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Volume 1
Técnicas
de Reparo e Diagnóstico

Telefone Celular e Smartphone

e-Book escrito numa linguagem


simples dirigido ao profissional
técnico, lojista e leigos que
buscam informações sobre o
processo de diagnóstico e Autor
reparo da placa eletrônica dos
Dispositivos Móveis Celulares. Celso Muniz
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Celso Muniz

Técnicas de Reparo e Diagnóstico


Telefone Celular e Smartphone

1ª. edição

Assis – São Paulo


Celso Luciano Justino Muniz
2014

Técnicas de Reparo e Diagnóstico do Telefone Celular e Smartphone


Celso Muniz
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“Tenha uma vida baseada em três pilares. Ética, Honestidade e Honra.


Trabalhe buscando a excelência. Somente assim será uma referência.
Cuide bem de sua Família. Ela é o seu princípio, meio e fim.
Respeite o próximo e faça dos sonhos sua meta de vida. ”

Revisão de texto: Cleise Silva Ferreira

ISBN 978-85-918029-0-6

Copyright © 2014 – Celso Muniz

Todos os direitos reservados

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo
ou por qualquer meio, seja este eletrônico, mecânico de fotocópia ou impressão, sem
permissão por escrito do Autor.

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INDICE

Introdução................................................................... Pag. 6

Capitulo I – Estrutura Telefone Celular........................... Pag. 9

1- Telefone Celular.................................................. Pag. 9


2- GSM................................................................... Pag. 11
3- Estrutura do IMEI................................................ Pag. 12
4- Rede GSM........................................................... Pag. 16
5- Placa Eletrônica................................................... Pag. 18
6- Componentes ASICs............................................ Pag. 23

Capitulo II – Ferramentas de Análise............................. Pag. 29

1- Diagrama em Bloco............................................. Pag. 30


2- Esquema Elétrico................................................. Pag. 46
3- Layout da Placa................................................... Pag. 67
4- Troubleshooting.................................................. Pag. 71

Capitulo III – Laboratório.............................................. Pag. 78

1- Bancada de Trabalho........................................... Pag. 80


2- Ferramentas, Instrumentos e Insumos.................. Pag. 82

Capitulo IV – Glossário.................................................. Pag. 111

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Uma ideia ou uma informação


pode mudar toda a trajetória de
um homem. Celso Muniz

Autor:

Celso Luciano Justino Muniz

Profissional de Telecom e Informática com formação técnica em


eletrônica, acadêmica em Tecnologia Processamento de Dados e Pós
Graduação em Análise de Sistema.

Iniciou as atividades profissionais na área técnica em 1978 na


Empresa Motorádio do Brasil, posteriormente Nec do Brasil,
Telesp/Telefônica, Amper do Brasil, Scom Engenharia de Telecom e
atualmente Tellemática.

Professor ministrou aulas em curso técnico profissionalizante de II


grau nas disciplinas Eletrônica, Telecomunicações, Análise de Circuito,
Eletrônica Digital, Laboratório I e II.

Idealizador, Coordenador e Professor nos cursos profissionalizantes


de curta duração ministrados pela empresa Tellemática: Manutenção
Telefone Celular presencial e a distância (EAD), Técnico Instalação,
Programação e Manutenção de PABX, Eletrônica Básica, Solda SMD e
Solda BGA.

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Introdução:

Este e-book através de uma linguagem simples e objetiva tem a


finalidade de esclarecer ao leitor técnico, estudante ou leigo que busca
compreender o funcionamento do telefone celular a partir do hardware
(placa eletrônica), iniciando pela visão da placa eletrônica do dispositivo
móvel celular, o diagrama em bloco, esquema elétrico, layout da placa,
troubleshooting, assistência técnica e terminando no conjunto de
ferramentas necessárias ao diagnóstico e conserto em bancada deste
dispositivo móvel celular com rapidez e qualidade.

Assim como o médico, diante do paciente, lhe faz várias perguntas


sobre o mal que lhe aflige, para que possa através das informações
passadas, esquadrinhar e detectar a doença e sua causa. E assim, poder
medicar e curar a enfermidade. Todo técnico de manutenção celular tem
que ter um conhecimento sistêmico de todo o dispositivo móvel, para
que possa através da narrativa do cliente, também ir emoldurando o
defeito e com o conhecimento técnico identificar e localizar a causa para
poder repará-lo.

É comum vermos no dia-a-dia um simples reparo de troca de


gabinete, antena, LCD, etc., se tornar um conflito entre cliente e lojista,
devido a não solução do defeito e até descarte do telefone neste simples
quesito de problema. O reparo que chamamos comumente de
perfumaria, no modo de pensar do atendente não necessita de um
conhecimento técnico, e que qualquer balconista se julga capacitado a
fazê-lo. Ledo engano! Já sabemos que alguns defeitos são originados
sobre o balcão do mesmo, pelo simples manuseio incorreto, utilização de
ferramentas inadequadas e a queima de componentes devido a
eletricidade estática do pseudotécnico ao manuseá-los sem a devida
proteção.

O diferencial nesta profissão está no técnico preparado,


especializado, possuidor de uma bancada dentro dos padrões técnicos,
com todo o ferramental apropriado para executar cada passo do reparo.
Amparado com um conjunto de ferramentas, instrumentos e insumos
que vão lhe proporcionar segurança no diagnóstico, rapidez na solução
do problema e qualidade na sua mão de obra, através de uma didática
simples e vocabulário ao alcance de todos.

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O e-book tem a pretensão de transmitir aos leitores, informações


que o leve a compreender todo o funcionamento do telefone celular,
possibilitando entender através de uma visão sistêmica, a complexidade
aparente ao olhar leigo no primeiro instante. A compreensão do
funcionamento é fundamental para o diagnóstico do problema e solução
do defeito. Sem esta visão sistêmica e conhecimento técnico, se verifica
uma grande quantidade de placas eletrônicas de celulares sendo
descartadas no lixo em muitas assistências técnicas.

O profissional técnico que já possui os fundamentos da eletrônica,


mas que não obteve na sua vida acadêmica conhecimentos deste
segmento, certamente com as informações aqui contidas ampliará em
muito o leque de oportunidades dentro do segmento da eletrônica que
atua.

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Perfil do Técnico:

O Técnico que atua na assistência técnica de telefones celulares é


uma pessoa capacitada para que possa identificar os problemas das
unidades móveis e consequentemente solucioná-los. Para que isso
aconteça é necessário que ele dedique o máximo de atenção,
organização, habilidade com as ferramentas, conhecimento instrumental
e técnico.

É necessário também, que o técnico sempre se mantenha em


contato com profissionais do seu segmento, para que ele possa discutir
sobre novos dispositivos móveis celulares, novas programações, novas
tendências tecnológicas e de mercado.

Adquira o hábito de buscar constantemente o aprimoramento


técnico através da literatura técnica (livros, sites, revistas e e-books
especializados), em cursos de qualificação profissional, mantendo-se
assim, atualizado.

“O Sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a


determinação e a persistência para um objetivo, ele vencerá os
obstáculos, e, se não atingir o alvo, pelo menos fará coisas
admiráveis.”

(Escritor José de Alencar)

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Capitulo I – Estrutura do Telefone Celular

1 - Telefone Celular

Para que você possa compreender o telefone celular vou fazer uma
analogia com o telefone sem fio. Todos nos conhecemos um telefone
sem fio e, portanto ficará fácil fazer um pequeno paralelo entre ambos.

O Telefone sem fio é composto por dois elementos básicos: Uma


base e um Monofone. A Base que é conectada a uma linha telefônica
fixa sendo sempre instalada no ambiente de uma residência ou escritório
e o Monofone que geralmente é deslocado pelas mãos do usuário pelos
ambientes da residência e/ou escritório possibilitando mobilidade na
comunicação.

No sistema telefônico celular de maneira simplista podemos fazer


uma comparação com o telefone sem fio. Também com dois elementos
básicos, sendo estes uma Estação Rádio Base (ERB) ou Torre como é
mais conhecida pelos usuários.

A ERB ou Torre sempre situada na cidade, zona rural ou próxima a


rodovia para que geograficamente cubra uma pequena região
metropolitana ou rural. E o Telefone Móvel Celular que também
poderíamos chamá-lo e/ou compará-lo ao Monofone, sempre móvel de
posse do usuário e em permanente contato com a ERB ou Base.

As Estações Rádio Base são espalhadas cobrindo determinadas


regiões ou pequenas áreas, chamadas de área de cobertura. Cada ERB
ou Estação Rádio Base compreende uma célula. Há cidades que
dependendo da sua geografia precisa de ter mais de uma Estação Rádio
Base para cobrir toda a sua extensão geográfica.

Nas estradas ao longo de sua extensão se observa várias Estações


Rádio Bases. Isto acontece devido à comunicação entre elas terem que
ser visual.

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O Sistema de Telefonia Celular e do Telefone sem fio se baseia na


transmissão e recepção de informações navegadas no espaço através
das ondas de rádio.

As Ondas de Rádio são conhecidas por Ondas de Radio


Frequências ou, simplesmente, radiofrequências.

As ondas de rádio frequências ou ondas eletromagnéticas são


oscilações formadas por campos magnéticos e campos elétricos e
propagado num determinado meio físico, geralmente cabos ou fios, no
caso do telefone celular através de trilhas localizadas internamente nas
placas eletrônicas, e enviado ao espaço através de uma antena.

A Antena ou Transdutor* tem o papel de transmitir e receber a


radio frequência. Na transmissão converte o sinal que vem do meio físico
para o espaço e na recepção converte o sinal vindo do espaço para um
meio físico.

Essas ondas levam energia de um ponto ao outro e isso permite a


comunicação sem a necessidade de fios, como nas transmissões de
televisão, rádio e celulares.

Na telefonia celular as informações de voz e dados são


transportadas em portadoras que tem suas oscilações entre faixa de 700
Mega hertz a aproximadamente 2.700 Mega hertz.

Ondas de Rádio: São irradiações eletromagnéticas utilizadas para a


comunicação em rádios amadores, radiodifusão (rádio e televisão),
satélites, e na telefonia móvel celular.

Irradiações Eletromagnéticas: Dados transmitidos por sinais elétricos


irradiados por antenas através do éter (espaço).

(*) – Transdutor: É um dispositivo que recebe um sinal e o retransmite


independentemente de conversão de energia. A Antena do dispositivo móvel é
denominada como um transdutor passivo, pois transmite para o éter a energia
recebida sem alterá-la e recebe a energia do éter e a retransmite para o meio
físico (interior do dispositivo móvel) também sem alterá-la.

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2 – GSM

A tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications) ou


Sistema Global de Comunicação Móvel teve o seu início no continente
europeu.

Apesar de ser um continente a Europa é pequena e tem vários


países com intercâmbio muito grande entre eles. Esta aproximação
obrigou que se criasse uma mobilidade entre eles na telefonia móvel,
pois sempre que um viajante se deslocava do seu país necessitava fazer
habilitações e não era possível a utilização de um mesmo dispositivo
móvel celular em diversos países.

A partir de uma reunião que foi denominada de Global


Communication System Mobile nasceu o padrão GSM. Inicialmente ele
foi proposto para operar somente na faixa de 900 MHz, mas devido o
seu crescimento foi ampliado para as faixas de 1.800 e 1.900 MHz. Hoje
no Brasil temos a faixa de 850 MHz sendo ocupada pela Operadora
VIVO.

Na tecnologia GSM, diferente da tecnologia CDMA, a identidade do


Usuário (numero e DDD) está associada ao número do cartão
denominado de Cartão SIM ou popularmente chamado de CHIP.

O CHIP é um tipo de SmartCard (cartão inteligente) que é


utilizando geralmente em sua maioria dentro do receptáculo da bateria.

SIM = SubscriberIdentity Module Na tecnologia GSM a autenticação na


Operadora é diferente, o telefone
celular é autenticado através de um
IMEI válido, ou seja, o telefone celular
envia para a Operadora o número do
IMEI que faz a identificação deste
número junto a um banco de dados
para verificar se não há restrição. Não
havendo a restrição a chamada será
liberada.

A forma que encontraram para dar


mobilidade ao usuário foi retirar da
EEprom a informação da identificação
da operadora (número do telefone
SimCard celular + área) e associar a um número
codificado no Cartão SIM (IMSI).

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3 – Estrutura do IMEI

IMSI – International Mobile Subscriber Identity é uma identidade


única associada com todos os usuários de telefones celulares GSM e
UTMS. É codificada como um campo de 13 a 15 dígitos em um cartão
SIM dentro do telefone celular.

Os três primeiros dígitos representam o Mobile Country Code


(MCC), seguidos pelo Mobile Network Code (MNC), o qual podem ser
dois dígitos (Padrão Europeu) ou três dígitos (Padrão Norte-Americano).

Os dígitos restantes representam a Mobile Subscription


Identification Number (MSIN) dentro da base de clientes da operadora
de telefonia.

IMEI

O aparelho celular é caracterizado por um número também com 15


dígitos, atribuído pelo fabricante, denominado IMEI ou
Identidade Internacional do Equipamento Móvel.

(International Mobile Station Equipment Identity)

352260-05-086073-7

International Mobile Equipment Identity (Identificação


Internacional de Equipamento Móvel), mais conhecido por IMEI. É um
número de identificação global e único para cada slot do cartão SIM.

Analógo ao Número de Série gravado no Chassi de um Carro. Cada


carro tem um único número que o identifica. O Telefone Celular tem um
único número gravado em memória para cada slot do cartão SIM (IMEI).

Há duas formas de identificação do IMEI: olhar na etiqueta colada


no aparelho retirando-se a bateria, ou digitando no teclado com o
aparelho ligado o código *#06# que o IMEI aparecerá imediatamente.
O número consiste de quatro grupos.

Segue o padrão: NNNNNN.NN.NNNNNN.N


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Composição do IMEI

O IMEI composto de 15 dígigos, sendo o conjunto de 15 digitos


dividos em 04 partes, exemplo: AA-BBBB-CC-DDDDDD-E

Alguns aparelhos celulares poderão apresentar 17 dígitos na


composição do IMEI. Estes 02 dígitos tem relação com a versão do
software SO do telefone celular.

A partir de 01 de abril de 2004, os 08 primeiros dígitos do IMEI


passram a ser o TAC (Type Allocation Code) e os 06 seguintes o FAC
(Final Assembly Code) ou melhor traduzido o número de série atribuido
pelo fabricante.

O 15º. Dígito é o dígito verificador, que através de uma fórmula


matemática verifica a sua exatidão.

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Calculo do dígito verificador:

Formatação Atual TAC TAC FAC V

IMEI 3 5 5 5 5 9 0 1 1 0 7 8 3 4
Multiplicar os digitos
2x 2x 2x 2x 2x 2x 2x
das posições pares
por 2 (2x) 10 10 18 2 0 16 8

Obs.: Nos resultados das multiplicações que retornaram 02 dígitos (5 X 2 = 10) separar
os digitos, exemplo: 10 passa a ser 1 + 0 // 16 passa a ser 1 + 6

Soma dos digitos posições pares ==>>(1 + 0) + (1 + 0) + (1 + 8) + 2 + 0 + (1 + 6) + 8 = 28

Soma dos dígitos posições Impares ==>>3 + 5 + 5 + 0 + 1 + 7 + 3 = 24

Soma do1º. + 2ª. resultado==>> 28 + 26 = 32

A partir deste resultado deverá observar se o número é divisivel por 10


Acrescentar o número que possibilite o resultado ser divisivel por 10. Aqui o número deverá ser 8
32 + 8 = 40// 40 é divisivel por 10

O número que arredonda o resultado para um número divisivel por 10 é o Dígito


Verificador do IMEI, aqui neste caso o Dígito 8 (oito), se não houver a necessidade, o
Dígito Verificador será 0 (zero).

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Essas identificações dos celulares conectados a uma rede GSM são


armazenadas em um banco de dados de Registro de Identidade de
Equipamentos (EIR), contendo os números de todos os equipamentos
móveis válidos no mundo.

Ao ser reportado à operadora a perda do aparelho (passando o


número do IMEI), automaticamente o aparelho será bloqueado,
independente de qual SIM Card esteja inserido.

Alguns aparelhos podem ter dois ou mais IMEI, de acordo com a


quantidade de Slot para Cartão SIM (CHIP).

Para localizar o IMEI do aparelho basta digitar *#06# ou verificar


em uma etiqueta atrás da bateria. Anote o IMEI e guarde-o em lugar
seguro para usar quando precisar.

Saiba mais: Clicando em: http://en.wikipedia.org/wiki/IMEI

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4 - Redes GSM

O sistema telefonia celular utiliza várias frequências para realizar a


comunicação entre as unidades móveis (telefone celular) e as estações
rádio base (ERB).

As frequências são chamadas de bandas entre os usuários. O


sistema móvel celular atua com duas faixas de frequência entre o
telefone celular e a estação rádio base, uma faixa de frequência para
realizar a comunicação de telefone celular e ERB, chamada de frequência
baixa (up-link) e outra faixa de frequência para a comunicação entre
estação rádio base e telefone celular, chamada de frequência alta
(Down-link).

Este sistema é chamado de full duplex, possibilitando que haja


conversação simultaneamente entre a ERB e telefone celular.

Um truque muito simples para facilitar a assimilação da frequência entre ambos


(ERB e ATC): A ERB sendo maior em relação ao aparelho telefônico celular
(ATC) transmite alta e recebe baixa. O telefone celular por ser menor que a
ERB, transmite baixa e recebe alta.

Down - Link

Up - Link

ATC

ERB

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Rede de 850 MHZ:


Rede de 900 MHZ:
Up-link: 824 MHZ a 849 MHZ
Down-link: 869 MHZ a 894 MHZ Up-link: 898,5 MHZ a 910 MHZ
Down-link: 943,5 MHZ a 955 MHZ

Rede de 1800 MHZ: Rede de 1900 MHZ:

Up-link: 1.710 MHZ a 1785 MHZ Up-link: 1.895 MHZ a 1900 MHZ
Down-link: 1.805 MHZ a 1.880 MHZ Down-link: 1.975 MHZ a 1.980 MHZ

Rede de 1900e 2100 MHZ 3G: Rede de 2.500 MHZ: 4G

Up-link: 1.920 MHZ a 1.975 MHZ Up-link: 2.500 MHZ a 2.570 MHZ
Down-link: 2.110 MHZ a 2.165 MHZ Down-link: 2.620 MHZ a 2.690 MHZ

Referente à utilização da rede GSM (banda), é encontrado no


mercado três tipos de aparelhos celulares:

_Dual Band: Possui as bandas de 850 Mhz e 1.900 Mhz e outro as


bandas de 900 Mhz e 1.800 Mhz.

_Tri Band: Possui as bandas de 850 Mhz, 1.800 Mhz e 1.900 Mhz e
outro as bandas de 900 Mhz, 1.800 Mhz e 1.900 Mhz.

_Quadri Band: São aparelhos que possui as quatro redes GSM, sendo
de 850 Mhz, 900 Mhz, 1.800 Mhz e 1.900 Mhz.

Para operar nas redes 3G e 4G os telefones celulares terão que


possuir as frequências correspondentes a estas redes.

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5 – Placa Eletrônica (PCI*) - Estrutura

A placa eletrônica do telefone celular incorpora a Tecnologia de


componentes soldados na superfície (SMD), esta nova tecnologia
propiciou a montagem dos dispositivos móveis celulares por robôs.

Esta nova tecnologia também possibilitou a miniaturização dos


dispositivos com componentes bem menores e placas eletrônicas agora
montadas sobrepostas uma a outra, denominadas multilayers.

Com fins didáticos e para facilitar a compreensão da estrutura


desta placa eletrônica, vou dividi-la em três setores:

(*)PCI – Placa de Circuito Impresso

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Setor Lógico

O Telefone Celular é um dispositivo gerenciado por um software


que coordena toda a sua funcionalidade. Para que isso aconteça tem que
ter um Processador que faz todo o processamento das rotinas e uma
Memória para armazenamento deste Software Operacional. Processador
Principal e Memória ficam na Placa num Setor denominado Setor Lógico.

Este setor é responsável por toda a inteligência do telefone celular,


nele se concentra o Processador Principal – CPU, as Memórias, Circuito
integrado responsável pelo gerenciamento do áudio e gerenciamento de
toda energia do telefone celular.

Os componentes neste setor da grande maioria dos telefones


celulares são soldados com estanho e fixado com uma resina que
impedem que os componentes sejam retrabalhados. O objetivo é
assegurar uma melhor aderência á placa eletrônica, impedindo que o
mesmo se desloque da placa eletrônica ao sofrer um forte impacto.

Esses componentes são de tecnologia BGA e seus terminais são em


esferas localizados na parte inferior do componente. Para que você
possa efetuar o retrabalho neste modelo de componente terá que ter um
ferramental e técnica diferenciada.

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BGA - Ball Grid Array:

É um tipo de encapsulamento utilizado em circuitos


integrados, como por exemplo, chipsets, memórias
e microprocessadores.

A conexão entre o circuito integrado e a placa é feita


por pequenos pontos de soldana sua parte inferior, que estão
em contato direto com o chip de silício, dispensando terminais
externos como em outros encapsulamentos.

É um tipo de encapsulamento onde os terminais de


contato são do tipo esfera.

O retrabalho em componentes BGA é


realizado com Estação de Solda Infra Vermelho.

O aquecimento do estanho é realizado


com a incidência direta da Luz Infra Vermelha
em toda a extensão do componente eletrônico,
gerando um calor forte e concentrado
facilitando desta forma a remoção do mesmo.
Estação Retrabalho
Infra Vermelho

Gabarito (stencil) para a


reconstrução dos pontos
de solda nas esferas dos
componentes BGA.

Utilizam-se soldas em
esferas ou soldas em
pasta. Num trabalho
semelhante ao processo
de SilkScreen.

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Setor de Rádio Frequência

O setor de rádio frequência é responsável por todo o tratamento


da informação, tanto para ser transmitida ao espaço como a que é
recebida do espaço. Neste setor do telefone celular se concentra a maior
parte dos defeitos de sinais entre Telefone Celular e Estação Rádio Base,
além de apresentar um alto consumo da bateria quando em desequilíbrio
entre potência e consumo de energia.

Componentes presentes neste setor: Transciever, Amplificador de


Potência, Filtros de Redes, Oscilador de Referência e em alguns projetos
o Amplificador Operacional.

Toda a comunicação se dá através de ondas de rádio. Por isso a


importância do Setor de Rádio Frequência no telefone celular.

Não se pode afirmar que há telefones celulares melhores ou piores


entre si quando o assunto é comunicação com a Estação Rádio Base,
pois todos trabalham dentro dos mesmos parâmetros e protocolos de
comunicação.

Portanto, quando ocorrem quaisquer alterações no comportamento


da recepção ou transmissão, você deverá analisar o setor de Rádio

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Frequência, pois ele e o responsável pela recepção e transmissão da


informação.

Setor Periférico

O setor periférico é a parte de maior visibilidade pelo usuário e


onde os técnicos atuam com mais frequência.

Os defeitos aqui são geralmente relatados e assinalados pelo


cliente no momento da entrega na assistência técnica.

Microfones, alto falantes, conectores, flat cable, display, tela de


toque, teclado e botões.

Não é necessário conhecimento da eletrônica para diagnosticar e


reparar defeitos neste setor, no entanto é preciso saber manusear os
instrumentos e ferramentas necessárias para fazer as substituições dos
periféricos.

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Quase a totalidade dos componentes eletrônicos existentes na


placa eletrônica é de tecnologia SMD, ou seja, são componentes
eletrônicos soldados na superfície da placa eletrônica. Em Inglês Surface
Moutain Device.

Esta tecnologia permite que estes componentes sejam montados


por robôs. Hoje todos os telefones celulares são montados por robôs
com pouquíssima interferência da mão humana na sua montagem, diria
que somente no momento da embalagem é que há a interferência
humana, os demais processos são todos automatizados.

6 - Componentes ASIC

Alguns componentes são fabricados com fins específicos, são os


componentes eletrônicos denominados ASICs.

ASIC do inglês Application Specific Integrated Circuit, Circuito


Integrado de Aplicação Específica – Trata-se de um componente
eletrônico desenvolvido para ser utilizado em uma aplicação específica.

Diferente de determinados Circuitos Integrados (CI) que podem


ser empregados em equipamentos e projetos eletrônicos diversos.

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Este tipo de Componente (ASIC) é muito comum em telefones


celulares. Muitos deles desenvolvidos para um determinado modelo, não
sendo encontrado em nenhum outro modelo ou marca de telefone
celular.

Exemplo: Processador (CPU), Memórias, Amplificador de Potência


(PA), Transceiver, CI de Áudio, CI de Energia, etc.

Capacitores, Resistores, Bobinas, Diodos, Transistores, etc. podem


ser encontrados em todos os equipamentos eletrônicos, a grande
maioria são comuns entre os telefones celulares e outros dispositivos
eletrônicos.

Na foto abaixo destaco o setor responsável no telefone celular que


compreende o tratamento do sinal de rádio frequência. Tanto para o
sinal sainte (transmissão TX) como o sinal entrante (recepção RX).

Este setor do telefone celular é o que mais apresenta defeitos não


originados do manuseio inadequado, mas da própria fadiga do
componente eletrônico. Além é claro, de possuir um componente vital a
funcionalidade de todo o telefone.

Vamos a eles:

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1 –Contato da Antena: A antena é um transdutor cuja função é


captar o sinal vindo do espaço e transferi-lo para o Setor de RF, e
também transmitir o sinal do Setor de RF para o espaço. A maioria das
antenas dos telefones celulares apenas faz contato mecânico com a
placa, nãosão fixadas ou mesmo soldadas ás placas eletrônicas. Diante
de um sinal fraco ou ausente é aqui que deverá ser feito a primeira
observação após a abertura do gabinete para análise.

2 –Mobile Switch ou Conector Ativo: Este conector existe no


circuito para possibilitar que o fabricante faça teste de fábrica nos
telefones celulares utilizando um equipamento de nome Analisador de
Espectro. A Fábrica não pode ficar refém dos sinais da Operadora para
realizar os testes de frequências (portadoras), potência e calibração dos
circuitos de Rádio Frequência. O Mobile Switch faz o acoplamento do
analisador de espectro. Em campo o usuário utiliza este conector para
conectar antena externa ou antena rural. Não foi projetado para este
fim, portanto quase sempre ao ser utilizado como conector para antena
externa, sofre uma ruptura interior necessitando que seja feita a sua
substituição. Defeito oriundo desta ruptura é sempre sinal fraco, sinal
oscilante ou sem sinal algum.

3 – Filtro TX/RX: Filtro que tem como finalidade realizar a


separação do sinal de RF entrante do sinal de RF sainte. Neste exemplo
de telefone celular o filtro faz a separação dos quatro sinais entrantes de
RF (RX) que são: 850 Mhz, 900 Mhz, 1800 Mhz e 1900 Mhz entregando
a cada filtro de rede a frequência correspondente. No sinal sainte de RF
(TX) o filtro faz a separação de duas a duas frequências, sendo 850 Mhz
e 900 Mhz num caminho e 1.800 Mhz e 1.900 Mhz em outro caminho.

4 – Filtro de Rede: Aqui é um conjunto de quatro filtros


compostos cada um de dois capacitores e uma bobina. Cada circuito
deste representa um filtro de rede, por onde passa as frequências que
compõem a rede GSM, sendo 850 Mhz, 900 Mhz, 1.800 Mhz e 1.900
Mhz.

5 – CI de RF ou Transceiver: Agrupa as diversas funções de


mixagem, amplificação, modulação e demodulação do sinal existente no
setor de RF e VCO.

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6 – Oscilador de Referência: Oscilador que gera a frequência de


referência que na maioria dos telefones celulares se situa no valor de 26
Mhz. O sinal gerado é entregue no setor lógico atuando comoClock*
para a CPU. Pelo fato de ser gerador do Clock para a CPU, sua operação
é vital para o funcionamento do telefone celular. Qualquer variação de
valores, trilha trincada devido a forte impacto, ou fadiga no componente
paralisará totalmente o telefone celular.

(*)O Clock é um pulso alternado de sinais de tensão.

7 – Amplificador de Potência: Este componente é responsável


pela amplificação do sinal de RF de saída. A potência gerada será em
função da localização do telefone celular na célula. Chamado pelo
técnico de PA, é um componente ativo que sofre muita variação de
corrente e sua alimentação vinda da bateria é ligada diretamente em
seus terminais (Vbat e GND), qualquer fadiga que venha alterar sua
resistência interna, é perceptível pelo usuário que reclama consumo
excessivo da bateria.

A variação de potência envolve um componente no


telefone celular chamado Amplificador de Potência, ou PA
como é mais conhecido entre os técnicos de telefonia celular.

O PA é um componente ativo que sofre muita variação


de corrente e sua alimentação está diretamente ligada a bateria,
qualquer fadiga que venha alterar sua resistência interna, é
perceptível pelo usuário que reclama consumo excessivo da
bateria.

O técnico identifica este defeito com o teste de consumo


realizado na fonte de alimentação.

Este componente se localiza na saída do estágio de


transmissão (TX) do telefone celular.

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Outra Placa Eletrônica de modelo diferente do que até aqui foi


descrito.

Sempre que olhar para uma PCI (Placa de Circuito Integrado) de


um telefone celular, observar o maior componente da Placa. Na grande
maioria das vezes o maior componente é o Processador Principal e
pertodele se encontra a Memória. Aqui nesta PCI tal fato acontece.

Aqui também o setor lógico (Memória e CPU) os componentes


eletrônicos principais encontram-se fixados com uma resina. Quando
deparado com a resina, você não deverá fazer o retrabalho nos
componentes, pois poderá danificar a solda e não surtir efeito o
retrabalho. Portanto quando estiver resinado o setor, não é
recomendado o retrabalho, ou seja, não deverá aplicar o ar quente sobre
os componentes.

1 – Setor Lógico (CPU e Memória)


2 – Setor de RF
3 – Reguladores de Tensão, bateria de backup e circuito proteção de
carga.

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Na figura abaixo outra PCI de marca e modelo diferente.

Quase a totalidade dos telefones celulares são parecidos nas suas


estruturas, operam nas mesmas redes com o mesmo protocolo de
comunicação. Uma analogia com um carro, todos funcionam com o
mesmo princípio, portanto todos possuem os mesmos itens internos,
pouco se diferencia entre eles no quesito componente mecânico.

1 – Contato da Antena

2 – Mobile Switch

3 – PA

4 – Filtro de Rede

5 – Transciever

6 – Oscilador Referência

Setor de Rádio Frequência

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Capítulo II – Ferramentas de Análise

FERRAMENTAS PARA ANÁLISE, DIAGNÓSTICO

E REPARO DA PLACA ELETRÔNICA

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1. DIAGRAMA EM BLOCO

O estudo do diagrama em bloco levará o leitor a conhecer todos os


componentes envolvidos na arquitetura de um telefone celular. A
Importância de saber a função de cada componente no circuito se torna
relevante no momento da análise do defeito, pois dependendo das
características do problema, o usuário ao descrevê-lo, na mente crítica
do técnico, vai delineando qual o setor e o componente causador deste
problema,pois é sabido que o defeito sempre estará na disfunção de um
componente.

Para início de uma análise é sempre importante o técnico conhecer


e estudar o Diagrama em Bloco do telefone em questão. Esta ferramenta
de análise possibilitará que o profissional conheça toda a estrutura da
placa eletrônica, os componentes existentes e qual periférico os
componentes eletrônicos principais gerenciam.

Há defeitos que aparentemente é causado no periférico, mas ao


ser trocado, o defeito persiste sinalizando não ser este o causador do
defeito, mas algum componente eletrônico na placa eletrônica.

Como exemplo poderia citar um defeito de áudio, onde o usuário


reclama que não escuta o interlocutor. De imediato o técnico avalia
como sendo o defeito no Alto Falante. Faz a substituição e o defeito
persiste, sinalizando não no periférico o problema.

O técnico deverá analisar o diagrama em bloco e conhecer o


componente que faz o gerenciamento do áudio, e a partir daí, iniciar a
análise no esquema elétrico em busca do componente que faz o
acoplamento do áudio a este componente principal, pois certamente está
neste circuito acoplador o componente com defeito.

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Primeiramente vou colocar a foto de uma placa eletrônica de um


telefone celular, descrever a função de cada componente, como visto no
capítulo anterior. Após esta análise da placa iremos para o seu diagrama
em bloco, pois acredito que assim ficará mais fácil a compreensão da
leitura do diagrama em bloco.

 1 – Contato da Antena;  10 – Oscilador SleepX-tal;

 2 – Mobile Switch / Conector Ativo;  11 – Conector SimCard;

 3 – Amplificador de Potência (PA);  12 – CI – Conectividade BT;

 4 – Filtro de Rede;  13 – Oscilador de Referência BT;

 5 –Transciever ou CI de RF;  14 – Conector Externo;

 6 – Oscilador de Referência;  15 – Conector de Bateria;

 7 – Processador Principal (CPU);  16 – Botões controle laterais.

 8 – Memória; PA – Amplificador de Potência


CI – Circuito Integrado
 9 – CI de Energia e Áudio; RF – Rádio Frequência
BT - Bluetooth
X-Tal – Cristal Oscilador

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O diagrama em bloco aqui foi elaborado com fins didático. O


diagrama em bloco em estudo se assemelha aos diagramas em bloco
encontrado nos manuais técnicos.

Conhecendo todos os componentes e suas funções, ficará fácil ao


leitor migrar este conhecimento para diversos modelos e marcas.

Observando o diagrama em bloco acima, vamos caminhar a partir


da antena, acompanhando o sinal de entrada, caminharemos pelo setor
de recepção do sinal de rádio frequência que chamaremos de setor de
RX. Sempre denominamos a sigla RX para recepção e TX para
transmissão.

As setas mostram o sentido do sinal e comunicação entre os


blocos.

_Antena ou Transdutor: É o componente responsável pela


transmissão e recepção do sinal de rádio frequência ao espaço.
Importante no transceptor qualquer deformidade é aconselhável a sua
substituição. É um dispositivo de contato, verificar sempre se sua parte

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está em contato com a placa através dos conectores, caso isso não
ocorra é aconselhável sua limpeza com um lápis borracha. A borracha do
lápis impede que a película protetora (verniz) do contato se danifique, o
verniz tem a função de proteger o contato da oxidação.

_Mobile Switch ou Comutador de Antena: A empresa


fabricante não pode depender da Operadora para fazer testes de fábrica
em seus telefones celulares. Para que possa fazer os testes de aceitação
foi introduzido este conector que possibilita a fábrica fazer todos os
testes entre Estação Rádio Base e telefone celular.

Ao introduzir o conector do cabo de teste, abre o circuito entre


antena e PCI (placa de circuito integrado), e o sinal de rádio frequência
então passa à transitar entre o telefone e o equipamento de teste. É
comum termos uma incidência de defeito muito grande deste conector
em telefones celulares que são utilizados em áreas rurais, pois se
utilizam muita antena externa com conectores externos, conectores que
são plugados no Móbile Switch. Sendo o Móbile Switch fabricado
somente para teste em fábrica, não há no mercado conector original
para Mobiles Switch, e o tirar e colocar frequente do conector genérico
danifica o Mobile Switch. Causando quase sempre o enfraquecimento ou
perda do sinal.

Ao recebermos um telefone celular em nossa assistência com sinal


baixo ou mesmo sem sinal, é aconselhável fazermos um visual e teste
neste componente, principalmente se na região é comum encontrarmos
usuários utilizando antena externa com frequência. O componente tem
sua constituição física muito frágil, pois não foi projetado para o uso
contínuo. Lembrando que o telefone celular rural em nada se assemelha
com nosso telefone móvel celular portátil.

_Power Amplifier / FEM: Amplificador de Potência (PA) e agora


também incorporado a este componente uma chave seletora de redes
(FEM) passando a ter dupla função. No sinal entrante (RX) faz a seleção
interna das redes de 850 Mhz, 900 Mhz, 1800 Mhz e 1900 Mhz. O sinal
selecionado passa a ser entregue a cada filtro de rede correspondente. A
função do componente como um amplificador de potência permanece
inalterada. O componente na função PA recebe o sinal sainte (TX) e faz
a amplificação enviando o sinal amplificado conforme seu
posicionamento na célula.

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_Filtro de Rede: O Seletor de redes (FEM) entrega ao filtro as


frequências individualmente (850 Mhz, 900 Mhz, 1800 Mhz e 1900 Mhz).
Sua falta no circuito resulta em falta total do sinal, ficando o telefone
celular sem recepção. No diagrama em Bloco o filtro é mostrado contido
em um único componente, como se apresenta na placa eletrônica (4).
Na maioria dos telefones celulares este filtro é composto por dois
capacitores e uma bobina, podendo observar os quatro filtros
separadamente.

_Transciever ou CI de RF: A função é de modulação do sinal


sainte (TX) e do sinal entrante (RX). Evidente que sem esta função
MODEM, qualquer fadiga neste componente o telefone celular ficara sem
sinal de RF, perdendo assim a sua funcionalidade.

_Processador Principal – CPU: ou unidade central de


processamento – Como todas as funções no telefone celular é
gerenciada por um software, o Processador tem a função de processar
todas as informações e operações. Vital para o funcionamento correto do
telefone celular, qualquer avaria neste componente paralisa todas as
suas funções.

Observando o desenho associado a CPU estão ligado os seguintes


componentes e periféricos.

 Lente de Captura (Câmera Fotográfica)

 LCD – Display de Cristal Líquido

 Memória

 SimCard

 Teclado

 Oscilador de Referência (Clock) de 26 Mhz

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_Processador de Áudio e Energia: Componente que em


diversos modelos e marcas são separados, aqui o projeto nos mostra a
função sendo realizada por apenas um CI, portanto a função dupla que
ele faz é: Quando se comporta como um Gerenciador do áudio tem a
função CODEC: Decodificador e codificador de áudio tem a função de
transformar a informação analógica vinda do espaço através do
microfone em sinal digital, e transformar em analógico o sinal que é
transmitido ao espaço pelo alto falante. Atua também como amplificador
de áudio.

Na função de Gerenciador de Energia: Regula o fornecimento de


tensões variadas para diversos circuitos eletrônicos e também faz o
gerenciamento da carga da bateria. Este componente também é vital ao
funcionamento do telefone celular, sem energia o telefone certamente
ficará totalmente inoperante.

Vital ao funcionamento do Processador de Áudio e Energia verifica-


se a existência de uma cristal oscilador de 32 Khz, denominado de Sleep
X-tal. Sua fadiga compromete todo o funcionamento do telefone celular,
pois sem ele o gerenciamento da energia não ocorre e o telefone celular
fica totalmente inoperante.

Também no Diagrama em Bloco conectado o CI de Energia e Áudio


se observa o Alto Falante, Microfone, Bateria e Bluetooth, ficando claro o
seu gerenciamento. Em aparelhos mais complexo também estará
conectado ao Gerenciador de Energia ou ao Codec o Rádio FM e TV, pois
em ambos periféricos deverá haver o tratamento da informação de áudio
e alimentação.

CODEC – Codificador e Decodificador do áudio.

Todo sinal que trafega no espaço é analógico, na forma de onda


eletromagnética. O Processador CPU e todo o setor lógico trabalham
sinais digitais (0 e 1), binário como é chamado por alguns. Quando o
usuário fala ao microfone, este recebe uma informação analógica que
transmitida ao CODEC será transformada (Codificada) em uma
informação digital e transmita ao setor lógico para o seu processamento.
Ao contrário, o setor lógico envia ao CODEC uma informação digital e
este a transforma (Decodificada) em uma informação analógica e a envia
ao alto falante que a tranformará em um som audível.

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A análise do diagrama em bloco, como pode ser visto, facilita a


compreensão da estrutura do telefone celular, os principais componentes
eletrônicos e as ligações entre eles e seus periféricos.

Na figura abaixo já visualiza como o diagrama em bloco se


apresenta no manual técnico. Com todas as conexões entre os
componentes e também detalhes das conexões e estrutura física interna.

O Diagrama em Bloco abaixo representa apenas o Setor de Rádio


Frequência da placa eletrônica exemplificada acima, destacando o
Amplificador de Potência, Filtro e o Transciever (CI de RF).

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Diagrama em Bloco de outro modelo de telefone celular

Observe que há uma clareza melhor para a identificação dos


componentes responsáveis pelo gerenciamento dos setores (áudio,
energia, câmera, vibra, etc.).

Através da descrição de um setor com problema, realizando a


substituição do periférico (alto falante, microfone, câmera, vibra, etc.) e
não resolvendo. A análise do diagrama em bloco facilitará e muito a
localização do componente que comanda este periférico. Observe sua
clareza nos detalhes dos desenhos de todos os periféricos agregados em
seus componentes gerenciadores.

A cor amarela e a cor marrom delimitam os setores de Rádio


Frequência e lógico do telefone celular, facilitando a localização de
problemas de sinais de RF e de problemas que envolvem o setor lógico
do telefone celular.

BB – BandBase (Setor Lógico) - RF - Rádio Frequência


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Na figura abaixo é visto outra forma de apresentação do diagrama


em bloco, aqui a apresentação setorizada mostra a conexão entre o
Processador Principal (CPU) e Processador de Áudio e suas conexões
com os periféricos que ele gerencia, tais como: Alto Falante, Microfone,
Motor Vibra, Conexão de Dados (PopPort Conector) e Rádio FM.

Quando é feita a substituição do periférico como, por exemplo, o


alto falante e o defeito persiste, indica que o defeito não é no alto
falante, mas dentro da placa eletrônica. Você terá que fazer uma análise
no circuito acoplador de áudio, que geralmente é formado por bobinas,
capacitores, resistores e CI amplificador de áudio.

Nesse tipo de análise você terá que utilizar as ferramentas de


análise contidas no manual técnico do respectivo telefone celular
(diagrama em bloco, esquema elétrico, troubleshooting e layout da PCI).
Sem estas ferramentas fica quase impossível a identificação dos
componentes envolvidos no circuito, inviabilizando um teste instrumental
no componente e sua possível substituição.

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1.1- Conceito Smartphone

Smartphone ou telefone inteligente: É um dispositivo móvel


celular com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por
meio de programas executados por seu sistema operacional.

Os sistemas operacionais dos Smartphones permitem que


desenvolvedores criem milhares de programas adicionais, com diversas
utilidades, agregados em sites como o Google Play.

Geralmente, um Smartphone possui características mínimas


de hardware e software, sendo as principais a capacidade de conexão
com redes de dados para acesso à internet, a capacidade de
sincronização dos dados do organizador com um computador pessoal, e
uma agenda de contatos que pode utilizar toda a memória disponível do
celular (não é limitada a um número fixo de contatos).

Um Smartphone pode ser considerado um telefone celular com as


funcionalidades de um PDA*

*Personal Digital Assistants - Assistente Pessoal


Digital, (PDAs , handhelds), ou palmtop:

É um computador de dimensões reduzidas, dotado de


grande capacidade computacional, cumprindo as funções
de agenda e sistema informático de escritório elementar,
com possibilidade de interconexão com um computador
pessoal e uma rede informática sem fio ( Wi-Fi ) para
acesso a e-mail e internet.

O Smartphone da Apple (iPhone) mudou todo o paradigma dos


dispositivos móveis celulares existente até então, a mudança foi geral.
Do design a sua funcionalidade, notório no acesso através da tela de
toque, que antes era feito por teclado QWERTY.

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Atualmente toda a linha de Smartphones existente no mercado


mundial segue a linha dos Smartphones da Apple.

Abaixo a placa eletrônica precursora do iPhone da Apple. O


conceito de PDA (Smart) + Telefone (Phone) fica muito evidenciado
neste projeto.

Tem que ficar atento a arquitetura do telefone celular, os


fabricantes estão mantendo a mesma estrutura nos seus projetos. Há
uma demanda muito grande de modelos, criando uma nova tendência a
cada quatro meses. Porém economicamente não é viável ao fabricante
mudar substancialmente o projeto de um telefone celular, apenas
adapta o projeto já existente ao novo design. Portanto para o técnico
celular que atua no conserto do hardware em bancada cabe ficar atento
somente a nova disposição dos componentes na placa, pois é essa
somente a alteração que temos visto atualmente nos telefones
celulares.

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Diagrama em Bloco desta placa eletrônica pode ser vista abaixo, a


parte Phone e a parte Smart também fica muito clara no Diagrama.

A parte Telefone (Phone) com os componentes básicos


encontrados em todos os telefones celulares:

 Antena

 Amplificador de Potência (Power Amp.)

 Transceiver (Skyworks)

 CPU (BaseBand Processor)

 Memória (Mobile DDR NOR)

O lado direito do Diagrama em Bloco vê-se a parte Smart ou a


parte inteligente que pode comparar-se a um computador, ou um
dispositivo que tem as funções comuns de um computador, sendo:
Processador, memória, conexão Wi-Fi, Conexão Bluetooth,
Gerenciadores de Periféricos e Aplicativos.

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Diagrama em Bloco do Smartphone Samsung GT – I9300 como se


apresenta no manual técnico.

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Sendo um Smartphone (junção de dois dispositivos) também aqui


pode observar a separação entre telefone celular (phone) e a parte
inteligente (smart).

A parte Telefone destaca-se na cor alaranjada e é vista na figura


abaixo com os componentes de um telefone celular: Filtro de Rede,
Amplificador de Potência, Transciever e Processador.

Na figura abaixo a parte inteligente do Samsung GT i9300


representado no diagrama em bloco com o Processador Principal em
destaque maior, Codec de Áudio, Gerenciado de Energia, periféricos e
conectores.

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Foto da placa do Samsung SIII – GT – I9300 lado A


Contato Antena

BAT - interna

PAM
CI – 2MIC

Mobile Switch

Seletor TX/RX

Conector LCD

CI - RF
CI - MHL

Conector BAT CI - NFC

OSC – 26Mhz

OSC – 27Mhz

Neste lado da placa eletrônica se destaca o Setor de


Rádio Frequência (parte superior da placa). Defeitos de
recepção e transmissão (sem sinal, sinal fraco, sinal
oscilante), o técnico deverá analisar este setor da placa.

Na parte inferior da placa eletrônica se observa o Codec


de Áudio, portanto defeito de áudio MIC, verificar o
Codec de Áudio e os componentes eletrônicos
periféricos.

Codec Aúdio

Câmera

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Foto da placa do Samsung SIII – GT – I9300 lado B

Microfone 1 Conector
externo

Memória
UCP - RF

Sensor 2
Barômetro
UCP - Dados

IF - PMIC

Conector Bat.
Acelerômetro OSC – 26 Mhz AP - PMIC
Giro

1
OSC – 32khz

(1) - Acelerômetro: Usando a aceleração da gravidade,


detecta mudança nos eixosz,y,x. É utilizado na transição da
Tela.

(2) - Barômetro: Detecta mudanças na pressão do Ar e é


BT – Wi FI
utilizado como Altímetro.

(1) - Giroscópio: Utilizando velocidade de rotação, detecta


FM movimentação dinâmica no aparelho (jogo, etc.)
Tecla Power

GPS

Câmera - ISP

Câmera
Microfone 2

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2 - ESQUEMA ELÉTRICO

Por definição o esquema elétrico ou desenho elétrico é a


representação gráfica de uma placa eletrônica, instalação
elétrica ou parte dela com os elementos elétricos, legendas,
símbolos e conexões.

Com o esquema elétrico você terá condições de analisar


todo o percurso da corrente elétrica pelos componentes
eletrônicos e suas conexões.

Com esta ferramenta é possível traçar todo o caminho, e


verificar com instrumentos de testes as transformações que a
corrente elétrica, sinais lógicos, áudio e ondas eletromagnéticas
sofrem ao passarem pelos componentes, conectores, chaves e
trilhas.

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É importantíssimo você saber interpretar o Esquema elétrico. Esta


ferramenta é imprescindível na mão do técnico, pois toda a análise de
um defeito começa pelo desenho elétrico. O desenho elétrico é como um
mapa nas mãos de um navegador ou planta baixa de uma casa nas
mãos do construtor. Sem esta documentação fica impossível iniciar
qualquer análise em uma placa eletrônica.

Adquirido o conhecimento destas ferramentas ficará bem mais fácil


a localização e solução do defeito na placa eletrônica do Telefone
Celular. Estando o profissional apto a manusear as ferramentas,
instrumentos e insumos no laboratório. Entrando assim na fase
conclusiva da manutenção do telefone celular, pois após localizar o
componente eletrônico deverá fazer a sua substituição utilizando as
ferramentas, instrumentos e insumos adequados.

Com o conhecimento da estrutura interna e do funcionamento do


telefone celular, a medida que cliente vai relatando o defeito do telefone
celular na sua assistência técnica, você já irá elaborando em sua mente
o diagnóstico e se posicionando na placa eletrônica visualizando
mentalmente qual pode ser o setor ou componente defeituoso.

Este conhecimento e a dinâmica na solução do defeito será o seu


grande diferencial entre os seus pares na sua atividade profissional, e
certamente se destacando na sua cidade e região.

Todo o principio e funcionamentos se baseiam nos fundamentos da


Eletrônica e Eletricidade. É importante que você domine estes
fundamentos para que sobressaia nesta atividade profissional.

A eletrônica é toda fundamentada nos fenômenos da eletricidade.


Para que possamos compreendê-la temos que entender e conhecer
alguns componentes que irão interagir com estes fenômenos. São
poucos os componentes, se observar verá que um circuito elétrico é
composto por pequena variação de componentes, o que faz a diferencia
então? É a sua combinação, assim como na música vamos encontrar
apenas sete notas musicais, é a combinação entre elas que faz este
universo de sons, assim acontece na eletrônica, são poucos os

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componentes, porém a combinação entre eles é que faz o universo de


circuitos eletrônicos complexos existentes no mundo.

A eletricidade tem o seu desenvolvimento no momento que o


homem começa a conhecer as propriedades da matéria. No final do
século XIX tem início o estudo do átomo, a partir deste fato e sua
descoberta a eletrônica tem a sua evolução baseada em componentes
que manipulam os elétrons e seu movimento para resultar em ações
como transmissão da voz, operação de máquinas, etc. Um componente
que destaco e considero de relevância para o avanço que veio depois foi
a válvula que originou o transistor já na década de 50 e hoje os nanos
circuitos, ou circuitos integrados em pequenos chips.

Como se vê o átomo é a nossa matéria básica, a partir do


conhecimento dele saímos do mundo medieval para o mundo moderno
em constante evolução que vivemos hoje. Mas o que é o átomo afinal?

O átomo é a menor partícula indivisível da terra, dissemos isso


sabendo que a ciência já foi um pouco mais longe, mas vamos ficar com
esta teoria para compreender o nosso estudo.

Como sendo a menor partícula, o átomo é composto por três


elementos, sendo eles:

_Elétron – Elemento que orbita o núcleo e tem valor negativo.

_Próton – Elemento que faz parte no núcleo do átomo e tem valor


positivo.

_Nêutron – Elemento que faz parte do núcleo do átomo e não tem


valor algum.

Principio básico:

Cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem.

Portando:

Elétrons e Prótons se atraem.

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A quantidade de elétrons livres


existentes em um sistema com a finalidade de
suprir uma carência de elétrons, é chamada
de potencial elétrico ou tensão elétrica.

Quando temos num circuito elétrico


uma oposição à passagem da corrente
elétrica denominamos de resistência elétrica.

O fluxo de elétrons ocorre num circuito entre um ponto a outro


quando há um desequilíbrio. Um ponto tem menos elétrons que outro.
Este desequilíbrio é chamado de diferença de potencial.

O universo da manutenção celular de qualidade exige do


profissional um investimento na capacitação profissional no segmento da
eletrônica, todo fundamento do funcionamento da placa eletrônica é
baseada no comportamento da eletricidade com a interação e
conjugação dos componentes eletrônicos entre si.

Este Capítulo objetiva elucidar o conhecimento da análise de um


circuito elétrico. O Grande diferencial entre os técnicos hoje no mercado
de trabalho é ir além da simples troca de periféricos, tais como:
Microfones, Alto Falantes, Conectores, Displays, Touch e gabinetes.

Vejo em todas as cidades que vários profissionais sem nenhum


conhecimento técnico executam esta manutenção.

Noto que está crescendo a complexidade dos telefones celulares,


com a entrada dos smartphones no mercado mundial, além da maior
complexidade do hardware, também houve um acréscimo sensível no
desempenho do software, com os aplicativos e, portanto, o valor
monetário do telefone também alterou. Com todos estes fatores, é
necessário que o técnico também amplie seu conhecimento, indo além

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da simples troca de periféricos, para realizar reparos no software e na


placa eletrônica do telefone celular.

Assim sendo, o conhecimento da eletrônica se faz necessário para


diagnosticar e reparar determinados defeitos, que estão localizados na
placa eletrônica do telefone celular.

Irei discutir alguns defeitos comuns no telefone celular, e sinalizar


a necessidade de conhecer e ter na bancada manuais técnicos,
ferramenta de análise imprescindível na mão do técnico.

Para iniciar uma análise, deve sempre levar em consideração que a


corrente elétrica (elétrons em movimento) se desloca no circuito sempre
do positivo para o negativo e a sua passagem nos componentes
eletrônicos resultam num efeito característico direto da propriedade de
cada componente.

Por exemplo: A função de um resistor será sempre bloquear a


passagem de certa quantidade de elétrons em seu interior. Esta
quantidade será sempre em relação ao seu valor ôhmico, portanto a
propriedade do resistor é a resistência elétrica, ou a resistência relativa
da passagem da corrente elétrica.

Iniciaremos a análise de alguns circuitos eletrônicos existentes no


projeto de um telefone celular.

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Desenho técnico de alguns componentes eletrônicos que compõem placa


eletrônica.

4 - Indutor 2 – Transistor 2 – Botão On/Off

1 – Varistor 5 - Capacitor 6 - Resistor

7 – Contato 9 – Led (diodo) 8 – Campainha


FlatCable do LCD

Estes componentes vistos aqui são, na sua grande maioria,


similares a outros existentes em outras placas eletrônicas, o técnico
pode fazer a substituição entre si quando os valores e tamanhos forem
similares.

Resistores, capacitores, bobinas, diodos e transistores são


facilmente encontrados em São Paulo no bairro da Santa Ifigênia.

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Circuito responsável pelo controle dos LEDs (diodo emissor de luz).

Circuito composto por resistores (R6, R7 e R8), Transistor (V23) e


Leds (V4, V17, V21, V22, V20 e V5)

Alimentação do Circuito: Vbat (+) e GND (-)

Em todos os circuitos eletrônicos o sentido da Corrente Elétrica


será do Positivo (Vbat) para o Negativo (GND). Como funciona este
circuito de LEDs.

A função do transistor aqui é análogo a de um interruptor


comum, que é fechar o circuito permitindo que a corrente elétrica flua
entre o Vbat e GND passando pelos Leds, cujo efeito a passagem da
Corrente Elétrica é emitir luz, ou seja, clarear o teclado ou LCD.

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O transistor estando com 0 em sua base se comporta como uma


chave aberta (corte). Ao receber 1 na sua base vindo do processador a
informação, entra em saturação (fecha) e permite a passagem da
corrente elétrica entre o Coletor e Emissor, passando pelos Leds que
resulta na emissão de luz.

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Outro circuito de Leds acionados por um transistor. Os circuitos


são semelhantes entre um modelo e outro e também entre marcas
distintas, porém o funcionamento é sempre gerenciado pelo Processador
que dependendo do tipo do transistor PNP ou NPN envia uma polaridade
1 ou 0 na base para que o mesmo feche o circuito entre Vbat e GND
fazendo circular por entre os Leds uma corrente elétrica, resultando na
iluminação de teclado ou LCD.

Olhando o esquema elétrico da CPU irá encontrar um terminal


que leva o nome de Key_Backlight. Aqui é visto somente o circuito
responsável pelo acionamento dos Leds. Observa que na Base do
Transistor tem escrito a palavra Key_Backlight, esta informação é
para orientar o técnico durante a análise que a polaridade de base
do transistor vem do terminal de mesmo nome encontrado no
Processador Principal.

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Um circuito elétrico clássico para a proteção contra transiente de


energia encontrado em diversos modelos e marcas.

A função deste circuito de proteção é evitar que um transiente de


energia durante a carga da bateria venha a danificar o setor que faz o
gerenciamento desta carga.

Componentes:

_ X3310 – Conector Externo (Carregador de Bateria)

_ F2050 – Fusível

_ R2050 – Diodo

_ C2050, C2051 e C2201 – Capacitor

_ L2050 – Bobina

O Fusível (F2050) tem a função de proteção do circuito de carga


da bateria contra transiente de energia. De frente com um transiente o
fusível abre (queima) interrompendo a carga da bateria.

O Diodo (R2050) neste circuito evita que polarização inversa


danifique o CI de Energia. Em alguns circuitos é utilizado um diodo zener
que além de proteção irá estabilizar a tensão de entrada num patamar
próximo a 4,0V.

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A grande maioria dos telefones celulares e smartphones atuais


possuem proteção contra eletricidade estática. Há risco de este
fenômeno queimar componentes SMD a partir do toque da mão do
usuário. Portanto há componentes que tem a função de proteção em
todas as partes que o usuário tem contato manual.

Componentes de tecnologia SMD cuja sigla em inglês significa


Surface Mount Device, traduzindo Componentes Montados na
Superfície. São componentes eletrônicos desenvolvidos especialmente
para serem montados (ou soldados) por máquinas. Estes componentes
são muito sensíveis a eletricidade estática. Para que a eletricidade
estática que emana da mão do usuário não venha a danificar
componentes vitais no telefone celular, em muitos celulares iremos
encontrar protetores atuando como interfaces entre partes manipuladas
pelos usuários e os componentes vitais.

Podemos observar na figura acima o esquema elétrico da conexão


do SimCard ao Circuito Integrado responsável pela leitura das
informações do SimCard.

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Delimitado por um círculo azul o componente responsável pela


proteção da eletricidade estática que poderá, a partir do SimCard,
danificar o CI responsável pela leitura das informações. Este componente
tem a função de eliminar a eletricidade estática através do negativo
(terra). Pode ocorrer que esta eletricidade venha a alterar a constituição
interna do componente impossibilitando que as informações trafeguem
normalmente pelo interior do componente.

Destacado agora em vermelho observa-se pontos de teste (test


point) que possibilita realizar leituras dos sinais com instrumentos
dedicados.

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Demarcado em verde o Buffer. Este recebe as informações do


SimCard e as informações do Processador Principal. Todas as
informações de dados, reset e sincronismo passam pelo componente
antes de serem entregues ao Processador Principal e ao SimCard.

Lado do Buffer que se comunica com o Processador Principal CPU.

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Todo circuito de áudio, seja ele sainte (alto falante) ou entrante


(microfone) tem componentes eletrônicos que fazem o acoplamento
deste áudio entre o periférico (microfone ou alto falante) e o
amplificador de áudio (quando tem) e/ou processador de áudio
(CODEC).

Há muitos telefones celulares sendo descartados pelo


desconhecimento deste circuito acoplador de áudio.

Telefones com defeitos relatados sem áudio, o primeiro


passo a ser realizado pelo pseudotécnico é a troca do alto
falante ou microfone, não resolveu, troca pelo segundo. Não
resolveu, troca pelo terceiro. Não resolveu, descarta a placa
eletrônica alegando ser ela o defeito, portanto sem solução.

Acertou ao diagnosticar que o defeito está na placa


eletrônica e não no componente periférico, mas errou ao
afirmar que não tem conserto e ao realizar o descarte da placa.

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Outro exemplo de um circuito acoplador de áudio, presente neste


circuito, é um Amplificador de áudio.

O sinal sai da CPU e entra no CI – Amplificador de áudio para que


o sinal de áudio seja retrabalhado antes de ser entregue ao Alto falante
através do circuito acoplador de áudio.

Acompanha aqui o mesmo raciocínio anterior de análise, caso


realize a troca do alto falante e o defeito persistir, deverá o técnico
analisar o circuito acoplador e também o amplificador de áudio.

O esquema elétrico acima é de áudio entrante (microfone), aqui


entre o microfone e a CI responsável pelo retrabalho do áudio há um
componente que tem a função de eliminar a eletricidade estática
(R2100) que se opõe entre o microfone e o circuito acoplador de áudio.

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Oscilador de referência:

É o oscilador que fornece a frequência de referência para a


geração do Pulso de Clock para a CPU. Este circuito é presente em quase
a totalidade dos Telefones Celulares. Vital ao funcionamento do telefone
celular, sua inoperância deixa o telefone totalmente inoperante, pois sem
o pulso de clock a CPU paralisa sua rotina de software, que acontece
entre a CPU e a Memória.

O oscilador de referência ou VCT-CXO, no exemplo aqui está


oscilando em 26 Mhz, o que equivale dizer que a velocidade de
processamento é de 26 milhões de pulsos por segundo.

Na verdade o valor de clock é bem superior á frequência entregue


pelo oscilador de referência. Internamento o Processador tem circuitos
que irão elevar esta frequência ao patamar necessário para que possa
trafegar dados entre a Memória e a CPU em alta velocidade.

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No telefone celular ele tem dupla função.

1ª. Função do Oscilador de Referência

O CI de RF atuando como um modem tem a função de demodular


o sinal de rádio frequência que vem do espaço em forma de onda
eletromagnética e transformar este sinal em sinal digital para ser
entendido pelo setor lógico que somente trabalha sinais digitais, ou seja:
informações binárias, compostas por zeros e uns.

O caminho da frequência entre o Oscilador de Referência e o CI –


RF está destacado na cor Azul.

Para que isso aconteça o CI de RF necessita ter um referencial


para que haja esta demodulação de analógico para digital. Este
referencial é dado pelo sinal em forma de onda quadrada que é gerado
pelo Oscilador de Referência.

Na saída do sinal para o espaço, ou seja: na modulação acontece o


inverso, entra um sinal digital e este é transformado em sinal senoidal,
ou sinal analógico para ser entregue ao espaço.

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Entre o Oscilador de Referência observa que há também um


circuito acoplador composto por capacitores e resistores, evidente que
qualquer interrupção neste caminho, seja por oxidação, impacto ou
fadiga do material,o sinal que sai do VCT-CXO não atingirá o CI de RF
deixando este de exercer a sua função.

O defeito reclamado será a falta do sinal da rede,


pois sem o sinal de referência o CI de RF deixará de
fazer a demodulação do sinal entrante, ficando este
sem ser processado pelo setor lógico.

2ª. Função do Oscilador de Referência

Geração do sinal de clock para que o processador possa ter a sua


rotina de processamento funcionando corretamente.

Observe que o caminho agora é outro, na figura acima o caminho


está todo assinalado em vermelho.

Entre o caminho do pulso de clock até o processador há um


circuito acoplador e um componente chamado Amplificador
Operacional.

A função deste Amplificador Operacional é fazer a transformação


do sinal que é gerado pelo cristal oscilador em forma de onda quadrada,
para um sinal pulsante, ou em forma de uma onda senoidal de picos
estreitos.

A Frequência declock apesar de ser sempre representada como


uma onda quadrada.

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Na verdade quando vista através de uma tela de osciloscópio, a


mesma será de uma onda com crista bem ponte-aguda, como pode ser
vista na figura abaixo:

Se por algum motivo, seja devido um impacto na placa, solda fria


ou oxidação, o Cristal Oscilador ou qualquer outro componente deste
caminho deixar de funcionar. O Pulso de Clock não chegará
corretamente ao Processador. Sem pulso de clock o Processador não
executará nenhuma rotina, ficando totalmente inoperante.

Processador totalmente inoperante significa telefone celular


totalmente morto.

Em resumo, qualquer defeito neste setor, o telefone celular não irá


ligar.

É comum ver telefones celulares sofrerem forte impacto ou


umidade e não ligarem mais, sendo facilmente descartados.

A primeira observação que o técnico que desconhece este setor


faz, é realizar uma ressoldagem no setor lógico do telefone celular,
pensando ser o Processador ou a Memória a causa do defeito.

A maioria das vezes este procedimento de retrabalho danifica o


setor lógico por excesso de calor, danificando pontos de solda debaixo
do Processador e da Memória que na sua grande maioria são
componentes BGAs.

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Sempre que o telefone celular deixar de funcionar, sem apresentar


nenhum sinal na fonte de alimentação, você deverá fazer uma avaliação
no setor de oscilação de referência, pois se trata de um setor critico no
telefone celular.

Maior detalhe do circuito de oscilação, sinalizando o caminho que


faz a frequência de referência no esquema elétrico, gerando o Pulso de
Clock e o os componentes envolvidos neste caminho demarcados na
placa eletrônica.

O Telefone Celular quando sofre forte impacto e não liga. Em teste


na fonte de alimentação não responder ao Pulso de Boot, ou seja, aciona o
botão de liga/desliga por um pequeno instante e não há deflexão do
ponteiro da corrente elétrica, significa que esta totalmente inoperante. O
Técnico deverá observar o Oscilador de Referência. No telefone celular o
Oscilador de Referência gera o pulso de clock, vital ao funcionamento do
Processador Principal.

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Na figura abaixo, o esquema elétrico entre o Filtro TX/RX e o


transciever, este componente pode ser encontrado em alguns projetos
sozinho no circuito ou fazer parte do Amplificador de Potência.

Nos projetos mais modernos os Amplificadores de Potência já são


conjugados com o Seletor de Redes ou Comutador de Redes como
alguns têm o hábito de chamar.

O Sinal entra pela antena e no Filtro TX/RX é separado nas redes


existentes, sendo elas: 850 Mhz, 900 Mhz, 1800 Mhz e 1900 Mhz.

Cada filtro de rede é composto por dois capacitores e uma bobina

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3 – Layout da Placa

A 3ª. Ferramenta da análise de um problema será o layout da


placa.

Diante de uma reclamação, o primeiro passo é realizar alguns


testes preliminares, começando com um visual na parte externa do
gabinete em busca de alguma deformação, trinca ou quebra do mesmo.
Encontrando sinaliza que o dispositivo sofreu um forte impacto.

É importante que o usuário forneça a origem do defeito, a partir de


qual momento ou fato se tornou perceptível o problema, esta informação
é muito importante para que você possa partir de um ponto, pois
geralmente o defeito tem sua origem em quatro vertentes, assim
classificados: Forte impacto, contato com líquido, transiente de energia
ou software. Para cada vertente um processo distinto de raciocinar em
busca de solução. Tema que voltarei a falar mais adiante.

O defeito foi analisado e chegou á conclusão que está na placa


eletrônica e que deverá iniciar uma análise para localizá-lo. Esta primeira
análise na placa acontece a partir do esquema elétrico, localizando o
possível componente ou setor na placa que poderá ser a causa do
defeito, você deverá então ir para o Layout da Placa.

Podemos definir então o Layout da Placa ou desenho da placa


como sendo o desenho da planta baixa da placa eletrônica, onde se
encontra todos os componentes eletrônicos, conectores, botões, etc.
demarcados conforme sua posição na placa eletrônica com valores e/ou
códigos pré-definidos pelo projetista.

Análogo a planta baixa de uma casa com todas as informações


inerente ao projeto, com informações de medidas, encanamentos,
eletricidade, enfim, com todas as informações necessárias para que se
possa construir e compreender toda a funcionalidade da casa. Assim é o
Layout da Placa.

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Layout da Placa:

Foto da Placa referente ao Layout acima:

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Ampliando o Setor de Rádio Frequência no Layout da Placa, para


que se possa realizar a verificação do componente, nome e
posicionamento na planta baixa.

A Foto da Placa Eletrônica destacando o Setor de RF, para que se


possa fazer a comparação com o Layout da Placa.

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Alguns manuais técnicos trazem layouts de placa apontando os


componentes principais e possíveis defeitos que estes componentes
produzem devido a sua fadiga.

Esta nomenclatura facilita a localização do componente que pode


ser a causa do defeito, tornando mais rápido o diagnóstico pelo técnico.

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4 – Troubleshooting

Entre as ferramentas utilizadas para diagnosticar e reparar uma


placa eletrônica até aqui descrita, Diagrama em Bloco, Esquema Elétrico
e Layout da Placa,o Troubleshooting é a ferramenta que considero a
melhor, pois dará uma dinâmica na solução do defeito para o técnico em
bancada.

Traço um paralelo com uma linha de montagem, onde cada


indivíduo é treinado a executar uma determinada tarefa, a repetência
desta tarefa lhe dará habilidade, e certamente que esta habilidade
traduzirá numa rapidez ao executá-la.

Pois bem, em fábrica, devido o enorme volume das placas a serem


reparadas, os profissionais técnicos tem que ser habilidosos e rápidos no
raciocínio da localização dos setores e componentes eletrônicos que
afetam a funcionalidade do dispositivo.

Para que isso aconteça os técnicos são distribuídos com funções


especificas para realizarem pequenas análises setoriais na placa, o que
quero dizer: _Cada técnico tem a incumbência de verificar uma parte,
setor ou circuito elétrico da placa eletrônica, otimizando toda a análise.
Cada técnico observa e analisa apenas um tipo ou grupos de defeitos,
verificando a placa de forma pontual, olhando apenas para um setor da
placa ou grupo de determinados componentes onde está a origem do
defeito.

Para que esta otimização possa acontecer, o Projetista detalha


todos os defeitos possíveis e em quais setores eles poderão ocorrer,
além de deixar pontos de testes na placa, cuja aferição deverá ser
realizada com instrumentos de testes dedicados (Osciloscópio,
frequencímetros, multímetros, etc.), portanto cada técnico verifica
apenas um tipo ou grupo de problemas, dando agilidade à “esteira” de
defeitos em fábrica.

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Este método é chamado de Troubleshooting, conhecido como


método de perguntas e respostas através de fluxogramas.

Para entender melhor, este troubleshooting é sobre Falha no


Áudio. O inglês é o idioma predominante, mas não se preocupe! O mais
importante é entender a sua mecânica de perguntas e respostas.

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A mecânica da análise no Troubleshooting é a seguinte:

As perguntas estão delimitadas dentro do quadrado de cor azul.

1º. Retângulo: A voltagem no Pino (terminal) 78 do CI – MAD1


cuja nomenclatura no esquema elétrico é D202 é 2,8 Volts (sem o
componente externo de áudio conectado)? HOOK é o nome dado ao
Terminal 78 do CI.

A pergunta se refere à tensão de 2,8V que deverá estar presente


no terminal 78 do CI – D202. Esta leitura deverá ser realizada com um
voltímetro.
Caso esta tensão não esteja presente no Pino 78 a resposta é NÃO
(NO em inglês).
A orientação do procedimento então a ser realizado pelo técnico,
esta delimitado no quadrado da cor vermelha.

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O procedimento então é checar os Resistores R265 e R270.

A resposta é SIM (YES em Inglês), a tensão medida terminal 78 do


CI – D202 é 2,8V.

Então o procedimento é seguir a seta para baixo, no sentido da


palavra YES.

2º. Retângulo: A voltagem no Pino (terminal) 77 do MAD1 CI –


D202 é 2,8 Volts (sem o componente de áudio conectado)?
HEADSETINT é o nome atribuído ao terminal 77.

Realizada a medição e constatado que não é 2,8 Volts, o


procedimento pela orientação do fluxograma (NO) é verificar os
resistores R268, R265 e R260.

Sendo a resposta YES, o técnico deverá realizar o teste solicitado


no 3º. Retângulo.

Aferição da Frequência no Terminal 5 do MAD1 – CI D202 que


deverá ser de 1 Mhz, com 2,8 volts de pico a pico. O frequencímento
retorna a informação em forma de uma senoide.

Para a realização desta medição o técnico deverá possuir um


frequencímetro.

Algumas aferições solicitadas no Troubleshooting são realizadas


com instrumentos que o técnico de uma assistência técnica não terá.

O que então é importante conhecer e trabalhar com o


Troubleshooting que o torna uma ferramenta de altíssimo valor ao
profissional na bancada.

Observa que para cada defeito existente, o projetista orienta o


técnico a verificar um grupo de componentes. Aqui no exemplo se
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encontra a direita do Fluxograma (delimitados dentro do quadrado


vermelho).

A saber: Nesta análise para o defeito de Falha de Áudio, é


sabido pela orientação do projetista que um dos componentes
listados a direita do fluxograma é a causa do problema.

O procedimento então é efetuar a verificação de cada um


deles. Aferição dos valores, solda fria, solto ou ausente na
placa eletrônica.

Em tese no troubleshooting já sabemos que um dos


componentes listado a direita do fluxograma pode ser o
causador do problema, valida a ferramenta como a principal
que devemos aprender a manipular para a resolução mais
rápida de um defeito na bancada.

O Troubleshooting em alguns projetos se apresenta de forma mais


clara. Além do Fluxograma, o projetista disponibiliza para a análise a foto
da placa eletrônica demarcada com os Pontos de Testes e componentes
envolvidos na falha, e também o esquema elétrico do setor a ser
analisado.

Na sequência será visto a representação do troubleshooting com as


três opções de análise.

1ª. – Fluxograma, com a configuração de pergunta e resposta;

2ª. – Desenho do Esquema Elétrico do setor a ser analisado;

3ª. – Foto da Placa Eletrônica com os TP sinalizados em vermelho.

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Falha no setor de oscilação (TXCO)

O Fluxograma orienta a realizar aferição de valores de tensão e


frequência em Pontos de Testes (TP1, TP2 e TP3) na placa eletrônica.

O Troubleshooting além das informações de medição também


mostra no esquema elétrico onde se localiza o setor com problema e
sinaliza a localização dos Pontos de Testes.

Estas informações auxiliará o técnico a entender bem o circuito e


quais os locais que realmente tem que aferir os valores citados.

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Foto da placa eletrônica com a localização dos componentes


eletrônicos e os Pontos de Testes.

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Capítulo – III

Laboratório

Atributos de um Laboratório

 Organização

 Honestidade

 Pontualidade

 Disciplina

 Qualidade

 Limpeza

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Este capítulo tem com objetivo dar uma visão do ambiente de


trabalho que irá permear toda a vida profissional do técnico em telefonia
celular. O laboratório é o local que mais empolga o profissional, pois é o
lugar que o mesmo ficará a maior parte do seu tempo.

O técnico deverá ter desde o início da sua atividade profissional a


visão de um profissional ordeiro, organizado, aberto ao convívio e
intercambio de ideias e conhecimento com outros profissionais e buscar
sempre o aprimoramento técnico, investimento na própria atualização.

Gerir um agradável ambiente de trabalho e condições de vida


social aceitável para que possa todos os seus pares respeitá-lo como um
profissional diferenciado no mercado.

O laboratório deverá, assim como o técnico, ser bem organizado. A


mobília disposta estrategicamente colocada para dar total conforto ao
profissional que ali trabalha.

Tudo no laboratório tem que ter seu respectivo lugar, desde os


aparelhos pertencentes aos clientes e que estiverem sob a
responsabilidade do Técnico, até as ferramentas, instrumentos,
componentes, etc.

Sempre o técnico é avaliado pelo seu local de trabalho. Atributos


como organização, pontualidade, honestidade, qualidade, limpeza e
disciplina deverão estar presentes em todos os procedimentos, estas
atitudes certamente lhe dará credibilidade.

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1 – Bancada de Trabalho

A bancada de trabalho é o lugar mais importante, portanto este


espaço deverá ser confortável, com espaço suficiente para que possa se
movimentar com liberdade e comodidade. Reservar espaços para os
instrumentos, ferramentas, peças sobressalentes e toda a documentação
técnica, necessária para consultas durante as tarefas de reparação.

É recomendado possuir uma cadeira giratória, que possibilitará


maior mobilidade.

A base da bancada pintada com a cor branca facilita a localização


de qualquer componente que caia fora da base de retrabalho ou manta
antiestática.

Altura recomendada é de aproximadamente 80 cm, como é a


altura de uma mesa comum de cozinha. A cor recomendada é a branca
devido aos componentes.

Ambiente e bancada tem ser bem


iluminado, pois estará manuseando
componentes, ferramentas e
dispositivos pequenos, e a má
luminosidade produzirá uma fadiga
muito grande aos olhos, este esforço
com o tempo será muito prejudicial a
saúde do técnico.

Deverá destinar um sistema informatizado para que possa


armazenar manuais técnicos, tutoriais, vídeos de montagem e
desmontagem de telefones celulares.

Este sistema deverá estar conectado a internet, além de


intercambio com técnicos em site de relacionamentos tais como: Skype e
Facebook.

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É imprescindível a participação em fóruns de discussão sobre


telefonia celular e sites de download onde é sempre possível encontrar
esquemas e manuais técnicos. Estas fontes são muito importantes para
que se mantenha sempre atualizado.

Estudos ergométricos dos espaços e acomodações


do técnico em sua bancada e a forma como utiliza o seu
ferramental reverte em conforto e mais qualidade de
vida ao profissional.

OBS.:

A bancada deve ser aterrada com manta antiestática e pulseiras


para aterramento da placa e do Técnico.

A Tecnologia dos componentes eletrônicos sendo SMD (soldados


na superfície da placa eletrônica) torna-se importante o aterramento da
bancada, instrumentos e do próprio técnico através da pulseira
antiestática, pois estes componentes são muito sensíveis a eletricidade
estática.

É frequente o técnico sem uso da pulseira, ou mesmo a sua


bancada não estar devidamente aterrada, ao abrir e manusear o telefone
celular fechá-lo, e o mesmo não vir a funcionar mais.

Geralmente o técnico sem conhecimento deste fenômeno estranha


o fato de não ter realizado nenhum retrabalho ou programação e mesmo
assim ter danificando o dispositivo.

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2 - Ferramentas, Instrumentos e Insumos

Objetivo deste Capítulo é mostrar um Laboratório básico,


dentro da realidade econômica do profissional que esta iniciando
as atividades profissionais no segmento do diagnóstico e reparo
do Telefone Celular e Smartphones.

As Ferramentas, instrumentos e insumos sugeridos neste


Capítulo é o básico necessário para que possa realizar um
serviço adequado e com qualidade.

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2.1– Multímetro

Vamos começar este capítulo conhecendo o instrumento


considerado básico e imprescindível na mão de qualquer técnico.

Costumo dizer que um técnico eletrônico que se preza tem que ter
em mãos uma chave de fenda, uma chave phillips, alicate de corte e
outro de bico, ferro de solda 30W e um Multímetro. Pois bem,
obedecendo esta máxima, vamos começar conhecendo o Multímetro,
Multiteste para alguns e Meter para outros.

O Multímetro é utilizado para fazermos diversas medições, seja em


componentes elétricos eletrônicos, na rede de eletricidade e acessórios
de diversos fins.
Vê-se aqui um
multímetro digital da marca
Fuke – Modelo DT9206 de
fabricação chinesa.

A maioria dos
instrumentos eletrônicose
equipamentos utilizados na
bancada do técnico em
telefonia celular são
oriundos do mercado
chinês.

No mercado vamos
encontrar uma gama muito
variada de multímetros,
porém quase todos são
semelhantes, tendo na
maioria os mesmos
recursos.

No mercado se encontra em menor escala o multímetro analógico.


Este multímetro difere do analógico somente na forma de leitura. O
mostrador é cristal líquido e os dados da leitura são mostrados em
dígitos, e o analógico pela deflexão de um ponteiro.

É muito importante observar bem o que será medido. Utilizá-lo


com muito cuidado para evitar a sua queima por uso indevido. Cada

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escala corresponde a um tipo de medição que vairealizar. O erro de


seleção leva a erro de leitura e quando se esta trabalhando com
voltagem ou corrente elétrica este erro pode danificar o instrumento.

O multímetro utiliza dois cordões, que foi convencionado nas cores


vermelha e preto, nas suas extremidades são colocado ponteiras e pinos
de cores correspondentes, a ponteira vermelha corresponde ao polo
positivo e a ponteira de cor preta ao polo negativo. É importante manter
este padrão, pois quando se trabalha com polaridades, é fundamental
colocar estas ponteiras corretamente para que não se obtenha uma
leitura equivocada.

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Botão Off/On

Utilizado para ligar o multímetro.

Não é aconselhável deixá-lo ligado,


pois há o consumo da bateria mesmo
quando o mesmo não esteja efetuando uma
medição.

Escala para medição do diodo

Utilizam esta escala para efetuar a


medição do componente diodo

O diodo sendo um componente que


conduz apenas num sentido.

Ao colocar a ponteira positiva no


anodo (+) e a negativa no catodo (-) terá
leitura, invertendo não poderá ter leitura.

Utiliza esta escala para medir o LED


do teclado e display do celular

Escala para teste de continuidade

Pode observar que além do diodo há


um desenho que caracteriza um som.

Significa que nesta escala podemos


também medir continuidade, ou seja, se há
continuidade entre dois pontos, ex.: Trilhas,
conectores, contatos e terminais.

Tendo continuidade será emitido um


som que sinaliza a ligação entre os dois
pontos.

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Escala para medir Resistor (Resistência)

Utilizada para medir o resistor, tendo a


leitura em Ohm e simbolizada pelo desenho
semelhante um ferradura invertida (Ω).

200Ω é o menor valor da escala, sendo


também utilizado para teste de continuidade,
o caminho tendo continuidade significa valor
de resistência 0.

Observa que a escala tem uma unidade após o


número:

K = Kilo = x1000
M = Mega = x1000.000

Escala para medir Tensão Contínua

Tensão ou voltagem contínua. Nesta


escala ira medir a tensão de pilhas,
carregadores, bateria, fontes de alimentação,
etc.

Observar o fundo de escala antes de


efetuar a medição, ou seja: Tem-se sempre
que utilizar um valor maior daquele que
imagina ser o valor a medir, aqui o caso será
bateria de celular.

Sabe-se que a maioria das baterias


trabalha na voltagem de 3,6v a 4,2v, portanto
coloca o cursor no valor de 20V para evitar
danificar o instrumento.

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Escala para medir Tensão Alternada

Tensão ou voltagem alternada. Nesta


escala mede a tensão da rede elétrica.

Tem que observar o fundo de escala


antes de efetuar a medição, ou seja: Tem
sempre que utilizar um valor maior daquele
que se imagina vai ser medido.

É recomendado sempre utilizar a


escala de 750V, pois a tensão da rede é
110v ou 220v.

Optando pela escala de 200V, e ao


medir se depara com 220V, Certamente irá
danificar o instrumento.

Escala para medir ganho de transistor


(hfe)

Todos os aparelhos celulares utilizam a


tecnologia SMD (componentes soldados na
superfície) em seus componentes, não se
utiliza esta escala para medi-los.

Esta escala é utilizada para medir


transistores convencionais, com terminais que
são colocados nos orifícios apontados no
círculo vermelho, obedecendo à nomenclatura
NPN ou PNP.

(C = Coletor, B =Base e E = Emissor).

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Escala para medir Capacitor

Como no transistor, no celular


encontrara somente componentes de
tecnologia SMD.

Para efetuar a medição do capacitor


terá que retirá-lo da PCI e medir sua
capacidade de armazenamento de carga.

Devido à tecnologia SMD e a


miniaturização do componente não se retira
componentes da placa eletrônica para
efetuar leitura.

Escala para medir Corrente Alternada

Aqui pode efetuar a medição de uma


corrente alternada que circula num circuito
alimentado por uma tensão alternada.
Tensão da rede elétrica, por exemplo.

A corrente elétrica é o movimento de


elétrons num condutor. Portanto tem que
abrir o circuito que irá medir e colocar o
instrumento em série para que possa aferir
a quantidade de elétrons que circula no
circuito. Este tipo de multímetro não é o
melhor instrumento para o teste.

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Escala para medir Corrente Contínua

Aqui pode efetuar a medição de uma


corrente contínua que circula um circuito
alimentado por uma tensão contínua. Tensão
da pilha ou bateria, por exemplo.
.
Como tem que abrir o circuito para
efetuar a medição, no telefone celular tal
procedimento torna-se trabalhoso e perigoso,
podendo danificar o celular, pois para este tipo
de aferição tem que alimentá-lo.

Para o teste de consumo de corrente no


celular utilizamos a Fonte de Alimentação
Digital ou Analógica.

2.2 – Fonte de Alimentação

A Fonte de Alimentação tem a finalidade de efetuar a alimentação


artificial do telefone celular e fazer a medição do consumo de corrente
pelo celular. Trata-se de um instrumento imprescindível na bancada do
técnico em telefonia celular.

É comum receber na assistência técnica telefones com a seguinte


reclamação:

_Meu celular não segura carga ou, minha bateria não está durando
nada.

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Na visão leiga do cliente este tipo de problema é causado pela


bateria, mas devemos saber que nem sempre o problema está na
bateria, e sim, poderá estar no telefone celular.

Para que possamos efetuar um teste para verificar este problema,


temos que fazer uso de uma Fonte de Alimentação.

A Fonte de Alimentação aqui


mostrada é de fabricação chinesa,
modelo digital que fornece a tensão
de 0V a 15V e corrente de 0A a
2,0A, valores suficientes para os
testes necessários num telefone
celular.

Não há necessidade de uma


Fonte de Alimentação maior que nos
forneça tensão e corrente superior a
estes valores, pois o telefone celular
não consume em condições normais
mais que 1,5A de corrente e sua
alimentação é em torno de 4,2V.

Podemos também fazer uso de fonte analógica, o diferencial


apenas será no mostrador da tensão e corrente, que é sinalizado por
deflexão de ponteiro.

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A Fonte de Alimentação é um instrumento de teste


que não poderá faltar na bancada do Técnico de
Manutenção Celular

Os principais testes são realizados na Fonte de


Alimentação, tais como: Teste de consumo, carga
artificial na bateria e Teste de Pulso de Boot,

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A Fonte de Alimentação abaixo diferencia da maioria, pois tem o


que costumo chamar de valor agregado. É uma fonte 1501, ou seja,
tensão variável de 0V a 15V e corrente de 0A a 1A. A capacidade de
fornecer corrente elétrica é baixa, apenas 1A, porém tem minha
preferência pelo valor agregado.

Ela tem um voltímetro, esse detalhe possibilita que faça medição


de tensão nas placas eletrônicas e também nas baterias e carregadores
celulares, sem a necessidade de utilizar o multímetro. Apenas a fonte de
alimentação.

Possui um leitor de RF, não é um excelente medidor de RF, mas é


possível visualizar se há sinal de RF apenas aproximando o telefone
celular durante uma conversação.

Mostrador da Mostrador da
Voltagem Corrente

Mostrador Mostrador da
Intensidade de RF Voltagem Digital
RF

Knobde ajuste Tecla


Da voltagem Liga / Desliga

Chave Seletora
Direita:Voltímetro
Esquerda: Fonte
Bornes e
Pontas Provas

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2.3 – Estação de Solda e Retrabalho Ar Quente

Com objetivo de facilitar a montagem dos componentes eletrônicos


nas placas por máquinas (robô) em substituição ao homem, foi
desenvolvida uma tecnologia (SMT) que possibilita a montagem de
componentes minúsculos (SMD) nas superfícies das placas eletrônicas:

SMT – Surface Mount Technology– Tecnologia de montagem na


superfície

SMD – Surface Mount Devices – Componentes soldados na


superfície

Para que se possa trabalhar com estes componentes é necessário


um equipamento de solda chamado Estação de Solda de Retrabalho Ar
Quente. Trata-se de um soprador térmico com temperatura regulada,
que possibilita a soldagem do componente SMD. A remoção, colocação
ou apenas a fusão da solda no componente é chamada de retrabalho ou
ressoldagem do componente.

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Na atividade do técnico em telefonia celular, escutamos muito o


termo: Fazer um retrabalho na placa, este ato se resume apenas a fazer
a fusão da solda sem a retirada do componente da sua posição na placa.

Há uma incidência muito grande de problemas oriundos do forte


impacto do dispositivo. Como os componentes são soldados na superfície
da placa, é comum a trinca e o mau contato (solda fria). Muitas vezes o
processo de apenas fazer a solda entrar em fusão refaz o contato ou
repara a trinca e o telefone celular volta a funcionar normalmente.

Não é aconselhável insistir muito na ressoldagem, pensando que


este processo elimina o problema, ele tem a função simplesmente de
refazer o trinco ou a solda fria.

A permanência da temperatura muito tempo sobre o componente e


placa poderá danificá-los. Componentes com fadiga ou anomalia não são
reparados com ar quente, e sim com a sua substituição. Digo isso
porque em diversas visitas a assistências técnicas tenho visto muitas
placas queimadas pelo excesso de ar quente sobre elas.

O pseudotécnico, por desconhecimento técnico, muitas vezes


acredita que o problema pode ser resolvido com o excesso de ar quente,
em detrimento da pesquisa e localização do componente defeituoso.

A Estação de Retrabalho Ar
Quente é uma ferramenta
essencial na bancada do técnico
eletrônico. Componentes de
tecnologia SMD estão sendo
encontrados em todos os novos
equipamentos eletrônicos.

Ao montar a bancada de
trabalho o técnico terá que ter
este instrumento, pois sem ele
ficará impossibilitado de trabalhar
com qualidade e segurança em
qualquer telefone celular.

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Estação conhecida como modelo 850. Algumas marcas se utilizam


de outra numeração. O numero 850 ou Hakko como é também
conhecida se deve ao 1º. Modelo a entrar no mercado nacional. Era de
Fabricação Japonesa, Marca Hakko e modelo 850.

Estação de ar quente e solda conjugado. Também conhecida como


2 em 1, pois conjuga os dois modelos de estações de solda em um único
equipamento. Estação de Ar Quente e Estação de Solda (Ferro de
Solda).

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As estações de solda e ar quente até aqui apresentadas são


conhecidas como estações analógicas, pois não possuem mostradores
com a indicação da temperatura em mostradores digitais.

As estações digitais já se diferenciam por este detalhe, possuem


mostradores digitais indicando a temperatura.

As estações digitais possuidoras dos mostradores digitais facilitam


no momento da calibragem do calor a ser aplicado no retrabalho.

Estação de Solda Ar Quente Estação de Solda Ar Quente 2X1

Acima os modelos que possuem a bomba de ar no punho.


Diferenciando das Estações modelo 850, que possuem a bomba de ar no
interior da Caixa. Ambas são digitais, possuindo o mostrador digital de
temperatura.

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2.4 – Estação de Solda

Nem todos os serviços de solda na placa são resolvidos com a


estação de solda e retrabalho ar quente, em algumas situações terá que
fazer uso de uma estação de solda com proteção ESD (antiestática).
Recomenda-se a utilização desse modelo de ferramenta, pois tem
proteção com eletricidade estática. O componente SMD é muito sensível
a este efeito da eletricidade, queimando com muita facilidade ao sofrer
qualquer descarga elétrica desta natureza.

Jamais deverá optar pelo reparo com ferro de solda comum, sem esta
proteção.

Estação de Solda Modelo 936

Estação de solda com proteção ESD de fabricação chinesa. Este


tipo de Estação de Solda é conhecida como modelo 936.

É recomendado utilizar ponta tipo agulha (bem fina), para atingir


pontos bem minúsculos, como terminais de chip´s e conectores.

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2.5 – Clean Machine

Clean Machine ou Máquina de Ultrassom como é mais conhecida é


utilizada para efetuar a lavagem na placa eletrônica com álcool
isopropílico.

O equipamento tem uma célula fixadana base da cuba que produz


um movimento vibratório intenso no líquido, esta fricção faz a limpeza da
placa. Excelente para limpeza, porque o líquido penetra embaixo dos
componentes, entre os terminais e no interior de conectores. Estes
espaços são impossíveis da cerda de um pincel entrar.

Em todo o processo
de limpeza é recomendado o
uso do álcool isopropílico,
este líquido é totalmente
isento de água, sua origem é
do petróleo.

Lembrando que a
oxidação tem origem na
reação química da molécula
de oxigênio e ferro, qualquer
líquido que contenha H2O
(água) em sua composição é
impróprio para uso.

Algumas Clean Machine possuem duas velocidades de trabalho,


outras apenas uma velocidade.

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2.6 – Lupas e Microscópio

O técnico em telefonia celular


sempre trabalhará com componentes e
peças pequenas, portanto terá que ter na
sua bancada, instrumentos e ferramentas
que possibilitam a ampliação dessas
peças e componentes.
Lupa pequena
Nem sempre é possível começar
com uma lupa grande de mesa com
luminária, pode começar a trabalhar com
uma lupa pequena de mesa com
luminária.

Quase sempre a diferença está no


tamanho e não no grau de ampliação,
que sempre é em torno de 8 vezes (8X).
Lupa grande mesa
Evidente que quanto melhor for o
ferramental e instrumental do técnico
melhor será a qualidade da mão de obra.
Pensando assim o técnico terá que
planejar a aquisição de um microscópio
de 20X e 40X.

Este instrumento aumentará a


possibilidade de encontrar defeitos
causados por mau contato, trilha rompida
e pontos de oxidação com maior
facilidade que qualquer lupa.

Microscópio

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2.7 – Mesa de Retrabalho SMD/BGA

Deve-se utilizar um suporte metalizado para colocar a placa


durante o processo de retrabalho, pois há um aquecimento muito grande
da placa.

A base metalizada irá ajudar na dissipação do calor, retardando o


processo de super aquecimento e surgimento do efeito bolha. O efeito
bolha é quando há o super aquecimento e ocorre o descolamento das
placas que compõem as diversas camadas existentes na placa, as
chamadas multilayers. Quando isso ocorre acarreta a perda total da
placa.

Utiliza-se também um pequeno exaustor de fumaça, este acessório


evita que o técnico durante o trabalho exale a fumaça que emana da
placa. Esta fumaça é prejudicial á saúde, pois contem partículas de
chumbo, e este elemento químico pode causar leucemia ou câncer se
inalado continuamente.

Exaustor de fumaça Utiliza presilhas imantadas para


prender a placa eletrônica. Isso evita
que a mesma se desloque durante o
manuseio.

A base metálica deverá ser


aterrada para evitar a eletricidade
estática.

8 – Insumos

Base metálica Suporte Metálico para PCI

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2.8 – Insumos

Dispenser a Válvula

Para a limpeza da placa durante


o retrabalho utiliza álcool isopropílico,
este álcool é isento de água, portanto
muito volátil.

Não deve ser acondicionado em


recipiente aberto devido a sua grande
volatilidade, este líquido evapora muito
rapidamente.

Dispenser a Recomenda-se acondicionar em


válvula uma vasilha que fica permanentemente
fechada, ou se utiliza um dispenser
com uma válvula que não permite que
o líquido entre em contato com o ar,
libera o liquido somente se friccionada.

Dispenser Agulha

Utiliza-se o dispenser agulha


para armazenar o Fluxo de
Dessoldagem em líquido. Este produto Seringa com
é utilizado para acelerar a fusão da Fluxo em pasta
solda e diminuir o tempo necessário
para esta fusão. A diminuição do
tempo evita que a placa venha sofrer
danos devido a exposição exagerada a
altas temperaturas.

Há também o Fluxo de
Dessoldagem em Pasta, o produto
nesta consistência tem a mesma
funcionalidade do produto em forma
líquida.

Técnicos na sua maioria alterna Dispenser a


a utilização do fluxo na forma líquida e agulha
na forma pastosa. Alguns preferem a
forma líquida para componentes de
tamanho médio, e outros para
componentes grandes e pequenos.

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2.9 – Manta e Pulseira antiestática

A Manta Antiestática ou
Dissipativa tem a função de eliminar a
eletricidade estática.

A Manta Dissipativa terá eficácia se


estiver aterrada a um ponto de terra e o
técnico utilizando a pulseira antiestática
também aterrada ao mesmo ponto.

Componentes SMD são sensíveis a


Manta antiestática com eletricidade estática, em contato com ela o
cabo para aterramento componentes geralmente sofre anomalia.

A Pulseira Antiestática deverá


ser utilizada pelo técnico sempre que for
manusear um telefone celular.

O profissional deverá evitar que


pessoas que não estejam portando uma
pulseira manuseiem o telefone celular.

O risco de um componente SMD


venha a ser danificado pela eletricidade
estática é muito grande.

Pulseira antiestática com


cabo para aterramento

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2.10 – Jogos de Chaves, Pinças e Alicates

Para completar o laboratório básico ira precisar de jogos de chaves


torx, fenda, estrela, pinça reta e curva, alicates de bico e corte e jogo de
espátulas para realizarmos limpezas e remoção de componentes na
placa.

Há no mercado uma infinidade de tipos de chaves e jogos de


chaves para celulares. Não existe padronização entre os modelos e
marcas de Telefones Celulares e Smartphones, portanto é importante ter
vários modelos a disposição na bancada.

Jogo de Pinças Retas e Curva

Jogo de Chaves

Alicates de Pico e de Corte

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2.11 – Lista do Laboratório Básico

_Álcool isopropílico
_Alicate de corte fino e alicate de bico fino
_Clean Machine (máquina de ultrassom)
_Dispenser à agulha
_Dispenser à válvula
_Estação de retrabalho ar quente digital ou analógica
_Estação de solda 936 digital ou analógica
_Extrator de fumaça simples ou duplo
_Fluxo de dessoldagem em pasta
_Fluxo de dessoldagem líquido
_Fonte de alimentação digital ou analógica
_Jogos de chaves para celular
_Lupa de mesa ou bancada com luminária 5X ou 8X
_Manta antiestática
_Mesa de retrabalho BGA e SMD (base metálica com suporte)
_Microscópio 20X / 40X
_Mini morsa
_Multímetro digital ou analógico
_Pinça antiestética Goot TS-11 – reta /Goot TS-15 - Curva
_Pulseira antiestática
_Rolo de solda 0,3 mm
_Sugador de solda
_Suporte para rolo de solda

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3 – Placas Eletrônicas

Devem ser acomodadas em embalagens ESD, pois à umidade do


ar, com certo tempo poderá oxidá-las.

As placas podem ser


numeradas e etiquetadas para
controles administrativos, mas
também para que o técnico saiba
as condições e as quantidades em
estoques.

É importantíssimo o controle das placas, pois muitas placas


(principalmente Samsung, LG, Nokia) são parecidas fisicamente dando
ao Técnico muito trabalho na hora da substituição.

Aconselhamos o arquivo de placas em locais bem ventilados e com


proteção ESD.

É imprescindível que o técnico mantenha organizado todos os


aparelhos celulares em sua assistência técnica. Esta organização irá dar-
lhe rapidez de resposta na localização do aparelho celular no momento
que o cliente vem até a assistência técnica buscar o telefone deixado
para avaliação e reparo.

É muito comum vermos assistências técnicas demorarem a


localizar o telefone celular deixado para avaliação e reparo, geralmente a
atendente entra na sala do técnico e demora a retornar com o telefone
ou resposta do orçamento. É certo que na cabeça do cliente passe
muitas dúvidas quanto à qualidade do serviço, organização,
transparência e lisura no valor orçado, pela simples demora da
atendente em encontrar o telefone celular e retornar com a resposta.

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Portanto caberá ao profissional técnico organizar todos os


aparelhos em sua bancada e depois em local de fácil localização e
identificação.

Na foto acima observamos a utilização de uma “Colmeia”, como é


chamada esta forma de guardar aparelhos celulares entrantes e/ou
reparados em pequenos escaninhos.

No mercado há hoje vários Softwares desenvolvidos especialmente


para o gerenciamento de uma assistência técnica. O Software tem como
objetivo a organização gerencial de todo o sistema funcional da
assistência, tais como: Banco de dados dos clientes, fornecedores e
estoque. Emite e organiza as Ordens de Serviço. Um dos melhores
softwares existente no mercado é o SHOFICINA, além de realizar todo

o gerenciamento da assistência técnica, tem um módulo que possibilita


que o cliente tenha acesso a Ordem de Serviço através da internet, isto
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dá uma maior credibilidade e funcionalidade para a assistência, pois


facilita a comunicação entre Cliente e Assistência.

É sempre recomendado o
laboratório destinar um
pequeno espaço para a
construção de um almoxarifado.

Com um conjunto de
armários de aço e gaveteiros de
plásticos organizar todos os
componentes, acessórios,
placas sobressalentes, etc.
Lembre-se sempre, a
organização do ambiente de
trabalho espelha o profissional
que nele atua.

4 – BLINDAGENS

As blindagens são importantes. Além de proteger os componentes


dos impactos, os protegem no caso de super aquecimento e energia
estática O fato de estarem, geralmente, fixadas nas trilhas de
aterramento, também protegem de ruído e espúrios de Rádio Frequência
de dentro para fora e de fora para dentro do circuito a qual protege
(Gaiola de Farady).

Por isso é importantíssimo que depois de removidas, elas estejam


sendo devolvidas devidamente em seu lugar.

OBS.: Por ser um simples metal e não terem características de


tratamentos térmicos e anticorrosivo, as blindagens devem ser trocadas
após receberem líquidos não apropriados como água, mesmo não
apresentando sinais de oxidação.

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5 – LCD (Display Cristal Líquido)

Existem vários modelos de displays. Deve-se ter atenção para os


LCD, pois frequentemente há no lado oposto, componentes que
queimam.

Sempre que ao cair fluídos no aparelho deve ser feita uma limpeza
no flat cable e no conector do display.

Porque em diversos casos os LCDs os e Flat Cables genéricos não


funcionam, temos que colocar os originais. Se não há diferença entre
eles?

Observa na figura onde delimitei em vermelho:

Temos: Modelo do Telefone que utiliza o Flat Cable (Sam GT –


S6102), Data de Fabricação e LCD_FPCB_REVO.4

FPCB (Flexible Printed Circuit Board) ou Placa de Circuito Impresso e


Flexível.

Esta sigla identifica o Flat Cable como sendo um cabo flex que tem
circuitos eletrônicos inserido em seu interior. Esta é uma nova tecnologia
embarcada que possibilita montar circuitos eletrônicos em cabos
flexíveis, sendo esta a base tecnológica para a criação de placas ou
dispositivos dobráveis, e não mais em placa de fenolites, que por
constituição do material são duras e inflexíveis.
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Trata de uma tecnologia de ponta, que a SAMSUNG vem


disseminando em seus cabos flexíveis, que nos genéricos não são
encontrados.

Portanto é a causa de vários LCDs e Flat Cables genéricos não


funcionarem em aparelhos da marca SAMSUNG.

Certamente esta tecnologia em breve será vista em outras Marcas


e modelos.

Observação: Também podem ser visto na foto os Pontos de Testes


(TestPoint) para teste do LCD em fábrica.

ENTREGA DO APARELHO

“Já imaginou ir à oficina mecânica para buscar o seu carro


e encontrá-lo lavado e limpo por dentro, com ar passado e tudo!
Qual o impacto que isto lhe causaria?”

A entrega do aparelho ao cliente também faz parte da organização.


Deve-se limpar o aparelho com o mínimo possível de cera líquida, com o
pano umedecido apenas, pois se encharcado poderá dispersar cera nos
contatos ou até mesmo na placa.

Embalar o aparelho também é de suma importância. Os métodos


de embalagem são de altos custos, por isso daremos a seguir uma
solução simples e barata.

Utilize sacos plásticos (escolares) e lacre com um ferro de solda.


Nunca utilize o ferro de solda de ponta (ESD), pois esta operação
estraga o equipamento. Utilize um equipamento de qualidade inferior.
Para lacrar coloque um pedaço de madeira por cima e outro por baixo e
passe o ferro na sobra do plástico.

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A composição básica de um laboratório de telefonia celular


está pronta. O técnico no início da profissão nem sempre terá
um capital grande a sua disposição para compor o seu
laboratório como gostaria, porém tem que ter sempre em
mente que a qualidade da sua mão de obra e a facilidade de
localização do defeito em um aparelho telefônico celular ou
qualquer outro dispositivo que conserte estará diretamente
relacionado ao conhecimento técnico que possui e ao
ferramental e instrumental que utiliza.

Portanto, deverá reservar sempre uma porcentagem do


que ganha para reinvestir no seu aprimoramento técnico
(cursos) e no laboratório de trabalho.

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Capitulo – IV

Glossário

ATC:
É a abreviatura de aparelho – Aparelho Telefônico Celular.

BLOQUEIO DE PIN:
Para desbloquear o PIN você precisar saber o código PUK do chip, em
operadoras como a TIM e CLARO esses códigos já vem no cartão do
chip, já com a Oi só ligando para operadora e passando os dados do
usuário que cadastrou o chip. Caso tenha perdido o seu cartão do chip
(TIM, Claro e outras operadoras), é só ligar para operadora e pedir o
código PUK. Após digitar o PUK você poderá criar um novo PIN.

BLOQUEIO DE OPERADORA (Phone Subsidy-Lock):


É a forma que as operadoras encontraram para obrigar o usuário a
somente utilizar chips dela, ou seja, de impedir que sejam utilizados no
aparelho chips provenientes de outra operadora. Se tentarmos colocar
um chip de outra operadora num celular bloqueado, ele rejeitará o chip
("Serviço Em Contato Provedor") (em inglês seria "Contact Service
Provider", ou seja, "Contate o seu Provedor de Serviço").

BLUETOOTH:
Conexão sem fio (wireless) sendo aplicada em fones de ouvido sem fio e
transferências de arquivos entre dispositivos que possui a tecnologia.

FIRMWARE:
Firmware é o software utilizado para realizar a integração entre o
hardware e o sistema operacional.

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BOOTLOADER (BIOS):
É a BIOS do Celular. É ele que inicia os serviços do Firmware (Flash).

DRIVER:
Conjunto de instruções (Algoritmos) que se comunica com o sistema
operacional e o hardware.

DRM:
A DRM é uma REFLASH, que é um Firmware. DRM são ícones da antena,
bateria, etc.

FLEX:
É a parte do software que interage com o Usuário. É nela que ficam as
configurações da Operadora e as personalizações que colocamos no
celular. A Flex contém os arquivos do celular, imagens, sons, vídeos,
aplicativos Java, configurações e SEEMS, "não contém nenhum código,
sem ele o celular não irá funcionar já que não está configurado".

FLASH:
É o sistema Operacional do celular. Ele possui as informações de
definição do aparelho, tais como a Linguagem, Funções e FLEX. Ao ligar
o telefone celular o Bootloarder (Bios) chama aFlash (software
principal).

O Flash altera o software do celular, ao passar um FLASH o celular fica


com as configurações originais, ou seja, você perde tudo que colocou no
celular (imagens, sons, vídeos, personalizações).

REFLASH:
É só o software do celular ela não altera nem uma configuração

REFLASH_mlp™
Responsável pela linguagem do celular.

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O Flex altera somente as interfaces do celular, você não perde nada do


que já colocou no celular. Um exemplo de Flex são as Flex de operadora,
para você deixar seu celular com os ícones da operadora que você
prefere.

FULL FLASH:
Mudança completa de FIRMWARE, inclusive EEPROM. Todos os dados
serão apagados.

HARDWARE:
Hardware é a parte física do celular; a carcaça, a memória, a placa de
silício, o alto falante, os componentes em geral.

IMEI:
É a identidade digital do seu celular, ou seja, quando você liga o celular,
o mesmo envia para sua operadora o seu Número do CHIP (IMSI) e seu
IMEI. A informação vai criptografada para sua operadora. Quando você
perder seu celular, ou for roubado, você pode ligar para a operadora e
pedir pra bloquearem seu celular via IMEI, assim ele não funcionará com
nenhum CHIP!
Para saber seu IMEI, digite *#06#.

JAVA:
Java é uma linguagem de programação universal. Foi adotada para o
uso em celulares, pois é flexível a maioria dos sistemas operacionais.

LOCK (CÓDIGO):
Segue nomes de bloqueios específicos existentes nos telefone e sua
tradução.
Network Lock = Código de Rede
SubsetLock = Código de Subgrupo
SP Lock = Código SP
CP Lock = Código CPSimLock – Código SIM
ActivaLock = Ativar Bloqueio
Phone Lock = Código de Telefone
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Auto Network = Bloqueio Automático


Auto SubsetLock = Bloqueio Automático de Subgrupo
Auto SP Lock = Bloqueio Automático de SP
Auto-SIMLock = Bloqueio Automático de SIM
Auto CP Lock = Bloqueio Automático de CP

LP (LANGUAGE PACK):
Pacote de linguagens. No caso quando seu celular vem em inglês e você
deseja colocá-lo em português, você usa um LP 0003.

MASTER CLEAR:
O MASTER CLEAR apaga todas as informações inseridas (incluindo
entradas do catálogo de endereços e do calendário) e todo o conteúdo
obtido por download (incluindo fotos e sons) armazenado na memória
do telefone. Depois de apagadas, essas informações não podem ser
recuperadas.

MASTER RESET:
Redefine todas as configurações padrão do seu aparelho, ou seja, as
configurações do fabricante. Por exemplo: Com Samsung GSM você
digita *2767*3855# para dar um MASTER RESET. Reinicializa todas as
configurações do aparelho.

MP (MODDED MONSTER PACK):


MP é a FLASH + FLEX, ela atualiza seu celular em geral, ao passar a MP
você perde tudo que tem no celular.

PDS:
Personal Data Storage. É a parte do celular que contém suas
informações únicas de segurança. É no PDS que está a informação de
bloqueio no celular. É nele que mexemos quando desbloqueamos.

OPCODE:
São códigos usados para habilitar funções que na maioria das vezes são
ocultas.
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RM (CÓDIGO APARELHOS NOKIA):


Todos os aparelhos da Nokia têm em sua etiqueta o código do produto
impresso (productcode), para informar que a FIRMWARE foi feita para
determinado país.

RSA:
É um algoritmo de criptografia de dados.

SEEM:
São arquivos extraídos diretamente da FLEX, e atuam como o Registro
do Windows. Algumas delas modificam ou mesmo habilitam funções no
celular, como o Vibra & Toca que não vem habilitado em alguns
celulares, ou o armazenamento de SMS direto no telefone, já que por
padrão elas, ficam no SIM, e só pode ser armazenada uma pequena
quantidade (aproximadamente 15).

SKIN:
Skin é um conjunto de arquivos que trocam a aparência do celular.

SOFTWARE de MANUTENÇÃO CELULAR:


Software de Manutenção Celular são os programas que se utilizar para
acessar os celulares. Por exemplo: P2K, Flash Backup, Odin e outros.

TEST POINT:
Pontos de testes colocados estrategicamente em um determinado lugar
do circuito elétrico que possibilita ao técnico realizar leituras de dados,
tensões ou aplicar sinais lógicos, pulsos elétricos ou tensões para
aferição do circuito em estudo.

TRIPLETS: É a identificação das versões de Flash.

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