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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Aspectos Físicos - Vegetação������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Formações Florestais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Aspectos Físicos - Vegetação


As atividades humanas exercidas no espaço geográfico de Pernambuco reduziram consideravel-
mente as áreas correspondentes à cobertura vegetal existente quando aqui chegaram os colonizado-
res portugueses.
As formações vegetais de Pernambuco foram assim classificadas:

Formações Florestais
Formação Perenifólia de Restinga: corresponde à vegetação de mata de restinga e floresta esta-
cional perenifólia de restinga e terraços litorâneos. Sua localização diz respeito aos terraços arenosos
holocênicos da baixada litorânea. Relativamente pouco densa, é uma formação com árvores em
torno de 10 a 12 metros de altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tor-
tuosos e copas irregulares. Têm sido devastados principalmente para fins imobiliários.
Formação Perenifólia de Várzea: Esta formação praticamente não mais existe, cedendo lugar às
culturas diversas. Encontradas nas margens de alguns cursos de água, periferia de brejos, bem como
em baixadas úmidas, até mesmo em áreas alagadas temporariamente. Também é conhecida sob as
designações de floresta ciliar, floresta galeria e floresta ribeirinha. É uma formação higrófila, densa,
de porte médio, que relaciona-se, principalmente, com os Solos Aluviais da zona do Litoral e Mata.
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Floresta Subperenifólia: é uma formação densa, alta (20 a 30m), rica em espécies vegetais e da
qual são encontrados remanescentes tanto na zona úmida costeira como em alguns brejos-de-alti-
tude. Cada vez mais cedendo lugar a culturas diversas, esta vegetação avança de leste para sudoeste,
paralelamente a uma outra faixa com florestas subcaducifólia e subperenifólia alcançando por uma
região de cotas elevadas, o município de Correntes e com pequenas descontinuidades, alcança a
cidade de Garanhuns. É uma vegetação sempre verde onde raramente as culturas necessitam de
alguma irrigação complementar.
Formação Subcaducifólia: corresponde, em parte, à “mata–seca” e em parte, à “floresta estacional ca-
ducifólia costeira”. Quase que totalmente substituída pela cana-de-açúcar e culturas diversas, pode-se ve-
rificar, pelos poucos remanescentes, que esta formação ocupou grande parte do setor nordeste do Estado,
principalmente no sentido Itambé, Aliança, Nazaré da Mata e Carpina. Formação com porte em torno de
20 metros (estrato mais alto), que apresenta como característica importante, uma razoável perda de suas
folhas no período seco, notadamente no estrato arbóreo. Na época chuvosa a sua fisionomia confunde-
se com a da floresta subperenifólia, no entanto, no período seco, nota-se a diferença entre elas. Em áreas
situadas mais para o interior tal formação aparece ocupando as partes mais elevadas dos conhecidos “bre-
jos-de-altitude” já referidos anteriormente.
Formação Caducifólia: atualmente esta formação florestal encontra-se bastante devastada.
Algumas espécies comuns às caatingas também lhe dizem respeito. Alguns e limitados remanes-
centes são encontrados em torno da cidade de Timbaúba. Entre as cidades de Sanharó, São Bento do
Una e Cachoeirinha ocorrem algumas áreas chamadas vulgarmente de Chãs, como a Chã da Borra-
chinha, com floresta caducifólia, e outras com floresta e, ou, caatinga hipoxerófila.

Pau D’arco amarelo.

Manguezais: A vegetação dos mangues teve sua área bastante reduzida por aterros diversos,
bem como, os coqueirais e a vegetação da restinga praticamente desapareceram, cedendo lugar para
edificações diversas. Pela dificuldade na determinação de alguns tipos de vegetação, algumas áreas
foram reconhecidas como formações transicionais, como exemplos: transição floresta subcaduci-
fólia/caatinga hipoxerófila, floresta/caatinga/cerrado (carrasco), floresta caducifólia e, ou, caatinga
hipoxerófila, entre outros. Essa formação recebe a denominação de Floresta de alagados litorâneos.
Vegetação de Transição Caatinga/ Cerrado/ Floresta: trata-se de uma vegetação, praticamente caduci-
fólia, em princípio, que ocupam a parte central e oeste da Chapada do Araripe. É uma formação arbóreo-
-arbustiva, densa, com presença de espécies espinhosas, mas com poucas cactáceas e localmente denomi-
nada de carrasco. Sua fisionomia, à primeira vista, parece uma caatinga, no entanto, atentando-se melhor
para sua composição florística, trata-se mais de uma área de tensão entre as formações caatinga, floresta
e o cerrado. Merecem destaque as espécies vulgarmente conhecidas por visgueiros do Araripe, faveira,
pau-d’óleo, mangabeira, amarelo, angelim, sete cascas, catingueiras, sabiá, jurema, canafístula, cidreira,
lagarteiro, banha, guabiraba, cambuí e araçá-deveado.

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Canafístula antecede na imagem a Chapada do Araripe (PE).

Floresta subcaducifólia/cerrado - (carrasco): constitui uma vegetação compreendendo espécies


das formações básicas referentes à floresta subcaducifólia e ao cerrado. Ocorre na parte leste da
Chapada do Araripe.
Floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila - (carrasco): trata-se de uma formação compreenden-
do espécies das formações básicas referentes à floresta caducifólia e à caatinga hipoxerófila. Sua dis-
tribuição geográfica se destaca na parte ocidental da Chapada do Araripe.
Caatingas: Do tupi “Mata Branca”, (kaa=mata, tinga = branca)), esse bioma enquadra-se nas for-
mações arbustivas, com árvores pequenas e arbustos espaçados, onde é comum a presença de cac-
táceas. As caatingas compreendem diferentes tipos de associações vegetais que formam matas secas
e campos. A caatinga é propriamente uma mata seca caducifólia. Somente o juazeiro (destacado na
imagem abaixo), que possui raízes muito profundas para capturar água do subsolo, e algumas pal-
meiras não perdem as folhas. Por ser definida pela escassez de água, a Caatinga apresenta espécies
xerófitas, isto é, adaptadas à seca: elas perdem as folhas a fim de diminuir a transpiração e, com isso,
protegerem-se da falta de água. Em áreas próximas das serras, onde ocorrem chuvas de relevo ou
orográficas, existem verdadeiros “oásis de fertilidade”, chamados brejos pé-de-serra, onde são pro-
duzidos alimentos e frutas. Encontram-se também alguns brejos nos topos das serras, bem como nas
encostas expostas ao vento denominados, respectivamente, brejos de altitude e de exposição.

No Estado de Pernambuco estas formações vegetais ocupam, aproximadamente, 5/6 da superfí-


cie do Estado onde as famílias das leguminosas, cactáceas, malváceas, bromeliáceas e euforbiáceas
parecem ter maior ocorrência.
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Caatinga hipoxerófila: Apresenta caráter xerófilo menos acentuado quando relacionado com a
hiperxerófila. Seu limite aproximado é a zona fisiográfica do Agreste. Ocorre ainda na zona fisiográ-
fica do Sertão, como no sopé da Chapada do Araripe e na região limítrofe com o Estado da Paraíba,
como as partes elevadas de Ingazeira, Sta. Teresinha e Brejinho. A quase totalidade das espécies
da caatinga hipoxerófila são comuns à caatinga hiperxerófila e vice-versa. Grande é a variação de
espécies nestas formações.
Caatinga Hiperxerófila: é a caatinga característica da região semiárida da zona fisiográfica do
Sertão, com xerofitismo mais acentuado, e ocorrendo em áreas com maiores irregularidades de
chuvas, em relação às áreas ocupadas pela caatinga hipoxerófila. Esta vegetação ocupa grandes ex-
tensões no Sertão de Pernambuco, estendendo-se dos municípios de Arcoverde e Águas Belas para
oeste, tomando a quase totalidade da parte ocidental do Estado. Embora em alguns pontos esta
caatinga seja encontrada com porte arbóreo (verdadeira floresta caducifólia espinhosa), existe uma
faixa mais ou menos paralela ao rio São Francisco, abrangendo partes dos municípios de Floresta,
Belém de São Francisco, Cabrobó e Santa Maria, onde esta formação parece ser mais seca.
Cerrados: ocorre nos Tabuleiros Costeiros, atualmente, já bastante misturada com outras for-
mações e em áreas erodidas, como no município de Garanhuns, onde já aparecem pequenos núcleos
possivelmente do tipo cerrado. Os cerrados no Estado “caracterizam-se por uma manto herbáceo,
com predominância de gramíneas, onde se intercalam arvóres tortuosas.
Formações das Praias: é uma vegetação rasteira, frequentemente rala e mais ou menos uniforme,
que ocorre nas áreas próximas ao mar, limite com as Areias Quartzosas Marinhas.

Canavalia Marítima. Fonte: http://www.serc.si.edu/labs/animal_plant_interaction/Trail/English/Galleries/Galleryimages/


Plants/OtherPlants/OtherPlants-01fFS.html

Campo de Restinga: aparece logo após as formações das praias e com elas, por vezes, confun-
de-se, é arbustiva de densidade variável tendo nas áreas mais abertas algumas espécies comuns aos
cerrados dos tabuleiros costeiros. Sua largura é variável e chega mesmo, às vezes, a desaparecer,
quando da presença das falésias. Outro traço marcante de sua fisionomia é a ocorrência de moitas
densas e baixas, intercaladas com área de vegetação rasteira.
Campos de Várzea: ocorrem nas várzeas úmidas e alagadas, em periferias de cursos d’água e
lugares úmidos onde, de certo modo, existe acúmulo das águas dos rios, riachos e de chuvas.
Formações Rupestres: São formações dos lajeados de granitos, migmatitos e outras rochas que
constituem os afloramentos rochosos da área. Compõem estas formações, principalmente, espécies
de baixo porte pertencentes às famílias das Cactáceas e Bromeliáceas.
Formações acaatingadas de dunas: é uma formação aberta de pequeno porte, até os 4 a 5 metros
de altura, e que foi designada de “Formações acaatingadas das dunas”. Apresentam um limitado
número de espécies.
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EXERCÍCIOS
01. O Brasil, devido a sua extensão territorial e a sua diversidade climática, possui sistemas paisagísti-
cos muito heterogêneos. Na imagem abaixo, está representado um dos biomas mais ricos e diversi-
ficados do território brasileiro. Sobre esse bioma, podemos afirmar que

a) possui como característica marcante a presença de espécies perenifoliadas, com a capaci-


dade de armazenamento de água, como as cactáceas, e uma grande diversidade faunística.
b) está localizado em ambiente semiárido, com índices pluviométricos que variam entre
300mm e 800mm ao ano, com formações vegetais predominantemente arbustivas, xerófi-
las, das quais muitas são endêmicas.
c) seus solos são geralmente férteis, profundos e com pouca umidade, o que dificulta a prática
agrícola, apesar dessa ser uma das principais atividades econômicas na região da Caatinga.
d) não sofreu grande pressão antrópica, devido ao seu aspecto rudimentar, desse modo ainda
possui mais de 70% da sua vegetação preservada, sem evidência de grandes processos de
degradação.
e) é encontrado em regiões de clima tropical e semiárido, dessa forma se estende pelo Nordeste
e Centro-Oeste brasileiro, assim como também pode ser encontrado em alguns locais do
continente africano.
GABARITO
01 - B

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