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Ficha de avaliação de Português – 8º ano Ano Letivo 2021-2022

GRUPO I -10 pontos

Para responderes aos itens que se seguem, ouve atentamente a gravação de um texto jornalístico
da autoria de Sara Oliveira.

1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. A frase “A Terra esgotou a sua paciência e nós também” foi dita por
(A) Greta Thunberg.
(B) estudantes portugueses.
(C) Sara Oliveira.

1.2. A greve estudantil ocorreu


(A) no mesmo dia, em mais de uma centena de países.
(B) numa sexta-feira, em Portugal e em frente ao Parlamento sueco.
(C) numa sexta-feira, apenas em vinte cidades de Portugal.

1.3. Greta Thunberg foi indicada para Prémio Nobel da Paz


(A) por ter feito greve às aulas no ano passado.
(B) devido à forma como tem defendido o planeta.
(C) pelo facto de se ter manifestado contra a ONU.

1.4. No seu protesto, os estudantes recorreram a ampulhetas para dizer


(A) que o tempo não para.
(B) que a tecnologia é necessária.
(C) que é tempo de agir em defesa do ambiente.

1.5. “Os estudantes […] querem que o futuro seja hoje.”


Esta afirmação significa que os estudantes
(A) desejam que o tempo avance rapidamente para se resolverem os problemas.
(B) não querem que as medidas contra as alterações climáticas sejam adiadas.
(C) querem tomar o lugar dos políticos para serem eles a resolver os problemas.

GRUPO II
Texto A – 10 pontos

Alterações climáticas: vamos ouvir os jovens do mundo

Dezenas de milhares de jovens foram nesta sexta-feira às ruas com uma clara mensagem
para os líderes mundiais: atuem agora para salvar o nosso planeta e o nosso futuro da
emergência climática. Estes estudantes aprenderam algo que muitas pessoas mais velhas
parecem não entender: estamos a correr em contrarrelógio 1 pelas nossas vidas e estamos a
5 perder. A janela de oportunidade está a fechar-se e não nos podemos dar ao luxo de perder mais
tempo. Atrasar a ação climática é quase tão perigoso quanto negar a existência de alterações no
clima.
A minha geração não conseguiu responder adequadamente ao dramático desafio das
alterações climáticas e tal é profundamente sentido pelos jovens. Não admira que estejam
10 zangados.
Apesar de se falar do problema há muitos anos, as emissões globais estão a bater níveis
recordes e não mostram sinais de terem atingido o seu pico. A concentração de dióxido de
carbono na atmosfera é a mais alta em três milhões de anos. Os últimos quatro anos foram os
mais quentes alguma vez registados e as temperaturas no inverno no Ártico avançaram 3°C
15 desde 1990. O nível do mar está a subir, os recifes de corais estão a morrer e começamos a ver o
impacto das alterações climáticas na saúde, através da poluição do ar, das ondas de calor e dos
riscos para a segurança alimentar.
Felizmente, temos o Acordo de Paris, um instrumento político visionário, viável e voltado
para o futuro que define exatamente o que deve ser feito para travar as perturbações do clima e
20 reverter os seus impactos. No entanto, o acordo em si é inútil caso não haja uma ação ambiciosa.
Por isso, vou reunir os líderes mundiais numa Conferência sobre Ação Climática no final
deste ano. [...]
Termino com uma mensagem para as raparigas e os rapazes que se manifestaram nesta
semana. Eu sei que os jovens podem e mudam o mundo.
25 Hoje, muitos de vocês estão ansiosos e com medo do futuro, e eu entendo as vossas
preocupações e raiva. No entanto, sei também que a humanidade é capaz de enormes
conquistas. As vossas vozes dão-me esperança.
António Guterres, Secretário-geral da ONU, www.dn.pt, 16-03-2019 [consult. em 27-03-2019, com supressões]

1. contrarrelógio: corrida contra o tempo.


1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação adequada ao
sentido do texto.
1.1. Nos dois primeiros parágrafos, António Guterres
(A) faz referência à greve dos estudantes portugueses.
(B) revela compreender as preocupações dos jovens com as alterações climáticas.
(C) manifesta-se contra a greve em que participaram milhares de jovens.

1.2. No terceiro parágrafo, António Guterres enumera


(A) apenas algumas causas das alterações climáticas.
(B) somente consequências das alterações climáticas.
(C) causas e consequências das alterações climáticas.

1.3. O autor considera que o Acordo de Paris


(A) não tem sido respeitado pelos governos.
(B) só será eficaz se os governos agirem de forma concreta e realista.
(C) é um instrumento político inútil.

1.4. Na linha 26, a expressão “No entanto” introduz uma ideia de


(A) oposição.
(B) alternativa.
(C) explicação.

2. Assinala a única opção falsa.


(A) No primeiro parágrafo, estabelece-se uma oposição entre o comportamento dos jovens e
o comportamento dos adultos.
(B) No segundo parágrafo, o adjetivo “zangados” refere-se aos líderes mundiais.
(C) No último parágrafo, Guterres dirige-se diretamente aos jovens.
Texto B – 30 pontos

Lê a entrevista com atenção.

Ou controlamos as alterações ao clima ou "estas catástrofes vão ser frequentes"

O físico Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas e presidente do


Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, explica ao PÚBLICO porque
é que está a aumentar o risco de incêndios nos países do Mediterrâneo e porque receia um
mundo mais inóspito no futuro. 

Este ano os incêndios na Grécia já mataram dezenas de pessoas, o ano passado em


Portugal morreram mais de 100 pessoas. O clima está a tornar mais comum os
comportamentos extremos do fogo?
O que se está a observar é uma maior frequência de ondas de calor em todo o mundo. Nos
países do Sul da Europa, da região do Mediterrâneo, também observamos um clima mais seco. A
combinação dessa secura com temperaturas mais elevadas é que conduz a um maior risco de
incêndios florestais. O que podemos esperar para o futuro é um agravamento dessas tendências,
porque as alterações climáticas estão a progredir.

Dá ideia de que hoje já não reconhecemos as quatro estações do ano como antigamente.
As quatro estações eram caracterizadas principalmente pela questão da temperatura e da
precipitação. E a temperatura está a aumentar. As alterações climáticas também aumentam a tal
variabilidade do clima num determinado sítio. Antigamente a temperatura não variava tanto, agora
temos maiores variações. Em relação à precipitação é o mesmo. Agora temos mais secas e
temos variações da precipitação muito grandes.

Daí a importância do Acordo de Paris.


O Acordo de Paris tem por objetivo não aumentar a temperatura média global do planeta em mais
de dois graus Celsius relativamente ao período pré-industrial [cerca de 1850]. Neste momento, já
se aumentou essa temperatura em um grau Celsius. Com efeito, só com o aumento de um grau
temos estas ondas de calor cada vez mais frequentes com consequências gravosas para as
pessoas e para os bens. […]
O mundo está a fazer o suficiente para responder às alterações climáticas?
Alguns países estão, outros não. A União Europeia está. É necessário fazermos uma transição
energética para as renováveis e dependermos menos dos combustíveis fósseis. Portugal tem feito
um bom trabalho nesse sentido, mas há países que não. A China está a fazer um grande esforço
a fim de desenvolver a energia eólica e a solar.
[…]
Há alguma forma de nos prepararmos ou evitarmos estas catástrofes?
Se não controlarmos as alterações climáticas estas catástrofes vão acontecer com mais
frequência. No caso de Portugal podemos adaptarmo-nos a um clima mais quente e mais seco. E
reagir à subida do nível médio do mar. […] Podemos preparar as nossas zonas costeiras e os
recursos hídricos, tentar adaptar a agricultura e as florestas. Mas isso exige uma grande
determinação e também investimento.

Portugal tem feito esse percurso?


Portugal tem uma estratégia de adaptação às alterações climáticas. Também tem um plano de
transição para as energias renováveis. Foi anunciado em 2016 um roteiro para uma economia de
baixo carbono até 2050. Isso é muito positivo. Portugal é dos poucos países no mundo que tem
essa ambição. Agora falta concretizá-la.

Entrevista de Mariana Oliveira no jornal “Público” de 24 de julho de 2018


https://www.publico.pt/2018/07/24/mundo/entrevista/se-nao-controlarmos-as-alteracoes-climaticas-estas-catastrofes-vao-acontecer-com-
mais-frequencia-1839005, (com supressões)

Responde, de forma completa e bem estruturada, às questões que se seguem.

1. Refere as principais causas associadas ao risco de incêndios florestais mencionadas pelo


entrevistado.
2. Explica, por palavras tuas, por que razão já não reconhecemos as quatro estações como
antigamente.
3. “O Acordo de Paris tem por objetivo não aumentar a temperatura média global do planeta em
mais de dois graus Celsius.”
4.1. Enumera os procedimentos que os países devem desenvolver para fazer cumprir o
Acordo.
5. Em relação à ação desenvolvida em Portugal, o físico Filipe Santos tem uma opinião positiva.
5.1. Justifica esta afirmação com dois exemplos.

Grupo III – GRAMÁTICA – 20 pontos

1. Seleciona a opção que completa, corretamente, cada alínea.


1.1. A palavra “peixe” estabelece com a palavra “guelra” a mesma relação semântica que

(A) “calor” estabelece com “frio”. (C) “árvore” estabelece com “pinheiro”.
(B) “flor” estabelece com “pétala”. (D) “único” estabelece com “singular”.

1.2. As palavras “instrumento musical” e “trombone” estabelecem entre si uma relação de


(A) sinonímia. (C) hiperonímia-hiponímia.
(B) antonímia. (D) holonímia-meronímia.

1.3. A única palavra derivada por prefixação é

(A) perfeito. (C) interpretar

(B) apresentar. (D) ilegal.

2. Associa cada palavra da primeira coluna ao respetivo processo de formação.

(1) derivação por


(a) honra
prefixação
(b) colaboração
(c) bem-vindo (2) derivação por sufixação
(d) desatento
(3) derivação não afixal
(e) arrozal
(4) composição
(f) luso-francês
(g) anoitecer (5) parassíntese
3. Completa as frases com as formas verbais conjugadas nos tempos do
modo indicativo indicados entre parênteses.

a. Os alunos _______________ (trazer, pretérito perfeito simples) cartazes para a


manifestação.

b. No ano passado, os governos __________________ (fazer, pretérito imperfeito) algumas


alterações em defesa do ambiente.

c. No próximo ano, eles (ser, futuro simples) responsáveis pela organização.

4. Associa as palavras ou expressões sublinhadas na coluna A à sua função sintática na


coluna B.

Coluna A Coluna B

Todos gostaram da entrevista. Sujeito


Ele falou com os presentes. Vocativo
Complemento direto
Filipe Santos contou a sua experiência à entrevistadora.
Complemento indireto
O Planeta está doente.
Complemento oblíquo
Os alunos pediram apoio ao Ministro do Ambiente. Predicativo do sujeito
O protesto estudantil foi bem recebido pelo ministro do Complemento agente da passiva
Ambiente português. Predicado
João, leva o cartaz!

Grupo III – Escrita – 30 pontos

Os especialistas em problemas do meio ambiente estão cada vez mais preocupados com o
futuro do nosso planeta.

Na tua opinião, qual é o problema ambiental mais preocupante?

Produz um texto de opinião, que tenha entre 160 e 240 palavras, em que refiras esse problema e
as razões que o tornam tão preocupante.

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