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Escolinha de Maria

AULA 1 - A Criação, e o plano de Deus para a humanidade

Adão e Eva, ofenderam e machucaram gravemente o Coração de


Deus, quando o desobedeceram, e quiseram ser como Deus, e assim
surgiu o pecado.
A Origem de todos os pecados é a desobediência e a soberba, por
meio dos quais pode se analisar que se baseiam todos os pecados.
Existe a herança material, onde quando as pessoas vem a falecer,
deixam por vezes uma casa, um carro, entre outros bens materiais,
sendo assim também possuímos a herança espiritual, a qual nos é
transmitida também por nossos familiares, sendo assim o pecado
cometido por Adão e Eva, veio a ser transmitido para a sua
descendência até os dias de hoje, o qual manchou nossa alma.
Isso acabou indo contra todos os planos de Deus para a
humanidade, a qual perdeu sua imortalidade, ficando propensa a
doenças, sofrimentos, morte, e acima de tudo perdeu o paraíso.

AULA 2 - Deus enviou o seu Filho ao mundo para nos salvar e nos
deu Maria como Mãe para nos ajudar a ir para o Céu

Apesar da ofensa, causada ao coração de Nosso Senhor, Deus em


sua Bondade e Misericórdia, colocou em prática o plano da Salvação.
Iniciando na vivência Matrimonial em Deus, de Santa Ana e São
Joaquim, que proporcionou pela graça de Deus, a Imaculada Conceição
de Nossa Senhora.
Imaculada - Sem Mancha, sem pecado. Ou seja Nossa Senhora
nasceu e permanece sem pecado.
Afinal nós não colocamos algo que nos é precioso em qualquer lugar,
muito menos em um lugar sujo, sendo assim Deus preparou o melhor
lugar para Ele se fazer homem e habitar, e esse lugar se concretizou na
pessoa da Santíssima Virgem.
AULA 3 - Maria Santíssima vem do Céu para visitar seus filhos +
aparição de Nossa Senhora de Fátima, e os três Pastorinhos

Cerca de 10 anos após a ascensão de Nosso Senhor, Nossa


Senhora foi assunta ao céu, levada ao céu de corpo e alma. Não foi
acometida por doença, nem morreu, afinal o preço do pecado é a morte,
e Nossa Senhora jamais pecou. Não subiu ao Céu, como fez Jesus,
com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio,
que Deus lhe concedeu.
Justamente pelo fato de Maria Santíssima, ser um modelo a ser
seguido, uma forma que forma santos, que por meio da Graça de Deus
se fez necessária as aparições marianas as quais sempre tem como
objetivo a conservação e defesa da fé. Onde na maior parte de suas
mensagens, a Virgem pede por uma conversão, e pela reparação às
ofensas contra Seu Filho Jesus.
História dos 3 Três Pastorinhos:
Nossa Senhora de Fátima teve sua aparição na cidade de Fátima, uma
cidade de Portugal onde três meninos, Lucia de Jesus Santos, com 10
anos e seus primos Francisco Martos de 9 anos e Jacinta Martos de 7
anos, tiveram a Graça de estarem diante de Nossa Senhora.
Aconteceu no ano de 1917. Sete aparições de Nossa Senhora aos
três meninos, sempre no dia 13 de cada mês. A primeira foi no dia 13 de
maio. Lucia via e conversava com Nossa Senhora de Fátima. Francisco
só via e não ouvia os diálogos. Jacinta via e ouvia, mas nada
pronunciou.
No começo as crianças se assuntaram, tamanha a glória desta
Rainha, mas Nossa Senhora de Fátima as tranquilizaram, dizendo para
não terem medo, e que ela era do Céu. Nossa Senhora disse para
rezarem o terço todos os dias, para alcançarem a paz e o fim da guerra.
Sendo a mensagem em Fátima de conversão e arrependimento.
Venceram a luta por meio da oração, afinal" tudo se pode mudar por
meio da oração” - Santa Mônica.
Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50
pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as
crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes
públicos. Chegaram a ser até presas na delegacia de Fátima, mas
nunca negaram as aparições.
Antes de Nossa Senhora aparecer ao pequenos pastorinhos, Deus
enviou um Anjo para os preparar para tamanha graça, com o auxílio
deste,, começaram a expiar pelos pecadores por meio de sacrifícios e
de uma assídua vida de oração.

São Domingos Sávio (Italiano - 1842)

Aluno de São João Bosco, Domingos cresceu em santidade ainda


em tenra idade. Aos 4 anos, já fazia suas orações diárias com devoção
e lembrava aos pais de fazerem as deles quando se esqueciam.
Aprendeu a ser coroinha quando tinha 5 anos e foi autorizado a receber
a Sagrada Comunhão aos 7, algo absolutamente incomum na época.
Declarou sobre a sua Primeira Comunhão:

“Foi o dia mais feliz e maravilhoso da minha vida!“

Com seu lema “Antes morrer que pecar”, ele almejava seguir em
tudo a vontade de Deus e dizia:

“Não posso fazer grandes coisas. Mas quero que tudo o que faço,
mesmo a menor das coisas, seja para a maior glória de Deus“.

Uma família simples, mas rica na fé. Sabe-se hoje que, toda a sua
vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.
Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse
fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em
oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na
chuva, no frio ou no calor.

São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só


fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de
classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era
considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno
desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as
pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que domingos
não tinha feito aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os
colegas forjaram.
O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os
colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da
escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São
Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não
abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.
O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante
de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que
precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar
melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter
culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.
Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros
alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas.
O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos
diante de toda a classe.
Conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que
reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo
padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.
Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais,
onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor,
exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão
linda! Que lindo!”
AULA 4 - Nossa Senhora das Graças

A história começa, quando o Pai, nos seus mais altos desígnios, planejou a encarnação
de seu Filho Jesus, no seio da humanidade. Nesse momento, o Pai também pensou em
Maria, pois, seu Filho teria que ter uma mãe humana. E a mãe do Salvador teria que ser
“cheia de graça”.
Quando Maria disse o seu “sim” a Deus, diante do mesmo Anjo Gabriel, ela passou a ser
portadora da maior de todas as graças que a humanidade poderia receber: o próprio Filho
de Deus. Gerando Jesus para o mundo, Maria proporcionou que todas a graças chegassem
até nós, pois proporcionou que a salvação chegasse.
O título “Nossa Senhora das Graças” surgiu no dia 27 de novembro de 1830 Paris,
França. Catarina Labouré, então noviça da Congregação de São Vicente de Paulo, foi até à
capela impelida para rezar. Estando em oração, teve a contemplação da Virgem Maria, que
se revelou a ela como Nossa Senhora das Graças.

Revelação não aconteceu somente por palavras. Nossa Senhora deu a Catarina Labouré
uma visão reveladora.
"...uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com
um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até
os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras
preciosas. A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre
todas as pessoas que mas pedem ...’ Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um
quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem
pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós’. Depois disso o quadro que eu via virou-se, e
eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base.
Por baixo: os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa
de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por
uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da
Senhora, a dizer-me: ‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas
que a trouxerem, com devoção, hão de receber muitas graças”.

Enquanto contemplava esta cena maravilhosa, Maria sobre o globo terrestre e raios saindo
de suas mãos em direção à terra, Catarina ouviu uma voz a lhe dizer: "Este globo que vês
representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os
raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios
mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios
mais finos correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“

Pedir com fé

Compreendemos que o título Nossa Senhora das Graças está intimamente ligado à
revelação da Medalha Milagrosa. Porém, as graças distribuídas por Nossa Senhora não
dependem do uso da Medalha e sim de pedir a ela com fé e devoção. Tanto que, em outra
aparição, Nossa Senhora se queixou a Santa Catarina Labouré dizendo: “Tenho muitas
graças para distribuir... Mas as pessoas não me pedem...”

O poder da Medalha Milagrosa

Depois de um tempo, Catarina Labouré conseguiu que a medalha fosse cunhada, tal qual a
Virgem Maria tinha lhe pedido. Logo, esta medalha se tornou um fenômeno inimaginável. A
promessa da Virgem Maria se cumpria admiravelmente em todos os que usavam a Medalha
com devoção. Graças a ela, uma terrível epidemia da peste negra foi debelada na França.
Milhares de pessoas já tinham morrido quando a Medalha Milagrosa começou a ser usada.
Então, os doentes que a recebiam com fé começaram a ser curados milagrosamente, pois a
peste não tinha cura.

Milhões de Medalhas

Então, a Medalha Milagrosa passou de milhares para milhões de cunhagens. Espalhou-se


rapidamente pela Europa livrando milhões de pessoas da peste. Depois, espalhou-se por
todo o mundo. E as graças continuam acontecendo até hoje. A medalha Milagrosa é a mais
cunhada de todos os tempos. O número de medalhas, porém, não se compara ao número
de graças derramadas pelas mãos cheias de amor da Virgem Maria, Nossa Senhora das
Graças.

O papel da Virgem Maria

É interessante lembrar que Nossa Senhora é despenseira, ou seja, uma “distribuidora” de


graças. As graças são de Deus e só Ele pode dá-las. Mas, em sua misericórdia, o senhor
escolheu distribui-las pelas mãos de sua mãe, Maria. Esta é a maravilha da nossa fé.
Milhões de graças estão nas mãos de Nossa Senhora e ela quer distribuí-las a seus filhos.
É vontade de Deus que assim seja. Por isso, vamos pedir a ela, com fé. São Bernardo de
Claraval dizia que “Nunca se ouviu dizer que ela não atendeu a quem pediu com fé.” Esta
realidade maravilhosa é testemunhada por milhões de pessoas, ao longo de séculos. Por
isso, não deixe de faze seus pedidos à Mãe Celestial. E não deixe também de usar a
bendita Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças. E grandes graças vão acontecer
na sua vida.

Oração a Nossa Senhora das Graças

“Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos


derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa
intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a
nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para
vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de
silêncio e de pedir a graça desejada).

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos,
para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E
para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e
dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. “

Rezar 3 Ave Marias.

Jaculatória contida na Medalha:

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Amém.

AULA 5 - Nossa Senhora de La Salette

Nossa Senhora de La Salete ou "da Salette" é um título que a Virgem Maria recebeu por
causa de suas aparições na montanha de La Salette, nos Alpes Franceses, em 1846. Ela
apareceu a dois pastores de ovelhas: a adolescente Melanie Calvat, de 15 anos e o menino
Maximim Giraud, de 11. Ela pediu que os dois transmitissem três pedidos: a conversão dos
pecadores, que se construísse uma igreja naquele local e que se fundasse uma
congregação religiosa para perpetuar sua mensagem e cuidar da igreja de La Salette. Os
dois pastorzinhos eram camponeses de pouca instrução. Nossa Senhora apareceu a eles
com trajes de camponesa e chorando. A mensagem que ela deixou fala de conversão e de
busca de uma vida de oração e santidade. Os símbolos contidos na imagem de Nossa
Senhora de La Salette também contam a história e reforçam a mensagem de Maria de
maneira extraordinária. Vamos conhecê-los.

Nossa Senhora de La Salette sentada com as mãos no rosto


Em várias representações, Nossa Senhora de La Salette é vista sentada com as mãos no
rosto. Esta representação nos mostra o primeiro momento em que os dois pastorzinhos
viram a Virgem. Ela estava nesta posição, chorando, com as mãos cobrindo o rosto,
segundo o relato dos dois. O choro de Nossa Senhora simboliza seu sofrimento ao ver que
seus filhos estão se perdendo por causa do pecado e do afastamento de Deus.

Os braços cruzados de Nossa Senhora de La Salette


Nas outras representações, Nossa Senhora de La Salette é sempre vista com os braços
cruzados. Esta imagem traz-nos uma mensagem triste: a de que Ela não pode nos ajudar
se nós não procurarmos abandonar a vida de pecado, ou se não reconhecermos que
estamos no pecado. Ou seja, quando nos afastamos de Deus e da oração, ficamos
vulneráveis ao pecado. E, quando estamos nesta situação, é como se Nossa Senhora
estivesse demãos atadas, sem poder nos ajudar. Ela quer ajudar a todos os seus filhos,
mas se estes não reconhecem o erro, ela quase não tem como ajudar.

As correntes sobre os ombros de Nossa Senhora de La Salette


As correntes sobre os ombros de Nossa Senhora de La Salette complementam a
mensagem de seus braços cruzados. As correntes representam o pecado de seus filhos.
Estas correntes impedem que ela os ajude. Por isso, ela pede conversão e oração.
A roupa de Camponesa de Nossa Senhora de La Salette
A roupa de Camponesa de Nossa Senhora de La Salette significa que a Virgem Maria
conhece a vida de seus filhos e se identifica com eles. Sua roupa apresenta um avental
bege. Isto significa que ela veio na posição de quem quer ajudar, beneficiar. Porém, de
braços cruzados, ela não pode fazer nada. Por isso ela chora, pois não pode ajudar seus
filhos que estão no pecado. Os pastorzinhos insistem que a Virgem Maria estava sempre
chorando nas aparições, embora não perdesse nunca seu olhar de rainha.

A cruz, o martelo e o alicate


Este é o símbolo da grande mensagem da Virgem de La Salette. A cruz tem um martelo do
seu lado esquerdo e um alicate do seu lado direito. O martelo simboliza os pecados da
humanidade que pregam cravos em Jesus crucificado. O Alicate simboliza a oração e a
conversão. Cada vez que um coração se volta para Deus, um cravo é tirado de Jesus
crucificado. A humanidade está sempre diante do martelo e do alicate. Chorando, Nossa
Senhora de La Salette pede que seus filhos escolham o alicate e aliviem o sofrimento de
Jesus.

O diadema sobre a cabeça de Nossa Senhora de La Salette


Diadema é uma espécie de coroa ornamentada com flores, usadas pelas rainhas. O
diadema sobre a cabeça de Nossa Senhora de La Salette simboliza sua realeza. Porém,
não só isso. Diadema simboliza também que a pessoa que o usa transmite uma doutrina.
Neste sentido, Nossa senhora tem uma doutrina sólida e clara: ela ensina que é preciso
buscar a Deus na oração e na conversão. Sem Deus jamais teremos vida plena. E a Virgem
quer para nós a vida plena que só Jesus tem para dar.

As duas crianças aos pés de Nossa Senhora de La Salette


As duas crianças aos pés de Nossa Senhora de La Salette representam os dois videntes da
Virgem, Melanie Calvat e Maximim Giraud. Os dois humildes camponeses, quase
analfabetos, foram os transmissores de uma mensagem profunda e maravilhosa. Deus
aprecia a humildade de coração.

Um Santuário e uma Congregação


Nossa Senhora pediu que fosse construído um santuário naquele local e que fosse fundada
uma congregação para cuidar da igreja e da mensagem que ela deixou em La Salette. Para
tanto, ela mesma ditou as regras de vida da nova congregação, que deveria se chamar
"Ordem da Mãe de Deus". Seu pedido foi atendido pelo Papa Pio IX em 19 de setembro de
1851. A congregação tem como missão anunciar a necessidade da conversão do clero e de
todos os fiéis.

As lágrimas de Nossa Senhora de La Salette


As lágrimas de Nossa Senhora de La Salette tem significado claro: elas representam a dor
da mãe, que, de braços atados, não pode fazer nada por seus filhos que não a escutam e
preferem o pecado. Toda mãe sofre com isso e, no caso da Mãe de Deus, não é diferente.
Nenhuma mãe quer ver seu filho se perder.
Oração a Nossa Senhora da Salette
"Lembrai-vos, Ó Nossa Senhora da Salette, das lágrimas que derramastes por nós, no
Calvário. Lembrai-vos também dos cuidados que, sem cessar, tendes por vosso povo, a fim
de que, em nome de Cristo, se deixe reconciliar com Deus. E vede se, depois de tanto
terdes feito por vossos filhos, podeis agora abandoná-los. Reconfortados por vossa ternura,
ó Mãe, eis-nos aqui, suplicantes, apesar de nossa infidelidade e ingratidão. Não rejeiteis
nossa oração, ó Virgem Reconciliadora, mas volvei nosso coração para vosso, Filho.
Alcançai-nos a graça de amar Jesus acima de tudo, e de vos consolar por uma vida de
doação, para a glória de Deus e o amor de nossos irmãos. Amém. Nossa Senhora da
Salette, Reconciliadora dos pecadores, Rogai sem cessar por nós que recorremos a vós!"

AULA 6 - Como Maria ajuda a formar santos + a realidade dos pontinhos/ méritos

AULA 7 - Santa Maria Goretti

Igreja, neste dia, celebra a virgem e mártir que encantou e continua enriquecendo os
cristãos com seu testemunho de “sim” a Deus e “não” ao pecado. Nascida em Corinaldo,
centro da Itália, era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.

Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob
o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles
Alexandre. Aconteceu que este jovem por várias vezes tentou seduzir Goretti, que ficava em
casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era
cheia de maturidade: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”

Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que
era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um
grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti,
percebemos a santidade, na confidência à sua mãe: “Sim, o perdoo… Lá no céu, rogarei
para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.

O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem


assassino, que depois de sair da cadeia esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São
Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou
também.

Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso na
glória reina com Cristo

Origens
Laura Vicuña foi a filha mais velha do casamento de José Domingo Vicuña e Mercedes
Pino. José era militar, pertencente a uma família nobre do Chile. Já sua mãe vinha de uma
classe social mais baixa. Por isso, tal casamento não foi querido pela família do pai de
Laura.
Perigo
No final do Século XIX, o Chile enfrentava uma Guerra Civil e também de Sucessão.
Cláudio Vicuña, parente distante do pai de Laura, envolveu-se na disputa pelo poder,
levando risco de perseguição e morte a toda a família. Por isso, vários membros da família
tiveram que fugir para outros países.

Perda do pai
Em 1894, nasceu a a segunda filha do casal, chamada Júlia Amanda. Pouco tempo depois,
o pai, José Domingo, veio a falecer. A mãe, Mercedes, ficou sem recursos, praticamente na
miséria. Além disso, portanto o sobrenome Vicuña corria outros riscos. Por isso, as três
mudaram-se para a Argentina, a fim de esconderem-se durante um certo tempo, até que os
conflitos no Chile terminassem.

Primeiros anos na Argentina


Laura, sua mãe e sua irmã foram morar em perto de Neuquén, Argentina. Mercedes, mãe
de Laura, procurou trabalho para o sustento da família e para poder pagar estudos das
filhas. Procurando trabalho, chegou à estância de Quilquihué, que pertencia a Manuel Mora.
Este, aproximou-se logo de Mercedes e pressionou-a para se tornar sua amante. Em troca,
ele abrigaria as três na estância e pagaria o estudo das meninas. Sem outra alternativa,
Mercedes aceitou.

Estudo e fé
Dessa maneira, Laura teve acesso ao colégio Las Hijas de María Auxiliadora (As Filhas de
Maria Auxiliadora), que pertencia à Congregação Salesiana. Lá, ela foi instruída cultural e
religiosamente. No dia dois de junho de 1901 ela fez sua primeira comunhão. Já neste
momento, manifestou a vocação religiosa. Queria servir a Deus e afirmava disposição para
entregar a vida para não pecar. E quis oferecer sua vida a Jesus e a Nossa Senhora pela
conversão de sua mãe e de sua irmã. Dedicava-se à oração profunda desde menina.

Assédio do padrasto
Durante um período de férias escolares, Laura foi vítima de dois assédios violentos vindos
de Manuel Mora. Laura, porém, resistiu. Em represália, Manuel deixou de pagar o estudo
das meninas. Então, o Colégio Salesiano permitiu que elas continuassem estudando. Mas,
Laura sofria com a situação de sua mãe e pensava que nada tinha feito para ajuda-la.

Sacrifício pela conversão da mãe


Certo dia, Laura decidiu entregar sua vida a Deus em troca da salvação de Mercedes, sua
mãe. Dali a poucos meses, caiu doente. Numa outra visita à sua mãe, Manuel Mora a
agrediu e feriu de morte. Mas antes de falecer Laura revela a sua mãe dizendo:

“Morro; eu mesma o pedi a Jesus. Faz dois anos que ofereci minha vida por ti, para pedir a
graça de sua conversão, mamãe. Antes de morrer, terei a sorte de ver-te arrependida?”

Mercedes, chorando, respondeu: "Te juro que farei o que me pedes. Deus é testemunha de
minha promessa."
A pequena Laura deu um sorriso e disse: "Graças, Jesus! Graças, Maria! Adeus, mamãe!
Agora morro contente!" Em seguida, Laura entregou sua alma a Deus.

O futuro da mãe
Depois da morte de Laura, sua mãe, Mercedes, ficou escondida por um tempo na
Argentina. Depois, mudou-se para Temuco. No ano 1906, voltou para Junín de los Andes.
Lá, sua filha Amanda se casou com um jovem chamado Horácio Jones. Amanda tinha
apenas 12 anos. Com o casamento de Amanda, Mercedes mudou-se para Freire. Lá,
casou-se no civil e na igreja com um homem chamado Malitón Parra. Este, era honesto,
justo e trabalhador. Mercedes e seu marido viveram 23 anos juntos. Ela faleceu em 1929.

Veneração e milagre
Os restos mortais de Laura Vicuña, permaneceram no cemitério de Neuquén de 1937 a
1958. Depois, foram trasladados para Bahía Blanca, onde estão até hoje. As salesianas
encarregaram-se do seu processo de canonização nos anos 1950. Em 1986, Laura Vicuña
foi oficialmente declarada Venerável. Em 1955 um milagre aconteceu em favor da freira
Ofélia del Carmen Arellano, desenganada por problemas pulmonares e curada sem
explicação científica, pela intercessão de Laura Vicuña. Este milagre impulsionou sua causa
de beatificação que, de fato, aconteceu em 1988 através do Papa João Paulo II.

Santuário
Na cidade de Santiago, capital do Chile, foi construído o Santuário dedicado à Beata Laura
Vicuña. Ele ocupa uma área de 30 hectares e fica aos pés do Cerro Renca. Também na
cidade de Junín de los Andes foi restaurada uma igreja e dedicada a ela em 1999.

Oração à Beata Laura Vicuña


“Ó Beata Laura Vicuña, tu que viveste até o heroísmo sua configuração a Cristo, acolhe a
nossa confiante oração. Obtende as graças de que necessitamos e ajudai-nos a aderir com
coração puro e doce à Vontade do Pai. Doa às nossas famílias a paz e a fidelidade. Faz
com que mesmo na nossa vida, assim como na tua, resplandeçam fé coerente, pureza
corajosa, caridade atenta e solícita para o bem dos irmãos. Amém.”

São José Luis Sánchez del Río

Aos 13 anos, diante da perseguição que sofria a Igreja, José Luiz Sanchez Del Rio, se
apresenta e diz: – Vim aqui para morrer por Cristo Rei.

E isso se confirma quando mesmo preso e torturado continua a proclamar:

“Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”

Quem é esse adolescente tão especial?

José Luiz Sanchez Del Río nasceu a 28 de março de 1913, na cidade Sahuayo,
província de Michoacan, México. Vivia uma vida comum, como qualquer outro menino
do interior do México, até que esta normalidade foi quebrada pela ascensão de
Plutarco Elias Calles à chefia do poder daquela nação.

Este presidente empreendeu em todo o país uma das maiores perseguições que a
Igreja Católica sofreu no século XX. Com o pretexto de “livrar a nação do fanatismo
religioso”, Plutarco Calles iniciou uma investida militar contra padres, religiosos e
fiéis leigos que demonstrassem qualquer sinal da fé católica. Confiscou todas as
Igrejas, prendeu e matou padres, bispos, frades, freiras dentre muitos outros. Após
tanta perseguição, um grupo de fiéis católicos viu-se obrigado a pegar em armas para
garantir sua sobrevivência. Este conflito ficou conhecido como Cristiada ou Guerra
Cristeira, em homenagem aos soldados cristãos que eram conhecidos como
Cristeros.

Um dia, viu os soldados comunistas entrarem a cavalo na sua igreja e enforcarem o


velho sacerdote. Foi então, visitar o túmulo do beato mártir Anacleto González Flores,
que havia morrido durante a perseguição de maneira brutal e impiedosa, rezou a
Deus, pedindo para que ele também pudesse morrer pela manutenção de sua Fé.

Então, aos 13 anos de idade, foi procurar o general Prudencio Mendoza, que tinha sua
base na vila de Cotija, para que pudesse ingressar no exército cristero. Ao chegar,
dirigiu-se ao general que o indagou:

– O que viste fazer aqui meu rapaz? Ele respondeu:

– Vim aqui para morrer por Cristo Rei.

A sinceridade daquelas palavras e o vívido olhar destemido daquele nobre rapaz


ressoaram profundamente no coração do general cristero, que autorizou sua entrada
na milícia. Ao longo de um ano, José Luiz Sanchez Del Río combateu em muitos
confrontos ferozes contra o exército regular do governo comunista e maçom.

Por ser o menor, José ia a frente dos revolucionários com um estandarte com a
imagem da Virgem de Guadalupe. Muitos cristãos morreram em combate. José
escreveu à sua mãe: “Nunca foi tão fácil ganhar o Céu.”

Numa dessas lutas, o general dos cristeros perdeu o cavalo e ia ser capturado. José
lhe disse: “Meu general, aqui está meu cavalo, salve-se o senhor, mesmo que me
matem! Eu não faço falta, o senhor sim”.

Foi dessa forma corajosa que José foi capturado, pelos sádicos soldados do governo
de Plutarco. Na intenção de fazer com que o menino renunciasse sua fé, descamaram
a planta de seus pés até as nervura e o amarraram em um cavalo, obrigando-o a
andar por cerca de quatorze quilômetros a pé e descalço. Não precisamos aqui dizer
o nível de dor que esta pobre criança sentiu, mesmo assim, nos momentos em que as
dores lhes eram insuportáveis, o menino cheio da Graça Divina Bradava em voz alta e
vigorosa “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”
Sem sucesso na tentativa de que José Luiz abjurasse de sua fé por meio da dor mais
causticante e alucinante possível, os soldados tentaram com intimidá-lo de outra
maneira. Ao chegar na vila em que nascera, para ser executado no dia seguinte, os
soldados fizeram com que a mãe do menino escrevesse-lhe uma carta pedindo para
que ele abjurasse da fé católica, para poder ser solto. José Luiz Sanchez Del Río
respondeu assim ao bilhete de sua mãe:

“Minha querida mãe: Fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos
momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à
vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de
Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz
aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faz a vontade do
nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai.
Saúda a todos pela última vez e tu recebe por último o coração do teu filho que tanto
te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”

No dia seguinte, 10 de fevereiro de 1928, uma sexta-feira, o menino que estava


prestes a completar 15 anos ofereceu sua vida terrena para não perder a vida eterna
ao lado de Jesus Cristo, a quem ele depositou sua fé com bravura e fidelidade.

Quando o Papa Pio XI soube de José e o que os cristãos estavam sofrendo no


México, escreveu: “Queridos irmãos, entre aqueles adolescentes e jovens existem
alguns – e eu não consigo segurar as lágrimas ao recordá-los – que, levando nas
mãos o rosário e aclamando Cristo Rei, sofrem espontaneamente a morte.”

José Sanchez del Rio foi beatificado em 2005 e o Papa Emérito, Bento XVI, esteve
rezando junto as suas relíquias.

No dia 16 de outubro de 2016 foi canonizado pelo Papa Francisco.

O Milagre para sua Canonização:

O milagre aconteceu em 2008 e a agraciada foi Ximena, um bebê vítima de meningite,


tuberculose, convulsões e um infarto cerebral – para quem, “humanamente, já não
havia esperança de vida”.

Ximena nasceu nos Estados Unidos, no dia 8 de setembro de 2008. Com um mês de
vida, seus pais levaram-na à cidade de Sahuayo, na costa oeste do México, terra natal
do beato José Sánchez del Río. Com apenas alguns dias, ela começou a ter febres e
foi internada em um hospital da cidade.

Logo a bebê recebeu alta, mas, como a febre não baixava, decidiram levá-la à cidade
de Aguascalientes. A situação não melhorava e, considerando o risco em que se
encontrava Ximena, os seus pais decidiram chamar um sacerdote e dar à menina o
sacramento do Batismo.
Os médicos continuaram tentando solucionar a questão, até descobrirem um
problema no sistema respiratório de Ximena: ela tinha água em um dos pulmões e
precisava ser operada. Depois da cirurgia, o médico analisou um pedaço do pulmão
da menina e confirmou o diagnóstico de tuberculose. Ximena voltou à unidade de
terapia intensiva, mas começou a ter convulsões incontroláveis.

Sua mãe relata: “No dia seguinte, quando passei pela terapia intensiva, disseram-me
que ela havia convulsionado. Ao vê-la, comecei a rezar. Então, ela começou a ter
convulsões de novo. Pedi às enfermeiras que viessem rapidamente. Aplicaram-lhe
uma injeção, mas não parava. Fizeram um encefalograma e uma tomografia, mas tudo
foi em vão. Pedi a elas que me deixassem vê-la, mas, antes de entrar, fecharam a
porta e a doutora me disse que meu bebê estava em estado vegetativo, e que eles já
tinham iniciado os trâmites correspondentes. Eu, chorando, pedi, por favor, que
salvassem a minha filha. Eles induziram o coma e deram-nos 72 horas para ver se ela
sobreviveria, já que 90% do seu cérebro estava morto.”

Enquanto isso, a família se apegava à oração. “Fomos à Missa todos os dias para
pedir a Deus e a Joselito que intercedessem por meu bebê”. Foi quando o milagre
aconteceu:

“Antes de desligarem os aparelhos, pedi-lhes que me deixassem estar com ela e


abraçá-la. Quando desligaram, pus o meu bebê nas mãos de Deus e na intercessão
de Joselito e, nisso, ela abriu os seus olhos e sorriu para mim, olhou para os médicos
e começou a rir com eles. Levaram-na para fazer uma tomografia e um encefalograma
e, nesse dia, 80% do seu cérebro estava recuperado. Estive com ela o dia todo. No dia
seguinte, eles fizeram novos estudos e seu cérebro aparece totalmente recuperado.”

A equipe que cuidou do caso ficou impressionada não só pela cura inexplicável que
aconteceu, mas também porque Ximenita, hoje com 7 anos, “está perfeitamente bem”
e não tem absolutamente nenhuma sequela. “Eles ficaram surpreendidos porque
acreditavam que, se sobrevivesse, ela provavelmente não caminharia, não falaria, não
veria ou não escutaria, devido ao infarto cerebral”. “Humanamente não havia
esperança de vida. Foi Deus quem fez tudo, pela intercessão de Joselito.“

José era adolescente quando estourou em 1926 a “Guerra Cristera” no México. Seus
irmãos se uniram voluntariamente aos rebeldes e José queria juntar-se a eles para dar a
vida por Jesus. Ele tinha consciência de que poderia facilmente morrer no campo de
batalha. O general finalmente permitiu que o pequeno fosse o portador da bandeira da
tropa. Durante uma batalha, José foi capturado e pressionado pelos soldados a renunciar à
fé cristã. Ele se recusou com firmeza, o que enfureceu os soldados. Com estarrecedora
crueldade, as tropas do governo ateu e inspiração comunista cortaram as solas dos pés do
menino de 14 anos e o forçaram a caminhar assim, em carne viva, até o cemitério.

No trajeto para o martírio, ele gritava continuamente:

“Viva Cristo Rey!“.


São José Luis Sánchez del Río foi fuzilado pelo comandante. O menino santo de 14 anos
foi martirizado porque não quis renunciar à sua fé católica.

AULA 8 -

A jovem Gemma Galgani, nascida no povoado próximo à cidade de Lucca, na Itália, era
uma dessas almas que deixavam inquieto o inimigo de Deus. Contemporânea de Santa
Teresinha do Menino Jesus, Gemma cresceu habituada à experiência da morte. Sua mãe,
Aurélia, faleceu cedo, vítima de tuberculose. Seu irmão, Eugênio, que decidira entrar no
seminário, também foi acometido pela doença, tendo morrido antes de ser ordenado
sacerdote. Experiências tão próximas fizeram com que Gemma se desapegasse desde
cedo deste mundo. Questionada, certa vez, se tinha medo da morte, ela respondeu: "Claro
que não... já estou desapegada de tudo".

Órfã de pai e de mãe aos 19 anos, Gemma vai morar com uma piedosa senhora: Cecília
Giannini. Ela acolhe a pequena gema de Deus como uma filha e é em sua casa que vão
acontecer experiências extraordinárias: às quintas e sextas-feiras, recolhida em seu quarto,
em oração, Gemma recebe os estigmas de nosso Senhor. A jovem amante de Cristo, com o
olhar detido em um ponto fixo do alto, sangra abundantemente em várias partes do corpo.
No momento da oração, está totalmente alheia às coisas terrenas. Em êxtase, ela perde
todos os seus sentidos, permanece imóvel, totalmente absorta nas coisas celestes.

Mas, ao mesmo tempo em que é constantemente agraciada com as consolações de Deus,


a santa recebe com frequência a visita indesejada do diabo.

Conta-se que, certa vez, o seu diretor espiritual, padre Germano, encontrou-a acamada, por
conta dos incessantes ataques do demônio, que a debilitavam. Durante a noite, o sacerdote
permaneceu com ela, rezando o breviário no canto do quarto. De repente, um enorme gato
preto, de aspecto horrível, se joga aos pés do sacerdote. Ele dá uma volta pelo quarto,
dando miados infernais.

Subitamente, o gato salta sobre o leito de Gemma, ficando muito próximo de seu rosto e
fixando nela um olhar feroz. Padre Germano fica visivelmente assustado, mas sua filha
espiritual permanece calma: está acostumada às artimanhas do maligno. "Não tenha medo,
padre! É o velhaco do demônio que me quer molestar. Não tema. Ao senhor não fará mal
algum", diz a jovem, tentando tranquilizar o sacerdote.

Ele, então, levanta-se, ainda com a mão trêmula, e borrifa água benta sobre o gatão, que
desaparece, como que por encanto. "Como é possível permanecer tão tranquila?", pergunta
o padre a Gemma, ao que ela responde: "Só tenho medo... de magoar Jesus!"

Estes episódios arrepiantes da vida dos santos servem para todos os cristãos de lição:
neste mundo, o seu único medo deve ser o de ofender a Cristo e, assim, perder a amizade
d'Aquele que não poupou Seu próprio Sangue para a remissão dos nossos pecados. Que
Santa Gemma Galgani rogue por nós junto a Deus.

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