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CONSTRUTOR MANUAL DO

CONSTRUTOR
ETAPAS DA CONTRUÇÃO

ETAPAS DA CONSTRUÇÃO
MANUAL DO

SEM DESPERDÍCIO
CALCULE
CORRETAMENTE
A QUANTIDADE
DE ARGAMASSA
PAVIMENTO
INTERTRAVADO
SUSTENTABILIDADE
CONHEÇA UM MODELO
DE TANQUE PARA
CAPTAÇÃO DE ÁGUA
DA CHUVA

FIQUE
FIQU
UE P
POR
OR
DENTRO DOS
PASSO A PASSO PRINCIPAIS TIPOS
E VANTAGENS

APRENDA A
INSTALAR CUBA
DE BANCADA

ALVENARIA ESTRUTURAL
SAIBA TUDO SOBRE ESSE 1
PROCESSO CONSTRUTIVO
Manual do Construtor
Manual do Construtor – Etapas
da Construção está entrando numa
nova fase. Após detalharmos as prin-
cipais fases da obra, com edições te-
máticas dedicadas a Fundações, Pisos
e Revestimentos, Instalações Hidráu-
licas, Instalações Elétricas e Pintura,
entre outros assuntos, a revista passará
agora a trazer um “mix” de temas li-
gados à construção civil. Nesta edição,
você fica por dentro do sistema cons-
trutivo de alvenaria estrutural, aprende
a instalar cuba de bancada e a calcular
a quantidade necessária de cimento,
areia e cal para preparar uma argamas-
sa de qualidade, além de acompanhar
os principais lançamentos do merca-
do, saber mais sobre pavimento inter-
travado e sobre o Fortlev Slim, reser-
vatório para captação e armazenagem
de água da chuva. Trazemos ainda uma matéria sobre o alumínio,

SUMÁRIO
Foto: divulgação/ABCP

4 SHOPPING DO CONSTRUTOR Acompanhe os lançamentos do


mercado
6 PASSO A PASSO Aprenda a fazer a instalação de cuba de
bancada
10 ALVENARIA ESTRUTURAL Saiba mais sobre esse processo
construtivo
18 CÁLCULO DE ARGAMASSA Acerte nos cálculos para não
sobrar nem faltar material
20 TECNOLOGIA Métodos construtivos industrializados
agilizam obras
23 ALUMÍNIO Conheça os principais usos e vantagens desse
produto
26 SUSTENTABILIDADE Reservatório Fortlev Slim capta e
armazena água da chuva
29 IMPERMEABILIZAÇÃO Conheça opções de mantas e
impermeabilizantes
32 PAVIMENTO INTERTRAVADO Fique por dentro dos tipos de
piso e os cuidados na instalação
34 DICA DO MC Veja opções de cursos na área de construção civil
CONSTRUTOR
SHOPPING DO

Fotos: divulgação
CRIAÇÃO SUSTENTÁVEL
Preocupada com a sustentabilidade e em busca de uma postura
consciente, a Argalit desenvolveu o Esmalte Base Água. Seu diferencial
é não conter solventes e não apresentar cheiro forte, além de dispensar
o uso de aguarrás. O esmalte produzido à base de água faz parte da
alternativa de se criar tintas ecológicas formuladas com matérias-primas
naturais, sem componentes sintéticos ou insumos derivados de petróleo,
reduzindo, assim, os danos à natureza.

INSPIRAÇÃO
DA NATUREZA
A coleção ECO Tropical HD é a novidade da
Cerâmica Portinari. Os novos porcelanatos fiéis à
textura e ao aspecto visual foram inspirados nas
nobres madeiras Ipê e Garapera. São produzidos
utilizando o Sistema Digital de Impressão,
proporcionando a veracidade e riqueza de
detalhes. As peças da coleção estão no formato
15 x 120 cm, são indicadas tanto para piso
quanto para parede e têm as características do
porcelanato, como resistência, durabilidade e
mínima absorção de água.

LUMINOSIDADE E ESTILO
O DecoCristal é um vidro de aspecto colorido
brilhante, lançamento da Guardian. Produzido
a partir de um processo de pintura por
termoendurecimento em uma de suas faces, é
uma ótima opção de vidro para decoração. É
resistente e pode ser cortado, lapidado, bisotado e
perfurado, servindo, assim, para outras utilidades,
como tampões de móveis, paredes, armários e
portas. Protegendo a casa dos raios nocivos UV,
o efeito de vidros pintados permite um ambiente
versátil e moderno. Disponível em quatro cores:
preto, ultrabranco, chocolate e moka.

1 TORNEIRA,
2 OPÇÕES
A nova torneira
monocomando Unic
Gourmet, da Deca, pode
ser um grande diferencial na
cozinha. Com ducha flexível,
possui bica alta e móvel com
duas opções: jato intenso e
arejado, para limpeza pesada,
e jato suave, para lavagem
de alimentos. A escolha é
prática, com acionamento
de um botão.

4 Manual do Construtor
PASSO A PASSO

APRENDA A
INSTALAR
CUBA DE LAVATÓRIO
Confira o passo a passo da
instalação de uma das partes
mais importantes do banheiro

V
ocê sabia que no banheiro não há uma
pia, mas sim um conjunto de cuba com
bancada? O professor de Hidráulica da
I A I S BSNP
S BS J B


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Escol
Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, Edivaldo
M ESBFO JEBTF
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Ferre
Ferreira, ensina que pias são encontradas na cozi-
nha e nos dá outras dicas essenciais para a hora
BOB
DPN TTÃSJPT BQMÃTU JD BEPS4JH
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de instalar
in a cuba do lavatório. Acompanhe!
TT P O
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r&OH WFEBSPT FPU BMJD
r'JU B BU FQFVH
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E{ÃH
Fotos: Ivan Pontes

1 2
Passe um pouco da massa pronta na espátula, Aplique a pedra na parede, usando cimento
contorne a cuba e deixe secar por 24 horas. convencional e deixe secar de 12 a 24 horas.

6 Manual do Construtor
PASSO A PASSO
3 4
Encaixe o anel o´ring dentro do tubo e passe Com as válvulas de escoamento separadas,
o dedo por toda a circunferência. encaixe a parte debaixo na saída da cuba.

5 6
Pressionando a parte debaixo, rosqueie o pa- Aperte o pescoço do sifão, usando a porca
rafuso de cima, utilizando uma chave de fen- inferior.
da. Solte quando sentir resistência.

7 8
Com o sifão deitado, encaixe o tubo de liga- Gire 90° com cuidado para que o anel não
ção chanfrado com lima bastarda na conexão saia do lugar.
da parede.

Manual do Construtor 7
PASSO A PASSO

9 10
Com o anel de vedação encaixado na porca su- Rosqueie a porca superior na válvula de es-
perior, regule o pescoço do sifão na altura para coamento.
que o tubo fique corretamente alinhado.

11 12
Quando atingir o alinhamento ideal, volte a Encaixe a torneira no buraco da pedra, dei-
apertar a porca inferior que estava frouxa. xando o acabamento cromado para cima.

13 14
Por baixo, posicione a guarnição de borracha Vede o engate flexível com dez voltas da fita
e a porca rosqueada. veda rosca.

8 Manual do Construtor
PASSO A PASSO
15 16
Encaixe o engate no joelho azul com o inserto Para finalizar, rosqueie o engate na torneira.
metálico e rosqueie com o alicate peugeot.

FIQUE ATENTO!
$BTPTFVFRVJQBNFOUPWFOIBDPN
DBOPQMBEFBDBCBNFOUP GBÉBUPEP
PUSBCBMIPDFSUJàDBOEPRVFFMBFTUÃ
QSFTBOPUVCPEFMJHBÉÈPFDPNTFV
MBEPDPSSFUPQBSBFODBJYFOBQBSFEF

SAIBA MAIS
LAVATÓRIO Por ser flexível, o SIFÃO
DE COLUNA
0MBWBUÓSJPEFDPMVOBÊVNB
SANFONADO é mais fácil de
ser instalado. Já o sifão tipo copo,
cromado, deve ter a medida de
QFÉBNBJTQSÃUJDBFFDPOÔNJDB instalação exata, aumentando seu grau
"EJGFSFOÉBFNSFMBÉÈPÆDVCB de dificuldade. Em compensação, é
DPNCBODBEBÊRVFOFMFEFWF mais durável que o primeiro.
TFSVTBEPPTJGÈPTBOGPOBEP 
VNBWF[RVFàDBSÃBUSÃTEB
DPMVOBF QPSUBOUP FNFTQBÉP O ENGATE FLEXÍVEL é mais
SFEV[JEP/BIPSBEBJOTUBMBÉÈP  conhecido como “rabixo”. Para água
BUFOÉÈPRVBOUPÆEJTUÄODJBEB fria, tem-se a opção de engate de
QBSFEFBUÊPDFOUSPEBDPMVOB plástico, mas caso planeje ter água
EPMBWBUÓSJP"NFEJEBEFWFTFS quente, ele deve ser de metal, como os
EF BQSPYJNBEBNFOUF DN+Ã de inox, cobre, latão e bronze.
BTBÎEBQBSBPFTHPUPEFWFàDBS
DFSDBEFDNEPQJTPBDBCBEP
$POàSBBJOTUBMBÉÈPEFTTB
QFÉBOP.BOVBMEP$POTUSVUPSm
&TQFDJBM#BOIFJSPT

O TUBO DE LIGAÇÃO com 40 mm de


DA
O ARMÁRIO diâmetro, ou “bitola” como é conhecida,
HAMA-SE é usado para lavatório, conjunto de
COZINHA C O cuba com bancada usada em banheiros.
, ENQUANT
GABINETE Já o tubo com 50 mm com duas saídas é
EIRO É O
O DO BANH
usado em pia, que é o conjunto da cuba
R. com a bancada usada em cozinhas.
TOUCADO

Manual do Construtor 9
ALVENARIA
ESTRUTURAL

SISTEMA Foto: divulgação/ABCP

CONSTRUTIVO
EM ALTA
R
esistente, econômica e segura. Essas são as três palavras que pa-
A alvenaria recem resumir a alvenaria estrutural com blocos de concreto
processo construtivo racionalizado que utiliza paredes como a
estrutural principal estrutura de suporte. Com técnicas executivas simplificadas e
com blocos de facilidade de treinamento da mão de obra, esse processo tem crescido
concreto ajuda no mercado e, aliado à tecnologia e à qualidade, vem desempenhando
cada vez mais um papel importante na construção civil.
a economizar Suas vantagens são muitas, embora demande maior atenção em
custos, reduzir o certos pontos. “A alvenaria estrutural deve integrar projeto, planejamen-
tempo da obra e to, materiais adequados e correta execução”, afirma Davidson Deana,
manter o canteiro engenheiro civil especialista em alvenaria, membro e instrutor do curso
de alvenaria estrutural com blocos de concreto da ABCP (Associação
organizado Brasileira de Cimento Portland) e sócio da Ethos Soluções, assessoria em
desenvolvimento tecnológico e processos construtivos racionalizados.

10 Manual do Construtor
ALVENARIA
ESTRUTURAL
Completamente integrada a outras áreas, essa obras limpas, rápidas e seguras, desde que todas
alvenaria com blocos de concreto nasce a partir do as orientações e procedimentos sejam correta-
projeto arquitetônico, efetivando a ideia do arquite- mente seguidos. “Tudo deve ser muito prático e
to como gerenciador de projetos. Embora o proje- fácil na alvenaria estrutural com blocos de con-
to seja essencial para a realização dessa tecnologia creto e se e alguma coisa se tornar difícil é porque
construtiva, sua existência e a necessidade de acom- tem algo errado”, ressalta o especialista. Por isso,
panhá-lo minuciosamente acabam sendo conside- confira nossas dicas, vantagens e desvantagens
radas por muitos uma desvantagem. Porém, é um do sistema e, em seguida, aprenda passo a passo
projeto bem elaborado e estudado que permite to- como construir a alvenaria estrutural com blocos
das as vantagens da alvenaria estrutural. Projeto e de concreto.
planejamento estão, portanto, diretamente relacio- Quer saber mais sobre o tema? A ABCP pro-
nados, garantindo juntos a durabilidade, segurança move um curso informativo, duas vezes ao ano, na
e racionalização que essa alvenaria dispõe. sede da Associação, em São Paulo. Informações:
Quem lida com esse tipo de trabalho garante (11) 3760-5433 ou pelo e-mail cursos@abcp.org.br.

VANTAGENS LEMBRE-SE SEMPRE


r%JNJOVJÉÈPOPUFNQPEFDPOTUSVÉÈP Na alvenaria estrutural, as paredes são
r&DPOPNJBOPDVTUPEBPCSB as estruturas da obra, por isso elas nunca
r.FOPSHBTUPDPNSFWFTUJNFOUP devem ser removidas.
r.FOPTEFTQFSEÎDJP
r'MFYJCJMJEBEFFWFSTBUJMJEBEFEBDPOTUSVÉÈP CUIDADOS
r-JCFSEBEFOPMBZPVU r0TBOEBJNFTEFWFNUFSEJNFOT×FT
r3FTVMUBEPTFTUFUJDBNFOUFNPEFSOPT adequadas ao tamanho dos cômodos
r'ÃDJMDPPSEFOBÉÈPFDPOUSPMF a fim de facilitar a movimentação dos
r5ÊDOJDBFYFDVUJWBTJNQMJàDBEB operários.
r.FOPSEJWFSTJEBEFEFNBUFSJBJTFNÈP r"TJOTUBMBÉ×FTIJESÃVMJDBTEFWFNàDBS
de obra acessíveis e nunca chumbadas dentro
r&MJNJOBÉÈPEFJOUFSGFSËODJBT das paredes.
r'BDJMJEBEFEFJOUFHSBÉÈPDPNPVUSPT r/BPCSB FNDBTPEFDIVWB BTQBSFEFT
subsistemas que acabaram de ser assentadas devem
ser protegidas com lona plástica.
DESVANTAGENS r+BNBJTGBÉBSFGPSNBTPVSFQBSPTTFN
r3FTUSJÉ×FTÆQPTTJCJMJEBEFEFNVEBOÉBT antes estudar o projeto do local.
não planejadas
r%JàDVMEBEFEFJNQSPWJTBÉ×FT CURIOSIDADE
r-JNJUBÉÈPEFHSBOEFTWÈPTFCBMBOÉPT .POBEOPDL#VJMEJOHÊVNBSSBOIBDÊV
DPOTUSVÎEPFOUSFF FN$IJDBHP 
EXIGE MAIOR ESFORÇO QUANTO A nos Estados Unidos. O edifício tem 16
r&MBCPSBÉÈPFFTUVEPEPQSPKFUP andares, 65 m de altura e paredes com
r$VJEBEPDPNNBUFSJBJT 1,8 m de espessura. Se fosse construído
r5SFJOBNFOUPFTVQFSWJTÈPEBNÈPEFPCSB segundo as normas utilizadas hoje, essa
r0SHBOJ[BÉÈPFQMBOFKBNFOUPOBPCSB medida giraria em torno dos 30 cm.

Manual do Construtor 11
ALVENARIA
ESTRUTURAL

BLOCOS DE CONCRETO:
O QUE OBSERVAR E COMO ARMAZENAR
""#$1 FNQBSDFSJBDPNB#MPDP#SBTJM FAMÍLIAS DE BLOCOS (“LEGOS”)
"TTPDJBÉÈP#SBTJMFJSBEF*OEÙTUSJBT – Há duas famílias de blocos, ambas
EF#MPDPTEF$PODSFUP
SFMBDJPOPVEF[ com 19 cm de altura, mas que diferem no
dicas de como comprar os blocos usados DPNQSJNFOUP FDN
"GBNÎMJBEF
nessa alvenaria, bem como a forma de DNUFNWBSJBÉ×FTOBMBSHVSB  F
BSNB[FOÃMPT$POàSBFOÈPTFFTRVFÉBEF  DN
FORVBOUPBEFDNQPTTVJBQFOBT
no ato da compra, informar o tipo de bloco o bloco de 14 cm de largura. Essas são as
planejado, a quantidade exata e determinar medidas estabelecidas. Nunca compre se
a programação de entrega. encontrar uma metragem diferente.
PREÇOm'BÉBVNBQFTRVJTBEFNFSDBEP SUPERFÍCIE UNIFORME E CANTOS
e desconfie de preços abaixo da média VIVOSm"SFTUBTJSSFHVMBSFTJOEJDBN
regional. problemas no processo de compactação
ARMAZENAMENTOm%FQPJTEF EPDPODSFUP#MPDPTDPNDBOUPTRVFCSBEPT
receber o material, armazene as peças JOEJDBNCBJYBSFTJTUËODJB àRVFMPOHF
em local adequado, protegidos da chuva. EFMFT"MÊNEJTTP RVBOUPNBJTQFSGFJUPF
4FQBSFPTQPSUJQP EJNFOTÈPFSFTJTUËODJB IPNPHËOFPPCMPDP NBJPSBFDPOPNJBDPN
em pilhas inferiores a 1,5 m de altura ou revestimentos de argamassa.
TFUFCMPDPT EFQSFGFSËODJBQSÓYJNBTBP POROSIDADEm#MPDPTQPSPTPT DPN
MPDBMEFUSBOTQPSUFWFSUJDBMPVEFVTP*TTP SFTJTUËODJBJOGFSJPSUFOEFNBTFRVFCSBS
facilita o manuseio e controle de qualidade, facilmente. Para evitar prejuízos, faça
evitando quebras. testes derramando um pouco de água
PESOm"WBSJBÉÈPEFQFTPFOUSFCMPDPT sobre o bloco. Se a água for absorvida
do mesmo lote deve ser mínima, pois isso DPNGBDJMJEBEF FMFUFNCBJYBSFTJTUËODJB
QPEFJOEJDBSBWBSJBÉÈPEFSFTJTUËODJB FQSPQPSÉ×FTJODPSSFUBTEPTDPNQPOFOUFT
Peças leves representam porosidade e do concreto. Outro teste é mergulhar a
absorção de água superior. QFÉBOBÃHVBTFTVSHJSFNNVJUBTCPMIBT 
DIMENSÃO EXATA – O bloco deve ter falta qualidade.
ÄOHVMPTSFUPTFYBUPT.FÉBBTEJBHPOBJT BLOCOS VAZADOS – Não compre
elas devem ter a mesma medida. blocos que tenham o fundo fechado
COR HOMOGÊNEAm#MPDPTDPNDPS DPNFYDFÉÈPEBTDBOBMFUBT
#MPDPT
IPNPHËOFBJOEJDBNVNDPOUSPMFJEFBMOP de concreto normalizados sempre são
processo de cura e fabricação. Se blocos vazados.
EPNFTNPMPUFBQSFTFOUBSFNWBSJBÉ×FT OUÇA O BLOCOm#BUBMFWFNFOUF
nas tonalidades de cinza, é possível que um bloco no outro. O som de peças bem
isso indique problemas na compactação do compactadas é mais estridente, enquanto os
concreto ou na densidade das peças. mais porosos produzem sons mais suaves.

12 Manual do Construtor
ALVENARIA
ESTRUTURAL
Fotos: divulgação/ABCP
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B W B MF UF T
r$ BT OTQPSU F
r1MBUBGPSN DBSSJOIPQBSBUSB
T F
r$BJYPUF
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EFCMPDP
1
Faça a fundação com os pontos de instalação, esferas de arma-
duras e contrapiso, para deixar o pavimento em condições para
início do serviço. Limpe todo o local.

2 3
Verifique o esquadro da obra por meio das A partir da planta de primeira
medidas das diagonais, considerando uma fiada, marque a direção das pa-
tolerância de 5 mm a cada 10 m. redes, vãos de portas e shafts,
utilizando o fio traçante.

Manual do Construtor 13
ALVENARIA
ESTRUTURAL

4 5
Verifique no projeto se as instalações estão Instale os escantilhões.
nos locais corretos.

ATENÇÃO!
5PEPTPTFTDBOUJMI×FTFYJTUFOUFTOP
NFSDBEPTÈPTJNJMBSFT0RVFPTEJGFSFTÈP 
CBTJDBNFOUF BGBDJMJEBEFOBàYBÉÈPFB
NBOFJSBEFBKVTUFEBTSFGFSËODJBTEBTàBEBT

6 7
Coloque os escantilhões no prumo. Transfira os níveis das fiadas.

8
Instale os gabaritos das portas.

14 Manual do Construtor
ALVENARIA
ESTRUTURAL
9
Prenda a linha ao escantilhão com
o auxílio do esticador de linha.

10
Prepare os blocos para fixação das caixas elétricas conforme o projeto e corte as aberturas de
limpeza dos pontos de graute.

11 12
Umedeça a superfície do pavimento na di- Confira a qualidade da ar-
reção da parede para assentar os blocos da gamassa e coloque-a com
primeira fiada. a colher de pedreiro, fa-
zendo uma abertura (sul-
co) para facilitar o assen-
tamento dos blocos.

Manual do Construtor 15
ALVENARIA
ESTRUTURAL

13
Assente os blocos, utilizando as linhas como referência.

14 Nas paredes longitudinais


ATENÇÃO! das demais fiadas, coloque
6UJMJ[FBSÊHVBQSVNPOÎWFMEFNBOFJSB a argamassa com a palhe-
DPOTUBOUFQBSBWFSJàDBSPBMJOIBNFOUP
FQSVNPEBBMWFOBSJB ta e, nas transversais, com a
colher. Uma alternativa é a
utilização da bisnaga para as
duas direções.

Preencha as juntas verticais 15


com auxílio da bisnaga.

Observação: no caso de al-


venaria aparente, tome cui-
dado de não sujar o bloco.
Use ferramentas apropriadas
para fazer as juntas e, para
não danificá-las, nunca limpe
logo após a execução do frisa-
mento das juntas.

16 Manual do Construtor
ALVENARIA
ESTRUTURAL
16
Antes do grauteamento vertical, faça a limpeza no interior dos furos com abertura de janelas de
inspeção para retirada do excesso de argamassa de assentamento. Essa abertura deve ser reali-
zada a cada sete fiadas.

Execute o grauteamento ver- 17


tical. A altura máxima de lan-
çamento do graute deverá ser
de 1,6 m, exceto se o graute for
devidamente aditivado.

Manual do Construtor 17
ARGAMASSA
CÁLCULO DE

Foto: iStockphoto
NO
PONTO CERTO
Calcular adequadamente
PASSO A PASSO PARA CÁLCULO
o material evita sobras e APROXIMADO DO CONSUMO
garante a resistência da DE CIMENTO EM ARGAMASSAS
construção CONVENCIONAIS
$"-$6-&0$0/46.0%&

A 1
argamassa (mistura de areia, água e material "3("."44""4&365*-*;"%"
aglomerante, como cimento e cal) é usada
para unir ou revestir pedras, tijolos ou blo- &Y&NVNSFWFTUJNFOUP DPNQSJNFOUPYMBSHVSB
cos, formando conjuntos de alvenaria. O cimento é YBMUVSB

DN DN
geralmente vendido em sacas de 40 ou 50 quilos, com 
volume de aproximadamente 40 litros. Acompanhe a
DN

seguir como calcular a quantidade de cimento, cal e


areia, segundo Martinho da Silva Zacarias, Instrutor
de alvenarias e acabamentos do Senai Orlando Laviei-
ro Ferraiuolo, de São Paulo (SP). em cm: DNYDNDNãYDN
DNäÊPNFTNPRVF
em m:NYNNãY N
ATENÇÃO!  Nä
5PEBBSHBNBTTBEFWFPCFEFDFSBVNUSBÉP EPTBHFN
DPSSFUP BTTJNDPNPP
DPODSFUP QBSBRVFOÈPIBKBDPOTVNPFYDFTTJWPFOFNQFSJHPEFUFSNPTVNNBUFSJBM
EFSFTJTUËODJBCBJYB DPMPDBOEPBPCSBFNSJTDPTEFUSJODBT àTTVSBT EFTUBDBNFOUP
EFDBNBEBTEFSFWFTUJNFOUPTFBUÊNFTNPEFTBCBNFOUPTEBFTUSVUVSB

18 Manual do Construtor
DICA
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2 %*7*%*/%00103$.ä 26&­0
.&4.026&-*53006%$.ä
53"/4'03.&070-6.&%&$*.&/50
6 1"3"26*-04

MJUSPT
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TBFNNãEFFNCPÉPÊEFMJUSPT DPOTJEFSBOEP WJEJSNPTQPSH FODPOUSBSFNPTPWPMVNFEF
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"3("."44"26&&/$0/53".04&..ã 4BCFOEPTFRVFVNBTBDBQPTTVJMJUSPTEFDJ
NFOUP  EFWFNPT EJWJEJS  MJUSPT RVF FODPOUSB
&Y VNB QBSFEF DPN   N EF DPNQSJNFOUP Y NPTOPDÃMDVMPBDJNBFFODPOUSBSFNPTBRVBOUJ
 NEFBMUVSB EBEFFNTBDBT

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4 /&$&44¦3*"1"3"130%6;*3&44& "DBMÊWFOEJEBFNTBDBTEFRVJMPT FOUÈPEF
70-6.&%&"3("."44" WFNPTEJWJEJSPTRVJMPTQFMBEFOTJEBEFEBDBM
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 MJUSPT
 TBDBTEFDBMQBSB
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SFTQPOEFBMJUSPT0USBÉPQBSBFNCPÉPFY
UFSOP Ê VNB QBSUF EF DJNFOUP FN PJUP QBSUFT EF
BSHBNBTTBEFDBMDVSUJEB%FWFNPTEJWJEJSBHPSB Agora que você já sabe como calcular areia,
PWPMVNFEFBSFJBQFMPUSBÉP cal e cimento, pode fazer orçamentos mais
precisos de materiais e ter mais certeza da
&Y  quantidade que será necessária.
MJUSPTEFDJNFOUP
8
QBSBNäEFBSFJB

Manual do Construtor 19
TECNOLOGIA

Foto: diuvlgação/ABCP

A OTIMIZAÇÃO DOS
NOVOS SISTEMAS
CONSTRUTIVOS
Rapidez, qualidade e
racionalização estimulam a
criação de soluções inovadoras

O
desafio de agilizar o tempo da obra e redu- de construção é mais rápido e enxuto. Além de
zir custos tem permitido o desenvolvimen- tornar o uso da mão de obra racional, a utiliza-
to de tecnologias favoráveis para a cons- ção desses sistemas permite o retorno antecipa-
trução civil. Tudo isso considerando-se o aumento do do investimento, pois a velocidade de execu-
da produtividade sem perder qualidade. Atualmen- ção do cronograma é acelerada”, afirma Ricardo
te, todas essas demandas são possíveis a partir de Moschetti, engenheiro e gerente regional de São
métodos construtivos industrializados devidamente Paulo da ABCP (Associação Brasileira de Cimen-
homologados, padronizados pelas normas da ABNT to Portland). A alvenaria estrutural com blocos
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e aprova- de concreto, os pré-moldados, os pré-moldados
dos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas. in loco e o concreto PVC são os quatro sistemas
“Com os sistemas industrializados, o processo que fazem parte dessas soluções.

20 Manual do Construtor
TECNOLOGIA
COMO SÃO E POR QUE USÁLOS? la nos mesmos patamares da construção artesanal.
A alvenaria estrutural com blocos de concreto Também ditam um ritmo acelerado do trabalho da
apresenta-se como um método cada vez mais utili- equipe e impõem uma velocidade ao cronograma
zado. O projeto aparece como um elemento funda- de execução do projeto, aumentando, dessa forma,
mental do sistema, uma vez que condiciona o pla- a produtividade da obra”, realça o gerente da ABCP.
nejamento e, com isso, os custos e tempo de obra. “Outros benefícios incluem a diminuição de resídu-
Comparado com as demais opções do mercado, os, menor perda do concreto, facilidade no geren-
esse tipo de alvenaria chega a ser 25% mais barata e ciamento do projeto e o fato de os sistemas evita-
elimina as etapas de rasgos nas paredes para colo- rem incorreções na compra de materiais. Embora
cação de instalações elétricas e hidráulicas, permi- sejam materiais mais caros, a otimização dos gastos
tindo uma obra limpa e sem desperdícios. Oferece, e do próprio trabalho compensa, proporcionando
também, um consumo reduzido de alguns mate- um equilíbrio nos custos finais”, completa.
riais, como madeira, aço e revestimento.
O sistema de pré-moldados, também conheci-
dos como pré-fabricados, permite agilizar a obra,
uma vez que lajes, vigas, escadas e paredes saem
prontas da fábrica, direto para o canteiro. No caso
do pré-moldado in loco, sistema em que as peças
são produzidas no local da obra incluindo as pa-
redes de concreto, a uniformidade se torna ainda
maior e o controle da qualidade muito mais eficaz
quando comparado ao sistema artesanal. No caso
das paredes, as instalações elétricas são concretadas
no próprio painel. A atenção para o método in loco
fica por conta do tempo da cura do concreto, já
que estará sendo feita no próprio canteiro e não na
fábrica. Os pré-moldados viabilizam grandes espa- 'PSNBNFUÃMJDBEBQBSFEF
de concreto moldada
ços e estruturas, construções rápidas e limpas, além
da redução da mão de obra e entulhos.
O concreto PVC e as paredes de concreto têm,
praticamente, o mesmo sistema. Em ambos, as pa-
redes surgem a partir de formas preenchidas de
concreto, com as instalações elétricas já posiciona-
das dentro delas. A diferença entre eles é que no
concreto PVC, que teve sua técnica desenvolvida
no Canadá, a forma é fixa, servindo como acaba-
mento externo e interno, possibilitando mais uma
redução de custos, além da obra limpa e também
sem entulhos. Os painéis PVC são leves, duráveis e
de baixa manutenção. Com produtividade alta, esse
método consome menos água e energia na obra,
tem fácil limpeza e manutenção pós-uso.
*OTUBMBÉ×FTFMÊUSJDBT
Racionalizar recursos humanos e tempo na hora encaixadas na armadura
de construir são os principais benefícios dos sistemas da parede de concreto
construtivos industrializados para a construção civil.
“Eles liberam mão de obra, em vez de demandá-

Manual do Construtor 21
TECNOLOGIA

Nas paredes de concreto


BTJOTUBMBÉ×FTIJESÃVMJDBT
e elétricas ficam
embutidas nas formas

SUSTENTABILIDADE
A resolução 307 do Conselho Nacional do Meio serem recolhidos pela coleta domiciliar convencio-
Ambiente (Conama) sinaliza que as prefeituras não nal, desde que devidamente acondicionados. Caso a
podem receber os entulhos de construções e demo- quantidade seja superior, o responsável pela remoção
lições nos aterros sanitários. A quantidade de resíduos e pela destinação do entulho é o próprio construtor.
da construção civil – restos de argamassa, areia, cerâ- Uma boa e ecológica solução é encaminhar o ma-
mica, concreto, madeira, papéis, plásticos, tintas, entre terial para a reciclagem, para ser transformado em blo-
outros, tem se tornado um grande problema para as cos de concreto, argamassa e contrapiso, por exem-
obras. Com o objetivo de solucionar a questão, a ABCP plo. Segundo Cláudio Oliveira, gerente de indústria de
busca desenvolver tecnologias e sistemas que auxiliem pré-fabricação da ABCP, um metro cúbico de entulho
na produção mínima ou zero desses resíduos. reciclado fabrica 227 blocos de concreto. Já com cinco
Com a resolução, cada cidade passa a ter que de- metros cúbicos é possível fazer uma casa popular. Des-
senvolver um plano integrado de administração para sa forma, esses métodos construtivos industrializados
esses materiais. Em São Paulo, por exemplo, cada re- se tornam sustentáveis, permitindo uma obra limpa,
sidência pode gerar, no máximo, 50 kg de entulho a rápida e com redução de materiais.

Obras com parede de


concreto moldadas
QFSNJUFNDPOTUSVÉ×FT
rápidas com redução de
mão de obra e entulhos

22 Manual do Construtor
ALUMÍNIO
O MATERIAL
DO NOSSO TEMPO
Foto: divulgação/ABAL

O
alumínio está presente em vários segmen-
tos no nosso dia a dia: no mercado auto-
Naturalmente resistente e motivo, nas embalagens de alimentos, na
indústria elétrica, nas máquinas e equipamentos,
versátil, o alumínio tem se entre vários outros. E na construção civil não seria di-
tornado um ótimo aliado ferente. Apresentando-se como um metal de grande
das construções versatilidade, o alumínio aparece cada vez mais nas
obras, agradando desde os arquitetos aos consumi-
dores finais.

Manual do Construtor 23
ALUMÍNIO

Suas aplicações dentro desse setor são varia- O ALUMÍNIO NAS RESIDÊNCIAS
das. O alumínio transforma-se em esquadrias Um dos usos mais comuns do alumínio nas residên-
(portas e janelas), forros, divisórias, telhas, caixilhos cias é nas esquadrias. Elas não só atendem, mas su-
e até elementos decorativos de acabamento para re- peram as exigências das normas de permeabilidade
vestimentos internos e de fachadas. “É um material ao ar, estanqueidade à água, resistência às cargas de
moderno porque contribui com soluções de confor- vento e às operações de manuseio. Sua instalação é
to, segurança e sustentabilidade, elementos cada vez rápida e limpa, pois podem vir montadas, inclusive
mais exigidos pela sociedade”, afirma o coordenador com os vidros, até o local da obra. Fixadas a seco,
do comitê de mercado Construção Civil da ABAL economizam no consumo de argamassa ou cimen-
(Associação Brasileira do Alumínio), José Carlos Gar- to para chumbamento, assim como no tempo e na
cia Noronha. mão de obra.
Segundo José Carlos, o alumínio na construção Outro uso que tem sido preferência dos consumi-
civil proporciona soluções modernas como estrutu- dores são as estruturas em alumínio para coberturas.
ras com grandes vãos. Junto a essa modernidade, ele Mais leves, o que facilita a montagem, elas têm vida
pode também reduzir o consumo de energia elétri- útil longa sem qualquer necessidade de conservação
ca, por meio das esquadrias, por exemplo, uma vez ou manutenção, enquanto outros materiais exigem
que permite o aproveitamento da iluminação natu- pinturas e reparos periódicos. Atualmente, as estrutu-
ral, isolamento térmico e acústico. E a economia não ras para telhados em alumínio têm contribuído para
para por aí. “Três vezes mais leve que o aço, o alumí- a valorização do imóvel.
nio proporciona redução nos custos estruturais da Calhas e condutores de água no metal também
obra”, diz Noronha. Ele possui ainda várias possibili- se apresentam leves, duráveis e eficientes, e a pos-
dades de passagem pela reciclagem, proporcionando sibilidade de pintura eletrostática em muitas cores
sustentabilidade na construção civil. pode ajudar o arquiteto a integrar o sistema de dre-
A durabilidade pode ser comprovada a partir da nagem ao projeto de edificação. Para o revestimento
sua vida média: superior a 40 anos. Contudo, para de paredes internas e externas, o alumínio pode dar
que essa durabilidade seja atingida, o acabamento de elegância, além de ser durável, ter fácil instalação e
sua superfície se torna indispensável, como a anodi- conservação. Revestimentos em alumínio podem ser
zação ou a pintura elestrostática a pó. Sem esse tra- feitos com perfis encaixados entre si, chapas lisas ou
tamento, o metal pode apresentar, com o passar do lavradas e painéis de alumínio composto, que são
tempo, nuances de diferentes tonalidades. simplesmente fixados à alvenaria ou estrutura exis-
tente, sem quaisquer outras operações.

O alumínio tem durabilidade


superior a 40 anos e permite
JOÙNFSPTVTPTOBDPOTUSVÉÈP
civil, podendo ser usado em
telhas, esquadrias, divisórias,
entre outras possibilidades

24 Manual do Construtor
ALUMÍNIO
ENTENDA OS DOIS TIPOS DE TRATAMENTO
DE SUPERFÍCIES QUE CONFEREM AO
ALUMÍNIO CORES E TEXTURAS

130$&440"/0%*;"¬«0 130$&4401*/563""1¶

026&­  026&­ 
4ÈPCBOIPTRVÎNJDPTDPNDPOUSPMFEF 1SÊUSBUBNFOUPTQBSBBODPSBHFNEB
UFNQFSBUVSBQBSBGPSNBÉÈPEFÓYJEP DBNBEBEFQJOUVSB GFJUBQPSEFQPTJÉÈP
EFBMVNÎOJP RVFàDBJODPSQPSBEPÆ EFUJOUBFNQÓ GVOEJEBTPCSFPNFUBM
TVQFSGÎDJF USBUBEP

$"."%" $"."%"
%FÓYJEP %FQPMJÊTUFS

3&4*45®/$*"""53*504 3&4*45®/$*"""53*504
*/70-6/5¦3*04 */70-6/5¦3*04
.BJTSFTJTUFOUF .FOPTSFTJTUFOUF

5&9563"4 5&9563"4
1SPDFTTPTNFDÄOJDPT BVUPNBUJ[BEPT %FQFOEFEPQJHNFOUP RVFQFSNJUFDSJBS
PVOÈP
QBSBDSJBSBTQFDUPTDPNP BTQFDUPTGPTDPT CSJMIBOUFTFQPOUPTEF
KBUFBEP BWFMVEBEP
GPTRVFBEP SFMFWP)ÃUBNCÊNBQJOUVSBRVFJNJUB
RVJNJDBNFOUF FTDPWBEP MJYBEPFQPMJEP NBEFJSB GFJUBQPSUSBOTGFS FNQSPDFTTP
PNBJTMJTP
EFEVQMBQJOUVSB

."/65&/¬«0
"NCPTFYJHFNMJNQF[BDPNFTQPOKBNBDJBFEFUFSHFOUFOFVUSPEJMVÎEPFNÃHVB
B"GSFRVËODJBPTDJMBFNBNCJFOUFVSCBOP BDBEBNFTFT BOPEJ[BEP
F
NFTFT QJOUBEP
/PMJUPSBM BDBEBUSËTNFTFT BOPEJ[BEP
FNFTFT QJOUBEP

DICA
O alumínio no litoral, assim
como em cidades com altos
índices de poluição industrial,
deve receber a anodização ou a
pintura eletrostática a pó para
garantia total da integridade e
da aparência dos produtos.

Manual do Construtor 25
SUSTENTABILIDADE

APROVEITANDO Fotos: divulgação/Fortlev

RECURSOS NATURAIS
Saiba tudo sobre o FortLev
Slim, reservatório para
captação de água da chuva

C
aptar e armazenar água da chuva para rega Com capacidade para até 2 mil litros, o tanque
de jardins, lavagem de calçadas ou outras pode ser usado em residências, comércios, indús-
atividades que não necessitem de água po- trias, escolas e shoppings, proporcionando econo-
tável é um dos principais itens de sustentabilidade mia por meio do aproveitamento da água da chuva.
em uma residência. Uma das opções de tanques dis- Para garantir a proteção da água contra incidência
poníveis no mercado é o Fortlev Slim, indicado para direta de luz solar, calor e entrada de animais e inse-
espaços pequenos. “O tanque tem fácil aplicação e tos, a matéria-prima é aditivada com agentes anti-
não necessita ser enterrado. Ele já vem pronto para UV e o produto é composto por uma tampa encai-
ser instalado, bastando fixá-lo à base e conectá-lo xável e uma calha separadora de folhas. É possível
às instalações hidráulicas”, comenta Claudia Atencia ainda interligar um tanque em outro, aumentando
Muñoz, engenheira de produto da FortLev. a capacidade de armazenagem.

26 Manual do Construtor
SUSTENTABILIDADE
COMPONENTES:
SAIBA 1. Saída para interligação 100 mm -
deverá ser furada caso necessário,
MAIS a vedação acompanha o produto.
Pode ainda ser utilizada como tubo
SOBRE O extravasor.

FORTLEV
2. Entrada para tubulação 100 mm.
SLIM:
Capacidade em litros:NJM
Altura: N
Comprimento: N 3. Saída para tubo extravasor de 100
Largura: N mm. Pode ainda ser utilizada
Peso:LH UBORVFWB[JP
 como interligação superior.
LH UBORVFDIFJP

Preço médio:3
Onde encontrar: TÈPNBJTEF
4.4BÎEB*OUFSMJHBÉÈPQBSBUVCVMBÉÈP
EFu OÈPBDPNQBOIBUPSOFJSB
0
NJMSFWFOEFEPSFTFNUPEPP
produtos possui duas saídas iguais,
#SBTJM1BSBFODPOUSBSPQPOUP
de forma que uma delas possa ser
EFWFOEBNBJTQSÓYJNPEBTVBDJEBEF CBTUBFOUSBSFN
utilizada como interligação, no caso
DPOUBUPDPNVNBEBTVOJEBEFT'PSU-FWPVQFMPFNBJM
EFJOTUBMBÉ×FTDPOKVHBEBT
TBD!GPSUMFWDPNCS
#BIJBm5FM 

&TQÎSJUP4BOUPm5FM 

4BOUB$BUBSJOBm5FM 
 5.%SFOPEF›u
4ÈP1BVMPm5FM 


COMO INSTALAR O TANQUE?


1  ASSENTAMENTO 2  APOIO
Instale o Tanque Slim sobre um contrapiso de 5 cm O produto pode ser instalado apoiado em muros
de concreto, com contenção de 20 cm de altura. ou paredes ou de forma livre, sem nenhum apoio
Deixe espaçamento de 10 cm em torno do produ- lateral. Veja os dois sistemas de apoio com seus re-
to. Recomenda-se o uso de vergalhão 4,2 mm para quisitos de instalação:
estruturação do concreto.

INSTALAÇÃO APOIADA INSTALAÇÃO LIVRE


Para um taque Para um taque

Manual do Construtor 27
SUSTENTABILIDADE
3  INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS bem como de animais que possam entrar no reser-
Para evitar turbilhonar o material sedimentado no vatório por meio do tubo extravasor. É importante
fundo do tanque, conduza a tubulação da água de também a instalação de um sistema que evite a
entrada até aproximadamente 15 a 20 cm acima entrada de animais por essa tubulação, como por
do fundo, evitando ondulações fortes e melhoran- exemplo, uma tela mosquiteiro. Caso a entrada
do a oxigenação da água. de água seja feita pelas entradas superiores laterais,
A água de chuva reservada deve ser protegida será necessário introduzir a tubulação em no mí-
contra a incidência direta da luz solar e do calor, nimo 30 cm.

VEJA COMO DEVE FICAR A ESTRUTURA DO TANQUE:

1. $BMIBT
2. Área de captação
3.%JTQPTJUJWPTFQBSBEPSEFGPMIBT
4.5VCPEFDPMFUBEFÃHVBEFDIVWB
5. Entrada para tubulação 100 mm
6. Saída para interligação 100 mm
7.5BORVF4MJN
8.4BÎEB*OUFSMJHBÉÈPQBSBUVCVMBÉÈPEFu
9. %SFOPu

4  INSTALAÇÃO DO DISPOSITIVO SEPARADOR DE FOLHAS


Acompanhe os passos :

1. Posicione o dispositivo 2. .BSRVFFGVSFPMPDBMPOEFPQSPEVUPTFSÃ


separador no local a ser JOTUBMBEP$PMPRVFBSSVFMBTMJTBTOPTQBSBGVTPTF
instalado (acima do nível fixe o dispositivo separador.
EPSFTFSWBUÓSJP
FNBSRVF
BTGVSBÉ×FT

3. "QÓTàYBEPPQSPEVUP DPMPRVFB 4. $POFDUFBUVCVMBÉÈPEFEFTDJEBBP


tela e parafuse com as borboletas e dispositivo.
BSSVFMBT%FJYFVNBEJTUÄODJBEFDN
entre a tubulação e a tela para evitar
aglomeração de sólidos.

28 Manual do Construtor
IMPERMEABILIZAÇÃO
Foto: divulgação/Weber Saint-Gobain

SEM MEDO
DA ÁGUA
Um bom projeto de
impermeabilização garante mais
tempo de vida à residência

C
huvas fortes, infiltrações e vazamentos po-
dem causar sérios riscos aos imóveis. “O
excesso de água e umidade infiltradas nas
estruturas causam transtornos, que vão desde man-
chas de bolor, bolhas na pintura, trincas e goteiras até
o comprometimento total da edificação”, diz Henri-
que Setti, gerente de marketing da Viapol. Por isso,
uma das etapas que não pode faltar na construção é
a impermeabilização.
Os impermeabilizantes são produtos que
criam uma película protetora contra os efeitos da
água e da umidade nas estruturas de concreto e
alvenaria, como paredes e lajes, além de telhados,
janelas, reservatórios e caixas d’águas, entre outros.
“Qualquer área sujeita ao eventual ou constante
contato com a água deve ser impermeabilizada e
a aplicação deve acontecer desde a fundação até a
cobertura”, afirma Eliene Ventura, gerente técnica
da Vedacit/Otto Baumgart.

Manual do Construtor 29
IMPERMEABILIZAÇÃO

PLANEJAMENTO aos usuários nos mais variados ambientes e tam-


O Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) bém ajuda na economia de energia para ambientes
recomenda que seja feito um projeto específico, de- climatizados artificialmente”, diz Fernando Neves,
talhando os produtos e as técnicas de aplicação. O coordenador de desenvolvimento de produto de
ideal é que a impermeabilização seja feita durante construção civil da Isover Saint-Gobain.
a obra, antes do acabamento. “Quando a imperme-
abilização é feita de forma adequada, ou não for MATEMÁTICA À PROVA D’ÁGUA
realizada, os danos podem ser desde uma parede Para calcular a área em que vai ser aplicada o im-
com a tinta descascando, infiltrações nos tetos, até permeabilizante é necessário considerar as demãos,
a corrosão das armações, comprometendo as estru- os recortes de detalhes, ralos e rodapés. Em alguns
turas de concreto armado”, afirma Alexandre Rodri- casos, a porosidade da estrutura também deve ser
gues, gerente de produtos da Weber Saint-Gobain. levada em conta.
Um bom planejamento e boa execução tam-
bém ajudam no bolso. “Os custos com imperme-
abilização em uma obra residencial variam de 1% EXEMPLO DE CÁLCULO PARA LAJE:
a 3% do orçamento total”, explica Henrique. Esses -BKFNFEJOEPYNNã
valores podem subir para até 10% se ela não for 3PEBQÊDPNBMUVSBEFDN N Y
 DPNQSJNFOUP
Y NVSFUBT
Nã
bem executada ou se acontecer fora das etapas de
¦SFBUPUBMEFJNQFSNFBCJMJ[BÉÈP Nã
construção. “É importante também que a aplicação
seja feita por um profissional habilitado”, ressalta.
Para garantir o máximo da eficácia do produto
impermeabilizante, devem-se seguir as recomen- Para as mantas soma-se 10% de consumo extra
dações da embalagem. Já o tempo de manutenção por conta da sobreposição entre cada rolo de man-
varia de acordo com o produto. Mas Eliene reco- ta asfáltica e mais 50% para cobrir interferências,
menda: “A manutenção preventiva deve ser feita a como ralos, tubos e a aplicação da faixa de seguran-
cada dois anos, verificando se há trincas, manchas, ça – cerca de 30 cm de altura nas paredes em volta
pisos soltos ou outros problemas”. da área impermeabilizada.
Foto: divulgação/Viapol
MANTAS
Outro tipo de impermeabilizan-
te comum na construção civil é a
manta: um produto à base de asfalto
modificado com polímeros. Segundo
Henrique, é um dos principais e mais
conhecidos produtos indicados para
impermeabilização em edificações.
“A manta asfáltica permite velocidade
na execução, pois, quando aplicada, a
impermeabilização já está pronta”, ex-
plica.
Há ainda no mercado as mantas
termoacústicas que, além de imper-
meabilizar, ajudam a controlar a tem-
peratura e os ruídos. “Esse tipo de
manta serve para proporcionar con-
forto térmico e acústico adequados "QMJDBÉÈPEFNBOUBBTGÃMUJDB

30 Manual do Construtor
Foto: divulgação/Vedacit/Otto Baumgart

IMPERMEABILIZAÇÃO
TIPOS DE IMPERMEABILIZANTES HIDROFUGANTES: são produtos que
repelem a água. Podem ser aplicados
diretamente sobre superfícies minerais,
tornando-as repelentes.
Indicação: tijolo e concreto aparentes,
cerâmica porosa, fachadas de pedra e te-
lha cerâmica.

ARGAMASSA POLIMÉRICA: produto


bicomponente, pré-dosado, compos-
Preparação de impermeabilizante
to por cimento, aditivos, agregados e de base acrílica
polímero que, juntos, formam um revestimento
impermeável. EMULSÃO ASFÁLTICA: produto aplicado a frio e
Indicação: piscina, poço de elevador, rodapé, área monocomponente. A aplicação é feita como pin-
fria, subsolo, reservatório e caixa d’água. tura em demãos. Requer proteção mecânica. Tam-
bém conhecida como manta líquida.
EMULSÃO ACRÍLICA: produto de base acrílica Indicação: lajes, terraços e áreas frias.
com elastômero, que forma uma membrana líqui-
da. É aplicado a frio e moldado no local. Também é CALAFETADOR: produto que tem a função de
conhecida como manta líquida. preencher juntas, internas ou externas, horizontais
Indicação: superfícies expostas, como lajes, marqui- ou verticais.
ses, coberturas e paredes sujeitas a batidas de chuva. Indicação: vedação em caixilhos e esquadrias e ca-
lafetações em geral.
MANTA ASFÁLTICA: produto pré-fabricado
composto por asfalto modificado com polímeros HIDRORREPELENTE: produto que tem a função
e armado com estruturante. de repelir água. Não forma filme e nem altera a apa-
Indicação: lajes transitáveis, planas ou inclina- rência do substrato.
das, jardineiras, floreiras, muros de arrimo, pare- Indicação: superfícies minerais, como tijolos e con-
des verticais, piscinas, áreas frias, reservatórios e creto aparentes, cerâmica porosa, fachadas de pe-
caixas d’água. dras e telha cerâmica.

COMO TRATAR UMA PAREDE COM MOFO


"OUFTEFUVEPÊOFDFTTÃSJPJEFOUJàDBSBPSJHFNEPNPGPFSFTPMWFSPQSPCMFNB QPS
FYFNQMP TFGPSVNWB[BNFOUP DPOTFSUFP'FJUPJTTP SFNPWBBUJOUBRVFIPVWFSOBQBSFEF
Foto: divulgação/Vedacit/Otto Baumgart

-BWFBDPNÃHVBTBOJUÃSJBFFOYÃHVF%FQPJTEFTFDB BQMJRVFPJNQFSNFBCJMJ[BOUF4FP
SFCPDPEBQBSFEFFTUJWFSDPNQSPNFUJEP ÊJNQSFTDJOEÎWFMSFGB[ËMP
Foto: divulgação/Weber Saint-Gobain

Foto: divulgação/Viapol

Impermeabilizantes indicados:
Vedrapen Parede, da Vedacit/Otto
#BVNHBSU "ODIPSáFY1BSFEFRVBSU[PMJU 
da Weber Saint-Gobain e Viaplus 1000 e
7JBQMVT501 EB7JBQPM

Manual do Construtor 31
INTERTRAVADO
PAVIMENTO

PRATICIDADE Fotos: divulgação/ABCP

E ECONOMIA
O
pavimento intertravado é uma peça de concreto pré-moldada,
que pode variar em formato, tamanho e cor. Essas peças são
Pavimento assentadas sobre uma camada de areia e contidas na lateral,
proporcionando o intertravamento entre elas, daí o nome do sistema.
intertravado tem A facilidade de manutenção é uma das vantagens do piso, pois as
manutenção fácil e peças de concreto podem ser retiradas e reaproveitadas para recompor
ainda pode ajudar o pavimento, caso o piso precise ser desfeito para abertura de valas de
a economizar acesso a subsistemas como água, esgoto e gás, sendo necessário apenas
areia de rejuntamento, sem quebrar as peças. “Além disso, o piso intertra-
energia elétrica vado, quando de cor clara, favorece a reflexão da luz solar durante o dia
e, portanto, gera menor calor, deixando a temperatura do ambiente reco-
berto pelo piso mais amena e agradável. À noite, essa maior reflexão da

32 Manual do Construtor
INTERTRAVADO
PAVIMENTO
luz favorece a visibilidade e pode promover um menor
FIQUE ATENTO!
r/BPCSB PUSBOTQPSUFEFWFTFSSFBMJ[BEPFNDBSSJOIPTBEF
consumo de energia nas áreas de lazer das residências”, RVBEPTQBSBFWJUBSEBOPTÆTQFÉBT0JEFBMÊQPTJDJPOÃMBT
afirma Ricardo Moschetti, gerente da Regional São QSÓYJNBTBPTMPDBJTEFBTTFOUBNFOUP FWJUBOEPNPWJNFOUÃMBT
r"DBNBEBEFBTTFOUBNFOUPEFWFUFSBFTQFTTVSBFTQFDJàDBEB
Paulo da ABCP (Associação Brasileira de Cimento FNQSPKFUP OPSNBMNFOUFDN
TFSVOJGPSNFFUFSPDBJNFOUP
Portland). Outra vantagem é a rapidez do processo de BEFRVBEP DPOTJEFSBOEPBDBNBEBEFTVCMFJUP
instalação, já que não há tempo de cura. r0NBUFSJBMEFBTTFOUBNFOUP BSFJB
EFWFFTUBSDPNVNJEBEF
OBUVSBM FOUSFFOPNPNFOUPEBBQMJDBÉÈP
TIPOS DE PAVIMENTO INTERTRAVADO
Há três tipos básicos de formatos de pavimentos:
TIPO 1: constituído por formas retangulares, apresenta faci-
lidade de produção e colocação em obra, além de facilitar a
construção de detalhes nos pavimentos. As suas dimensões
são, usualmente, 20 cm de comprimento por 10 cm de largura
e as suas faces laterais podem ser retas ou poliédricas.
TIPO 2: genericamente, apresenta o formato “I” e somente
pode ser montado em fileiras travadas. As suas dimensões são,
usualmente, 20 cm de comprimento por 10 cm de largura.
TIPO 3: é o bloco que, pelo seu peso e tamanho, não pode
ser apanhado com uma mão só (suas dimensões são de, pelo
menos, 20 x 20 cm).

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO
Observe sempre se as peças de concreto a serem do intertravado, o mais importante é a execução das
utilizadas no pavimento intertravado atendem às es- contenções laterais e a compactação das camadas de
pecificações da NBR 9781. Essa norma especifica uma base e adjacentes que, respectivamente, proporcionam
resistência mínima de 35 MPa para as peças. o travamento das peças e garantem a estabilidade e
A execução do pavimento intertravado é similar funcionalidade do pavimento. Para o assentamento, o
à de qualquer outro tipo de pavimento, com exceção cuidado está no alinhamento das peças e no arremate
da camada de revestimento. Para todas as aplicações dos cortes quando necessário.

PAVIMENTO INTERTRAVADO PERMEÁVEL


0VUSP UJQP EF QBWJNFOUP JOUFSUSB PAVIMENTO PAVIMENTO
INTERTRAVADO PERMEÁVEL
WBEP Ê P QFSNFÃWFM  RVF QFSNJUF B
JOàMUSBÉÈP EB ÃHVB OB TVB TVQFSGÎ 5BNBOIPEBKVOUBBNN B NN
DJF F  BTTJN  QSPNPWF VN SFUBSEP $BNBEBEF
EB DIFHBEB EB ÃHVB EP UFSSFOP BP BSFJBENÃY NN QFESJTDPENÃY NN
BTTFOUBNFOUP
TJTUFNBEFESFOBHFN DPOUSJCVJOEP 
EFFTQBÉPTBCFSUPT B
QBSB B EJNJOVJÉÈP EBT TVQFSGÎDJFT
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Manual do Construtor 33
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34 Manual do Construtor
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Manual do Construtor 35

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