmação com cefepima +/- ácido clavulânico seja indeterminada há necessidade de teste
genotípico.

3.4.1 Triagem de ESBL em Enterobacteriaceae


A. Triagem no grupo 1 de Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella spp., Raoutella
spp., P. mirabilis, Salmonella spp., Shigella spp.)
Os métodos recomendados para triagem de ESBL no grupo 1 de Enterobacteriaceae são
diluição em caldo, diluição em ágar, disco-difusão ou sistema automatizado (12, 19, 20).
É necessário que tanto a cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima sejam utilizadas como
cefalosporinas indicadoras, uma vez que pode haver grandes diferenças de CIMs de
cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima para diferentes isolados produtores de ESBL
(14, 22, 23).

O algoritmo de triagem e os métodos fenotípicos para confirmação de ESBL, para o grupo


1 de Enterobacteriaceae que são positivas em testes de triagem, estão descritos na
Figura 1 e Tabela 2.

B. Triagem no grupo 2 de Enterobacteriaceae (Enterobacter spp., Serratia spp.,


Citrobacter freundii, Morganella morganii, Providencia spp., Hafnia alvei)
Para o grupo 2 de Enterobacteriaceae, recomenda-se que a triagem de ESBL seja
realizada de acordo com os métodos acima descritos para o grupo 1 de
Enterobacteriaceae (Figura 1 e Tabela 3) (18). No entanto, um mecanismo muito comum
deà resist iaà sà efalospori asà éà aà desrepressãoà daà expressãoà deà β-lactamase AmpC
cromossômica nessas espécies. Uma vez que a cefepima é estável a hidrólise por AmpC,
pode ser utilizada em testes fenotípicos com ácido clavulânico.

3.4.2 Métodos fenotípicos de confirmação


Quatro dos vários métodos fenotípicos, com base na inibição in vitro da atividade de
ESBL por ácido clavulânico, são recomendados para confirmação ESBL: o teste do disco
combinado (TDC), o teste de sinergismo de duplo disco (TSDD), o teste de gradiente
ESBL, e teste de microdiluição em caldo (Tabelas 2 e 3) (20, 21, 24). Em um estudo
multicêntrico o TDC apresentou especificidade superior ao teste gradiente ESBL e
sensibilidade comparável (25). Os fabricantes de sistemas automatizados de testes de 16
sensibilidade implementaram os testes de detecção baseados na inibição de enzimas
ESBL pelo ácido clavulânico. Os desempenhos dos métodos de confirmação diferem em
diferentes estudos, dependendo da coleção de cepas testadas e do equipamento
utilizado (17-19).

A. Teste do disco combinado (TDC)


Para cada ensaio, os discos contendo a cefalosporina isoladamente (cefotaxima,
ceftazidima, cefepima) e em combinação com o ácido clavulânico, são aplicados. O halo
de inibição em torno do disco de cefalosporina combinado com o ácido clavulânico é
comparado com o halo em torno do disco com a cefalosporina isoladamente. O teste é
positivo se o diâmetro do halo de inibição com o disco combinado for pelo menos 5
mm maior do que aquele com o disco sem o ácido clavulânico (Tabela 3) (26, 27).

B. Teste de sinergismo de disco duplo (TSDD)


Os discos contendo as cefalosporinas (cefotaxima, ceftazidima, cefepima) são aplicados
à placa, próximos a um disco com o ácido clavulânico (amoxicilina-ácido clavulânico).
Um resultado positivo é indicado quando as zonas de inibição em torno de qualquer
um discos de cefalosporinas são aumentadas na direção do disco que contém o ácido
clavulânico. A distância entre os discos é crítica e 20 mm de centro a centro parece ser
a distância ótima para discos de cefalosporinas de 30 µg; no entanto, pode ser reduzida
(15 mm) ou aumentada (30 mm) para testar as cepas com níveis muito elevados ou
baixos de resistência, respectivamente (20). As recomendações precisam ser
reavaliadas para discos com menor conteúdo de cefalosporinas, como utilizado no
método de disco-difusão do EUCAST.

C. Método do gradiente
Testes de gradiente são realizados, lidos e interpretados de acordo com as instruções
do fabricante. O teste é positivo se uma redução de oito vezes é observada na CIM de
cefalosporina combinada com ácido clavulânico em comparação com a CIM da
cefalosporina isoladamente ou se uma zona fantasma ou elipse deformada está
presente (ver instruções do fabricante para as ilustrações) (Tabela 3). O resultado do
teste é indeterminado se a tira não puder ser lida, devido ao crescimento para além da
faixa de CIM da tira. Em todos os outros casos, o resultado do teste é negativo. O teste
do gradiente para ESBL deve ser utilizado para a confirmação da produção de ESBL e
não é confiável para determinação da CIM.
D. Microdiluição em caldo
A microdiluição em caldo é realizada com caldo Mueller-Hinton contendo diluições
seriadas de razão 2 de cefotaxima, ceftazidima e cefepima em concentrações
compreendidas entre 0,25 e 512 mg/L, com e sem ácido clavulânico, a uma
concentração fixa de 4 mg/L. O teste é positivo se uma redução igual ou maior que 8
vezes for observada na CIM da cefalosporina combinada com ácido clavulânico em
comparação com a CIM da cefalosporina isoladamente. Em todos os outros casos, o
resultado do teste é negativo (24).

E. Testes bioquímicos (colorimétricos)


O teste ESBL NDP foi descrito primeiramente em 2012, e usa cefotaxima como 17
indicador antimicrobiano, com tazobactam como inibidor (28). É realizado em placas
de 96 poços ou em tubos separados. Mudança de cor de vermelho para amarelo é
considerado um teste positivo. O teste também foi usado diretamente em amostras do
paciente (29). Excelentes sensibilidades e especificidades foram descritas, mas o teste
não foi avaliado em estudo multicêntrico.
Oà testeà β-LACTA é um teste colorimétrico utilizando um substrato de cefalosporina
cromogênica (HMRZ-86) em isolados bacterianos e também diretamente em amostras
clínicas (30). Em um estudo prospectivo multicêntrico na Bélgica e na França, verificou-
se que apresentava uma excelente sensibilidade e especificidade para E. coli e K.
pneumoniae (96% e 100%, respectivamente), enquanto mostrou menor sensibilidade
(67%) para espécies que produzem β-lactamases AmpC induzíveis. O alto valor
preditivo negativo para E. coli e K. pneumoniae (99% em áreas com prevalência de
resistência as C3G variando entre 10-30%) faz com que este teste simples seja muito
eficiente para a previsão de resistência a cefalosporinas de terceira geração,
parti ular e teàe à epasàprodutorasàdeàβ-lactamase de espectro estendido.

F. Considerações especiais na interpretação


Testes de confirmação de ESBL que usam cefotaxima como a cefalosporina indicadora
podem ser falsamente positivos para cepas de Klebsiella oxytoca com hiperprodução
de β-lactamase cromossômica K1 (OXY-like) (27). Um fenótipo semelhante também
pode ser encontrado em Proteus vulgaris, Proteus penneri, Citrobacter koseri e
Kluyvera spp. e em algumas espécies relacionadas a C. koseri, como C. sedlakii, C.
farmeri e C. amalonaticus, que têm β-lactamases cromossômicas que são inibidas pelo
ácido clavulânico (28, 29). Outra possível causa de resultados falso-positivos é
hiperprodução de SHV-1, TEM-1 ou β-lactamase OXA-1-like de amplo espectro
combinado com permeabilidade alterada (17). Problemas semelhantes com resultados
falso-positivos para K. oxytoca produtores de K1 podem surgir quando se utiliza os
testes de confirmação com base apenas em cefepima (34).
Tabela 2. Testes confirmatórios para ESBL em Enterobacteriaceae que são positivos
nos testes de triagem para ESBL (ver Tabela 1). Grupo 1 de Enterobacteriaceae (ver
Figura 1).

Agente
antimicrobiano A confirmação de ESBL é
Método
(conteúdo do disco) positiva se

Teste de gradiente Cefotaxima +/- áà razãoà deà CIMsà forà à à ou se


para ESBL ácido clavulânico houver deformação da elipse
Ceftazidima +/- áà razãoà deà CIMsà forà à à ouà se
18
ácido clavulânico houver deformação da elipse
Teste de disco- Cefotaxima (30 µg) +/- Aumento no halo de inibição à à
difusão combinado ácido clavulânico (10 µg) mm
(TDC) Ceftazidima (30 µg) +/- áu e toà oà haloà deà i i içãoà à à
ácido clavulânico (10 µg) mm
Microdiluição em Cefotaxima +/- ácido Razão entre CIMs à8
caldo clavulânico (4 mg/L)
Ceftazidima +/- ácido Razãoàe treàCIMsà à
clavulânico (4 mg/L)
Cefepima +/- ácido Razãoàe treàCIMsà à
clavulânico (4 mg/L)
Teste de Cefotaxima, ceftazidima e Expansão do halo de inibição da
sinergismo do cefepima cefalosporina indicadora em
duplo disco (TSDD) direção ao disco de amoxicilina-
ácido clavulânico

Tabela 3. Testes confirmatórios para ESBL em Enterobacteriaceae que são positivas


nos testes de triagem para ESBL (ver Tabela 1). Grupo 2 de Enterobacteriaceae (ver
Figura 1).

Método Antimicrobiano A confirmação é positiva se


Teste de gradiente para Cefepima +/- ácido clavulânico áàrazãoàdeàCIMsàforà à àouàseà
ESBL - Etest ESBL houver deformação da elipse
Teste de disco-difusão Cefepima (30 µg) Aumento à à àno halo de inibição
combinado (TDC) +/- ácido clavulânico
(10 µg)
Microdiluição em Cefepima +/- ácido Razão entre CIMs à
caldo clavulânico (concentração
fixa de 4 mg/L)
Teste de Cefotaxima, ceftazidima, Expansão do halo de inibição da
sinergismo do cefepima cefalosporina indicadora em direção
duplo disco (TSDD) ao disco de amoxicilina-ácido
clavulânico
3.4.3 Detecção fenotípica de ESBL na presença de outras β-lactamases que
mascaram o sinergismo
Testes com resultados indeterminados (Etest) e resultados falso-negativos (TDC, TSDD,
Etest e microdiluição) podem resultar da expressão de alto nível de β-lactamases AmpC,
que mascaram a presença de ESBLs (20, 34, 35). Isolados com expressão de alto nível
de β-lactamases AmpC geralmente mostram clara resistência às cefalosporinas de
terceira geração. Além disso, a resistência à cefamicinas, ou seja, CIM de cefoxitina >8
mg/L, podem ser indicativos de expressão de alto nível de β-lactamases AmpC, (34),
com a rara exceção das β-lactamases ACC, que não conferem resistência à cefoxitina
(36).
19
Para confirmar a presença de ESBL em isolados com expressão de alto nível de β-
lactamases AmpC, recomenda-se que um teste confirmatório adicional para ESBL seja
realizado com cefepima como cefalosporina indicadora, uma vez que a cefepima
geralmente não é hidrolisada por β-lactamases AmpC. A cefepima pode ser utilizada
em todos os formatos de ensaios TDC, TSDD, gradiente ou diluição em caldo (27, 37-
39). Abordagens alternativas incluem o uso de cloxacilina, que é um bom inibidor de
enzimas AmpC. Este formato de TDC utiliza discos que contêm as duas cefalosporinas
indicadoras (cefotaxima e ceftazidima) com ácido clavulânico e cloxacilina juntos; e TDC
ou TSDD padrão em placas de ágar suplementado com 200-250 mg de cloxacilina por
litro (19). Há também discos contendo tanto ácido clavulânico e cloxacilina no mercado,
mas as avaliações multicêntricas destes produtos são insuficientes.
A presença de ESBLs pode também ser mascarada por carbapenemases tais como MBL
ou KPCs (mas não enzimas OXA-48-like) e / ou por defeitos graves de permeabilidade
(40, 41). Se a detecção ainda é considerada relevante, recomenda-se que os métodos
moleculares para detecção de ESBL sejam utilizados.

3.4.4 Confirmação genotípica


Para a confirmação genotípica da presença de genes de ESBL, existem diversos
métodos disponíveis desde de PCR com sequenciamento até o sequenciamento de
genoma completo bacteriano seguido de mapeamento in silico dos genes de
resistência. Existem também técnicas à base de microarray de DNA. Existem métodos
comerciais e in-house disponíveis, mas estes métodos não foram sistematicamente
avaliados e, portanto, não serão abordados nesse documento. Informações sobre
sequenciamento de genoma completo estão descritas em outro documento do
EUCAST (42).

3.4.5 Controle de qualidade


Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão
disponíveis. Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos
para selecionar a cepa controle mais adequada.
Table 4. Exemplos de cepas para controle de qualidade dos testes de detecção de
ESBLs.
Cepas Mecanismo

K. pneumoniae ATCC 700603 ESBL SHV-18


E. coli CCUG62975 ESBL grupo CTX-M-1 e AmpC CMY adquirida
E. coli ATCC 25922 ESBL negativo

3.5 Referências 20
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22
4. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases AmpC
adquiridas

Importância da detecção de mecanismos de resistência


Necessário para categorização clínica de sensibilidade Não
antimicrobiana
Para propósitos de controle de infecção Sim
Para propósitos de saúde pública Sim

23
4.1 Definição
Cefalosporinases do tipo AmpC são β-lactamases da classe C de Ambler. Elas hidrolisam
penicilinas, cefalosporinas (incluindo a terceira geração, mas geralmente não os
compostos de quarta geração) e monobactâmicos. Em geral, as enzimas do tipo AmpC
são fracamente inibidas pelos inibidores de ESBL clássicos, especialmente o ácido
clavulânico (1).

4.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


Os primeiros isolados produtores de AmpCs adquiridas foram identificados no final da
década de 1980, e desde então têm sido detectadas globalmente, como resultado da
disseminação clonal e a transferência horizontal de genes AmpC (muitas vezes referida
como AmpC mediada por plasmídeo). Há diversas linhagens de genes AmpC móveis,
provenientes de produtores naturais, a saber, o grupo Enterobacter (MIR, ACT), o grupo
C. freundii (CMY-2 like LAT, FCE), o grupo M. morganii (DHA), o grupo Hafnia alvei (ACC),
o grupo Aeromonas (CMY-1-like, FOX, MOX) e o grupo Acinetobacter baumannii (ABA).
As mais comuns e mais amplamente disseminadas são as enzimas de CMY-2-like,
embora β-lactamases DHA-like induzíveis e algumas outras também tenham se
disseminado amplamente (1).

As principais espécies produtoras de AmpCs adquiridas são E. coli, K. pneumoniae, K.


oxytoca, Salmonella enterica e P. mirabilis. Isolados com essas enzimas foram
recuperados tanto a partir de pacientes hospitalizados quanto da comunidade, e foram
recuperadas em animais de produção e nos produtos alimentares (em E. coli e S.
enterica) anteriormente às enzimas ESBL clássicas. Embora as AmpCs adquiridas tenham
se disseminado amplamente e terem sido reportadas em estudos multicêntricos de
resistência de enterobactérias às cefalosporinas de terceira geração, a sua frequência
global tem se mantido muito abaixo daquela das ESBLs, pelo menos na Europa. No
entanto, em alguns locais e situações epidemiológicas específicas, o significado de
organismos produtores dessas enzimas pode aumentar substancialmente (1-5).

4.3 Mecanismos de resistência


Numerosas Enterobacteriaceae e alguns outros bacilos Gram-negativos produzem
AmpCs naturais, seja constitutivamente a um nível mínimo (por exemplo, E. coli,
Acinetobacter baumannii) ou por indução (por exemplo, Enterobacter spp., C. freundii,
M. morganii, P. aeruginosa). A desrepressão ou hiperprodução de AmpCs naturais são
devidas a várias alterações genéticas e conferem alto nível de resistência às
cefalosporinas e combinações de penicilina com inibidores de β-lactamase. As
cefalosporinases da classe C também podem ocorrer como enzimas adquiridas,
principalmente em Enterobacteriaceae. Exceto para alguns tipos induzíveis (por
exemplo, DHA), as AmpCs adquiridas são expressas constitutivamente, o que confere
resistência semelhante àquela observada em mutantes desreprimidos ou
hiperprodutores de AmpCs naturais. Os níveis de resistência dependem das
quantidades de enzimas expressas, bem como da presença de outros mecanismos de 24
resistência. De modo semelhante às ESBLs, as AmpCs adquiridas são normalmente
codificadas por genes mediados por plasmídeos (1-3).

4.4 Métodos recomendados para a detecção de AmpCs adquiridas em


Enterobacteriaceae
Uma CIM de cefoxitina >8 mg/L (zona de inibição < 19 mm) combinada com resistência
fenotípica de ceftazidima e/ou cefotaxima (conforme definida pelos pontos de corte)
podem ser utilizadas como critérios fenotípicos para investigação de produção de AmpC
no grupo 1 de Enterobacteriaceae, embora esta estratégia não detecte ACC-1, uma
AmpC mediada por plasmídeos que não hidrolisa cefoxitina (6). Deve-se notar que a
resistência à cefoxitina também pode ser devida à deficiência de porinas (1).

Figura 1. Algoritmo para detecção de AmpC.


Cefotaxima R ou ceftazidima R E cefoxitina R1 em E.
coli, K. pneumoniae, P. mirabilis, Salmonella spp.,
Shigella spp.

Sinergismo com cloxacilina Sinergismo com


detectado cloxacilina NÃO detectado

E. coli e Shigella spp.: K. pneumoniae, P. Outros mecanismos (ex.


PCR é necessária para mirabilis, Salmonella perda de porina)
discriminar entre AmpC (não tem AmpC
cromossômica e cromossômica) AmpC
plasmidial
plasmidial detectada
1-Cefoxitina R é aqui definido como do tipo não selvagem (CIM > 8 mg/L ou diâmetro do halo
<19 mm). Para definição de resistência a cefotaxima e ceftazidima utilizar os pontos de corte
do EUCAST atuais. Investigação dos isolados com não sensibilidade à cefotaxima e
ceftazidima é uma abordagem com maior sensibilidade, mas baixa especificidade em
comparação com o foco em isolados resistentes à cefoxitina (7). AmpC também pode estar
presente em isolados com um teste positivo para ESBL (sinergismo com ácido clavulânico).
Para os laboratórios que não testam cefoxitina, sensibilidade à cefepima juntamente com
resistência à cefotaxima e/ou ceftazidima é outro indicador fenotípico de AmpC, embora
menos específico.
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.

Tabela 1. Exemplos de cepas controle testes de detecção de AmpC


Cepa Mecanismo
E. coli CCUG 58543 AmpC CMY-2 adquirida
E. coli CCUG62975 AmpC CMY AmpC e ESBL grupo CTX-M-1
25
K. pneumoniae CCUG 58545 Acquired DHA
E. coli ATCC 25922 AmpC negativa

4.5 Referências

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carbapenemases (KPC, OXA-48, VIM, IMP and NDM). J Antimicrob Chemother. 2012;67:1865-9. 26
5. Bacilos Gram negativos resistentes a polimixina

Importância da detecção de mecanismos de resistência


Necessário para categorização clínica de sensibilidade Sim
ePara
antimicrobiana
propósito de controle de infecção Sim
Para propósito de saúde pública Sim

A resistência adquirida às polimixinas em Enterobacteriaceae surgiu nos últimos anos no mundo


inteiro. A resistência, em especial, a mediada por plasmídeos, tanto em animais, produtos 27
alimentares e seres humanos é preocupante, uma vez que há uma grande propensão para a
disseminação horizontal.

Anteriormente, a resistência às polimixinas foi relatada como sendo sempre mediada


cromossomicamente e geralmente relacionada a mutações em vários genes do sistema
regulador de dois componentes para a biossíntese do lípido A e, portanto, regulação da carga no
lipopolissacarídeo (LPS) (1,2). Em 2015, foram feitos os primeiros relatos sobre resistência à
colistina mediada por plasmídeo os quais foram relacionados a uma fosfoetanolamina
transferase de origem plasmidial, que adiciona um grupo fosfoetanolamina ao lípido A. O efeito
resultante é a diminuição da carga negativa no LPS e, assim, menor interação com as polimixinas
carregadas positivamente. O novo determinante de resistência foi denominado MCR-1 (3). Desde
então, este mecanismo de resistência foi documentado em todos os continentes. Um isolado
remonta à década de 1980, mas parece que o surgimento mundial ocorreu há cerca de 5 anos
(4). Durante 2016, duas novas variantes do MCR-1 foram descritas - MCR-1.2 e MCR-2 (5, 6).

Em cepas invasivas europeias de K. pneumoniae, as taxas gerais de resistência à colistina são de


8,6% e podem chegar a 29% em isolados resistentes aos carbapenêmicos (7). Deve-se notar que
a variação nas taxas entre diferentes países é muito alta e que questões metodológicas podem
contribuir para números inflacionados. Acredita-se que a maioria da resistência seja devido a
mecanismos cromossômicos, embora existam vários relatos sobre Enterobacteriaceae
produtora de carbapenemase com MCR-1 (4).

Atualmente, não existem métodos que tenham sido avaliados extensivamente para a
caracterização fenotípica dos diferentes mecanismos de resistência às polimixinas, exceto a
determinação da CIM pela microdiluição em caldo (as técnicas de gradiente de difusão e de disco-
difusão não são confiáveis para esta classe de antibióticos). Recentemente, descobriu-se que as
enzimas MCR são dependentes de zinco para sua hidrólise e que a quelação de zinco pode,
portanto, inibir sua atividade (8). Por conseguinte, são esperados o desenvolvimento de testes
de inibição baseados em EDTA ou ácido dipicolínico. No entanto, o foco atual está na detecção
da resistência às polimixinas, independentemente do mecanismo. Os laboratórios são
aconselhados a usar sempre a microdiluição em caldo para os testes de suscetibilidade à colistina
e a usar sempre o sulfato de colistina (9). Especificamente, os testes de disco-difusão e de
gradiente não devem ser usados, pois estão associados ao alto risco de erros maiores (major
erros) e erros muito maiores (very major erros) no teste de suscetibilidade (10). Recentemente,
um método colorimétrico também foi descrito, mas ainda não foi testado quanto à robustez em
mais de um centro (11). Quando necessário realizar estudos mais aprofundados sobre os
mecanismos de resistência, deve-se utilizar métodos moleculares. A recomendação atual é
realizar tais testes adicionais somente em isolados resistentes à colistina.

O controle de qualidade para teste da colistina deve ser realizado tanto com uma cepa sensível
de QC (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) como com cepa resistente à colistina E.
coli NCTC 13846 (positiva para mcr-1). Para E. coli NCTC 13846, o valor alvo de MIC para colistina
é 4 mg/L e apenas ocasionalmente, 2 ou 8 mg/L.

5.1 Referências

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Pseudomonas aeruginosa. Antimicrob Agents Chemother. 2006;50(6):1953-8.
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11. Nordmann P, Jayol A, Poirel L. Rapid Detection of Polymyxin Resistance in Enterobacteriaceae. Emerg Infect
Dis. 2016;22(6):1038-43.
6. P. aeruginosa e Acinetobacter produtores de carbapenemase

Importância da detecção de mecanismos de resistência


Necessário para categorização clínica de sensibilidade Não
ePara
antimicrobiana
propósito de controle de infecção Sim
Para propósito de saúde pública Sim

P. aeruginosa e o complexo Acinetobacter baumannii produtores de carbapenemases são


comuns em muitas partes da Europa (1). Em Pseudomonas aeruginosa, VIM, principalmente VIM- 29
2, é a enzima predominante na Europa, mas os produtores de KPC também têm sido notados em
países da América Latina (2). Em Acinetobacter, as carbapenemases OXA, principalmente as
enzimas OXA-23-, OXA 24/40-, OXA-58-, OXA-143-, OXA-235-like, são encontradas mais
frequentemente (3).

Atualmente, não há inibidores específicos das carbapenemases tipo OXA de classe D e nenhum
dos métodos fenotípicos existentes fornece resultados satisfatórios para a
detecção/identificação dessas carbapenemases em Acinetobacter. Testes colorimétricos foram
testados, mas em geral não se mostraram precisos neste gênero (4). Acinetobacter pode também
ter carbapenemases do tipo MBL e é possível que os ensaios possam funcionar melhor com estas
enzimas.

Para P. aeruginosa, os ensaios de Etest® para MBL, assim como os ensaios baseados em disco,
têm sido usados há várias décadas, mas são prejudicados pela sua baixa especificidade (5-7).
Recentemente, vários autores também sugeriram várias modificações dos testes de combinação
de disco (de imipenem ou meropenem combinado com vários compostos inibidores da classe B
(EDTA ou DPA), mas estes foram validados em estudos de centro único, podendo ser diferentes
em cenário diferentes (8, 9). Os testes colorimétricos apresentam melhor desempenho para P.
aeruginosa do que para Acinetobacter (10) e provavelmente são os testes com maior
especificidade comprovada no momento. Ainda assim, nenhum teste parece suficientemente
específico para ser usado como teste autônomo sem confirmação molecular.

Em geral, devem ser utilizadas métodos genotípicos para a caracterização de P. aeruginosa e


Acinetobacter possivelmente produtoras de carbapenemases, mas particularmente para
P. aeruginosa, algumas das abordagens fenotípicas acima mencionadas poderiam,
provavelmente, ter valor para testes iniciais.

Deve-se notar que o teste de carbapenemase seria clinicamente mais relevante em


P. aeruginosa, uma vez que esta espécie pode ser resistente a carbapenêmicos através de
múltiplos mecanismos cromossômicos (efluxo ativo, alteração ou deficiência de porina).
Inversamente, a resistência a carbapenêmicos em Acinetobacter é quase sempre devido à
produção de carbapenemases tipo OXA.

Algumas cepas controle sugeridas são P. aeruginosa NCTC 13437 (produtora de VIM-10) e
A. baumannii NCTC 13301 (produtora de OXA-23). Não existem intervalos de CQ para estas
cepas.
6.1 Referências

1. Walsh TR. Emerging carbapenemases: a global perspective. Int J Antimicrob Agents. 2010;36 Suppl 3:S8-
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2. Labarca JA, Salles MJ, Seas C, Guzmán-Blanco M. Carbapenem resistance in Pseudomonas aeruginosa
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spp. J Antimicrob Chemother. 2016;71(5):1213-6.
7. Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA)

Importância do mecanismo de resistência


Necessário para categorização clínica da sensibilidade Sim
antimicrobiana
Para propósito de controle de infecção Sim
Para propósito de saúde pública Sim

7.1 Definição
Isolados de S. aureus com uma proteína auxiliar de ligação à penicilina (PBP2a ou a PBP2c 31
codificada pelos genes mecA ou mecC) para a qual os agentes β-lactâmicos têm uma baixa
afinidade, exceto para a nova classe de cefalosporinas que têm atividade anti-MRSA
(ceftarolina e ceftobiprole).

7.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


S. aureus resistente à meticilina é uma das principais causas de morbidade e mortalidade
em todo o mundo (1,2). A mortalidade das infecções da corrente sanguínea por MRSA é
o dobro daquela das infecções semelhantes causadas por cepas sensíveis à meticilina
devido ao retardo no tratamento adequado e regimes de tratamento alternativos
inferiores (3). Infecções por MRSA são endêmicas tanto em hospitais quanto na
comunidade em todas as partes do mundo.

7.3 Mecanismos de resistência


O principal mecanismo de resistência é a produção de proteína auxiliar de ligação à
penicilina PBP2a/PBP2c que tornam o isolado resistente a todos os β-lactâmicos, exceto
a nova classe de cefalosporinas a ti-MR“á .à Essesà age tesà têm afinidade
suficientemente elevada à PBP2a, e provavelmente também à PBP2 codificada por mecC
(anteriormente designado mecALGA251), para serem ativos contra MRSA (4). As PBPs
auxiliares são codificadas pelo gene mecA ou mecC recentemente descrito (5). O
elemento mec é exógeno ao S. aureus e não está presente em S. aureus sensível à
meticilina. Cepas com expressão heterogênea do gene mecA e CIMs frequentemente
baixas prejudicam a acurácia dos testes de sensibilidade (5). Além disso, alguns isolados
expressam a resistência de baixo nível à oxacilina, mas são mecA e mecC negativo e não
produzem PBPs auxiliares [S. aureus com sensibilidade borderline (BORSA)]. Essas cepas
são relativamente raras e o mecanismo de resistência é mal caracterizado, mas pode
incluir hiperprodução de β-lactamases ou alteração das PBPs pré-existentes (6).

Isolados de S. aureus positivos para mecA que são sensíveis tanto a cefoxitina como a
oxacilina (OS-MRSA) devido à inativação do mecA foram descritos em diferentes partes
do mundo. Essas cepas são diferentes dos MRSA com resistência heterogênea, que
também são sensíveis à oxacilina, mas resistentes à cefoxitina (7, 8). Estima-se que a
frequência de tais isolados seja aproximadamente 3% de acordo com resultados
fenotípicos convencionais combinados com resultados de PCR positivos para mecA.
Reversão da suscetibilidade à resistência a meticilina durante o uso prolongado de
antibioticoterapia foi bem documentada em um caso (9), mas estima-se que tenha
ocorrido em outros casos; a taxa dessa resistência reversível é, no entanto, desconhecida
no momento atual. Tais isolados podem, por definição, ser detectados apenas por análise
molecular. Deve-se notar que isso não se aplica para o fato que a análise molecular deva
ser feita com todas as cepas, mas o fenômeno pode ter importância em caso de falha
terapêutica. Se o gene mecA for detectado aleatoriamente ou devido a triagem por falha
terapêutica, o isolado deve ser sempre relatado como resistente.

7.4 Métodos recomendados para a detecção da resistência à meticilina em 32


S. aureus
A resistência à oxacilina/meticilina pode ser detectada fenotipicamente pela
determinação da CIM bem como por teste de disco-difusão. Aglutinação com látex pode
ser usado para detectar PBP2a, mas não é confiável para detectar PBP2c. Detecção
genotípica utilizando a PCR é confiável.

7.4.1 Detecção por determinação da CIM ou disco-difusão


A expressão heterogênea de resistência afeta particularmente a CIM de oxacilina, a qual
pode se mostrar sensível. A cefoxitina é um marcador muito sensível e específico da
resistência mediada por mecA/mecC e é o fármaco de eleição para o disco-difusão. O uso
do teste de disco-difusão com oxacilina deve ser desencorajado e os critérios
interpretativos para os halos de inibição não estão mais incluídos na tabela de pontos de
corte do EUCAST devido à fraca correlação com a presença de mecA.

A. Microdiluição em caldo:
A metodologia padrão (ISSO 20776-1) deve ser utilizada e cepas com CIM > 4 mg/L deve
ser reportadas como resistentes a meticilina.

B. Disco-difusão:
Utilizar a metodologia de disco-difusão do EUCAST. Cepas com um halo de inibição < 22
mm para a cefoxitina devem ser reportadas como resistentes a meticilina.

7.4.2 Detecção por métodos genotípicos e aglutinação com látex


A detecção genotípica dos genes mecA e mecC por PCR (10, 11) e a detecção da proteína
PBP2a por kit de aglutinação com látex é possível pela utilização de testes comerciais ou
i àhouse .àáàproteína PBP2c não é detectada pela maioria dos testes comerciais.

7.4.3 Cepas controle


Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para selecionar
a cepa controle mais adequada.
Tabela 1. Exemplos de cepas controle para detecção de MRSA.
Cepa Mecanismo
S. aureus ATCC 29213 Sensível à meticilina
S. aureus NCTC 12493 Resistente à meticilina (mecA)
S. aureus NCTC 13552 Resistente à meticilina (mecC)

7.5 Referências

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41.
8. Staphylococcus aureus resistente à vancomicina

Importância da detecção do mecanismo


Necessário para categorização clínica da sensibilidade Sim
antimicrobiana
Para propósito de controle de infecção Sim
Para propósito de saúde pública Sim

8.1 Definição 34
O ponto de corte clínico (CIM) do EUCAST para a resistência à vancomicina em S. aureus
é > 2 mg/L. Nos últimos anos, os pontos de corte para vancomicina foram reduzidos,
eliminando assim o grupo intermediário. No entanto, existem diferenças importantes
no mecanismo de resistência de alto nível à vancomicina mediada por VanA (VRSA) e
isolados com resistência de baixo nível não mediada por VanA. Assim, a denominação
de S. aureus intermediário à vancomicina (VISA) e S. aureus com heterorresistência
intermediária aos vancomicina (hVISA) tem sido mantidas para os isolados com
resistência de baixo nível à vancomicina não mediada por VanA. A CIM deve ser sempre
determinada ao utilizar a vancomicina para tratar um paciente com uma infecção grave
por S. aureus. Em casos específicos, por exemplo, quando há suspeita de falha
terapêutica, o teste para hVISA é justificável. Devido à complexidade da confirmação de
um hVISA, a vigilância antimicrobiana está focada na detecção de VISA e VRSA.

VRSA: S. aureus resistente à vancomicina:


Isolados de S. aureus com alto nível de resistência à vancomicina (CIM > 8 mg/L).

VISA: S. aureus intermediário à vancomicina:


Isolados de S. aureus com resistência de baixo nível à vancomicina (CIM 4-8 mg/L).

hVISA: S. aureus com heterorresistência intermediária à vancomicina:


Isolados de S. aureus sensíveis à vancomicina (CIMsà mg/L), mas com populações
6
minoritárias (1 em cada 10 células) com CIM de vancomicina > 2 mg/L, conforme
investigação do perfil por análise populacional.

Deve ser mencionado que embora os termos acima ainda sejam utilizados, todas as
categorias acima devem ser consideradas como clinicamente resistentes.

8.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


Não há pesquisas recentes sobre a prevalência de isolados com sensibilidade reduzida
aos glicopeptídeos na Europa. Com base em relatórios de instituições individuais,
estima-se que a prevalência de hVISA éà 2% dos MRSA na Europa, e VISA abaixo de
0,1% (1). VRSA ainda não foi relatado na Europa (1) e atualmente é extremamente raro
em todo o mundo (2). A prevalência de hVISA pode ser consideravelmente maior em
uma região específica (1), o que é mais frequentemente associado a disseminação de
linhagens clonais específicas (2). A grande maioria dos isolados com CIM elevada (VISA)
ou contendo subpopulações resistentes (hVISA) são MRSA.
Tem sido difícil determinar o significado clínico do hVISA uma vez que nenhum estudo
prospectivo bem controlado foi realizado. No entanto, acredita-se que a presença do
fenótipo hVISA possa estar associada com pior resposta clínica, pelo menos em
infecções graves (2, 3). Por isso, é prudente investigar hVISA em infecções da corrente
sanguínea que não respondem à terapia. Recentemente, tem surgido cada vez mais
evidências de que os isolados com CIMs correspondentes a valores no limite superior
do intervalo de sensibilidade (CIM > 1 mg/L) estão associados com resposta clínica
reduzida bem como a um aumento da mortalidade em, pelo menos, infecções da
corrente sanguínea (3-8). A possível causa dessas observações não é clara, mas pode 35
estar associada a exposição a baixos níveis de vancomicina (9,10). Além disso, a
interpretação dos achados de diferentes estudos se torna confusa devido as diferenças
de CIM as quais são geradas por diferentes métodos (8, 9).

O mecanismo de hVISA é complexo e a detecção depende de análise populacional (11),


o que é complicado porque requer equipamentos especiais bem como um alto nível de
conhecimento técnico. A metodologia para a detecção de hVISA será descrita, mas para
fins de vigilância a informação é restrita a VISA e VRSA, que são definidos em conjunto
como isolados com uma CIM > 2 mg/L.

8.3 Mecanismo de resistência


Para VRSA a resistência é mediada pelo gene vanA exogenamente adquirido de
Enterococcus. Tanto para os isolados VISA como hVISA a resistência é endógena (ou seja,
mutações cromossômicas) e o mecanismo é de alta complexidade, sem que apenas um
único gene seja responsável. O fenótipo VISA/hVISA está ligado a um espessamento da
parede celular bacteriana, com hiperprodução dos alvos de ligação de glicopeptídeos. O
fenótipo hVISA é frequentemente instável no laboratório, mas hVISA têm a capacidade
de se tornar um GISA in vivo (2).

8.4 Métodos recomendados para a detecção de S. aureus não sensíveis à


vancomicina
O método de disco-difusão não pode ser utilizado para detectar hVISA ou VISA, mas
possivelmente pode ser usado para detectar VRSA, embora exista apenas um número
limitado de estudos que suportem essa evidência (12).

8.4.1 Determinação da CIM


A metodologia de microdiluição em caldo como recomendado pelo EUCAST (ISO 20776-
1) é o padrão ouro. Deve ser mencionado que a CIM determinada por métodos de tira
gradiente apresentam resultados que podem ser 0,5 a 1 diluições de razão 2, mais altos
que a CIM determinada por microdiluição em caldo (8, 9). O ponto de corte do EUCAST
para resistência à vancomicina em S. aureus é CIM > 2 mg/L. Isolados com CIMs
confirmados como > 2 mg/L (de acordo com a microdiluição) devem ser encaminhados
para um laboratório de referência. hVISA não são detectados por determinação da CIM.

8.4.2 Teste para detecção de VRSA, VISA e hVISA


A detecção de hVISA tem-se revelado difícil e, portanto, a detecção é dividida em
triagem e confirmação. Para a triagem, uma série de métodos específicos foram
desenvolvidos. A confirmação deve ser feita por análise populacional em ágar contendo
uma gama de concentrações de vancomicina (PAP-AUC) (11). Este método é
tecnicamente desafiador, para aqueles sem uma vasta experiência laboratorial e,
consequentemente, é realizado principalmente por laboratórios de referência. Um
método baseado em triagem em ágar com vancomicina e caseína (13) mostrou alta
sensibilidade e especificidade, mas até agora só foi avaliado em um estudo, e por isso
não pode ser recomendado. Os métodos a seguir irão detectar VRSA e VISA, e foram
avaliados em estudos multicêntricos (14, 15).
36
A. Teste de macro gradiente:
Este teste fornece uma indicação da sensibilidade reduzida à vancomicina, mas deve
ficar claro que as leituras não são CIMs. Além disso, o teste não diferencia hVISA, VISA
e VRSA. O teste deve ser feito de acordo com as instruções do fabricante. É importante
ficar claro que o inóculo é bem maior (McFarland 2,0) do que aquele utilizado nos testes
convencionais com tiras de gradiente. Este teste deve ser feito com placas de Infuso
Cérebro-Coração (Brain Heart Infusion) e não em Mueller-Hinton. Além disso, o teste
deve ser lido em 48h. U àresultadoàpositivoàéài di adoàporàleiturasà 8 mg/L tanto de
vancomicina quanto de tei opla i aàOUà à à g/Làparaàaàtei opla i aàisoladamente.

Como ambos os critérios incluem a teicoplanina, o teste de vancomicina pode ser


dependente do resultado do teste de teicoplanina. O algoritmo seria:
 Leitura da teicoplanina 12mg/L: VRSA, VISA ou hVISA
 Leitura da teicoplanina 8 mg/L: Testar a vancomicina, se a leitura da vancomicina
for 8 mg/L, então se trata de VRSA, VISA ou hVISA
 Leitura da teicoplanina < 8 mg/L: Não é VRSA, VISA ou hVISA

B. Detecção da resistência aos glicopeptídeos pelo teste de gradiente


(GRD):
Testar de acordo com as instruções do fabricante. O teste é considerado positivo se o
resultado com fita GRD for 8mg/L de vancomicina ou teicoplanina.

C. Triagem em ágar com teicoplanina:


Uma placa de Mueller Hinton contendo 5 mg/L de teicoplanina é utilizada (14). Várias
colônias são suspensas em solução salina a 0,9% para se obter um inóculo com turbidez
equivalente ao padrão 2,0 da escala de McFarland. Dez microlitros de inóculo são
colocados sobre a superfície do ágar, e a placa deve ser incubada a 35 °C em ar ambiente
durante 24 a 48 h. Crescimento de mais de duas colônias em até 48h indica suspeita de
sensibilidade reduzida aos glicopeptídeos.

D. Teste confirmatório para hVISA/VISA:


Qualquer isolado com triagem positiva para sensibilidade reduzida e não identificado
como VRSA ou VISA por determinação da CIM pode ser hVISA e deve ser investigado por
análise de perfil populacional-área sob a curva (PAP-AUC) (9), normalmente via
encaminhamento para um laboratório de referência.
8.4.3 Cepas controle
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.

Tabela 1 – Exemplos de cepas controle para testes de resistência à vancomicina em


S. aureus.
Cepa Mecanismo
S. aureus ATCC 29213 Sensível aos glicopeptídeos 37
S. aureus ATCC 700698 hVISA (Mu3)
S. aureus ATCC 700699 VISA (Mu50)

8.5 Referências

1. Melo-Cristino J, Resina C, Manuel V, Lito L, Ramirez M. First case of infection with vancomycin-
resistant Staphylococcus aureus in Europe. Lancet. 2013;382(9888):205
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intermediate strains: resistance mechanisms, laboratory detection and clinical implications. Clin
Microbiol Rev 2010;1: 99-139
3. Van Hal SJ, Lodise TP, Paterson DL. The clinical significance of vancomycin minimum inhibitory
concentration in Staphylococcus aureus infections: a systematic review and meta-analysis. Clinical
Infectious Diseases 2012; 54: 755-771.
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not predict the outcome of methicillin-resistant Staphylococcus aureus bloodstream infections in
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8. Sader HS, Jones RN, Rossi KL, Rybak MJ. Occurrence of vancomycin tolerant and heterogeneous
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9. Holmes NE, Turnidge JD, Munckhof WJ, Robinson JO, Korman TM, O'Sullivan MV, Anderson TL,
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10. Holmes NE, Turnidge JD, Munckhof WJ, Robinson JO, Korman TM, O'Sullivan MV, Anderson TL,
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12. Tenover FC, Weigel LM, Appelbaum PC, McDougal LK, Chaitram J, McAllister S, Clark N,
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on the efficiency of phenotypic screening methods to detect glycopeptide intermediately
susceptible Staphylococcus aureus (GISA) and heterogeneous GISA (hGISA). Ann Clin Microbiol
Antimicrob. 2007;6:9. 38
9. Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis
resistentes à Vancomicina

Importância da detecção da resistência


Necessário para categorização clínica da sensibilidade Sim
Para propósito de controle de infecção/saúde pública Sim
Para propósito de saúde pública Sim

9.1 Definição 39
Enterococcus faecium ou Enterococcus faecalis com resistência à vancomicina (VRE)
(CIM de vancomicina > 4 mg/L).

9.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


Enterococos, especialmente E. faecium, são geralmente resistentes aos agentes
antimicrobianos mais utilizadas na clínica. O tratamento de infecções causadas por
enterococos resistentes à vancomicina (VRE) é, portanto difícil, com poucas opções de
tratamento. VRE são conhecidos por se disseminarem de forma eficiente, persistirem
no ambiente hospitalar, e poder colonizar muitos indivíduos, dos quais apenas alguns
desenvolvem infecções (1, 2). Isolados expressando VanB são geralmente
fenotipicamente sensíveis à teicoplanina. Há dois relatos de casos de seleção de
resistência à teicoplanina durante o tratamento infecção por enterococos expressando
VanB (3, 4), e recentemente foram descritos quatro casos de falha terapêutica (5)
indicando que teicoplanina deve ser utilizada com cuidado para o tratamento de
infecção com Enterococo com VanB. Os valores de CIM típicos para as enzimas Van mais
importantes clinicamente são mostrados na Tabela 1.

Table 1. CIMs típicas de glicopeptídeos para enterococos expressando VanA ou VanB.


CIM (mg/L)
Glicopeptídeo
VanA VanB
Vancomicina 64-1024 4-1024
Teicoplanina 8-512 0,06-1

9. 3 Mecanismo de resistência
A resistência clinicamente relevante é mais frequentemente mediada por ligases VanA
e VanB, codificadas por plasmídeos, que substituem no peptidoglicano o terminal D-Ala
por D-Lac. Esta substituição reduz a ligação de glicopeptídeos ao alvo. As cepas VanA
exibem resistência tanto à vancomicina quanto à teicoplanina, enquanto as cepas VanB
geralmente permanecem sensíveis à teicoplanina, devido à ausência de indução do
operon de resistência. Outras enzimas Van de menor prevalência são VanD, VanE, VanG,
VanL, VanM e VanN (6-9), embora a VanM tenha aumentado significativamente em
E. faecium na China (10).
Outras espécies de enterococos (isto é, E. raffinosus, E. gallinarum e E. casseliflavus),
podem conter vanA, vanB ou outros genes que codificam as enzimas Van listadas acima,
mas estas cepas são relativamente raras. Enzimas VanC cromossomicamente
codificadas são encontradas em todos os isolados de E. gallinarum e E. casseliflavus.
VanC medeia baixo nível de resistência à vancomicina (CIM 4-16 mg/L), mas geralmente
não deve ser considerado importante do ponto de vista de controle de infecção (11).
Enterococo variável a vancomicina (VVE) é um termo utilizado para VRE quando a
expressão dos genes van é silenciosa devido a rearranjos genéticos os quais podem ser
revertidos sob pressão seletiva pelo uso de glicopeptídeos (12,13). Além disso, VRE com
baixa CIM é um termo utilizado para isolados VanB positivos que devido à pouca
capacidade de serem induzidos por vancomicina apresentam baixa expressão dos genes 40
vanB o que acarreta em valores de CIM abaixo do ponto de corte. Esses isolados com
baixas CIM podem aumentar a CIM acima do ponto de corte devido a longas exposições
à vancomicina (14). Ambos VVE e VRE com baixas CIM podem ser detectados apenas
por testes moleculares. Sua prevalência atual em diferentes regiões geográficas é
desconhecida.

9.4 Métodos recomendados para a detecção de resistência aos


glicopeptídeos em E. faecium e E. faecalis
A resistência à vancomicina pode ser detectada pelos métodos de determinação da CIM,
disco-difusão e triagem em ágar. Para todos os três métodos, é essencial que as placas
sejam incubadas durante um total de 24 h, a fim de detectar isolados com resistência
induzível.
Todos os três métodos detectam prontamente a resistência mediada por vanA. A
detecção de resistência mediada por vanB é mais desafiadora. A determinação da CIM
por diluição em ágar ou microdiluição em caldo nem sempre é confiável para detecção
de isolados VAnB positivos (15-17). Relatos mais antigos mostram que a detecção de
resistência mediada por vanB é problemática por métodos automatizados (18). Desde
então, atualizações tem sido feitas nos métodos automatizados, mas ainda faltam
estudos mais recentes sobre o desempenho desses métodos para detecção de
resistência mediada por vanB. O disco-difusão com um disco de vancomicina de 5 µg
pode ser difícil, mas o teste funciona bem desde que as diretrizes para a leitura,
conforme especificado pelo EUCAST, sejam seguidas meticulosamente (19).
Quando se interpreta resultados de teste de CIM ou disco-difusão é importante
assegurar que o isolado não é E. gallinarum ou E. casseliflavus, que podem ser
erradamente identificados como E. faecium, devido ao teste positivo de arabinose. A
espectrometria de massa MALDI-TOF nesse contexto é muito útil para a identificação
de espécies de enterococos (20). Em locais onde MALDI-TOF não está disponível, o MGP
(Metil-Alfa-D-Piranoside) ou o teste da motilidade pode ser utilizado para distinguir E.
gallinarum/E. casseliflavus de E. faecium (MGP negativo e imóvel).

9.4.1 Determinação da CIM


A determinação da CIM pode ser realizada por diluição em ágar, microdiluição em caldo
ou pelo método do gradiente em ágar.
A microdiluição em caldo deve ser realizada de acordo com a norma ISO 20776-1, como
recomendado pelo EUCAST.
9.4.2 Teste de disco-difusão
Para o disco-difusão o método especificado pelo EUCAST deve ser seguido
meticulosamente. Inspecione os halos de inibição quanto a bordas irregulares e / ou
microcolônias, utilizando luz transmitida. Bordas do halo bem delimitadas indicam que
o isolado é sensível e diâmetro de halos de inibição acima do ponto de corte podem ser
reportados sensíveis à vancomicina.

Isolados com bordas de halo de inibição difusas ou colônias dentro do halo (Figura 1)
podem ser resistentes, independentemente do tamanho do halo de inibição e não
devem ser relatados como sensíveis sem confirmação por determinação da CIM. Em um
estudo multicêntrico recente, o método de disco-difusão apresentou melhores 41
resultados que o VITEK2 para detecção de Enterococos produtores de VanB, em
particular em laboratórios com experiência na leitura de halos de inibição difusos (19).
O disco-difusão deve ser realizado de acordo com a metodologia de disco-difusão do
EUCAST para organismos não fastidiosos. A incubação durante 24 horas é necessária
para a detecção de resistência em alguns isolados com resistência induzível.

Figura 1. Leitura dos testes de disco-difusão para vancomicina em Enterococcus spp.

a)Halos de inibição com bordas bem delimitadas e diâmetro à .àReportar como


sensível.
b-d) Halos de inibição difusos com bordas irregulares e/ou colônias no interior do halo de
inibição. Reportar como resistente independentemente do tamanho da zona de inibição.

9.4.3 Triagem em ágar


Ensaios de triagem em Brain Heart Infusion Agar e 6 mg de vancomicina por litro são
confiáveis para a detecção de isolados vanA e vanB positivos (19). Placas de triagem
podem ser obtidas comercialmente ou preparadas no laboratório. O teste de triagem
em ágar é realizado por aplicação de 1 x 105 - 1 x 106 UFC (10 µl de uma suspensão
McFarland 0,5) em Brain Heart Infusion Agar com 6 mg/L de vancomicina. A incubação
durante 24 horas a 35 ± 1 ° C em ar ambiente é necessária a fim de detectar a resistência
em alguns isolados com resistência induzível. O crescimento de mais do que uma colônia
deve ser interpretado como positivo.
9.4.4 Testes genotípicos
A detecção de resistência à vancomicina pela utilização de PCR para vanA e vanB pode
também ser realizada utilizando-se metodologias in house ou comerciais (20-22).

9.4.5 Controle de qualidade


Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.

Tabela 2. Exemplos de cepas controle para Enterococos. 42


Cepa Mecanismo
E. faecalis ATCC 29212 Vancomicina sensível
E. faecalis ATCC 51299 Vancomicina resistente (vanB)
E. faecium NCTC 12202 Vancomicina resistente (vanA)

9.5 Referências
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2. Tenover FC, McDonald LC. Vancomycin-resistant staphylococci and enterococci: epidemiology and
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resistant enterococci. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2012;31:273-6.
10. Streptococcus pneumoniae (tipo não-selvagem) não
sensível à Penicilina

Importância da detecção da resistência


Necessário para categorização clínica da sensibilidade Sim
antimicrobiana
Para propósito de controle de infecção Não
Para propósito de saúde pública Sim

44
10.1 Definição
Isolados de S. pneumoniae com sensibilidade reduzida à penicilina (CIMs superiores aos
do tipo selvagem, ou seja, > 0,06 mg/L), devido à presença de proteínas ligantes de
penicilina (PBPs) modificadas com menor afinidade aos β-lactâmicos.

10.2 Importância clínica e/ou epidemiológica


S. pneumoniae é a causa mais comum de pneumonia em todo o mundo. A morbidade e
a mortalidade são altas e estima-se que cerca de três milhões de pessoas morram
anualmente de infecções pneumocócicas. A não sensibilidade de baixo grau à penicilina
está associada com o aumento da mortalidade quando a meningite é tratada com
penicilina (1). Em outros tipos de infecção não é observado aumento da mortalidade
devido à resistência de baixa intensidade se doses mais elevadas são utilizadas. Muitos
países realizam programas de vacinação contra vários sorotipos de pneumococo, e isso
também pode afetar os níveis de resistência observados em isolados invasivos (2). No
entanto, S. pneumoniae não sensíveis à penicilina continuam sendo um problema clínico
importante, do ponto de vista da saúde pública, embora esses microrganismos não
estejam associados com a disseminação em instituições de saúde, ao contrário de
muitos outros agentes patogênicos descritos neste documento.

10.3 Mecanismo de resistência


S. pneumoniae contém seis PBPs, dos quais PBP2x é o alvo principal da penicilina (3). A
presença de genes "mosaico" que codificam PBPs de baixa afinidade é resultado de
transferência horizontal de genes de estreptococos viridans comensais (3). O nível de
resistência aos β-lactâmicos não depende apenas das PBPs em mosaico de baixa
afinidade presentes no isolado, mas também de alterações em PBPs específicas que são
essenciais para S. pneumoniae (4). As cepas com CIMs de benzilpenicilina no intervalo
0,12-2 mg/L são consideradas sensíveis em infecções não meníngeas quando uma dose
mais elevada de penicilina é utilizada, enquanto que para a meningite tais cepas devem
sempre ser reportadas como resistentes (5).
10.4 Métodos recomendados para a detecção de S. pneumoniae não
sensíveis à penicilina
A não sensibilidade à penicilina pode ser detectada fenotipicamente por métodos de
CIM ou disco-difusão.

10.4.1 Método de disco-difusão


O método de disco-difusão com discos de oxacilina 1 µg é um método de triagem eficaz
para a detecção de pneumococos não-tipos selvagens (sensíveis a penicilina) (6-8). O
método é muito sensível, mas não é altamente específico, uma vez que cepas com
45
diâmetro do halo de inibição 9à àpode àteràsensibilidade variada à benzilpenicilina,
e a CIM de benzilpenicilina deve ser determinada para todas as amostras que não sejam
sensíveis pelo método de triagem (8). O diâmetro do halo de inibição de oxacilina pode
ser utilizado para prever a sensibilidade a outros β-lactâmicos além da penicilina,
conforme Figura 1.

Figura 1:àTriage àparaàresist iaàaosàβ-lactâmicos em S. pneumoniae


*Oxacilina 1 μg <20 mm: sempre determinar a CIM de benzilpenicilina, mas não retardar o relato de
outros β-lactâmicos, como recomendado acima. Não retardar o relato de benzilpenicilina em
meningites.

10.4.2 Pontos de corte clínicos


Os pontos de corte de penicilina foram primariamente determinados principalmente
para garantir o sucesso da terapia para meningite pneumocócica. Entretanto, os
estudos clínicos demonstraram que a resposta clínica nos casos de pneumonia
pneumocócica causada por cepas com sensibilidade intermediária à penicilina e
tratados com penicilina parenteral não foi diferente daquele dos doentes tratados com
outros agentes. Considerando dados microbiológicos, farmacocinéticos e
farmacodinâmicos, os pontos de corte clínicos para benzilpenicilina para isolados de
infecções não meníngeas foram revisados (4) e os pontos de corte atuais do EUCAST
estão listados na Tabela 1 bem como na última versão da tabela de pontos de corte do
EUCAST.

Tabela 1. Reportando a sensibilidade à benzilpenicilina em meningites e não meningites.


Indicações Ponto de corte Notas
CIM
(mg/L)
“à R>
Benzilpenicilina 0,06 2 Na pneumonia, quando a dose de 1,2 g 6/6 h é
46
(não meningite) utilizada, os isolados com CIM ≤ ,5 mg/L devem ser
considerados sensíveis à benzilpenicilina.
Na pneumonia, quando a dose de 2,4 g 6/6 h ou 1,2
g 4/4 h é utilizada, os isolados com CIM ≤ g/L
devem ser considerados sensíveis à benzilpenicilina.
Na pneumonia, quando a dose de 2,4 g 4/4 h é
utilizada, os isolados com CIM ≤ g/L devem ser
considerados sensíveis.

Benzilpenicilina 0,06 0,06


(meningite)
Nota: 1,2 g de benzilpenicilina é igual a 2 milhões de unidades de benzilpenicilina.

10.4.3 Controle de qualidade


Abaixo está listada a cepa para controle de qualidade.

Tabela 2. Exemplo de cepas controle para teste de sensibilidade à benzilpenicilina.


Cepa Mecanismo
S. pneumoniae ATCC 49619 PBP mosaico, CIM de benzilpenicilina 0,5 mg/L

10.5 Referências
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3. Hakenbeck R, Kaminski K, König A, van der Linden M, Paik J, Reichmann P, Zähner D. Penicillin-
binding proteins in beta-lactam-resistant Streptococcus pneumoniae. Microb Drug Resist 1999; 5:
91-99.
4. Grebe T, Hakenbeck R. Penicillin-binding proteins 2b and 2x of Streptococcus pneumoniae are
primary resistance determinants for different classes of β-lactam antibiotics. Antimicrob Agents
Chemother 1996; 40: 829-834.
5. Weinstein MP, Klugman KP, Jones RN. Rationale for revised penicillin susceptibility breakpoints
versus Streptococcus pneumoniae: Coping with antimicrobial susceptibility in an era of resistance.
Clin Infect Dis 2009; 48: 1596 – 1600.
6. Dixon JMS, Lipinski AE, Graham MEP. Detection and prevalence of pneumococci with increased
resistance to penicillin. Can Med Assoc J 1977; 117: 1159-61.
6. Swenson JM, Hill BC, Thornsberry C. Screening pneumococci for penicillin resistance. J Clin
Microbiol 1986; 24: 749-52.
7. Jetté LP and C Sinave. Use of an oxacillin disk screening test for detection of penicillin- and
ceftriaxone-resistant pneumococci. J Clin Microbiol 1999; 37: 1178-81
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Comitê Europeu de Teste de Sensibilidade aos


Antimicrobianos
Controle de Qualidade de Rotina e Controle de Qualidade
Interno para Determinação da CIM e Disco-Difusão
Conforme Recomendação do EUCAST

Versão para
português válida a
partir de 10/03/2018

Este documento deve ser citado como:


Comitê Europeu de Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos
Controle de Qualidade de Rotina e Controle de Qualidade Interno para Determinação
da CIM e Disco-Difusão Conforme Recomendação do
Br-CAST-EUCAST:http://www.brcast.org

Geral Pag
Notas 1
Mudanças 2

Controle de qualidade de rotina Pag


Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina 4
Escherichia coli ATCC 25922 6
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 8
Staphylococcus aureus ATCC 29213 9
Enterococcus faecalis ATCC 29212 11
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 12
Haemophilus influenzae ATCC 49766 14
Campylobacter jejuni ATCC 33560 15
Controle do inibidor dos discos combinados de β-lactâmicos com inibidor de β-lactamase 16

Controle de qualidade estendido para detecção de mecanismos de resistência por Pag


disco-difusão
Produção de ESBL em Enterobacteriaceae 18
Resistência à oxacilina (meticilina) em Staphylococcus aureus 18
Resistência aos glicopeptídeos mediada por vanB em Enterococcus 18
Alto nível de resistência para aminoglicosídeos em Enterococcus 18
Sensibilidade reduzida aos β-lactâmicos devido a mutações na PBP em Haemophilus 19
influenzae
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Notas

1. Nas tabelas de controle de qualidade (CQ) do BrCAST- EUCAST, os limites e


os alvos estão listados. Os testes com as cepas de controle de qualidade devem
gerar valores individuais de concentração inibitória mínima (CIM) ou diâmetros
dos halos de inibição randomicamente distribuídos dentro dos limites
recomendados. Caso o número de testes seja ≥10, a moda dos valores da CIM
deve ser igual ao valor alvo estabelecido na tabela e no caso do disco-difusão a
média dos diâmetros dos halos de inibição deve ser próxima ao valor alvo.

2. Os limites destacados em negrito/itálico são estabelecidos pelo EUCAST. Todos


os alvos foram estabelecidos pelo EUCAST.

3. Para acesso aos documentos padrões da ISO consulte o link:


http://www.eucast.org/external_documents/.

4. As cepas controle do BrCAST-EUCAST para rotina do controle de qualidade


são utilizadas para monitorar o desempenho dos testes de sensibilidade. Os
controles devem ser realizados e analisados de acordo com o Anexo do
manual de Disco-Difusão do BrCAST-EUCAST.

5. As cepas produtoras de β-lactamase são recomendadas para verificar o


componente inibidor dos discos combinados de β-lactâmico com inibidor de β-
lactamase. As cepas devem ser parte do CQ de rotina. O componente ativo é
verificado com uma cepa sensível de CQ.

6. As cepas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST para CQ estendido são


complementares às cepas de CQ de rotina. Estas cepas são recomendadas para
controles dos discos utilizados para detecção de mecanismos específicos de
resistência (ESBL, MRSA, VRE, HLAR e mutações de PBP) e são utilizados para
assegurar que o teste de sensibilidade de rotina irá resultar em correta
categorização (S, I ou R). O CQ estendido deve ser realizado quando houver
qualquer mudança no sistema de teste de sensibilidade.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Alterações no documento da versão anterior

Versão 8.0 Mudanças


01/01/2018 Células contendo modificações ou adições em relação à versão
v. 7.0 estão marcadas em amarelo

Geral  Nova tabela com cepas recomendadas pelo EUCAST para CQ


de rotina de acordo com os microrganismos ou grupos das
tabelas de pontos de corte do EUCAST.
 Método de disco-difusão removido (referência às tabelas de
pontos de corte do EUCAST acrescentada)

Notas • Nota 2 nova.

ATCC 25922 Comentários revisados


Comentário 12 (numerous CCUG e DSM adicionados para
NCTC 13846)

ATCC 27853 Comentários revisados


Comentário 8 (Números CCUG e DSM adicionados para NCTC
13846)
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Controle de Qualidade Interno de Rotina


CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina

A Tabela 1 lista as cepas recomendadas para o CQ de acordo com cada microrganismo ou grupo de
microrganismos nas tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST. As recomendações são baseadas
utilizando uma cepa da mesma espécie (ou espécie semelhante) que o organismo a ser testado (i.e. CQ
principal); entretanto, algumas vezes outras cepas do CQ devem ser adicionadas para abranger todos os
agentes.
A Tabela 2 lista das cepas de CQ do BrCAST-EUCAST para controle das combinações de inibidores de β-
lactamases. (aonde esta Campy trocar and por e ajustar roxitromicina, eritromicina;)
Tabela 1

Recomendações para o CQ Recomendações para agentes não


principal1 cobertos no CQ principal1

Organismo Cepa de CQ Antimicrobiano Cepa de CQ


Enterobacteriaceae E. coli ATCC 25922 Colistina (MIC) Adicionar E. coli NCTC 13846
(Enterobacterales2)
Piperacilina (halo de inibição) E. coli ATCC 25922
Pseudomonas spp. P. aeruginosa ATCC 27853 Ticarcilina (halo de inibição) E. coli ATCC 25922
Colistina (CIM) Adicionar E. coli NCTC 13846
Stenotrophomonas E. coli ATCC 25922
maltophilia
Acinetobacter spp. P. aeruginosa ATCC 27853 Sulfametoxazol/Trimetoprim E. coli ATCC 25922
CIM e halo de inibição
Colistina (CIM) Adicionar E. coli NCTC 13846
Staphylococcus spp. S. aureus ATCC 29213 Roxithromicin (CIM) H. influenzae ATCC 49766
Enterococcus spp. E. faecalis ATCC 29212 Ampicilina-sulbactam (CIM ) Ver tabela 2
Amoxicilina (CIM) E. coli ATCC 25922
Amoxicilina- ac. clavulânico (CIM) Ver tabela 2
Streptococcus grupos S. pneumoniae ATCC 49619 Teicoplanina (CIM) S. aureus ATCC 29213
A, B, C and G Minocyclina (CIM) S. aureus ATCC 29213
Trimethoprim (CIM) S. aureus ATCC 29213
Roxithromicina (CIM) H. influenzae ATCC 49766
Streptococcus pneumoniae S. pneumoniae ATCC 49619 Teicoplanina (CIM) S. aureus ATCC 29213
Minociclina (CIM) S. aureus ATCC 29213
Roxithromicin (CIM) H. influenzae ATCC 49766
Streptococcus S. pneumoniae ATCC 49619 Teicoplanina (CIM) S. aureus ATCC 29213
grupo viridans
Haemophilus influenzae H. influenzae ATCC 49766
Moraxella catarrhalis H. influenzae ATCC 49766
Listeria monocytogenes S. pneumoniae ATCC 49619
Pasteurella multocida H. influenzae ATCC 49766 Benzilpenicillin (CIM) S. pneumoniae ATCC 49619
Campylobacter jejuni C. jejuni ATCC 33560 Ciprofloxacina (CIM) S. aureus ATCC 29213
and coli Eritromicina (CIM) S. aureus ATCC 29213
Tetraciclina (CIM) S. aureus ATCC 29213
Corynebacterium spp. S. pneumoniae ATCC Ciprofloxacina (CIM) S. aureus ATCC 29213
49619
Gentamicina (CIM e S. aureus ATCC 29213
halo de inibição)
Aerococcus sanguinicola S. pneumoniae ATCC 49619 Ciprofloxacina (CIM) S. aureus ATCC 29213
e A. urinae

Kingella kingae H. influenzae ATCC 49766 Benzilpenicilina (CIM) S. pneumoniae ATCC 49619

Aeromonas spp. P. aeruginosa ATCC 27853 Sulfametoxazol-Trimetoprim E. coli ATCC 25922


(CIM e halo de inibição)
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

1 Combinações com inibidores de β-lactamases devem ser testadas com ambos isolados do CQ: isolados sensíveis e isoaldos
produtores de inibidores de β-lactamase (ver tabela 2)
2 Estudos taxonômicos recentes têm reduzido a definição para a família das Enterobacteriaceae. Alguns membros dessa família
agora estão incluídos em outras famílias dentro da Ordem Enterobacteriales.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina

Tabela 2 Iado do CQ para o ver


página 16 ver nte
inibidor
Controle das combinações com
inibidores de β-lactamase 1
Isolado _ CQ – para
Organismo Isolado do CQ para o
o componente ativo componente inibidor

Enterobacteriaceae E. coli ATCC 25922


Ver página 16
(Enterobacterales2)
Pseudomonas spp. P. aeruginosa ATCC 27853 Ver página 16
Enterococcus spp. E. coli ATCC 25922 Ver página 16
Haemophilus influenzae H. influenzae ATCC 49766 Ver página 16
Moraxella catarrhalis H. influenzae ATCC 49766 Ver página 16
Pasteurella multocida H. influenzae ATCC 49766 Ver página 16

1
Combinações com inibidores de β-lactamases devem ser testadas com ambos isolados do CQ: isolados sensíveis e isoaldos
produtores de inibidores de β-lactamase (ver tabela 2)
2
Estudos taxonômicos recentes têm reduzido a definição para a família das Enterobacteriaceae. Alguns membros dessa família
agora estão incluídos em outras famílias dentro da Ordem Enterobacteriales.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Escherichia coli ATCC 25922


(NCTC 12241, CIP 76.24, DSM 1103, CCUG 17620, CECT 434)

Consulte as tabelas de Pontos de Corte do Br-CAST para explicação resumida dos métodos: CIM e disco difusão

CIM (mg/L) Diâmetro do halo de inibição


Agente Conteúdo do (mm)
antimicrobiano disco
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Range3
Amicacina 1-2 0.5-4 30 22-23 19-26
Amoxicilina 4 2-8 - - -
Amoxicilina-ác. clavulânico4,5 4 2-8 20-10 21 18-246
6
Ampicilina 4 2-8 10 18-19 15-22
Ampicilina-sulbactam5,7 2 1-4 10-10 21-22 19-24 6

Aztreonam 0.125 0.06-0.25 30 32 28-36


Cefadroxil - - 30 17 14-20
Cefalexina 8 4-16 30 18 15-21
Cefepima 0.03-0.06 0.016-0.125 30 34 31-37
Cefixima 0.5 0.25-1 5 23 20-26
Cefotaxima 0.06 0.03-0.125 5 28 25-31
Cefoxitina 4 2-8 30 26 23-29
Cefpodoxima 0.5 0.25-1 10 25-26 23-28
Ceftarolia 0.06 0.03-0.125 5 27 24-30
Ceftazidima 0.125-0.25 0.06-0.5 10 26 23-29
Ceftazidima-avibactam8,9 0.125-0.25 0.06-0.5 10-4 27 24-30
Ceftibuten 0.25 0.125-0.5 30 31 27-35
Ceftobiprole 0.06 0.03-0.125 5 28 25-31
Ceftolozana-tazobactam10,11 0.25 0.125-0.5 30-10 28 24-32
Ceftriaxona 0.06 0.03-0.125 30 32 29-35
Cefuroxima 4 2-8 30 23 20-26
Cloranfenicol 4 2-8 30 24 21-27
Ciprofloxacino 0.008 0.004-0.016 5 33 29-37
Colistina12 0.5-1 0.25-2 - - -
Doripenem 0.03 0.016-0.06 10 31 27-35
Ertapenem 0.008 0.004-0.016 10 32-33 29-36
Fosfomicina13 1 0.5-2 20014 30 26-34 15
Gentamicina 0.5 0.25-1 10 22-23 19-26
Imipenem 0.125 0.06-0.25 10 29 26-32
Levofloxacino 0.016-0.03 0.008-0.06 5 33 29-37
Mecillinam16 0.06-0.125 0.03-0.25 10 27 24-30
Meropenem 0.016-0.03 0.008-0.06 10 31-32 28-35
Moxifloxacino 0.016-0.03 0.008-0.06 5 31-32 28-35
Acido Nalidíxico 2 1-4 30 25 22-28
Netilmicina - ≤0.5-1 10 21 18-24
Nitrofurantoina 8 4-16 100 20 17-23
Nitroxolina Note17 Note17 30 21 18-24
Norfloxacino 0.06 0.03-0.125 10 31-32 28-35
Ofloxacino 0.03-0.06 0.016-0.125 5 31 29-33
Pefloxacino - - 5 29 26-32
Piperacilina 2 1-4 30 24 21-27
Piperacilina-tazobactam10,11 2 1-4 30-6 24 21-27
Ticarcilina 8 4-16 75 27 24-30
Ticarcilina-ac. clavulânico4,5 8 4-16 75-10 27 24-30
Tigecyclina18 0.06-0.125 0.03-0.25 15 23-24 20-27
Tobramicina 0.5 0.25-1 10 22 18-26
Trimetoprim 1 0.5-2 5 24-25 21-28
Sulfametoxazol-Trimetoprim19 ≤0.52 - 23.75-1.25 26 23-29
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Escherichia coli ATCC 25922


(NCTC 12241, CIP 76.24, DSM 1103, CCUG 17620, CECT 434)

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI), exceto os intervalos em negrito/itálico estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo
EUCAST.
3
Do documento M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
4
Para o teste da CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg / L.
5
E. coli ATCC 35218 é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de
β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
6
Ignorar o crescimento que pode aparecer dentro do halo de inibição em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
7
Para a determinação da CIM, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
8
Para o teste de MIC, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
9
K. pneumoniae ATCC 700603 é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para
combinações de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
10
Para a determinação da CIM,, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg / L.
11
Tanto a cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
12
O controle de qualidade da colistina deve ser realizado com uma cepa de QC sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa
ATCC 27853) e uma cepa de E. coli resistente à colistina NCTC 13846 (mcr-1 positivo). Para E. coli NCTC 13846 (CCUG
70662, DSM 105182), o valor alvo de CIM da colistina é de 4 mg/L e apenas ocasionalmente de 2 ou 8 mg/L.
13
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg/L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
14
Os discos de fosfomicina de 200 g devem conter 50 µg de glicose-6-fosfato.
15
Ignorar colônias isoladas dentro do halo de inibição e leia a borda da zona externa (para exemplos de leitura, consulte o Guia
de leitura do EUCAST ou Tabelas de ponto de corte).
16
A diluição em ágar é o método de referência para determinação da MIC para mecilinam.
17
Atualmente não há intervalo de CIM para E. coli ATCC 25922 e nitroxolina.
18
Para determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
19
Sulfametoxazol;trimetoprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim.
.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853


(NCTC 12903, CIP 76.110, DSM 1117, CCUG 17619, CECT 108)
Consulte as tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST para explicação resumida sobre os métodos: CIM e
disco difusão.

MIC (mg/L) Diâmetro do Halo de inibição


Agente CIM (mg/L) Conteúdo do (mm)
antimicrobiano 1 2
disco
Alvo Intervalo Alvo1 Intervalo3
Amicacina 2 1-4 30 22 18-26
Aztreonam 4 2-8 30 26 23-29
Cefepima 1-2 0.5-4 30 28 25-31
Ceftazidima 2 1-4 10 24 21-27
Ceftazidima-avibactam4,5 1-2 0.5-4 10-4 24 21-27
Ceftolozana-tazobactam6,7 0.5 0.25-1 30-10 28 25-31
Ciprofloxacino 0.5 0.25-1 5 29 25-33
Colistina8 1-2 0.5-4 - - -
Doripenem 0.25 0.125-0.5 10 31-32 28-35
Fosfomicina9 4 2-8 - - -
Gentamicina 1 0.5-2 10 20 17-23
Imipenem 2 1-4 10 24 20-28
Levofloxacino 1-2 0.5-4 5 22-23 19-26
Meropenem 0.5 0.25-1 10 30 27-33
Netilmicina 2 0.5-8 10 18 15-21
Piperacilina 2-4 1-8 - - -
Piperacillin-tazobactam6,7 2-4 1-8 30-6 26 23-29
Ticarcillin 16 8-32 - - -
Ticarcillin-clavulanic acid10,11 16 8-32 75-10 24 20-28
Tobramycin 0.5 0.25-1 10 23 20-26

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Do documento M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
4
Para a determinação da CIM,, a concentração de avibactam é fixa em 4 mg / L.
5
A ATCC 700603 de K. pneumoniae é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para
combinações de β-lactâmicos-inibidores de -β-lactamases).
6
Para a determinação da CIM, a concentração de tazobactam é fixa em 4 mg/L.
7
Tanto a cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de inibidores de β-lactâmicos-inibidores de -β-
lactamases).
8
O controle de qualidade da colistina deve ser realizado com uma cepa de QC sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa
ATCC 27853) e uma cepa de E. coli resistente à colistina NCTC 13846 (mcr-1 positivo). Para E. coli NCTC 13846 (CCUG
70662, DSM 105182), o valor alvo da CIM da colistina é de 4 mg/L e apenas ocasionalmente de 2 ou 8 mg/L.
9
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg/L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
10
E. coli ATCC 35218 é usado para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de
inibidores de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamases).
11
Para a determinação da CIM, , a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Staphylococcus aureus ATCC 29213


(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase-(fraca)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão.

Antimicrobial agent CIM (mg/dL) Conteúdo do Diâmetro do Halo de


Agente antimicrobiano disco Inibição (mm)
(µg)
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo3
Amicacina 2 1-4 30 21 18-24
Ampicilina - - 2 18 15-21
Azithromicina 1 0.5-2 - - -
Benzilpenicilina 0.5-1 0.25-2 1 unidade 15 12-18
Cefoxitina 2 1-4 30 27 24-30
Ceftarolina 0.25 0.125-0.5 5 27 24-30
Ceftobiprole 0.25-0.5 0.125-1 5 25 22-28
Cloranfenicol 4-8 2-16 30 24 20-28
Ciprofloxacino 0.25 0.125-0.5 5 24 21-27
Clarithromicina 0.25 0.125-0.5 - - -
Clindamcina 0.125 0.06-0.25 2 26 23-29
Dalbavancina4 0.06 0.03-0.125 - - -
Daptomicina5 0.25-0.5 0.125-1 - - -
Doxycyclina 0.25 0.125-0.5 - - -
Erithromicina 0.5 0.25-1 15 26 23-29
Fosfomicina6 1-2 0.5-4 - - -
Ac. Fusidico 0.125 0.06-0.25 10 29 26-32
Gentamicina 0.25-0.5 0.125-1 10 22 19-25
Levofloxacina 0.125-0.25 0.06-0.5 5 26 23-29
Linezolida 2 1-4 10 24 21-27
Minocyclina 0.125-0.25 0.06-0.5 30 26 23-29
Moxifloxacino 0.03-0.06 0.016-0.125 5 28 25-31
Mupirocina 0.125 0.06-0.25 200 34 31-37
Netilmicina ≤0.252 - 10 23 20-26
Nitrofurantoina 16 8-32 100 20 17-23
Norfloxacino 1 0.5-2 10 21 18-24
Ofloxacino 0.25-0.5 0.125-1 5 24 21-27
Oritavancina4 0.03-0.06 0.016-0.125 - - -
Quinupristin-dalfopristin 0.5 0.25-1 15 24 21-27
Rifampicina 0.008 0.004-0.016 5 33 30-36
Tedizolida 0.5 0.25-1 - - -
Teicoplanina 0.5 0.25-1 - - -
Telavancina4 0.06 0.03-0.125 - - -
Telithromycina 0.125 0.06-0.25 15 IP IP
Tetracyclina 0.25-0.5 0.125-1 30 27 23-31
Tigecyclina7 0.06-0.125 0.03-0.25 15 22 19-25
Tobramycina 0.25-0.5 0.125-1 10 23 20-26
Trimethoprim 2 1-4 5 25 22-28
Sulfametoxazol Trimetoprim-8 ≤0.52 - 23.75-1.25 29 26-32
Vancomicina 1 0.5-2 - - -
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Staphylococcus aureus ATCC 29213


(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase (fraca)

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
As CIMs devem ser determinadas na presença de polissorbato-80 (0,002% no meio para o método de microdiluição em caldo;
os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
5
As CIMs de daptomicina devem ser determinadas na presença de Ca2+ (50 mg/L no meio para o método de microdiluição em
caldo; os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
6
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 m /L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
7
Para a determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
8
Sulfametoxazol-Trimetroprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim. EP = em
preparação
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Enterococcus faecalis ATCC 29212


(NCTC 12697, CIP 103214, DSM 2570, CCUG 9997, CECT 795)

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão.

Agente antimicrobiano CIMMIC


(mg/L) Conc.
Conteúdo
Disk content Diâmetro do halo de inibição
(mg/L) do Disco
Disco (mm)
1 (µg)
Alvo1 Intervalo3
2
Alvo Intervalo
Ampicilina 1 0.5-2 2 18 15-21
Ciprofloxacino 0.5-1 0.25-2 5 22 19-25
Gentamicina 8 4-16 304 15 12-18
Imipenem 1 0.5-2 10 27 24-30
Levofloxacino 0.5-1 0.25-2 5 22 19-25
Linezolida 2 1-4 10 22 19-25
Nitrofurantoina 8 4-16 100 21 18-24
Norfloxacino 4 2-8 10 19 16-22
Quinupristin-dalfopristin 4 2-8 15 14 11-17
Estreptomicina Nota5 Nota5 3006 17 14-207
Teicoplanina 0.5 0.25-1 30 18 15-21
Tigeciclina8 0.06 0.03-0.125 15 23 20-26
Trimethoprim 0.25 0.125-0.5 5 28 24-32
Sulfametoxazol-trimetoprim-9 ≤0.52 - 23.75-1,25 30 26-34
Vancomicina 2 1-4 5 13 10-16

1
Calculado pelo EUCAST.
2
De acordo com a International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100
mais recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
Disco para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos em Enterococcus.
5
Atualmente não há intervalo de CIM para E. faecalis ATCC 29212 e estreptomicina.
6
Disco para triagem de resistência de alto nível à estreptomicina em Enterococcus.
7
De acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017.
8
Para determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
9
Sulfametoxazol-trimetoprim na proporção 19:1. Valores CIM são expressos como concentração de trimetoprim.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Streptococcus pneumoniae ATCC 49619*


(NCTC 12977, CIP 104340, DSM 11967, CCUG 33638)
Cepa com sensibilidade reduzida a benzilpenicilina

* Halos de inibição de isolados de S. pneumoniae no MH-F são quase sempre acompanhados de α-hemólise. Ler a
inibição do crescimento e não a inibição da hemólise. Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre hemólise e
crescimento. Usualmente há crescimento em toda área de α-hemólise, mas em alguns lotes de MH-F há α-hemólise sem
crescimento.
.
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

Antimicrobial agent MIC Diâmetro do Halo de inibição


Agente antimicrobiano CIM (mg/L) Disk content
Conteúdo
(mg/L) (mm)
do (µg)
Disco
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo3
Amoxicilina 0.06 0.03-0.125 - - -
Ampicilina 0.125 0.06-0.25 2 28 25-31
Azitromicina 0.125 0.06-0.25 - - -
Benzilpenicilina 0.5 0.25-1 1 unidade 19 16-22
Cefaclor 2 1-4 30 28 25-31
Cefepima 0.06-0.125 0.03-0.25 30 34 31-37
Cefotaxima 0.06 0.03-0.125 5 31 28-34
Cefpodoxima 0.06 0.03-0.125 10 32 29-35
Ceftarolina 0.016 0.008-0.03 - - -
Ceftobiprole 0.008-0.016 0.004-0.03 - - -
Ceftriaxona 0.06 0.03-0.125 30 35 32-38
Cefuroxima 0.5 0.25-1 30 31 28-34
Clorafenicol 4 2-8 30 27 24-30
Ciprofloxacin0 - - 5 25 22-28
Claritromicina 0.06 0.03-0.125 - - -
Clindamicina 0.06 0.03-0.125 2 25 22-28
Dalbavancina4 0.016 0.008-0.03 - - -
Daptomicina5 0.125-0.25 0.06-0.5 - - -
Doripenem 0.06 0.03-0.125 10 34 31-37
Doxiciclina 0.03-0.06 0.016-0.125 - - -
Ertapenem 0.06-0.125 0.03-0.25 10 31 28-34
Eritromicina 0.06 0.03-0.125 15 29 26-32
Imipenem 0.06 0.03-0.125 10 38 34-42
Levofloxacino 1 0.5-2 5 24 21-27
Linezolida 0.5-1 0.25-2 10 26 23-29
Meropenem 0.125 0.06-0.25 10 34 30-38
Minocyclina - - 30 28 25-31
Moxifloxacina 0.125 0.06-0.25 5 27 24-30
Nitrofurantoina 8 4-16 100 28 25-31
Norfloxacina 4 2-8 10 21 18-24
Ofloxacino 2 1-4 5 21 18-24
Oritavancina4 0.002 0.001-0.004 - - -
Oxacilina6 - - 1 11 8-14 6
Rifampicina 0.03 0.016-0.06 5 29 26-32
Tedizolide 0.25 0.125-0.5 - - -
Teicoplanina - - 30 21 18-24
Telitromicina 0.008-0.016 0.004-0.03 15 30 27-33
Tetraciclina 0.125-0.25 0.06-0.5 30 31 28-34
Tigeciclina7 0.03-0.06 0.016-0.125 15 27 24-30
Sulfametoxazol-trimetoprim8 0.25-0.5 0.125-1 23.75-1,25 22 18-26
Vancomicina 0.25 0.125-0.5 5 20 17-23
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Streptococcus pneumoniae ATCC 49619*


(NCTC 12977, CIP 104340, DSM 11967, CCUG 33638)
Cepa com sensibilidade reduzida a benzilpenicilina

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
As CIMs devem ser determinadas na presença de polissorbato-80 (0,002% no meio para o método de microdiluição em caldo;
os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
5
As CIMs de daptomicina devem ser determinadas na presença de Ca2+ (50 mg/L no meio para o método de microdiluição em
caldo; os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
6
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 m /L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
7
Para a determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
8
Sulfametoxazol-Trimetroprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim. EP = em
preparação
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Haemophilus influenzae ATCC 49766


(NCTC 12975, CIP 103570, DSM 11970, CCUG 29539)

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

CIM (mg/L) Diâmetro do Halo de


Conteúdo inibição (mm)
Agente antimicrobiano
Antimicrobial agent do Disco
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo2
3,4
Amoxicilina ác. clavulânico 0.25 0.125-0.5 2-1 20 17-23
Amoxicilina 0.25 0.125-0.5 - - -
Ampicilina 0.125 0.06-0.25 2 22 19-25
Ampicilina-sulbactam5 0.125 0.06-0.25 - - -
Azitromicina 1 0.5-2 - - -
Benzilpenicilina - - 1 unidade 18 15-21
Cefepima 0.06 0.03-0.125 30 33 30-36
Cefixima 0.03 0.016-0.06 5 32 29-35
Cefotaxima 0.008 0.004-0.016 5 33 29-37
Cefpodoxima 0.06 0.03-0.125 10 33 30-36
Ceftarolina 0.008 0.004-0.016 - - -
Ceftibuten 0.03 0.016-0.06 30 34 31-37
Ceftriaxona 0.004 0.002-0.008 30 38 34-42
Cefuroxima 0.5 0.25-16 30 30 26-34
Cloranfenicol 0.5 0.25-1 30 34 31-37
Ciprofloxacino 0.008 0.004-0.016 5 36 32-40
Claritromicina 8 4-16 - - -
Doripenem 0.125 0.06-0.256 10 29 26-32
Doxicilina 0.5 0.25-1 - - -
Ertapenem 0.03 0.016-0.066 10 30 27-33
Eritromicin 4 2-8 15 13 10-16
Imipenem 0.5 0.25-16 10 27 24-30
Levofloxacino 0.016 0.008-0.03 5 35 31-39
Meropenem 0.06 0.03-0.1256 10 31 27-35
Minocycline 0.25 0.125-0.5 30 29 26-32
Moxifloxacin 0.016 0.008-0.03 5 33 30-36
Ácido nalidíxico - - 30 30 27-33
Ofloxacino 0.03 0.016-0.06 5 34 31-37
Rifampicina 0.5 0.25-1 5 24 21-27
Roxitromycina 8 4-16 - - -
Telitromicina 2 1-4 15 17 14-20
Tetracicline 0.5 0.25-1 30 31 28-34
Sulfametoxazol- Trimetoprim7 0.03 0.016-0.06 23.75-1,25 31 27-35

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
3
Para determinação da CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
4
As cepas de E. coli ATCC 35218 (CIM) e S. aureus ATCC 29213 (disco-difusão) são utilizadas para verificar o componente

inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).


5
Para determinação da CIM, a concentração do sulbactam é fixa em 4 mg/L.
6
De acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017, e validado pelo EUCAST.
7
Sulfametoxazol-trimetoprim: na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como a concentração de trimetoprim

.
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Campylobacter jejuni ATCC 33560


(NCTC 11351, CIP 702, DSM 4688, CCUG 11284)

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

CIM (mg/L) Conteúdo Diâmetro do Halo de


Agente antimicrobiano
Antimicrobial agent do Disco inibição (mm)
Alvo Intervalo Alvo1 Intervalo2
Ciprofloxacino EP EP 5 38 34-42
Erithromycina EP EP 15 31 27-35
Tetraciclina EP EP 30 34 30-38

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Estabelecido e validado pelo EUCAST
EP – Em preparação
CQ de Rotina Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018

Controle do componente inibidor dos discos combinados de β-lactâmico com


inibidor de β-lactamase

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

Escherichia coli ATCC 35218


(NCTC 11954, CIP 102181, DSM 5923, CCUG 30600, CECT 943)
Cepa produtora de β-lactamase TEM-1 (não-ESBL)

CIM (mg/L) Conteúdo Diâmetro do Halo de


Agente antimicrobiano
Antimicrobial agent do Disco Inibição (mm)
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo2
Amoxicilina-ác. clavulânico 3 8-16 4-32 20-10 19-20 17-224
Ampicilina-sulbactam5 32-64 16-128 10-10 16 13-194
Ceftolozana-tazobactam6,7 0.125 0.06-0.25 30-10 28 25-31
Piperacilina-tazobactam6,7 1 0.5-2 30-6 24 21-27
Ticarcilina- ác. clavulânico 3 16 8-32 75-10 23 21-25

Klebsiella pneumoniae ATCC 700603


(NCTC 13368, CCUG 45421, CECT 7787)
Cepa produtora de ESBL - SHV-18

Diâmetro do Halo de Inibição


Agente antimicrobiano CIM (mg/L) Conteúdo
Antimicrobial agent (mm)
do Disco
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo2
8
Ceftazidima-avibactam 0.5-1 0.25-2 10-4 21 18-24
Ceftolozana-tazobactam6,7 1 0.5-2 30-10 21 17-25
Piperacilina-tazobactam6,7 16 8-32 30-6 17 14-20

Staphylococcus aureus ATCC 29213


(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase (fraca)

CIM (mg/L) Diâmetro do Halo de


Agente antimicrobiano Conteúdo Inibição (mm)
Antimicrobial agent do Disco
Alvo1 Intervalo2 Alvo1 Intervalo2
Amoxicilina- ác. clavulânico 3
Nota9 Nota 9 2-1 22 19-25

1
Calculado pelo EUCAST.
2
Do documento Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017, exceto os intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Para o teste de CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
4
Ignorar o crescimento que pode aparecer como um fino halo interno em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
5
Para a determinação da CIM,, a concentração de sulbactam é fixa em 4 mg/L.
6
Para a determinação da CIM,, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
7
Tanto cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor.
8
Para a determinação da CIM,, a concentração de avibactam é fixa em 4 mg/L.
9
Para a determinacão da CIM, a cepa de E. coli ATCC 35218 é utilizada para verificar o componente inibidor
Extended QC QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.

Controle de Qualidade Estendido para


Detecção de Mecanismos de Resistência
por Disco-Difusão
Extended QC QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.

Cepas para controle de qualidade para detecção de mecanismos de


resistência por disco-difusão no ágar Müeller-Hinton

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

Produção de ESBL em Enterobacteriaceae

Klebsiella pneumoniae ATCC 700603


(NCTC 13368, CCUG 45421, CECT 7787)

Cepa produtora de ESBL SHV-18


Alvo Intervalo2
Antimicrobiano Conteúdo Comentários
do Disco sensibilidade1 (mm)
Aztreonam 30 R 9-17
Cefotaxima 5 I ou R 12-18
Cefpodoxima 10 R 9-16
Ceftazidima 10 I ou R 6-12
Ceftriaxona 30 I ou R 16-22

Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (meticilina)


Staphylococcus aureus NCTC 12493
(CCUG 67181)

S. aureus resistente a meticilina (MRSA), mecA positivo

Conteúdo Alvo Intervalo2 Comentários


Antimicrobiano do Disco sensibilidade 1 (mm)
Cefoxitin 30 R 14-20

Resistência aos glicopeptídeos mediada por VanB em Enterococcus


Enterococcus faecalis ATCC 51299
(NCTC 13379 ,CIP 104676, DSM 12956, CCUG 34289)

Cepa vanB -positiva


Conteúdo Alvo Intervalo2 Comentários
Antimicrobiano
do Disco sensibilidade1 (mm)
Teicoplanina 30 S 16-20
Vancomicina 5 R 6-12 Examinar as bordas do halo de inibição com luz
transmitida (segurar a placa contra a luz). Halos de
inibição com bordas mal definidas devem ser
interpretados como resistentes, mesmo que o diâmetro do
halo de inibição esteja acima do ponto de corte de
sensibilidade (veja os exemplos de leitura no guia de
leitura do BrCAST).

Alto nível de resistência aos aminoglicosídeos em Enterococcus


Enterococcus faecalis ATCC 51299
(NCTC 13379 ,CIP 104676, DSM 12956, CCUG 34289)
Gentamicina de alto-nível e streptomicina resistente

Conteúdo Alvo Intervalo2


Antimicrobiano
do Disco sensibilidade1 (mm)
Gentamicina 30 R 6
Streptomicina 300 R 6
1
Alvos acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST e são estabalecidos para garantir que os mecanismos de
resistência sejam corretamente detectados. Interpretação de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST: S =
Sensível, I = Intermediário, R = Resistente.
2
Do documento M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, , exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
Extended QC QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.

Cepas de controle de qualidade para detecção de mecanismos de resistência


por disco-difusão em ágar Müeller-Hinton para fastidiosos (MH-F)

Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão

Sensibilidade reduzida aos agentes β-lactâmicos devido a mutações em PBP


em Haemophilus influenzae
Haemophilus influenzae ATCC 49247
(NCTC 12699, CIP 104604, DSM 9999, CCUG 26214)

Conteúdo Alvo Intervalo2 Comentários


Antimicrobiano do Disco sensibilidade1 (mm)
Os diâmetros de halos de inibição são particularmente
afetados por variações no meio, inóculo e condições de
incubação. Halos de inibição com presença de
pequenas colônias em seu interior devem ser
interpretados como 6 mm (sem halo”
Ampiciliina 2 R 6-12
Benzilpenicilin 1 unit R 6-9

1
Alvos de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST e são estabelecidos para garantir que os mecanismos de
resistência sejam corretamente detectados. Interpretação de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST: S = Sensível, I
= Intermediário, R = Resistente.
2
Estabelecido e validado por múltiplos testes pelo EUCAST.
Teste sensibilidade aos
antimicrobianos

Método de disco-difusão EUCAST

Versão 6.0
Janeiro 201

Versão para
português válida
a partir de

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Abreviaturas e Terminologia

1 Introdução 6
2 Preparação e armazenamento dos meios
Preparação do inóculo
Inoculação das placas de ágar 11
Aplicação dos discos de antimicrobianos 12
6 Incubação das placas 1
Observação das placas após incubação 1
Aferição dos halos e interpretação 16
Controle de Qualidade 1
Apêndice A 21

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Seção Alterações

Informação adicionada sobre as dimensões das placas de Petri

Informação adicionada sobre a secagem das placas

Modificação na recomendação de armazenamento de placas preparadas “in house”

Esclarecimento sobre a secagem das placas

Tabela 1 Aerococcus sanguinicola, A.urinae e Kingella kingae adicionados

Informações adicionadas sobre o preparo do inóculo

Esclarecimento sobre o uso do padrão 0,5 de McFarland

Resumo da regra 15-15-15 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)

Tabela 2 Informação sobre o padrão de McFarland removido

Informação adicionada sobre deixar as placas alcançarem a temperatura ambiente


antes da inoculação
Informação adicionada sobre inoculação das placas de gram-negativos e gram-
positivos

Informação adicionada sobre inoculação de mais de uma placa de agar

Informação adicionada sobre técnicas de semeadura

Resumo da regra 15-15-15 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)

Intervalo de tempo para aplicação dos discos adicionado. Resumo da regra de 15-
1 -1 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)

Informação adicionada sobre o empilhamento de placas na estufa

Esclarecimento sobre tempo de incubação

Tabela 3 Corrigido o intervalo de tempo para incubação prolongada de Corynebacterium spp.

Tabela Adicionado Aerococcus sanguinicola e A.urinae e Kingella kingae

Esclarecimento sobre leitura dos halos e uso de leitores automatizados de halos.

Informação adicionada sobre Guia de Leitura do BrCAST

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Esclarecimento sobre a leitura dos halos quando existe duplo halo ou colônias
isoladas dentro dos halos
Esclarecimento da leitura dos halos de sulfametoxazol-trimetoprim para
Stenotrophomonas maltophilia,
Instrução de leitura para Enterobacteriaceae com ampicilina-sulbactam e
amoxicilina-ácido clavulânico adicionada

Instrução de leitura para benzilpenicilina atualizada

Esclarecimento sobre como diferenciar hemólise de crescimento na leitura dos


halos de inibição.

Instrução para leitura dos halos de fosfomicina para Escherichia coli adicionada.

Informação adicionada para o controle do componente do inibidor da combinação


dos discos de β-lactâmico com inibidor de β-lactamase,

Informação adicionada sobre repique das cepas controle

Informação adicionada sobre como utilizar os alvos e intervalos do EUCAST CQ

Mudança na recomendação da frequência do controle de qualidade

Tabela 4 Informação adicionada sobre as características da Escherichia coli ATCC 35218

Tabela 4 Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 adicionada

Tabela 4 Haemophilus influenzae NCTC 8468 removido

Tabela 5 Características para Haemophilus influenzae ATCC 49766 reformuladas

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Abreviaturas e terminologia

Abreviaturas e terminologia

ATCC American Type Culture Collection


http://www.atcc.org

CCUG Culture Collection Universtity of Göteborg


http://www.ccug.se

CECT Colección Española de Cultivos Tipo


http://www.cect.org

CIP Collection de Institute Pasteur


http://www.cabri.org/CABRI/srs-doc/cip_bact.info.html

DSM Culturas bacteriana do “Deutsche Stammsammlung für


Mikroorganismen und Zellkulturen (DSMZ)” agora com número DSM
http://www.dsmz.de/

ESBL β-lactamase de espectro estendido

EUCAST European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing


http://www.eucast.org

MH Ágar Müeller-Hinton

MH-F Ágar Müeller-Hinton - para microrganismos fastidiosos (MH


suplementado)

MRSA Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (meticilina) [com gene


mecA ou mecC]

NCTC National Collection of Type Cultures


http://www.hpacultures.org.uk

ß-NAD β-nicotinamida-adenina-dinucleotídio

Salina Solução de NaCl a 0,85% em água (8,5g/L)

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. Introdução

O método de disco-difusão é uma das abordagens mais antigas para


realização de testes de sensibilidade aos antimicrobianos e permanece como
um dos mais amplamente utilizados na rotina dos laboratórios clínicos. É
adequado para testar a maioria dos patógenos bacterianos, incluindo as
bactérias fastidiosas mais comuns, é versátil em relação a gama de agentes
antimicrobianos que podem ser testados e não requer equipamento especial.
Da mesma forma que várias outras técnicas de disco-difusão, o método
sugerido pelo EUCAST é padronizado e baseado nos princípios definidos no
relatório do “International Collaborative Study of Antimicrobial Susceptibility
Testing” de 1972, e a experiência dos grupos de especialistas em todo o
mundo.
Os pontos de corte dos halos de inibição no método BrCAST-EUCAST são
calibrados para os pontos de corte europeus harmonizados, que estão
publicados pelo BrCAST-EUCAST e são gratuitamente disponíveis no site do
EUCAST (http://www.eucast.org). A versão dessas tabelas em Português
está disponível no site do BrCAST (www.brcast.org.br).
Assim como todos os métodos, as técnicas descritas devem ser seguidas sem
modificações com objetivo de gerar resultados confiáveis.
Textos incluídos pelo BrCAST estão marcados em verde.

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Preparação e armazenamento de meios

2 1 Preparar o ágar Müeller Hinton (MH) de acordo com as instruções do


fabricante, com suplementação para microrganismos fastidiosos como indicado
na Tabela 1. A preparação e adição de suplementos estão descritas em
detalhes no site http://www.eucast.org. A versão desses documentos em
Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).

2 2 O meio deve ter uma espessura de 4,0 ± 0,5 mm (aproximadamente 25 mL


em uma placa circular de 90 mm de diâmetro; 31 mL em uma placa circular de
100 mm de diâmetro; 71 mL em uma placa circular de 150 mm de diâmetro; 40
mL em uma placa quadrada de 100 mm).

2 A superfície do ágar deve estar seca antes do uso. Nenhuma gota de água
deve estar visível na superfície do ágar ou no interior da tampa . Se necessário,
seque as placas a 20-25°C overnight, ou a 35 °C, com a tampa removida por 15
minutos. Não secar as placas excessivamente.

2 Armazenar as placas preparadas no laboratório a -8°C.

2 Para placas preparadas no laboratório a secagem, condições de estocagem


e estabilidade devem ser determinadas como parte do programa de garantia da
qualidade do laboratório.

2.6 Placas preparadas comercialmente devem ser estocadas de acordo com o


recomendado pelo fabricante e utilizadas dentro do prazo de validade.

2 Para placas (preparadas no laboratório ou comercialmente), estocadas em


sacos plásticos ou em recipientes selados, pode ser necessária a secagem
antes do uso (ver seção 2. . Isto é necessário para impedir o excesso de
umidade que pode resultar em halos com bordas distorcidas e/ou névoa no
interior dos halos.

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Tabela 1: Meios para realização do teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Microrganismo Meio
Enterobacterales MH ágar

Pseudomonas spp. MH ágar

Stenotrophomonas maltophilia MH ágar

Acinetobacter spp. MH ágar

Staphylococcus spp. MH ágar

Enterococcus spp MH ágar


1
Streptococcus grupos A, B, C e G MH-F ágar
1
Streptococcus pneumoniae MH-F ágar
1
Streptococcus grupo viridans MH-F ágar
1
Haemophilus influenzae MH-F ágar
1
Moraxella catarrhalis MH-F ágar
1
Listeria monocytogenes MH-F ágar
1
Pasteurella multocida MH-F ágar
1
Campylobacter jejuni e coli MH-F ágar
1
Corynebacterium spp. MH-F ágar
1
Aerococcus sanguinicola e urinae MH-F ágar
1
Kingella kingae MH-F ágar

Outros fastidiosos Pendente

1
MH-F = 5% de sangue desfibrinado de cavalo + 20mg/L β-NAD

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Preparação do inóculo
1 Usar o método de suspensão direta das colônias em salina para fazer a
suspensão de microrganismos de modo a obter densidade equivalente ao
padrão de turbidez 0,5 da escala de McFarland (Tabela 2), que corresponde
aproximadamente a 1-2 x10 UFC/mL para Escherichia coli.
O método da suspensão direta das colônias é apropriado para todos os
microrganismos, incluindo os microrganismos fastidiosos da Tabela 1.

2 Preparar a suspensão a partir de um crescimento overnight em um meio


não seletivo. Usar várias colônias morfologicamente similares (quando
possível) para evitar selecionar variantes atípicas e suspenda as colônias em
salina com alça estéril ou swab de algodão.

Ajustar a suspensão do inóculo de modo a obter turbidez equivalente ao


padrão 0,5 da escala de McFarland adicionando salina ou mais bactérias. Um
inóculo mais denso pode resultar em halos menores e inóculo com menor
densidade terá um efeito oposto.
1 É recomendado que um dispositivo fotométrico seja utilizado para
ajustar a densidade da suspensão. O fotômetro deve ser calibrado com
o padrão 0,5 da escala de McFarland, de acordo com as instruções do
fabricante.
2 Alternativamente, a densidade da suspensão pode ser comparada
visualmente com a turbidez do padrão 0,5 da escala de McFarland.
Para auxiliar a comparação, comparar o teste e padrão contra um fundo
branco com linhas pretas.
As suspensões de Streptococcus pneumoniae devem ser
preferencialmente preparadas a partir de cultura obtida em de ágar
sangue de modo a obter densidade equivalente ao padrão 0,5 da
escala de McFarland. Quando a suspensão for preparada a partir de
cultura em ágar chocolate, a turbidez do inóculo deve ser equivalente
ao padrão 1.0 da escala de McFarland.

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A suspensão deve ser utilizada de preferência em até 15 min e
obrigatoriamente até 60 min após a preparação.

Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos da
preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas dentro de 15
minutos da aplicação do discos.

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Tabela 2 Preparação do padrão de turbidez 0,5 de McFarland

1 Adicionar 0,5 mL de solução de BaCl2 0,048 mol/L (1,175% w/v BaCl2·2H20)


a 99,5 mL de solução 0,18 mol/L (0,36 N)de H2S0 (1% v/v) e misturar bem.

2 Conferir a densidade óptica da suspensão em um espectrofotômetro com


trajeto de luz de 1 cm e cubetas apropriadas. A absorbância em 625 nm
deve estar na faixa de 0,08 a 0,13.

Distribuir a suspensão em tubos de mesmo tamanho que aqueles utilizados


para testar o ajuste do inóculo. Vedar os tubos.

Armazenar os padrões vedados no escuro, em temperatura ambiente.

Agitar os padrões vigorosamente em um misturador vórtex imediatamente


antes do uso.

6 Renove os padrões ou confera a absorbância após 6 meses de


armazenamento.

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Inoculação das placas de ágar.

1 Garantir que as placas estejam em temperatura ambiente previamente à


inoculação.

2 Preferencialmente utilizar a suspensão ajustada do inóculo em até 15


minutos após a preparação. A suspensão deve ser obrigatoriamente utilizada
em até 60 minutos após a preparação.

Mergulhar um swab de algodão estéril na suspensão


4.3.1 Para evitar a inoculação excessiva das placas de microrganismos
gram-negativos, remova o excesso de líquido pressionando e girando o
swab contra a parte interna do tubo acima do nível da suspensão.
4.3.2 Para bactérias gram-positivas, não pressione o swab contra a parte
interna do tubo.

Quando inocular várias placas com a mesma suspensão do inóculo,


repita o procedimento do item 4.3 para cada placa de ágar.

As placas podem ser inoculadas tanto espalhando o inóculo uniformemente


em três direções como por um inoculador automatizado. Espalhar o inóculo
uniformemente sobre toda a superfície assegurando que não haja falhas.
1 Para bactérias gram-positivas, tenha atenção especial a fim de
garantir que não exista diferença na semeadura.

4.6 Aplicar os discos em até 15 min1 após a inoculação da placa.


Se as placas inoculadas forem deixadas em temperatura ambiente por
períodos prolongados de tempo antes da aplicação dos discos, os
microrganismos podem começar a crescer, resultando em redução errônea do
tamanho dos halos de inibição.

Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos da

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preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas
dentro de 15 minutos da aplicação do discos

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Aplicação dos discos de antimicrobianos

1 O conteúdo (potência) dos discos a serem utilizados está descrito nas


tabelas de pontos de corte e controle de qualidade em http://www.eucast.org.
A versão desses documentos em Português está disponível no site do BrCAST
(http://brcast.org.br).

2 Permitir que os discos alcancem a temperatura ambiente antes da


abertura dos cartuchos ou recipientes utilizados para o armazenamento dos
discos. Isto previne a condensação, que leva a rápida deterioração de alguns
agentes.

Aplicar os discos firmemente na superfície da placa de ágar dentro de


15 minutos da inoculação. O contato dos discos com a superfície do ágar
deve ser completo. Os discos não podem ser removidos após a aplicação nas
placas, uma vez que a difusão dos agentes antimicrobianos dos discos é
muito rápida.

O número de discos nas placas deve ser limitado para impedir


sobreposição dos halos e a interferência entre os antimicrobianos. É
importante que os diâmetros dos halos sejam medidos corretamente. O
número máximo de discos varia de acordo com o microrganismo e a seleção
dos discos. Normalmente, 6 e 12 discos são os números máximos possíveis,
respectivamente, em placas circulares de 90 e 150 mm.
1 Para detecção da resistência induzível à clindamicina em
estafilococos e estreptococos, os discos de eritromicina e
clindamicina devem ser posicionados em uma distância de 12 a 20
mm borda a borda para os estafilococos e 12 a16 mm para
estreptococos.

A perda de potência dos agentes antimicrobianos contidos nos discos


resulta na redução dos diâmetros dos halos e é uma fonte comum de erro.
Os cuidados listados a seguir são essenciais:

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.1 Armazenar os discos, incluindo os que estão em dispensadores,
em embalagens fechadas com dessecador (sílica gel) e protegidos da
luz (alguns agentes como rifampicina, tigeciclina, metronidazol,
cloranfenicol e fluorquinolonas, são inativados por exposição
prolongada à luz). Especial atenção a refrigeradores, freezer com
porta de vidro e iluminação interna!

2 Armazenar os discos em estoque de acordo com as instruções do


fabricante. Alguns agentes são mais sensíveis que outros (como,por
exemplo, amoxicilina-ácido clavulânico, cefaclor e carbapenens) e
existem recomendações específicas dos fabricantes.

Armazenar os discos em uso de acordo com as instruções do


fabricante. Uma vez os recipientes abertos, os discos devem ser
utilizados dentro da data de validade estabelecida pelo fabricante.

Descartar os discos na data de expiração indicada na embalagem.

5.5.5 Realizar frequentemente o controle de qualidade (ver Seção 9) dos


insumos em uso para garantir que os discos antimicrobianos não
perderam a potência durante o armazenamento.

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Incubação das placas

61 Inverter as placas e assegurar que os discos não caiam na superfície do


ágar. Incubar em até 15 minutos após a aplicação dos discos. Se as placas
forem deixadas em temperatura ambiente após a aplicação dos discos, a pré-
difusão pode resultar em halos de inibição erroneamente aumentados.

6 2 O empilhamento das placas na estufa pode alterar os resultados devido ao


aquecimento desigual entre elas. A eficiência das estufas varia e dessa forma o
controle de incubação, incluindo o número apropriado de placas empilhadas
deve fazer parte do programa de garantia de qualidade do laboratório.

6.3 Incubar as placas de acordo com as condições apresentadas na Tabela 3.


6 1 Incubação além do limite de tempo recomendado não é permitido
uma vez que resulta no crescimento dentro do halo de inibição e reporte
de isolados falso-resistentes.
6 2 Para testes de sensibilidade dos glicopeptídeos com algumas
cepas de Enterococcus spp. colônias resistentes não são visíveis até
que as placas tenham sido incubadas por 24 horas completas. Mesmo
assim, as placas podem ser examinadas depois de 16-20 horas e
qualquer resistência reportada, mas placas de isolados aparentemente
sensíveis devem ser reincubadas e novamente lidas com 24h.

Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos de
preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas dentro de 15
minutos da aplicação do discos

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Tabela 3 - Condições de incubação para placas de teste de sensibilidade

Microrganismo Condições de incubação


35±1°C em ar por 16-20 h
Enterobacteriaceae
35±1°C em ar por 16-20 h
Pseudomonas spp.
35±1°C em ar por 16-20 h
Stenotrophomonas maltophilia

35±1°C em ar por 16-20 h


Acinetobacter spp.
35±1°C em ar por 16-20 h
Staphylococcus spp.
35±1°C em ar por 16-20 h (24 h para glicopeptídeos)
Enterococcus spp.
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Streptococcus spp. grupos A, B, C e G
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Streptococcus pneumoniae

35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h


Estreptococos do grupo viridans

35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h


Haemophilus influenzae
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Moraxella catarrhalis

35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h


Listeria monocytogenes
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Pasteurella multocida

Campylobacter jejuni , C. coli Ver apêndice A


35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
Corynebacterium spp. reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação

35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h


Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
Aerococcus sanguinicola e urinae reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação

35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h


Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
Kingella kingae reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação

Outros microrganismos fastidiosos Pendente

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Observação das placas após incubação

1 Um inóculo correto e placas satisfatoriamente semeadas devem resultar em


crescimento confluente.
1 1 Quando forem observadas colônias isoladas, o inóculo é muito
escasso e o teste deve ser repetido.

2 O crescimento deve ser uniformemente distribuído na superfície do ágar


para obter halos de inibição uniformemente circulares (não distorcidos)

Verificar se os diâmetros dos halos de inibição das cepas de controle de


qualidade estão dentro dos limites aceitáveis. (http://www.eucast.org). A
versão desses documentos em Português está disponível no site do
BrCAST (brcast.org.br).

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. Aferição e interpretação dos diâmetros dos halos de inibição

1 Para todos os antimicrobianos (exceto para aqueles citados na seção


, as bordas dos halos devem ser lidas no ponto de completa inibição do
crescimento, visto a olho nu, com a placa posicionada a cerca de 30 cm dos
olhos.

2 Ler as placas de ágar Müeller-Hinton não suplementadas pelo seu fundo,


com luz refletida contra um fundo escuro.

Ler as placas de ágar Müeller-Hinton suplementadas com a tampa


removida, observando a superfície contendo os discos, sob luz refletida.

Não utilizar luz transmitida (placas observadas contra a luz) ou lupa,


exceto quando indicado (veja seção 8.9).

Aferir os diâmetros dos halos de inibição em milímetros com uma régua


calibrada ou paquímetro.
1 Se um leitor automatizado for utilizado, ele deve ser calibrado
com a leitura manual.

8.6 Interpretar os diâmetros dos halos de acordo com valores de corte contidos
nas tabelas em http://www.eucast.org. A versão desses documentos em
Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).

Se um padrão modelo for utilizado para interpretar os diâmetros dos halos,


a placa deve ser colocada sobre o padrão e os halos interpretados de acordo
com os valores de corte do EUCAST contidos no modelo. Certifique-se de que
os valores de corte utilizados estão de acordo com a última versão da tabela
dos valores de corte do EUCAST. Um programa para preparação dos modelos
padrões está disponível livremente no: http://bsac.org.uk/susceptibility/template-
program.

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Vários exemplos de figuras mostrando leitura dos diâmetros dos halos de
inibição estão disponíveis no Guia de leitura em http://www.eucast.org. Estes
documentos também incluem instruções de leitura para combinações
específicas de microrganismo-agente antimicrobiano.

Instruções específicas de leitura:

1 Em caso de halo duplo ou colônias isoladas dentro do halo de


inibição verificar a pureza e repetir o teste, se necessário. Se a cultura
estiver pura, as colônias dentro do halo devem ser consideradas.

2 Para sulfametoxazol-trimetoprim ou trimetoprim, pode aparecer um


crescimento reduzido dentro do halo de inibição até o disco devido à
presença de antagonistas no meio. Este crescimento deve ser ignorado
e o diâmetro do halo aferido na borda mais nítida do halo.
Para Stenotrophomonas maltophilia, ao testar sulfametoxazol-
trimetoprim, o crescimento no interior do halo de inibição pode ser
substancial. Tal crescimento deve ser ignorado e o halo de inibição
deve ser lido onde a borda do halo possa ser vista. Ler como ausência
de halo somente se houver crescimento até o disco e se não houver
qualquer halo de inibição. Observar as figuras que estão disponíveis na
Tabela de Pontos de Corte Clínicos no site fo BrCAST (brcast.org.br).

Para Enterobacteriaceae, ao testar ampicilina, ampicilina-


sulbactam e amoxicilina-ácido clavulânico ignorar o crescimento que
possa aparecer como uma fina película produzida no interior do halo
em alguns lotes de ágar Müeller-Hinton.

Para E. coli, ao testar mecilinam, desprezar colônias isoladas dentro


do halo de inibição.

Para Proteus spp., ignore o véu (swarming) e ler a inibição do

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crescimento.

6 Para Staphylococcus aureus, ao testar benzilpenicilina, examinar a


borda do halo com a placa voltada contra a luz (luz transmitida). Isolados
com valores de diâmetro do halo de inibição ≥ aos valores de corte de
sensibilidade, mas com bordas bem definidas, devem ser reportados
como resistentes à benzilpenicilina. Observar as figuras que estão
disponíveis na Tabela de Pontos de Corte Clínicos.

. Quando a cefoxitina for utilizada para detecção da resistência à


oxacilina (meticilina) em Staphylococcus aureus, aferir o halo evidente
e examinar os halos de inibição cuidadosamente contra a luz para
detectar colônias dentro do halo. Isto pode ser devido a presença de
mais de um microrganismo ou expressão de resistência heterogênea
à oxacilina (meticilina).

Ler os testes de sensibilidade de linezolida a partir do fundo da


placa, com a placa contra a luz (luz transmitida).

Para Enterococcus, ao testar vancomicina, inspecionar as bordas


do halo de inibição cuidadosamente com a placa contra a luz (luz
transmitida). Bordas irregulares e colônias dentro do halo de inibição
indicam resistência à vancomicina e devem ser melhor investigadas
Isolados não podem ser reportados sensíveis antes de 24 horas de
incubação. Ver recomendações na Tabela de Pontos de Corte Clínicos.

.10 Para estreptococos hemolíticos, ler a inibição de crescimento e


não da hemólise. A β-Hemólise é usualmente livre de crescimento,
enquanto α-hemólise e o crescimento geralmente coincidem. Inclinar a
placa para frente e para trás para melhor diferenciar hemólise de
crescimento.

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11 Para Escherichia coli e fosfomicina, não considere colônias isoladas
dentro do halo de inibição e efetuar a leitura na borda externa do
halo.

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. Controle de Qualidade

9.1 Utilizar as cepas controle especificadas (Tabela 4) para monitorar o


desempenho do teste. As principais cepas controle recomendadas são cepas
tipicamente sensíveis, mas cepas resistentes (isolados-desafio) também podem
ser utilizadas para confirmar que um método é capaz de detectar resistência
mediada por mecanismos de resistência conhecidos (Tabela 5). Estas cepas
podem ser adquiridas de coleções de cultura ou através de fontes comerciais
(Atenção: as cepas controle devem ser adquiridas preferencialmente até a 4º
geração).

1 1 Para o controle dos componentes inibidores nos discos


combinados de ẞ-lactâmico-inibidor de ẞ-lactamase, é recomendado
utilizar cepas produtoras de ẞ-lactamases específicas (Tabela 4). Estas
devem fazer parte da rotina do controle de qualidade. O componente
ativo é avaliado com uma cepa sensível do Controle de Qualidade.

2 A ativação das cepas controles deve seguir as recomendações do


fornecedor, realizar o maior número possível de tubos contendo a cepa controle
(Sugestão: preparar 15 criotubos, suficientes para utilizar 1 tubo por mês e os
demais para serem utilizados nos anos subsequentes durante o período de
validade estabelecido pelo laboratório e conforme a geração e temperatura de
armazenamento). Sugere-se armazenar as cepas controle em condições que
mantenham a viabilidade e característica dos microrganismos. O
armazenamento em miçangas com caldo glicerol a - 0°C (caldo TSB com
glicerol a 10 a 1 , solução de leite desnatado 10-2 ou equivalente
comercial) é um método conveniente. Microrganismos não fastidiosos podem
ser armazenados a temperatura inferior ou igual a -20°C. Pelo menos dois tubos
de cada cepa controle devem ser armazenados, um para uso e outro como
reserva para reposição do tubo em uso quando necessário.

Mensalmente (ou semanalmente) retirar um criotubo do freezer e

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subcultivar uma miçanga ou alíquota em meio não seletivo apropriado e
verificar a pureza. Desta cultura pura, preparar um subcultivo a cada dia de
teste. Para microrganismos fastidiosos que não sobrevivem na placa por 5 a 6
dias, se necessário, subcultivar com maior frequência e, por não mais do que
uma semana.

Quando subcultivar uma cepa controle, utilize várias colônias para evitar a
seleção de mutantes.

Os intervalos aceitáveis para as cepas controle são listados no


http://www.eucast.org. A versão desses documentos em Português está
disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).

1 Nas tabelas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST, são


listados tanto o intervalo esperado quanto o valor do alvo. A repetição dos
testes das cepas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST devem
fornecer valores de halos de inibição randomicamente distribuídos dentro
do intervalo recomendado Se o número de testes for ≥ 1 , a média dos
halos de inibição deve ser próxima do valor alvo (±1 mm).

9.5 Utilizar as cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina para


monitorar o desempenho dos testes. Os testes controle devem ser realizados e
verificados semanalmente para os antibióticos que fazem parte dos testes de
rotina. A cada dia que os testes forem realizados, além de verificar o intervalo
daquele resultado, verificar os resultados de pelo menos 20 testes consecutivos
pregressos. Verificar os resultados quanto à ocorrência de tendência ou
diâmetros de halos consistentemente acima ou abaixo do alvo. As cepas de
controle de qualidade devem mostrar desempenho satisfatório (não mais que 1
em 20 testes fora dos limites estabelecidos). Caso 2 ou mais testes estejam fora
do intervalo aceitável, é necessária uma investigação.

Para facilitar a análise dos resultados de CQ recomendamos o uso do gráfico de

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Levey-Jennings disponível no site www.brcast.org.br.

6 Em adição com o CQ de rotina, testar cada novo lote ou remessa de ágar


Müeller-Hinton ou de discos de sensibilidade, para garantir que os halos
estejam dentro dos limites aceitáveis.
Aminoglicosídeos podem evidenciar variação inaceitável de cátions
divalentes no meio; tigeciclina pode evidenciar variação no magnésio;
sulfametoxazol-trimetoprim apresentará problemas com o conteúdo de timina
e eritromicina pode evidenciar pH fora do aceitável.

Ao analisar problemas de controle de qualidade deve-se considerar que


problemas com o ágar Müeller-Hinton usualmente afetam toda uma classe de
antimicrobianos, enquanto problemas com a potência do disco restringem-se ao
disco em questão. Abaixo se encontram alguns pontos a serem observados
caso o controle de qualidade não apresente resultados esperados.

Ao iniciar um programa de CQ, ou sempre que houver mudança na potência


do disco, formulação ou fabricante de insumos (meios de cultura e/ou discos),
mudança no preparo do inóculo ou mesmo adição de um novo antimicrobiano,
deve-se realizar a verificação/validação deste procedimento.

.1 A verificação/validação requer a realização de 20 testes com as


mesmas combinações de cada uma das cepas controle e discos de
antimicrobianos. Os testes podem ser realizados em cinco replicatas, ou
seja, devem ser preparadas cinco suspensões distintas de cada cepa
controle, sendo que todo o procedimento deve ser realizado de forma
independente, durante quatro dias consecutivos. A análise dos resultados
deve ser realizada conforme os critérios a seguir (ver Figura 1):

a. Desempenho satisfatório: não mais que 1 em 20 testes fora dos


limites aceitáveis para que se passe para o CQ semanal.

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b. Caso 2 testes estejam fora do intervalo aceitável, recomenda-se a
realização de 10 testes adicionais (5 replicatas em 2 dias
consecutivos), nos quais todos os resultados devem estar dentro
do intervalo aceitável para que se passe ao CQ semanal.

c. Caso 1 ou mais resultados dentre os 10 testes adicionais ou 3 ou


mais resultados dentre os 20 testes iniciais apresentarem-se fora
do intervalo aceitável, uma investigação deve ser iniciada.

2 Passos básicos para investigação de erros no método de disco-


difusão:
Nota: Sugestões de investigação podem ser encontradas no documento
Anexo 1.

a. Verificar se foi utilizada a cepa controle correta e sua pureza.


Verificar se a cepa controle foi armazenada nas condições e
tempos recomendados.

b. Verificar a densidade do inóculo, principalmente quando


preparado manualmente. Recomenda-se utilizar sempre uma
escala padrão ou utilizar um turbidímetro para preparar os testes.
Inóculos com turbidez acima do ideal resultam em diâmetros de
halos de inibição abaixo dos limites estabelecidos, assim como
inóculos com turbidez abaixo do ideal resultam em diâmetros de
halos de inibição acima dos limites estabelecidos. Deve-se
suspeitar deste problema caso vários antimicrobianos
apresentem o mesmo problema.

c. Com relação ao ágar Müeller-Hinton, verificar:


Nota: Em caso de meios de cultura adquiridos comercialmente,
comunicar o fabricante.

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 Espessura da placa de ágar Müeller-Hinton, utilizando
bisturi ou estilete. Realizar a secção transversal no centro da
placa. Aferir a espessura do ágar, que deve ser de 4,0 ± 0,5
mm. Espessuras menores do que 3,5 mm resultam em
diâmetros de halos de inibição acima dos limites estabelecidos,
assim como espessuras acima de 4,5 mm resultam em
diâmetros de halos de inibição abaixo dos limites
estabelecidos. Deve-se suspeitar deste problema caso vários
antimicrobianos apresentem o mesmo erro.

 pH do ágar Müeller-Hinton. Utilizar eletrodo de superfície e


aferir o pH que deve ser de 7,3 ± 0,2. Valores abaixo do limite
estabelecido resultam em diâmetros de halos de inibição
diminuídos para aminoglicosídeos (amicacina, gentamicina,
tobramicina), clindamicina e macrolídeos (eritromicina e
claritromicina), mas diâmetros de halo aumentados para
tetraciclina. Valores de pH acima do limite estabelecido tem
efeito inverso àquele observado para a redução do pH. Deve-
se suspeitar deste problema caso dois ou mais antimicrobianos
da mesma classe apresentem o mesmo problema.

 Halos reduzidos para combinações de β-lactâmicos-


inibidores com β-lactamases frente à cepa E. coli ATCC 35218
ou K. pneumoniae ATCC 700603 indicam degradação do
componente inibidor e usualmente resultam de acúmulo de
umidade resultante de acondicionamento sem sílica ou
abertura do recipiente sem que tenham atingido a temperatura
ambiente. Halos aumentados podem indicar acondicionamento
das cepas em temperatura de armazenamento acima da
recomendada.

Quando houver mudança nos critérios para interpretação das

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categorias, não há necessidade de realizar nova verificação/validação.

0 ou 1
teste fora Prosseguir
do para o CQ
intervalo semanal
aceitável

Nenhum
Prosseguir
teste fora do
para o CQ
2 testes 10 testes intervalo
20 testes semanal
fora do adicionais aceitável
(5 replicatas intervalo
/ 4 dias) (5 replicatas
aceitável / 2 dias)
1 ou mais
teste fora do Iniciar
intervalo investigação
3 ou mais aceitável
testes fora
Iniciar
do
investigação
intervalo
aceitável

Figura 1. Fluxograma para validação do teste de sensibilidade.

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Tabela 4: Cepas para controle de qualidade de rotina
Microrganismo Cepa Características
Escherichia coli ATCC 25922 Sensível, selvagem
NCTC 12241
CIP 7624
DSM 1103
CCUG 17620
CECT 434

Escherichia coli ATCC 35218 ß-lactamase TEM-1 , resistente à ampicilina


(para controle do componente inibidor de discos combinados de β-
NCTC 11954
lactâmico-inibidor de β-lactamase)
CIP 102181
DSM 5564
CCUG 30600
CECT 943

Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 Produtor de ß-lactamase (SHV-


(para controle do componente inibidor de discos combinados de β-
NCTC 13368
lactâmico-inibidor de β-lactamase)
CCUG 45421
CECT 7787

Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 Sensível, selvagem


NCTC 12934
CIP 76110
DSM 1117
CCUG 17619
CECT 108

Staphylococcus aureus ATCC 29213 Fraco produtor de ß-lactamase


NCTC 12973
CIP 103429
DSM 2569
CCUG 15915
CECT 794

Enterococcus faecalis ATCC 29212 Sensível, selvagem


NCTC 12697
CIP 103214
DSM 2570
CCUG 9997
CECT 795

Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 Sensibilidade reduzida à benzilpeniclina


NCTC 12977
CIP 104340
DSM 11967
CCUG 33638

Haemophilus influenzae ATCC 49766 Sensível, selvagem


NCTC 12975
CIP 103570
DSM 11970
CCUG 29539

Campylobacter jejuni ATCC 33560 Sensível, selvagem


NCTC 11351 Ver Apêndice A para condições de teste
CIP 702
DSM 4688,
CCUG 11284

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Tabela 5:Cepas controle para detecção de mecanismos específicos de resistência (CQ estendido)

Microrganismo Cepa Características


Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 Produtora de ESBL (SHV-1
NCTC 13368
CCUG 45421
CECT

Staphylococcus aureus NCTC 12493 mecA positivo, MRSA heterorresistente

Enterococcus faecalis ATCC 51299


NCTC 13379 Resistência de alto nível os aminoglicosídeos (HLAR) e
CIP 104676 vancomicina resistente (vanB positivo)
DSM 12956
CCUG 34289

Haemophilus influenzae ATCC 49247


ß-lactamase negativo, ampicilina resistente (BLNAR)
NCTC 12699
CIP 104604
DSM 9999
CCUG 26214

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Apêndice A

Teste de disco-difusão para Campylobacter jejuni e C. coli

A metodologia a seguir (Tabela A1) deve ser seguida quando for realizado
teste de disco difusão para Campylobacter jejuni e C. coli de acordo com o
EUCAST.

Tabela A1: Metodologia de disco-difusão para Campylobacter jejuni e C. coli

Ágar Müeller-Hinton com 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD


(MH-F)
Meio Para reduzir o véu (swarming), as placas de MH-F devem ser submetidas a
secagem antes da inoculação (20-25°C overnight ou a 35°C, com a tampa
removida por 15 min).

Inóculo 0,5 McFarland


Ambiente micro aeróbio
41±1°C
24 horas

A incubação deve resultar em crescimento confluente. Alguns isolados de C. coli


Incubação podem não ter crescimento suficiente depois de 24 h Incubação. Esses isolados
devem ser reincubados imediatamente e as halos devem ser lidos depois de um
total de 40-48 h de incubação.
A temperatura de incubação de 41±1°C foi escolhida para criar condições
favoráveis de incubação para o crescimento de Campylobacter spp.

As instruções de leitura do EUCAST devem ser utilizadas:


Leitura Leia as placas de MH-F com a tampa removida e luz refletida. As bordas dos halos
devem ser lidas no ponto de completa inibição, a olho nu, com a placa posicionada a
cerca de 30 cm dos olhos.

Controle de Os halos de inibição de Campylobacter jejuni ATCC 33560 devem ser dentro
Qualidade dos limites definidos (http://www.eucast.org) e www.brcast.org.br

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ANEXO 1

Controle de qualidade disco-difusão – sugestões para investigação:

Realizar 20 testes consecutivos (4 quintuplicatas), sempre que houver:


-Mudança de metodologia
- Mudança de método de leitura para preparo do inóculo de visual para
fotométrico ou vice-versa
-Conversão de leitura manual para automatizada
- Novo antibiótico ou novo painel com concentração diferente das drogas

Caso dois ou mais resultados estejam fora do intervalo (combinação droga


X microrganismo) considerar:
- Contaminação
- Teste com a cepa incorreta
- Disco incorreto
- Condições da prova incorretas (tempo de incubação, atmosfera)
- Inóculo
Conduta: Realizar mais 10 testes (2 quintuplicatas).
Se estiver OK, voltar à rotina semanal
Se não estiver OK (erros não óbvios): seguir a investigação

Lista de Verificação p/ Ações Corretivas:


- Zonas de inibição ou CIM foram medidas corretamente?
- Escala de McFarland homogênea e dentro da validade?
- Suspensão do inóculo foi preparada adequadamente?
- Os materiais estão armazenados adequadamente?
- Os materiais estão dentro da data de validade?
- O meio Müeller Hinton apresenta espessura e condições satisfatórias no
CQ da origem?
- A temperatura da estufa e atmosfera estão adequadas?

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- O técnico é qualificado?

Erros Sistemáticos (Problemas no Sistema de Controle de Qualidade)


- Os resultados podem estar fora do intervalo por um problema na
metodologia
- Podem envolver múltiplos componentes do sistema
- Podem levar a resultados errôneos de pacientes se não corrigidos
- As ações corretivas devem ser realizadas imediatamente e
documentadas

Exemplos de erros sistemáticos


- Um único antibiótico está fora do intervalo em mais de uma cepa do CQ
- Um único antibiótico está fora do intervalo por mais de um dia de prova
- Vários antibióticos fora do intervalo (excluindo-se possível troca de
cepa)

Ações corretivas / Resultados de Pacientes:


- Revisar retrospectivamente os resultados dos testes de sensibilidade
dos pacientes desde a última vez que se obteve resultados de CQ
aceitáveis.
- Realizar novamente as provas dos isolados dos pacientes, se
necessário e possível.
- Se necessário, enviar os resultados corrigidos e avisar os médicos se os
resultados forem clinicamente relevantes.

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Guia de leitura 1

Método de disco-difusão para teste de sensibilidade aos


antimicrobianos do EUCAST
Versão 4.0
Junho 2014

Versão para Português válida a partir de 01/03/2016


Alterações na apresentação do guia de leitura do EUCAST
Versão Alterações
Versão 4.0 • Fora adi io adas i for ações so re ordas difusas/mal definidas de halo de inibição
Junho 2014 para os estreptococos, slide 11.
• Melhoria as figuras de S. maltophilia com sulfametoxazol-trimetoprim, S.aureus com
2
benzilpenicilina e enterococo com vancomicina, slides 17, 20 e 21.
• I struções espe ífi as para a dete ção de resistê ia i duzível à clindamicina para
estafilococos e estreptococos, slides 22-23.
Versão 3.0 • Es lare i e tos so re a leitura de halos de inibição com bordas difusas /mal definidas,
Abril 2013 slide 11.
• Staphylococci alterado para S. aureus, slides 15 e 21.
• Adi io ada i for ação para S. maltophilia e sulfametoxazol-trimetoprim, slide17.
• Exe plo adi io al para e tero o o e va o i i a, slide .
Versão 2.0 • Es lare i e tos so re leitura, slides , 9, e .
Maio 2012 • Exe plos adi io ais de colônias dentro do halo de inibição, slide 6.
• Exe plo adi io al de halo de inibição com bordas difusas / mal definidas para
estafilococos, slide 10.
• Exe plo o β-hemólise, slide 13.
• I struções espe ífi as para S. maltophilia, slide17.
• I struções espe ífi as para E. coli e mecilinam, slide 19.
• Exe plo adi io al para e tero o o e va o i i a, slide .
• I struções espe ífi as para estafilo o os e e zilpe i ili a, slide .
Versão 1.1 • Es lare i e tos a respeito de Enterobacteriaceae e ampicilina nos slides 3 e 17.
Maio 2010
Versão 1.0 • Aprese tação do guia de leitura EUCAST pu li ada pela pri eira vez a pági a
Abril 2010 eletrônica do EUCAST
Leitura dos halos de inibição
• As instruções para a leitura dos halos de inibição 3

listadas a seguir fazem parte do método de disco-


difusão do EUCAST.

• As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no


ponto de inibição completa do crescimento bacteriano,
avaliada a olho nu, com a placa posicionada a cerca de
30 cm dos olhos (para exceções e instruções de leitura
específicas, ver slides 15-23).

• Aferir o diâmetro do halo com régua, paquímetro


ou um leitor automatizado de halos de inibição.
Leitura dos halos
• Fazer a leitura na parte 4
posterior (fundo) das placas
de MH, contra fundo
escuro, sob luz refletida.

• Fazer a leitura da placa de


MH-F sem tampa, e
observando a superfície
que contém os discos, sob
luz refletida.
Colônias dentro do halo de inibição
• Caso haja colônias dentro do halo de inibição,
subcultivar as colônias, verificar a pureza do isolado 5
e, se necessário, repetir o teste.
• Colônias que não forem contaminação devem ser
levadas em consideração na leitura do halo de
inibição.

Sem halo
de inibição

ou sem
halo

Ler o halo considerando as colônias que estão dentro do halo.


Colônias dentro do halo de inibição
• Caso haja colônias dentro do halo de inibição,
subcultivar as colônias, verificar a pureza do isolado e, 6
se necessário, repetir o teste.
• Colônias que não forem contaminação devem ser
levadas em consideração na leitura do halo de inibição.
E. coli com H. influenzae com
ESBL mutações em PBP

Sem halo de inibição Sem halo de inibição

Ler o halo considerando as colônias dentro do halo.


Swarming
• Ler a inibição do crescimento ignorando o swarming 7

(observado mais frequentemente com Proteus spp).


Halos de inibição duplos
• Verificar a pureza do isolado e repetir o teste se 8
necessário.

• Colônias que não são contaminação devem ser


consideradas quando for feita a leitura do halo de
inibição.

Leitura dos halos de inibição duplos


Halo de inibição com bordas difusas/mal definidas
Enterobacteriaceae
• Posicionar a placa contra um fundo escuro a cerca de 30 9

cm do olho nu e estimar as bordas dos halos de inibição.


Não segurar a placa contra a luz (luz transmitida); não
usar lente de aumento.

Leitura do halo de inibição com bordas difusas / mal definidas em para


Enterobacteriaceae.
Halos de inibição com bordas difusas/mal definidas
Estafilococos

• Posicionar a placa contra um fundo escuro a cerca de 30 10

cm do olho nu e estimar as bordas dos halos de inibição.


Não segurar a placa contra a luz (luz transmitida); não
usar lente de aumento.

Leitura do halo de inibição com bordas difusas/mal definidas para


estafilococos.
Halo de inibição com bordas difusas/mal definidas
S. pneumoniae
• As pequenas colônias que são visíveis quando a placa está 11

posicionada a cerca de 30 cm do olho nu devem ser


consideradas quando se faz a leitura do halo de inibição.
• A presença de pequenas colônias próximas à borda do halo
de inibição pode estar relacionada ao excesso de umidade no
meio MH-F, que pode ser reduzida com a secagem das
placas antes do uso.

Leitura do halo de inibição com bordas difusas/mal definidas para S.


pneumoniae.
Crescimento ou hemólise?
• Ler a inibição do crescimento e não a
inibição da hemólise. 12

• Às vezes é difícil distinguir entre hemólise e


crescimento.
– As β-hemolisinas difundem no ágar. A β- hemólise é
geralmente livre de crescimento.
– As α-hemolisinas não difundem no ágar. É frequente o
crescimento dentro da área de α-hemólise.

– As bordas dos halos de inibição acompanhadas de α-


hemólise são mais comuns com S. pneumoniae e
antibióticos β-lactâmicos.
β-hemólise
• Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre
hemólise e crescimento. A β-hemólise é usualmente 13

livre de crescimento.

S. pyogenes Streptococcus do grupo C


α-hemólise
• Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre
hemólise e crescimento.
14

Usualmente há crescimento em Para alguns organismos, há uma α-


toda a área de α-hemólise.
hemólise adicional sem crescimento.
Inclinar a placa para diferenciar
hemólise de crescimento!
Instruções para leituras específicas

• Trimetoprim e sulfametoxazol-trimetoprim em geral 15

• Stenotrophomonas maltophilia e sulfametoxazol-


trimetoprim
• Enterobacteriaceae e ampicilina
• E. coli e mecilinam
• Enterococos e vancomicina
• S. aureus e benzilpenicilina
• Detecção de resistência induzível à clindamicina em
estafilococos e estreptococos.
Trimetoprim e
sulfametoxazol-trimetoprim
16
• Seguir as instruções para a leitura e ler o halo interno
quando hopuver halos de inibição duplos. (Ver
exemplos abaixo).
• Ignorar névoa ou crescimento suave até o disco dentro
de um halo de inibição com bordas bem definidas.

E. coli SCoN Moraxella Haemophilus


Stenotrophomonas maltophilia e
sulfametoxazol-trimetoprim
17
• Ignorar o crescimento dentro do halo de inibição, que é
comum em Stenotrophomonas maltophilia e
sulfametoxazol-trimetoprim. A densidade desse
crescimento pode variar desde uma névoa fina até um
crescimento substancial.
Sem halo de
inibição

Crescimento próximo
Ignorar o crescimento e ler o halo de inibição se as bordas ao disco e sem halo de
forem visíveis. Se o halo de inibição for ≥ 16 mm = Sensível inibição = Resistente
Enterobacteriaceae e ampicilina
• Ignorar o crescimento que pode aparecer como um halo
interno em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton. Este 18

crescimento não é visto em alguns lotes de ágar e


quando o halo exterior é lido não existe nenhuma
diferença entre os lotes.
E. coli e mecilinam
• Ignorar colônias isoladas dentro do halo de 19

inibição.

Sem halo de
inibição
Enterococos e vancomicina
• Examinar com luz transmitida (placa posicionada contra
a luz).
20

– Halos de inibição com bordas difusas/mal definidas e


colônias dentro do halo indicam resistência à vancomicina.
Se o halo de inibição for ≥ 12 mm e as bordas do halo
forem difusas / mal definidas, o isolado deverá ser
investigado mais detalhadamente.

E. faecalis E. faecium
não-VRE VRE
S. aureus e benzilpenicilina
• Examinar com luz transmitida (com a placa posicionada
contra a luz). 21

– A disco-difusão é mais segura do que CIM para a detecção de


isolados produtores de penicilinase, desde que o diâmetro do
halo de inibição seja aferido E as bordas do halo sejam
cuidadosamente inspecionadas.

S. aureus com bordas de halo S. aureus com bordas de halo de


de inibição bem definidas e inibição mal definidas/difusas E
diâmetro de halo de inibição ≥ diâmetro do halo de inibição
26 mm = Resistente ≥ 26 mm = Sensível
Detecção de resistência induzível à
clindamicina em estafilococos
• A resistência induzível à clindamicina pode ser
22

detectada pelo antagonismo da atividade da


clindamicina e um macrolídeo.
• Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina a
uma distância de 12-20 mm (borda a borda) e observar
se há antagonismo (fenômeno D).

Exemplos de fenômeno D em relação a estafilococos.


Detecção de resistência induzível à
clindamicina em estreptococos
• A resistência induzível à clindamicina pode ser
23

detectada pelo antagonismo da atividade da


clindamicina e um macrolídeo.
• Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina a
uma distância de 12-16 mm (borda a borda) e observar
se há antagonismo (fenômeno D).

Exemplos de fenômeno D para estreptococos.


Guia de leitura
As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no ponto de
completa inibição do crescimento, a olho nu com a placa posicionada a
24
cerca de 30 cm dos olhos.

Exceção

E. coli S. aureus S. aureus Enterobacteriaceae


Ciprofloxacino Linezolida Eritromicina Ampicilina

Quase sempre há
crescimento dentro da
área de α-hemólise!

S. pneumoniae S. pneumoniae S. pneumoniae


Cloranfenicol Tetraciclina Cefaclor
Versão para Português 03/2016 Versão 1.0 – 28-05-2010

Lista de verificação para facilitar a


implementação
dos testes de sensibilidade aos
1

antimicrobianos com os pontos de corte


do EUCAST

Antes de implementar os pontos de corte e métodos de teste de


sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) do EUCAST no laboratório,
considerar o seguinte:
1. Comentários marcados em verde foram editados ou incluídos pelo
BrCAST.
2. Seguir as recomendações do BrCAST, que é o único comitê de testes
de sensibilidade aos antimicrobianos do Brasil oficialmente reconhecido
pelo EUCAST. Os comitês nacionais reconhecidos pelo EUCAST são
designados NAC (National Antimicrobial Susceptibility Testing Committee)
e tem direito a representação no Comitê Geral do EUCAST
(http://www.eucast.org/organization/general_committee/)
3. Identificar todos os métodos de TSA utilizados no laboratório (disco-
difusão, sistemas automatizados, testes de gradiente e outros).
Certificar-se de que todos os métodos estão prontos para
implementação, com pontos de corte do EUCAST.
4. Identificar sistemas de apoio que podem ser afetados (acreditação do
laboratório, manuais, sistemas de informação do laboratório e sistemas
de informação obrigatória).
Versão para Português 03/2016 Versão 1.0 – 28-05-2010

5. Identificar um líder entre o pessoal de laboratório. O líder terá a


responsabilidade de liderar todo o processo de implementação.
6. Entrar em contato com um laboratório que já implementou pontos de
corte de sensibilidade e métodos EUCAST. Organizar uma visita
técnica.
7. Identificar e informar todos parceiros (pessoal de laboratório, clientes /
2
usuários, programas de vigilância de resistência antimicrobiana, comissões
de controle de infecções e distribuidores de materiais e dispositivos para
testes de sensibilidade antimicrobiana). Programar compra e estoque de
insumos.
8. Certificar-se de que os "materiais para TSA" necessários estão disponíveis.
Consultar a página do BrCAST para lista de fabricantes que comercializam
os discos de sensibilidade com a potência necessária e o ágar MH-F
(www.brcast.org.br).
9. Estabelecer um programa educacional por 3-6 meses dentro do laboratório
com uma data pré-determinada para a implementação.
10. Informar aos organizadores dos programas de controle de qualidade externo.
11. Consultar quando necessário, o EUCAST (informações de contato
disponíveis em www.eucast.org), ou preferencialemente o BrCAST
(informações de contato disponíveis em www.brcast.org.br).
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Problemas com a implementação de sistemas de TSA


automatizados
1. Consultar o NAC (BrCAST) sobre quaisquer questões nacionais.
2. Certifique-se de que o sistema pode suportar os pontos de corte do
EUCAST para todos os antimicrobianos necessários. Solicitar ao fabricante
para listar as discrepâncias entre as recomendações do Sistema e do
3
EUCAST - estas podem ser diferentes em diferentes pontos no tempo e
entre países e / ou instalações.
3. Observar que nas tabelas EUCAST, para alguns antimicrobianos, um "IE" ou
um "-" estão no lugar de pontos de corte. Um laboratório que deseja aderir
às recomendações do EUCAST não deve utilizar outros pontos de corte, a
não ser quando recomendado pelo BrCAST.
Problemas com a implementação do método de disco-difusão do
EUCAST
O método de disco-difusão do EUCAST baseia-se em um inóculo (McFarland 0,5)
que permitirá crescimento confluente em ágar Mueller-Hinton, com ou sem 5% de
sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg / L de β-NAD. É importante seguir a
descrição do método (disponível em www.eucast.org). O documento traduzido para
o Português está disponível no link (www.brcast.org.br).

Observar os seguintes detalhes importantes:


 A suspensão de inóculo deve ter turbidez equivalente ao padrão
0,5 da escala de McFarland, de preferência ajustada em dispositivo
de medição fotométrica. Exceção: Streptococcus pneumoniae
(McFarland 0,5 para cultura obtida em placa de ágar de sangue e
McFarland 1,0 para cultura obtida em placa de ágar de chocolate).
 O crescimento deve estar confluente e uniformemente espalhado sobre o
ágar. Um inóculo correto e uma semeadura adequada devem resultar em uma
camada confluente de crescimento e halos de inibição uniformemente circulares.
O inóculo deve estar uniformemente espalhado sobre a superfície do ágar para
que se obtenha diâmetros de halos reprodutíveis. Para se evitar um inóculo
demasiado pesado de microrganismos Gram-negativos, deve-se ter especial
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cuidado ao remover o excesso de fluido do swab, girando-o sobre seu próprio


eixo e pressionando-o contra a parede interna do tubo, acima do nível da
suspensão, antes da inoculação da placa.
 Aderir à regra 15-15-15 minutos para obter resultados reprodutíveis:
1- Usar o inóculo em até 15 minutos após a preparação.
2- Aplicar os discos em até 15 minutos após a inoculação das placas.
3- Iniciar a incubação em até 15 minutos após a aplicação dos discos. 4
Pequenas mudanças nas rotinas atuais do laboratório, tais como a
criação de lotes menores de testes podem ser necessárias para aderir à
regra "15-15-15".
• Usar discos com conteúdo (potência) correto. O conteúdo dos discos está
detalhado nas tabelas de ponto de corte e tabelas de controle de qualidade do
BrCAST-EUCAST. Nas tabelas do BrCAST-EUCAST, as células de conteúdo dos
discos, que são distintos daquelas recomendadas pelo CLSI, estão preenchidas em
vermelho. A Tabela 1 contém a lista dos discos preconizados pelo EUCAST, com
conteúdo diferente daquele preconizado pelo CLSI.

Tabela 1 – Discos recomendados pelo EUCAST e com conteúdo distinto


daquele recomendado pelo CLSI
Antimicrobiano Microrganismo Conteúdo do Conteúdo do
Disco - EUCAST Disco - CLSI
Amoxicilina-ácido Haemophilus spp. e Moraxella catharralis 2-1 µg 20-10 µg
clavulânico
Ampicilina Todos para os quais o teste está indicado, 2 µg 10 µg
EXCETO ao testar Enterobacteriaceae, quando é
utilizado o disco de 10 µg
Cefotaxima Todos para os quais o teste está indicado 5 µg 30 µg
Ceftarolina Todos para os quais o teste está indicado 5 µg 30 µg
Ceftazidima Todos para os quais o teste está indicado 10 µg 30 µg
Gentamicina Enterococcus 30 µg 120 µg
Nitrofurantoína Todos para os quais o teste está indicado 100 µg 300 µg
Penicilina Todos para os quais o teste está indicado 1U 10 U
Piperacilina- Todos para os quais o teste está indicado 30-6 µg 100-10 µg
tazobactam
Vancomicina Todos para os quais o teste está indicado 5 µg 30 µg
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 Não encurtar ou prolongar o tempo de incubação (16-20 h), exceto


quando expressamente indicado nas tabelas, a exemplo de Corynebacterium.
 Seguir as instruções para a leitura.
As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no ponto de completa inibição do
crescimento, avaliado a olho nu. Ler as placas de ágar Mueller-Hinton não
suplementado pelo seu fundo, com luz refletida, contra um fundo escuro. Ler as
placas de Agar Mueller-Hinton suplementadas com a tampa removida, observando a 5
superfície contendo os discos, sob luz refletida.

Sugestões para a implementação do método de difusão em disco EUCAST no


laboratório: Um guia prático para o líder

1. Educar o pessoal de laboratório na metodologia de disco-difusão


do EUCAST com foco na inoculação de placas e leitura de halos. Uma
apresentação de slides está disponível em www.eucast.org. A versão desse
documento em Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).

2. Iniciar o treinamento prático solicitando que todos os analistas


leiam as mesmas placas. O objetivo do exercício é harmonizar a leitura
de halos de inibição no laboratório. Novos colaboradores devem realizar
esses exercícios antes de serem considerados aptos para o trabalho de
rotina. Um guia de leitura está disponível em www.eucast.org. A versão
desse documento em Português está disponível no site do BrCAST
(http://brcast.org.br).
• Começar lendo os halos obtidos com duas cepas de controle em ágar
Mueller-Hinton, sem suplementos, por exemplo, E. coli ATCC 25922 e S.
aureus ATCC 29213. Escolher quatro antimicrobianos rotineiramente
testados com as respectivas espécies. Repetir três dias seguidos.
Comparar os resultados dos analistas obtidos em um mesmo dia e
aqueles obtidos em dias distintos. Verificar se os valores médios de
diâmetro de halo de inibição estão próximos do alvo e todos os valores
estão dentro dos intervalos de controle de qualidade. As tabelas de
controle de qualidade estão disponíveis em www.eucast.org. A versão
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desse documento em Português está disponível no site do BrCAST


(http://brcast.org.br).
• Discutir os resultados durante as reuniões de equipe. Repitir o exercício
usando as mesmas cepas de controle e antimicrobianos até que todos
obtenham o mesmo resultado.
• Repetir o exercício com P. aeruginosa ATCC 27853 e E. faecalis ATCC
29212. 6
• Repetir o exercício utilizando MH-F (ágar Mueller-Hinton com 5% de
sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD) com H. influenzae
ATCC 49766 e S. pneumoniae ATCC 49619.
• Repetir o exercício com alguns isolados clínicos de microrganismos
adicionais, por exemplo, estreptococos dos grupos de A, B, C e G, Proteus
mirabilis, Enterococcus resistentes à vancomicina e Stenotrophomonas
maltophilia. Comparar os resultados individuais com a média do grupo.

3. O próximo passo é a preparação do inóculo e a semeadura de


placas. O objetivo é obter um crescimento padronizado, homogêneo e
confluente. Os melhores resultados são obtidos quando se utiliza um
nefelômetro/espectrofotômetro para controlar a densidade do inóculo. Seja
qual for a técnica utilizada para inocular as placas (swab com um rotor de
placas ou espalhando com o swab em três direções diferentes), certificar-
se de que o crescimento bacteriano resultante seja homogêneo as bordas
e os halos não sejam irregulares. Utilizar alguns discos de antimicrobianos
que produzam halos bem definidos, de modo que a leitura não seja um
problema.

A equipe deve repetir o processo para todas as cepas de controle


recomendadas pelo EUCAST. Comparar os resultados dos analistas
obtidos em um mesmo dia e aqueles obtidos em dias distintos. Verificar se
os valores médios de diâmetro de halo de inibição estão próximos do alvo
e se todos os valores estão dentro dos intervalos de controle de qualidade.
As tabelas de controle de qualidade estão disponíveis em www.eucast.org.
A versão desse documento em Português está disponível no site do BrCAST
Versão para Português 03/2016 Versão 1.0 – 28-05-2010

(http://brcast.org.br).

4. Antes de introduzir a disco-difusão do EUCAST na rotina do


laboratório, testar cepas de controle de qualidade diariamente
(utilizando todos os discos de antibióticos utilizados rotineiramente) até
que os resultados estejam de acordo com as especificações do EUCAST e
harmonizados dentro do laboratório. 7

Você tem perguntas sobre o método de disco-difusão do EUCAST?


Ou você precisa de suporte para a implementação do teste de disco-
difusão?
Entre em contato com o BrCAST na página www.brcast.org.br.
Alternativamente, entre em contato com erika.matuschek@ltkronoberg.se
ou com a secretaria do EUCAST.

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