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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA

CURSO DE FARMÁCIA
FARMACOLOGIA III
PROF. DR. VALDICLEY VIEIRA VALE

AULA PRÁTICA

CASO CLÍNICO 2:
O Sr. N recebe alta com um esquema de múltiplos fármacos, que inclui aspirina, clopidogrel,
metoprolol, atorvastatina, captopril e eplerenona. Sente-se bem à medida que aumenta o nível de
atividade nas primeiras 4 a 6 semanas após um infarto. Entretanto, neste momento, volta a ter
níveis moderados de dispnéia aos esforços. A princípio, atribui essa dispnéia a uma falta de
condicionamento; entretanto, fica preocupado quando acorda com intensa falta de ar nas primeiras
horas da manhã. Nesse dia, marca uma consulta com o seu médico.
Ao ser examinado no consultório do médico, o Sr. N está sentado confortavelmente. A freqüência
cardíaca é de 64 batimentos/min, e a pressão arterial é de 168/100 mm Hg. O componente S2
pulmonar da segunda bulha cardíaca é proeminente (representando uma mudança em relação aos
exames anteriores), e a quarta bulha apical é novamente percebida; existe um sopro holossistólico
apical de grau III/VI, com irradiação para a axila esquerda. O ecocardiograma revela acinesia do
segmento basal da parede inferior do ventrículo esquerdo, com adelgaçamento mais proeminente e
remodelagem aneurismática do segmento. A fração de ejeção VE é de 35%. Embora os folhetos da
valva mitral e as estruturas de sustentação da valva pareçam estar estruturalmente normais, existe
um grau de prolapso do folheto posterior (VE → AE) durante a sístole ventricular. O exame
Doppler confirma a presença de insuficiência mitral, de gravidade pelo menos moderada. O ventrí-
culo direito está dilatado e hipertrófico, com preservação relativa da função sistólica. Efetua-se um
novo cateterismo para avaliar a etiologia da insuficiência cardíaca biventricular recente do paciente.
A angiografia revela uma desobstrução da artéria coronária direita no local da ACTP
anterior/intervenção com colocação de stent, e o sistema coronariano esquerdo não apresenta
obstrução. Os dados hemodinâmicos demonstram um aumento da pressão arterial pulmonar e
pressão ventricular direita.

Questões:
1- Qual a etiologia da doença do Sr. N? Quais os sinais clínicos estão relacionados?
2- Descreva a patologia da enfermidade.
3- Como o acréscimo da furosemida melhora os sintomas do Sr. N?
4- Quais as interações medicamentosas preocupantes quando o Sr. N acrescenta candesartana
em seu esquema?
5- Que agentes inotrópicos parenterais deveriam estar dispoíveis se a insuficiência cardíaca do
Sr. N sofresse descompensação aguda?

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