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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

Faculdade de Agricultura
Curso de Engenharia de Processamento de Alimentos

Disciplina de Estatística Aplicada II

Copilado por
Eng°. Rafael Nanelo, MSc.
Campo.de.estudos.alimentares@gmail.com
Principais características de experimentos em DIC

Vantagens e desvantagens;

Análise de variância;

Tópicos

Médias dos tratamentos e o erro padrão;

Teste de Tukey

Conclusão
Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC)

O delineamento inteiramente casualizado é utilizado em locais cujas condições experimentais

possam ser bem contraladas (laboratórios, estufas, etc), ou seja, quando a variabilidade entre

as parcelas experimentais for muito pequena, isto é, praticamente inexistente.

Modelo Estatístico

Yij = é a observação feita na parcela


para o tratamento i na repetição j ; ti= representa o efeito do tratamento i ;

yij = µ + ti + eij

µ = representa uma constante inerente a toda eij= é o erro experimental na parcela i, j.


parcela ;
Principais características de experimentos em DIC

 Os tratamentos são divididos em parcelas de forma inteiramente casual;

 É geralmente mais utilizado em experimentos nos quais as condições experimentais


podem ser bastante controladas (por exemplo em laboratórios);

 Esse delineamento também é recomendado em situações onde se corre risco de perder


repetições durante o experimento.
Vantagens e Desvantagens de DIC

 Vantagens

 Pode-se utilizar qualquer numero de tratamentos e repetições, sendo que o numero


de repetições pode variar de um tratamento para outro (ensaio desbalanceado) sem
dificultar as analises.

 Apresenta maior numero de graus de liberdade associado ao erro em relação a outros


delineamentos.

 Desvantagens

 Exige homogeneidade das parcelas experimentais;

 Geralmente nos conduz a uma estimativa bastante alta para a variância residual
Analise de variância de DIC

 Considere um experimento inteiramente casualizado com i-tratamentos e j-


repetições.
Repetições
Tratamento Total
1 2 … j
𝑗
1 y11 y12 … y1j ෍ y1j
𝑗=1
𝑗
2 Y21 Y22 … y2j ෍ y2j
𝑗=1
.. … … … … ..
𝑗
i yi1 Yi2 Yi.. yij ෍ yij
𝑗=1
𝑖 𝑗
Total ෍ y1j ෍ y1j
𝑖=1 𝑗=1
Formulas para o calculo e quadro de analise de variância

σ𝑦 2
1: Fc= Deve ser consultado na tabela de F
𝑖𝑥𝑗

2: SQTotais= σ 𝑦 2 - Fc
4: SQResiduos = 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 − 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
σ 𝑡2
3: SQtratamentos= − Fc
𝑗
Exemplo

Um experimento realizado realizado pelos estudantes do 3 ano de Engenharia de Processamento


de Alimentos no Laboratorio de Campus Politecnico de Gaza, em que quatro tipos de sumos
tropicais (A, B, C, D) foram comparadas com relação à teores de solidos soluveis no sumo
(°Brix), sendo realizadas quatro repetições.

Croqui do estudo Dados colectados

A B C D Tratamento Repetições
1 2 3 4
A 12.5 12.5 11.8 11.9
C A D B
B 13.2 12.9 13.4 12.7
C 14.3 14.2 13.9 14
D C A C D 12.2 12.4 12.1 12.5

B D B A
A seguir são apresentados os procedimentos
para a resolução do exercício:
Passos

Adicionar esta coluna e somar os


dados de cada tratamento e
colocar o total. Ex:
12.5+12.5+11.8+11.9= 48.7

Passo 1: Formular Hipóteses


Ho: Os quatro sumos tropicais não diferem nos teores de solidos soluveis no sumo (°Brix).
ou pode ser escrito da segunte forma: Ho: 𝜇𝐴 = 𝜇𝐵 = 𝜇𝐶 = 𝜇𝐷

H1: Pelo menos um dos sumos tropicais difere nos teores de solidos soluveis no sumo (°Brix).
ou pode ser escrito da segunte forma: Ho: 𝜇𝐴 ≠ 𝜇𝐵 ≠ 𝜇𝐶 ≠ 𝜇𝐷
Passo 2: Nível de significância (5%)
Fcalculado>Ftabelado – Rejeitamos a hipótese nula

Fcalculado<Ftabealdo – aceitamos a hipótese nula


Passo 3: Modelo estatístico

yij = µ + ti + eij
Passo 4: Calculo de Analise de variância

σ𝑦 2 42642.25
4.1: Fc= = = 2665.14
𝑁 4𝑥4

4.2: SQTotais= σ 𝑦 2 − FC = (12.52 ) + 12.52 + (11.82 ) … . . +(12.52 ) - 2665.14


= 10.309
σ 𝑡2 (48.7 2 )+(52.22 )+(56.4 2 )+(49.22 )
4.3: SQtratamentos= − Fc = - 2665.14
𝑗 4
= 9.391

4.4: SQResiduos = 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 − 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 10.309 − 9.391 = 0.9175


Depois de consultar a tabela de F
critica a nova tabela de ANOVA fica
organizada da seguinte forma.
Fcalculado > Ftabelado
40.94>3.49

Passo 5: Conclusão estatística

De acordo com o teste F feito a nivel de significancia de 5%, há evidencias para rejeitar a
hipotese nula. Quando é assim, deve-se recorrer aos testes de comparação de
medias. Ex. Teste de Tukey.

Passo 6: Teste de Tukey

O teste de Tukey permite testar qualquer contraste, sempre, entre duas medias de tratamentos,
ou seja, não permite comparar grupos entre si.
O teste baseia-se na Diferenca Mnima Signicativa (DMS) . A estatstica do teste e dada da
seguinte forma:

𝑄𝑀𝑟𝑒𝑠
DMS= 𝑞
𝑗

onde, q e a amplitude total tabelada; QMRes é o quadrado medio do resíduo, e j e o numero


de repetições. Se o contraste for maior do que o DMS , então as médias diferem ao nvel de
significância.

A diferença entre duas medias e representada pela presença de letras diferentes.

Voltando ao exercício, fica seguinte:


0.076
DMS= 3.77 = 0.51
4

1. Calcular a media de cada tratamento.


2. Organizar as medias (maior para menor).

3. Subtrair os valores das medias com DMS, as medias que estiverem acima do valor encontrado
recebem a mesma letra
0.076
DMS= 3.77 = 0.51
4
Ex: 14.10-0.51= 13.51 Logo é única
media que esta acima e recebe a letra “a”

Ex: 13.05-0.51= 12.53 Logo é única media


que esta acima e recebe a letra alfabética a
seguir “b”

Ex: 12.30-0.51= 11.78 Ambos estão acima


e recebem a letra alfabética a seguir “c”

N.B: Presença de letras iguais indica a não existência de diferenças significativas entre si.

Passo 7: Conclusão Técnica

O sumo tropical C possui a melhor concentração em termos de teores de sólidos solúveis


(°Brix).
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO
DISPENSADA

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