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Ambiental
Prof. Flávio de Andrade
Prof. Sandro Sabino
2013
Copyright © UNIASSELV 2013
Elaboração:
Prof. Flávio de Andrade
Prof. Sandro Sabino
344.046
A553a Andrade, Flávio de
Administração ambiental / Flávio de Andrade; Sandro Sabino.
Indaial : Uniasselvi, 2013.
262 p. : il
1. Proteção ambiental.
2. Administração ambiental.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Apresentação
Prezado(a) acadêmico(a)!
III
IV
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS.......................................... 1
VII
7 MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO................................................................................................ 48
7.1 A EMPRESA TRADICIONAL........................................................................................................ 48
7.2 O MODELO DE CONFLITO.......................................................................................................... 49
7.3 O MODELO DO MUNDO REAL................................................................................................... 49
8 A ESTRATÉGIA VERDE...................................................................................................................... 50
8.1 IDENTIFICAÇÃO DE PRIORIDADES......................................................................................... 51
8.2 DIAGNÓSTICO................................................................................................................................ 52
8.3 PLANOS DE AÇÃO......................................................................................................................... 52
8.4 SÍNTESE............................................................................................................................................. 53
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 54
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 56
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 57
TÓPICO 1: ÉTICA..................................................................................................................................... 91
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 91
2 ÉTICA, MORAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL.................................................................... 91
3 O QUE É ÉTICA?.................................................................................................................................. 93
4 O QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA?................................................................................................. 96
4.1 CÓDIGO DE ÉTICA OU GUIA DE CONDUTA.......................................................................... 112
5 VANTAGENS DOS CÓDIGOS DE ÉTICA..................................................................................... 113
6 ÉTICA NOS NEGÓCIOS.................................................................................................................... 114
6.1 TODAS AS PESSOAS QUEREM SER ÉTICAS. E AS EMPRESAS?.......................................... 115
6.2 DOIS GRANDES DESAFIOS.......................................................................................................... 115
6.3 GESTÃO DA ÉTICA........................................................................................................................ 116
6.4 O EMPRESÁRIO ÉTICO NO SEU DIA A DIA............................................................................. 117
7 CONFRONTO DE DUAS ÉTICAS: ÉTICA DO CAPITAL X ÉTICA DO SOCIAL................ 118
8 A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL............................................................................... 118
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 120
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 121
VIII
6 TENDÊNCIAS E DESAFIOS PARA A RESPONSABILIDA
DE SOCIAL NOS NEGÓCIOS........................................................................................................... 130
7 DA RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIAL.................... 130
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 135
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 136
IX
2.4.1.3 Medição e avaliação.................................................................................................... 209
2.4.1.4 Análise crítica e melhoria........................................................................................... 209
3 MODELO DE GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL................................................... 210
3.1 ANÁLISE CRÍTICA INICIAL......................................................................................................... 212
3.2 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE IMPLANTAÇÃO DA
GESTÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL............................................................................. 213
3.3 ESTRUTURAÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO QUE PARTICIPARÃO DA
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO........................................................................ 215
3.4 CAPACITAÇÃO (TREINAMENTO) DAS EQUIPES DE TRABALHO.................................... 216
3.5 ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA RESPONSABILIDADE
SOCIAL E SUA EFETIVA IMPLEMENTAÇÃO........................................................................... 216
3.6 ELEMENTOS NORMATIVOS E SUA INTERPRETAÇÃO........................................................ 218
3.7 DEFINIÇÕES..................................................................................................................................... 220
3.7.1 Empresa..................................................................................................................................... 220
3.7.2 Fornecedor................................................................................................................................ 221
3.7.3 Subcontratado.......................................................................................................................... 221
3.7.4 Ação de reparação................................................................................................................... 221
3.7.5 Ação corretiva........................................................................................................................... 221
3.7.6 Parte interessada...................................................................................................................... 221
3.7.7 Criança...................................................................................................................................... 221
3.7.8 Trabalhador jovem.................................................................................................................. 221
3.7.9 Trabalhador infantil................................................................................................................ 222
3.7.10 Trabalho forçado.................................................................................................................... 222
3.7.11 Reparação de crianças........................................................................................................... 222
4 REQUISITOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL....................................................................... 222
4.1 TRABALHO INFANTIL................................................................................................................. 223
4.2 TRABALHO FORÇADO................................................................................................................ 223
4.3 SAÚDE E SEGURANÇA................................................................................................................ 224
4.4 LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO & DIREITO À NEGOCIAÇÃO COLETIVA....................... 224
4.5 DISCRIMINAÇÃO.......................................................................................................................... 225
4.6 PRÁTICAS DISCIPLINARES......................................................................................................... 225
4.7 HORÁRIO DE TRABALHO........................................................................................................... 225
4.8 REMUNERAÇÃO............................................................................................................................. 226
4.9 SISTEMAS DE GESTÃO.................................................................................................................. 226
4.9.1 Política....................................................................................................................................... 226
4.9.2 Análise crítica pela alta administração................................................................................ 227
4.9.3 Representantes da empresa.................................................................................................... 227
4.9.4 Planejamento e implementação............................................................................................. 227
4.9.5 Controle de fornecedores....................................................................................................... 228
4.9.6 Tratando das preocupações e tomando ação corretiva...................................................... 228
4.9.7 Comunicação externa.............................................................................................................. 229
4.9.8 Acesso para verificação........................................................................................................... 229
4.9.9 Registros.................................................................................................................................... 229
5 SISTEMAS E PROCESSOS PARA MELHORIA CONTÍNUA DE
DESEMPENHO ENERGÉTICO (NORMA ABNT NBR ISO 50001:2011 -
SISTEMA DE GESTÃO DE ENERGIA)............................................................................................. 229
6 GESTÃO DE RISCOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES - ABNT NBR ISO 31000......................... 238
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 243
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 245
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 246
X
TÓPICO 4: INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO............................................................... 247
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 247
2 MODELOS DE SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS........................................................... 247
3 IMPLEMENTAR INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO................................................. 248
4 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DE INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS....................... 249
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 250
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 253
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 255
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 257
XI
XII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO E CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Iniciamos os estudos de uma disciplina que demonstrará a importância do
meio ambiente, mas, não somente com boas intenções, visto que, mesmo a melhor
das intenções pode acarretar resultados infrutíferos se não houver organização,
planejamento e disciplina.
UNI
2 OBJETIVOS E FINALIDADE
Possuímos meios cada vez mais modernos e ágeis de produção, mas, nem
sempre esses meios são “ambientalmente corretos”. Em contrapartida, também
temos tecnologias de controle da poluição em franco processo de desenvolvimento.
Por que, então, não conseguimos resolver esse impasse?
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
indenizações e multas para aquelas empresas que causam impactos ambientais, por
falta de controle de seus processos;
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FONTE: Donaire,1995
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
independentemente de quais forem, eles foram a força motriz que levaram uma
organização a adotar essa prática.
• A legislação ambiental está cada vez mais rígida, obrigando uma maior
preocupação ambiental.
• Clientes que estão cada vez mais exigentes, não querendo associar suas marcas
a de empresas que não tenham um histórico ambiental saudável. Em países
desenvolvidos, a questão ambiental é decisiva para conclusão de negócios.
UNI
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
ATENCAO
• responsabilidade ambiental;
• responsabilidade econômica;
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• responsabilidade social.
6 O QUE É AMBIENTE
Primeiramente, o que é um ambiente? Qual sua definição?
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
oikos = casa e logos = estudo, ecologia significa o estudo do meio ambiente em que
vivemos e sua relação e interação com todos os seres vivos.
[...] A palavra ecologia foi definida pela primeira vez em 1866, por
Ernst Heinrich Haeckel [...] Segundo ele, a ecologia era ciência capaz
de compreender a relação do organismo com o seu ambiente.[...] Assim
a ecologia pode ser definida como: o estudo científico da distribuição
e abundância de organismos e das interações que determinam a
distribuição e abundância. (TOWNSED; BEGON; HARPER, 2010, p.16).
Hoje, a definição clássica de meio ambiente foi alterada para uma visão
mais abrangente. Conforme o art. 3º, I, da Lei nº 6.938/81, o meio ambiente é
definido como “[...]o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.” Posteriormente,
na Constituição Federal de 1988, meio ambiente foi dividido em físico ou natural,
cultural, artificial e do trabalho.
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar os
seguintes itens referentes à administração ambiental:
• ambiente da organização;
• ambiente da tarefa e;
• meio ambiente.
13
AUTOATIVIDADE
• Desmatamento
• Efeito estufa
• Crescimento populacional
• Resíduos sólidos
• Desertificação
• Mudanças climáticas
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
QUESTÕES BÁSICAS DA
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico abordaremos questões básicas da administração ambiental,
como poluição e sua geração, nas indústrias e nas cidades, o impacto do crescimento
populacional sobre o meio ambiente e as relações entre empresa e meio ambiente.
2 CONCEITOS DE POLUIÇÃO
Toda atividade humana tem como consequência o consumo de matéria-
prima e geração de resíduos. Esses resíduos, normalmente, são descartados no
meio ambiente. Tal descarte gera um impacto negativo nas localidades que o
recebem, sendo conhecido como poluição.
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
Você verá, mais tarde, a importância desses elementos no transcorrer de nossos estudos.
3 A INDUSTRIALIZAÇÃO E A URBANIZAÇÃO
A primeira Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente, realizada
em Estocolmo em junho de 1972, colocou a questão ambiental em foco, reunindo,
pela primeira vez, representantes de governos, para discutir a necessidade de
tomar medidas efetivas de controle dos fatores que causam degradação ambiental.
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
18
TÓPICO 2 | QUESTÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
NOTA
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
20
TÓPICO 2 | QUESTÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
5 PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO
Com o advento da geração da poluição pelas instituições criadas pelo
homem, inicialmente, tivemos a necessidade de destinar esses resíduos para algum
local que não interferisse na rotina diária de nossas vidas. Com isso, criaram-se
os aterros sanitários, processos, práticas, materiais ou produtos que evitem ou
reduzam a poluição, os quais podem incluir a reciclagem, tratamento, mudanças
no processo, mecanismos de controle, o uso eficiente de recursos e de substituição
de materiais.
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
UNI
UNI
22
TÓPICO 2 | QUESTÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
7 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em poucas palavras, é o desenvolvimento “limpo”, sem altos custos
ambientais. A conscientização de que o crescimento econômico não poderia mais
se desenvolver a qualquer custo e de que o planeta sofria de uma crise ambiental
crônica - motivada por modelos de desenvolvimento que desconsideravam
totalmente o meio ambiente - foi assumida pela primeira vez em Estocolmo, na
Suécia, em 1972.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Demais empresas
Ações adotadas
Os reais motivos
24
TÓPICO 2 | QUESTÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
Pesquisa
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
26
TÓPICO 2 | QUESTÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
NOTA
28
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar os
seguintes itens referentes à administração ambiental:
29
AUTOATIVIDADE
Você deve ter notado que o tema do Tópico 2 nos direciona - a partir do conceito
da poluição, da responsabilidade que a sociedade possui na geração, redução e
tratamento dos poluentes - ao desenvolvimento sustentável.
Alasca,EUA, 1989 => Petroleiro Exxon Valdez bate em recife e derrama 41,5
milhões de litros de petróleo no estreito de P. Willian.
30
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico abordaremos a inter-relação da empresa com o meio ambiente,
seus impactos, o entendimento do meio ambiente, a importância da comunicação
na organização para a preservação e como podemos utilizar todos esses itens para
maximizar a eficiência da administração ambiental na empresa.
2 A ADMINISTRAÇÃO VERDE
De tantos confrontos entre empresas e o meio ambiente, esquecemos
que, na realidade, ambos estão integrados em um único ecossistema. Procurem
relembrar a definição de meio ambiente. E este deve ser administrado de maneira
responsável.
A razão básica que explica a hesitação por parte dos empresários em aceitar
o fator ambiental em sua administração é devida ao fato de que os mesmos não
possuem uma mentalidade de que o meio ambiente interage com a administração
rotineira de uma empresa. Essa realidade não é facilmente assimilada por pessoas
que, normalmente, gerenciam atividades voltadas apenas para resultados
financeiros.
• Ativistas – Hiroshima!
• Ativistas – Nagasaki!
32
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
• Ativistas – Chernobyl!
• Ativistas – Hiroshima!
Realmente, a energia nuclear é a energia mais limpa criada até hoje, também
a energia nuclear é potencialmente poluidora para as regiões em que estas usinas
estão instaladas.
Uma pesquisa recente feita com trinta mil executivos da área industrial, na
Europa, aponta que 80% deles consideram que os problemas do meio ambiente
sejam importantes ou muito importantes.
Então, por que muitas empresas se adaptam com tamanha lentidão no que
se refere à tomada de medidas para preservação do meio ambiente? Talvez porque
as empresas são administradas, em parte, por uma geração de administradores
que não possui nenhum tipo de cultura do meio ambiente.
O engenheiro encarregado de criar uma estrada fará como ele aprendeu, indo
do ponto A ao ponto B, levando, eventualmente, em consideração as exigências e
pressões políticas e cronogramas de prazo e recursos financeiros. Onde ele poderia
ter aprendido a integrar a estrada ao equilíbrio do meio ambiente local? Será que
então é necessário retirar toda a sua responsabilidade e a sua liberdade de decisão?
E
IMPORTANT
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Etapa Planejar – P
• determinação daquilo que deve ser feito para sair da situação atual e chegar à
situação desejada;
36
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
Etapa Executar – D
Etapa Verificar – C
Etapa Atuar – A
• caso a situação desejada tenha sido alcançada, iniciar novo Ciclo PDCA visando
sempre melhorar ainda mais os resultados;
• caso a situação desejada não tenha sido alcançada, estabelecer novos planos de
ação visando eliminar a lacuna e feitos secundários indesejados.
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
UNI
Segundo Blauth (2006, p. 61-62), 5W2H é “[...] uma forma muito utilizada
para estabelecer planos de ação. É uma relação padronizada de perguntas a serem
respondidas por quem está elaborando o plano de ação”. Nada mais é do que uma
ferramenta para orientar a execução de atividades.
5W2H
Plano de ação para a correta separação de resíduos nas
What? O quê?
lixeiras pelos funcionários
Possibilitar a destinação correta dos resíduos para os
devidos aterros industriais ou sanitários, reciclagem ou
Why? Por quê?
reaproveitamento, evitando desperdícios de recursos e
impactos ambientais
Equipe de meio ambiente capacita supervisores
Who? Quem? das áreas que fazem educação ambiental em suas
respectivas áreas
30 dias para capacitar supervisores – 30 dias para
When? Quando?
capacitar demais funcionários
Nas áreas operacionais da empresa XX, priorizando
Where? Onde? os locais com maior incidência de resíduos misturados
conforme comprova o diagnóstico
38
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
Exemplo:
Falta de
conhecimento
Motorista Material
FONTE: Disponível em: <http://www.guaraparivirtual.com.br/colunista.asp?varid=4&varcod=12>.
Acesso em: 20 out. 2012.
Zafenate Desidério
40
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
1 determinar o objetivo do diagrama, ou seja, que tipo de perda você quer investigar;
5 traçar o diagrama.
• A - Descrição da falha: Neste campo você deve inserir o nome dado à falha
identificada nos processos controlados, lembrando que este mesmo nome
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• B - Total: Nesta coluna deveremos registrar o total de peças para cada falha,
no exemplo acima temos para a falha de rebarbas 445 peças rejeitadas por
esta não conformidade. [A não conformidade, no caso, é a rebarba, pois não
atende os padrões estabelecidos pela empresa, por isso foram rejeitadas.]
• C - % por falha: Nesta coluna temos a soma do total de peças rejeitadas por cada
falha (B) dividido pelo total de peças rejeitadas no geral (D) neste exemplo a
fórmula é = C5/$C$15 para a falha de rebarbas, onde esta me gerou 40% de rejeição.
Dica: Quando você utilizar esta tabela, lançado a descrição da falha (A)
e o total (B), o cálculo é realizado automaticamente, gerando após o Gráfico
que veremos logo a seguir.
42
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
• C - Identificação da coluna.
• F - Percentual acumulado.
• a. coleta de dados;
5.1.6 Fluxogramas
Segundo Blauth (2006, p. 65), “[...] fluxograma é uma representação gráfica
visual por meio de um conjunto de figuras esquemáticas padronizadas que
representam as partes de um processo – atividades, pontos de medição e pontos
de decisão – em sequência cronológica de realização”.
44
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
46
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
7 MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO
A seguir, veremos que os modelos de administração dividem-se em: A
Empresa Tradicional, O Modelo de Conflito, O modelo do Mundo Real.
48
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
A empresa do mundo real, aquela que deverá ser realidade para o nosso
presente e futuro, é um conjunto de grupos e pessoas com múltiplos objetivos
complementares, comparável a um emaranhado de tendências que deverão ser
organizadas para formar uma força coesa, cujo objetivo é o desenvolvimento
sustentável.
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
8 A ESTRATÉGIA VERDE
Nenhuma estratégia tem sentido se não for adaptada ao campo de batalha.
Ao fixar as fronteiras da ação da empresa além do perímetro econômico-social, a
estratégia ecológica obriga o administrador a estabelecer um mapa do campo no
qual a ação irá desenvolver-se.
Este campo, ainda que tenha a empresa como centro, tem um relevo que,
raramente, depende unicamente das forças internas da empresa.
• os objetivos;
• a estratégia;
• as ferramentas e a intendência.
• síntese: toda a estratégia ambiental deve ser documentada visando manter registros
das evidências das ações, possibilitando o acompanhamento das melhorias e
divulgação dos resultados.
TUROS
ESTUDOS FU
Você verá, mais tarde, que estes elementos serão de fundamental importância
para elaboração de projetos de preservação ambiental.
Esta fase permite uma análise lúcida dos pontos fortes e fracos da empresa,
identificar os campos nos quais devem ser feitos esforços para chegar à altura da
necessidade de uma estratégia ecológica global e também identificar os pontos
em que a empresa pode, com razão, fazer valer os seus sucessos em matéria de
integração e responsabilidade dentro do sistema.
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
TUROS
ESTUDOS FU
8.2 DIAGNÓSTICO
Tente criar, para cada um dos setores analisados, a partir de suas experiências,
um conjunto de tabelas de análise aplicáveis à maioria dos setores industriais.
TUROS
ESTUDOS FU
52
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
8.4 SÍNTESE
A concretização dessa estratégia deverá ser formalizada, pode ser um livro,
um manual, uma política. O importante é que deverão ser descritos de forma
clara e simples os objetivos, problemas e sucessos da empresa, em matéria de
administração ambiental.
Esse material não deve ser apenas um material promocional, mas, sim,
uma apresentação da maneira mais honesta possível dos esforços da empresa em
questões ambientais.
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
54
TÓPICO 3 | EMPRESA E MEIO AMBIENTE
55
RESUMO DO TÓPICO 3
Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você pôde estudar os seguintes
conteúdos relacionados à administração ambiental:
56
AUTOATIVIDADE
FONTE: www.climatecrisis.net
FICHA TÉCNICA
SINOPSE
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), neste tópico vamos estudar os objetivos e resultados
das práticas sustentáveis adotados pelas empresas. Trataremos também de
conceitos e normas sobre rotulagem ambiental e marketing verde adotado pelas
organizações.
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
60
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
RUMO À SUSTENTABILIDADE
62
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
64
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
Veja o que diz a NBR ISO 14020 e NBR ISO 14024 sobre rotulagem ambiental:
65
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
UNI
Caro(a) acadêmico(a), você pode aprofundar os estudos sobre o assunto nos sites
pesquisados.
Mas afinal, quais são os principais selos? Quais são os principais selos
ecológicos no mercado? Veja, a seguir, um texto publicado sobre o assunto.
ISO 14001
66
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
Procel
67
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O que certifica: produtos agrícolas como frutas, café, cacau e chás. Como
é: trata-se de uma certificação socioambiental. Comprova que os produtores
respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais envolvidos no processo.
Com grande aceitação na Europa e nos EUA, é auditado no Brasil pelo Instituto
de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). <www.imaflora.org>
ECOCERT
68
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
69
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
BENEFÍCIOS
• diferenciação no mercado;
70
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
71
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
10. Onde pode ser utilizado o logo do Rótulo Ecológico, após a concessão da
certificação?
11. Um produto com o Rótulo Ecológico atende aos requisitos das construções
sustentáveis?
72
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
73
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
74
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
Veja, a seguir, artigo sobre marketing verde e aprofunde ainda mais seus
conhecimentos.
75
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
76
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
77
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
plantio das mudas arrancadas por toda a cidade. Para aqueles que transitam
por Belo Horizonte e não sabem do que está por trás das inúmeras árvores,
que exibem a marca da empresa em suas redes de proteção, pode parecer
que esta se preocupou com a natureza e com a qualidade de vida de seus
consumidores, quando, na realidade, o que ocorreu foi o contrário. Este é um
exemplo de penalidade que acabou se transformando numa ferramenta da
propaganda verde. E assim como o marketing não se resume em propaganda
(ao contrário do que muitos pensam), o marketing verde também não está
restrito à propaganda ecológica. No marketing verde, o ideal é que as empresas
adotem a chamada comunicação de atitude, ou seja, divulguem o que elas
realmente têm desenvolvido em prol do meio ambiente e não o que existe
de belo na natureza para ser explorado em mera campanha publicitária. A
despeito disto, muitas empresas associam suas marcas a imagens ecológicas
como: matas, cachoeiras, pássaros, montanhas etc. sem nada contribuírem
para a preservação destes ecossistemas. Tais empresas não estão realizando, de
fato, o marketing ecológico, pois suas ações se restringem à mera propaganda.
Além disto, as ações de marketing ambiental devem estar integradas às ações
de marketing social e de marketing de relacionamento, porque o marketing
verde propõe uma abordagem integrada das relações da empresa com seus
públicos internos e externos, buscando assim a satisfação de todos: empresas,
consumidores e meio ambiente.
78
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
79
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
ecológico. Isto significa que ele foi desenvolvido...” “Esta embalagem é de fato
degradável. Isto quer dizer que...”
Num país como o Brasil, marcado por uma baixa distribuição de renda
e por diversos planos econômicos malsucedidos, que deixaram o mercado
em situação instável, os consumidores ainda têm orientado seus hábitos de
consumo de acordo com a melhor relação custo-benefício que um artigo pode
trazer. Pesquisas indicam que as motivações consumistas em nosso contexto
sócio-econômico ainda não abarcam completamente a qualidade ambiental
dos produtos – quando comparadas ao fator “preço” –, apesar de uma pequena
parcela do mercado já começar a se preocupar com a questão ambiental. Assim
torna-se difícil transplantar certos conceitos como o do Green Marketing para a
nossa cultura, sendo de extrema importância esclarecer que o maior lucro do
marketing ambiental vem a longo prazo, com a adoção da referida comunicação
de atitude. Nesta a imagem das empresas será fortalecida perante um mercado
que já tem consciência das questões ecológicas.
80
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
UNI
81
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Isso não quer dizer que as empresas não podem divulgar o que estão
fazendo pelo meio ambiente, mas sim que devem agir de modo transparente.
Um produto que consome menos energia ou emite menos gases poluentes não
pode ser intitulado como “ecológico” se o seu processo produtivo também
não foi adaptado para diminuir as agressões à natureza.
1 Malefícios escondidos
82
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
5 Irrelevância
83
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
São elas:
– custo ambiental camuflado: refere-se aos rótulos que destacam uma qualidade
ambiental do produto para camuflar outras características insustentáveis
que, juntas, têm um custo ambiental muito maior;
84
TÓPICO 4 | PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS, ROTULAGEM AMBIENTAL E MARKETING VERDE ADOTADO PELAS ORGANIZAÇÕES
– menos pior: refere-se a produtos que, por mais que tenham qualidades
ambientais, só trazem malefícios para o consumidor e para o meio ambiente,
como o cigarro orgânico.
85
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:
86
• Greenwashing é uma forma de marketing que as empresas utilizam para
demonstrar à opinião pública uma imagem ecologicamente responsável dos
seus serviços ou produtos, ou mesmo da própria organização, que não condiz
com a realidade.
87
AUTOATIVIDADE
88
UNIDADE 2
ÉTICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) auxiliarão no aprimoramento dos conheci-
mentos.
TÓPICO 1 – ÉTICA
89
90
UNIDADE 2
TÓPICO 1
ÉTICA
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico apresentaremos a noção de ética e sua relação com a
responsabilidade social. Vocês tomarão consciência de que a ética, atualmente,
é inseparável da noção de responsabilidade social para qualquer organização
idônea.
Parece correto afirmar que, hoje, as organizações precisam não somente estar
atentas às responsabilidades econômicas e legais, mas também às responsabilidades
éticas, morais e sociais.
A responsabilidade ética corresponde às atividades práticas, políticas e
comportamentos esperados ou proibidos, pela organização ou membros da mesma.
91
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Então, como podemos conciliar ética e moral com a meta obstinada de obter
o almejado lucro que as empresas tanto desejam?
92
TÓPICO 1 | ÉTICA
ATENCAO
3 O QUE É ÉTICA?
Ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é
um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso
ético, uma espécie de “consciência moral”, avaliando e julgando constantemente
suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
93
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
O QUE É ÉTICA *
A origem da palavra ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo
de ser, o caráter. Os romanos traduziram o ethos grego para o latim mos (ou no
plural mores), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.
No nosso dia a dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos
as duas palavras como sinônimos. Mas os estudiosos da questão fazem
uma distinção entre as duas palavras. Assim, a moral é definida como o
conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam
o comportamento do indivíduo no seu grupo social. A moral é normativa.
Enquanto a ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do
comportamento moral, que busca explicar, compreender, justificar e criticar a
moral ou as morais de uma sociedade. A ética é filosófica e científica.
94
TÓPICO 1 | ÉTICA
95
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
A ética seria, então, uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma
reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um
determinado sistema moral. Abbagnano, entre outras considerações, diz que a
ética é, “em geral, a ciência da conduta” (ABBAGNANO, 1998, p. 360), e Vásquez
(1995, p.12) amplia a definição afirmando que “a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma
específica de comportamento humano.”
96
TÓPICO 1 | ÉTICA
Valores
Princípios
Integridade
Conflito de Interesses
98
TÓPICO 1 | ÉTICA
Equidade
a) Informação privilegiada
99
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
III) respeitar e salvaguardar o sigilo dos dados e informações que nos são
confiados, com o compromisso de protegê-los e tratá-los, garantindo sua
integridade, confidencialidade e disponibilidade; e
b) Ambiente de Trabalho
100
TÓPICO 1 | ÉTICA
III) coibir qualquer ato de assédio, não admitindo a sua prática nas relações
de trabalho.
Relacionamentos Construtivos
a) Clientes
b) Acionistas e investidores
101
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
e) Imprensa
Princípios do Equador
102
TÓPICO 1 | ÉTICA
h) Atividades político-partidárias
Liderança Responsável
103
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
1 - Preâmbulo
104
TÓPICO 1 | ÉTICA
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber
científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que
utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho
que realizam.
Do objetivo da profissão
Da natureza da profissão
Da honradez da profissão
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta,
digna e cidadã;
105
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Da eficácia profissional
Do relacionamento profissional
4 - Dos deveres
II - Ante a profissão:
106
TÓPICO 1 | ÉTICA
V - Ante o meio:
107
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
II - Ante a profissão:
V - Ante o meio:
108
TÓPICO 1 | ÉTICA
6 - Dos direitos
7 - Da infração ética
Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que
atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique
condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
109
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas
condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.
IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da
Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão.
VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a
prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem
não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso
de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à
saúde do paciente.
X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos
de lucro, finalidade política ou religiosa.
110
TÓPICO 1 | ÉTICA
111
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
CÓDIGO DE ÉTICA
112
TÓPICO 1 | ÉTICA
Para definir sua ética, sua forma de atuar no mercado, cada empresa
precisa saber o que deseja fazer e o que espera de cada um dos funcionários. As
empresas, assim como as pessoas, têm características próprias e singulares. Por
essa razão os códigos de ética devem ser concebidos por cada empresa que deseja
dispor desse instrumento. Códigos de ética de outras empresas podem servir de
referência, mas não servem para expressar a vontade e a cultura da empresa, que
pretende implantá-lo.
O código de ética deve ser concebido pela própria empresa, expressando sua
cultura. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É um instrumento
que serve de inspiração para as pessoas que aderem a ele e se comprometem
com seu conteúdo. É imperioso que haja consistência e coerência entre o que está
disposto no código de ética e o que se vive na organização. Se o código de conduta
de fato cumprir o seu papel, sem dúvida significará um diferencial que agregará
valor à empresa.
E
IMPORTANT
Agora que você possui a definição sobre ética, o que é um código de ética, você
precisa saber quais são as vantagens da ética nos negócios. É exatamente o que faremos na
sequência.
113
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
• Criar nos colaboradores maior sensibilidade que lhes permita procurar o bem-
estar dos clientes e fornecedores e, em consequência, sua satisfação.
114
TÓPICO 1 | ÉTICA
115
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 1 | ÉTICA
117
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Para legitimar esse novo sistema, surgiu uma nova ética, exaltando a
técnica, a competitividade, o consumo e o mercado.
118
TÓPICO 1 | ÉTICA
ÉTICA RESPONSABILIDADE
ÉTICA DO CAPITAL
SOCIAL
Promove associativismo Promove Individualismo
Ênfase na solidariedade Ênfase na competitividade
Prevalece o debate civilizatório Prevalece o discurso único do mercado
Priorização dos problemas sociais Banalização dos problemas sociais
Adoção de comportamentos éticos Adoção de comportamentos antiéticos
Gera participação Gera alienação
Enobrecimento e revigoramento do
Deterioração do trabalho
trabalho
Exaltação do caráter das pessoas Contaminação do caráter das pessoas
Redução das desigualdades Ampliação das desigualdades
FONTE: Melo Neto; Froes (2004)
NOTA
119
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, caro(a) acadêmico(a), você pôde estudar os seguintes itens
referentes à administração ambiental:
120
AUTOATIVIDADE
121
122
UNIDADE 2 TÓPICO 2
RESPONSABILIDADE SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico, trataremos do tema responsabilidade social. Mas, exatamente,
o que é responsabilidade social?
Muito se tem falado nos últimos tempos sobre essa questão, mas,
exatamente, por que ela se tornou tão importante?
Seja qual for o motivo, todos estão obrigando as empresas atuais a repensar
suas estratégias, buscando novas maneiras de obter lucro, porém, potencializando
o desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Em 1908, ainda nos Estados Unidos, o Conselho Federal das Igrejas lança
um documento que ainda hoje, um século mais tarde, se mantém atual. Nesse
123
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
NOTA
124
TÓPICO 2 | RESPONSABILIDADE SOCIAL
A Comissão apelou ainda para que, até 2004, em todos os estados membros,
sejam desenvolvidos diretrizes e critérios comuns para a elaboração generalizada,
por parte das empresas, de relatórios de Responsabilidade Social.
NOTA
125
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
TUROS
ESTUDOS FU
126
TÓPICO 2 | RESPONSABILIDADE SOCIAL
5 BALANÇO SOCIAL
A seguir, veja o que é balanço social, o histórico, por que fazer e os benefícios.
5.1 O QUE É?
O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa,
reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais
dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à
comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o
exercício da responsabilidade social corporativa.
NOTA
5.2 HISTÓRICO
Nos anos 60, nos EUA e na Europa, o repúdio da população à Guerra do
Vietnã deu início a um movimento de boicote à aquisição de produtos e ações de
algumas empresas ligadas ao conflito. A sociedade exigia uma nova postura ética
e diversas empresas passaram a prestar contas de suas ações e objetivos sociais.
A elaboração e divulgação anual de relatórios com informações de caráter social
resultaram no que hoje se chama de balanço social.
127
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
NOTA
128
TÓPICO 2 | RESPONSABILIDADE SOCIAL
NOTA
5.4 OS BENEFICIÁRIOS
O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa.
Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos
programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula
a participação dos funcionários e funcionárias na escolha das ações e projetos
sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas
relações entre dirigentes e o corpo funcional.
NOTA
DICAS
129
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Podemos resumir que, num futuro próximo, empresas que não adotarem
sistemas de responsabilidade social serão marginalizadas no mercado, pondo em
risco até sua própria sobrevivência. Então, visto ser essa tendência irreversível, resta
aos empresários um único caminho - a implantação de um SGRS ou a estagnação
econômico-socioambiental de seu negócio até sua inexistência.
130
TÓPICO 2 | RESPONSABILIDADE SOCIAL
Raquel Nunes
131
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
132
TÓPICO 2 | RESPONSABILIDADE SOCIAL
133
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Com isso, percebe-se a preocupação que existe hoje por parte das empresas
através da divulgação do seu balanço social, que evidencia os investimentos nas
questões socioambientais.
134
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar os
seguintes itens referentes à administração ambiental:
• A questão da responsabilidade social pode ser vista sob vários ângulos, como
um conceito que está em evolução e que, portanto, necessita ser consolidado na
sociedade.
135
AUTOATIVIDADE
136
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Relembrando nosso conceito de meio ambiente, abordado na Unidade 1,
Tópico 1: meio ambiente não é somente fauna, flora ou recursos naturais, mas
também todo integrante que nele esteja inserido, ou seja, seres humanos e suas
atividades.
A empresa atual tem que ser socialmente responsável. Isso ela o faz,
também, gerando empregos, distribuindo riqueza, diminuindo a desigualdade
social e distribuição, assumindo, então, um papel de liderança na transformação da
sociedade atual para um futuro mais justo e equilibrado.
137
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
• É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito
pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia,
ao governo, ao setor não governamental e ambiental e, por fim, às comunidades
com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros
sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas
representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa
maior legitimidade social.
138
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
139
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
NOTA
E
IMPORTANT
140
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
E
IMPORTANT
141
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
142
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
143
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
144
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
Licenciamento Ambiental
145
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
146
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
147
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
148
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
149
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
deve subir para 10,6%. Estes fatores são mais uma demonstração da crescente
importância dada pelas indústrias à prática do desenvolvimento sustentável.
Considerações Finais
150
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
151
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Esse novo contexto apresentou como desafio para as empresas a busca por
níveis progressivamente maiores de competitividade e produtividade e introduziu
nestas a preocupação com a legitimidade social de suas atuações.
Assim, dentro desse novo contexto, a gestão empresarial que possua como
referência apenas os interesses dos acionistas revela- se insuficiente. Tal gestão deve
ser balizada pelos interesses e contribuições dos stakeholders.
Isso faz com que a busca de excelência empresarial passe a ter como objetivos
a sustentabilidade econômica, social e ambiental, ou seja, corresponda à ideia do
Triple Bottom Line, que será melhor explicada no decorrer deste trabalho.
152
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
isso, uma maior fatia do mercado consumidor, também aumenta sua capacidade de
recrutar e manter em seus quadros os melhores profissionais.
Ademais, deve estar atenta para o respeito às culturas locais, revelado por um
relacionamento ético e responsável com as minorias e instituições que representam
seus interesses.
156
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
157
UNIDADE 2 | ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Como nem sempre correlacionar fatores financeiros com fatos sociais é uma
tarefa de fácil execução, torna-se necessária a adoção de um modelo único e simples
a ser utilizado na elaboração do Balanço Social de uma determinada empresa. Dessa
forma, por entender que a simplicidade é a garantia do envolvimento do maior
número de empresas, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE),
em parceria com diversos representantes de empresas públicas e privadas, a partir
de inúmeras reuniões e debates com vários setores da sociedade, desenvolveu um
158
TÓPICO 3 | IMPACTO DAS DECISÕES EMPRESARIAIS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE
modelo que tem a vantagem de estimular todas as empresas a divulgar seu Balanço
Social, independentemente do tamanho ou setor de atuação das mesmas. Isso se
tornou necessário, na medida em que, se a forma de apresentação das informações
não seguir um padrão, torna-se difícil uma avaliação adequada da função social da
empresa ao longo dos anos.
FONTE: Adaptado de: SANTOS, Mário Augusto dos. A responsabilidade social das empresas. In:
Empresas, meio ambiente e responsabilidade social – um olhar sobre o Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 2003. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) - Instituto de Economia, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2003, p. 10-20.
159
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar
itens importantes acerca da administração ambiental, tais como:
160
AUTOATIVIDADE
Esse foi o primeiro filme de Michael Moore, através do qual ele tentou,
incansavelmente, o que todo trabalhador sempre sonhou fazer: falar com
quem manda.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
161
162
UNIDADE 3
GERENCIAMENTO
AMBIENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
• traçar estratégias e diretrizes que permitam que uma empresa possa im-
plementar um processo de gerenciamento ambiental;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão no aprimoramento dos co-
nhecimentos.
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 1
O PROCESSO DE
GERENCIAMENTO AMBIENTAL
1 INTRODUÇÃO
Tudo o que o homem realiza no mundo tem que levar em consideração
compromissos com o meio ambiente. Atualmente, as grandes empresas procuram
zelar pelo seu bom nome, adotando, como princípio inabalável, o compromisso
total com a questão ambiental. A regra é praticamente geral. Tornou-se quase uma
imposição - buscar a excelência no trato da questão ambiental, pois disso, também,
dependerá sua sobrevivência no mercado.
Já no Brasil, a regra ainda não vale tanto, visto que muitos ainda não
alcançaram a percepção da necessidade de cuidar do meio ambiente, principalmente
devido aos custos inerentes e também porque a consciência ecológica ainda não é
tão difundida.
165
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
A ABNT – NBR ISO 14001 – (2004, p. 3) define Política Ambiental como “[...]
intenções e princípios gerais de uma organização em relação ao seu desempenho
ambiental, conforme formalmente expresso pela alta administração”.
ATENCAO
Na Unidade 3, vamos ver o que diz a ABNT - NBR ISO 14001 - sobre a política
ambiental.
166
TÓPICO 1 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
ATENCAO
Especial importância nos estudos deveria ser dada aos princípios de implantação
do gerenciamento ambiental.
3 ATENDIMENTO LEGAL
Todo sistema de gerenciamento ambiental tem como uma de suas
premissas básicas o cumprimento da legislação ambiental, recomendando, então,
que a organização seja capaz de demonstrar que ela tenha avaliado o atendimento
aos requisitos legais identificados, incluindo autorizações ou licenças aplicáveis.
Para isso, a organização necessita identificar os requisitos legais que são aplicáveis
aos seus aspectos ambientais.
167
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
E
IMPORTANT
4 ESTRATÉGIAS
168
TÓPICO 1 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL
169
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
ATENCAO
170
TÓPICO 1 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL
• Atendimento à legislação.
Um sistema de SGA, nos dias atuais, tem que levar em consideração muito
mais itens do que somente uma certificação ambiental. Então, a certificação pela
ISO 14001 é algo ruim? Não, de maneira alguma. Mas, ela é apenas um dos itens
que constitui um modelo mais abrangente e completo para tornar os resultados
ambientais da organização expressivos, fortalecendo a imagem da organização,
demonstrando sua consciência nas questões ambientais e do desenvolvimento
sustentável.
NOTA
DICAS
Como sugestão, leia o artigo a seguir sobre uma análise crítica dos SGAs. Acesse-o
através do site:
<HTTP://WWW.ABEPRO.ORG.BR/BIBLIOTECA/ENEGEP2007_TR680488_0461.PDF>.
171
RESUMO DO TÓPICO 1
172
AUTOATIVIDADE
173
174
UNIDADE 3
TÓPICO 2
GERENCIAMENTO DE CRISES
AMBIENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Após implantarmos o SGA, tudo será como o eterno “felizes para sempre”,
muito rotulado no cinema, certo? A implantação da gestão ambiental será a solução
para todos os males ambientais de uma organização, OK?
ATENCAO
175
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
176
TÓPICO 2 | GERENCIAMENTO DE CRISES AMBIENTAIS
NOTA
E
IMPORTANT
Definições:
Risco é o potencial de ocorrência de consequências indesejáveis, decorrentes da realização
de uma atividade.
Perigo é a propriedade ou condição inerente a uma substância ou atividade capaz de causar
dano às pessoas, às propriedades ou ao meio ambiente.
FONTE: MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental. Belo Horizonte:
Livraria Del Rey, 2004.
177
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
178
TÓPICO 2 | GERENCIAMENTO DE CRISES AMBIENTAIS
• Campo de aplicação
• Hipóteses acidentais
• Áreas vulneráveis
179
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
180
TÓPICO 2 | GERENCIAMENTO DE CRISES AMBIENTAIS
ATENCAO
E
IMPORTANT
181
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Essa comunicação não é uma única via, mas uma via de mão dupla, ou
seja, da organização para colaboradores e parceiros, bem como um canal de
abertura dos colaboradores/parceiros para a organização. Para isso, recomenda-se
que as organizações implementem um procedimento para receber, documentar e
responder essas comunicações das partes interessadas.
E
IMPORTANT
Parte interessada é toda pessoa ou empresa que tenha algum contato com a
organização em questão, incluindo colaboradores, terceiros, fornecedores, clientes, vizinhança,
órgãos ambientais e outros.
182
RESUMO DO TÓPICO 2
• As pessoas não são perfeitas, e as SGAs também não. Entretanto, temos sempre
que ter um plano de emergência para tratarmos dessa delicada questão. Temos
que investigar as causas que levaram a essa ocorrência, tratando para que esse
fato não se repita, bem como mitigando os impactos ambientais que tal acidente
possa ter causado.
183
AUTOATIVIDADE
Ao término desse tópico, sugerimos que você realize uma análise do conteúdo,
descrevendo a importância da gestão de crises ambientais sobre o andamento
do SGA de uma empresa que busca um alto desempenho ambiental.
184
UNIDADE 3
TÓPICO 3
MODELOS DE GESTÃO
1 INTRODUÇÃO
Esse tópico foi baseado nas normas internacionais e nacionais que regem
ambos os sistemas, como a norma ABNT NBR ISO 14001:2004 sistemas de gestão
ambiental - requisitos e diretrizes para uso; norma ABNT NBR ISO 14004:2005
sistemas de gestão ambiental - diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas
de apoio; norma ABNT NBR ISO 50001:2011 - sistemas de gestão da energia -
requisitos com orientações para uso; norma ABNT NBR ISO 31000:2009 - gestão
de riscos, princípios e diretrizes; norma ABNT NBR 16001:2012 – responsabilidade
social – sistema de gestão – requisitos; norma ABNT NBR ISO 26000:2010 -
diretrizes sobre responsabilidade social; BS 7750 especifica os requisitos para o
desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental; SA
8000 – Social Accountability.
185
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
E
IMPORTANT
186
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
NOTA
188
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
NOTA
189
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
E
IMPORTANT
Junto ao texto sempre traremos a visão das normas que estão servindo de
referência, para você tomar conhecimento de sua interpretação.
A partir da avaliação inicial, a empresa terá uma visão geral da sua real
situação em relação a todas as questões ambientais, tornando-se mais fácil para
os administradores fazer o planejamento, pois terão noção de custos e recursos
necessários para a adequação de seus processos.
190
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
A ABNT (NBR ISO 14004, 2005, p. 9) recomenda ainda que uma organização,
no desenvolvimento de sua política ambiental, considere:
191
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
192
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
193
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
2.4.1.1 Planejamento
Planejamento da implementação de um sistema de gestão ambiental,
como qualquer atividade de planejar, exige alguns cuidados básicos para que as
intenções possam ser transformadas em ações reais. Portanto, as organizações
devem formular um plano para cumprir sua política ambiental.
REFLEXOS
OBJETIVOS METAS
ECONÔMICOS
Reduzir o consumo de Obter uma redução de 10%
Reduzir as despesas
água industrial. em relação ao ano anterior.
Prolongar a vida útil do Aumentar em 100% a Não fazer novos
aterro sanitário. capacidade de deposição. investimentos.
Substituir o uso de solventes Utilizar solventes biode- Favorecer a economia
químicos importados. gradáveis nacionais. local.
194
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
Reconstituição de todas
as áreas nos próximos
Reconstituição da Evitar a suspensão da
cinco anos e não permitir o
vegetação de áreas licença de operação e não
surgimento de novas multas
degradadas. pagar multas.
ambientais e suspensão da
licença de operação.
FONTE: Adaptado de: NBR ISO 14004
195
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
- matérias-primas;
- odor provocado pelo processo;
- ruído provocado pelo maquinário;
- resíduos industriais;
- efluente líquido industrial;
- produtos químicos;
- lixo e materiais recicláveis;
- produtos acabados;
- resíduos industriais;
- operar equipamentos;
- efetuar manutenção em equipamentos etc.
A norma ABNT NBR ISO 14001 (2004, p. 2) define impacto ambiental como
“[...] qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no
todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização”.
196
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
2 Requisitos legais
197
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
3 Política ambiental
PRINCÍPIOS
198
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
199
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
200
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
Preservação da Água
Normas e Certificações
201
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
202
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
203
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
204
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
NOTA
205
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Como? Quem?
OBJETIVOS METAS Quando? Prazos
Meios Responsabilidades
60 dias
Setor de
Instalar torneiras
manutenção Corretiva - sempre que
com dispositivo
identificar vazamen-
automático de
tos em canos, tubu-
desligamento
lações, instalações
Obter uma
Fazer manutenção
Reduzir o redução de Setor de Preventiva - mensal-
corretiva e
consumo de 15 % em manutenção mente, fazendo ins-
preventiva nas
água relação ao peções e ajustes em
instalações
ano anterior canos, tubulações,
instalações
Educar os
funcionários Semestralmente - ori-
Setor de meio
sobre consumo entar todos os funcio-
ambiente
sustentável nários sobre consumo
sustentável
FONTE: Os autores
2.4.1.2 Implementação
Após terem sido executadas as fases anteriores, chega-se ao momento da
implementação e da operação do sistema de gestão ambiental. Esse procedimento
compreende, essencialmente, a capacitação e os mecanismos de apoio. Em síntese,
isso significa disponibilizar recursos humanos, físicos e financeiros para que a
política, os objetivos e as metas ambientais da organização possam ser viabilizados.
• estrutura e responsabilidade;
• comunicação;
• documentação do SGA;
• controle de documentos;
• controle operacional;
206
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
Bastará designar uma pessoa ou uma equipe para tratar do SGA. Em pequenas
empresas, a responsabilidade maior caberá ao proprietário, que desempenhará
as funções de “alta administração”. Já as empresas de maior porte vão exigir uma
estrutura maior. Cada caso deverá ser analisado e adaptado individualmente.
NOTA
207
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Atividade MÊS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
1. Avaliação do status da unidade
2. Treinamento ISO 14001 para
envolvidos SGA
3. Estabelecimento do plano do SGA
(tarefas, responsabilidades e prazos)
4. Identificação dos aspectos e impactos
ambientais
5. Identificação das legislações e outros
requisitos
6. Definição da política ambiental
7. Definição de objetivos e metas
ambientais
8. Definição do programa ambiental
- Elaboração de procedimentos de
trabalho
- Treinamento, conscientização e
competência
- Elaboração do plano de emergência
- Elaboração do plano para
monitoramento e medição
- Não conformidades e ações corretivas
9. Execução de auditoria interna
10. Análise critica pela alta
administração
11. Desenvolvimento de ações
corretivas do programa
12. Execução de pré-auditoria
13. Desenvolvimento de ações
corretivas do programa
14. Auditoria de certificação
FONTE: Adaptado de: Assumpção (2011, p. 115)
208
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
• medição e monitoramento;
209
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Avaliação Ambiental
Melhoria
Planejamento
Comunicação Documentação
Controle:
Interno
Externo Treinamento
Execução
210
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
E
IMPORTANT
A responsabilidade social não deve ser interpretada como peça à parte do modelo
de gestão da empresa. Deve ser sua extensão.
E
IMPORTANT
• as necessidades de treinamento;
E
IMPORTANT
O objetivo principal da análise crítica inicial é justamente termos uma visão real da
verdadeira situação da empresa. Com base nessa análise, todo o processo de implantação do
SGRS será estruturado e implementado.
212
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
NOTA
Tendo em vista o êxito do modelo PDCA (plan, do, check, act - planejar,
fazer, avaliar e agir) utilizado anteriormente pelas normas ISO 9001 e ISO 14001,
213
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
foi decidido que a base do sistema dessa norma seria a mesma, facilitando a
integração com os sistemas de gestãop já existentes, evitando-se, assim, a criação
de sistemas e departamentos isolados.
E
IMPORTANT
0. Introdução
1. Objetivo
2. Definições
3. Requisitos do Sistema da Gestão da Responsabilidade Social
3.1. Requisitos gerais
3.2. Política da responsabilidade social
3.3. Planejamento
3.3.1. Aspectos da Responsabilidade Social
3.3.2. Requisitos legais e outros
3.3.3. Objetivos, metas e programas
3.3.4. Recursos, regras, responsabilidade e autoridade
3.4. Implementação e operação
3.4.1. Competência, treinamento e conscientização
3.4.2. Comunicação
3.4.3. Controle operacional
3.5. Requisitos de documentação
3.5.1. Generalidades
3.5.2. Manual do sistema de gestão da Responsabilidade Social
3.5.3. Controle de documentos
3.5.4. Controle de registros
3.6. Medição, análise e melhoria
214
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
215
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Veja, a seguir, o que diz a norma ABNT NBR ISO 16001:2012, na subcláusula
3.4.1, sobre competência, treinamento e conscientização das pessoas envolvidas no
processo de implementação.
A organização deve assegurar que qualquer pessoa que, para ela ou em seu
nome, realize tarefas que tenham o potencial de causar impactos identificados pela
organização, seja competente com base em formação apropriada, treinamento ou
experiência, devendo reter os registros associados.
216
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
217
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Convenção 29
Convenção 105
218
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
3.7 DEFINIÇÕES
As definições descritas a seguir estão baseadas na norma SA 8000 de
Responsabilidade Social, disponível em: <http://www.cpfl.com.br/parceiros_
inovacao_tecnologica/documentos/Norma_Responsabilidade_Social_SA8000.
pdf>. Acesso em: 11 fev. 2013.
3.7.1 Empresa
Empresa é a totalidade de qualquer organização ou entidade de negócio
responsável pela implementação dos requisitos desta norma, incluindo todos
os funcionários (i.e., diretores, executivos, gerências, supervisores e demais
funcionários, quer seja diretamente empregado, contratado ou de alguma outra
forma representando a empresa).
220
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
3.7.2 Fornecedor
Uma entidade de negócio que fornece à empresa bens e/ou serviços
necessários e utilizados na/para a produção de bens e/ou serviços da empresa.
3.7.3 Subcontratado
Uma entidade de negócio na cadeia de fornecimento que, direta ou
indiretamente, oferece ao fornecedor bens e/ou serviços necessários e utilizados
na/para a produção de bens e/ou serviços do fornecedor e/ou empresa.
3.7.7 Criança
Qualquer pessoa com menos de quinze anos de idade, a menos que a
lei de idade mínima local estipule uma idade maior para trabalho ou educação
obrigatória, situação em que prevalece a idade maior. Se, entretanto, a lei de idade
mínima local estiver estabelecida em catorze anos de idade, de acordo com as
exceções de países emergentes sob a Convenção 138 da OIT, prevalecerá a menor
idade entre as duas condições.
221
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
222
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
NOTA
223
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NOTA
224
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
4.5 DISCRIMINAÇÃO
A empresa não deve se envolver ou apoiar a discriminação na
contratação, remuneração, acesso a treinamento, promoção, encerramento de
contrato ou aposentadoria, com base em raça, classe social, nacionalidade,
religião, deficiência, sexo, orientação sexual, associação a sindicato ou
afiliação política.
A empresa não deve interferir com o exercício dos direitos dos funcionários
em observar preceitos ou práticas, ou em atender às necessidades relativas à
raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência, sexo, orientação sexual,
associação a sindicato ou afiliação política.
225
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
4.8 REMUNERAÇÃO
A empresa deve assegurar que os salários pagos por uma semana padrão de
trabalho devem satisfazer a pelo menos os padrões mínimos da indústria e devem
sempre ser suficientes para atender às necessidades básicas dos funcionários e
proporcionar alguma renda extra.
4.9.1 Política
A alta administração deve definir a política da empresa quanto à
responsabilidade social e as condições para assegurar que ela:
226
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
227
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
228
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
4.9.9 Registros
A empresa deve manter registros apropriados para demonstrar
conformidade com os requisitos desta norma.
Existe ainda a NBR ISO 26000:2010 que foi lançada em dezembro de 2010.
Esta norma traz as orientações relacionadas à responsabilidade social, contendo
princípios e diretrizes que devem ser seguidos pelas organizações que mantêm um
empreendimento socialmente responsável. Esta norma fornece orientações para
todos os tipos de organização, independentemente de seu porte. A ISO 26000:2010
não é uma norma certificável, sua aplicação é realizada como um guia para exercer
a responsabilidade social. (VASCONCELOS; VALENTE, [2012 ?], p. 34).
229
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
230
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
231
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Conforme vimos, a norma ABNT NBR ISO 50001 vem contribuir com as
empresas na economia da energia e significa a redução de custos operacionais.
Implica ainda a redução das emissões de gases do efeito estufa e a demonstração
de mais cuidados com os recursos naturais. Estas são as principais contribuições
da norma para as empresas que procuram assegurar e contribuir com o
desenvolvimento sustentável. Dessa forma, aliada a outras ações adotadas
pelas empresas, a norma pretende ser padrão que vai ajudar todos os tipos de
organizações a alcançar a melhoria contínua do seu desempenho no mundo dos
negócios.
232
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
Tanto a norma ISO 14001 quanto a norma ISO 50001 foram baseadas
na ISO 9001 sob o aspecto estrutural. Assim, essas normas têm o mesmo
enfoque com relação aos requisitos sistêmicos de um Sistema de Gestão.
Por outro lado, o papel dos requisitos legais é muito mais importante
num sistema de gestão ambiental do que num sistema de gestão energética.
233
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
234
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
É importante destacar, assim como outras normas ISO, que a norma ABNT
NBR ISO 50001 possui cláusulas específicas para aplicação e não fixa metas para
melhorar o desempenho energético, porém os resultados da melhoria da eficiência
energética precisam ser comprovados.
235
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
236
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
237
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
UNI
238
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
• melhorar a governança;
• melhorar os controles;
• minimizar perdas;
Como todos os sistemas de gestão, segundo a NBR ISO 31000 (2009, p. 7-8),
para a gestão de risco ser eficaz, convém que uma organização, em todos os níveis,
atenda aos princípios descritos a seguir:
239
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
240
TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
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UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
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TÓPICO 3 | MODELOS DE GESTÃO
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
Aqui, optamos por destacar o papel das empresas no tratamento das questões
ambientais, porque é evidente que parte dos impactos causados ao meio ambiente
é de sua responsabilidade. Além disso, por serem constituídas principalmente por
pessoas, seja como agentes produtores, seja como agentes consumidores e serem
integrantes de uma ou mais comunidades, também usufruem da qualidade de vida
ou dos efeitos nocivos à natureza, que elas próprias podem ajudar a proporcionar.
A empresa, nesse sentido, não pode ser vista como vilã ou heroína. Seu
significado é muito mais amplo, pois, também como ser social, precisa buscar
a resolução de seus problemas, inclusive os de ordem ambiental, para ganhar
credibilidade.
Por outro lado, há empresas que não se empenham e não têm boa vontade
para buscar soluções que resolvam ou amenizem seus impactos ambientais; mas,
felizmente, é possível identificar, em certas organizações, uma mentalidade que já
vê a questão ambiental não mais como modismo, mas como quesito indispensável
para que se mantenha num mercado cada vez mais aberto, competitivo e exigente,
onde o compromisso social e a ética são itens levados em consideração.
243
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Já podemos identificar que a questão ambiental vem sendo cada vez mais
enfatizada pelas empresas. Prova disso está no número crescente de organizações
que vêm estruturando internamente a área de meio ambiente.
FONTE: OLIVEIRA, Maria José da Costa. Relações públicas e a política ambiental das empresas.
Disponível em: <http://www.metrocamp.com.br/secao.php?codigo=719>. Acesso em: 18 nov. 2008.
244
RESUMO DO TÓPICO 3
• Mesmo assim, não podemos desprezar a importância das normas citadas, pois
elas têm um papel fundamental, orientando a elaboração, implantação, controle
de documentos e gerenciamento operacional de qualquer sistema de gestão.
245
AUTOATIVIDADE
UNI
Sites de pesquisa
COSTA, Wellington Soares da. Responsabilidade social e ética nos negócios: pilares da empresa
cidadã. Disponível em:
<www.fafibe.br/revistaonline/arquivos/wellington_responsabilidade_social_etica_nos_
negocios.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2007.
PALADINI, Edson Pacheco (UFSC); VIANNA, William Barbosa (UFSC). Uma análise do viés (não)
estratégico da gestão ambiental. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_tr680488_0461.pdf>. Acesso em: 7 out. 2007.
<www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-poluicao-ambiental/poluicao-
ambiental.php>. Acesso em: 15 jul. 2008.
246
UNIDADE 3
TÓPICO 4
INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE
GESTÃO
1 INTRODUÇÃO
Vimos no Tópico 3, desta unidade, alguns modelos de gestão que podem
ser integrados, e a integração de sistemas de gestão tem sido uma estratégia
adotada por muitas organizações, especialmente no que se refere ao sistema da
qualidade (NBR ISO 9001), gestão ambiental (NBR ISO 14001), gestão de saúde
e segurança (OSHAS 18001) e responsabilidade social (NBR 16001) e outros mais
recentes estudados anteriormente, como: Norma (NBR ISO 31000:2009) e Norma
(ABNT NBR ISO 50001:2011).
A integração destes diferentes sistemas visa otimizar custos com recursos
destinados para sistemas de gestão que podem ser integrados. Desta forma,
pessoas e recursos podem ser utilizados para atender de forma integrada a cada
um dos sistemas em um mesmo processo. Vamos, a seguir, estudar um pouco mais
sobre a integração de modelos de sistemas de gestão.
247
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
248
TÓPICO 4 | INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO
249
UNIDADE 3 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
250
TÓPICO 4 | INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO
Como todos estes sistemas propõem uma abordagem sistêmica, não faz
muito sentido mantê-los de forma isolada, com procedimentos próprios de cada
um e até mesmo com documentações repetidas de modo a atendê-los de maneira
separada, sem falar dos custos de manutenção e certificação dos mesmos. A
integração dos sistemas de gestão surge com uma oportunidade de reduzir custos e
de sinergia, pois a empresa não tem nenhuma vantagem ao manter procedimentos
com similaridade entre si para processos como treinamento, auditorias, análise
crítica, entre outros, comuns a todos.
Esta abordagem traz diversas vantagens para a organização, pois coloca nas
operações diárias da empresa, além da preocupação com volumes de produção,
qualidade de produtos e eficiência, questões relacionadas ao seu desempenho
ambiental, a preocupação com a destinação correta de seus resíduos e a atenção
com aspectos de saúde e segurança de sua força de trabalho. Estes sistemas
passam então a trabalhar de forma coordenada, sem que cada uma perca seu foco
específico, levando a uma abordagem holística da gestão.
A adoção do SGI por parte das empresas tem tomado corpo nos últimos
anos, principalmente pelos ganhos de escala que este tipo de abordagem
proporciona, pelo maior envolvimento e desenvolvimento de competências que
a implantação deste sistema requer e, principalmente, por mostrar uma nova
postura da organização frente aos desafios atuais e à busca da melhoria contínua.
252
RESUMO DO TÓPICO 4
• Todas estas normas têm a base no PDCA e possuem outras similaridades que
facilitam a integração destes sistemas, isto porque vêm sendo trabalhadas
por meio de revisões e novas edições para esta finalidade, no sentido de
facilitar a sua implementação.
253
que a responsabilidade é de todos; estabelecer objetivos reais; assegurar que
toda equipe tenha envolvimento no processo e que poderá afetá-lo; explicar
as responsabilidades de cada um e como suas sugestões podem fazer a
diferença; garantir que, em qualquer decisão que venha a ser tomada, sejam
levados em consideração os sistemas de gestão envolvidos e o impacto sobre
eles.
254
AUTOATIVIDADE
255
256
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
______. NBR 31000: gestão de riscos, princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, 2009.
257
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e
instrumentos. 3. ed. atual. e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2011.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental. São Paulo:
Juarez de Oliveira, 2002.
259
QUALIDADEBRASIL Disponível em: <http://www.qualidadebrasil.com.br/
noticia/qualidade_criando_um_grafico_pareto>. Acesso em: 22 dez. 2012.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 15. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1995.
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