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24/02/2019 Unidade de Aprendizado

Formação sociocultural do
Brasil I

APRESENTAÇÃO

Olá!

A realidade cultural, social, polí ca ou econômica de um país não pode se explicar apenas
pela situação presente. Tudo o que vivemos faz parte de um longo processo histórico, que
encontra raízes no modo de viver em sociedade dos nossos ancestrais. O processo pelo qual o
Brasil foi ocupado e colonizado; a diversidade de povos que cons tuíram esse país; a forma
como esses povos se miscigenaram e se mul plicaram pelas diversas regiões do nosso
território; tudo isso explica em muito quem é o brasileiro e a sociedade brasileira atual.

Bons estudos.

Ao nal desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Reconhecer a realidade social e cultural do Brasil.

• Explicar os efeitos da ocupação e colonização brasileira.

• Valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e raças (negra, indígena, branca).

DESAFIO

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"Em suma e no essencial, todos os grandes acontecimentos da chamada "era dos


descobrimentos", ar culam-se num conjunto que não é senão um capítulo da história do
comércio europeu. Tudo que se passa são incidentes da imensa empresa comercial a que se
dedicam os países da Europa a par r do século XV, e que lhes alargará o horizonte pelo
oceano afora..." (PRADO JR., 2000, p. 11)

Com base no trecho acima, responda: Em que se diferenciou o projeto colonizador de


Portugal do projeto colonizador da Inglaterra na América?

INFOGRÁFICO

No mercan lismo, a riqueza dos países era medida pelo lucro advindo das trocas comerciais.
Portugal não possuía grandes manufaturas (fábricas) e precisava importar produtos de outros
países, principalmente da Inglaterra. Em troca, deveria oferecer a matéria-prima produzida de
suas colônias. Observe o infográfico.

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CONTEÚDO DO LIVRO

Para conhecer um pouco mais sobre o início da formação da sociedade brasileira, sugerimos a
leitura do ar go A experiência portuguesa no processo de colonização do Brasil, de
Carmelindo Rodrigues da Silva. O autor nos mostra que os impulsos iniciais do processo de
colonização se explicariam pelo desejo da expansão da empresa europeia dentro da lógica
mercan lista que se consolidava naquele momento da Idade Moderna. Não se tratou apenas
de um projeto específico de desbravamento do mar, do espírito aventureiro português, mas,
além disso, tratava-se de buscar alterna vas para ampliar o comércio que nha como
entraves questões de ordem polí ca e econômica. Assim, é possível dizer que a formação da
sociedade brasileira não era um fim, um obje vo propriamente dito, como diferentemente
ocorreu nas chamadas colônias de povoamento tão presentes na América Espanhola. Mais
como consequência de que como alvo, a formação do Brasil enquanto nação se deu por um
processo histórico bastante peculiar, com desdobramentos significa vos para a cons tuição
do país enquanto nação.

Boa leitura.

Leia aqui

DICA DO PROFESSOR

A realidade cultural, social, polí ca ou econômica de um país não pode ser explicada pela sua
situação presente, uma vez que tudo faz parte de um longo processo histórico. A ocupação e
a forma de colonização, os povos que cons tuíram e miscigenaram esse país, tudo isso explica
a sociedade e sua realidade atual. Nesse vídeo, abordaremos a colonização e a formação da
sociedade brasileira, o po de exploração de acordo com a realidade de Portugal e a
diferenciação desta colonização da Espanha e Inglaterra.

Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

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EXERCÍCIOS

1) Leia o trecho a seguir: “O europeu chegou ao Novo Mundo com uma bagagem repleta de
supers ções e preconceitos e a rou-se às conquistas, sob a jus fica va de estar a serviço
de Deus e de Sua Majestade. Embora defendendo a ideia de uma colonização pacífica e
cristã, tratou os indígenas como povos bárbaros, escravizando-os e tomando-lhes as terras.
Sob a alegação de que eles eram preguiçosos, sustentou durante séculos o mito do índio
indolente, conceito que ainda hoje está presente na mentalidade da maioria dos brasileiros.
Daquela época herdamos a ideia de que o índio não tem a responsabilidade do homem
“civilizado”, portador de uma cultura superior e em condições de administrar as terras. Boa
parte dos textos históricos e literários que têm o índio como personagem reforça apenas os
aspectos folclóricos de sua cultura, tratando-os como irmãos estranhos. A imagem con nua
a ser idealizada, longe de expressar a realidade marcada (…) pelo duro trabalho e pela
tenta va de adaptação à vida dita civilizada. Depois de tanto tempo o índio con nua a ser o
outro, julgado pelos valores do homem branco.” (CARNEIRO, 1999, p. 9-10).

Com base na análise do texto, assinale a alterna va CORRETA:


a) É historicamente defensável o argumento de que a colonização brasileira esteve isenta de
julgamentos supers ciosos e discriminatórios.

b) A imagem que herdamos dos povos indígenas não foi falseada pela percepção mí ca e
idealizada de sua cultura pelos colonizadores.

c) Tratando os indígenas como povos bárbaros, o europeu escravizou-os e tomou-lhes as


terras, já que defendia a ideia de uma colonização pacífica e cristã.

d) O europeu tratou os indígenas como povos bárbaros, escravizando-os e tomando-lhes as


terras. Ou seja, não defendeu a ideia de uma colonização pacífica.

e) Não parece aceitável a crença de que haja um mundo civilizado em oposição a outro, não
civilizado. As aspas usadas na palavra civilizado sugerem esta restrição.

2) Sabemos que o Brasil teve uma complexa formação étnica, na qual o elemento indígena
teve grande par cipação, pelo menos na fase inicial. Sobre esse elemento étnico, leia o
texto escrito pelo oficial português Gabriel Soares, em 1587, onde descreve os índios
Guaianá: "É gente de pouco trabalho (...); se encontram com gente branca, não fazem

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nenhum dano, antes boa companhia, e quem acerta de ter um escravo guaianá não espera
dele nenhum serviço, porque é gente folgazã de natureza e não sabe trabalhar.“. O texto
expressa:
a) a diferença entre as concepções de trabalho do mundo europeu e das culturas indígenas.

b) o preconceito racial que impediu a miscigenação cultural entre brancos e índios.

c) a ineficiência do ensino dos brancos aos grupos indígenas sem tradição agrícola.

d) o argumento básico para elaborar as leis que proibiam a escravização indígena.

e) a forma usada pelos índios para evitar a dominação cultural e a escravização.

3) A economia colonial brasileira é integrada ao processo do mercan lismo e altamente


especializada e dirigida para o mercado externo, tendo internamente um caráter predatório
sobre os recursos naturais. Assinale a opção que caracteriza a economia colonial
estruturada como desdobramento da expansão mercan l europeia:
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o
rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.

b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos
setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.

c) A lavoura de produtos tropicais e as a vidades extra vas foram organizadas para atender
aos interesses da polí ca mercan lista europeia.

d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da


experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.

e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de


acumulação da economia colonial.

4) “A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos
difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de
três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto,
porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente
(...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz, 1578.).

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A par r do texto, pode-se afirmar que todas as alterna vas expressam a relação dos
portugueses com a cultura indígena, EXCETO:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.

b) A desorganização social dos indígenas se refle a no idioma.

c) A diferença cultural entre na vos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.

d) A língua dos na vos era caracterizada pela limitação vocabular.

e) Os signos e símbolos dos na vos da costa marí ma eram homogêneos.

5) "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou
ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados
como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os
de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que
dela se pode rar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente
que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui
esta pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para
se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa
fé!" ("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal" em 1°/5/1500.) Segundo a carta, que
informa ao Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia em nossa
costa atlân ca, Pero Vaz de Caminha apresenta possibilidades oferecidas pela terra recém-
descoberta. Dentre essas possibilidades, de acordo com o texto, estão:
a) A extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não explorada
então pelos portugueses.

b) A pesca e a caça, pela qualidade das águas e terras onde aportaram os navios
portugueses.

c) A extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela virada de


século.

d) A conversão dos indígenas ao catolicismo e a u lização da nova terra como escala nas
viagens ao Oriente.

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e) A conquista de Calicute a par r das terras brasileiras e a cura de doenças pelos bons ares
aqui encontrados.

NA PRÁTICA

Veja a seguir uma reflexão sobre a colonização portuguesa no Brasil.

SAIBA +

Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do
professor:

Sociologia
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