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Escola de Engenharia
Controlo de Qualidade e
Organização de Produção
Relatório
Grupo 43
i
RESUMO
ii
ABSTRACT
Within the scope of the Curricular Unit Controlo de Qualidade e Organização da Produção of the second
semester of the third year of the course Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica of the present academic
year, it was proposed to carry out a group project with the object of studying the statistical control of quality
of standard parts such as screws, washers, nuts, etc…
The object of study the group chose was a flat washer DIN 123-1A stainless steal (Inox) A2 140 HV M6. The
group then obtained a package of this type of washer with a sufficient number of pieces so that it was possible
to carry out a statistical control of them.
First, the group analyzed concepts such as statistical quality control, frequency distribution, among others.
Then we analyze the function of the washer, as well as its material, its manufacturing process and causes of
variations in its dimensions.
A caliper was used to measure the caracteristics of a sample of 40 different washers in order to be able to
measure and record the variables that we will study and take into account in the control chart. These variables
are the inner diameter of the washer (D1), the outer diameter of the washer (D2) and its thickness (H).
After completing the control letter and graphically analyzing the results, we proceeded to discuss and analyze
them in order to draw conclusions.
iii
ÍNDICE
Resumo .................................................................................................................................... ii
Abstract ..................................................................................................................................iii
Índice ...................................................................................................................................... iv
1. Introdução .......................................................................................................................... 1
2. Controlo Estatístico De Qualidade ................................................................................... 2
2.1. Conceito – Definição E Técnicas Estatísticas ............................................................... 2
2.2. Distribuição de Frequências e Cartas de Controlo ........................................................ 2
2.3. Controlo Estatístico Do Processo .................................................................................. 2
3. Caso De Estudo .................................................................................................................. 3
3.1. Anilha M6 ..................................................................................................................... 3
3.2. A Sua Função E O Seu Material ................................................................................... 3
3.3. Processo De Fabrico – Caracterização E Causas de Variação ...................................... 3
3.4. Variáveis a controlar ..................................................................................................... 4
3.5. Instrumento De Medição ............................................................................................... 5
3.6. Procedimento .............................................................................................................. 5
4. Carta De Controlo .......................................................................................................... 6
4.1. Registo de Inspeções – Registo Do Processo................................................................ 6
4.1.1 – Folha de registo do Diâmetro Interno (D1) .............................................................. 6
4.1.2 - Folha de registo do Diâmetro Externo (D2) ............................................................. 7
4.1.3 – Folha de registo da Espessura (H) ............................................................................ 8
4.2. Resultados Gráficos ...................................................................................................... 8
4.2.1 Gráficos D1 ................................................................................................................. 8
4.2.2 Gráficos D2 ............................................................................................................... 10
4.2.3 Gráficos H ................................................................................................................. 11
4.3. Controlo Estatístico por atributos................................................................................ 12
5. Capabilidade Do Processo E Procedimento De Cálculo .............................................. 13
5.1 Diâmetro Interno (D1).................................................................................................. 14
5.2 Diâmetro externo (D2) ................................................................................................. 14
5.3 Espessura (H) ............................................................................................................... 15
5.4 Discussão de resultados................................................................................................ 15
6. Conclusão .......................................................................................................................... 16
iv
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
1. INTRODUÇÃO
A globalização da indústria veio aumentar imenso a competitividade das empresas tanto em preços como
qualidade. A falta de qualidade, produtos com defeitos ou pouco fiabilidade, pode danificar bastante a
credibilidade e imagem de uma empresa. Para que tal não aconteça é essencial assegurar a qualidade dos seus
produtos, sendo necessário implementar métodos de controlo de qualidade. Uma maior qualidade dos produtos
e métodos para assegurar essa mesma qualidade pode eliminar desperdícios, diminuir a quantidade de produtos
defeituosos e melhorar a competitividade de uma empresa.
Um dos métodos de estudar e melhorar q qualidade dos produtos é através da realização de uma carta de
controlo de qualidade quer por variáveis quer por atributos e é isso mesmo que iremos realizar e analisar neste
trabalho, sendo o objeto de estudo uma anilha.
1
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
2. CONTROLO ESTATÍSTICO DE QUALIDADE
• A distribuição de frequências;
• As cartas de controlo;
As cartas de controlo do processo, por sua vez, mostram as tendências dos pontos de observação e indicam
as condições de funcionamento do processo ao longo do tempo. Essas são, geralmente, definidas por duas
características:
1. Por variáveis;
2. Por Atributos;
Assim, as cartas de controlo são definidas pelas características citadas acima e, para um entendimento mais
profundo da situação, serão definidas de seguida:
Por variáveis – utilizam-se este tipo de cartas de controlo quando um produto tem características que são
mensuráveis (possíveis de medir);
Por Atributos – são utilizadas quando se quer avaliar uma peça com dados discretos, como por exemplo: a
utilização de visão, pelas suas características físicas e aspetos visuais que descrevem se a peça está em boas
condições ou em más condições.
2
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
3. CASO DE ESTUDO
3.1. ANILHA M6
As anilhas utilizadas para o estudo são:
Figura 1 - Anilha M6
Material da anilha – aço inoxidável, sendo muitas vezes necessário recorrer à zincagem ou à fosfatização,
ajudando a melhorar a qualidade da anilha, tornando-se mais confiável.
3
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Analisando o fluxograma conseguimos obter uma melhor ideia dos tipos de variações que podem ocorrer. As
causas para as variações totais podem ser naturais ou acidentais.
As variações naturais proveem de causas aleatórias, podendo estas ser: devido ao mal funcionamento das
máquinas ou desgaste destas; uso de métodos errados; problemas com as matérias-primas ou simplesmente
diferenças nas matérias-primas por serem de fontes diferentes logo tendo características diferentes do que as
espectáveis; uso de mão de obra não qualificada ou eventual erro humano; meio ambiente devido a diferenças
climatéricas.
Variações acidentais, são devidas a causas especiais tal como matéria-prima não conforme em termos de
diâmetro e/ou nas suas propriedades; variações devido ao equipamento quer seja por desgaste do equipamento
de medição, avarias, variações na pressão de fecho, má afinação do equipamento e má calibração e até mesmo
variações devido ao desgaste da matriz/punção; variações podem ocorrer devido a outras causas não
especificadas.
Como podemos verificar existem diversos fatores que podem causar variações na produção, condicionando as
características finais do produto que desejamos obter.
4
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
Quando se efetua uma medição obtém-se, em geral, uma estimativa da grandeza a medir, pelo que à medida
resultante há sempre incertezas e erros associados. Com efeito o valor de uma medição tem sempre associado
uma incerteza:
𝑥0 = 𝑥̅ ± 𝛥𝑥,
O valor do erro associado à medição (𝛥𝑥), é a razão entre o menor valor de leitura por dois.
0,01
𝛥𝑥 = = 0,005𝑚𝑚
2
3.6. PROCEDIMENTO
• 1º Passo: A cada x tempo ou quantidade de peças produzidas retirar de forma aleatória uma amostra
de 8 unidades;
• 2º Passo: Inspecionar visualmente as anilhas e ver se está tudo em conformidade;
• 3º Passo: Limpeza das anilhas da amostra, com um pano;
• 4º Passo: Com o paquímetro realizar a medição das amostras;
• 5º Passo: Anotar os resultados na folha de dados;
• 6º Passo: Calcular a média, amplitude amostral e os limites de controlo
• 7º Passo: Por fim, proceder à realização de gráficos com os dados recolhidos e por sua vez a sua
análise, identificando e corrigindo possíveis erros.
5
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4. CARTA DE CONTROLO
A carta de controlo é uma ferramenta que utiliza a estatística para analisar a variação de dados em um certo
processo. Desta forma é possível determinar se as variações dele estão dentro do limite aceitável. Existem dois
tipos de cartas de controlo, a carta de controlo por variáveis e a por atributos.
A carta de controlo por variáveis exige uma medição complexa, por exemplo, ao analisar a variação do
comprimento de uma peça introduzir um método de medição na linha de produção é fundamental para que os
dados na carta sejam preenchidos de forma satisfatória.
A carta de controlo por atributos é mais simples, consistindo apenas em identificar a olho nu se o processo é
satisfatório ou não, separando os produtos em defeituosos e não defeituosos
Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 6,40 6,37 6,40 6,39 6,38 6,41 6,39 6,37
Medidas (mm)
OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 6,396 mm
Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,04 mm
6
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
12
10
0
6,37 6,38 6,39 6,4 6,41 6,42 6,43
Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 12,01 11,98 12,00 11,98 12,00 11,99 12,02 11,97
Medidas (mm)
OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 11,995 mm
Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,04 mm
12
10
11,96 1
8 11,97 4
11,98 6
6
11,99 6
4 12 11
12,01 9
2
12,02 3
0
11,96 11,97 11,98 11,99 12 12,01 12,02
7
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4.1.3 – FOLHA DE REGISTO DA ESPESSURA (H)
Tabela 5 - Registo de Inspeções Espessura (h)
Amostra Nº 1 2 3 4 5 6 7 8
1 1,60 1,59 1,61 1,60 1,61 1,59 1,59 1,60
Medidas (mm)
OBSERVAÇÕES:
MÉDIA AMOSTRAL = 1,594 mm
Nada a assinalar
AMPLITUDE AMOSTRAL = 0,02 mm
14
12
10 1,58 9
8 1,59 13
6
1,6 11
4
1,61 7
2
0
1,58 1,59 1,6 1,61
4.2.1 GRÁFICOS D1
Tabela 6 - Limites de controlo Diâmetro Interno (D1)
Amostral 0,08195625 0
8
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
Média Amostral
6,650
6,600
6,550
6,500
Média (mm)
Média amostral
6,450 Média amostral linear
LCI
6,400 LSC
LSAP
6,350
6,300
6,250
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra
Amplitude Amostral
0,09
0,08
0,07
0,06
Amplitude Amostral
0,05
LSC
0,04 LCI
Amplitude Amostral (Linear)
0,03
0,02
0,01
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8
Figura 6 - Carta R Diâmetro Interno (D1)
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Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
4.2.2 GRÁFICOS D2
Tabela 7 - Limites de controlo Diâmetro Externo (D2)
Amostral 0,0793125 0
12,030
Média Amostral
12,020
12,010
12,000
Média (mm)
Média amostral
11,960
11,950
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra
Figura 7 - Carta X Diâmetro externo (D2)
Amplitude Amostral
0,09
0,08
0,07
0,06
Amplitude Amostral
0,05
LSC
0,04 LCI
0,03 Amplitude Amostral (Linear)
0,02
0,01
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostral 0,05023125 0
Média Amostral
1,850
1,800
1,750
1,700
Média (mm)
Média amostral
1,650 Média amostral linear
LCI
1,600
LSC
1,550 LSAP
1,500
1,450
1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra
Amplitude Amostral
0,06
0,05
0,04
Amplitude Amostral
0,03 LSC
LCI
0,02 Amplitude Amostral (Linear)
0,01
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1 2 3 4 5
O gráfico de controlo representado na figura 11 é obtido a partir da carta P. O número de artigos por amostra
é pequeno, apenas 5, logo grandes variações nas proporções de defeitos é espectável quando apenas 1 artigo
com defeito equivale a 20% da amostra.
Dito isto, a proporção de defeitos varia entre 0% e 57% com uma média de 12,5%. Não sendo registada
nenhuma proporção de defeitos fora dos limites e não se verificando nenhum padrão especial, é sinal que o
processo funciona de modo idêntico ao longo do tempo, ou seja, bem ou mal, o seu desempenho encontra-se
dentro do expectável.
A dada altura é verificada uma proporção de defeitos de 57% e tal não significa que o processo não seja mau
e há alturas em que a proporção de defeitos é de 0%, não significando que o processo seja ideal. As
proporções vão variando, mas dentro dos limites de controlo, logo o processo está controlado.
A média de defeitos é cerca de 12,5%, uma média relativamente alta logo o processo é pouco satisfatório.
12
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
5. CAPABILIDADE DO PROCESSO E PROCEDIMENTO DE CÁLCULO
𝑅̅
3º - Cálculo da derivação do processo standard: 𝜎 = 𝑑
2
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5.1 DIÂMETRO INTERNO (D1)
o Cota Nominal: 6.4 mm
o LSC = 6.62 mm
o LIE= 6.4 mm
o Média Amostral = 6.396 mm
o Amplitude Amostral = 0.04 mm
o Desvio Padrão = 0.16455
o Cp = 2,200946237
o Cpk = 0.447367333
Distribuição Normal
30
25
20
Dist. Normal
FPM
15 Média
LSE
10
LIE
5 Média Amostral
0
6,3 6,35 6,4 6,45 6,5 6,55 6,6 6,65
X
14
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica CQOP
30
25
Dist. Normal
20 FPM
15 Média
10 LSE
LIE
5
Média Amostral
0
11,5 11,6 11,7 11,8 11,9 12 12,1
X
Distribuição Normal
Figura 14 - Distribuição normal do diâmetro externo (D2)
Distribuição Normal
45
40
35
Dist. Normal
30 FPM
25
Média
20
15 LSE
10 LIE
5 Média Amostral
0
0 0,5 1 1,5 2
X
Concluímos também que nas 3 variáveis o Cp é superior a 1,33, ou seja, a capacidade do processo é
adequada à tolerância exigida, sendo considerado de classe mundial.
15
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6. CONCLUSÃO
A realização deste trabalho foi um desafio pois requereu conhecimentos da UC Controlo de Qualidade e
Organização da Produção e do programa Excel.
O desafio foi ainda maior quando um elemento do nosso grupo “original”, cujo nome não irei referir, decidiu
expulsar-nos pois “não trabalhávamos” e ele fez “95% do trabalho”. De notar que após esta afirmação, ainda
demoraram mais 4 horas a terminar o trabalho. Certamente haveria trabalho para dividir por todos, mas já
como tinha acontecido antes da decisão de expulsão, as nossas tentativas de pedido de divisão de tarefas
eram ignoradas. Durante a tarde enquanto estávamos os 5 elementos originais do grupo em chamada, as
tentativas de pedido para colaborar eram ignoradas ou quando alguém fazia algo de livre vontade eram, por
vezes, até mesmo alteradas para o seu agrado. O elemento do grupo disse que não iria colocar o nosso nome
no trabalho e para que não fossemos “chorar agora”. Isto tudo a 3 horas e meia da hora de entrega do
trabalho. Uma tremenda falta de respeito, camaradagem e honestamente, lata.
Felizmente, por volta das 22 horas da noite de domingo foi dado a conhecer que a data de entrega do trabalho
teria sido alterada para quarta-feira, 25 de maio. Face a esta nova oportunidade, arregaçamos as mangas e
realizámos um novo trabalho independente, sendo a nova constituição do grupo apenas Carlos Salgado e
João Sousa.
Imprevistos e contratempos à parte, pensamos que a realização deste trabalho foi um sucesso e o grupo
fortaleceu os conhecimentos lecionados nas aulas da UC Controlo de Qualidade e Organização da Produção
e aprendeu um pouco mais sobre a importância das cartas de controlo.
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7. REFERÊNCIAS
[1] Mendonça, J. P.., Exemplo de Controlo por Variáveis.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022
[2] Mendonça, J. P.., Capabilidade e Controlo por Atributos.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022
[3] Mendonça, J. P.., Exemplo Industrial de Controlo por Atributos.pdf. Universidade do Minho, Escola de
Engenharia, publicação interna, Guimarães, 2022
[4]https://www.fabory.com/pt/anilha-plana-din-125-1a-a%C3%A7o-inoxid%C3%A1vel-
%28inox%29-a2-140-hv-m6/p/51420060001
[5] http://fpg-co.com/Standards/DIN125-1.pdf
[6]https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1897/1/Radu%20Godina%20M5011%20EGI%20SP
C%20Thesis.pdf
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