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RESUMO

Primeiramente, é importante entender que antes do aparecimento do Estado moderno vamos


encontrar 4 tipos de estados fundamentais que antecederam esse mesmo Estado:

O Estado Oriental é um Estado que pode ser caracterizado pela sua grande dimensão, pela origem
divina do poder (teocracia), por uma sociedade hierarquizada e desigualitária e pelas diminutas
garantias dos indivíduos.

O Estado Grego trata-se de Estados de reduzidas dimensões territoriais (espécie de municípios=cidades-


estado), têm a religião como fundamento da comunidade, têm como base o princípio da igualdade
cívica, liberdade no âmbito da participação politica (na vida da polis) e não no plano individual,
diversidade das formas de governo, pelo estabelecimento de coordenadas da democracia moderna e da
teorização do politico: formas de governo (puras e degeneradas); ideia de governo misto; várias
dimensões da justiça (distributiva e corretiva), construção de utopias politicas.

O Estado Romano é caracterizado pela organização de forma hierárquica e escalonada do poder, com
base aristocrática, não vigorava um princípio de igualdade cívica, desenvolvimento da noção de poder
político, como poder uno (imperium, majestas, potestas), estruturação sobre o sistema politico sobre a
cidadania romana e sobre o município (entendido como uma pequena Roma), reconhecimentos do
direito do cidadão romano e uma progressiva atribuição de direitos ao estrangeiro, separação entre o
poder publico e o poder privado, coordenação entre o poder central e o poder das províncias (regiões) e
dos municípios (poder local) e surgimento da ordem de valores cristãs na ultima fase.

O Estado Medieval é caracterizado pela ausência de um poder central unificado, limitação teológica,
moral e política pela Cristandade, mas com clara ausência de mecanismos de tutela, identificação do
bem comum como finalidade do poder político, traçado da distinção do Rei e do tirano e pela admissão
do direito na resistência, pela concreta aplicação da ideia de constituição mista, numa estrutura que
envolve o Rei, as corporações e os estamentos, pela ampla relevância do costume (elemento
democrático) pelo pluralismo jurídico e pela supremacia da função jurisdicional , pelos afloramentos da
soberania do povo;

O surgimento do Estado Moderno


O estado sucede á desagregação do sistema medieval, surgindo como resultado dos processos de
centralização do poder político e da supressão/aniquilação dos privilégios feudais de que gozavam os
diversos grupos, mas também de passar a ser direta a relação entre o Rei e o súbdito, pelo facto de a
«a lei privada» dar lugar á lei-vontade do Rei e pelo facto de o sistema de privilégios e obrigações
feudais ser substituídos pela submissão de todos ao poder central.

Este processo está praticamente concluído no século XVI.

As 3 características básicas do estado moderno são:

1- O facto de o Estado tender a corresponder a uma nação, ou seja, uma comunidade ligada por traços
culturais e históricos;

2- A progressiva secularização, devendo a comunidade política estar separada da esfera religiosa;


3- A afirmação de soberania como poder supremo e aparentemente ilimitado.

A primeira manifestação histórica do Estado Moderno é o Estado Absoluto.

No Estado Absoluto podemos distinguir 2 fases:

A fase patrimonial: em que o Estado é considerado um bem que integra o património do Príncipe e em
que o poder real é justificado como tendo origem divina.

A fase do Estado de polícia: que tem o seu apogeu/ ponto culminante/ auge no século XVIII, em que o
Monarca já não é dono do Estado e em que a origem do seu poder já não é divina, mas RACIONAL.

Nesta segunda fase, o Rei tem direito de «intervir, em nome da Razão, em todos os domínios da vida
política, social, cultural, económica, ou mesmo privada, com vista á prossecução do interesse e bens
públicos.

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