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ELÉTRICA
TIRE SUAS
DÚVIDAS
Mitos e verdades
sobre eletricidade
SEGURANÇA
Proteja-se contra os riscos
FIOS E CABOS
Os cuidados necessários e
como fazer a escolha certa
PASSO A PASSO
CASAMENTO PERFEITO
Aprenda a instalar um painel elétrico
1
E MAIS: planejamento, execução, ferramentas e produtos
2
EDITORIAL
Prezado leitor
A instalação elétrica é uma das fases da construção que mais desperta
dúvidas: como fazer, por onde começar, quais produtos usar e que riscos
corremos são apenas algumas delas. Pensando nisso, esta edição de
Manual do Construtor - Etapas da Construção é totalmente dedicada ao
tema eletricidade.
Conheça a importância de um bom planejamento para fazer instalações
elétricas, as opções de quadros de distribuição e dicas imperscindíveis de
segurança. Na seção Passo a passo, confira, em detalhes, como é feita a
instalação de um painel elétrico. E no artigo do professor Walter Wanderley
Teixeira, conheça a importância de um profissional bem qualificado para
executar um serviço de instalação elétrica. Lembre-se: para lidar com
energia, conhecimento e segurança vêm em primeiro lugar.
Boa leitura e até a próxima edição.
A Redação
atendimento@caseeditorial.com.br
SUMÁRIO
04 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Foto: Ivan Pontes
08 SHOPPING DO CONSTRUTOR
Lançamentos das principais marcas
10 VITRINE
Quadros de distribuição e acessórios
12 PASSO A PASSO
Aprenda a instalar um painel elétrico
26 ESPECIAL
Conheça os tipos e usos de cabos e fios
28 DÚVIDAS
Mitos e verdades sobre eletricidade
30 ARTIGO
A necessidade de um bom profissional
31 SEGURANÇA
As normas e perigos elétricos
4
34 GLOSSÁRIO
Saiba o significado de alguns termos técnicos
AGRADECIMENTO: Professor Walter Wanderley Teixeira e demais profissionais do Senai Orlando Lavieiro
Ferraiuolo, em São Paulo (SP)
3
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
A
instalação elétrica é um conjunto formado rão instalados”, explica Walter Wanderley Teixeira,
por fios, cabos e outros acessórios com ca- instrutor de Práticas Profissionais do Senai Orlando
racterísticas coordenadas entre si e essen- Lavieiro Ferraiuolo, de São Paulo (SP).
ciais para o funcionamento de um sistema elétrico. Para garantir segurança é importante que o ins-
Todas as instalações são definidas em um projeto talador seja capacitado, para não colocar a sua vida
elétrico elaborado por um profissional especializa- e dos futuros ocupantes da edificação. “Uma ins-
do ainda na planta feita pelo arquiteto. “O projeto talação mal feita pode provocar sérios problemas,
elétrico determina o porte da instalação, estabelece desde o consumo exagerado de energia elétrica até
circuitos e especifica os materiais que serão usados curtos-circuitos no sistema, ocasionados pela fuga
na obra. Também cabe ao projeto definir pontos de corrente. Mas atenção, não basta ter um bom
de luz e de eletricidade da edificação a partir de projeto se a instalação não for realizada por profis-
uma avaliação das necessidades de cada ambiente sionais qualificados e não utilizar produtos certifica-
e dos possíveis aparelhos eletroeletrônicos que se- dos”, alerta Walter.
4
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
UMA IMPORTANTE protege os condutores contra situações anormais
ETAPA DA OBRA de funcionamento do sistema, portanto não deve-
A instalação elétrica é uma das etapas mais deli- mos substituí-los sem uma minuciosa avaliação das
cadas da obra e merece atenção especial, tendo em condições dos condutores dos circuitos”, observa o
vista que o choque elétrico é uma das principais instrutor do Senai.
causas de acidentes graves e fatais em construções. O valor do disjuntor é sempre expresso em
Por isso, a falta de conhecimento coloca em risco ampères e deve ser compatível com a capacida-
não só quem trabalha na obra, mas compromete os de de condução da seção (bitola) do condutor, e
futuros ocupantes da edificação. “As instalações elé- ambos dependem da corrente elétrica que circula
tricas devem ser iniciadas na fase de concretagem na instalação.
e se desenvolver durante o andamento da constru- A substituição de um disjuntor por outro de
ção. A fase final ocorre durante a pintura, quando corrente mais alta requer uma análise do circuito e a
são instalados os espelhos das tomadas e os inter- possibilidade de troca dos condutores (fios e cabos
ruptores”, diz o instrutor do Senai. elétricos) por outros de seção (bitola) maior. “Quan-
Nesta etapa, é imprescindível utilizar mate- do o disjuntor desliga um circuito, a causa pode ser
riais que atendam às normas vigentes do País. uma sobrecarga ou um curto-circuito. Fique atento,
“Nas embalagens de fios e cabos elétricos, por pois desligamentos frequentes indicam sobrecarga.
exemplo, há identificação da certificação de con- Por isso, não é recomendado trocar os disjuntores
formidade do Instituto Nacional de Metrologia, por outros de corrente mais alta sem analisar o cir-
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), cuito”, reforça Walter.
bem como nas tomadas, disjuntores e outros
materiais”, informa Walter. DISPOSITIVO DR
Um sistema elétrico bem feito pode durar, em É OBRIGATÓRIO
média, 20 anos. Mas ao completar 10 anos, já é O dispositivo Diferencial Residual (DR) desem-
recomendável realizar uma revisão para verificar o penha um papel importante na instalação elétrica,
estado dos condutores, soquetes, interruptores e já que é responsável por detectar fugas de corren-
outros materiais usados na instalação. te elétrica, ocasionadas pelo vazamento de energia
dos condutores, por uma falha na isolação ou pela
DISJUNTORES GARANTEM instalação incorreta.
SEGURANÇA Assim que identifica uma fuga de corrente na
O disjuntor funciona como um guarda-costas instalação, o DR desliga o circuito imediatamen-
da instalação elétrica, ou seja, deve ser usado como te para evitar que uma pessoa seja vítima de um
um dispositivo de segurança contra sobrecargas. O choque elétrico. “O Dispositivo DR é um interrup-
disjuntor pode ser unipolar, bipolar ou tripolar, e a tor automático que desliga correntes elétricas de
sua utilização dependerá das especificações feitas pequena intensidade, que, geralmente, o disjuntor
no projeto elétrico. “Toda vez que a capacidade dos comum não consegue detectar, mas podem ser fa-
condutores for ultrapassada, o disjuntor desligará tais para uma pessoa que tocar o condutor carre-
sozinho. É uma espécie de alerta para que o pro- gado ou algo que se transformou em um condutor
blema seja verificado, sanado e possa ser religado”, acidentalmente devido a uma falha no isolamento,
explica Walter. por exemplo”, acrescenta Walter.
Vale lembrar que o disjuntor é diferente do fusí- O DR pode ser utilizado por ponto, por circuito
vel, que ao indicar que a capacidade dos conduto- ou por grupo de circuitos e de acordo com a nor-
res foi ultrapassada, não poderá ser religado, neces- ma NBR 5410 é obrigatório desde 1997, em circui-
sita ser substituído. tos que sirvam a pontos de utilização situados em
Em instalações elétricas, os circuitos são dividi- locais com chuveiro e banheira, nos circuitos que
dos e protegidos por disjuntores, de acordo com alimentam tomadas localizadas em áreas externas
a capacidade de cada um. “O disjuntor ou fusível da edificação, nos circuitos que alimentam toma-
5
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
das internas que possam alimentar equipamentos A tabela abaixo ajuda a mostrar quanto é im-
usados na área externa e também nos circuitos que portante acertar na escolha do DR. Para que isso
sirvam a pontos de utilização localizados na cozi- aconteça, a corrente nominal (In) do DR deve ser
nha, copa, lavanderia, área de serviço, garagem e maior ou igual à corrente do disjuntor do circuito
outras dependências internas molhadas ou sujeitas ou geral. Note que o exemplo 40 A é ideal.
a lavagens constantes.
Disjuntor e
dispositivo DR
ideais para
o exemplo
POR QUE SEPARAR CIRCUITOS Mas você deve estar se perguntando qual é o
DE ILUMINAÇÃO E DE FORÇA? momento de usar um fio e quando optar por ca-
De acordo com a NBR 5410, com relação às insta- bos. Em geral, o cabo é mais usado em trechos onde
lações elétricas de baixa tensão, é recomendável sepa- há curvas, por ser bastante maleável. A escolha dos
rar os circuitos de iluminação e de força em todos os condutores é sempre baseada na aplicação ou pre-
tipos de edificações e aplicações. “Existem dois bons ferência do projetista/ instalador.
motivos para separar os circuitos. O primeiro é que Independentemente da escolha por fios ou
dessa forma um circuito não será afetado pela falha cabos, é fundamental optar por produtos que te-
do outro, caso ocorra um defeito em um deles. O nham identificações claras como seção, temperatu-
segundo motivo é que o fato de separar os circuitos ra, tensão de isolamento e número da norma que
de iluminação e de força auxilia na implementação especifica as características técnicas referidas.
das medidas de proteção adequadas contra choques Os materiais condutores mais utilizados são fei-
elétricos”, esclarece o instrutor do Senai. tos de cobre e revestidos por plástico ou borracha
isolante. Sua aplicação como condutor de eletrici-
FIOS E CABOS CONDUTORES dade é protegida em eletrodutos e destinada à dis-
Um fio é um segmento fino, cilíndrico, flexível e tribuição de luz, força motriz, aquecimento, sinali-
alongado, que deve ser escolhido com muito cuida- zação ou campainha.
do em uma instalação elétrica, já que deverá condu- Segundo Walter, as seções mínimas recomenda-
zir a corrente elétrica. das por norma são de 1,5 mm² para iluminação e
A diferença entre um fio e um cabo está na flexi- 2,5 mm² para tomadas de força. “Circuitos especiais
bilidade, pois a capacidade de condução de corrente como o do chuveiro ou da torneira elétrica devem ter
é a mesma. Os fios são mais rígidos, pois são feitos de a potência do equipamento como parâmetro para a
um único filamento. Já os cabos são compostos por determinação da seção (bitola) do fio”, completa.
diversos filamentos finos, que proporcionam mais Os fios que não ficam embutidos nas paredes me-
flexibilidade e facilitam a colocação nos eletrodutos recem atenção especial e precisam estar com uma se-
(conduíte, usado para passar a fiação). gunda camada plástica protetora, além da isolação.
6
ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES
CORES PADRÃO EM CIRCUITOS DE BAIXA TENSÃO
Conforme a norma NBR 5410, o instalador deverá seguir as cores padrão para circuitos de baixa tensão.
O condutor com isolação na cor azul-claro deve ser utilizado como neutro, já o verde-amarelo ou
verde é o conhecido fio terra ou proteção. Já o condutor fase pode ser de qualquer cor, exceto as cores
estabelecidas para neutro e proteção.
PROTEÇÃO
RETORNO
FASE
NEUTRO
7
CONSTRUTOR
SHOPPING DO
Fotos: divulgação
AMBIENTE
PURIFICADO
Disponíveis na versão
fluorescente e luz noturna
de LED, a Golden lançou
as lâmpadas Purify.
Ecologicamente correta,
com design diferenciado
e baixo custo de energia,
a novidade torna o ar
mais limpo e saudável. De
acordo com a empresa,
a tecnologia empregada
ANTICHAMA nas lâmpadas elimina as
partículas em suspensão
As fitas isolantes da Tramontina são produzidas à base de
filme de PVC antichama. O uso é especial para fios e cabos como o pó, poluentes e
elétricos, proporcionando uma isolação mais eficaz e sem risco odores indesejáveis e nocivos
de choques elétricos. Segundo o fabricante, as fitas possuem à saúde. Além de economizar
uma ótima elasticidade, alongando até 200% do seu tamanho energia elétrica, elas duram
normal. Elas possuem resistência de isolamento elétrico de até oito vezes mais do que as
até 750 v e suportam temperaturas no limite de 80º C sem lâmpadas comuns.
ocasionar deformação.
CUIDADO
NECESSÁRIO
As novas luvas da Orion estão
aptas a oferecer proteção
pessoal em serviços de
instalação elétrica. Feitas à
base de borracha natural, são
destinadas exclusivamente
a proteger a mão, o punho
e a parte do antebraço,
sem comprometer os
movimentos dos dedos.
Segundo o fabricante, se usadas
corretamente, as luvas isolantes
inibem choques elétricos,
queimaduras e até lesões sérias.
PROTEÇÃO
A Lagrotta Azzurra tem luvas de látex
descartáveis especiais para a construção civil,
pois são fabricadas para proteger contra possíveis
problemas causados à pele da mão em contato
com químicas, como as do cimento, por
exemplo. De acordo com o fabricante, elas são
confeccionadas sem adição de pigmentação,
portanto têm a cor natural e pessoas alérgicas
podem usar sem problemas. Os tamanhos vão
desde o extrapequeno até o extragrande.
8
CONSTRUTOR
SHOPPING DO
MULTIUSO
A Irwin está no mercado com um novo alicate
descascador Vise-Grip. A ferramenta é indicada
para eletricistas e outros profissionais que
trabalham com preparação, ajuste e manutenção
de fiações elétricas, redes ou outras tarefas que
envolvem fios e cabos. Um dos destaques do
alicate é seu multiuso, porque, além dos fios,
ele corta arames e é capaz de crimpar terminais.
O cabo também tem design ergonômico, se
moldando às mãos e proporcionando maior
conforto e segurança.
LUMINÁRIA DE LED
As novas luminárias de emergência 30 LEDs, da
Foxlux, são leves e portáteis, o que facilita o transporte
para qualquer lugar em que há necessidade de
iluminação, caso falte energia elétrica. O lançamento
inaugura a entrada da empresa no segmento de
iluminação por LED, que é mais barata e tem um
alto rendimento. Além de ser bivolt, ela tem bateria
recarregável e opera com dois níveis de fluxo
luminoso, o que garante o uso por até seis horas.
9
VITRINE
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
O
quadro de distribuição é um importante
Fotos: divulgação
elemento do sistema elétrico, destinado
a receber a energia e a distribuí-la a um
ou mais circuitos. É uma caixa onde estão locali-
zados os disjuntores ou fusíveis da qual partem os
circuitos que abastecem a residência.
O tamanho do quadro costuma variar de acor-
do com o projeto elétrico, mas o material deve ser
obrigatoriamente incombustível.
SIMBOX XF
Siemens
Fabricado em termoplástico, o modelo Simbox XF
atende às normas nacionais e internacionais (NBR IEC
60439-3, NBR IEC 60670-1 e IEC 60670-24) e propor-
ciona mais segurança aos usuários. Apresenta como
diferencial maior espaço interno, o que facilita o pro-
cesso de instalação e a passagem dos fios e cabos. O
produto não enferruja, ajuda a evitar riscos de cho-
ques elétricos e é adequado para ambientes úmidos.
Disponível em 12, 18, 24, 36 e 54 módulos, com porta
opaca ou transparente.
SIMBOX LC
Siemens
Em material termoplástico, o modelo Simbox LC é adequado para distri-
buição de energia elétrica em instalações residenciais, prediais e comerciais.
Disponível na cor branca, com porta opaca ou transparente, apresenta capa-
cidade para 4 a 36 módulos.
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VITRINE
CAIXAS DE LUZ 4X2’’ E 4X4’’ TIGREFLEX
Tigre
Com maior espaço interno e fendas nas paredes e no fundo para
recortar e acoplar mais eletrodutos, as caixas de luz Tigreflex estão
disponíveis nos tamanhos 4X2’’ e 4X4’’. Apresentam reforço estrutu-
ral nas bordas, o que possibilita resistência à deformação, têm orelhas
resistentes, são antichamas e, ainda, aceitam a instalação de qualquer
fabricante de interruptores e tomadas.
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
AMANCO
Amanco
O principal atrativo da família de Quadros de Distribuição
Amanco está no design, com as versões lisa e mosaico. Dispo-
níveis para 4, 8, 12, 24 e 36 disjuntores DIN, os quadros podem
ser usados em instalações elétricas de baixa tensão para resi-
dências, comércios e indústrias, com a possibilidade de insta-
lação em estruturas de alvenaria e drywall.
11
PASSO A PASSO
PAINEL ELÉTRICO:
COMO SE FAZ
Acompanhe a instalação da parte
elétrica mais necessária de uma casa
A
Fotos: Ivan Pontes
qualidade de uma instalação elétrica depen-
de basicamente do conhecimento do pro-
fissional contratado para executar o serviço.
É fundamental que o instalador siga o projeto elétri-
co que foi determinado ainda na planta da edifica-
ção, além de optar por componentes adequados e
técnicas que atendam às normas vigentes.
Vale lembrar que os principais componentes
utilizados em uma instalação elétrica, como fios,
cabos, disjuntores, chaves e eletrodutos têm a ava-
liação e fiscalização do Inmetro.
Acompanhe o passo a passo da instalação de
um painel elétrico de uma residência, executado
por Helder Luiz Taveira de Assis, instrutor de Eletro-
eletrônica do Senai Orlando Lavieiro Farraiuolo, de
São Paulo (SP).
1
O primeiro passo é introduzir uma guia de
nylon (fio guia) no eletroduto, até que esta
saia na caixa de luz.
12
PASSO A PASSO
2
3
Então, emende os condutores na guia de nylon, até que fiquem totalmente presos.
13
PASSO A PASSO
4
Por meio da guia de nylon, puxe os condutores através
dos eletrodutos até chegar aos pontos de instalação.
14
PASSO A PASSO
5
Utilize a alicate decapador para retirar a isolação
do condutor de retorno.
15
PASSO A PASSO
6
Encaixe o condutor decapado no terminal do interruptor
ou da tomada (de acordo com a instalação)
7
Com o auxílio de uma chave de fenda apropriada, fixe o
condutor ao terminal.
16
PASSO A PASSO
8
Encaixe a moldura na caixa de interruptor e com o au-
xílio de uma chave de fenda ou modelo Philips ajuste os
parafusos.
9
Encaixe o fio condutor neutro no terminal da tomada loca-
lizado do lado direito da parte posterior.
17
PASSO A PASSO
10
Repita o processo com o condutor fase, de forma que seja
encaixado no terminal do lado esquerdo.
11
Por último, encaixe o condutor terra no terminal central.
18
PASSO A PASSO
12
Com o auxílio da chave de fenda ou modelo Philips, colo-
que a moldura na caixa de instalação da tomada.
13
Após montar as tomadas e interruptores, você deverá se
preparar para a montagem do quadro de distribuição. Des-
trave o DR, deslocando a peça vermelha para a lateral.
19
PASSO A PASSO
14
Encaixe o DR no trilho do quadro de distribuição, de forma
que fique travado.
15
Repita o processo com os demais componentes, de acordo
com o projeto de instalação elétrica da residência. Lembre-
se de que instalações mais simples levam no mínimo quatro
componentes, sempre de acordo com a carga a ser instalada.
20
PASSO A PASSO
16
Conecte os condutores que vem do medidor ao DR,
de acordo com o diagrama elétrico.
17
Conecte o condutor neutro ao barramento de neutro,
localizado no painel de distribuição.
21
PASSO A PASSO
18
Repita o processo com o condutor terra, conectando-o ao
barramento de terra. Importante: em quadros metálicos,
o barramento de terra é conectado direto a estrutura do
quadro, enquanto o de neutro tem um elemento isolante
entre o barramento e a estrutura do quadro.
19
Conecte o barramento de distribuição de fases nos termi-
nais ou bornes de entrada dos disjuntores.
22
PASSO A PASSO
20
Com o auxílio da chave de fenda, conecte o condutor fase
ao terminal de saída do DR.
21
A outra ponta deste mesmo condutor fase deverá conec-
tar o DR ao barramento de distribuição de fases dos disjun-
tores dos circuitos.
23
PASSO A PASSO
22
Repita o procedimento com o outro condutor fase, até que
ambos estejam conectados ao barramento e disjuntor.
23
Conecte os condutores da tomada ou do disjuntor, sendo que
o neutro deverá ficar no barramento de neutro, o terra per-
manecerá no barramento de terra, repetindo o procedimento
para os demais fios do circuito, de acordo com o projeto.
24
PASSO A PASSO
24
Com o quadro de distribuição completo,
Está pronto o quadro de distribuição.
utilize uma braçadeira plástica e um alicate
para fazer o acabamento.
25
ESPECIAL
FIOS
E CABOS
Tudo o que você precisa saber
antes de começar a instalação
V
ocê sabia que fios e cabos elétricos desen- Outro cuidado importante é verificar se as cai-
capados ou emendas mal feitas são fato- xas de derivação, ligação ou passagem estão inter-
res que contribuem para o desperdício de namente limpas e secas.
energia? Por isso, todo cuidado é pouco no mo- A menor seção (bitola) permitida por norma
mento da instalação dos fios. É importante que a para circuitos de lâmpadas é de 1,5 mm2 e para
instalação seja executada apenas quando determi- tomadas de força é de 2,5 mm2. “Não há problema
nadas etapas da obra estejam concluídas. São elas: em utilizar uma seção nominal superior, só não é
revestimento de paredes, teto e pisos, e imperme- permitido por norma utilizar uma seção inferior.
abilização ou telhamento. Ao aumentar a seção sem necessidade, também
Também é importante que portas, janelas e ve- aumenta o custo da instalação” explica o instrutor
dações já estejam devidamente colocadas, sobre- do Senai, Walter Wanderley Teixeira.
tudo aquelas que impedem a penetração da água
da chuva.
26
ESPECIAL
A norma NBR 5410 estabelece que os fios ou cabos não ocupem
mais do que 53% da área útil do eletroduto, quando for utilizado
apenas um condutor. Já quando a instalação usar dois condutores,
os fios e cabos não poderão ocupar mais do que 31%. Para três ou
mais condutores no mesmo eletroduto, a ocupação dos fios e cabos
elétricos não deverá ultrapassar 40%. DICAS IMPORTANTES
27
DÚVIDAS
UMA RESIDÊNCIA COM 220 VOLTS GAS ANTICHAMAS É O MESMO QUE BWF.
TA MENOS ENERGIA ELÉTRICA.
VERDADE
MITO
A sigla BWF encontrada nas embalagens indica que
O consumo é o mesmo. O uso de tensão 220 V é o produto é antichamas.
vantajoso para circuitos com corrente elétrica ele-
vada ou tomada de uso especial, ou específico, pois UM DISJUNTOR ANTIGO OU SUPERDIMEN
traz a possibilidade de utilizar uma seção de condu- SIONADO PODE NÃO DESARMAR QUAN
tor menor que em 127 volts e, como consequência, DO OCORRER UM CURTOCIRCUITO.
um custo menor. Importante: o consumo de ener-
gia depende da potência do aparelho e do tempo VERDADE
de sua utilização, e não da tensão. Neste caso, poderá ocasionar um princípio de in-
cêndio na edificação.
UMA BOA INSTALAÇÃO CUSTA CERCA DE
5% DO VALOR TOTAL DA OBRA. TOMADA QUENTE É UM PERIGO!
VERDADE VERDADE
Um projeto e instalação bem executados e com Uma tomada quente merece atenção especial, já
materiais de qualidade custam, em média, 5% do que além de desperdício de energia elétrica, tam-
valor da obra completa. bém indica possibilidade de fogo.
28
DÚVIDAS
VERDADES
SOBRE ELETRICIDADE
29
ARTIGO
CURIOSIDADE
NÃO COMBINA
COM ELETRICIDADE
Foto: divulgação
A qualificação profissional é o primeiro passo exata de materiais para comprar, evitando sobras
para uma instalação elétrica bem-sucedida, pois e desperdício.
não basta ter um bom projeto elétrico, utilizar ma- Na sequência, por meio do projeto de instala-
teriais certificados se o profissional responsável pela ção, o profissional deverá quantificar e determinar os
instalação não for no mínimo qualificado e, princi- pontos de utilização de energia elétrica; e definir o
* Walter Wanderley palmente, não conhecer as normas de segurança. tipo e o caminhamento de condutores, de condutos,
Teixeira é Instrutor Atualmente, todo profissional que trabalha di- de dispositivos de proteção, de comando, de medi-
de Práticas
reta ou indiretamente com eletricidade é obrigado ção e demais acessórios.
Profissionais do
Senai Orlando a ter o curso NR 10 – Segurança em Instalações e O disjuntor merece atenção redobrada. Embora
Lavieiro Ferraiuolo, Serviços em Eletricidade, cuja validade é de 2 anos. seja um dispositivo de segurança indispensável con-
em São Paulo (SP) A instalação elétrica é uma das etapas mais deli- tra sobrecargas, também pode falhar quando estiver
cadas da obra, caso seja mal feita pode trazer sérios mal dimensionado. Neste caso, poderá não ‘‘desar-
riscos, desde o consumo exagerado de energia até mar’’ quando ocorrer um curto-circuito, levando a
curtos-circuitos no sistema elétrico, ocasionados um princípio de incêndio.
pela fuga de corrente. A instalação elétrica exige uma série de cuidados,
Emendas mal feitas, condutores desencapados conhecimento técnico e experiência prática. Para
ou com isolação desgastada pelo tempo costumam que o profissional tenha sucesso em suas atividades,
ser as principais causas de fuga de energia. é preciso que esteja preparado e atualizado. É impor-
Manutenções preventivas reduzem considera- tante lembrar que apesar de ter varias indicações de
velmente o desperdício de energia e riscos de aci- como fazer, é imprescindível que o profissional da
dentes. Por isso, procure executar manutenções área elétrica busque conhecimento e preparação em
periódicas. Mas atenção: a vida útil de fios e cabos um curso profissionalizante, onde terá toda a base,
vai depender muito das condições da instalação, da conceitos e atualizações para que se sinta seguro e
mudança de equipamentos e do uso. Portanto, as transmita segurança nos serviços que irá executar.
manutenções são essenciais para o bom funciona- O Senai oferece vários cursos na área da Constru-
mento da instalação elétrica. ção Civil, inclusive voltados para a área de Eletricida-
É importante mostrar para o contratante que o de, bem como NR 10 – Segurança em Instalações e
projeto elétrico é fundamental para a obra e ainda Serviços em Eletricidade, obrigatório para os profis-
traz economia. Um bom projeto sugere uma lista sionais da área elétrica.
30
SEGURANÇA
RISCOS
ELÉTRICOS
O perigo não está só
no choque elétrico
A
ntes de introduzir o tema segurança
é preciso entender um pouco mais
sobre as normas técnicas brasileiras.
No Brasil, as normas oficiais são desenvol-
vidas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade Indus-
trial (INMETRO).
31
SEGURANÇA
Ao lidar com instalações e serviços elétricos, os principais riscos são: o choque elétrico,
o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos e o incêndio.
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Fonte: Apostila
NR 10 Riscos INQFEJNFOUPEBDJSDVMBÉÈPPVFOUSBEBOBTJOTUBMBÉ×FT
Elétricos Senai 'BVOB FMÊUSJDBTFDPOUSPMFEBTQSBHBT
Nacional
32
SEGURANÇA
EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DICAS GERAIS DE SEGURANÇA
O instalador elétrico deve utilizar vestimentas r"OUFTEFRVBMRVFSJOUFSWFOÉÈP
EFTMJHVFBDIBWFHFSBM
adequadas às atividades e jamais usar adornos pes- r5FTUFTFNQSFPDJSDVJUPBOUFTEFJOJDJBSPUSBCBMIPQBSB
soais, principalmente metálicos ou em materiais UFSDFSUF[BEFRVFOÈPFTUÃFOFSHJ[BEP
que facilitem a condução de energia. r%FTDPOFDUFPTQMVHVFTEVSBOUFBNBOVUFOÉÈP
EPTFRVJQBNFOUPT
ÓCULOS DE SEGURANÇA r-FJBDPNBUFOÉÈPBTJOTUSVÉ×FTDPOUJEBTOBT
É indicado contra elementos que possam prejudi- FNCBMBHFOTEPTQSPEVUPTRVFTFSÈPJOTUBMBEPT
r6UJMJ[FTPNFOUFGFSSBNFOUBTDPNDBCPJTPMBEPFN
car a visão como, por exemplo, descargas elétricas.
NBUFSJBMJTPMBOUF CPSSBDIB
QMÃTUJDPFNBEFJSB
r/ÈPVTFKPJBTPVPCKFUPTNFUÃMJDPT SFMÓHJPT
CAPACETES DE SEGURANÇA QVMTFJSBTFDPSSFOUFT
Utilizado para proteger contra quedas de objetos r6UJMJ[FTPNFOUFTBQBUPTDPNTPMBEPEFCPSSBDIB
e contatos acidentais com as partes energizadas na r+BNBJTUSBCBMIFDPNNÈPTPVQÊTNPMIBEPT
instalação. r6UJMJ[FDBQBDFUFEFQSPUFÉÈPTFNQSFRVFFYFDVUBS
TFSWJÉPTFNPCSBTDPNBOEBJNFTPVFTDBEBT
LUVAS ISOLANTES
Possuem identificação no punho com informações
sobre a tensão de uso.
O QUE FAZER
QUANDO ALGUÉM É
BOTINA SEM BIQUEIRA DE AÇO ATINGIDO POR UM
Ajuda a minimizar as consequências de contatos
CHOQUE ELÉTRICO?
com partes energizadas e são selecionadas confor-
r 1SPWJEFODJFTPDPSSPNÊEJDP
me o nível de tensão de isolação e aplicabilidade. JNFEJBUBNFOUF
r /ÈPUPRVFOBWÎUJNBPVOPàP
CINTURÃO DE SEGURANÇA FMÊUSJDPTFNTBCFSTFPTàPTFTUÈP
Obrigatório em trabalhos realizados acima de 2 MJHBEPTPVOÈP
r %FTMJHVFBUPNBEBPVBDIBWFHFSBM
metros de altura, podendo ser abdominal e de três TFGPSVNBDJEFOUFOBTJOTUBMBÉ×FT
pontos (paraquedista). JOUFSOBT$BTPPQSPCMFNB
TFKBFYUFSOP
DIBNFBFNQSFTB
GPSOFDFEPSBEFFOFSHJB
PROTETORES AURICULARES
Indicado para minimizar consequências de ruídos
prejudiciais à audição.
Fonte:
MÁSCARAS/ RESPIRADORES Apostila NR10 Riscos Elétricos, do Curso Básico de Segurança em Instalações
e Serviços em Eletricidade da Confederação Nacional de Indústria e Serviço
Destinado para uso em áreas confinadas, sujeitas à Nacional de Aprendizagem Industrial do Departamento Nacional.
emissão de gases e poeiras.
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GLOSSÁRIO
TESTE DE FUGA
DE ENERGIA
Desligue todos os equipamentos da tomada
e apague as luzes. Se o disco do medidor
continuar girando, e der uma volta em menos
de 15 minutos, pode existir fuga de energia.
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CONFIRA NESTA
EDIÇÃO
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