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Leandro Ferrari - Metodo para Harmônica Diatônica Gaita Folk PopRock
Leandro Ferrari - Metodo para Harmônica Diatônica Gaita Folk PopRock
1ª EDIÇÃO
LEANDRO FERRARI
Expresso meus agradecimentos aos meus alunos,
pelo estímulo e inspiração para a realização deste trabalho.
CONTEÚDO ORIGINAL
Autor: Leandro Ferrari
Revisão: Fernanda Shairon
Foto: Karlis Smits
Ficha Catalográfica
CDD 780.7
Existem várias versões para o surgimento da Gaita de Boca (Harmônica), uma delas é que
sua origem seja chinesa, mas não na forma que conhecemos hoje. Ela é na verdade um
aperfeiçoamento do Sheng (Voz Sublime), um instrumento milenar de aproximadamente
4.500 anos inventado pelo ministro da música do imperador chinês Huang Ti, mas de
origem controvertida e pouco conhecida.
Mas a verdadeira paixão pela gaita teve início quando um viajante levou um destes
instrumentos de Buschmann para a pequena cidade de Trossingen, na orla da Floresta
Negra, na Alemanha. Nessa cidade um relojoeiro, Mathias Hohner, iniciou a produção
em escala maior, distinguindo o seu produto dos outros pela alta qualidade e o seu nome
estampado em cada instrumento. Em 1862 a Hohner passou a exportar para América do
Norte e mais tarde, em 1890, as gaitas Hohner podiam ser encontradas em todo o mundo.
São diversos os tipos de gaitas e entre essa enorme diversidade as mais conhecidas são as
gaitas diatônicas e cromáticas. Hoje existem várias fábricas espalhadas pelo mundo. Você
precisará de uma harmônica diatônica Dó (C) para estudar este método.
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O princípio básico para se tocar uma harmônica consiste em emitir com clareza as
diferentes notas do instrumento (individualizadas). Soprando e aspirando um só orifício de
cada vez.
Repita esse estudo pelo menos um pouco todos os dias até sentir-se seguro e conseguir
movimentar os lábios de um orifício para outro sem desfazer a “máscara”, mantendo
sempre as notas individualizadas.
Uma outra maneira de se obter notas perfeitas na gaita é através da “U Block”. Dobre a
língua em forma U e direcione o ar para cada orifício. Além de ter um fundamento genético
que talvez não permita sua utilização, essa embocadura “dificultará” o estudo dos bends
(notas fabricadas) e o aprimoramento de um timbre (a cor do som) satisfatório. Em outro
momento estudaremos também a Tongue Block.
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Mantenha a gaita entre o dedo indicador e polegar de sua mão esquerda e forme uma
concha com o restante.
As notas graves devem estar voltadas para dentro da concha. Não aperte a gaita e não
invada o bocal, respeitando o espaço que seus lábios necessitam (por isso é um instrumento
anatômico). Posicione a mão direita “sob” a gaita completando a “concha acústica”. Se for
canhoto toque a gaita de cabeça para baixo mantendo sempre as notas graves dentro da
concha (mão direita). A gaita diatônica é um dos poucos instrumentos musicais, talvez o
único, em que não é necessário o uso das mãos para tocar e por isso também é indicada
para portadores de necessidades especiais. Usando um suporte específico também é possível
executar a gaita e outros instrumentos ao mesmo tempo.
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A tablatura para gaita diatônica varia de país para país e nós a usaremos da seguinte forma:
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Oh! Susanna
4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s
I came from Alabama
4s 4a 5s 5s 4a 4s 4a
with my banjo on my knee
4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s
I’m goin’ to Lousiana
4s 4a 5s 5s 4a 4a 4s
My true love for to see.
It rained all night the day I left
The weather it was dry
The sun so hot I froze to death
Susanna, don’t you cry
5a 5a 6a 6a 6a 6s 5s 4s 4a
Oh, Susanna, don’t you cry for me
4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s
Ive come from Alabama
4s 4a 5s 5s 4a 4a 4s
with my banjo on my knee
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Sopre sua gaita com o “bafo”, ar quente ou “o ar da vida” e não com o ar frio. Tencione seu
abdome pra empurrar o ar para fora como os vocalistas e outros instrumentistas de sopro.
Ao utilizar o ar frio ou ar torácico você estará se limitando, pois não possui tanta reserva de
ar em seus pulmões. O certo é utilizar seu ar residual (ar que existe em seu corpo). Com o ar
quente você conseguirá um timbre mais interessante, maior controle sobre sua gaita e maior
resistência física. A grande dificuldade é conseguir soprar desta forma com a embocadura
de bico, já que a tendência natural ao usar o bico é também usar o ar frio ou torácico. Um
bom exercício é acender uma vela e soprá-la com a embocadura de bico. Se a vela apagar
você estava usando o ar frio, se a chama somente ondular você estava usando o “bafo” ou
ar diafragmático (abdominal). Quando se acostumar com a técnica encha o abdome de ar
e sopre o máximo que puder uma mesma nota. Tente sempre aumentar sua resistência e o
tempo de duração desta nota. Com o ar quente você pode tocar sempre no seu limite de
força, pois o seu próprio corpo regula esta força e não permite que você agrida sua gaita,
mantendo o timbre desejado.
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Consta que foi Guido D’Arezzo, célebre músico do século XI, quem deu nomes aos sons
musicais aproveitando a primeira sílaba de cada verso do seguinte hino a São João Batista:
ORIGINAL TRADUÇÃO
Utqueant laxis Doce, sonoro
Resonare fibris Ressoe o canto
Mira gestorum Minha garganta
Famuli tuorum Faça o pregão
Solve polluti Solta-me a língua
Labii reatum Lava-me a culpa
Sancte Ioannes São João
A palavra Ut ainda é usada na França. Mas, como ela era difícil de ser falada, principalmente
nos exercícios de solfejo, foi mudada para um som mais suave e acabou ficando a palavra
Dó. A pauta ou pentagrama é o conjunto de 5 linhas e quatro espaços onde são escritas as
notas musicais. As linhas são contadas de baixo para cima. As cifras são símbolos (letras,
números e sinais) criados pelos gregos para representar as notas e os acordes, tornando-
os mais práticos. A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá), G (Sol). A clave é um
sinal usado no início da pauta para determinar o nome e a altura das notas, ou seja, dar
nome as notas. As claves mais usadas são as claves de Sol, para instrumentos que atuam
em uma região médio-aguda (gaita diatônica, flauta, violão, etc.) e a clave de Fá, para
instrumentos que atuam na região grave (baixo, violoncelo, etc.). O pianista utiliza as duas
simultaneamente devido à extensão do instrumento. A clave de Sol (a letra G estilizada)
determina o local da nota Sol na 2ª linha. Podemos também utilizar linhas suplementares
superiores e inferiores.
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Podemos ligar o valor de uma figura musical à outra figura, unindo-as por uma Ligadura de
União ou Prolongamento.
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• Oitavada
• Vamping
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Notas enarmônicas são notas que tem o mesmo som e nomes diferentes. As notas enarmônicas são:
C# Db
D# Eb
E# F
Fb E
F# Gb
G# Ab
A# Bb
B# C
Cb B
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3a - B - Te
3a’ - Bb - Ti
3a’’ - A - Ta
3a’’’ - Ab - To
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2a - G - Ta
2a’ - Gb - Ti
2a’’ - F - To
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Os intervalos são divididos em: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª.
Cifragem: (2b, 2m, 2, 2M), (3m, 3b, 3, 3M), (4b, 4, 4J, 4#,4dim, 4aum), (5b, 5, 5J, 5#. 5dim,
5aum), (6b, 6m, 6, 6M), (7, 7m, 7M, 7+).
Metálica (Enter Sandman e Call of Kthulu): nas duas músicas o trítono foi usado no
arpejo e a sonoridade cai como uma luva na intenção da música.
Intervalo Distância Nome
C – Db ½ Tom 2ª menor (2m)
C–D 1 Tom 2ª maior (2M)
C – D# 1 Tom e ½ 2ª aumentada (2aum)
C – Eb 1 Tom e ½ 3ª menor (3m)
C–E 2 Tons 3ª maior (3M)
C–F 2 Tons e ½ 4ª justa (4J)
C – F# 3 Tons 4ª aumentada (4aum)
C – Gb 3 Tons 5ª diminuta (5dim)
C–G 3 Tons e ½ 5ª justa (5J)
C – G# 4 Tons 5ª aumentada (5aum)
C – Ab 4 Tons 6ª menor (6m)
C–A 4 Tons e ½ 6ª maior (6M)
C – Bbb 4 Tons e ½ 7ª diminuta (7dim)
C – Bb 5 Tons 7ª menor (7m)
C–B 5 Tons e ½ 7ª maior (7M)
C–C 6 Tons 8ª justa (8J)
Este quadro foi feito na tonalidade de Dó. Faça o mesmo quadro partindo de Ré, e prossiga,
passando por todos os tons, para exercitar e decorar os intervalos.
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C (Maior) T 3M 5J 3M 3m
Cm (Menor) T 3m 5J 3m 3M
C0 (Diminuto) T 3m 5dim 3m 3m
C+
T 3M 5aum 3M 3M
(Aumentado)
GRAUS TRÍADES
1º C D E F G A B
3º E F G A B C D
5º G A B C D E F
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C7M (Maior
com 7ª T 3M 5J 7M 3M 3m 3M
maior)
C7 (Maior
T 3M 5J 7m 3M 3m 3m
com 7ª)
Cm7M
(Menor com T 3m 5J 7M 3m 3M 3M
7ª maior)
Cm7 (Menor
T 3m 5J 7m 3m 3M 3m
com 7ª)
C0
(Diminuto T 3m 5dim 7dim 3m 3m 3m
tétrade)
Cm7(b5)
(Meio T 3m 5dim 7m 3m 3m 3M
diminuto)
GRAUS TÉTRADES
1º C D E F G A B
3º E F G A B C D
5º G A B C D E F
7º B C D E F G A
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• Repouso (estável)
• Tensão (menos instável)
• Passagem (instável)
Função Repouso: é uma função de sentido estável e conclusiva, formada por notas do
acorde.
Função Passagem: é importante evitar estacionar nestas notas, pois não soam bem.
É formada por notas que estão meio tom acima das notas do acorde (T-3-5), exceto nos
acordes dominantes ou suspensos.
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Formação: T – 2M – 3M – 4J – 5J – 6M – 7M
C CDEFGABC
G G A B C D E F# G
D D E F# G A B C# D
A A B C# D E F# G# A
E E F# G# A B C# D# E
B B C# D# E F# G# A# B
F# F# G# A# B C# D# E# F#
C# C# D# E# F# G# A# B# C#
F F G A Bb C D E F
Bb Bb C D Eb F G A Bb
Eb Eb F G Ab Bb C D Eb
Ab Ab Bb C Db Eb F G Ab
Db Db Eb F Gb Ab Bb C Db
Gb Gb Ab Bb Cb Db Eb F Gb
Cb Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb Cb
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C T
C#/Db 2m
D 2M
D#/Eb 3m
E 3M
F 4J
F#/Gb 4aum/5dim
G 5J
G#/Ab 5aum/6m
A 6M
A#/Bb 7m
B 7M
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Síncope - quando uma nota é executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e se
prolonga ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte.
A síncope é regular quando as notas que a formam têm a mesma duração (figuras rítmicas
iguais).
É chamada de irregular quando suas notas têm durações diferentes (figuras rítmicas
diferentes).
Contratempo - quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo
antecedida, isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa.
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Progressões:
São encadeamento de acordes, que podem ter resolução ou não. Uma das progressões mais
usadas é a IIm – V – I. É o segundo, quinto e primeiro grau da escala maior. No tom de C
maior temos: Dm, G e C
Outros exemplos:
V – IIm
V – IV
I – IV – V
I – IV – V – VIm
I – IV – V – VII0
I – IIm – IV – V – VII0
I – IIm – IV – V – VIm
I – IIm – IV – V - VIm – VII0
I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VII0
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• Tônica (estável)
• Subdominante (menos instável)
• Dominante (instável)
Função: Tônica
Acorde: C7M
Substituição: Am7 ou Em7
Função: Subdominante
Acorde: F7M
Substituição: Dm7
Função: Dominante
Acorde: V7
Substituição: Bm7(b5)
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Riffs: São estruturas melódicas criadas a partir de determinadas escalas. Elas podem ser
desenvolvidas através da mistura entre diversas escalas existentes. Pesquise e copie riffs
de guitarra, sax, trompete, etc. Os riffs a seguir devem ser executados em todas as oitavas
possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie
novos riffs a partir destas estruturas.
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Comparando as escalas:
Menor natural: C D Eb F G Ab Bb C (T 2 b3 4 5 b6 b7 8)
Maior: C D E F G A B C (T 2 3 4 5 6 7 8)
A diferença entre a escala maior e a menor natural são os intervalos de terça, sexta e sétima.
Na escala menor todos esses intervalos serão menores, e na escala maior eles serão maiores.
Escalas Relativas (4ª posição): As escalas maior e menor natural são formadas pelas
mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a escala menor relativa da maior,
conte seis notas acima a partir da tônica ou três abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este
deve ser mantido.
Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “A” menor natural. Portanto ao tocar “A” menor
natural em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 4ª posição (VI grau da escala de
dó maior).
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C 3m
C#/Db 3M
D 4J
D#/Eb 5dim/4aum
E 5J
F 5aum/6m
F#/Gb 6M
G 7m
G#/Ab 7M
A T
A#/Bb 2m
B 2M
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As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita sempre é a 1ª posição
ou “Straight Harp”. Observe que a 4ª posição no ciclo (ângulo de 90º) é sempre a relativa
menor.
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Pentatônica Maior:
Como o próprio nome diz, ela contém 5 notas da escala maior, exceto a 4J e a 7M.
Formação: T – 2M – 3M – 5J – 6M
Aplicação: Acorde Maior, Maior c/7M e Maior c/7m
Ex: C
C D E G A C (1, 2, 3, 5, 6 e 8)
Ex: G
G A B D E G (1, 2, 3, 5, 6 e 8)
Ex:
Pentatônica Menor:
Como o próprio nome diz, ela contém 5 notas da escala menor, exceto a 2M e a 6m.
Formação: T – 3m – 4J – 5J – 7m
Aplicação: Acorde Menor, Menor c/7m e Maior c/7m
Ex: C
C Eb F G Bb C (1, b3, 4, 5, b7 e 8)
Ex: G
G Bb C D F G (1, b3, 4, 5, b7 e 8)
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Ex:
Escala Blues:
A escala Blues é a escala pentatônica menor mais a quarta aumentada (blue note). Devido a
sua sonoridade, a sua maior aplicação é no blues.
Formação: T – 3m – 4J – 4aum - 5J – 7m
Aplicação: Acorde Menor c/7m e Maior c/7m
Ex: C
C Eb F F# G Bb C (1, b3, 4, #4, 5, b7 e 8)
Ex: G
G Bb C C# D F G (1, b3, 4, #4, 5, b7 e 8)
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Ex: C
Ex: G
Ex: G
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Ex: Am
Ex: Em
Ex: Am
Ex: Em
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Ex: C
2 – O acorde maior aparece nos seguintes graus: I – IV – V. Quando tiver dois acordes
maiores com diferença de 1 tom, eles serão IV e V respectivamente.
Ex: C
3 – O acorde menor aparece nos seguintes graus: II –III – VI. Quando tiver dois acordes
menores com diferença de um tom, serão II e III graus respectivamente.
Ex: C
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Dominante secundário é o acorde do tipo dominante (uma quinta justa acima), que
prepara os demais graus diatônicos (exceto VII grau).
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C 4J
C#/Db 5dim/4aum
D 5J
D#/Eb 5aum/6m
E 6M
F 7m
F#/Gb 7M
G T
G#/Ab 2m
A 2M
A#/Bb 3m
B 3M
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Coda: Indica um pulo para frente na música até a passagem final, indicada pelo mesmo sinal.
Só é usado depois que a música já foi executada uma vez e uma indicação D.S. al coda ou D.C. al coda foi seguida.
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Country Bend *
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Começaremos pela afinação country também conhecida como “Jazz”. Como várias canções
se harmonizam melhor com o acorde X7M, podemos alterar a nota do orifício 5 aspirado
aumentando em meio tom a nota original. Desta forma teremos também ao aspirarmos os
orifícios 4,5 e 6 um acorde maior e não mais o menor original. Na 2ª posição essa afinação
nos permite executar a escala maior de forma mais tranqüila na 2ª oitava, sem termos que
fazer uma overbend (overblow). Na 1ª posição facilita a execução do “Modo Lídio” e na 4ª o
“Modo Dórico”. Ao aumentarmos meio tom no orifício 5 não perdemos necessariamente a
nota original, pois com está alteração também será possível um bend, no mesmo orifício, de
meio tom.
A outra possibilidade de afinação country é conhecida como Melody Maker. Esta afinação
muda o tom de 3 palhetas. Além de aumentar meio tom no orifício 5 aspirado (7ª Maior –
2ª posição), ela também aumenta meio tom a mesma nota (uma oitava acima) no orifício
9 aspirado e 1 tom no orifício 3 soprado. Desta forma só teremos uma bend no orifício
3 aspirado. Esta afinação muda completamente os acordes originais de uma harmônica
diatônica.
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Esta é uma gaita C (Afinação Country/Melody Maker), com suas notas naturais
representadas na parte interna e as notas fabricadas na parte externa.
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Ex: (G)
Tríades: G – Am – Bm – C – D – Em – F#0
Tétrades: G7M – Am7 – Bm7 – C7M – D7 – Em7 – F#m7(b5)
Tríades G:
ACORDE G Am Bm C D Em F#0
Nota 1 G A B C D E F#
Nota 3 B C D E F# G A
Nota 5 D E F# G A B C
Tétrades G:
1351 1357
1315 1375
1531 1537
1513 1573
1135 1735
1153 1753
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Observe que a afinação “Country” facilita a execução dos arpejos em 2ª posição. Procure
novas variações rítmicas para seus estudos e treine o arpejo de todos os acordes do Campo
Harmônico de G. Mais uma vez fica claro que memorizar os intervalos, os graus da escala maior e
conseqüentemente “digitações”, é a melhor opção para o estudante de gaita diatônica.
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Ex: G
G (T) A (2M) B (3M) D (5J) E (6M) G (T)
C 4J
C#/Db 5dim/4aum
D 5J
D#/Eb 5aum/6m
E 6M
F 7m
F#/Gb 7M
G T
G#/Ab 2m
A 2M
A#/Bb 3m
B 3M
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GAB-ABD-BDE-DEG
GABD-ABDE-BDEG
GA–GABA–GABDBA–GABDEDBA–GABDEGEDBAG
GAG–BAG–DBAG–EDBAG–GEDBAG
Ex:
(1ª permutação) G A B
Faça o mesmo com todas as permutações acima em todas as oitavas de sua harmônica.
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1. Head Shake
Através da embocadura de bico ou tongue block movimente a cabeça lateralmente enquanto emite
a nota principal. Comece devagar e aumente a velocidade. Normalmente começamos o Head Shake
a partir de um Country Bend (*). Este tipo de trinado pode ser aplicado sobre toda a extensão da
harmônica.
Tablatura: (4=5)a
2. Glissando
Faça soar rapidamente várias notas consecutivas até seu objetivo final.
Tablatura: ≈ 4a
3. Vibrato de mão
Use suas mão para criar uma caixa de ressonância (surdina) e ao emitir uma nota ou um grupo
de notas abra e feche a mão rapidamente criando o efeito wha-wha. A principal diferença entre o
vibrato e o wha-wha será a velocidade com que executará o efeito.
Tablatura: 4a ∆
Tablatura: 3a ~~~
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• 8s 8a 7s 7a 6a 6s 5s 4a ∆
• 3* 4a 3* 2a 3a’’ 2a 3a’’ 4a 3* 3a’’ 2a ~~~
• 4a 8a 7s 7a 7s 7a 6s 5s 4a ∆
• 2s 2s 3s 2s 3s 3a 4a 5s 6s 6* 6s ∆
• 6s 6a 7a 8a 8s ≈ 9s 8s 8a 7a 6a 6s ∆
• 6s 6a 7a 8a 8s ≈ 9s 9s’ 8s’ 8s 8a 7a 6a 6s ∆
• 2s 2a’ 2a 3a’’ 3a ≈ 5s 3a 3a’’ 2a 2s ~~~
• 4a’ 4a 4a 4a’ 4a 4a 4a’ 4a 4a 4a 4a’ 3a 4s 3a’’ 2a ~~~ (staccato)
• 1a 2s 2a 3a’’ 3a 4a 3a 4a 3a 3a’’ 2a 3a’’ 3a 4a 3a 4a 3a 3a’’ 2a 2s 2a ~~~
• 4a’ 4a 6* 6a’ ≈ 4a 4s 5s 6s 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a 2s 2a ~~~
• 6s 6a 6s 5s 6s 6a 6s 5s 6s 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a ~~~
• 7a 6a 6s 7a 6a 6s 7a 6a 6s 8a 7a 6a 6s ∆
• 4a 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a 4a 5s 4a 6s 5s 4a 3a’ 3a’ 3a’’ 2a ~~~
• 2s 2a 3a 3a 3a’’ 3a 3a’’ 2a 2s ∆
• 1a 2s 2a 3a’ 3a’’ 2a 3a’ 3a’’ 2a 2s 1a 2s 2a ~~~
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Ex: G
G (T) Bb (3m) C (4J) Db (5dim) D (5J) F (7m) G (T)
C 4J
C#/Db 5dim/4aum
D 5J
D#/Eb 5aum/6m
E 6M
F 7m
F#/Gb 7M
G T
G#/Ab 2m
A 2M
A#/Bb 3m
B 3M
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Ex:
(1ª permutação) G Bb C
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(2ª posição)
Use a Escala Clássica de Blues e exercite sua improvisação sobre as seguintes progressões:
Gaita C – 2ª posição
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Comparando as escalas:
Menor natural: G A Bb C D Eb F G (T 2 b3 4 5 b6 b7 8)
Maior: G A B C D E F# G (T 2 3 4 5 6 7 8)
A diferença entre a escala maior e a menor natural são os intervalos de terça, sexta e sétima.
Na escala menor todos esses intervalos serão menores, e na escala maior eles serão maiores.
Escalas Relativas (5ª posição): as escalas, maior e menor natural, são formadas pelas mesmas
notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a escala menor relativa da maior, conte seis
notas acima a partir da tônica ou três abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este deve ser
mantido.
Ex: “G” maior tem as mesmas notas que “E” menor natural. Portanto ao tocar “E” menor
natural em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 5ª posição (III grau da escala de
dó maior).
As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita e é a 1ª posição ou
“Straight Harp”. Observe que a 5ª posição no ciclo (ângulo de 120º) é a relativa menor da 2ª
posição.
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C 5aum/6m
C#/Db 6M
D 7m
D#/Eb 7M
E T
F 2m
F#/Gb 2M
G 3m
G#/Ab 3M
A 4J
A#/Bb 5dim/4aum
B 5J
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Comparando as escalas:
Maior natural: F G A Bb C D E F (T 2 3 4 5 6 7 8)
Lídio: F G A B C D E F (T 2 3 4aum 5 6 7 8)
Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “F” Lídio. Portanto ao tocar “F” Lídio em uma
harmônica “C” maior você tocará sobre a 12ª posição (IV grau da escala de dó maior).
As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita é a 1ª posição ou “Straight
Harp”. Observe que a 12ª posição no ciclo é um ângulo de 330º.
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C 5J
C#/Db 5aum/6m
D 6M
D#/Eb 7m
E 7M
F T
F#/Gb 2m
G 2M
G#/Ab 3m
A 3M
A#/Bb 4J
B 5dim/4aum
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Comparando as escalas:
Menor natural: D E F G A Bb C D (T 2 b3 4 5 b6 b7 8)
Dórica: D E F G A B C (T 2 b3 4 5 6 b7 8)
A diferença entre a escala dórica e a menor natural é o intervalo de sexta. Na escala menor
esse intervalo será menor, e na escala dórica ele é maior. As escalas, maior e dórica, são
formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a dórica relativa da
maior, conte 1 nota acima a partir da tônica ou 7 abaixo. Se a escala tiver algum acidente,
este deve ser mantido.
Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “D” dórico. Portanto ao tocar “D” dórico em uma
harmônica “C” maior você tocará sobre a 3ª posição (II grau da escala de dó maior).
As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita é a 1ª posição ou “Straight
Harp”. Observe que a 3ª posição no ciclo (ângulo de 60º) é a relativa menor da 12ª posição.
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C 7m
C#/Db 7M
D T
D#/Eb 2m
E 2M
F 3m
F#/Gb 3M
G 4J
G#/Ab 5dim/4aum
A 5J
A#/Bb 5aum/6m
B 6M
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PÁGINA 119
PÁGINA 120
PÁGINA 121
PÁGINA 122
PÁGINA 123
PÁGINA 124
Bibliografia
• Júnior, Chiréia, Benevides. Harmônica Blues – Volume 1. Curitiba: Avlis & Aierich
Editores, 2001.
• Mckelvy David. Instant Harmonica Pack. U.S.A: Hal Leonard Publishing Corporation,
1989.
• Lieberman, Maurice. Ear training and sight singing: New York: W.W. Norton &
Company, 1959.
Anotações
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DISCOGRAFIA: