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bibiana fontella
guilherme brenner lucchesi
REVISTA DO INSTITUTO
BRASILEIRO DE DIREITO
PENAL ECONÔMICO
V.2, 2018
Dr. Marlus Heriberto Arns de Oliveira. Dr. Guilherme Brenner Lucchesi. Dr. Francisco Monteiro
Rocha Júnior. Me. Bibiana Fontella. Me. Marion Bach. Gustavo Alberine Pereira.
BIBIANA FONTELLA
Diretora de Publicações do IBDPE (2017/2019), Mestre em Ciência Jurídico-
Criminais pela Universidade de Coimbra, Professora de Direito Penal e
Advogada Criminal.
Conselho Editorial
Prof. Me. Bruno Augusto Sampaio Fuga Prof. Dr. Flávio Tartuce
Prof. Me. Thiago Caversan Antunes Prof. Dr. Zulmar Fachin
Prof. Dr. Clodomiro José Bannwart Junior Prof. Dr. Celso Leopoldo Pagnan
Prof. Me. Thiago Moreira de Souza Sabião Prof. Dr. Fábio Fernandes Neves Benfatti
Prof. Me. Tiago Brene Oliveira Prof. Dr. Elve Miguel Cenci
Prof. Dr. Zulmar Fachin Prof. Dr. Bianco Zalmora Garcia
Prof. Me. Anderson de Azevedo Esp. Rafaela Ghacham Desiderato
Prof. Me. Ivan Martins Tristão Profª. Dr. Rita de Cássia R. Tarifa Espolador
Prof. Dr. Osmar Vieira da Silva Prof. Me. Daniel Colnago Rodrigues
Profª. Dr. Deise Marcelino da Silva Prof. Dr. Fábio Ricardo R. Brasilino
Prof. Me. Erli Henrique Garcia Me. Aniele Pissinati
Prof. Me. Smith Robert Barreni Prof. Dr. Gonçalo De Mello Bandeira (Port.)
Profª. Dra. Marcia Cristina Xavier de Souza Prof. Me. Arhtur Bezerra de Souza Junior
Prof. Dr. Thiago Ribeiro de Carvalho Prof. Me. Henrico Cesar Tamiozzo
Prof. Dr. Carlos Alexandre Moraes
MARION BACH
Doutoranda em Ciências Criminais na PUCRS. Mestre em Direito do Estado
pela UFPR. Professora de Direito Penal na graduação e pós-graduação do
UNICURITIBA, da FAE e da Escola da Magistratura do Paraná. Advogada
NIKOLAI OLCHANOWSKI
Doutorando em Direito pela UFPR. Mestre em Direito pela UFPR. Professor
pela FUNC (SC).
RAFAEL MARKS BATISTA
Acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná, cursando
o 5º ano.
SOBRE OS ORGANIZADORES�������������������������������������������������������������������������5
SOBRE OS AUTORES ������������������������������������������������������������������������������������������7
APRESENTAÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������11
10. FIGUEIREDO, Luís Cláudio. Psicanálise e Brasil: Considerações acerca do sintoma social
brasileiro. In: SOUSA, Edson (Org.). Psicanálise e Colonização: Leituras do sintoma social no
Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, p. 25.
11. RAMALHO NETO, Agostinho. Subsídios para pensar a possibilidade de articular direito e psicanálise In:
Direito e Neoliberalismo: elementos para uma leitura interdisciplinar. Curitiba: EDIBEJ, 1996, p.
21.
Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico.
Curitiba/PR. V.2, 2018. Jan./Dez. Publicação anual..
Tempo, velocidade e processo penal: aportes críticos desde a criminalidade econômica 21
(Locke, Kant e Rousseau), o risco sempre esteve no cerne dos estudos sobre a
sociedade moderna. É, todavia, no início do século XX que a outrora proteção
minimalista aposta pelo Estado ao todo social dá lugar aos anseios de uma
garantia de certa qualidade de vida. Fala-se, então, no Estado-providência ou
Estado-social.
Hodiernamente, a desagregação deste modelo evidencia-se claramente.
Já faz algum tempo que se fala, seguindo Ost,12da risikogesellschaft tomando
o lugar do Estado-providência, ou seja, fala-se muito mais de segurança do
que de solidariedade. Quiçá, ao menos desde Chernobil, tenha emergido
claramente uma força cultural e política característica de nossa época, ao
ponto de afirmar que se chegou ao “fim dos outros”.13
Vivenciamos um ambiente regido pelo medo, claro produto do máximo
desenvolvimento do modelo moderno de sociedade, por certo, acentuada por
uma biopolítica neoliberal que eleva a outro nível a lógica do desenvolvimento
capitalista.14 A antiga contraposição natureza e sociedade, herdada do século
XIX que a colocava como simples objeto externo pronta para ser dominada
ou ignorada, passa hoje em dia a configurar-se num fenômeno interno e
produzido. Este amargo diagnóstico apenas declara a fissura dos modelos
jurídicos que não mais captam os fatos.15O futuro que começa a se perfilar é
dominado pela lógica da produção de riscos que esmaga a ganância de poder
do progresso técnico-científico. As antigas coordenadas e fontes de significado
coletivas de uma modernidade industrial projetada desde a segurança, a fé no
progresso e na ciência estão inelutavelmente exaustas.
Certamente o risco sempre esteve presente, intimamente ligada a
qualquer relação social. Não obstante, para a compreensão prudente desta
transformação, há que se perceber as três fases claras apontadas por Ost16.
Numa primeira fase, a da implementação de uma sociedade liberal do século XIX,
o risco assumia a forma de acidente (acontecimento externo e imprevisto). A
reação correlata, pois, dava-se numa perspectiva curativa-retroativa (indenização)
ou prospectiva (seguro individual ou sistema de previdência). Já a segunda etapa
que despontou no início do século XX era norteada pelo viés da prevenção,
ou seja, desde um risco doravante objetivável e mensurável, pretendia-se
reduzir a probabilidade de sua ocorrência. Aqui, ao domínio científico do
risco, soma-se à esfera jurídica, generalizando-se o direito à segurança. O risco
figurava como acontecimento estatístico, mensurável por probabilidades e
socialmente suportável pela mutualização da responsabilidade dos danos.
12. OST, François. O tempo do Direito. Lisboa: Piaget, 1999, p.337.
13. BECK, Ulrich. La Sociedad del Riesgo. Barcelona: Paidós, 1998, p.11.
14. Cf. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade
neoliberal. Tradução Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.
15. BECK, Ulrich, La Sociedad del Riesgo, p.13-16
16. OST, François, O tempo do Direito, p. 343-345.
22 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
Por sua vez, foi Prigogine que envolveu a física no estudo das estruturas
dissipativas e da desordem criadora de modo inédito afirmando o fim das
certezas. Suas pesquisas dispostas sobre um campo de análise inerente a física
dos processos de não-equilíbrio (dissipativos) trouxeram conceitos novos
como o de auto-organização, bem como a caracterização de um tempo
unidirecional que confere nova significação à irreversibilidade. Demonstra,
mais, que os sistemas dinâmicos instáveis levam a uma extensão da dinâmica
clássica e da física quântica, oferecendo, a partir daí, uma formulação nova
das leis fundamentais da disciplina, intimamente ligadas à questão do tempo
e do determinismo, centro do pensamento ocidental desde a origem do que
chamamos racionalidade.26
Diante de tudo isto, indubitavelmente, dá-se uma nova concepção
do trabalho científico, afetado profundamente pela acepção do tempo do
mundo totalmente incerto.27Tudo passa pela necessidade de contentarmo-
nos humildemente com as revisões, ajustamentos permanentes de soluções
num interminável processo de aprendizagem.
Imbricada a toda esta conjuntura está, por certo, um aspecto
contingencial do futuro, na medida em que se rompe com a experiência
vulgar do tempo como simples recondução do passado. Um sintoma de que
o amanhã seria de tal forma novo que se perderia toda a pertinência de nossos
euclidiana, permanecendo válida somente na “zona de dimensões médias”, isto é, o corpo
de nossa experiência cotidiana. Assim, a verdade absoluta só poderia ser alcançada ao preço
impossível da soma de todas as observações relativas (EINSTEIN, Albert. Vida e pensamentos.
São Paulo: Martin Claret, 2002, p.18). Na década de 20, outro impulso fantástico dado aos
ditames da física foi dado por um grupo internacional de físicos, entre os quais Niels Bohr,
Louis de Broglie, Erwin Schrödinger e Wolfgang Pauli, Paul Dirac e Werner Heisenberg. Seus
estudos puseram fim à contradição aparente entre as imagens de onda e de partícula dada à
matéria e à luz, e vieram pôr em questão o próprio fundamento mecanicista do mundo, ou seja, o
conceito de relatividade da matéria. No nível subatômico, não se pode dizer que a matéria exista
com certeza em lugares definidos; diz-se, antes, que ela apresenta “tendência a existir”, e que
os eventos atômicos não ocorrem com certeza em instantes definidos e numa direção definida,
mas, sim, que apresentam “tendências a ocorrer”. Neste ponto, uma das mais importantes leis da
teoria quântica é sem dúvida alguma, o princípio da incerteza de Heinsenberg que afirma que as
duas quantidades – posição da partícula e seu ´momentum´(massa multiplicada pela velocidade)
– jamais poderão ser medidas com precisão. Podemos obter um conhecimento preciso acerca da
posição da partícula e permanecer completamente ignorantes ao seu ´momentum´ (e, portanto,
sua velocidade) ou vice-versa; ou então, podemos obter um conhecimento tosco e impreciso
a respeito de ambas as quantidades. O ponto que importa assinalar é que essa limitação nada
tem a ver com a imperfeição de nossas técnicas de medida. Trata-se de uma limitação inerente à
realidade atômica.
Enfim, a teoria quântica revela uma unidade básica no universo. Mostra-nos que não podemos
decompor o mundo em unidades menores dotadas de existência independente. À medida que
penetramos na matéria, a natureza não nos mostra quaisquer “blocos básicos de construção”
isolados. Ao contrário, há uma complexa teia de relações da parte com o todo, de maneira
essencial, sempre incluindo o observador (Cf. HEINSENBERG, Werner. Física y Filosofia.
Buenos Aires: La Isla, 1959 e CAPRA, Fritjof, O Tao da Física, pp. 58 e 111).
26. Cf. PRIGOGINE, Ilya. O Fim das Certezas: tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: Unesp,
1996.
27. OST, François, O Tempo do Direito, p. 330.
Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico.
Curitiba/PR. V.2, 2018. Jan./Dez. Publicação anual..
Tempo, velocidade e processo penal: aportes críticos desde a criminalidade econômica 25
28. MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos e a crise do individualismo. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
29. COMTE-SPONVILLE, André. O Ser-Tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 18-21.
30. LIPOVETSKY, Gilles. La Era del Vacío: ensayos sobre el individualismo contemporáneo.
Barcelona: Anagrama, 2003, p 10 e 13.
31. LIPOVETSKY, Gilles. “A Era do Após-Dever”. In: MORIN, Edgar; PRIGOGINE, Ilya (et alli).
A Sociedade em Busca de Valores: para fugir à alternativa entre o cepticismo e o dogmatismo. Lisboa:
Piaget, 1996, p.30-31.
32. LIPOVETSKY, Gilles. A Era do Após-Dever, p.35.
33. MAFFESOLI, Michel. Dinâmica da Violência. São Paulo: Revista dos Tribunais/Edições Vértice,
1987, p. 14.
34. GAUER, Ruth M. Chittó. “Alguns Aspectos da Fenomenologia da Violência”. In: GAUER, Gabriel J.
Chittó; GAUER, Ruth M. Chittó (Org.). A Fenomenologia da Violência.Curitiba: Juruá, 1999, p.
14.
26 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
3 SOBRE-VIVENDO À VELOCIDADE
que isto nada tenha a ver com o que se convencionou chamar de progresso
humano e social. Seja no genocídio colonial ou no etnocídio, o humano é
efetivamente o ‘sobre-vivente’38.
De outro ponto, após a derrocada da distância-espaço, é a distância-
tempo que acaba desaparecendo na aceleração crescente das performances
veiculares. Nada mais evidente, há muito, o salto dado pelas tecnologias de
comunicação. É a videoscopia – ´live´permanente em tempo real– que inaugura um
novo espaço-tempo e ativaa construção de uma localização instantânea e
interativa (‘telepresença’; ‘telerealidade’). O resultado disto é a ondização do real,
pois a imagem dos lugares sucede aos lugares das imagens.39 O espaço-
velocidade suplanta a realidade da presença e abole a noção de dimensão
física dos objetos e lugares, dando lugar auma trans-aparência eletro-óptica do
meio ambiente global. Dito de outra forma, o tempo da imagem suplanta a
realidade tópica do acontecimento.40
Este horizonte transparente, fruto das telecomunicações, dá azo ao
cultivo de uma sociedade do “ao vivo”, sem passado ou futuro, sociedade
que sendo intensamente presente torna-se a civilização do esquecimento.41
A aceleração do tempo no ritmo furioso dos acontecimentos favorece
sobremaneira este poder de esquecer, o que pode explicar o frequente fluxo de
revisão que afeta nossa memória.42 A hegemonia desta cultura do presente vivo
nos conduz a conviver com poluições dromosféricas de toda ordem,contaminações
da dimensão real pela velocidade43que afeta profundamente nosso tempo
vivido.44
Assim, evidente que o imperativo da velocidade afeta toda a dinâmica
das ciências jurídicas, e muito mais a questão criminal, vista através do processo
penal, o qual sempre demandará um especial diferimento nada instantâneo como
imperativo radical para sua própria existência. Não precisamos referir o sem
número de exemplos das dinâmicas criminais que, pelo grau de importância
dado à velocidade, tem ela setornado uma ameaça tirânica.45Corre-se o risco
La política de lo Peor. Madrid: Cátedra, 1999, p. 38). Com o advento de mecanismos de altíssima
precisão, como o ‘Global Infor Dominance’ imposta está a ‘Infowar’, a guerra nodal ao invés
da guerra total (VIRILIO, Paul. Estratégia da Decepção. São Paulo: Estação Liberdade, 2000,
p. 34-35).
38. a palavra francesa ‘vif ’, segundo o autor, concentra ao menos três significados: velocidade,
violência e vida.
39. VIRILIO, Paul. A Inércia Polar. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1993, p. 12-13 e VIRILIO,
Paul. La arte del motor: aceleración y realidad virtual. Buenos Aires: Manantial, 1996, p. 151).
40. VIRILIO, Paul. A Inércia Polar,p. 19-22.
41. VIRILIO, Paul. O Espaço Crítico. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993,p.108.
42. VIRILIO, Paul. A Inércia Polar, p. 43.
43. VIRILIO, Paul. El Cibermundo, La Política de lo Peor, p. 60.
44. VIRILIO, Paul. O Espaço Crítico, p.115.
45. VIRILIO, Paul. El Cibermundo, La Política de lo Peor, p. 16.
28 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
53. TIEDEMANN, Klaus. Poder Económico Y Delito (Introducción al derecho penal económico y de
la empresa).Barcelona: Ariel, 1985, p. 18-19.
54. Cf. COSTA, José de Faria. Direito Penal Econômico. Coimbra: Quarteto, 2003.
55. Entende“por demarcação a fixação de domínio diferenciados do conhecimento (...) e a
demarcação explicita-se através do que é o seu conteúdo, quer dizer pela identificação dos
domínios do conhecimento”. Cf. MARTINS, Rui Cunha. “Soberania Política e Condição de
Assentimento”. In: GIL, Fernando; LIVET, Pierre.O Processo da Crença. Lisboa: Gravina, 2003.
56. FARIA COSTA, José de, Direito Penal Econômico, p. 33-37.
Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico.
Curitiba/PR. V.2, 2018. Jan./Dez. Publicação anual..
Tempo, velocidade e processo penal: aportes críticos desde a criminalidade econômica 31
57. Cf. MARTINS, Rui Cunha. “Localismo Independentista e Historicidade: Nostalgia do Limite,
Utopia Regressiva e ‘Restauração’ do Futuro”. In: Municipalismo em Debate (1º Fórum sobre
Municipalismo). Canoas de Senhorim, 2002 e MARTINS, Rui Cunha. “A pletórica da identidade,
ou a alucinação dos cânones”. In: “Identidades e identidades”. Porto: Adecap, 2002, p. 149-156.
58. MARTINS, Rui Cunha. Manifestação no Congresso Luso-Brasileiro sobre Epistemologia e Pós-graduação.
Porto Alegre, jun. 2004.
59. BAUDRILLARD, Jean. Estratégias Fatais. Tradução de Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco,
1996, pp. 24-31.
60. Cf. ROSA, Alexandre Morais da; AMARAL, Augusto Jobim do. Cultura da Punição: a ostentação
do horror. 3ª Ed.. Revista e Ampliada. Florianópolis: Empório do Direito, 2017.
61. Ver DIAS, Jorge de Figueiredo. “O Papel do Direito Penal na Proteção das Gerações Futuras” .Boletim
da Faculdade de Direito (volume comemorativo). Coimbra: Coimbra, 2003, p. 1123-1138.
62. CARVALHO, Salo de. “A Ferida Narcísica do Direito Penal (primeiras observações sobre as (dis)
funções do controle penal na sociedade contemporânea)”.In: GAUER, Ruth. Qualidade do
Tempo: Para Além das Aparências Históricas. Rio de Janeiro: Lumen Juris,2005, p. 187.
32 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
63. DIAS, Jorge de Figueiredo. Temas Básicos de Direito Penal: sobre os fundamentos da doutrina penal,
sobre a doutrina geral do crime. Coimbra: Coimbra, 2001, p. 176.
64. CARVALHO, Salo de. “A Ferida Narcísica do Direito Penal (primeiras observações sobre as (dis)
funções do controle penal na sociedade contemporânea)”, p. 200.
65. FERRAJOLI, Luigi. “Per un programma di diritto penale mínimo”. In: PEPINO, L. (curatote). La
reforma del Diritto Penale: garanzie ed effetivitá delle tecniche di tutela.Milano: Francoangeli,
1993, p. 62.
66. Talvez possamos pinçar um exemplo demonstrativo a que ponto chegamos ao postular, como
queria Tiedemann, um tipo autônomo de criminalização referente ao “furto do tempo”.
TIEDEMANN, Klaus. Poder Económico Y Delito (Introducción al derecho penal económico y de
la empresa), p. 129-130.
67. COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. “Efetividade do Processo Penal e Golpe de Cena: Um
Problema às Reformas Processuais”. In: Escritos de Direito e Processo Penal em Homenagem
ao professor Paulo Cláudio Tovo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002, p. 139.
Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico.
Curitiba/PR. V.2, 2018. Jan./Dez. Publicação anual..
Tempo, velocidade e processo penal: aportes críticos desde a criminalidade econômica 33
68. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A Nova Razão do Mundo, pp. 71 ss..
69. COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. “Atualizando o Discurso sobre Direito e Neoliberalismo no
Brasil”. Revista de Estudos Criminais, Porto Alegre, n. 4, 2001, p. 31.
70. COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. “O papel do pensamento economicista no direito criminal de
hoje”. In: Discursos Sediciosos: Crime, Direito e Sociedade. Rio de janeiro: Freitas Bastos, 2000,
p. 82.
71. COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. “Efetividade do Processo Penal e Golpe de Cena: Um
Problema às Reformas Processuais”, p. 143-145.
34 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
75. CARNELUTTI, Francesco. Cómo se Hace un Proceso. Bogotá: Themis, 1994, p. 14 (tradução nossa).
76. Cf. AMARAL, Augusto Jobim do. “Liminar – Da Inflexão Inquisitiva: sobre a acusatoriedade
no Processo Penal. In: Sistemas Processuais Penais. GLOECKNER, Ricardo Jacobsen (org.).
Florianópolis: Empório do Direito, 2017, pp. 333-356.
77. Cf. GOLDSCHMIDT, James. Problemas Jurídicos y Políticos del Proceso Penal – Conferencias dadas
en la Universidad de Madrid en los meses de diciembre de 1934 y de enero, febrero y marzo de
1935. Barcelona: Bosch, 1935 e GOLDSCHMIDT, James. Teoría General del Proceso.Barcelona:
Labor, 1936.
78. Desde o clássico CALAMANDREI, Piero. “Il processo come giuoco”. In: Rivista di Diritto
Processuale. Volume V – Parte I, Anno 1950, pp. 23-51 até os atuais ensaios no Brasil por
ROSA, Alexandre Morais da. Guia do Processo Penal conforme a Teoria dos Jogos. 4ª Ed..
Florianópolis: Empório do Direito, 2017.
79. FERRAJOLI, Luigi. Derecho y Razón. Teoria del Garantismo Penal. Madrid: Trota, 1995, p. 549.
246 Revista do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. V.2, 2018
REFERÊNCIAS