Você está na página 1de 21

Universidade do Minho

Escola de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Mecânica

Controlo de Qualidade e
Organização de Produção
Relatório

Grupo 43

Carlos Martins Salgado A88511


João António Sousa A88494

Guimarães, maio de 2022

i
RESUMO

No âmbito da Unidade Curricular Controlo de Qualidade e Organização da Produção do segundo semestre do


terceiro ano do curso Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica do presente ano letivo, foi proposta a
realização de um trabalho de grupo com o objetivo de estudar o controlo estatístico da qualidade de peças
normalizadas tais como parafusos, anilhas, porcas, etc…
O objeto de estudo que o grupo escolheu foi uma anilha plana DIN 123-1A aço inoxidável (Inox) A2 140 HV
M6. O grupo obteve então uma embalagem deste tipo de anilha com número suficiente de peças para que fosse
possível efetuar o controlo estatístico das mesmas.
Primeiramente o grupo analisou conceitos como o controlo estatístico de qualidade distribuição de frequências,
entre outros. De seguida analisamos a função da anilha, assim como o seu material, o seu processo de fabrico
e causas das variações das suas dimensões.
Foi utilizado um paquímetro para fazer medição das características de uma amostra de 40 diferentes anilhas
de modo a poder medir e anotar as variáveis que iremos estudar e ter em conta na carta de controlo. Estas
variáveis são o diâmetro interno da anilha (D1), o diâmetro externo da anilha (D2) e a sua espessura (H).
Depois do preenchimento da carta de controlo e da análise gráfica dos resultados procedemos à discussão e
análise destes mesmos para poder tirar conclusões.

ii
ABSTRACT

Within the scope of the Curricular Unit Controlo de Qualidade e Organização da Produção of the second
semester of the third year of the course Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica of the present academic
year, it was proposed to carry out a group project with the object of studying the statistical control of quality
of standard parts such as screws, washers, nuts, etc…
The object of study the group chose was a flat washer DIN 123-1A stainless steal (Inox) A2 140 HV M6. The
group then obtained a package of this type of washer with a sufficient number of pieces so that it was possible
to carry out a statistical control of them.
First, the group analyzed concepts such as statistical quality control, frequency distribution, among others.
Then we analyze the function of the washer, as well as its material, its manufacturing process and causes of
variations in its dimensions.
A caliper was used to measure the caracteristics of a sample of 40 different washers in order to be able to
measure and record the variables that we will study and take into account in the control chart. These variables
are the inner diameter of the washer (D1), the outer diameter of the washer (D2) and its thickness (H).
After completing the control letter and graphically analyzing the results, we proceeded to discuss and analyze
them in order to draw conclusions.

iii
ÍNDICE

Resumo .................................................................................................................................... ii
Abstract ..................................................................................................................................iii
Índice ...................................................................................................................................... iv
1. Introdução .......................................................................................................................... 1
2. Controlo Estatístico De Qualidade ................................................................................... 2
2.1. Conceito – Definição E Técnicas Estatísticas ............................................................... 2
2.2. Distribuição de Frequências e Cartas de Controlo ........................................................ 2
2.3. Controlo Estatístico Do Processo .................................................................................. 2
3. Caso De Estudo .................................................................................................................. 3
3.1. Anilha M6 ..................................................................................................................... 3
3.2. A Sua Função E O Seu Material ................................................................................... 3
3.3. Processo De Fabrico – Caracterização E Causas de Variação ...................................... 3
3.4. Variáveis a controlar ..................................................................................................... 4
3.5. Instrumento De Medição ............................................................................................... 5
3.6. Procedimento .............................................................................................................. 5
4. Carta De Controlo .......................................................................................................... 6
4.1. Registo de Inspeções – Registo Do Processo................................................................ 6
4.1.1 – Folha de registo do Diâmetro Interno (D1) .............................................................. 6
4.1.2 - Folha de registo do Diâmetro Externo (D2) ............................................................. 7
4.1.3 – Folha de registo da Espessura (H) ............................................................................ 8
4.2. Resultados Gráficos ...................................................................................................... 8
4.2.1 Gráficos D1 ................................................................................................................. 8
4.2.2 Gráficos D2 ............................................................................................................... 10
4.2.3 Gráficos H ................................................................................................................. 11
4.3. Controlo Estatístico por atributos................................................................................ 12
5. Capabilidade Do Processo E Procedimento De Cálculo .............................................. 13
5.1 Diâmetro Interno (D1).................................................................................................. 14
5.2 Diâmetro externo (D2) ................................................................................................. 14
5.3 Espessura (H) ............................................................................................................... 15
5.4 Discussão de resultados................................................................................................ 15
6. Conclusão .......................................................................................................................... 16

iv
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

1. INTRODUÇÃO

A globalização da indústria veio aumentar imenso a competitividade das empresas tanto em preços como
qualidade. A falta de qualidade, produtos com defeitos ou pouco fiabilidade, pode danificar bastante a
credibilidade e imagem de uma empresa. Para que tal não aconteça é essencial assegurar a qualidade dos seus
produtos, sendo necessário implementar métodos de controlo de qualidade. Uma maior qualidade dos produtos
e métodos para assegurar essa mesma qualidade pode eliminar desperdícios, diminuir a quantidade de produtos
defeituosos e melhorar a competitividade de uma empresa.
Um dos métodos de estudar e melhorar q qualidade dos produtos é através da realização de uma carta de
controlo de qualidade quer por variáveis quer por atributos e é isso mesmo que iremos realizar e analisar neste
trabalho, sendo o objeto de estudo uma anilha.

1
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
2. CONTROLO ESTATÍSTICO DE QUALIDADE

2.1. CONCEITO – DEFINIÇÃO E TÉCNICAS ESTATÍSTICAS


O Controlo Estatístico de Qualidade corresponde à aplicação de técnicas estatísticas que servem de
acompanhamento e controlo de um processo. Assim, para isso, existem determinadas técnicas estatísticas que
são aplicadas ao estudo do processo:

• A distribuição de frequências;
• As cartas de controlo;

2.2. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS E CARTAS DE CONTROLO


Deste modo, é importante saber o que cada uma destas técnicas permite fazer no Controlo Estatístico.

A distribuição de frequências é o registo ordenado de valores de uma determinada característica de um


produto, obtidos através da medição a uma certa quantidade de unidades desse produto. Este tipo de registo
permite, por sua vez, uma análise das variações que podem ocorrer no lote de onde foram retiradas as unidades
de produto.

As cartas de controlo do processo, por sua vez, mostram as tendências dos pontos de observação e indicam
as condições de funcionamento do processo ao longo do tempo. Essas são, geralmente, definidas por duas
características:

1. Por variáveis;
2. Por Atributos;

Assim, as cartas de controlo são definidas pelas características citadas acima e, para um entendimento mais
profundo da situação, serão definidas de seguida:

Por variáveis – utilizam-se este tipo de cartas de controlo quando um produto tem características que são
mensuráveis (possíveis de medir);

Por Atributos – são utilizadas quando se quer avaliar uma peça com dados discretos, como por exemplo: a
utilização de visão, pelas suas características físicas e aspetos visuais que descrevem se a peça está em boas
condições ou em más condições.

2.3. CONTROLO ESTATÍSTICO DO PROCESSO


O Controlo Estatístico Do Processo é uma ferramenta/utensílio importante que acaba por deixar fornecer a
informação direta e, também, em tempo real em relação ao desempenho da produção de um determinado
processo de fabrico permitindo, assim, de uma forma ativa e real, ajustar a produção de modo a evitar
determinados desperdícios.
Assim, há um processo/ciclo que se encontra em três fases: entradas -> processo -> saídas. Deste ciclo,
existem 3 variáveis que devem ser definidas:
1. Estatístico – ciência que estuda a variação auxiliando assim a descoberta de certos parâmetros,
permitindo assim determinar conclusões de certos resultados;
2. Controlo – consiste na recolha de dados de diversas formas sobre um processo que, após uma análise,
atua sobre este;
3. Processo – conjunto de atividades que tem um determinado objetivo final para uma determinada
missão inicial.

2
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
3. CASO DE ESTUDO

3.1. ANILHA M6
As anilhas utilizadas para o estudo são:

• Anilha plana DIN 125-1ª Aço inoxidável A2 140 HV M6

Figura 1 - Anilha M6

3.2. A SUA FUNÇÃO E O SEU MATERIAL


Função da DIN 125 A2 140 HV M6, anilha plana M6 em aço inoxidável, tem como função proteger a peça
de mossas quando sujeita a apertos sucessivos, evitando que os parafusos e fixadores se soltem, facilitando
também o seu aperto. Ainda que à primeira vista pareça um produto extremamente simples existem muitas
aplicações para uma anilha, sendo um dos pilares de qualquer trabalho bem feito, cujo resultado seja duradouro
e resistente, podendo uma anilha de má qualidade estragar um projeto inteiro.

Material da anilha – aço inoxidável, sendo muitas vezes necessário recorrer à zincagem ou à fosfatização,
ajudando a melhorar a qualidade da anilha, tornando-se mais confiável.

3.3. PROCESSO DE FABRICO – CARACTERIZAÇÃO E CAUSAS DE VARIAÇÃO


O principal método usado para fabricar anilhas metálicas é a estampagem, sendo realizada a partir de chapas
metálicas planas. Utilizando máquinas como prensas e outros equipamentos específicos para realizar
deformações e cortes na chapa e atribuir assim as formas e proporções pretendidas. O processo de estampagem
utiliza matrizes assegurando a capacidade de repetição da produção das anilhas, garantindo a manutenção de
um padrão entre as peças. Após as anilhas terem sido fabricadas, existe um controlo da qualidade da anilha de
forma a garantir que estas se encontram dentro das normas, cumprindo os critérios de segurança. A qualidade
dos projetos influencia diretamente no grau de complexidade do trabalho preparatório para a fabricação e
consequentemente, na qualidade das peças e produtos fabricados, no grau de complexidade da programação
da produção e nos custos de produção. Contudo, em qualquer processo de produção, independentemente de
quão bem projetado seja, existirá uma variabilidade natural.

3
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

Figura 2 - Causas de variação

Analisando o fluxograma conseguimos obter uma melhor ideia dos tipos de variações que podem ocorrer. As
causas para as variações totais podem ser naturais ou acidentais.
As variações naturais proveem de causas aleatórias, podendo estas ser: devido ao mal funcionamento das
máquinas ou desgaste destas; uso de métodos errados; problemas com as matérias-primas ou simplesmente
diferenças nas matérias-primas por serem de fontes diferentes logo tendo características diferentes do que as
espectáveis; uso de mão de obra não qualificada ou eventual erro humano; meio ambiente devido a diferenças
climatéricas.
Variações acidentais, são devidas a causas especiais tal como matéria-prima não conforme em termos de
diâmetro e/ou nas suas propriedades; variações devido ao equipamento quer seja por desgaste do equipamento
de medição, avarias, variações na pressão de fecho, má afinação do equipamento e má calibração e até mesmo
variações devido ao desgaste da matriz/punção; variações podem ocorrer devido a outras causas não
especificadas.
Como podemos verificar existem diversos fatores que podem causar variações na produção, condicionando as
características finais do produto que desejamos obter.

3.4. VARIÁVEIS A CONTROLAR


O objetivo do nosso estudo é analisar um lote de 40 anilhas de aço inoxidável, decidimos então controlar certas
variáveis de modo a obter uma distribuição de frequências. As variáveis que iremos controlar são: o diâmetro
interno da anilha (D1), o diâmetro externo da anilha (D2) e a espessura da anilha (H).

Figura 3 - Desenho técnico da anilha

4
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

Tabela 1 - Variáveis a controlar

Anilha DIN 125


Dimensão D1 (Diâmetro interno D2 (Diâmetro externo H (Espessura da anilha)
nominal Anilha) Anilha)
M6 6.4 12 1.6
Material Limite Limite Limite Limite Limite Limite
inferior superior inferior superior inferior superior
Aço 6.37 6.43 11.96 12.02 1.58 1.61
Inoxidável

3.5. INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO


O instrumento de medição que selecionamos foi o paquímetro digital, sendo este um dispositivo que permite
efetuar a medição de forma individual, frequentemente utilizado nas oficinas mecânicas para medir dimensões
exteriores, interiores e profundidades de peças. O paquímetro é um instrumento de fácil maneio e elevada
precisão.

Quando se efetua uma medição obtém-se, em geral, uma estimativa da grandeza a medir, pelo que à medida
resultante há sempre incertezas e erros associados. Com efeito o valor de uma medição tem sempre associado
uma incerteza:

𝑥0 = 𝑥̅ ± 𝛥𝑥,

O valor do erro associado à medição (𝛥𝑥), é a razão entre o menor valor de leitura por dois.

0,01
𝛥𝑥 = = 0,005𝑚𝑚
2

Figura 4 - Paquímetro digital com alcance de 150mm.

3.6. PROCEDIMENTO
• 1º Passo: A cada x tempo ou quantidade de peças produzidas retirar de forma aleatória uma amostra
de 8 unidades;
• 2º Passo: Inspecionar visualmente as anilhas e ver se está tudo em conformidade;
• 3º Passo: Limpeza das anilhas da amostra, com um pano;
• 4º Passo: Com o paquímetro realizar a medição das amostras;
• 5º Passo: Anotar os resultados na folha de dados;
• 6º Passo: Calcular a média, amplitude amostral e os limites de controlo
• 7º Passo: Por fim, proceder à realização de gráficos com os dados recolhidos e por sua vez a sua
análise, identificando e corrigindo possíveis erros.

5
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4. CARTA DE CONTROLO

A carta de controlo é uma ferramenta que utiliza a estatística para analisar a variação de dados em um certo
processo. Desta forma é possível determinar se as variações dele estão dentro do limite aceitável. Existem dois
tipos de cartas de controlo, a carta de controlo por variáveis e a por atributos.

A carta de controlo por variáveis exige uma medição complexa, por exemplo, ao analisar a variação do
comprimento de uma peça introduzir um método de medição na linha de produção é fundamental para que os
dados na carta sejam preenchidos de forma satisfatória.

A carta de controlo por atributos é mais simples, consistindo apenas em identificar a olho nu se o processo é
satisfatório ou não, separando os produtos em defeituosos e não defeituosos

Tabela 2 - Fatores de correção Cálculo LC

A2- Fator da Média 0,577


FATORES D4 - Amplitude Superior 2,115
CORREÇÃO D3 - Amplitude Inferior 0
CÁLCULO LC
d2 - Linha central das
2,326
amplitudes

4.1. REGISTO DE INSPEÇÕES – REGISTO DO PROCESSO

4.1.1 – FOLHA DE REGISTO DO DIÂMETRO INTERNO (D1)


Tabela 3 - Registo de inspeções Diâmetro interno (D1)

Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 6,40 6,37 6,40 6,39 6,38 6,41 6,39 6,37
Medidas (mm)

2 6,39 6,41 6,40 6,38 6,38 6,42 6,38 6,40


3 6,41 6,43 6,40 6,38 6,40 6,43 6,40 6,42
4 6,39 6,41 6,40 6,37 6,37 6,37 6,41 6,39
5 6,39 6,40 6,38 6,39 6,42 6,41 6,40 6,40
TOTAL 31,98 32,02 31,98 31,91 31,95 32,04 31,98 31,98
MÉDIA 6,396 6,404 6,396 6,382 6,390 6,408 6,396 6,396
MÁXIMO 6,41 6,43 6,40 6,39 6,42 6,43 6,41 6,42
MÍNIMO 6,39 6,37 6,38 6,37 6,37 6,37 6,38 6,37
AMPLITUDE 0,02 0,06 0,02 0,02 0,05 0,06 0,03 0,05

OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 6,396 mm

Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,04 mm

DESVIO PADRÃO = 0,016455

6
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

12

10

0
6,37 6,38 6,39 6,4 6,41 6,42 6,43

4.1.2 - FOLHA DE REGISTO DO DIÂMETRO EXTERNO (D2)


Tabela 4- Registo de inspeções diâmetro externo (D2)

Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 12,01 11,98 12,00 11,98 12,00 11,99 12,02 11,97
Medidas (mm)

2 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,01 11,99 11,98


3 11,99 12,02 11,96 11,98 11,98 12,01 12,00 12,02
4 11,97 12,01 12,01 11,99 11,99 12,00 12,01 12,00
5 11,98 12,01 11,97 12,00 12,01 12,01 11,97 11,99
TOTAL 59,95 60,02 59,94 59,95 59,98 60,02 59,99 59,96
MÉDIA 11,990 12,004 11,988 11,990 11,996 12,004 11,998 11,992
MÁXIMO 12,01 12,02 12,01 12,00 12,01 12,01 12,02 12,02
MÍNIMO 11,97 11,98 11,96 11,98 11,98 11,99 11,97 11,97
AMPLITUDE 0,04 0,04 0,05 0,02 0,03 0,02 0,05 0,05

OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 11,995 mm

Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,04 mm

DESVIO PADRÃO = 0,015523

12

10
11,96 1
8 11,97 4
11,98 6
6
11,99 6
4 12 11
12,01 9
2
12,02 3
0
11,96 11,97 11,98 11,99 12 12,01 12,02

7
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4.1.3 – FOLHA DE REGISTO DA ESPESSURA (H)
Tabela 5 - Registo de Inspeções Espessura (h)

Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 1,60 1,59 1,61 1,60 1,61 1,59 1,59 1,60
Medidas (mm)

2 1,59 1,58 1,60 1,60 1,58 1,58 1,58 1,60


3 1,60 1,59 1,59 1,59 1,58 1,58 1,61 1,59
4 1,59 1,59 1,59 1,60 1,61 1,60 1,60 1,61
5 1,61 1,58 1,58 1,59 1,59 1,61 1,60 1,58
TOTAL 7,99 7,93 7,97 7,98 7,97 7,96 7,98 7,98
MÉDIA 1,598 1,586 1,594 1,596 1,594 1,592 1,596 1,596
MÁXIMO 1,61 1,59 1,61 1,60 1,61 1,61 1,61 1,61
MÍNIMO 1,59 1,58 1,58 1,59 1,58 1,58 1,58 1,58
AMPLITUDE 0,02 0,01 0,03 0,01 0,03 0,03 0,03 0,03

OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 1,594 mm

Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,02 mm

DESVIO PADRÃO = 0,010328

14
12
10 1,58 9
8 1,59 13
6
1,6 11
4
1,61 7
2
0
1,58 1,59 1,6 1,61

4.2. RESULTADOS GRÁFICOS

4.2.1 GRÁFICOS D1
Tabela 6 - Limites de controlo Diâmetro Interno (D1)

Limites de controlo: Superior Inferior

Da média 6,41835875 6,37364125

Amostral 0,08195625 0

8
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

Média Amostral
6,650

6,600

6,550

6,500
Média (mm)

Média amostral
6,450 Média amostral linear
LCI
6,400 LSC
LSAP
6,350

6,300

6,250
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra

Figura 5 - Carta X Diâmetro Interno (D1)

Amplitude Amostral
0,09

0,08

0,07

0,06

Amplitude Amostral
0,05
LSC
0,04 LCI
Amplitude Amostral (Linear)
0,03

0,02

0,01

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8
Figura 6 - Carta R Diâmetro Interno (D1)

9
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

4.2.2 GRÁFICOS D2
Tabela 7 - Limites de controlo Diâmetro Externo (D2)

Limites de controlo: Superior Inferior

Da média 12,0168875 11,9736125

Amostral 0,0793125 0

12,030
Média Amostral

12,020

12,010

12,000
Média (mm)

Média amostral

11,990 Média amostral linear


LCI
11,980 LSC
LSAP
11,970

11,960

11,950
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra
Figura 7 - Carta X Diâmetro externo (D2)

Amplitude Amostral
0,09

0,08

0,07

0,06
Amplitude Amostral
0,05
LSC
0,04 LCI
0,03 Amplitude Amostral (Linear)

0,02

0,01

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8

Figura 8 - Carta R Diâmetro externo D2


10
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4.2.3 GRÁFICOS H
Tabela 8 - Limites de controlo Espessura (h)

Limites de controlo: Superior Inferior

Da média 1,60770375 1,58029625

Amostral 0,05023125 0

Média Amostral
1,850

1,800

1,750

1,700
Média (mm)

Média amostral
1,650 Média amostral linear
LCI
1,600
LSC

1,550 LSAP

1,500

1,450
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra

Figura 9 - Carta X Espessura (h)

Amplitude Amostral
0,06

0,05

0,04
Amplitude Amostral

0,03 LSC
LCI
0,02 Amplitude Amostral (Linear)

0,01

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8

Figura 10 - Carta R Espessura (h)


11
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
Após a realização dos gráficos e da sua análise verificou-se que todos os resultados se apresentavam
estáveis e dentro dos limites especificados, não sendo necessário eliminar ou prevenir causas
especiais, contudo o processo deverá continuar a ser monitorizado.

4.3. CONTROLO ESTATÍSTICO POR ATRIBUTOS


• Número de Artigos Não Conformes (carta np)
• Proporções de Artigos Não Conformes (carta p)
• Número de Defeitos (carta c)
• Número de Defeitos por unidade (carta u)

4.3.1 Cartas P (% de defeitos)


Procedimento:
• 1º - Cálculo da média ponderada da proporção de não conformes d dos n artigos nas m
amostras:
∑𝑑
𝑝̅ = ∑𝑛
• 2º - Cálculo do tamanho médio das m amostras
𝛴𝑛𝑖
𝑛̅ =
𝑚
• 3º - Cálculo dos limites superior e inferior de controlo
𝑝̅ (1−𝑝̅ ) 𝑝̅ (1−𝑝̅ )
𝐿𝑆𝐶 = 𝑝̅ + 3√ 𝑛̅
𝐿|𝐶 = 𝑝̅ − 3√ 𝑛̅
Linha central = 𝑝̅

4.3.2 Gráfico de controlo da Carta P e discussão de resultados

Gráfico de Controlo da Carta P


0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1 2 3 4 5

LCS LC LIC Fração de unidades defeituosas (p)

Figura 11- Gráfico de controlo da Carta p

O gráfico de controlo representado na figura 11 é obtido a partir da carta P. O número de artigos por amostra
é pequeno, apenas 5, logo grandes variações nas proporções de defeitos é espectável quando apenas 1 artigo
com defeito equivale a 20% da amostra.
Dito isto, a proporção de defeitos varia entre 0% e 57% com uma média de 12,5%. Não sendo registada
nenhuma proporção de defeitos fora dos limites e não se verificando nenhum padrão especial, é sinal que o
processo funciona de modo idêntico ao longo do tempo, ou seja, bem ou mal, o seu desempenho encontra-se
dentro do expectável.
A dada altura é verificada uma proporção de defeitos de 57% e tal não significa que o processo não seja mau
e há alturas em que a proporção de defeitos é de 0%, não significando que o processo seja ideal. As
proporções vão variando, mas dentro dos limites de controlo, logo o processo está controlado.
A média de defeitos é cerca de 12,5%, uma média relativamente alta logo o processo é pouco satisfatório.

12
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
5. CAPABILIDADE DO PROCESSO E PROCEDIMENTO DE CÁLCULO

A capabilidade de processo verifica a capacidade do processo em corresponder às especificações de engenharia


de um determinado produto, neste caso a anilha plana.
Procedimento de Cálculo:
1º - Introdução de dados de entrada
• Cota nominal
• Cotas máximas e mínimas
• Desvio Padrão do processo
• Média Amostral
• Amplitude Amostral
2º - Determinação do limite máximo e mínimo LSE (cota máxima) e LIE (cota mínima)

Figura 12 - Cotas máximas e mínimas DIN 125

𝑅̅
3º - Cálculo da derivação do processo standard: 𝜎 = 𝑑
2

𝑅̅ – Amplitude média de cada amostra


𝑑2 – Constante de correção relativamente ao tamanho da amostra, como n = 5, 𝑑2 = 2,326.
4º - Cálculo dos Cp e Cpk
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸
𝐶𝑝 =
6𝜎𝑐
𝐿𝑆𝐸 − 𝑋̅
𝐶𝑃𝑈 =
3𝜎𝑐
𝑋̅ − 𝐿𝐼𝐸
𝐶𝑃𝐿 =
3𝜎𝑐
Cpk = Mínimo [CPU, CPL]
5º - Elaboração do gráfico distribuição normal

13
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
5.1 DIÂMETRO INTERNO (D1)
o Cota Nominal: 6.4 mm
o LSC = 6.62 mm
o LIE= 6.4 mm
o Média Amostral = 6.396 mm
o Amplitude Amostral = 0.04 mm
o Desvio Padrão = 0.16455
o Cp = 2,200946237
o Cpk = 0.447367333

Distribuição Normal
30

25

20
Dist. Normal

FPM
15 Média
LSE
10
LIE
5 Média Amostral

0
6,3 6,35 6,4 6,45 6,5 6,55 6,6 6,65
X

Figura 13 - Distribuição normal do Diâmetro interno (D1)

5.2 DIÂMETRO EXTERNO (D2)


o Cota Nominal:12 mm
o LSE = 12 mm
o LIE = 11.57 mm
o Média Amostral = 11.995 mm
o Amplitude Amostral = 0.04 mm
o Desvio Padrão = 0.015523
o Cp = 4.4452444
o Cpk = 0.447367333

14
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP

30

25

Dist. Normal
20 FPM
15 Média

10 LSE
LIE
5
Média Amostral
0
11,5 11,6 11,7 11,8 11,9 12 12,1
X
Distribuição Normal
Figura 14 - Distribuição normal do diâmetro externo (D2)

5.3 ESPESSURA (H)


o Cota Nominal: 1.6 mm
o LSE = 1.8 mm
o LIE = 1.4 mm
o Média Amostral = 1.594 mm
o Amplitude Amostral = 0.02 mm
o Desvio Padrão = 0.010328
o Cp = 6.529122807
o Cpk = 0.447367333

Distribuição Normal
45
40
35
Dist. Normal

30 FPM
25
Média
20
15 LSE
10 LIE
5 Média Amostral
0
0 0,5 1 1,5 2
X

Figura 15 - Distribuição do processo da espessura (H)

5.4 DISCUSSÃO DE RESULTADOS


Através dos resultados obtidos podemos que concluir que nas 3 variáveis analisadas o Cpk era muito
menor que o Cp, indicando que o processo realizado está muito descentralizado, indicando também
que a média está muito próxima do limite superior especificado. O facto de o Cpk ser em todos os
casos inferior a 1 (Cpk < 1) aponta que haja a geração de produtos não-conformes, devendo haver um
esforço de engenharia com vista a melhorar o produto.

Concluímos também que nas 3 variáveis o Cp é superior a 1,33, ou seja, a capacidade do processo é
adequada à tolerância exigida, sendo considerado de classe mundial.
15
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
6. CONCLUSÃO

A realização deste trabalho foi um desafio pois requereu conhecimentos da UC Controlo de Qualidade e
Organização da Produção e do programa Excel.
O desafio foi ainda maior quando um elemento do nosso grupo “original”, cujo nome não irei referir, decidiu
expulsar-nos pois “não trabalhávamos” e ele fez “95% do trabalho”. De notar que após esta afirmação, ainda
demoraram mais 4 horas a terminar o trabalho. Certamente haveria trabalho para dividir por todos, mas já
como tinha acontecido antes da decisão de expulsão, as nossas tentativas de pedido de divisão de tarefas
eram ignoradas. Durante a tarde enquanto estávamos os 5 elementos originais do grupo em chamada, as
tentativas de pedido para colaborar eram ignoradas ou quando alguém fazia algo de livre vontade eram, por
vezes, até mesmo alteradas para o seu agrado. O elemento do grupo disse que não iria colocar o nosso nome
no trabalho e para que não fossemos “chorar agora”. Isto tudo a 3 horas e meia da hora de entrega do
trabalho. Uma tremenda falta de respeito, camaradagem e honestamente, lata.
Felizmente, por volta das 22 horas da noite de domingo foi dado a conhecer que a data de entrega do trabalho
teria sido alterada para quarta-feira, 25 de maio. Face a esta nova oportunidade, arregaçamos as mangas e
realizámos um novo trabalho independente, sendo a nova constituição do grupo apenas Carlos Salgado e
João Sousa.
Imprevistos e contratempos à parte, pensamos que a realização deste trabalho foi um sucesso e o grupo
fortaleceu os conhecimentos lecionados nas aulas da UC Controlo de Qualidade e Organização da Produção
e aprendeu um pouco mais sobre a importância das cartas de controlo.

16
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
7. REFERÊNCIAS

[1] Mendonça, J. P.., Exemplo de Controlo por Variáveis.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022

[2] Mendonça, J. P.., Capabilidade e Controlo por Atributos.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022

[3] Mendonça, J. P.., Exemplo Industrial de Controlo por Atributos.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022

[4]https://www.fabory.com/pt/anilha-plana-din-125-1a-a%C3%A7o-inoxid%C3%A1vel-
%28inox%29-a2-140-hv-m6/p/51420060001
[5] http://fpg-co.com/Standards/DIN125-1.pdf
[6]https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1897/1/Radu%20Godina%20M5011%20EGI%20SP
C%20Thesis.pdf

17

Você também pode gostar