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Manual do Construtor Etapas

ELÉTRICA

TIRE SUAS
DÚVIDAS
Mitos e verdades
sobre eletricidade

SEGURANÇA
Proteja-se contra os riscos

FIOS E CABOS
Os cuidados necessários e
como fazer a escolha certa

PASSO A PASSO
CASAMENTO PERFEITO
Aprenda a instalar um painel elétrico
1
E MAIS: planejamento, execução, ferramentas e produtos
2
EDITORIAL
Prezado leitor
A instalação elétrica é uma das fases da construção que mais desperta
dúvidas: como fazer, por onde começar, quais produtos usar e que riscos
corremos são apenas algumas delas. Pensando nisso, esta edição de
Manual do Construtor - Etapas da Construção é totalmente dedicada ao
tema eletricidade.
Conheça a importância de um bom planejamento para fazer instalações
elétricas, as opções de quadros de distribuição e dicas imperscindíveis de
segurança. Na seção Passo a passo, confira, em detalhes, como é feita a
instalação de um painel elétrico. E no artigo do professor Walter Wanderley
Teixeira, conheça a importância de um profissional bem qualificado para
executar um serviço de instalação elétrica. Lembre-se: para lidar com
energia, conhecimento e segurança vêm em primeiro lugar.
Boa leitura e até a próxima edição.
A Redação
atendimento@caseeditorial.com.br

SUMÁRIO
04 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Foto: Ivan Pontes

Tudo sobre essa etapa da construção

08 SHOPPING DO CONSTRUTOR
Lançamentos das principais marcas

10 VITRINE
Quadros de distribuição e acessórios

12 PASSO A PASSO
Aprenda a instalar um painel elétrico

26 ESPECIAL
Conheça os tipos e usos de cabos e fios

28 DÚVIDAS
Mitos e verdades sobre eletricidade

30 ARTIGO
A necessidade de um bom profissional

31 SEGURANÇA
As normas e perigos elétricos

4
34 GLOSSÁRIO
Saiba o significado de alguns termos técnicos
AGRADECIMENTO: Professor Walter Wanderley Teixeira e demais profissionais do Senai Orlando Lavieiro
Ferraiuolo, em São Paulo (SP)

3
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES

O BÊ-A-BÁ DE UM PROJETO ELÉTRICO


Um bom planejamento e
execução são essenciais para o
sucesso da instalação elétrica

A
instalação elétrica é um conjunto formado rão instalados”, explica Walter Wanderley Teixeira,
por fios, cabos e outros acessórios com ca- instrutor de Práticas Profissionais do Senai Orlando
racterísticas coordenadas entre si e essen- Lavieiro Ferraiuolo, de São Paulo (SP).
ciais para o funcionamento de um sistema elétrico. Para garantir segurança é importante que o ins-
Todas as instalações são definidas em um projeto talador seja capacitado, para não colocar a sua vida
elétrico elaborado por um profissional especializa- e dos futuros ocupantes da edificação. “Uma ins-
do ainda na planta feita pelo arquiteto. “O projeto talação mal feita pode provocar sérios problemas,
elétrico determina o porte da instalação, estabelece desde o consumo exagerado de energia elétrica até
circuitos e especifica os materiais que serão usados curtos-circuitos no sistema, ocasionados pela fuga
na obra. Também cabe ao projeto definir pontos de corrente. Mas atenção, não basta ter um bom
de luz e de eletricidade da edificação a partir de projeto se a instalação não for realizada por profis-
uma avaliação das necessidades de cada ambiente sionais qualificados e não utilizar produtos certifica-
e dos possíveis aparelhos eletroeletrônicos que se- dos”, alerta Walter.

4
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
UMA IMPORTANTE protege os condutores contra situações anormais
ETAPA DA OBRA de funcionamento do sistema, portanto não deve-
A instalação elétrica é uma das etapas mais deli- mos substituí-los sem uma minuciosa avaliação das
cadas da obra e merece atenção especial, tendo em condições dos condutores dos circuitos”, observa o
vista que o choque elétrico é uma das principais instrutor do Senai.
causas de acidentes graves e fatais em construções. O valor do disjuntor é sempre expresso em
Por isso, a falta de conhecimento coloca em risco ampères e deve ser compatível com a capacida-
não só quem trabalha na obra, mas compromete os de de condução da seção (bitola) do condutor, e
futuros ocupantes da edificação. “As instalações elé- ambos dependem da corrente elétrica que circula
tricas devem ser iniciadas na fase de concretagem na instalação.
e se desenvolver durante o andamento da constru- A substituição de um disjuntor por outro de
ção. A fase final ocorre durante a pintura, quando corrente mais alta requer uma análise do circuito e a
são instalados os espelhos das tomadas e os inter- possibilidade de troca dos condutores (fios e cabos
ruptores”, diz o instrutor do Senai. elétricos) por outros de seção (bitola) maior. “Quan-
Nesta etapa, é imprescindível utilizar mate- do o disjuntor desliga um circuito, a causa pode ser
riais que atendam às normas vigentes do País. uma sobrecarga ou um curto-circuito. Fique atento,
“Nas embalagens de fios e cabos elétricos, por pois desligamentos frequentes indicam sobrecarga.
exemplo, há identificação da certificação de con- Por isso, não é recomendado trocar os disjuntores
formidade do Instituto Nacional de Metrologia, por outros de corrente mais alta sem analisar o cir-
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), cuito”, reforça Walter.
bem como nas tomadas, disjuntores e outros
materiais”, informa Walter. DISPOSITIVO DR
Um sistema elétrico bem feito pode durar, em É OBRIGATÓRIO
média, 20 anos. Mas ao completar 10 anos, já é O dispositivo Diferencial Residual (DR) desem-
recomendável realizar uma revisão para verificar o penha um papel importante na instalação elétrica,
estado dos condutores, soquetes, interruptores e já que é responsável por detectar fugas de corren-
outros materiais usados na instalação. te elétrica, ocasionadas pelo vazamento de energia
dos condutores, por uma falha na isolação ou pela
DISJUNTORES GARANTEM instalação incorreta.
SEGURANÇA Assim que identifica uma fuga de corrente na
O disjuntor funciona como um guarda-costas instalação, o DR desliga o circuito imediatamen-
da instalação elétrica, ou seja, deve ser usado como te para evitar que uma pessoa seja vítima de um
um dispositivo de segurança contra sobrecargas. O choque elétrico. “O Dispositivo DR é um interrup-
disjuntor pode ser unipolar, bipolar ou tripolar, e a tor automático que desliga correntes elétricas de
sua utilização dependerá das especificações feitas pequena intensidade, que, geralmente, o disjuntor
no projeto elétrico. “Toda vez que a capacidade dos comum não consegue detectar, mas podem ser fa-
condutores for ultrapassada, o disjuntor desligará tais para uma pessoa que tocar o condutor carre-
sozinho. É uma espécie de alerta para que o pro- gado ou algo que se transformou em um condutor
blema seja verificado, sanado e possa ser religado”, acidentalmente devido a uma falha no isolamento,
explica Walter. por exemplo”, acrescenta Walter.
Vale lembrar que o disjuntor é diferente do fusí- O DR pode ser utilizado por ponto, por circuito
vel, que ao indicar que a capacidade dos conduto- ou por grupo de circuitos e de acordo com a nor-
res foi ultrapassada, não poderá ser religado, neces- ma NBR 5410 é obrigatório desde 1997, em circui-
sita ser substituído. tos que sirvam a pontos de utilização situados em
Em instalações elétricas, os circuitos são dividi- locais com chuveiro e banheira, nos circuitos que
dos e protegidos por disjuntores, de acordo com alimentam tomadas localizadas em áreas externas
a capacidade de cada um. “O disjuntor ou fusível da edificação, nos circuitos que alimentam toma-

5
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES

das internas que possam alimentar equipamentos A tabela abaixo ajuda a mostrar quanto é im-
usados na área externa e também nos circuitos que portante acertar na escolha do DR. Para que isso
sirvam a pontos de utilização localizados na cozi- aconteça, a corrente nominal (In) do DR deve ser
nha, copa, lavanderia, área de serviço, garagem e maior ou igual à corrente do disjuntor do circuito
outras dependências internas molhadas ou sujeitas ou geral. Note que o exemplo 40 A é ideal.
a lavagens constantes.

COMPATIBILIDADE ENTRE DISPOSITIVO DR E DISJUNTOR

Disjuntor e
dispositivo DR
ideais para
o exemplo

POR QUE SEPARAR CIRCUITOS Mas você deve estar se perguntando qual é o
DE ILUMINAÇÃO E DE FORÇA? momento de usar um fio e quando optar por ca-
De acordo com a NBR 5410, com relação às insta- bos. Em geral, o cabo é mais usado em trechos onde
lações elétricas de baixa tensão, é recomendável sepa- há curvas, por ser bastante maleável. A escolha dos
rar os circuitos de iluminação e de força em todos os condutores é sempre baseada na aplicação ou pre-
tipos de edificações e aplicações. “Existem dois bons ferência do projetista/ instalador.
motivos para separar os circuitos. O primeiro é que Independentemente da escolha por fios ou
dessa forma um circuito não será afetado pela falha cabos, é fundamental optar por produtos que te-
do outro, caso ocorra um defeito em um deles. O nham identificações claras como seção, temperatu-
segundo motivo é que o fato de separar os circuitos ra, tensão de isolamento e número da norma que
de iluminação e de força auxilia na implementação especifica as características técnicas referidas.
das medidas de proteção adequadas contra choques Os materiais condutores mais utilizados são fei-
elétricos”, esclarece o instrutor do Senai. tos de cobre e revestidos por plástico ou borracha
isolante. Sua aplicação como condutor de eletrici-
FIOS E CABOS CONDUTORES dade é protegida em eletrodutos e destinada à dis-
Um fio é um segmento fino, cilíndrico, flexível e tribuição de luz, força motriz, aquecimento, sinali-
alongado, que deve ser escolhido com muito cuida- zação ou campainha.
do em uma instalação elétrica, já que deverá condu- Segundo Walter, as seções mínimas recomenda-
zir a corrente elétrica. das por norma são de 1,5 mm² para iluminação e
A diferença entre um fio e um cabo está na flexi- 2,5 mm² para tomadas de força. “Circuitos especiais
bilidade, pois a capacidade de condução de corrente como o do chuveiro ou da torneira elétrica devem ter
é a mesma. Os fios são mais rígidos, pois são feitos de a potência do equipamento como parâmetro para a
um único filamento. Já os cabos são compostos por determinação da seção (bitola) do fio”, completa.
diversos filamentos finos, que proporcionam mais Os fios que não ficam embutidos nas paredes me-
flexibilidade e facilitam a colocação nos eletrodutos recem atenção especial e precisam estar com uma se-
(conduíte, usado para passar a fiação). gunda camada plástica protetora, além da isolação.

6
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
CORES PADRÃO EM CIRCUITOS DE BAIXA TENSÃO
Conforme a norma NBR 5410, o instalador deverá seguir as cores padrão para circuitos de baixa tensão.
O condutor com isolação na cor azul-claro deve ser utilizado como neutro, já o verde-amarelo ou
verde é o conhecido fio terra ou proteção. Já o condutor fase pode ser de qualquer cor, exceto as cores
estabelecidas para neutro e proteção.

PROTEÇÃO

RETORNO

FASE

NEUTRO

TIPOS DE CABOS ELÉTRICOS CONDUÍTES OU ELETRODUTOS


O cabo elétrico pode ser um condutor isolado Responsáveis pelo trajeto dos fios e dos cabos,
(dotado apenas de isolação), unipolar (constituído os conduítes ou eletrodutos fazem as ligações en-
por um único condutor isolado e provido de cober- tre todos os pontos de consumo, comando e o
tura sobre a isolação) e multipolar (constituído por quadro de distribuição.
vários condutores isolados e provido de cobertura Os conduítes podem ser rígidos ou flexíveis.
sobre o conjunto dos condutores isolados). “Quan- O seu formato rígido é recomendado para lajes
to mais fios, mais flexível o condutor”, observa o ou outras superfícies concretadas. No entanto, na
instrutor do Senai. maior parte das instalações, predominam os con-
duítes flexíveis.
O ideal é que os conduítes sigam caminhos re-
Condutor Condutor
tos ou que façam curvas abertas. Suas bitolas são
Isolação calculadas de acordo com a quantidade de fios ou
cabos que deverão conduzir.
Isolação
Cobertura

CONDUTOR CABO CABO


ISOLADO UNIPOLAR MULTIPOLAR

7
CONSTRUTOR
SHOPPING DO

Fotos: divulgação
AMBIENTE
PURIFICADO
Disponíveis na versão
fluorescente e luz noturna
de LED, a Golden lançou
as lâmpadas Purify.
Ecologicamente correta,
com design diferenciado
e baixo custo de energia,
a novidade torna o ar
mais limpo e saudável. De
acordo com a empresa,
a tecnologia empregada
ANTICHAMA nas lâmpadas elimina as
partículas em suspensão
As fitas isolantes da Tramontina são produzidas à base de
filme de PVC antichama. O uso é especial para fios e cabos como o pó, poluentes e
elétricos, proporcionando uma isolação mais eficaz e sem risco odores indesejáveis e nocivos
de choques elétricos. Segundo o fabricante, as fitas possuem à saúde. Além de economizar
uma ótima elasticidade, alongando até 200% do seu tamanho energia elétrica, elas duram
normal. Elas possuem resistência de isolamento elétrico de até oito vezes mais do que as
até 750 v e suportam temperaturas no limite de 80º C sem lâmpadas comuns.
ocasionar deformação.

CUIDADO
NECESSÁRIO
As novas luvas da Orion estão
aptas a oferecer proteção
pessoal em serviços de
instalação elétrica. Feitas à
base de borracha natural, são
destinadas exclusivamente
a proteger a mão, o punho
e a parte do antebraço,
sem comprometer os
movimentos dos dedos.
Segundo o fabricante, se usadas
corretamente, as luvas isolantes
inibem choques elétricos,
queimaduras e até lesões sérias.

PROTEÇÃO
A Lagrotta Azzurra tem luvas de látex
descartáveis especiais para a construção civil,
pois são fabricadas para proteger contra possíveis
problemas causados à pele da mão em contato
com químicas, como as do cimento, por
exemplo. De acordo com o fabricante, elas são
confeccionadas sem adição de pigmentação,
portanto têm a cor natural e pessoas alérgicas
podem usar sem problemas. Os tamanhos vão
desde o extrapequeno até o extragrande.

8
CONSTRUTOR
SHOPPING DO
MULTIUSO
A Irwin está no mercado com um novo alicate
descascador Vise-Grip. A ferramenta é indicada
para eletricistas e outros profissionais que
trabalham com preparação, ajuste e manutenção
de fiações elétricas, redes ou outras tarefas que
envolvem fios e cabos. Um dos destaques do
alicate é seu multiuso, porque, além dos fios,
ele corta arames e é capaz de crimpar terminais.
O cabo também tem design ergonômico, se
moldando às mãos e proporcionando maior
conforto e segurança.

FÁCIL DE INSTALAR ILUMINAÇÃO


A Legrand está no mercado com uma nova linha de
produtos, a Plexo. Um dos itens lançados é a caixa SUBMERSA
utilizada para passagem, derivação e para instalação Se você quer iluminar piscinas, espelhos
de equipamentos elétricos. Ela aceita acessórios d’água, ou chafarizes a nova linha de
internos, como bornes e trilho DIN para disjuntores. lâmpadas de LED da Golden, Strip, é uma
A fixação do novo modelo, segundo o fabricante, é opção. O modelo IP 68 conta com alto
feita de uma maneira que aumenta o volume interno, índice de proteção dentro da água e contra
proporcionando um espaço maior e sem riscos de a poeira. Além da iluminação submersa, a
vazamento. A tampa na lateral facilita a instalação e lâmpada é indicada para espaços externos,
manutenção. A identificação dos diâmetros de corte com superfícies estreitas e bordas. Há ainda
e a precisão dos pré-cortes garantem uma melhor o conforto e a comodidade de acionar a luz
adaptação do cabo ou tubo. por controle remoto.

LUMINÁRIA DE LED
As novas luminárias de emergência 30 LEDs, da
Foxlux, são leves e portáteis, o que facilita o transporte
para qualquer lugar em que há necessidade de
iluminação, caso falte energia elétrica. O lançamento
inaugura a entrada da empresa no segmento de
iluminação por LED, que é mais barata e tem um
alto rendimento. Além de ser bivolt, ela tem bateria
recarregável e opera com dois níveis de fluxo
luminoso, o que garante o uso por até seis horas.

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VITRINE

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
O
quadro de distribuição é um importante
Fotos: divulgação
elemento do sistema elétrico, destinado
a receber a energia e a distribuí-la a um
ou mais circuitos. É uma caixa onde estão locali-
zados os disjuntores ou fusíveis da qual partem os
circuitos que abastecem a residência.
O tamanho do quadro costuma variar de acor-
do com o projeto elétrico, mas o material deve ser
obrigatoriamente incombustível.

SIMBOX XF
Siemens
Fabricado em termoplástico, o modelo Simbox XF
atende às normas nacionais e internacionais (NBR IEC
60439-3, NBR IEC 60670-1 e IEC 60670-24) e propor-
ciona mais segurança aos usuários. Apresenta como
diferencial maior espaço interno, o que facilita o pro-
cesso de instalação e a passagem dos fios e cabos. O
produto não enferruja, ajuda a evitar riscos de cho-
ques elétricos e é adequado para ambientes úmidos.
Disponível em 12, 18, 24, 36 e 54 módulos, com porta
opaca ou transparente.

SIMBOX LC
Siemens
Em material termoplástico, o modelo Simbox LC é adequado para distri-
buição de energia elétrica em instalações residenciais, prediais e comerciais.
Disponível na cor branca, com porta opaca ou transparente, apresenta capa-
cidade para 4 a 36 módulos.

PENTES DE FASE BIFÁSICOS


Tigre
Também conhecido como barramento de fase, o pente de fase bifásico é
feito em cobre eletrolítico e está disponível para 8, 12 e 28 ligações. Pode
ser adquirido com os quadros de distribuição ou avulso, em forma de kits.
Sua aplicação é indicada para a montagem elétrica de baixa tensão até 80 A,
no interior do quadro de distribuição para obras ou reformas residenciais,
industriais e comerciais.

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VITRINE
CAIXAS DE LUZ 4X2’’ E 4X4’’ TIGREFLEX
Tigre
Com maior espaço interno e fendas nas paredes e no fundo para
recortar e acoplar mais eletrodutos, as caixas de luz Tigreflex estão
disponíveis nos tamanhos 4X2’’ e 4X4’’. Apresentam reforço estrutu-
ral nas bordas, o que possibilita resistência à deformação, têm orelhas
resistentes, são antichamas e, ainda, aceitam a instalação de qualquer
fabricante de interruptores e tomadas.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO EMBUTIR PARA


6/ 8 DISJUNTORES
Tigre
Assim como todos os produtos da marca, atende às exigências das normas na-
cionais e internacionais (NBR IEC 60670-1, NBR IEC 60439-3, NBR 6146, NBR
6808 e NBR 5410). Indicado para instalações com 6/8 disjuntores, o modelo
apresenta estrutura reforçada e etiquetas adesivas para identificação de circui-
tos. Fabricado de PVC, não enferruja, é isolante e antichama. Disponível nas
cores branca e translúcida branca e conta com etiquetas.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO EMBUTIR PARA 27/ 36


DISJUNTORES
Tigre
O produto é indicado para instalações com 27/36 disjuntores, tem porta reversível com aber-
tura em 180º, etiquetas adesivas para identificação dos circuitos e possibilidade de montagem
dos disjuntores no suporte universal fora do quadro, bastando posteriormente encaixá–lo na
torre de regulagem de altura dentro do Quadro. Sua superfície lisa não cria incrustações e ainda
facilita a limpeza. A tampa é fabricada de PVC com design diferenciado e está disponível nas
cores branca ou translúcida branca.

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
AMANCO
Amanco
O principal atrativo da família de Quadros de Distribuição
Amanco está no design, com as versões lisa e mosaico. Dispo-
níveis para 4, 8, 12, 24 e 36 disjuntores DIN, os quadros podem
ser usados em instalações elétricas de baixa tensão para resi-
dências, comércios e indústrias, com a possibilidade de insta-
lação em estruturas de alvenaria e drywall.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO EMBUTIR PARA


18 / 24 DISJUNTORES
Tigre
Fabricado de PVC antichama, o produto é indicado para instalações com 18/24
disjuntores e está disponível nas cores branca e translúcida branca. Tem porta
reversível com abertura 180º, não enferruja e é isolante.

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PASSO A PASSO

PAINEL ELÉTRICO:
COMO SE FAZ
Acompanhe a instalação da parte
elétrica mais necessária de uma casa

A
Fotos: Ivan Pontes
qualidade de uma instalação elétrica depen-
de basicamente do conhecimento do pro-
fissional contratado para executar o serviço.
É fundamental que o instalador siga o projeto elétri-
co que foi determinado ainda na planta da edifica-
ção, além de optar por componentes adequados e
técnicas que atendam às normas vigentes.
Vale lembrar que os principais componentes
utilizados em uma instalação elétrica, como fios,
cabos, disjuntores, chaves e eletrodutos têm a ava-
liação e fiscalização do Inmetro.
Acompanhe o passo a passo da instalação de
um painel elétrico de uma residência, executado
por Helder Luiz Taveira de Assis, instrutor de Eletro-
eletrônica do Senai Orlando Lavieiro Farraiuolo, de
São Paulo (SP).

PARA NÃO ESQUECER!


Siga corretamente as cores dos
condutores em qualquer instalação
elétrica. O fio terra deverá ser verde
ou verde-amarelo. Já o fio neutro é
sempre azul, e o fio fase ou retorno
poderá ser amarelo, vermelho, preto
ou outra cor de sua preferência.

1
O primeiro passo é introduzir uma guia de
nylon (fio guia) no eletroduto, até que esta
saia na caixa de luz.
12
PASSO A PASSO
2

Depois, você deverá prender a ponta de um condutor no gan-


cho da guia de nylon, localizado em uma das extremidades.

3
Então, emende os condutores na guia de nylon, até que fiquem totalmente presos.

13
PASSO A PASSO

4
Por meio da guia de nylon, puxe os condutores através
dos eletrodutos até chegar aos pontos de instalação.

14
PASSO A PASSO

5
Utilize a alicate decapador para retirar a isolação
do condutor de retorno.

15
PASSO A PASSO

6
Encaixe o condutor decapado no terminal do interruptor
ou da tomada (de acordo com a instalação)

7
Com o auxílio de uma chave de fenda apropriada, fixe o
condutor ao terminal.

16
PASSO A PASSO
8
Encaixe a moldura na caixa de interruptor e com o au-
xílio de uma chave de fenda ou modelo Philips ajuste os
parafusos.

9
Encaixe o fio condutor neutro no terminal da tomada loca-
lizado do lado direito da parte posterior.

17
PASSO A PASSO

10
Repita o processo com o condutor fase, de forma que seja
encaixado no terminal do lado esquerdo.

11
Por último, encaixe o condutor terra no terminal central.

18
PASSO A PASSO
12
Com o auxílio da chave de fenda ou modelo Philips, colo-
que a moldura na caixa de instalação da tomada.

13
Após montar as tomadas e interruptores, você deverá se
preparar para a montagem do quadro de distribuição. Des-
trave o DR, deslocando a peça vermelha para a lateral.

19
PASSO A PASSO

14
Encaixe o DR no trilho do quadro de distribuição, de forma
que fique travado.

15
Repita o processo com os demais componentes, de acordo
com o projeto de instalação elétrica da residência. Lembre-
se de que instalações mais simples levam no mínimo quatro
componentes, sempre de acordo com a carga a ser instalada.

20
PASSO A PASSO
16
Conecte os condutores que vem do medidor ao DR,
de acordo com o diagrama elétrico.

17
Conecte o condutor neutro ao barramento de neutro,
localizado no painel de distribuição.

21
PASSO A PASSO

18
Repita o processo com o condutor terra, conectando-o ao
barramento de terra. Importante: em quadros metálicos,
o barramento de terra é conectado direto a estrutura do
quadro, enquanto o de neutro tem um elemento isolante
entre o barramento e a estrutura do quadro.

19
Conecte o barramento de distribuição de fases nos termi-
nais ou bornes de entrada dos disjuntores.

22
PASSO A PASSO
20
Com o auxílio da chave de fenda, conecte o condutor fase
ao terminal de saída do DR.

21
A outra ponta deste mesmo condutor fase deverá conec-
tar o DR ao barramento de distribuição de fases dos disjun-
tores dos circuitos.

23
PASSO A PASSO

22
Repita o procedimento com o outro condutor fase, até que
ambos estejam conectados ao barramento e disjuntor.

23
Conecte os condutores da tomada ou do disjuntor, sendo que
o neutro deverá ficar no barramento de neutro, o terra per-
manecerá no barramento de terra, repetindo o procedimento
para os demais fios do circuito, de acordo com o projeto.

24
PASSO A PASSO

24
Com o quadro de distribuição completo,
Está pronto o quadro de distribuição.
utilize uma braçadeira plástica e um alicate
para fazer o acabamento.

25
ESPECIAL

FIOS
E CABOS
Tudo o que você precisa saber
antes de começar a instalação

V
ocê sabia que fios e cabos elétricos desen- Outro cuidado importante é verificar se as cai-
capados ou emendas mal feitas são fato- xas de derivação, ligação ou passagem estão inter-
res que contribuem para o desperdício de namente limpas e secas.
energia? Por isso, todo cuidado é pouco no mo- A menor seção (bitola) permitida por norma
mento da instalação dos fios. É importante que a para circuitos de lâmpadas é de 1,5 mm2 e para
instalação seja executada apenas quando determi- tomadas de força é de 2,5 mm2. “Não há problema
nadas etapas da obra estejam concluídas. São elas: em utilizar uma seção nominal superior, só não é
revestimento de paredes, teto e pisos, e imperme- permitido por norma utilizar uma seção inferior.
abilização ou telhamento. Ao aumentar a seção sem necessidade, também
Também é importante que portas, janelas e ve- aumenta o custo da instalação” explica o instrutor
dações já estejam devidamente colocadas, sobre- do Senai, Walter Wanderley Teixeira.
tudo aquelas que impedem a penetração da água
da chuva.

26
ESPECIAL
A norma NBR 5410 estabelece que os fios ou cabos não ocupem
mais do que 53% da área útil do eletroduto, quando for utilizado
apenas um condutor. Já quando a instalação usar dois condutores,
os fios e cabos não poderão ocupar mais do que 31%. Para três ou
mais condutores no mesmo eletroduto, a ocupação dos fios e cabos
elétricos não deverá ultrapassar 40%. DICAS IMPORTANTES

FIOS E CABOS r +BNBJTSFBMJ[FBJOTUBMBÉÈPEF


DPOEVUPSFTFDBCPTJTPMBEPT
TFNBQSPUFÉÈPEFFMFUSPEVUPTPV
JOWÓMVDSPT JOEFQFOEFOUFNFOUF
TFBJOTUBMBÉÈPÊFNCVUJEB
BQBSFOUFPVFOUFSSBEBOPTPMP
r /VODBSFBMJ[FFNFOEBT
de condutores dentro dos
FMFUSPEVUPT&YFDVUFBTBQFOBT
EFOUSPEBTDBJYBTEFEFSJWBÉÈP
MJHBÉÈPPVQBTTBHFN
r"PSFUJSBSBDBQBJTPMBOUFEPT
DPOEVUPSFTQBSBSFBMJ[BS
FNFOEBT UPNFNVJUPDVJEBEP
QBSBRVFOÈPIBKBSPNQJNFOUP
r 'JRVFBUFOUPBTDPSFTEPT
DPOEVUPSFT/VODBVUJMJ[FP
DPOEVUPSOFVUSP B[VM
DPNP
DPOEVUPSEFQSPUFÉÈPPVUFSSB
r /ÈPQBTTFPTDPOEVUPSFTQPS
EFOUSPEFEVUPTEFTUJOBEPTB
JOTUBMBÉ×FTOÈPFMÊUSJDBTDPNP
QPSFYFNQMP EVUPTEFWFOUJMBÉÈP
FFYBVTUÈP
r"QFOBTPDPOEVUPSEF
BUFSSBNFOUPOÈPÊPTVàDJFOUF
QBSBBQSPUFÉÈPUPUBMDPOUSBPT
O condutor de proteção ou terra deverá fazer parte de todas as DIPRVFTFMÊUSJDPT
instalações de baixa tensão, seja qual for o esquema de aterramento r"TJOTUBMBÉ×FTFMÊUSJDBTEFWFN
adotado. “O condutor de proteção garante a perfeita continuidade TFNQSFTFHVJSBOPSNBWJHFOUF
do circuito de terra para o escoamento das correntes de fuga ou falta FTQFDÎàDB B/#3
na instalação”, observa o instrutor do Senai.

27
DÚVIDAS

Tire suas dúvidas


MITOS E
mais comuns

UMA RESIDÊNCIA COM 220 VOLTS GAS ANTICHAMAS É O MESMO QUE BWF.
TA MENOS ENERGIA ELÉTRICA.
VERDADE
MITO
A sigla BWF encontrada nas embalagens indica que
O consumo é o mesmo. O uso de tensão 220 V é o produto é antichamas.
vantajoso para circuitos com corrente elétrica ele-
vada ou tomada de uso especial, ou específico, pois UM DISJUNTOR ANTIGO OU SUPERDIMEN
traz a possibilidade de utilizar uma seção de condu- SIONADO PODE NÃO DESARMAR QUAN
tor menor que em 127 volts e, como consequência, DO OCORRER UM CURTOCIRCUITO.
um custo menor. Importante: o consumo de ener-
gia depende da potência do aparelho e do tempo VERDADE
de sua utilização, e não da tensão. Neste caso, poderá ocasionar um princípio de in-
cêndio na edificação.
UMA BOA INSTALAÇÃO CUSTA CERCA DE
5% DO VALOR TOTAL DA OBRA. TOMADA QUENTE É UM PERIGO!
VERDADE VERDADE
Um projeto e instalação bem executados e com Uma tomada quente merece atenção especial, já
materiais de qualidade custam, em média, 5% do que além de desperdício de energia elétrica, tam-
valor da obra completa. bém indica possibilidade de fogo.

28
DÚVIDAS
VERDADES
SOBRE ELETRICIDADE

FORNO DE MICROONDAS, MÁQUINA DE A FUNÇÃO DO FIO TERRA É MINIMIZAR


LAVAR LOUÇAS, AQUECEDOR, ARCON OS EFEITOS DO CHOQUE EM UM INDI
DICIONADO, CHUVEIRO E TORNEIRA ELÉ VÍDUO.
TRICA SÃO EQUIPAMENTOS COM POTÊN
VERDADE
CIA ELEVADA.
Por isso, o fio terra ou de proteção jamais deve ser
VERDADE
anulado dos equipamentos. Priorize um bom sis-
Sim, assim como o fogão, secador de cabelo e o forno tema de aterramento na edificação para garantir a
elétrico. Fique atento, pois alguns fabricantes informam segurança de todos.
na embalagem do equipamento os valores recomen-
dados para os condutores e dispositivos de proteção. A CAPACIDADE DE CORRENTE DE FIOS E
CABOS ELÉTRICOS É A MESMA.
QUEDAS DE TENSÃO NÃO COMPROME
TEM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. VERDADE
A rigor, a principal diferença entre fios e cabos elé-
MITO
tricos está na flexibilidade. Como os cabos são fei-
Quedas frequentes de tensão podem comprometer tos por diversos filamentos são mais flexíveis.
equipamentos elétricos que não possuem autorre-
gulagem, abreviando sua vida útil ou provocando EXISTE UMA LEI QUE DETERMINA QUE
queimas prematuras. TODAS AS NOVAS EDIFICAÇÕES PRE
CISAM TER O ATERRAMENTO DA REDE
O USO DE BENJAMINS É SEGURO. ELÉTRICA.
MITO VERDADE
Cada tomada é dimensionada para a passagem de A Lei 11.337 de 26 de julho de 2006 estabelece
determinado valor de corrente elétrica. O uso de que as novas edificações tenham o aterramento
benjamins pode causar sobrecarga e curto-circuito. da rede elétrica.

29
ARTIGO

CURIOSIDADE
NÃO COMBINA
COM ELETRICIDADE
Foto: divulgação

Por Walter Wanderley Teixeira*

A qualificação profissional é o primeiro passo exata de materiais para comprar, evitando sobras
para uma instalação elétrica bem-sucedida, pois e desperdício.
não basta ter um bom projeto elétrico, utilizar ma- Na sequência, por meio do projeto de instala-
teriais certificados se o profissional responsável pela ção, o profissional deverá quantificar e determinar os
instalação não for no mínimo qualificado e, princi- pontos de utilização de energia elétrica; e definir o
* Walter Wanderley palmente, não conhecer as normas de segurança. tipo e o caminhamento de condutores, de condutos,
Teixeira é Instrutor Atualmente, todo profissional que trabalha di- de dispositivos de proteção, de comando, de medi-
de Práticas
reta ou indiretamente com eletricidade é obrigado ção e demais acessórios.
Profissionais do
Senai Orlando a ter o curso NR 10 – Segurança em Instalações e O disjuntor merece atenção redobrada. Embora
Lavieiro Ferraiuolo, Serviços em Eletricidade, cuja validade é de 2 anos. seja um dispositivo de segurança indispensável con-
em São Paulo (SP) A instalação elétrica é uma das etapas mais deli- tra sobrecargas, também pode falhar quando estiver
cadas da obra, caso seja mal feita pode trazer sérios mal dimensionado. Neste caso, poderá não ‘‘desar-
riscos, desde o consumo exagerado de energia até mar’’ quando ocorrer um curto-circuito, levando a
curtos-circuitos no sistema elétrico, ocasionados um princípio de incêndio.
pela fuga de corrente. A instalação elétrica exige uma série de cuidados,
Emendas mal feitas, condutores desencapados conhecimento técnico e experiência prática. Para
ou com isolação desgastada pelo tempo costumam que o profissional tenha sucesso em suas atividades,
ser as principais causas de fuga de energia. é preciso que esteja preparado e atualizado. É impor-
Manutenções preventivas reduzem considera- tante lembrar que apesar de ter varias indicações de
velmente o desperdício de energia e riscos de aci- como fazer, é imprescindível que o profissional da
dentes. Por isso, procure executar manutenções área elétrica busque conhecimento e preparação em
periódicas. Mas atenção: a vida útil de fios e cabos um curso profissionalizante, onde terá toda a base,
vai depender muito das condições da instalação, da conceitos e atualizações para que se sinta seguro e
mudança de equipamentos e do uso. Portanto, as transmita segurança nos serviços que irá executar.
manutenções são essenciais para o bom funciona- O Senai oferece vários cursos na área da Constru-
mento da instalação elétrica. ção Civil, inclusive voltados para a área de Eletricida-
É importante mostrar para o contratante que o de, bem como NR 10 – Segurança em Instalações e
projeto elétrico é fundamental para a obra e ainda Serviços em Eletricidade, obrigatório para os profis-
traz economia. Um bom projeto sugere uma lista sionais da área elétrica.

30
SEGURANÇA
RISCOS
ELÉTRICOS
O perigo não está só
no choque elétrico

A
ntes de introduzir o tema segurança
é preciso entender um pouco mais
sobre as normas técnicas brasileiras.
No Brasil, as normas oficiais são desenvol-
vidas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade Indus-
trial (INMETRO).

Existem diversas normas que abrangem quase todos os tipos de instalações e


produtos. Acompanhe as principais:
NR-10
&TUBCFMFDJEBFNFSFWJTBEBFN BOPSNBFTUBCFMFDFSFRVJTJUPTFDPOEJÉ×FTNÎOJNBT
QBSBBTNFEJEBTQBSBBTNFEJEBTEFDPOUSPMFFTJTUFNBTQSFWFOUJWPTSFMBDJPOBEPTBJOTUB
MBÉ×FT RVF PQFSBN FN FYUSBCBJYB UFOTÈP  CBJYB UFOTÈP F BMUB UFOTÈP $PN B BQMJDBÉÈP EB
OPSNB BQSPCBCJMJEBEFEFPDPSSËODJBEFBDJEFOUFTÊSFEV[JEBTJHOJàDBUJWBNFOUF

NBR 5410 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO


3FGFSËODJBPCSJHBUÓSJBRVBOEPTFGBMBFNTFHVSBOÉBDPNFMFUSJDJEBEF BOPSNBBQSFTFOUB
UPEPTPTDÃMDVMPTEFEJNFOTJPOBNFOUPEFDPOEVUPSFTFEJTQPTJUJWPTEFQSPUFÉÈP"/#3
FOHMPCBBTEJGFSFOUFTGPSNBTEFJOTUBMBÉÈPFBTJOáVFODJBTFYUFSOBTEFVNQSPKFUP"QSF
TFOUBPTBTQFDUPTEFTFHVSBOÉBEFGPSNBEFUBMIBEB JODMVJOEPPBUFSSBNFOUP BQSPUFÉÈPQPS
EJTQPTJUJWPTEFDPSSFOUFEFGVHB EFTPCSFUFOT×FTFTPCSFDPSSFOUFT

NBR 14039 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE MÉDIA TENSÃO


(DE 1,0 KV A 36,2 KV)
"CSBOHF JOTUBMBÉ×FT EF DPOTVNJEPSFT  JODMVJOEP TVBT TVCFTUBÉ×FT  EFOUSP EB GBJYB EF
UFOTÈP FTQFDJàDBEB &TUBCFMFDF DSJUÊSJPT FTQFDÎàDPT EF TFHVSBOÉB QBSB BT TVCFTUBÉ×FT
DPOTVNJEPSB JODMVJOEPBDFTTP QBSÄNFUSPTGÎTJDPTFEFJOGSBFTUSVUVSB

31
SEGURANÇA
Ao lidar com instalações e serviços elétricos, os principais riscos são: o choque elétrico,
o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos e o incêndio.

CHOQUE ELÉTRICO magnéticos no espaço ao redor do canal de corrente en-


Ocorre quando uma corrente elétrica percorre o tre a nuvem e o solo.
organismo humano e apresenta efeitos diversos. Tais
consequências variam de acordo com o percurso e in- ARCO ELÉTRICO
tensidade da corrente; tempo de duração; área de con- É uma ocorrência de curtíssima duração (menor do
tato; frequência de corrente elétrica; tensão elétrica; e que 0,5 segundo) que se caracteriza pela passagem de
condições da pele, constituição física e estado de saúde corrente elétrica pelo ar ou por outro meio isolante. Na
do indivíduo. prática, o arco elétrico pode acontecer quando o traba-
O choque elétrico pode ser estático, ocasionado pela lhador maneja ferramentas, instrumentos ou materiais
descarga eletrostática ou pela descarga de um capacitor; condutores próximos de instalações energizadas.
ou dinâmico, que ocorre por meio do contato com o As principais consequências de arcos elétricos são
elemento energizado. queimaduras e quedas, tendo em vista que é formada
O choque dinâmico é o mais perigoso, pois a rede de uma onda de pressão que pode empurrar e derrubar
energia elétrica mantém a pessoa energizada, ou seja, a o trabalhador.
corrente de choque persiste continuadamente.
Os efeitos do choque elétrico incluem: parada res- MEDIDAS DE CONTROLE
piratória, parada cardíaca, necrose (resultado de quei- Você já deve ter escutado alguém falar sobre
madas profundas), alteração no sangue, perturbação “medidas de controle” do risco elétrico. A expressão
do sistema nervoso e sequelas em vários órgãos do abrange um conjunto de atividades que permitem
corpo humano. identificar, entender, detectar, monitorar e evitar um
risco elétrico.
EXPOSIÇÃO A CAMPOS As medidas de controle começam a ser definidas
ELETROMAGNÉTICOS no projeto elétrico e prosseguem até os procedimentos
A queda de um raio é um bom exemplo de formação para situações de emergência. Utilizar equipamentos à
de campos eletromagnéticos na atmosfera. A corrente prova de explosão e certificados é um bom exemplo de
do raio sofre variação no tempo e cria campos elétricos medida de controle.

RISCOS ELÉTRICOS E ADICIONAIS


RISCO ELÉTRICO MEDIDAS DE CONTROLE
%FTFOFSHJ[BÉÈP UFOTÈPEFTFHVSBOÉB CBSSFJSBT JOWÓMVDSPT 
$IPRVFFMÊUSJDP
MVWBT CPUBEFTFHVSBOÉBFDBQBDFUF
"SDPFMÊUSJDP 1SPUFUPSGBDJBMFWFTUJNFOUB
/ÈPQPTTVJSJNQMBOUFTFMFUSÔOJDPTOPDPSQPFPVQSÓUFTFT
$BNQPTFMFUSPNBHOÊUJDPT NFUÃMJDBT CMJOEBHFOT
RISCOS ADICIONAIS MEDIDAS DE CONTROLE

5SBCBMIPFNBMUVSB $JOUPEFTFHVSBOÉBDPNUSBWBEFRVFEBFMJOIBEFWJEB
"NCJFOUFDPOàOBEP 5SFJOBNFOUPFTQFDÎàDP
¦SFBDMBTTJàDBEB 5SFJOBNFOUPFTQFDÎàDP
*OTUBMBÉÈPFMÊUSJDBFNBNCJFOUFFYQMPTJWP 1SPKFUPFNBUFSJBJTDFSUJàDBEPT
4PCSFUFOT×FTUSBOTJUÓSJBT %JTQPTJUJWPTDPOUSBTVSUPT
%FTDBSHBTBUNPTGÊSJDBT 41%"FJOUFSSVQÉÈPEPTUSBCBMIPTBDÊVBCFSUP
&MJNJOBÉÈPBQBSUJSEPVTPEFJPOJ[BEPSFT BUFSSBEPSFTF
&MFUSJDJEBEFFTUÃUJDB
NBOUBTEJTTJQBEPSBT
6NJEBEF %FTVNJEJàDBÉÈP
3FNPÉÈP DPOTJEFSBOEPPTDSJUÊSJPTEFQSFTFSWBÉÈPEP
'MPSB NFJPBNCJFOUF
Fonte: Apostila
NR 10 Riscos INQFEJNFOUPEBDJSDVMBÉÈPPVFOUSBEBOBTJOTUBMBÉ×FT
Elétricos Senai 'BVOB FMÊUSJDBTFDPOUSPMFEBTQSBHBT
Nacional

32
SEGURANÇA
EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DICAS GERAIS DE SEGURANÇA
O instalador elétrico deve utilizar vestimentas r"OUFTEFRVBMRVFSJOUFSWFOÉÈP EFTMJHVFBDIBWFHFSBM
adequadas às atividades e jamais usar adornos pes- r5FTUFTFNQSFPDJSDVJUPBOUFTEFJOJDJBSPUSBCBMIPQBSB
soais, principalmente metálicos ou em materiais UFSDFSUF[BEFRVFOÈPFTUÃFOFSHJ[BEP
que facilitem a condução de energia. r%FTDPOFDUFPTQMVHVFTEVSBOUFBNBOVUFOÉÈP
EPTFRVJQBNFOUPT
ÓCULOS DE SEGURANÇA r-FJBDPNBUFOÉÈPBTJOTUSVÉ×FTDPOUJEBTOBT
É indicado contra elementos que possam prejudi- FNCBMBHFOTEPTQSPEVUPTRVFTFSÈPJOTUBMBEPT
r6UJMJ[FTPNFOUFGFSSBNFOUBTDPNDBCPJTPMBEPFN
car a visão como, por exemplo, descargas elétricas.
NBUFSJBMJTPMBOUF CPSSBDIB QMÃTUJDPFNBEFJSB

r/ÈPVTFKPJBTPVPCKFUPTNFUÃMJDPT SFMÓHJPT
CAPACETES DE SEGURANÇA QVMTFJSBTFDPSSFOUFT

Utilizado para proteger contra quedas de objetos r6UJMJ[FTPNFOUFTBQBUPTDPNTPMBEPEFCPSSBDIB
e contatos acidentais com as partes energizadas na r+BNBJTUSBCBMIFDPNNÈPTPVQÊTNPMIBEPT
instalação. r6UJMJ[FDBQBDFUFEFQSPUFÉÈPTFNQSFRVFFYFDVUBS
TFSWJÉPTFNPCSBTDPNBOEBJNFTPVFTDBEBT
LUVAS ISOLANTES
Possuem identificação no punho com informações
sobre a tensão de uso.
O QUE FAZER
QUANDO ALGUÉM É
BOTINA SEM BIQUEIRA DE AÇO ATINGIDO POR UM
Ajuda a minimizar as consequências de contatos
CHOQUE ELÉTRICO?
com partes energizadas e são selecionadas confor-
r 1SPWJEFODJFTPDPSSPNÊEJDP
me o nível de tensão de isolação e aplicabilidade. JNFEJBUBNFOUF
r /ÈPUPRVFOBWÎUJNBPVOPàP
CINTURÃO DE SEGURANÇA FMÊUSJDPTFNTBCFSTFPTàPTFTUÈP
Obrigatório em trabalhos realizados acima de 2 MJHBEPTPVOÈP
r %FTMJHVFBUPNBEBPVBDIBWFHFSBM
metros de altura, podendo ser abdominal e de três TFGPSVNBDJEFOUFOBTJOTUBMBÉ×FT
pontos (paraquedista). JOUFSOBT$BTPPQSPCMFNB
TFKBFYUFSOP DIBNFBFNQSFTB
GPSOFDFEPSBEFFOFSHJB
PROTETORES AURICULARES
Indicado para minimizar consequências de ruídos
prejudiciais à audição.
Fonte:
MÁSCARAS/ RESPIRADORES Apostila NR10 Riscos Elétricos, do Curso Básico de Segurança em Instalações
e Serviços em Eletricidade da Confederação Nacional de Indústria e Serviço
Destinado para uso em áreas confinadas, sujeitas à Nacional de Aprendizagem Industrial do Departamento Nacional.
emissão de gases e poeiras.
33
GLOSSÁRIO

AMPÈRE: unidade de medida da grandeza elétrica.

AGW: sigla de American Wire Gauge, denominação norte-americana utilizada para


bitola (espessura de fios e cabos elétricos).

CARGA INSTALADA: soma das potências nominais dos equipamentos


elétricos instalados.

CURTO-CIRCUITO: ligação intencional ou acidental entre dois ou mais


pontos de um circuito com baixo valor de resistência.

JAMPE: pequeno trecho de condutor, não submetido à tração, que mantém a


Confira alguns continuidade elétrica de duas pontas descontínuas de outros condutores.
termos técnicos
usados pelos
profissionais e KVA: unidade de medida de potência aparente na base unitária de 1000 VAs. É
aumente o seu diferente de Watts, pois é a soma da potência ativa com a reativa.
vocabulário.
KWH: símbolo universal que define a unidade base de medida de consumo de
energia elétrica, corresponde a 1000 Watts de consumo em uma hora.

LIGAÇÃO EM PARALELO: ligação de dispositivos de modo que todos


sejam submetidos à mesma tensão.

LIGAÇÃO EM SÉRIE: ligação de dispositivos de modo que todos sejam


percorridos pela mesma corrente.

VOLT: unidade que mede a tensão elétrica da instalação.

WATT: unidade do Sistema Internacional de Unidades, usada para medir a


potência elétrica.
DICA DO MC

TESTE DE FUGA
DE ENERGIA
Desligue todos os equipamentos da tomada
e apague as luzes. Se o disco do medidor
continuar girando, e der uma volta em menos
de 15 minutos, pode existir fuga de energia.

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CONFIRA NESTA
EDIÇÃO

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