1ª EDIÇÃO

38 º DESAFIO PARA O 9º ANO

Agnesss/Shutterstock

Resolução das questões

Obs.: esta resolução é da Prova A. As questões da Prova B são as mesmas, em ordem
diferente.
MATEMÁTICA
01   Rafael, Marcos e Murilo dividiram o valor total da conta há um triângulo equilátero, em que um de seus lados é
do restaurante do seguinte modo: também lado de um dos quadrados. Qual é o perímetro da
2 figura com traçado vermelho?
• Rafael pagou do valor total da conta.
5
1
• Marcos pagou do valor total da conta.
4
• Murilo pagou R$ 84,00.
Nessas condições, o valor total da conta do restaurante, em
reais, é:
a) 200 b) 210 c) 230 d) 240 e) 250

Resposta:
Seja x o valor total da conta, em reais. Após os pagamen-
2 1
tos de Rafael e Marcos sobrou x − x − x para Murilo
5 4
pagar. Como ele pagou R$ 84,00, temos:
2 1 20 − 8 − 5 7
x− x − x = 84 + x = 84 + x = 84
5 4 20 20
+ x = 240 reais

a) (10 + 2 2 ) cm c) (6 + 2 2 ) cm e) 10 cm
02   A equação x2 − 21x + c = 0 possui como soluções dois b) (8 + 2 2 ) cm d) 10 2 cm
números inteiros consecutivos. Assim, podemos afirmar
que o valor de c é: Resposta:
a) 56 b) 72 c) 90 d) 110 e) 132 A figura é formada por 4 lados de triângulos equiláteros
de lado 1 cm, quatro lados de quadrados de lado 1 cm
Resposta: e 2 hipotenusas de triângulos retângulos isósceles com
Sendo n e n + 1 os inteiros consecutivos que satisfazem a catetos de medida 1 cm. Assim, o perímetro da figura é:
equação, pelas relações entre raízes e coeficientes, temos:
4 . 1 + 4 . 1 + 2 . 12 + 12 = 4 + 4 + 2 . 1 + 1
(−21)
n + (n + 1) = − = (8 + 2 2 ) cm
1 + 2n + 1 = 21 + n = 10
n . (n + 1) =
c n . (n + 1) = c n . (n + 1) = c
1
04   Carlos está a uma distância de 6 metros de uma árvo-
+ n = 10 + n = 10 re e, nesse ponto, enxerga o topo dela sob um ângulo de
.
10 (10 + 1) = c c = 110 30o. A que distância Carlos estaria da árvore se enxergasse o
topo sob um ângulo de 60o?
a) 2 metros. d) 3 metros e meio.
03   Na figura a seguir, há quatro quadrados em torno de
outro quadrado central, todos de lado igual a 1 cm. Com b) 2 metros e meio. e) 4 metros.
exceção do quadrado central, dentro de todos os demais c) 3 metros.

213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 1
 Resposta: 07   Em um restaurante que vende comida por quilo, pa-
guei R$ 14,70 por exatos 350 gramas de comida. Quanto cus-
Seja x a distância, em metros, que Carlos estaria da árvore
ta o quilo de comida nesse restaurante?
se enxergasse o topo sob um ângulo de 60o. Considere
a seguinte figura: a) R$ 52,00 c) R$ 42,00 e) R$ 32,00
b) R$ 46,00 d) R$ 36,00
C

30° 08   A figura a seguir é composta apenas por triângulos

equiláteros.

30° 60°
A 6_x D x B

WC é exterior ao triângulo ACD, logo

O ângulo BD
W ) = m (BDC
VD) + m (DAC
m (AC W ) + m (ACVD) + 30o = 60o
+ m (ACVD) = 30o. Assim, o triângulo ACD é isósceles de Sabendo que cada triângulo pequeno possui 3 cm de
base AC e, portanto, CD = AD = 6 − x. lado, a área da região colorida é:
No triângulo retângulo BDC, temos: 63 3 47 3 33 3
a) cm2 c) cm2 e) cm2
BD x 1 4 4 2
cos 60o = + = + 2x = 6 − x + 3 x = 6
CD 6−x 2 b) 120 cm2 d) 50 3 cm2
+ x = 2 metros
09   Quando o palhaço Carlinhos se apresenta no circo, to-
dos os 1 800 ingressos são vendidos. Quando Carlinhos não se
05   Há muito tempo, em uma galáxia muito distante, exis- apresenta, apenas 60% dos ingressos são vendidos. Se o circo
tia um sistema solar com uma estrela e três planetas. Os funciona 6 dias por semana e Carlinhos se apresenta em me-
planetas completavam uma volta em torno da estrela em tade dos dias, quantos ingressos são vendidos por semana?
5, 12 e 15 anos terrestres, respectivamente. Quando os três
planetas se alinhavam, existia uma grande comemoração a) 8 420 b) 8 530 c) 8 640 d) 8 750 e) 8 860
interplanetária, chamada festa do alinhamento. De quan-
tos em quantos anos terrestres essa festa acontecia? 10   Na figura a seguir, ABCD é um retângulo e E é ponto
a) 5 b) 20 c) 40 d) 60 e) 80 médio de AD , F é ponto médio de BC , G é ponto médio de EF 
e H é ponto médio de CD .
Resposta: A E D
Os planetas se alinhavam em um intervalo de tempo que é
múltiplo comum dos números de anos terrestres que cada
um deles levava para completar uma volta em torno da es- G H
trela, ou seja, a festa acontecia a cada mmc (5, 12, 15) = 60
anos terrestres.

B F C
06   Régis deseja pintar uma bandeira retangular formada Assim, a razão entre a área do retângulo GFCH e a área do
por 5 listras paralelas e dispõe das cores verde, amarela,
retângulo ABCD é:
azul e vermelha. O número de maneiras diferentes que 1 1 1 1 1
Régis pode pintar essa bandeira de modo que listras adja- a) b) c) d) e)
2 3 4 5 6
centes não possuam a mesma cor é:
a) 5 b) 16 c) 324 d) 648 e) 1 024 11   A polegada é uma medida de comprimento utilizada
em algumas situações bem específicas no Brasil, como nos
Resposta: televisores. A medida anunciada em polegadas pelo fabri-
Para a primeira listra (de uma das laterais) ele tem 4 op- cante se refere ao tamanho da diagonal da tela. Se uma po-
ções de cores; para a adjacente a esta, ele tem 3 opções; legada equivale a 2,54 cm, qual a medida, em centímetros,
para a próxima, também 3 opções; e assim sucessiva- da diagonal de um televisor de 65 polegadas?
mente até a 5a listra. Logo, Régis pode pintar a bandeira a) 165,1 c) 167,1 e) 169,1
de 4 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 = 4 ⋅ 34 = 324 maneiras distintas. b) 166,1 d) 168,1

213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 2
 12   Quantos cubos de 1 cm3 são necessários para preen- dade formam, nessa ordem, um quadrado perfeito, e Murilo
cher metade do sólido a seguir? lembra que a soma dos algarismos é 22. O produto dos alga-
rismos do número dessa casa é:
3 cm
a) 212
b) 258
c) 294
7 cm
d) 316
10 cm
e) 324
a) 420
b) 210 17   Cinco amigos se encontram depois de muito tempo.
Sabendo que cada amigo cumprimenta o outro com um
c) 125 único aperto de mão, quantos apertos de mão foram dados
d) 70 após todos se cumprimentarem?
e) 105 a) 5
b) 10
13   Na figura a seguir, r // s.
c) 15
r
40° d) 20
e) 25
x
18   Marcos e Murilo estão competindo em um jogo em
120°
que na rodada de cada jogador são lançados dois dados
s
de seis faces, numerados de um a seis. Marcos poderá an-
O valor de x é: dar um número extra de casas no tabuleiro se a soma dos
números obtidos no lançamento dos dados for 7. Dos 36
a) 160o
resultados possíveis nos lançamentos dos dois dados, em
b) 120o quantos Marcos poderá andar casas extras?
c) 100o a) 2 c) 4 e) 6
d) 80o b) 3 d) 5
o
e) 40
19   Um relógio digital com formato 24 horas mostra as ho-
14   Qual o resto da divisão por 5 de 502018 + 752019 ? ras e os minutos conforme a figura a seguir.
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3 Quantas vezes, em um dia, esse relógio mostrará exatamen-
te os quatro dígitos 2, 0, 1 e 9 em alguma ordem?
e) 4
a) 6 b) 10 c) 12 d) 18 e) 24
15   Três números são inteiros, distintos, positivos e menores
do que 5. Quanto vale o produto dos três, sabendo que o
20  Um designer de joias quer fazer um pingente de uma pi-
careta de diamante para fãs de Minecraft usando 8 materiais
maior desses números é o dobro do segundo maior?
diferentes, de acordo com as imagens e a tabela a seguir.
a) 4
b) 6
c) 8
d) 10
e) 12

16   Marcos, Rafael e Murilo estão indo à casa de um amigo,

mas nenhum deles lembra completamente qual o número
da residência. Rafael lembra que o número da casa tem 3 al-
garismos, Marcos lembra que os algarismos da dezena e uni-

213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 3
 3 3 3 3 3 Número de Preço em reais
3 0 1 2 2 1 3 6 5 referência material de uma unidade
3 3 3 3 2 2 4 7 0 12
6 1 2 3 1 7
6 5 7 2 1 3
2 2
6 4 7 3 2 3
3 4
6 5 7 3 2 3
4 1
6 4 7 3 1 3
6 5 7 3 0 3
5 5
6 4 7 3 6 3
6 5 7 7 8
6 4 7
5 7 O preço de custo desse pingente, em reais, será de:
a) 302 c) 314 e) 352
0 1 2 3 4 5 6 7 b) 308 d) 336

PORTUGUÊS
Texto para as questões de 21 a 25.
O labirinto dos manuais
Há alguns meses troquei meu celular. Um mode-
lo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era
capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia ví-
deos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri
o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi,
folhean­do as 49 páginas. Já na primeira, tentei execu-
tar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes
a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as
possibilidades. Virou um labirinto de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da cam-
painha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava.
Era só alguém me chamar e todo mundo em torno
saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio!
Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá
uma de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall
há meses! O único problema é que agora não consigo
botar a campainha de volta!
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que
toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na
capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático,
simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instru-
ção, página por página. Do que adianta ter um super-
computador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à pá-
gina 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada
vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor
gastar o tempo relendo Guerra e Paz?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-
-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pi-
poca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me
alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax
com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu
apertava um botão e apagava as mensagens. O atual
exige que eu toque em um, depois em outro para con-
firmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha es-
tava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária
disparou todas as mensagens, desde o início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo pa-
rece muito simples. Mas o mundo é para todos, não
é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais!
Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho real-
mente necessidade, e não usar todas as funções. É o
que a maioria das pessoas acaba fazendo!
Walcyr Carrasco. Veja SP, 19 set. 2007.
21  No primeiro parágrafo, o autor, ao dizer “Agora eu
aprendo”, indica que:
a) não entendia absolutamente nada de celulares.
b) diante de uma nova situação (um novo celular), procura
dominar o novo aparelho.
c) acredita que a leitura do manual de instruções possa contri-
buir para seu conhecimento do aparelho recém-comprado.
d) diante de um celular autossuficiente, só teria de ler o
manual para dominar o aparelho.
e) nunca teve um celular e prometeu ler o manual para en-
tender o novo aparelho.

213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 4
22   Pela leitura do texto, é possível inferir que:
a) a leitura do manual não gerou um bom entendimento,
pois o autor continuou não sabendo manusear o aparelho.
b) embora os manuais sejam autoexplicativos, o autor se-
guiu as orientações de um motorista de táxi.
c) os motoristas de táxi conhecem muito mais de apare-
lhos eletrônicos do que os vendedores.
d) a leitura de Guerra e Paz poderia surtir mais efeito que a
leitura do manual de instruções.
e) não é possível ler Guerra e Paz e o manual de instruções,
pois este nada tem a ver com a outra obra.
23   A partir do parágrafo iniciado por “Atualmente”, o autor
do texto:
a) mudou radicalmente de assunto, sem estabelecer liga-
ção com os parágrafos anteriores.
b) diz ao leitor que comprou outro aparelho eletrônico e já
sabe o que fazer com ele.
c) evidencia que os adultos deveriam reciclar seus conhe-
cimentos de informática.
d) salienta que todos os compradores de computadores
novos teriam que adquirir um livro de instruções.
e) diz que o problema com os manuais ainda continuou
quando comprou um computador novo.
24   No parágrafo iniciado com “Tudo foi criado para simplifi-
car”, é possível deduzir que o autor chega à conclusão de que:
a) as gerações mais velhas têm muita dificuldade de acei-
tar novidades.
b) as modernizações dos aparelhos novos mais confun-
dem do que auxiliam alguns consumidores.
c) os aparelhos de fax e micro-ondas eram melhores quan-
do não tinham modernizações.
d) os aparelhos de fax modernos são feitos somente para
os garotos.
e) não se deve ler manuais de procedimento de aparelhos
como micro-ondas ou fax.
25   Assinale a alternativa em que há uma explicação corre-
ta para os termos destacados.
a) Em “Há alguns meses troquei meu celular”, o verbo ha-
ver indica tempo decorrido e pode ser substituído, cor-
retamente, por “Fazem”.
b) Em “Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até ser-
via para telefonar”, o termo expressa a ideia de exclusão.
c) Em “Virou um labirinto de instruções!”, o termo foi
empregado no sentido figurado, indicando confusão,
incompreensibilidade.
d) Em “Fiz o que toda pessoa minuciosa faria”, o termo
pode ser substituído, corretamente e sem alteração do
sentido do texto, por “limitada”.
e) Em “Mas não posso me alimentar só de pipoca!”, a con-
junção expressa a ideia de comparação.
213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição
Texto para as questões de 26 a 28.
O Grito, de Edvard Munch (1863-1944)
A tela, que traz um homem emitindo grito em uma
paisagem que se compõe em ondas – uma notável re-
presentação do desespero –, foi roubada duas vezes.
Mas se tratava de versões diferentes da obra do no-
rueguês. Em 1994, no lugar do quadro levado de uma
galeria em Oslo, deixou-se um bilhete: “Obrigado pela
segurança fraca”. Três meses depois, recuperou-se
a pintura. A segunda foi roubada em 2004, de outro
museu local, e reencontrada em 2006.
Veja, 13 fev. 2019.
Disponível em: <www.culturagenial.
com/quadro-o-grito-de-edvard-
munch>. Acesso em: 21 fev. 2019.
26   Pela leitura do texto, é possível concluir que:
a) Edvard Munch não teve sua obra roubada em museus
da Noruega.
b) não se sabe de qual museu a obra foi roubada pela pri-
meira vez.
c) o artista jamais soube do roubo de suas obras.
d) as obras foram encontradas dois anos após o roubo.
e) o comércio de obras de arte roubadas é intenso.
27   Os ladrões de Oslo:
a) são excessivamente educados.
b) criticaram a falta de segurança do museu.
c) devolveram a obra três meses depois do roubo.
d) eram todos noruegueses.
e) deixaram um bilhete agradecendo ao diretor do museu.
28   Segundo o texto e a imagem:
a) existem várias peças com o mesmo nome.
b) a tela O Grito tem uma mulher gritando de desespero
porque está sendo perseguida por dois homens.
5
c) na tela O Grito há uma ponte atravessada por ondas, o
que imprime uma sensação de desamparo e solidão no
personagem focalizado pelo pintor.
d) não é possível distinguir se o personagem centro das
atenções do quadro é um homem ou uma mulher.
e) O Grito é uma obra que transmite sensações de desespero
e de angústia de uma pessoa que atravessa uma ponte.
Tirinha para as questões 29 e 30.
Disponível em: <https://br.pinterest.com/ccoelho24/~-
quadrinhos-tirinhas-e-humor/?lp=true>.
Acesso em: 21 fev. 2019.
29   No primeiro quadrinho, o termo “Nossa” é:
a) um adjetivo.
b) um substantivo.
c) uma interjeição.
d) um pronome do caso oblíquo.
e) um verbo.
30   Observando a tirinha, é possível dizer que:
a) os colegas se encontraram depois dos tempos de escola
e se reconheceram na reunião da turma.
b) enquanto uma tem um histórico de vida amplo, o outro,
ao abaixar a cabeça, reconhece ser um fracassado.
c) os dois têm um histórico de vida completamente
oposto, pois o segundo não estudou nem completou
o Ensino Médio.
d) em “Eu também tenho um cachorro”, o colega reconhece
ter alguma coisa em comum com a pessoa bem-sucedida.
e) o humorista alerta que o trabalho só constrói.
Texto para as questões de 31 a 33.
Poucos contatos humanos são mais reverenciados
que o diálogo entre um médico e seu paciente –
aquela troca, nem sempre fácil, às vezes franca-
213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição
mente tensa, entre o profissional que zela pela saú-
de alheia e a pessoa que teme estar se aproximan-
do da pior das notícias. Tem sido assim desde que
Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.), o pai da Medicina, in-
tuiu a necessidade de detalhar as doenças de quem
o procurava para chegar ao diagnóstico, inicial-
mente com muita conversa, depois com cuidado-
sos exames. Desse modo, com variações mínimas,
passaram-se séculos. Nos últimos anos, dada a ex-
plosão tecnológica que destruiu muitas atividades
e inventou outras, abrindo atalhos inimagináveis
para a humanidade, também a Medicina passou a
atravessar aceleradas modificações – e no centro da
revolução está a convivência entre homens e mu-
lheres de jaleco e os enfermos. Ela sempre exigiu
o contato pessoal, a presença física no consultório,
mas essa era está chegando ao fim.
Natalia Cuminale. Veja SP, fev./2019.
31   A expressão “homens e mulheres de jaleco” se relacio-
na com:
a) homens e mulheres que usam uniforme escolar.
b) homens e mulheres que exercem a profissão de médico(a).
c) estagiários de Medicina em hospitais.
d) médicos e médicas no encontro com enfermos em
hospitais.
e) aqueles que exercem a Medicina sem serem formados.
32   Pelo trecho, é possível inferir que:
a) houve uma grande mudança nas relações do médico
com o paciente a partir do uso de tecnologias para exa-
mes de imagem.
b) o diálogo entre um médico e seu paciente não é visto
como importante.
c) Hipócrates, o pai da Medicina, jamais pressupôs que o
método iniciado por ele pudesse ser tão duradouro.
d) o pai da Medicina instituiu um método para tratamento
de doentes que consistia no diálogo entre paciente e
médico.
e) os médicos passarão a ter contato com o paciente de
outra maneira além da relação presencial.
33   O texto pode ser classificado como:
a) uma reportagem.
b) um artigo de divulgação científica.
c) um editorial.
d) uma crônica.
e) um artigo de opinião.
6
 HABILIDADES
34  Para que ocorra um eclipse, é necessário que haja
um alinhamento total ou parcial entre Sol, Terra e Lua.
A inclinação da órbita lunar em relação ao plano da ór-
bita que a Terra realiza ao redor do Sol provoca um fenô-
meno em que a Lua nasce em pontos diferentes no ho-
rizonte a cada dia. Se não houvesse essa inclinação, em
todos os meses teríamos um eclipse lunar (na lua cheia)
e um eclipse solar (na lua nova).
lua nova passando pelo
nodo orbital: eclipse solar
órbita da Terra
35   As consequências da hegemonia ateniense não
foram apenas internas. Atenas foi um regime demo-
crático estável e expansionista e favoreceu a instau-
ração de regimes democráticos nas regiões sob seu
controle. Muitas cidades oligárquicas, por outro lado,
faziam parte da aliança de Esparta [...]. A guerra entre
essas duas alianças sacudiu o Mediterrâneo Oriental
na segunda metade do século V a.C.
Norberto Luiz Guarinello. História Antiga.
Editora Contexto, 2013. p. 107.

Terra As alianças e a guerra às quais o texto se refere estão apre-

órbita da Lua Lua
Sol sentadas corretamente na alternativa:
dal órbita da Lua
a no a) A Liga do Peloponeso, liderada por Atenas, e a Liga de Delos,
linh
liderada por Esparta, enfrentaram-se nas Guerras Púnicas.
Terra
Lua
b) A Tríplice Aliança, liderada por Esparta, e a Tríplice Entente,
lua cheia passando pelo
nodo orbital: eclipse lunar
liderada por Atenas, enfrentaram-se nas Guerras Pérsicas.
c) A Liga de Delos, liderada por Atenas, e a Liga do Pelopo-
Abaixo vemos a Lua representada, na figura, nas posições 1, 2, neso, liderada por Esparta, enfrentaram-se nas Guerras
3 e 4, correspondentes a instantes diferentes de um eclipse.
do Peloponeso.
1
Lua 2 d) A União Ateniense, liderada por Atenas, e a Confedera-
3 ção de Esparta, liderada por Esparta, enfrentaram-se na
Sol Terra 4 Batalha de Maratona.
e) A Confederação de Delos, liderada por Tebas, e a Liga
órbita da Lua
do Maratona, liderada por Atenas, enfrentaram-se nas
Guerras Médicas.
As figuras a seguir mostram como um observador, da
Terra, pode ver a Lua. Numa noite de lua cheia, ele a vê 36   Observe o gráfico a seguir, que representa a variação
como na figura
I
I. II III da taxa de glicose após a ingestão de dois alimentos consu-
I II III midos na mesma quantidade, pela mesma pessoa, mas em
momentos diferentes.

IV V
IV V
glicemia

Assinale a alternativa em que há a correta correspondência

entre a posição da Lua, a figura observada e o tipo de eclipse.
a) Lua na posição 1, figura observada III e eclipse solar parcial.
b) Lua na posição 2, figura observada II e eclipse lunar parcial. 1 2
horas após a
c) Lua na posição 3, figura observada I e eclipse solar total. ingestão do alimento
alimento A
d) Lua na posição 4, figura observada IV e eclipse lunar total.
alimento B
e) Lua na posição 3, figura observada V e eclipse lunar parcial.

213
38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 7
A análise do gráfico nos permite concluir que o alimento: d) A população concentra-se no interior, apesar da precária
a) B ajuda a emagrecer, pois estimula a liberação de rede de transportes que dificulta o trânsito de pessoas e
adrenalina. mercadorias.
b) A não possui carboidratos em sua composição. e) A população apresenta-se bem distribuída pelo ter-
ritório, pois o Estado, desde a década de 1960, vem
c) B não afeta a concentração de glicose na circulação
sanguínea. desenvolvendo políticas para a interiorização da po-
pulação.
d) A induz a liberação de altas taxas de calcitonina na
corrente sanguínea.
38   O gráfico abaixo mostra o número de acidentes em
e) A estimula a liberação de insulina na circulação sanguínea. uma rodovia nos meses de janeiro e março de 2018.
40
37   O mapa abaixo mostra a distribuição da população bra-
sileira pelo território. 35
DENSIDADE DE POVOAMENTO
30
DENSIDADE DE POVOAMENTO
25
20
15
10
5
0
janeiro março

Sabe-se que o total de acidentes nos 4 primeiros meses de

2018 foi de 118 e que o número de acidentes ocorridos em
abril foi 10% maior que em fevereiro. Nessas condições, o
total de acidentes ocorridos em abril é:
a) 20
b) 30
c) 33
N d) 35
N
e) 37

Habitantes por km2

39   Em uma prova, os alunos deveriam preencher um es-
quema com os nomes dos processos de mudança de esta-
12 908por km2
Habitantes sem informações do físico. A resposta de um dos estudantes foi a seguinte:
216908
12 (novos municípios)
sem informações
48
216 (novos municípios) aumento da temperatura
24
48
gaseificação
11
24
2
11
0
2 vaporização
liquefação
0 Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2000. sólido líquido gasoso
solidificação ebulição
Assinale a alternativa correta:
a) A população brasileira concentra-se na faixa litorânea
ressublimação
do país, pois nesta há atividades econômicas que geram
emprego e renda e que provocam a formação de fluxos diminuição da temperatura
migratórios para as cidades dessa região.
b) A população brasileira concentra-se no interior, pois o Quantos erros ele cometeu?
desenvolvimento do agronegócio gera empregos e cria a) Nenhum.
fluxos migratórios intensos para as cidades interioranas. b) 1.
c) A população brasileira concentra-se na faixa litorânea c) 2.
do país, pois o Estado incentiva a fixação dessa popu-
lação através de incentivos fiscais, como deduções no d) 3.
Imposto de Renda. e) 4.

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38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 8
 40   Um motorista parte com seu automóvel de São Paulo

às 7h00min, rumo ao interior do estado. No primeiro trecho
da viagem, o motorista percorre 200 km com velocidade
constante de 80 km/h, faz uma parada de 30 minutos e se-
gue para o segundo trecho da viagem, trafegando por mais
135 km e mantendo constante a velocidade de 90 km/h.
O motorista chegou ao seu destino às:
a) 10h30min
b) 11h00min
c) 11h30min
d) 12h00min
e) 12h30min
41   [...] Diante da acefalia de diversos pontos estratégi-
cos e da pressão de franceses que tentaram se estabele-
cer em certos locais do território brasileiro, a Metrópole
portuguesa decidiu mudar a administração da Colônia.
Para isso, comprou os direitos do donatário da Bahia,
Francisco Pereira Coutinho, que havia sido expulso pe-
los índios e fugira para o Espírito Santo, e adotou um
sistema de Governo Geral, que seria um poder centrali-
zado, controlado pela Coroa e com condições materiais
e humanas para defender a Colônia [...].
Laima Mesgravis. História do Brasil Colônia.
Editora Contexto, 2015. p. 21.
Sobre o Governo Geral, é correto afirmar que:
a) delegou à iniciativa privada a tarefa e os gastos da co-
lonização, poupando a Coroa de desembolsar muito di-
nheiro do governo.
b) foi criado para incentivar as capitanias hereditárias, es-
tabelecendo uma autoridade subordinada diretamente
ao rei, que dispunha de recursos para ajudá-las.
c) transferiu todas as capitanias de volta para a Coroa, cen-
tralizando o poder e encerrando o sistema de capitanias
hereditárias.
d) foi criado para substituir o sistema anterior, dividindo o
território em 15 lotes doados a autoridades subordina-
das diretamente ao rei.
e) incentivou a descentralização do poder, criando novas
autoridades, como o ouvidor-mor, o provedor-mor e o
capitão-mor, e dividindo o território em 15 lotes.
thitima khudkam/Shutterstock
comigo-ninguém-pode
A intensa irritação na boca, faringe e laringe, o inchaço da
língua e o estreitamento da passagem de ar nas vias aéreas
superiores podem ser causados pela mastigação de peque-
nas partes de folhas ou pecíolos dessa planta.
A irritação e o inchaço são consequências de um proces-
so alérgico causado por alguns componentes localizados
em certas células das plantas. Um desses componentes é o
oxalato de cálcio, que se apresenta como feixes de longos
cristais. O outro componente é o suco vacuolar, que banha
os cristais e que contém uma enzima.
As extremidades cortantes dos cristais perfuram a mucosa
bucal, permitindo a entrada do suco vacuolar. A enzima do
suco provoca o rompimento das membranas das células da
mucosa bucal, que liberam histamina e outras substâncias,
desencadeando o processo alérgico.
De acordo com o texto, é correto afirmar que:
a) a planta comigo-ninguém-pode apresenta folhas vistosas
de coloração verde e manchas esbranquiçadas, sendo mui-
to utilizada na alimentação de vários animais herbívoros.
b) todas as células dessa planta herbácea podem desenca-
dear um processo alérgico, pois possuem histamina.
c) a mastigação das folhas dessa planta herbácea libera cris-
tais de oxalato de cálcio que perfuram a mucosa bucal e
permitem a entrada do suco vacuolar, desencadean­do o
processo alérgico.
d) o simples contato com uma das partes dessa planta pode
causar intoxicações graves apenas nos seres humanos.
e) o suco vacuolar das células das folhas da planta comigo-
-ninguém-pode possui histamina, que atua na reorgani-
zação das células dos tecidos da planta.
43   Observe a charge a seguir.

42   Existem plantas, muitas vezes encontradas em hortas,

jardins ou terrenos abandonados, que não devem ser inge-
ridas pelos seres humanos nem pelos animais domésticos,
pois podem envenenar o organismo ou provocar diversos
males à saúde. SS
UR

Um exemplo de planta herbácea muito utilizada em jardina- USA

gem é a comigo-ninguém-pode, que apresenta folhas visto-

sas, com áreas verdes e manchas esbranquiçadas, o que geral-
mente é interpretado como um sinal de advertência para os L. G. Llingworth, out./1962. Disponível em:
animais, indicando-as como plantas potencialmente tóxicas. <www.llgc.org.uk>. Acesso em: 08 mar. 2016.

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38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 9
Podemos relacionar a charge à (ao): c) Com o aumento da temperatura temos o aumento da
a) Guerra Fria, confronto e competição entre a União Sovié­ solubilidade do sulfato de cério (Ce2(SO4)3).
tica e os Estados Unidos com um aumento da tensão d) A 50 oC, a solubilidade do cloreto de amônio (NH4C,) é
política mundial devido à instalação de mísseis balísti- menor que a do sal de cozinha (NaC,).
cos intercontinentais soviéticos em território cubano. e) À temperatura de 40 oC, o sal de maior solubilidade é o
b) fim da Segunda Guerra Mundial, que inicia o debate so- sal de cozinha (NaC,).
bre armamento nuclear após o bombardeio das cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Uni- 45   Observe os mapas abaixo.
dos e pela União Soviética, respectivamente.
ÁFRICA _ FORMAÇÃO VEGETAL
c) Revolução Russa, momento de implantação do comu-
Mar
nismo e criação da União Soviética, com tentativa frus- Mediterrâneo
trada de invasão e derrubada do regime por parte dos ÁSIA
Estados Unidos, que, em uma ação coordenada com a

Ma
ONU, decreta bloqueio econômico aos soviéticos. Trópico de

rV
Câncer

erm
d) disputa pelo Prêmio Nobel da Paz entre Joseph Stálin e Rio Níg

elh
John Kennedy, que causa tensão política mundial, aumen-

o
er
tando a rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética,

ilo
Rio N
levando ao confronto conhecido como Guerra Fria.
e) início da Segunda Guerra Mundial, com a disputa de Equador Rio Congo
dois blocos econômicos, o comunista, liderado pe-
los Estados Unidos, e o capitalista, liderado pela União OCEANO
OCEANO
ÍNDICO
Soviética, enfrentando-se pela hegemonia mundial. ATLÂNTICO

Rio Zambezi
44  Ao escutarmos a palavra “sal”, a associamos, em geral, ao
Trópico de
sal de cozinha (NaC,), usado para temperar os alimentos. Capricórnio
Mas, na realidade, existem várias outras substâncias que Rio Ora
n ge
são classificadas como sais. N

Quando misturamos sal com água, há um limite para a quanti-

dade de sal que se dissolve em uma quantidade fixa de água a desertos oásis
uma certa temperatura. Chamamos isto de solubilidade.
estepes vegetação mediterrânea
Por exemplo, à temperatura de 70 oC podemos dissolver florestas savanas
60 g de cloreto de amônio (NH4C,) em 100 g de água.
A seguir, temos o gráfico de solubilidade de vários sais em
água em função da temperatura. ÁFRICA _ PRECIPITAÇÕES ANUAIS

Mar
Mediterrâneo
100 ÁSIA
90
solubilidade (g/100 g H2O)

Trópico de
Rio N i l o

Ma

80 Câncer
rV

70 Rio
erm
elh
Ní

60
ger

50
40
30 Equador Congo
io
R

20
10 OCEANO
OCEANO ÍNDICO
ATLÂNTICO
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
temperatura (°C) Rio Zambeze
KNO3 NaC, Trópico de
NH4C, Ce2(SO4)3 Capricórnio
N
Assinale a alternativa correta.
a) A solubilidade do sal de cozinha (NaC,) cresce muito
mais de 2 000 mm 250 a 500 mm
com o aumento da temperatura.
1 000 a 2 000 mm menos de 250 mm
b) À temperatura de 30 oC, a solubilidade do nitrato de potássio
500 a 1 000 mm
(KNO3) é igual à solubilidade do cloreto de amônio (NH4C,).

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38º Desafio para o 9º ano – 1a edição 10
Com base nos fenômenos geográficos apresentados nos
dois mapas, podemos afirmar que há uma relação entre
precipitação e formação vegetal:
a) nos desertos, caracterizados por clima equatorial e por
pluviosidade de 500 a 1 000 mm.
b) nas vegetações mediterrâneas, caracterizadas por clima
subtropical e por pluviosidade de menos de 250 mm.
c) nas savanas, caracterizadas por clima tropical e por plu-
viosidade média de 1 000 a 2 000 mm.
d) nos oásis, caracterizados por clima desértico e por plu-
viosidade de mais de 2 000 mm.
e) nas florestas, caracterizadas por clima semiárido e por
pluviosidade de 250 a 500 mm.

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