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27 5 8
39 39
46 46
36 26 25
10 5 1 0 Corte longitudinal 36 Pormenor construtivo Planta do piso 0
10 5 2 0 1 0,5 0,2 0 40 40 10 5 2 0 3 25
10 5 0 1 9 26
42 35
10 10 5 5 0 01 1
33
20 Planta do Piso 0
39 1
27
47 venant 47. Enkadrain
19 38 Telas asfálticas 45. Muro de suporte 46. Tout-
47 20

????
38 42. Agregado de rachão 43. Terra vegetal 44.
33 42 10 5 0 1
têxtil 39. Placas de granito 40. Brita 41. Cascalho
10 10 5 5 1 10 0
34 41
42 36. Geodreno 37. Manilha de drenagem 38. Geo- 1

????

????
41 37 27
americano 35. Impermeabilização – filme plástico Planta do Piso 0
40
com malhasol 34. Rodapé de madeira de carvalho 2

32. Microcubo de granito 5 x 5 cm 33. Microbetão 9


40 23
31. Isolamento térmico em poliestireno extrudido
Planta do Piso -1
22
gamassa hidrófuga 30. Camada de regularização

????

????
de proteção 29. Camada de regularização em ar- 1
27 27
43 granito serrado tipo pedras salgadas 28. Camada 5 8
35 8 20 24
23 gamassa de assentamento 2.5 cm 27. Soleira em 2
44 22 11 4
26 25
45 madeira de pinho tratado 25. Porta PV2 26. Ar- 9
3 4 25
23
do 23. Difusor linear de ventilação 24. Réguas em 9 26
27 4 24
22
betão 22. Teto falso em placas de gesso cartona-
21 21 12 Argamassa de regularização, 2.5 cm 21. Laje em 9
31 27 ca 18. Guarda metálica 19. Marmorite polido 20. 27 5 27 8
30 26 20 24 7
1
29 19 em ferro galvanizado 12/10 mm 17. Tela asfálti- 18
27 17 19 25 26
32 28 25 de rocha 70 kg/m3 - espessura 10 cm 16. Chapa 20
Corte pela entrada do planetário Corte pelo foyer do planetário 25
14. Chapa em ferro galvanizado 12/10mm 15. Lã 3
24 9 26
01020 12. Perfil de ferro 13. Passadiço em ferro 17 21
6
cm 11. Suspensor elástico tipo CDM ISO PH

Planta do Piso 0

Planta do Piso 0
Planta do Piso -1

Planta do Piso -1
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13mm 10. Lã de rocha 70 kg/m3 – espessura 5 27 20
1

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26
26

26
ção fluorescente 09. Painéis de gesso cartonado 18

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7
ferro 07. Conduta AVAC 08. Réguas de ilumina- 26. Gerador 27. Ducto técnico 28. Reservatório 29. UTA 30. Cabine de manobras

4
05. Estrutura de suporte em ferro 06. Estrutura em Central de segurança 20.9 Camarim 21. Bastidores 22. Entrada de artistas 23. Portaria 24. Armazém 25. PT Planta do Piso -1 19.

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4

4
10

8
4 cm de espessura 04. Parede de betão 20 cm Plásticas 19 12. Bengaleiro 13. Vestiários 14. Loja multimédia 15. Gift shop 16. Livraria 17. Bar 18. Apoio ao bar 4 24
27

12

12
xação em aço inox 03. Poliuretano projetado com 4
planetário 07. Entrada planetário 08. Anfiteatro 09. Entrada plateia 10. Sanitários 11. Galeria Municipal de Artes

4
8

8
4

4
19

19
01. Chapa quinada de cobre 02. Estrutura de fi- 01.20Átrio de8 entrada 02. Bilheteira 03. Foyer 04. Átrio de distribuição | Antecâmara 05. Galeria público 06. Sala 24 Planta do piso -1
10 29 30 28 28

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13
16 15 14 13 12 24
11 4

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Planta do Piso -1

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17
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11
10
9
9 3
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Corte pelo átrio Corte pelo auditório

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7 18

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???? 20

3
7 9

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30
6 6 10
4 24 21

6
17 27 19
???? ????
5 6 13 5 4 6

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29
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4 4 10 29 30 28 28
16 15 14 13 12
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0 1
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1 12 1 9

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10

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frente&verso
documentos periódicos de construção

16
ISSN 2182-8237

edifício cultural
Multimeios
Nuno Lacerda Lopes

Projetar a 2D é, cada vez mais, algo do passado. editorial Carlos Nuno Lacerda Lopes conhecer o mundo. Tornou-se assim a aplicação pre-
E é tão estranha a persistência e a continuidade de cursora ao fomentar a criação de interfaces gráficas
métodos, processos, atávicas realizações assentes Estará o “PCA” obsoleto? junto dos utilizadores arquitetos e designers, ofere-
nas duas dimensões que, pouco ou quase nada nos cendo aplicações inovadoras para o registo, grava-
informa e que, talvez por isso, se compreenda e se Quando referimos PCA não queremos dizer Presiden- ção e melhoria do processo de desenho apoiado ou
questione se o “PCA” esteja mesmo obsoleto. te do Conselho de Administração como é usual dizer- assistido através de programas de computação e do
se, mas algo do ponto de vista mais arquitetónico: as uso de certos tipos de computadores.
Cada vez mais é exigido aos projetos de arquitetura, Plantas, os Cortes e os Alçados que vulgarmente se
não só o modelo 3D, mas a incorporação de infor- utilizam para a realização, desenvolvimento, apresen- “Não cometera o moço miserando
mação originando o 4D (tempo), o 5D (custos), o 6D tação, comunicação e arquivo de qualquer projeto de
(sustentabilidade), o 7D (manutenção) e mais recen- O carro alto do pai, nem o ar vazio
arquitetura.
temente o 8D (corresponde à demolição). O grande Arquitecto co’o filho, dando
De facto, o método que Gaspard Monge (1746 a
Nessa medida é possível perceber que o desenho 1818) sistematizou foi fundamental para a compreen-
Um, nome ao mar, e o outro, fama ao rio.
hoje, para além de informação, simulação, processo Weltleitmesse für Nenhum cometimento alto e nefando,
Architektur, são de toda a mecânica de representação e que já
ou desejo de inteligência, é manifestação, quantifica- Materialien, Systeme na Mesopotâmia (2450 A.C.) e os antigos Egípcios, Por fogo, ferro, água, calma e frio,
ção e processo de gestão que acompanha o ciclo 14.-19. Januar 2013 entre outros, sabiamente utilizaram para fixarem as
de vida de uma construção elevando para uma outra München
Deixa intentado a humana geração.
suas construções e realizarem os seus estudos, pro-
dimensão o projeto de arquitetura tal como o conhe- jetos e construções. Desde então, foram séculos de
Mísera sorte, estranha condição!”

ELEVADORES
cemos hoje – neste passado em que ainda vivemos. produção e de representação arquitetónica assente Os Lusíadas (1572) Camões
Talvez por isso esta tentativa de aproximação a um em desenhos a duas dimensões, apesar das ma- No século XX, em pouco mais de meio século, o de-

AUFZÜGE
ideal de imersão que os novos desenhos parecem quetas, dos “pensiero”, dos esquissos, das perspeti-
querer oferecer. senho 2D dá lugar à representação em 3D, e no final
vas, das axonometrias ou dos bosquejos que a arqui- de apenas uma década o desenho incorpora infor-
O projeto deste edifício cultural é testemunho da tetura, a construção e as artes da guerra utilizaram, mação e deixa de ser apenas um jogo de relações
passagem dos tempos integrando o desenho digi- O elevador modificou a arquitectura. E a arquitectura por sua vez para compreenderem e para intervirem no território e geométricas, escalas e proporções próprias da anti-
tal 3D no tão popular processo de representação a no mundo. ga grafia, e torna-se num processo de quantificação
inspirou-nos a criar um design inovador. Claro na forma e na função.
duas dimensões, tirando partido de ferramentas não Só em 1950, com Ivan Sutherland e Steven Coons se e de gestão. O século XXI traz consigo a ideia de que
tradicionais; desenvolvendo possibilidades de simu- Qualidade máxima para uma arquitectura exigente.
inicia uma alteração de paradigma no processo de o desenho de arquitetura, o projeto, deve incorporar
lação de materiais e espaços; e explorando as novas representação com o surgimento do conceito do de- novas metodologias, novos elementos de trabalho,
dimensões dos novos modos de projetar que entre- Willkommen in der Welt außergewöhnlicher und innovativer Aufzugssysteme. senho assistido por computador, algo que mundial- outros processos de apoio à conceção, uma base de
tanto se deram a conhecer. mente se veio a designar por CAD (computer aidded dados e de referências e, nessa medida, está muito
Erleben Sie erstklassiges, wegweisendes und inspirierendes Aufzugsdesign. para além do belo e da simples ou complexa ideia de
Para além de uma ideia de arquitetura própria, o design). Se bem que orientado mais para a máquina
projeto, os modos de projetar e o edifício apresen- Klar in Form und Funktion. Reduziert auf das Wesentliche. Ausgezeichnet. do que para as diferentes tipologias de desenho e de representação e comunicação, aproximando-se da
tam-se como um permanente convite à criação, à Schmitt+Sohn Aufzüge, Messe Bau 2013, München, Halle C3, Stand 131.
www.schmitt-elevadores.com representação e assente nos mesmos parâmetros gestão dos processos de construção, das quantida-
experimentação e à transposição de certos limites. A quase mesopotâmicos, verificamos no entanto que des necessárias e da avaliação ou simulação do que
o “Sketchpad” – resultado da dissertação de douto- se projeta ou concebe.
apresentação desta obra em realidade aumentada,
dá continuidade a algumas das matérias que temos AR +
Augmented
VR +
Virtual Reality
ramento de Sutherland intitulada “Sketchpad: A Man- O desenho, nesta segunda década do século XXI,
Edições CIAMH - Centro de Inovação em Coordenação Editorial Nuno Lacerda Lopes
vindo a investigar, explorando outras ferramentas e Arquitectura e Modos de Habitar Impressão
Besuchen Sie unsere Website Gráfica S. Miguel, Lda.
www.schmitt-aufzuege.com
Reality Inside Inside Machine Graphical Communication System.” [PhD é substancialmente novo e exigente, cada vez mais
Via Panorâmica S/N, 4150-755 Porto PORTUGAL Fotografia Arquivo CNLL / Ferreira Alves dissertation, Sutherland, Ivan. 1963] – viria a abrir ou-
tecnologias para uma mais qualificada compreensão www.arq.up.pt | (+351) 226 057 100 Todos os direitos reservados © CIAMH e autores próximo da imersão do que da simulação onde as
e construção da arquitetura. ciamh.faup@gmail.com ISSN 2182-8237 tras dimensões não só ao modo de desenhar e de novas dimensões se sobrepõem e se tornam o lugar
representar, mas sobretudo ao modo de perceber e onde o novo arquiteto cada vez mais trabalha.
S+S-020_AZ Aufzüge AIT 235x310.indd 1 13.11.12 16:23
Realidade Aumentada
e Realidade Virtual AR + Como utilizar?
VR + Como utilizar?
Augmented 1. Faça download da aplicação Virtual 1. Para visualizar as imagens
Reality ENTITI da wakingapp.com Reality 3D num dispositivo móvel
A Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtu-
al (VR) são experiências potenciadoras de novas na sua loja Apple ou Android faça a leitura do código QR
formas de visualização e compreensão do projeto. com uma aplicação de lei-
2. Entre na aplicação ENTITI e tura QR no seu dispositivo
O CIAMH tem vindo a desenvolver trabalhos de siga as instruções. Aponte móvel.
pesquisa aplicados aos novos modos de projetar, a câmara do seu telemóvel
construir e de habitar em arquitetura. A Realidade / tablet para a imagem-alvo
2. Insira o seu telemóvel nos
Aumentada, o BIM e a Simulação Virtual são al- ao lado, ou pesquisar “F&V óculos de realidade virtual
guns dos temas a que nos temos dedicado. Multimeios” e apontar para para visualizar as imagens
Propomos neste número uma experência de tri- qualquer imagem-alvo. de um modo imersivo 3D.
dimensionalidade não limitada ao plano da folha
de papel, oferecendo múltiplas perspetivas, dispo-
3. Explore o modelo e o vídeo
exclusivos desta edição da Virtual 01 Virtual 02 Virtual 03
nibilizando novos modos de exploração e outros revista Frente&Verso.
métodos de perceção, visualização e de imersão
no projeto de arquitetura.
Play Zoom Rotate Reset Rotate Zoom
video out left right in
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Detalhe construtivo 310 5


Corte Longitudinal pela circulação Corte Longitudinal salas Sudeste Alçado Sudeste
1 0,2 0,5 0 5 0 1 2 0 10 5 2 0 10 5 2 0
5 3 0 1

5 3 0 1

5 3 0 1

Corte Longitudinal pelas salas de aulas Corte Longitudinal salas Noroeste Alçado Noroeste
RODAPÉ EM LINÓLEO
ENROCAMENTO 20CM ESP.
CAIXA DE BRITA 15CM ESP.
BETÃO LEVE 5CM ESP. 5 3 0 1
GEOTÊXTIL
ISOLAMENTO TÉRMICO 6CM ESP.
BARREIRA PÁRA VAPOR
5 3 0 1
GEOTÊXTIL + TELAS ASFÁLTICAS 2 2 2 2 2 2 16
MASSAME DE BETÃO 20CM ESP.
ENCHIMENTO REGULARIZADO
7
LINÓLEO 2.5MM ESP. 20 19

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REVESTIMENTO A ARDÓSIA 23 4 4 8 18 17
dos15professores 19. Posto médico 20. Arrumos 21. Balneários 22. 20
Ginásio 23. Bancada 22
REBOCO ESTANHADO
rios dos funcionários 15. Secretaria 16. Gabinete do diretor 17. Gabinete de atendimento individualizado 18. Sala
GESSO CARTONADO ACÚSTICO
ISOLAMENTO ACÚSTICO 4CM ESP. Refeitório do pré-Escolar 10. Refeitório do 1ºciclo 11. Cozinha 12. Despensa 13. Tratamento de lixos 14. Vestiá-
LAJE DE BETÃO 30CM ESP.
ENCHIMENTO REGULARIZADO Atelier de expressão artística 06. Atelier de música 07. Atelier de ciências 08. Biblioteca | Sala de informática 09.
LINÓLEO 2.5MM ESP. 5 3 0 1
Corte Transversal pelo átrio Corte Transversal pelas salas de aulas 01. Átrio de entrada 02. Sala de aula - 1.º ciclo 03. Sala de aula - pré-escolar 04. Sala de expressão artística 05. Planta Piso 0 30 20 10 0
Implantação
5 3 0 1

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3
1
3
RODAPÉ EM LINÓLEO
RIPADO VERTICAL EM CEDRO Á COR NATURAL 2.5CM ESP 12
CAIXA DE AR 3.5CM 3
ISOLAMENTO TÉRMICO 6CM ESP. 22
IMPERMEABILIZAÇÃO (ARGAMASSA HIDRÓFUGA)
21 4 4 10 14 13 11 9
BLOCO TÉRMICO/ACÚSTICO 25CM
REBOCO
CORTIÇA

Corte Transversal pelo pavilhão Alçado Nordeste Planta Piso 1


REVESTIMENTO A ARDÓSIA

REBOCO ESTANHADO

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6
ISOLAMENTO ACÚSTICO 4CM ESP.
GESSO CARTONADO ACÚSTICO LAJE DE BETÃO 30 CM ESP.
ARMASSA HIDRÓFUGA 30 15 0 5
5
MADRE 10 X 21CM (TRAVAMENTO) 22 23 20 4 4 8 18 17 15
BARREIRA PÁRA VAPOR
PAINEL SANDWICH 8CM ESP.

5 3 0 1

Alçado Sudoeste Alçado Principal Planta Cobertura


2 2 2 2 2 2 1 1
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CALEIRA EM ZINCO 12
RUFO EM ZINCO
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frente&verso
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documentos periódicos de construção 7

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ISSN 2182-8237

edifício escolar
Centro Escolar de Mouriz
Carlos Nuno Lacerda Lopes
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da obra Maria Francisca Mesquita Pelo mesmo processo, a linearidade das áreas de editorial Carlos Nuno Lacerda Lopes no mobiliário que o Norte produz e nas construções
singelas, rurais e vernaculares que integram o nosso
circulação é quebrada. O suspense da descoberta
Da memória à inovação prende-se com a própria génese projectual. Por sua Um elemento decisivo património, a nossa arquitetura popular portuguesa
vez, o recurso à cor branca, confere-lhe inúmeras que o inquérito de 1955-1961 revelou tão bem existir.
Localizada no concelho de Paredes, a Escola de Há um sentido de complementaridade quando se
possibilidades de apropriação; a obra adapta-se aos Poder-se-á perguntar: se há domínio da tecnologia,
Mouriz apresenta-se como um edifício de forte ca- desenha uma casa, uma igreja, uma escola… quan-
utilizadores e molda-se conforme as suas necessida- do se faz uma construção, uma obra de arquitetura. uma tradição, um saber fazer acumulado, um conhe-
rácter longitudinal que, na paisagem rural, se destaca
des. Além do tratamento dos vários espaços progra- Não é possível esquecer, obliterar ou rasurar o con- cimento profundo sobre o material, as suas proprie-
pela sua clareza volumétrica. Ao invés de se sobre-
máticos, o cuidado desenho da iluminação artificial texto, na procura de uma ideia, de uma solução, de dades, limitações e aplicações, porque tem sido len-
por à pré-existência, o seu desenho linear estabele-
acentua toda esta dinâmica de movimento, num sim- uma arquitetura. A singularidade de uma obra não ta a introdução, a divulgação ou disseminação deste
ce com esta uma continuidade espacial e temporal,
biose sublime de escalas, texturas e sombras. parece resultar da simples oposição a um lugar, a um material na arquitetura que hoje se constrói?
num gesto elevado de integração.
No entanto, em contraste com a atmosfera de pureza 30 15 0 5 orçamento, a um programa ou a uma intenção. O interesse pelo estudo e conhecimento da madei-
Recuperando o tema da fábrica, que se relaciona
do seu interior, as fachadas longitudinais são reves- A arquitetura resulta de um complexo sistema de rela- ra, das espécies – a sua transformação e aplicação
com a tradição desta área, o edifício de dois pisos Weltleitmesse für em Portugal – foi desenvolvido, muitas vezes, fora da
tidas a madeira, destacando-se do edificado envol- ções que o arquiteto a cada momento “fixa” num sá-
marca posição pela sua implantação ortogonal – vente pela sua inovação e, como referido, reinterpre- Architektur,
arquitetura, e de um modo sistematizado ao longo
conferindo-lhe estabilidade – e pelo ritmo da sua Materialien, Systeme bio jogo de contradições, de avanços e recuos, onde
tação do edifício fabril. A largura regrada das tábuas 14.-19. Januar 2013 a volição, o desafio e a vontade de intervir, experimen- do século XX em diversas instituições públicas onde
cobertura – que quebra com a simplicidade da sua e o mesmo vão distribuído em distintas posições, nomes como Albino de Carvalho (1925-2008) entre
München tar e avaliar devem ser dados imprecisos do proces-
planta. Deste modo, a composição ganha, parado- resultam numa composição harmónica de cheios e outros, são referências incontornáveis deste exercício
so – onde nada é definitivo, ou tido como seguro.
xalmente, um dinamismo estático, agradável à per-

ELEVADORES
vazios, de transparências e opacidades. de investigação científica e produção de saber apli-
manência e, simultaneamente, estimulador de mo- Mas há também preconceitos, pressupostos sem cado sobre esta matéria.
Todavia, a excepção a esta linguagem consiste no fundamento que cerceiam ou recusam certas possi-

AUFZÜGE
vimento, garantido a interacção fluída das crianças
tratamento dos topos, que se manifesta por grandes bilidades. São imensos os exemplos que a história da Pensar ser estrangeira a utilização da madeira na
com espaço dedicado à aprendizagem.
envidraçados. O programa que lhe está associado arquitetura guarda, que nos ensinam a força do pre- arquitetura, tendo também nós o domínio da tecno-
O volume compacto, encerrado ao longo do seu trata-se do núcleo pré-escolar num deles e o pavilhão conceito na construção ou desconstrução de uma logia e conhecendo a tradição da sua construção,
comprimento, abre-se ritmicamente para o exterior desportivo no outro. Esta decisão possibilitou dotar O elevador modificou a arquitectura. E a arquitectura por sua vez ideia, de um projeto, de uma obra… Assim foi com as mais do que um equívoco, é a expressão da atávica
numa métrica sublime, trabalhada com a exaustão estas áreas de um maior contacto com o meio exte- janelas que Fernando Távora (1923-2005) quis fazer persistência da defesa do que repetidamente se faz
inspirou-nos a criar um design inovador. Claro na forma e na função. e reproduz, mantendo a velha esperança – a fé ou
de uma pauta musical. Assim, estabelece-se uma rior. Assim, estes espaços não ficam simplesmente até ao chão em Ramalde, com o mármore com que
forte articulação entre o seu interior e o jogo ineren- condicionados pelo desenho arquitectónico, poden- Qualidade máxima para uma arquitectura exigente. fado – de que um dia, por repetição, se obterá um
Siza invadiu o granítico Norte em Oliveira de Azeméis,
te ao posicionamento dos seus vãos; a organização do estender-se para lá dos seus limites físicos. até às persianas que Souto Moura provocadoramen- resultado diferenciador.
aparentemente regular do seu programa torna-se do- A Escola de Mouriz, embora simples e modesta na Willkommen in der Welt außergewöhnlicher und innovativer Aufzugssysteme. te propõe num prédio de habitação coletiva na Maia. Aos arquitetos resta estudar, investigar, explorar e so-
tada de uma grande diversidade sensorial. sua concepção, demonstra uma enorme comple- bretudo experimentar as diferentes possibilidades de
Erleben Sie erstklassiges, wegweisendes und inspirierendes Aufzugsdesign. Sendo tudo pouco tradicional, tudo muito pouco con-
utilização da madeira em arquitetura.
Nesta obra, a vontade de inovar, aliada à recuperação xidade no controlo da escala, do projecto e do por- vencional, importará pensar ou exercer a arquitetura
menor. O resultado? Um edifício excepcional que, Klar in Form und Funktion. Reduziert auf das Wesentliche. Ausgezeichnet.
da tradição da sala de aula, permite conceber novas como um processo de resistência? Resistir a lugares Pensar nos arquitetos como investigadores - utili-
especialidades, quebrando com os modelos de inte- contido no seu exterior, ganha uma nova dimensão Schmitt+Sohn Aufzüge, Messe Bau 2013, München, Halle C3, Stand 131.
www.schmitt-elevadores.com
comuns e convencer foi, e parece ser, ainda hoje, um zadores criativos da ciência onde se desenvolve a
racção rígida e potencializando ambientes propícios espacial nos diferentes elementos do seu programa. desígnio da arquitetura. inovação - implica sair de certas zonas de conforto
à educação e estimuladores da criatividade. O dese- Na verdade, num tom notável, a arquitectura é ab- e aceitar os novos desafios que a atualidade coloca
sorvida pelas pessoas; entre o toque da campainha É neste contexto ideológico que a construção em
nho da cobertura transfere-se para o seu interior e os Edições CIAMH - Centro de Inovação em Coordenação Editorial Nuno Lacerda Lopes madeira, com madeira ou de madeira se inscreve a todos os sectores da atividade, onde nada parece
e a algazarra do recreio, a obra fica, servindo como Desenho 3D Maria Francisca Mesquita. ser ou pretender ser fixo, onde... só a mudança pare-
espaços resultantes vivem desta nova linguagem. As Arquitectura e Modos de Habitar
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Fotografia FG+SG / CNLL no atual panorama da arquitetura portuguesa. Apa-
cenário dinâmico das experiências quotidianas. Via Panorâmica S/N, 4150-755 Porto PORTUGAL
ce ser a única constante.
variações de pé-direito marcam as novas excepções www.arq.up.pt | (+351) 226 057 100
ciamh.faup@gmail.com
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ISSN 2182-8237 rentemente não tradicional, apesar da tradição, do
dos compartimentos onde a sua polivalência não co- conhecimento e vulgarização do seu uso nos interio- A madeira poderá ser um elemento decisivo para
loca limites à imaginação. S+S-020_AZ Aufzüge AIT 235x310.indd 1 13.11.12 16:23 res, das mais cuidadas e qualificadas arquiteturas; essa mudança que se adivinha.
P1: Pormenorização da coberturno limite do edifício P2: Pormenorização da cobertura e caleira P4: Pormenorização do encontro da fachada com o piso térreo P3: Pormenorização da cobertura e padieira

01 Painel Sandwich 80mm (Chapa 08 Chapa de remate no limite do painel 14 Caixilho fixo em alumínio anodizado 01 Painel Sandwich 80mm (Chapa 06 Isolamento térmico 400mm 10 Isolamento acústico 01 Caixa de areia 08 Vidro duplo temperado 8+16+6mm 15 Massame de betão armado 150mm 01 Painel Sandwich 80mm (Chapa 09 Caleira em zinco 16 Padieira em cedro natural 25mm
perfilada + Poliuretano) Sandwich à cor natural, Arkial da série BXI perfilada + Poliuretano) 07 Chapa de remate do painel Sandwich 11 Tecto falso em gesso cartonado 02 Impermeabilização 09 Ripado vertical em Cedro à cor natural 16 Geotêxtil perfilada + Poliuretano) 10 Rufo em zinco pintado 17 Tubular em aço 2mm com poliuretano
02 Barreira pára vapor 09 Caleira em zinco Elegance 52 02 Barreira pára vapor 08 Caleira em zinco acústico 15mm 03 Argamassa hidrófuga 25mm (largura variável) 17 Telas asfálticas 5+5mm 02 Barreira pára vapor 11 Bloco térmico 250mm injectado
03 Madre de madeira de 100x210mm 10 Rufo em zinco pintado 15 Isolamento acústico 03 Madre de madeira de 100x210mm 09 Estrutura de suporte do tecto falso, 12 Alheta metálica 10mm 04 Terreno consolidado 10 Linóleo 2,5mm 18 Barreira pára vapor 03 Madre de madeira de 100x210mm 12 Isolamento térmico 60 mm 18 Placa fibrocimento
04 Argamassa hidrófuga 11 Caixa de ar 20mm 16 Tecto falso em gesso cartonado 04 Argamassa hidrófuga segundo a inclinação da cobertura ao 13 Reboco estanhado com pintura a 05 Isolamento térmico (30 e 60mm) 11 Argamassa de regularização 19 Isolamento térmico 60mm 04 Argamassa hidrófuga 13 Caixa de ar 35mm 19 Peça amovível em madeira maciça de
05 Laje de betão armado 300mm 12 Ripado vertical em Cedro à cor natural acústico 15mm 05 Laje de betão armado 300mm longo do edifício branco 20mm 06 Soleira em pedra 12 Tapete de cairo embutido 20 Betão de limpeza 50mm 05 Laje de betão armado 300mm 14 Ripado vertical em Cedro à cor natural fixação da padieira
06 Isolamento térmico 400mm 25mm (largura variável) 17 Reboco estanhado com pintura a 07 Caixilho de batente em alumínio 13 Chapa metálica 21 Caixa de brita 150mm 06 Isolamento térmico 400mm 25mm (largura variável) 20 Vidro duplo temperado 8+16+6mm
07 Barrote de fixação 13 Vidro duplo temperado 8+16+6mm branco 20mm anodizado à cor natural Arkial série BXI 14 Enchimento de regularização 60mm 22 Enrocamento 200mm 07 Barrote de fixação 15 Chaço pontual em madeira maciça de 21 Caixilho fixo em alumínio anodizado à
08 Chapa de remate do painel Sandwich fixação da padieira cor natural Arkial série BXI Elegance 52

P1: Pormenorização da coberturno limite do edifício P2: Pormenorização da cobertura e caleira P4: Pormenorização do encontro da fachada com o piso térreo P3: Pormenorização da cobertura e padieira

Trabalho desenvolvido por Maria Francisca Mesquita na U.C. Construção 2 [Nuno Lacerda Lopes, Regente] 2014/15 Ano de projecto: 2009 | Ano de construção: 2010
dd

dd
Detalhe construtivo Corte DD’ 3 2 1 0
Planta Piso 0 3 2 1 0
Planta Piso -1
10 5 2 0 10 5 2 0
��

A’
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or
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EG/ Ground floor UG/ Basement
13 mm gesso cartonado; pintura �6� �2 � ��
13
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lã mineral; 87 mm estrutura de madeira maciça;
�1�
permeabilizante; 160 mm isolamento térmico em
centeio; 40 mm ripas de madeira; membrana im- �� �� �� ����
�8 �
acabamento com solvente à base de farinha de
13 9� �
13 fachada: 20 mm régua de madeira serrada, � �B’ ����
14 �5� � B�
��
12 padieira em alumínio anodizado
�� �� ��
à cor natural ���� ��
m2K caixilharia de madeira e alumínio anodizado �2� 3� � ��
��
10
�� 11
��
11 vidro duplo: 4 + 20 + 4 mm, U = 1.1 W/ ����
15 14
����
C’ C
10 estore em alumíno anodizado à cor natural
�� ���� �� ����
pintura ���� ����
fixação de tecto falso; 13 mm gesso cartonado;
barrotes de madeira maciça; 25 mm ripas para
�1� �1� 9� � ��
12
��
co; 20 mm isolamento acústico; 207 mm betão e
mm betonilha; geotêxtil; 20 mm isolamento térmi- 14
����
09 pavimento: 10 mm parquet em carvalho; 80 �� �� �� ����
so cartonado; pintura ����
mm ripas para fixação de tecto falso; 13 mm ges- 13 12
207 mm betão e barrotes de madeira maciça; 25 ��

A
madas isolamento térmico e barreira pára-vapor;
Planta Piso 2 Planta Piso 1 floor
3 2 1 0 3 2 1 0
abeto; membrana betuminosa; 60–110 mm 2 ca-
��
mm estrutura de apoio em ripas de madeira de 2. OG/ Second floor 1. OG/ First floor 4� �
9
08 varanda: 27 mm madeira de abeto; 30–80
1� � 1� �
07 drenagem da varanda cc �� �5� �6�
13 12
06 guarda: 40/8 mm chapas de ferro galvanizadas
�� �� 3� �
madeira; membrana impermeabilizante �� �� Corte CC’
12 05 20 mm réguas de madeira; 109 mm ripas de 2� � 1� �
11 13 12 ��
04 trop-plein �7�
03 placa de madeira laminada
13 11
12 �� ��
cc ��
02 rufo em aço inoxidável �7�
10 tecto falso; 13 mm gesso cartonado; pintura 2� � 1� �
de madeira maciça; 25 mm ripas para fixação de
cc ��
de isolamento em lã de rocha; 187 mm barrotes �� �� 3� �
01 cobertura: 80 mm tela mineral e 2 camadas
cc
7 11 �� �5� �6� 1� � 1� �

4� �
�� �� �� ��
13 12 11 ��
8
6
11
Corte construtivo BB’ Corte construtivo AA’ 20 10 5 0
Implantação
10 5 2 0
bb aa

D’ D 13 12
Corredor de acesso 15
Entrada 14
Quarto de vestir 13
13 12
5 Lavandaria 12
Arrumos 11
13 12
Área técnica 10
Basement 09
Loja 08
Despensa 07
Varanda 06
Sala / cozinha 05
4 Vestiário 04
Área comun
Habitação C (T1)
Distribuição 03
1
3 Habitação B (T3) Casa de banho 02
2 Habitação A (T3) Quarto 01

frente&verso
documentos periódicos de construção

19
ISSN 2182-8237

edifício habitação coletiva


Edifício de Ebikon
Amrein Herzig

Não obstante, Rafael Moneo referia, na sua aula da obra Carlos David Oliveira editorial Carlos Nuno Lacerda Lopes como material para a construção é aparentemente
“The Solitude of Buildings” em Harvard, que “O paradoxal, na medida em que (i) não procura evi-
conhecimento, (senão a maestria) das técnicas de Para além da fachada Uma nova cabana - entre a técnica denciar qualquer ideia de leveza, nem a obtenção de
construção estiveram sempre implícitas, na ideia de “Desenvolver uma fachada constitui hoje em dia e a teoria da arquitetura. uma qualquer simplificação construtiva de justaposi-
produção de arquitetura. (…) No passado os arquite- um verdadeiro desafio para o arquiteto. De facto, ção que a tecnologia permite, nem (iii) a utilização da
tos foram simultaneamente arquitetos e construtores. O edifício que “Amrein Herzig” projetaram em 2005- cor e textura que a madeira oferece, nem mesmo (iv)
a fachada deve responder aos muitos critérios,
(…) a invenção da forma é também a invenção da 2006, numa quinta, destina-se a uma família de agri- no desenvolvimento de uma expressão de superfície,
tanto funcionais como estéticos, que são ditados pe-
sua construção. Uma implica a outra.” E acrescen- cultores e integra duas habitações desenvolvidas nos em continuidade com o contexto, propondo em opo-
las características dos diferentes materiais utilizados
ta “(…) a arbitrariedade da forma desaparece na para a sua construção.” O livro Construire des faça- 4 pisos que compõem o volume, uma outra habita- sição (v) a massa e o volume.
construção e cabe ao arquiteto ligar as duas. Hoje a des, de Thomas Herzog, Roland Krippner e Werner ção para a Mãe que ocupa o 1º piso, e ainda, uma
pequena loja para venda dos produtos desta unida- Segundo C. Norberg-Schulz, (1926-2000) a função, a
arbitrariedade da forma é evidente nos próprios edi- Lang, apresenta um conjunto de princípios técnicos
de de produção. forma e a técnica, são os três aspetos fundamentais
fícios, porque a construção foi excluída do jogo do de planificação indispensáveis à conceção e cons-
Weltleitmesse für onde a análise sobre a obra arquitetónica deve incidir,
desenho da arquitetura. Quando a arbitrariedade é trução das fachadas, bem como um conhecimento Architektur, A expressão cúbica, a forma pura que esta obra remetendo os aspetos da linguagem arquitetónica
tão claramente visível nos edifícios, a arquitetura está essencial sobre a natureza e utilização de materiais Materialien, Systeme evidencia, vem na continuidade de algumas expe- como algo pouco significativo para a sua compre-
morta; aquilo que julgo ser o mais importante atributo específicos tais como a madeira, o tijolo, a pedra, o 14.-19. Januar 2013 riências formais que esta dupla de arquitetos tinha
vidro, o plástico, o betão e o metal. München ensão. Apesar da atualidade favorecer e “celebrar o
da arquitetura desapareceu.” realizado e que veio a aprofundar em outras obras, insignificante” o “simbólico” e o “conceptual”.
Numa quinta da Suíça uma antiga casa de campo

ELEVADORES
Por isso, a solidez desta proposta desenvolvida sem de onde se destaca a habitação unifamiliar “Mühles-
dá lugar a uma nova habitação plurifamiliar. De qua- trasse, Edlibach“ construída em 2012-2013 utilizando A visão de Schulz recorda e remete a análise para
arbitrariedade, tendo por base a construção e as as questões da substância, da resposta a um pro-

AUFZÜGE
tro andares, este austero cubo de madeira assenta o betão como material de eleição.
suas regras, a abstração do seu desenho, a cor da grama, da coerência de uma forma, tendo por base
sobre uma base maciça de betão aparente. No rés-
sua presença e a robustez da sua forma. Também nesta obra, o betão foi utilizado como ele- uma tecnologia e um saber fazer que se consolida
do-chão, uma loja com salas de arrumo para a mãe
O exercício do projeto também se faz por subtra- do agricultor e dois apartamentos tríplex idênticos. Os mento de ligação e separação entre o terreno e o vo- acrescentando e propondo relações – o puro exer-
ção, pelo sábio jogo sobre um volume, trabalhando andares estão interligados por um lanço de escadas O elevador modificou a arquitectura. E a arquitectura por sua vez lume de madeira que pousa nesta base, integrando- cício da arquitetura.
os cheios e os vazios, dispostos numa fria lógica de em tiro. Todos os elementos arquitetónicos, incluindo inspirou-nos a criar um design inovador. Claro na forma e na função. a como um todo.
Peter Zumthor vai mais longe quando refere “A lingua-
espaços articulados na horizontal e na vertical, longe as loggias nos apartamentos e a zona de serviços es- Qualidade máxima para uma arquitectura exigente.
gem da arquitetura não é, a meu ver, nenhuma ques-
de uma visão de simples continuidade tipológica e tão integrados na massa cúbica do edifício.
tão de estilo arquitetónico. Cada edifício é construído
formal. Desafiando a função, a forma e a técnica. O acesso à habitação é feito por galeria que reinter-
“Cada edifício é construído com
Willkommen in der Welt außergewöhnlicher und innovativer Aufzugssysteme. determinado objetivo, num
com determinado objetivo, num determinado lugar e
Nesta pequena obra aparentemente estável e sem preta os espaços de circulação típicos das casas de para uma determinada sociedade.“ in “Pensar a ar-
campo tradicionais. A estrutura em madeira é cons-
Erleben Sie erstklassiges, wegweisendes und inspirierendes Aufzugsdesign. determinado lugar e para uma
inquietações, tal como disse Zumthor “(...) num quitectura” pág 24, GG, Barcelona.
tituída por ripas justapostas tanto para as paredes Klar in Form und Funktion. Reduziert auf das Wesentliche. Ausgezeichnet. determinada sociedade”
tempo em que a cultura da criação se encontra É de resistência, de contrariar o desgaste das formas,
estagnada e a beleza é arbitrária”, apostamos no
como para as lajes em que são usados módulos Schmitt+Sohn Aufzüge, Messe Bau 2013, München, Halle C3, Stand 131.
www.schmitt-elevadores.com
Peter Zumthor
de pavimentação. Este tipo de estrutura permite evi- de dar resposta a um programa, a cumprir um obje-
efeito elucidativo deste trabalho, que a dupla de tivo, num determinado contexto e para uma família
tar as colagens ­– um aspeto positivo do ponto de
arquitetos criou e aprofundou, dando a conhecer, concreta que se dá continuidade ao uso de um mate-
vista ecológico. Do mesmo modo, o revestimento O seu desenho procura uma composição e a facha-
não apenas a técnica mas a sábia coincidência en- Edições CIAMH - Centro de Inovação em Coordenação Editorial Nuno Lacerda Lopes
rial; a madeira – tida agora como um sistema que se
autoventilado dos pisos superiores é tratado com Arquitectura e Modos de Habitar Desenho
Besuchen Sie unsere Website 3D Carlos David Oliveira.
www.schmitt-aufzuege.com da identifica a vontade de criação de um objeto arqui-
tre conceber e fazer arquitetura que o correto uso uma mancha cinza, extraída de um solvente à base Via Panorâmica S/N, 4150-755 Porto PORTUGAL Fotografia Roger Frei, Zürich - amreinherzig.ch
adapta a uma ideia de arquitetura que se persegue
dos materiais pode proporcionar como ponto de
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ciamh.faup@gmail.com
Todos os direitos reservados © CIAMH e autores
ISSN 2182-8237
tetónico, abstrato e unificador. A utilização da madeira
de farinha de centeio que complementa o conceito como se de betão se tratasse.
partida para o projeto. ecológico da obra.
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01 COBERTURA: 80mm de cobertura 03 Placa de madeira laminada 08 LAJE DA LOGGIA: 27mm de soalho 09 LAJE DOS PISOS INTERNOS: 13 mm de gesso cartonado ripas de madeira; camada de
10 verde; membrana de contenção 04 Escoamento de aguas de madeira; 30-80mm de ripado de 10mm de soalho de carvalho; 80mm 10 Percianas de alumínio impermeabilização; 160 mm de
de raizes; camada betominosa, 05 20mm de madeira laminada; 109mm madeira; selagem betominosa; 2 de revestimento de cimento; 20mm 11 Vidro duplo: 4+20+4mm, U=1.1 W/ isolamento térmico; 87 mm de prumos
2 camadas de godo; 187mm de de ripas de madeira; membrana camadas de 60-110mm de isolamento de isolamento térmico; 20 mm de m2K caixilho de madeira e alumínio de madeira maciça; 13 mm de gesso
madeira maciça; 25mm de ripas de impermeabilizante térmico; 207mm de betão e prumos isolamento acústico; 207 mm de 12 Peitoril de alumínio cartonado
madeira; 13mm de gesso cartonado 06 GUARDA: 40/8mm de aço de madeira maciça; 25mm de ripas de betonilha e prumos de madeira 13 PAREDE EXTERIOR: 20 mm
02 Rufo de aço 07 Escoamento de aguas da loggia madeira; 13mm de gesso cartonado maciça; 25 mm de ripas de madeira; de madeira laminada; 40 mm de

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Trabalho desenvolvido por Carlos David Oliveira na U.C. Construção 2 [Nuno Lacerda Lopes, Regente] 2014/15 Ano de projecto: 2005 | Ano de construção: 2005-2006

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