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Literatura Viva 2022

Professor: Anderson Dias


Turma: 7° ano C

Livro: O gênio do crime (adaptado)


Um livro de João Carlos Marinho, considerado um clássico da literatura juvenil
brasileira. Publicado em 1969, já passou por mais de 60 edições. O livro ganhou diversos
prêmios importantes da literatura nacional, ganhou adaptação para o cinema, não apenas no
Brasil, mas também na Argentina. O livro em questão recebeu o Prêmio Melhor Obra
Mercedez-Benz de Literatura Juvenil em 1988.

Personagens:
1. Narrador 1- Ana Lívia
2. Narrador 2 – J. Henrique
3. Narrador 3 - Bruna
4. Narrador 4 – Maria V.
5. Narrador 5 – Lara
6. Narrador 6 – Alice
7. Narrador 7 - Mariana
8. Edmundo – Lucas/Davi – falta definir
9. Pituca - Rebeca
10. Bolacha - Aryane
11. Tomé (dono da fábrica) - João
12. Criança – Ana c. (1) – Stephanny (2) – Vitor (3) – Sophia (4)
13. Advogados – Samara (de Mello) e Ana J. (Pimenta)
14. Secretária – Julia M.
15. Gerente - Kayo
16. Detetive - Kailliny
17. Berenice – Letícia
18. Raimundo - Cauã
19. Diretor – Arthur Phillipe
20. Professora - Yasmim
21. Chefe - Robert
22. Almeidinha - Pedro
23. Atlas – Arthur César
24. Moranguinho – Geovana

ROTEIRO:
NARRADOR 1: O gênio do crime é uma obra de João Carlos Marinho publicada em 1969. O
autor, que nasceu no Rio de Janeiro, mas vivia em São Paulo, era advogado. Uma das
principais marcas do livro é a força, a coragem e a autonomia dos jovens protagonistas. Não
há um adulto que direcione seus atos, mas eles mesmos usam sua inteligência para investigar
o crime, se colocando em situações perigosas, inclusive. O gênio do crime foi precursor no
gênero da literatura policial para o público juvenil no Brasil. É um livro cheio de humor, suas
páginas transpiram vida e energia e enredam os leitores de todos os tempos. O livro narra as
aventuras da Turma do Gordo - As crianças, que têm pouco mais de 11 anos, são
colecionadores de figurinhas de futebol. Na época, havia uma grande empresa de figurinhas
que comercializava álbuns do campeonato. As crianças que conseguissem completá-lo teriam
como prêmio uma bola e um jogo completo de camisetas tamanho infantil do time que
escolhessem.

CENA 1:
O sino toca na escola. Pituca e Edmundo se encontram no pátio.
EDMUNDO: Já faz dois meses que só falta o Neymar para completar meu álbum e poder ir lá
na fábrica receber o prêmio. Já estou ficando irritado. (aflito)
PITUCA: Calma Edmundo, disseram que na frente do mercado de Casa Amarela tem um
cambista que vende as figurinhas; a gente encomenda a figurinha que quer e no dia seguinte
ele traz.
MORANGUINHO: Fiquei sabendo que custa caro, mas é garantido!
Pituca pega o dinheiro e vai comprar a figurinha. (Ocorre a transição noite/dia)
CENA 2
(O sino toca na escola) Edmundo e Pituca e Moranguinho se encontram na escola novamente
no final da aula...
EDMUNDO: Como é, encomendou o Neymar?
PITUCA: Tive sorte, sobrou um de um cliente que não veio buscar e comprei. Está aqui.
MORANGUINHO: Nossa, você teve muita sorte.
EDMUNDO: Iupi!
NARRADOR 1:Edmundo deu um pulo. Tirou o álbum da bolsa e colou imediatamente a
figurinha. Os três seguiram correndo para a fábrica.)

Muitas crianças estavam gritando na frente da fábrica reivindicando os prêmios (áudio com os
gritos das crianças).

CRIANÇA 1: Vamos destruir toda a grama da fábrica!!


CRIANÇA 2: Vamos mostrar a eles que não se promete nada que não possa cumprir!!!
Edmundo sobe na varanda (pode ser cadeira)
EDMUNDO: Acho tolice destruir a grama; de que adianta? O melhor é ir à polícia denunciar
esse homem. É capaz da polícia obrigá-lo a dar os prêmios.
CRIANÇA 1: Ele está certo!
CRIANÇA 2: Meu pai e minha mãe são advogados. Vamos lá que eles resolvem.
CRIANÇA 1: É isso mesmo, vamos lá!!!
(áudio com os gritos das crianças).

Tomé observava tudo pela janela.


CENA 3
Chegando no advogado...
SECRETÁRIA: Bom dia, Crianças. O que desejam?
CRIANÇA 1: Gostaria de falar com o Doutor Pimenta e a Doutora Mello.
CRIANÇA 2: A Fábrica de Figurinhas Escanteio prometeu um prêmio a quem enchesse o
álbum. Eles precisam cumprir a promessa.
CRIANÇA 1: A lei obriga as pessoas a cumprirem o que prometem.
SECRETÁRIA: Só um minuto. (a secretária informa ao advogado sobre a presença das
crianças) Tudo bem, podem entrar.
ADVOGADO(S) (PIMENTA e de Mello): Bom dia, crianças.
ADVOGADO (PIMENTA): Como posso ajudar?
CRIANÇA 2: A Fábrica de Figurinhas Escanteio prometeu um prêmio a quem enchesse o
álbum. Eles precisam cumprir a promessa. A lei obriga as pessoas a cumprirem o que
prometem.
Neste momento os advogados analisam os álbuns das crianças atentamente.
ADVOGADA de Mello: Vocês estão certos, vou fazer uma petição ao juiz; deixem seus
nomes e endereços com minha secretária.
NARRADOR 2: Passados cinco dias todos receberam uma carta marcando hora para se
reunirem no escritório.
ADVOGADO (PIMENTA): O caso está resolvido. Logo que o dono da fábrica soube que ia
ser denunciado, veio aqui.
ADVOGADA de Mello: E falou que os prêmios estão à disposição de vocês. Podem ir
buscar.
As crianças festejaram a vitória!!

CENA 4
Tomé vai à escola falar com Edmundo.
TOMÉ: Sou o seu Tomé, dono da Fábrica de Figurinhas Escanteio. Assisti aquela bagunça da
janela do segundo andar; se não fosse você, eles tinham acabado com todo o meu jardim.
Muito prazer. Bom Edmundo, o caso é que existe por aí uma fábrica clandestina falsificando
minhas figurinhas difíceis. Fazem exatamente iguais às minhas e vendem para a criançada.
Tive que tomar dinheiro emprestado para comprar os prêmios que entreguei. Vou é à falência,
não aguento mais. (triste e cansado)
EDMUNDO: Pituca comprou a um rapaz que estava na frente do Mercado de Casa Amarela.
TOMÉ: A polícia já prendeu três cambistas. No dia seguinte aparece outro vendendo
figurinha em lugar diferente. O cambista não vê a pessoa que lhe entrega a figurinha e nem a
que recebe o dinheiro. E, cada vez que um cambista é preso, mudam o sistema. Topei com um
gênio do crime, um supercérebro. A polícia não consegue pegá-lo. Meu bom menino, você é
minha última esperança. Esse negócio de figurinhas pertence ao mundo das crianças; um
adulto investigando logo desperta suspeitas. Você é valente, decidido, venho lhe pedir: me
descubra a fábrica clandestina!
CENA 5
No fim do horário da escola Edmundo encontra Pituca e Moranguinho.
EDMUNDO: Gente, seu Tomé veio pedir nossa ajuda. Vamos no Mercado de Casa Amarela,
seguimos o homem e descobrimos o sistema de contato com a fábrica clandestina.
Meninos(a) observam o homem de longe e vão até a casa do Bolacha.
PITUCA: Bolacha, viemos pedir sua ajuda para desvendar o grande mistério das figurinhas
da fábrica Escanteio.
MORANGUINHO: Seguimos ele durante alguns dias, mas ele sempre muda o trajeto. É
impossível pegá-lo.
BOLACHA: Ouvi dizer que o chefe da quadrilha é um gênio do crime. Se botar a mão nele
fosse fácil do jeito que pensam, seria o burro do crime. Precisamos segui-lo ao ‘avesso’. O
cambista chega no Mercado de Casa Amarela às duas horas, sai às três e meia, e faz aquele
sistema de despistamento para não ser seguido. Mas, para ir de sua casa ao Mercado, com
certeza vai direto.
PITUCA: Hum.... não entendi.
MORANGUINHO: Explique melhor, garoto.
BOLACHA: Esperamos o cambista antes das duas horas no Mercado, vemos ele chegar e
marcamos o lugar de onde veio. No dia seguinte um pouco mais cedo ficamos no lugar que
apareceu na véspera e marcamos o lugar de onde veio para chegar ali e assim vamos fazendo,
marcando os pontos de onde vem, e no fim damos no lugar de onde partiu. Tá? Isto se chama
seguir pelo avesso ao revés ao contrário de trás pra diante inversamente revirado. . . (Fazer o
desenho no quadro).
EDMUNDO: For-mi-dá-vel! É a ideia mais bigue que vi até hoje juro por Deus!
NARRADOR 2: Nossos detetives começaram a seguir o cambista durante vários dias. Até
que terminaram por descobrir que morava numa casa próximo à Praça da Macaxeira, lugar
bastante movimentado. O cambista morava com a família: a mulher, e dois meninos; um
regulava a idade dos nossos quatro detetives e o outro devia ser dois anos menor. Faltava
agora fazer o reverso do revirado como tinha sugerido o Bolacha, ou seja, seguir o cambista
da sua casa para a cidade.

CENA 6
Meninos deitados no chão observando a casa do cambista com um binóculo.
BOLACHA: O cambista sempre sai perto de 13h e não entra em contato com ninguém. Deve
ser um de seus filhos que traz as figurinhas.
PITUCA: Não pode ser o filho mais velho, já que ele chega depois do pai sair.
MORANGUINHO: Só pode ser o filho mais novo, que estuda pela manhã e chega um pouco
antes do cambista.
EDMUNDO: Vamos precisar da ajuda do Seu Tomé. Vamos contar nossos progressos a ele.
Os detetives foram para a fábrica de figurinhas escanteio.

CENA 7
Foram atendidos por um moço esticadinho, bem trajado e que levantava o queixo para cima
quando falava.
GERENTE: Então vocês são jovens investigadores; muito bem, muito bem. O senhor Tomé
está ocupado, porém tenho ordem dele para tratar com vocês. Sou o gerente da fábrica.
EDMUNDO: Queremos falar com ele mesmo, sobre a investigação.
GERENTE: Seu Tomé andava contrariado e ontem teve uma crise. Chorou e tremeu por mais
de uma hora e foi preciso chamar o pronto- socorro. — Coitado! — Como ser-lhes-á fácil
concluir, o médico recomendou que trabalhasse menos, para recuperar-se e por isso entregou-
me a direção da fábrica por quinze dias.
O gerente encostou-se para trás, balançou a cadeira, limpou os óculos, deu uma empinadinha
de queixo e continuou:
GERENTE: Como gerente tenho meus métodos de trabalho e gosto de decisões racionais.
Acho que as crianças são para brincar e não para se botar em investigações. Isto de menino
detetive funciona em gibis, livrinhos de imaginação, mas a realidade é a realidade. Investigar
é para adultos. A fábrica clandestina é chefiada por um gênio do crime; para enfrentá-lo é
preciso um gênio da altura dele. Resolvi contratar o maior detetive do mundo: Mister John
Smith Peter Tony —Nunca perdeu um caso.
PITUCA: Então estamos despedidos:
GERENTE: Nem deveriam ter começado, não sei onde é que seu Tomé estava com a cabeça
ao deixar que saíssem por aí escondidos dos pais. Podem voltar a seus brinquedos; o caso está
entregue a um detetive com D maiúsculo.
BOLACHA: Escuta aqui seu bonequinho lustroso, você é que é um burro com b minúsculo!
(com raiva)
Bolacha virou as costas e saiu batendo a porta bem forte. Pituca e Moranguinho foi atrás e
bateu a porta igual.
EDMUNDO: Não vou sair daqui até falar com Seu Tomé.
O gerente coçou a cabeça e saiu de cara amarrada. Dali a uns minutos seu Tomé entrou na sala
dum modo encabulado olhando o chão.
TOMÉ: Olá meu bom menino, como tem sido a investigação:
EDMUNDO: Não quero contar o que já descobrimos, para que esse detetive não se aproveite
do nosso trabalho. Mas iremos precisar do senhor para continuar com a investigação.

CENA 8
NARRADOR 3: No dia seguinte Seu Tomé combinou com o Bolacha que ele se chamaria
‘Afonsinho’ e chegou puxando o Bolacha pela mão na escola ‘Ateneu Nosso Brasil’ para
encontrar o diretor, com o objetivo de infiltrar Bolacha na escola onde os filhos do cambista
estudava.
TOMÉ: Senhor diretor, resolvi matricular meu filho neste estabelecimento de ensino porque
ouvi referências boas. Gostaria que começasse já!
DIRETOR: Não é problema, o menino pode começar amanhã. Em qualquer loja vendem
nosso uniforme.
O diretor leva ‘Afonsinho’ até a sala de aula.
DIRETOR: Com licença professora, este é Afonsinho. Ele teve alguns problemas na escola
onde estudava e irá começar hoje conosco.
PROFESSORA: Tudo bem Afonsinho? Seja Bem-vindo. Berenice?
BERENICE: Sim, professora. (Fala de pé)
PROFESSORA: Ele irá se sentar ao seu lado e você pode ajudá-lo quando necessário.
Bolacha se senta ao lado de Berenice.
NARRADOR 4: Bolacha precisava observar detalhes, a maneira de um olhar o outro, de virar
a cabeça, algum gesto brusco, tudo. E onde se daria esse contacto? Na sala de classe, no pátio,
na secretaria, na sala do diretor, no banheiro, no corredor, por cima do muro? É o que vamos
ver. Por enquanto estava indeciso, porque nem mesmo prova provada havia que a lista das
figurinhas vinha na bolsa do filho do cambista: tratava- se de um fato teórico que precisava de
verificação.
BOLACHA: Esse é o único professor da classe?
BERENICE: Você não me engana, tem pinta de detetive. Eu sei.
BOLACHA: huuum...
BERENICE: Nem um, nem dois. Acho melhor você confessar. Você tá com cara de menino
colando pegado em flagrante fingindo de calmo e olhando espantado. Ou você me conta
direitinho esse crime, e eu te ajudo, ou espalho para a classe. E primeiro vou espalhar para o
Raimundo — e apontou o filho do cambista — que eu reparei na fila que você olhava muito
nele.
Tirou uma folha do caderno e escreveu: "Raimundo, cuidado, esse aluno novato veio
bisbilhotar você".
BOLACHA: Tá bom, sou detetive. (tira e amassa o papel que ela escreveu).
BERENICE: Raimundo não é simpático nem antipático, não vi nada especial nele até hoje.
Passar e receber pacotinhos e listas também não vi.
Toca o sino para o recreio. Bolacha fica na sala e espera todos saírem. Depois vai bisbilhotar a
cadeira de Raimundo, que ficava na janela. Lá ele encontra uma lista dentro do livro, como
letras grandes:
BOLACHA: "Para hoje sem falta: 18 - Vinicius Junior, 1 - Alisson, 10 - Neymar Jr, 7
- Richarlison, 4 - Marquinhos"
Bolacha guarda a lista de voltar e espera o sino tocar para a volta da aula. Durante a aula...
RAIMUNDO: Professora, posso abrir a janela? Está calor aqui.
PROFESSORA: Claro que sim!
Raimundo abre o caderno expondo a lista para alguém do lado de fora.
BOLACHA: O Raimundo põe a lista na carteira e o emissário cópia de binóculo. Professora,
estou com dor de barriga, posso ir ao banheiro?
PROFESSORA: Claro que sim!

CENA 9

NARRADOR 4: Bolacha sai da escola e entra na casa onde vê um homem de binóculo na


janela. Abriu a porta do carro que estava parado no jardim e se embolou no chão do carro
atrás do banco. O homem entrou no carro e depois de 15 minutos parou em outra casa. Entrou
num outro carro, onde Bolacha também conseguiu entrar. O homem tira a peruca e um nariz
pontudo que estava usando e segue num caminho bastante demorado pela cidade. Finalmente
pararam. O homem desceu e chamou alguém. Bolacha levanta a cabeça cautelosamente e vê a
plaqueta com o número da casa: 959.
BOLACHA: Acho que cheguei na fábrica clandestina. Só preciso escapulir para a rua, ver o
nome dela e telefonar para seu Tomé, que ele irá mandar a polícia cercar, invadir e prender a
quadrilha e o misterioso "gênio do crime".
Ele sai do carro e se esconde na casa do cachorro. Pega no sono sem perceber e acorda quando
já é noite.
BOLACHA: Vou tentar entrar na casa e ver se encontro um telefone.
Mexeu em uns papéis que tinha na mesa e encontrou o endereço de onde estava.
"Fábrica de Tecidos Planeta Rua Planeta, 959 — bairro da várzea"
BOLACHA: Hum, é aqui, o número confere. Então se disfarçam de fábrica de tecidos, hein?
Alô. Chame seu Tomé, já.
GERENTE: Quem deseja falar com ele?
BOLACHA: É o Bolacha, depressa!
TOMÉ: Alô, aqui fala Tomé; é o bom bolacha? Não imagina a aflição que nós estávamos.
Graças a Deus que você chamou, pensei que o tinham matado, meu bom menino.
Aluz se acende.
BOLACHA: Seu Tomé. rua Planeta, 959, é a fábrica clandestina.
Surgiram dois homens grandes e um velho. Pegaram o telefone do menino.
CHEFE: Levem o menino para baixo.
O levaram para um galpão escuro.
CHEFE: Aqui é a fábrica clandestina. Achou o que queria não é seu abelhudo cara de jaca?
Sou o dono da fábrica. O peludão chama Atlas e o dos cachos Almeidinha. Tem esse
diminutivo porque o velho Almeida, pai dele, era duas vezes maior. Os dois foram campeões
de luta-livre antes de trabalharem para mim. E você como chama?
Bolacha não responde.
CHEFE: Menininho turrão não? Ninguém vai te descobrir aqui, arquitetei o esconderijo sem
falha. Lá em cima funciona a Fábrica de Tecidos Planeta, uma fábrica comum, e nenhum dos
operários sabe deste buraco aqui; trabalham durante o dia fazendo tecidos como qualquer
operário.
ALMEIDINHA: Chefe, porque não nos livramos dele?
CHEFE: Nada de afoitezas. Costumo fazer as coisas perfeitas, sem deixar pistas. Agora me
conta garoto, como veio parar aqui?
BOLACHA: Não conto.
CHEFE: Você deve estar com fome não é ? Se contar, te dou um sanduíche.
BOLACHA: Tudo bem, assim eu conto. Estou mesmo com muita fome. Comi só de
manhazinha.
NARRADOR 5: Enquanto isso, na fábrica Escanteio todos estavam muito preocupados com
o desaparecimento do Bolacha. Seu Tomé estava tão nervoso quando atendeu o telefone, que
não conseguia se lembrar bem o endereço que o Bolacha tinha dado. Enquanto isso, todos
buscavam em listas telefônicas endereços com nomes parecidos ao que Tomé lembrava. E o
gerente seguia lembrando que as crianças não deveriam ter sido envolvidas no caso. Os pais
de bolacha estavam desesperados e só se falava nisso na cidade.
ATLAS: Chefe, estamos com fome, trabalhamos produzindo novas figurinhas a noite toda.
Não está na hora do lanche? Também queria saber se posso levar algumas figurinhas para o
meu filho.
CHEFE: Muito bem rapazes, vocês têm razão. Vamos subir e pedir uma pizza. E sim Atlas,
você pode levar as figurinhas
Eles sobem...
BOLACHA: Tenho que pensar em alguma forma de avisar aos outros onde estou. Já sei, vou
mudar a escrita no verso das figurinhas que estão produzindo e colocar o endereço. Prontinho.

CENA 10

NARRADOR 6: No dia seguinte, o filho de Atlas recebe as figurinhas e ler o que tem no
verso. Sem saber que o pai está envolvido, leva o endereço até a polícia.
Pum! Escapum! Pum! Pum!
Voou pedacinho de pedrinha para todo lado e a sala se encheu duma poeira fina de cimento
esmigalhado e pó de estuque. Era uma explosão que tinha aberto um buraco no teto; todos
coçaram os olhos e Bolachão viu a cabeçona amarela espiando lá de cima. John Smith Peter
Tony, escocês de nascimento e detetive de profissão, se disincarapitou do teto e caiu de bom
estilo. Daí foi uma brigalhada só.

DETETIVE: Good night Bolachon. Mim estar aqui. Bandidas querer fazer mal a Bolachon.
Agora mim ficar brava de verdade!
NARRADOR 7: chegou repórter, chegou rádio, chegou televisão, chegou polícia técnica,
chegou parente, chegou delegado, chegou povo, e o galpão estava uma bagunça. Nisso, sete
guardas de uniforme azul principiaram a abrir caminho no meio da gentarada, porque levavam
o Atlas para o carro de presos. O detetive pegou todas as suas coisas e se preparou para ir
embora, já que o caso estava resolvido.
DETETIVE: Um dia mim voltar na Brazil porque mim ficar pensando no Escócia. Mim non
estar triste de perder o meu invencibilidade, já que quem resolveu o caso foi o Bolachon; neste
aventura mim achar em vocês novas amigas e um bom amizade ser mais importante que ser
invicta; lembrar sempre de este grande verdade.
Todos se abraçam.
FIM.

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