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Friedrich Nietzsche (1844-1900)

(Prof.Léo/Filosofia/IFFMacaé)

1 – Curiosidades
Filho e neto de pastores protestantes alemães e criado numa tradição austera,
Nietzsche foi um gênio indomável. Além de filósofo, era formado em filologia (letras).
Conhecido pela acidez de seus textos, tornou-se um dos mais ferrenhos críticos do modo de
vida ocidental, escrevendo o que pensava, sem floreios nem máscaras. Conviveu com
adversidades durante toda a sua vida (doenças, dificuldades financeiras, ódio de setores
religiosos, etc.). Por fim, com apenas 56 anos, morreu completamente louco.

2 – Aforismos
Nietzsche está longe de ser um pensador sistemático, como Platão e Aristóteles (que
organizavam metodicamente suas ideias). O filósofo alemão, nas obras que escreveu,
abordava ao mesmo tempo diversos temas – muitas vezes, de forma desconectada. Nietzsche
gostava de usar os aforismos, que são sentenças (geralmente curtas) carregadas de um sentido
profundo. “Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal”, “Antes ser louco
por meu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros”, são apenas exemplos dos
inúmeros aforismos que o alemão criou.

3 – A vontade
Nietzsche viveu no século XIX, período em que ainda vigorava uma grande exaltação
à razão humana (e suas invenções e descobertas). No entanto, para escândalo da sociedade
racionalista europeia, Nietzsche afirma que não é a razão quem comanda as ações dos seres
humanos. Antes, é a vontade. Segundo o pensador alemão, somos movidos pelos instintos e
desejos, não pelo intelecto.

4 – Valores absolutos
Nietzsche não aceitava a existência de valores absolutos (verdade, justiça, etc.).
Assim, ele criticava Sócrates, dizendo que o velho filósofo grego tinha iniciado o movimento
de busca pela verdade absoluta e por padrões éticos rigorosos. Tal movimento continuou com
Platão e ganhou enorme destaque com a fé cristã. Para Nietzsche, verdade era um conceito
relativo.
5 – A vida
Como não abraçava valores absolutos, Nietsche declarava que o único critério que
importa na vida é a própria vida. O que interessa é viver, sem apegos a normas e convenções.
O que aumenta nossa vontade de viver, o que nos faz ter gosto pela vida? De acordo com o
filósofo, é isso que devemos seguir. Por outro lado, o que diminui a nossa paixão pela vida?
Da mesma forma, é isso que temos que abandonar. Esse é o famoso conceito de “vontade de
poder” (temos que sempre seguir o desejo de ter nossas potencialidades aumentadas).

6 – Apolo e Dioniso
Para Nietzsche, a vida tem que transcorrer a partir de dois princípios, que ele retira da
mitologia grega: o apolíneo e o dionisíaco. Apolo nos remete à razão e à ordem. Dioniso, por
sua vez, está ligado à festa, à musica, à dança e à fantasia. O filósofo dizia que a sociedade
vivia presa somente ao primeiro estilo (era técnica, científica, fria e metódica). Ele pregava a
união dos dois princípios, ou seja, é preciso que se dê atenção à arte, às ideias, à fantasia e à
criatividade, para que se tenha uma vida melhor.

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